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VIDEIRA (SC)
JULHO/2018
0
PROTOCOLO DE ASSISTÊNCIA AOS USUÁRIOS COM LESÕES DE PELE
Claudete Vavassori
Vice Prefeita de Videira
Ivanice.Angela Peccin
Secretária Municipal de Saúde
ELABORAÇÃO:
COLOABORAÇÃO:
REVISÃO:
Enfermeira Ana Paula Rodrigues Alves Palmera
VIDEIRA (SC)
JULHO/2018
1
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 4
2 ATENDIMENTO AO USUÁRIO COM LESÃO .......................................................... 6
2.1 ACOMPANHAMENTO ......................................................................................... 6
2.2 CRITÉRIOS DE INCLUSÃO.................................................................................. 6
2.3 CRITÉRIOS DE DESLIGAMENTO/ALTA.............................................................. 7
2.4 CONSULTA DE ENFERMAGEM .......................................................................... 8
2.4.1 Fluxo De Atendimento Do Enfermeiro ............................................................... 8
3 CONCEITO DE FERIDA ......................................................................................... 9
3.1 AVALIAÇÃO DE FERIDAS.................................................................................... 9
3.1.1 Quanto à profundidade ....................................................................................... 9
3.1.2 De acordo com o agente causador da ferida ...................................................... 9
3.1.3 Classificação das feridas ................................................................................. 10
3.1.4 De acordo com a maneira como foram produzidas ......................................... 10
3.1.5 De acordo com o comprometimento tecidual .................................................. 10
3.1.6 Presença de transudato e exsudato ................................................................ 13
3.1.7 Volume do exsudato ........................................................................................ 14
3.1.8 Quanto à localização ....................................................................................... 14
3.1.9 Quanto ao número .......................................................................................... 15
3.1.10 Quanto à profundidade .................................................................................. 15
3.1.11 Mensuração da ferida .................................................................................... 18
3.1.12 Característica do leito da ferida ...................................................................... 19
3.2 CICATRIZAÇÃO DA FERIDA ............................................................................. 23
3.2.1 Fase de inflamação ou exsudativa .................................................................. 23
3.2.2 Fase proliferativa (granulação e reepitelização) .............................................. 24
3.2.3 Fase de Maturação ou remodelagem do colágeno .......................................... 24
3.2.4 Tipos de cicatrização ....................................................................................... 24
3.2.5 Fatores que interferem no processo de cicatrização ....................................... 25
3.2.6 Complicações da cicatrização de feridas ........................................................ 26
3.2.7 Condições ideais para o processo de cicatrização .......................................... 27
3.2.8 Pele ao redor da ferida .................................................................................... 28
4 LESÕES POR PRESSÃO ...................................................................................... 29
2
4.1 CUIDADOS ......................................................................................................... 30
5 QUEIMADURAS..................................................................................................... 31
5.1 PEQUENAS QUEIMADURAS ............................................................................. 32
5.2 PRESENÇA DE FLICTENAS (BOLHAS) PRESERVADAS ................................ 32
5.3 FLUXOGRAMA DE QUEIMADURAS .................................................................. 32
6 ÚLCERAS VENOSAS / ARTERIAIS ..................................................................... 34
7 ÚLCERAS NEUROPÁTICAS ................................................................................ 35
8 PÉ DIABÉTICO ..................................................................................................... 35
9 TERAPÊUTICA TÓPICA RECOMENDADA ......................................................... 36
9.1 REPARO DO LEITO DA FERIDA ATRAVÉS DA LIMPEZA E DESBRIDAMENTO
.................................................................................................................................. 36
9.2 DESBRIDAMENTO ............................................................................................. 37
9.2.1 1Tipos de desbridamento ................................................................................. 37
9.3 PRINCÍPIOS DOS PRODUTOS PARA AUXILIAR NA CICATRIZAÇÃO ........... 38
9.4 COBERTURAS E SOLUÇÕES RECOMENDADAS ........................................... 38
9.5 CONTROLE DA CARGA BACTERIANA E ODOR .............................................. 39
AQUACEL AG + OU SIMILAR .................................................................................. 39
9.6 ABSORÇÃO E PREENCHIMENTO DE CAVIDADE ........................................... 39
9.7 PROTEÇÃO DAS BORDAS ................................................................................ 39
9.8 PARA COMPRESSÃO ....................................................................................... 40
10 FLUXOGRAMA PARA TRATAMENTO DE FERIDAS......................................... 41
11 SEGUIMENTO DOS CURATIVOS NOS PRONTOS ATENDIMENTOS .............. 42
12 REALIZAÇÃO DE CURATIVO NA UNIDADE ..................................................... 42
13 FLUXOGRAMA DE CURATIVOS EM PACIENTE ACAMADO ........................... 44
14 REALIZAÇÃO DO CURATIVO NA RESIDÊNCIA ............................................... 45
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 47
ANEXO 1 NORMA TÉCNICA QUE REGULAMENTA A COMPETÊNCIA DA EQUIPE
DE ENFERMAGEM NO CUIDADO ÀS FERIDAS..................................................... 49
ANEXO 3 TERMO DE CONSENTIMENTO............................................................... 54
ANEXO 4 FICHA DE AVALIAÇÃO DE FERIDAS .................................................... 55
ANEXO 5 GUIA DE AVALIAÇÃO .............................................................................. 56
ANEXO 6 FICHA DE MATERIAIS UTILIZADOS ....................................................... 57
ANEXO 7 ESCALA DE BRADEN .............................................................................. 58
3
ANEXO 8 CUIDADOS PARA MANTER INTEGRIDADE DA PELE E EVITAR
LESÕES POR PRESSÃO ......................................................................................... 60
ANEXO 9 CUIDADOS PARA MANTER INTEGRIDADE DA PELE E EVITAR
LESÕES NOS PÉS (PACIENTE DIABÉTICO) .......................................................... 61
ANEXO 10 FLUXOGRAMA DE TRATAMENTO ....................................................... 63
4
1 INTRODUÇÃO
5
2 ATENDIMENTO AO USUÁRIO COM LESÃO
2.1 ACOMPANHAMENTO
Caso o paciente não atenda aos critérios de inclusão, o profissional deverá lhe
orientar e realizar curativos simples.
6
OBS: Mensalmente o enfermeiro responsável da unidade de saúde deverá enviar o
relatório de curativos em BPA I, realizados no mês e planilha de saída de estoque
para a Coordenação de Atenção Básica.
O relatório visa monitorar os atendimentos realizados, identificar a incidência
de feridas, o perfil dos usuários sob estes cuidados e auxilia na justificativa para
aquisição das coberturas especiais.
1. Cicatrização completa;
2. Mudança de endereço, sendo referenciado para outra unidade se território de
ESF ou Pame
3. A pedido: quando o usuário, familiar ou cuidador solicita o desligamento;
4. Não adesão ao tratamento: deixar de seguir os cuidados orientados pela
equipe de saúde e esclarecido no termo de compromisso;
5. Falta: Não comparecimento em 02 atendimentos agendados consecutivos ou
03 atendimentos alternados, sem avisar previamente a Unidade de Saúde;
6. Abandono: Acima de 03 faltas sem justificativa prévia será considerado
abandono do tratamento;
7. Falência do tratamento: após 06 meses de tratamento com coberturas sem
evolução satisfatória, conforme avaliação do enfermeiro deverá continuar
o cuidado com curativo simples;
8. Óbito.
7
2.4 CONSULTA DE ENFERMAGEM
8
3 CONCEITO DE FERIDA
9
Ferida pérfuro-contusa: reúne características de objetos perfurantes e
contundentes (projetil de arma-de-fogo);
Ferida pérfuro-incisa: reune características de objetos perfurantes e cortantes
(punhal).
10
Estágio 1: pele avermelhada, não rompida, mácula eritematosa bem delimitada,
atingindo a epiderme.
Foto1: Lesão estágio 1
Fonte: SOBEST
Fonte: SOBEST
11
Estágio 3: afeta derme e tecido subcutâneo.
Fonte: SOBEST
Fonte: SOBEST
12
3.1.6 Presença de transudato e exsudato
O transudato é uma substância altamente fluida que passa através dos vasos
e com baixíssimo conteúdo de proteínas, células e derivados celulares.
O exsudato é um material fluido, composto por células que escapam de um
vaso sanguíneo e se depositam nos tecidos ou nas superfícies teciduais,
usualmente como resultado de um processo inflamatório. O exsudato é
caracterizado por um alto conteúdo de proteínas, células e materiais sólidos
derivados das células. Os exsudatos das reações inflamatórias variam no conteúdo
de líquido, proteínas plasmáticas e células. A natureza exata do exsudato é
amplamente ditada pela gravidade da reação e sua causa específica.
A coloração do exsudato depende do tipo de exsudato e pode ser
característica do pigmento específico de algumas bactérias. Existem diversas
colorações, sendo mais freqüentes as esbranquiçadas, as amareladas, as
avermelhadas, as esverdeadas e as achocolatadas.
O exsudato seroso é caracterizado por uma extensa liberação de líquido, com
baixo conteúdo protéico, que conforme o local da agressão origina-se de soro
sanguíneo ou das secreções serosas das células mesoteliais. Esse tipo de exsudato
inflamatório é observado precocemente nas fases de desenvolvimento da maioria
das reações inflamatórias agudas, encontrada nos estágios da infecção bacteriana.
O exsudato sanguinolento é decorrente de lesões com ruptura de vasos ou de
hemácias. Não é uma forma distinta de exsudação, é quase sempre, um exsudato
fibrinoso ou supurativo, acompanhado pelo extravasamento de grande quantidade
de hemácias.
O exsudato purulento é um líquido composto por células e proteínas,
produzida por um processo inflamatório asséptico ou séptico. Alguns
microrganismos (estafilococos, pneumococos, meningococos, gonococos, coliformes
e algumas amostras não hemolíticas dos estreptococos) produzem de forma
característica, supuração local e por isso são chamados de bactérias piogênicas
(produtoras de pus).
13
Exsudato fibrinoso é o extravasamento de grande quantidade de proteínas
plasmáticas, incluindo o fibrinogênio, e a participação de grandes massas de fibrina.
Foto 5: Exsudato
14
Espinha dorsal torácica;
Pés;
Calcanhares.
15
Fonte: ARQUIVO PESSOAL
16
Fonte: ARQUIVO PESSOAL
17
Medir na régua o segmento marcado.
Registrar na ficha o tamanho (cm) e direção (H) da medida feita para
comparação posterior.
Exemplo: 2 cm em direção a 3 horas.
18
Fonte: ARQUIVO PESSOAL
- limpar a ferida;
- introduzir uma sonda uretral ou pinça de procedimento estéril no ponto mais
profundo da ferida;
- medir com uma régua o segmento marcado e anotar resultados em cm para
comparação posterior.
19
matriz rica em colágeno secretada pelos fibroblastos. Têm a aparência de pequenas
massas nodulares vermelhas, translucentes e aveludadas (UNICAMP, 2000).
21
Fonte: ARQUIVO PESSOAL
22
Fonte: ARQUIVO PESSOAL
23
rapidamente pela ativação da agregação plaquetária e da cascata de coagulação,
resultando na formação de moléculas insolúveis de fibrina e hemostasia.
As feridas são classificadas pela forma como se fecham. Uma ferida pode se
fechar por intenção primária, secundária ou terciária.
26
Fístulas: comunicação anormal entre dois órgãos ou entre um órgão e a superfície
do corpo.
27
que evitam como mantém a inflamação são comumente responsáveis. Estas
condições incluem presença de tecido necrótico, infecção, colocação de gaze ou de
agentes citotóxicos no interior da ferida, manipulação inadequada, e imunidade
comprometida. Cavitação, tunelização e fístulas podem ocorrer como resultado de
uma cicatrização comprometida.
O tratamento ótimo é obtido pela manutenção de um leito de ferida úmido e
pela manutenção da umidade da pele circundante. O curativo úmido protege as
terminações nervosas, reduzindo a dor; acelera o processo cicatricial, previne a
desidratação tecidual e a morte celular; promove necrólise e fibrinólise. A
impossibilidade de manter estas condições também lentifica a cicatrização,
causando dessecação, hipergranulação ou maceração.
28
Fonte: COLOPAST
A hiperceratose e o calo são espessamento excessivo da pele,
freqüentemente causado por um atrito crônico, comum em paciente com perda da
sensibilidade, tais como em pé diabético e de hanseníase. Deve ser removidas para
evitar o aumento da pressão excessiva e impedimento de migração das bordas
(PRAZARES, 2009).
29
Fatores desencadeantes: PRESSÃO: Ocorre quando um tecido mole é
comprimido por uma saliência óssea e uma superfície rígida, ocasionando uma
isquemia tecidual.
FRICÇÃO: Ocorre quando a força de duas superfícies desliza uma sobre a
outra, frequentemente resultando numa abrasão e formação de bolhas.
CISALHAMENTO: É causado por interação da gravidade e da fricção, que
exercem forças paralelas na pele. Enquanto a gravidade empurra o corpo para
baixo, a resistência do usuário sobre a superfície da cama ou cadeira (fricção)
impede que o corpo desça. Normalmente isso ocorre quando a cabeceira da cama é
elevada mais que 30º.
UMIDADE: A presença prolongada de umidade bem como a higiene freqüente
da pele modifica o ph e aumenta o número de fricções, esses são fatores
predisponentes para o rompimento da pele.
Ilustração 1: Cisalhamento
4.1 CUIDADOS
5 QUEIMADURAS
31
5.1 PEQUENAS QUEIMADURAS
Ressalva:
32
Fonte: Protocolo de prevenção e tratamento de feridas - SMS Presidente Prudente (2018)
33
6 ÚLCERAS VENOSAS / ARTERIAIS
34
O tratamento deve ser baseado nas condições clínicas do usuário, as
possibilidades terapêuticas se baseiam em:
- Terapia compressiva (atadura elástica, bota de unna);
- Tratamento local da úlcera;
- Medicamentos sistêmicos;
- Tratamento cirúrgico;
7 ÚLCERAS NEUROPÁTICAS
8 PÉ DIABÉTICO
35
9 TERAPÊUTICA TÓPICA RECOMENDADA
36
Foto 20: Leito da ferida
9.2 DESBRIDAMENTO
37
Desbridamento Enzimático: método onde são utilizadas enzimas proteolíticas para
obter remoção mais rápida do tecido desvitalizado. Não é um método seletivo.
Exemplo: papaína, colagenase.
Desbridamento instrumental conservador: consiste na remoção do tecido
desvitalizado utilizando instrumental cortante, podendo ser necessária ou não a
analgesia. Em unidades ambulatoriais este desbridamento pode ser realizado
apenas em feridas que se estendem até a fáscia, desde que não haja necessidade
de analgesia ou comprometimento arterial.
38
Fornece a umidade necessária para feridas secas e necróticas, com crosta, ou
com necrose úmida (esfacelos), como também hidrata os tecidos de granulação.
AQUACEL AG + OU SIMILAR
Ação antimicrobiana rápida e eficaz
Libertação controlada de prata iônica à medida que o exsudado da ferida é
absorvido para o penso
Atividade antimicrobiana sustentável até sete dias.
AQUACEL EXTRA AG +
O excesso de exsudato está associado a um aumento da carga bacteriana,
aumento do edema e atraso no processo de cicatrização.
39
AGE - Promove a quimiotaxia (processo de locomoção de células em direção
a um gradiente químico) e a angiogênese (a criação de novos vasos sanguíneos),
mantém o meio úmido e acelera o processo de granulação tecidual. Aumentam a
tonicidade cutânea e melhoram a micro circulação e evitam a desidratação da pele.
CREME BARREIRA - indicado para revitalizar e proteger a pele. Possui ação
de proteção a pele íntegra contra efluentes o que proporciona prevenção de
dermatites, muito efetivo a pacientes que apresentam pele perilesional fragilizada.
40
10 FLUXOGRAMA PARA TRATAMENTO DE FERIDAS
41
11 SEGUIMENTO DOS CURATIVOS NOS PRONTOS ATENDIMENTOS
42
Obs.: O calibre da agulha é inversamente proporcional à pressão obtida
pelo jato de soro.
43
13 FLUXOGRAMA DE CURATIVOS EM PACIENTE ACAMADO
44
14 REALIZAÇÃO DO CURATIVO NA RESIDÊNCIA
Ressalvas:
- Proteger pinças e tesouras utilizadas na própria embalagem. Ao chegar à unidade
de saúde, efetuar limpeza conforme Manual de Esterilização.
45
- Proteger o frasco de soro fisiológico com o plástico do mesmo, caso não tenha sido
todo utilizado, e orientar a família a guardá-lo em lugar limpo, seco e fresco por no
máximo uma semana. Evitar guardá-lo na geladeira para evitar risco de
contaminação dos alimentos.
- Todo o lixo produzido deverá ser recolhido e transportado para a unidade e
desprezado junto com o lixo de material contaminado.
46
REFERÊNCIAS
ANDERSON, et al. Leg ulcers. Wound Essantials (2006) apud Maciel E. Prevalência
de feridas em pacientes internados em um hospital filantrópico de grande
porte de Belo Horizonte [Dissertação de Mestrado]. Belo Horizonte: Escola de
Enfermagem da Universidade Federal de Minas Gerais; 2008
Prazeres SJ. Tratamento de feridas: teoria e pratica. Porto Alegre: Moriá, 2009.
Rabelo ER, Aliti GB. Exame Físico. In: SOUZA, EM. Casos clínicos para a
enfermagem. Porto Alegre: Moriá, 2010.
47
ANEXOS
48
ANEXO 1NORMA TÉCNICA QUE REGULAMENTA A COMPETÊNCIA DA
EQUIPE DE ENFERMAGEM NO CUIDADO ÀS FERIDAS
I. OBJETIVO
Regulamentar a competência da equipe de enfermagem, visando o efetivo cuidado e
segurança do paciente submetido ao procedimento.
2. Especificas:
a) Abertura de consultório de enfermagem para a prevenção e cuidado às feridas de
forma autônoma e empreendedora, preferencialmente pelo enfermeiro especialista
na área.
e) Os curativos de feridas em Estágio III, após sua avaliação, poderão ser delegados
ao Técnico de Enfermagem.
49
g) Participar em conjunto com o SCIH (Serviço de Controle de Infecção Hospitalar)
da escolha de materiais, medicamentos e equipamentos necessários à prevenção e
cuidado às feridas.
c) Realizar o curativo nas feridas em estágio III, quando delegado pelo Enfermeiro.
51
ANEXO 2: CONSELHO REGIONAL DE ENFERMAGEM DE SANTA CATARINA
Autarquia Federal criada pela Lei Nº 5.905/73
I – Fatos:
Solicitado parecer a respeito da competência do enfermeiro na realização do
desbridamento em feridas com lâmina de bisturi e se outro profissional da equipe de
enfermagem pode realizar esta técnica.
III – Conclusão:
Visando o efetivo cuidado e segurança ao paciente submetido ao
procedimento, vale ressaltar que a resolução COFEN Nº 0501/2015, por meio do
anexo I, Norma Técnica, que regulamenta a competência da equipe de enfermagem
no cuidado às feridas, no que tange a equipe de enfermagem refere que é privativo
do enfermeiro “EXECUTAR O DESBRIDAMENTO AUTOLÍTICO, INSTRUMENTAL,
QUÍMICO E MECÂNICO”, no que concerne ao desbridamento instrumental, por ser
um procedimento invasivo e com riscos ao paciente, é imprescindível a capacitação
ou especialização para a segurança profissional e do paciente assistido (SOBEST,
2016).
52
O Enfermeiro precisa estar plenamente consciente quanto aos atos praticados
ou a serem assumidos, respeitando seus limites de competência e responsabilidade.
Para tanto, é necessária a busca pelo aprimoramento e desenvolvimento de
competências, por meio da realização de cursos de capacitação, e, especialização
resguardando a segurança do paciente e o exercício legal da profissão.
Reitera-se a necessidade de realização de Protocolos Clínicos, e
documentação do planejamento e resultados das intervenções assistenciais por
meio da Sistematização da Assistência de Enfermagem, conforme previsto na
Resolução COFEN 358/2009.
Ante ao exposto, o COREN SC define que: O desbridamento de feridas no
que diz respeito a equipe de enfermagem é da COMPETÊNCIA EXCLUSIVA do
enfermeiro, este, tem competência para realizar o desbridamento mecânico,
autolítico, biológico, enzimático e instrumental, desde que tenha conhecimentos e
habilidades obtidos por meio de cursos de capacitação, atualização ou de
especialização.
É o Parecer.
53
ANEXO 3 TERMO DE CONSENTIMENTO
Nome do usuário:___________________________________________________________
Unidade de Saúde:__________________________________________________________
Enfermeiro responsável:_____________________________________________________
Termo de consentimento
É direito do paciente em tratamento de feridas, receber orientações sobre o curativo que será
utilizado, período aproximado de tratamento e evolução.
Sobre as imagens
Os registros fotográficos das lesões ocorrerão do início até o final do tratamento e serão
realizados por enfermeiros capacitados para esta função. Destacamos que o acesso às fotografias
ficara limitado aos profissionais de saúde da instituição, contribuindo para o registro do aspecto da
lesão no prontuário do paciente e limitando-se a área de presença da ferida.
Responsabilidades
Não faltar aos retornos agendados, por 2 vezes consecutivas ou 3 alternadas sem
comunicação prévia;
Seguir todas as orientações dadas pelos profissionais de saúde;
Não mexer, retirar ou trocar o curativo sem as orientações dos profissionais de saúde;
A higiene pessoal é de responsabilidade do paciente e da família;
Realizar o tratamento medicamentoso corretamente, se prescrito pelo médico;
Realizar exames, se necessário;
Procurar o serviço de saúde fora da data agendada em caso de intercorrências ou
complicações.
________________________________
Assinatura do paciente/responsável
_________________________________
54
ANEXO 4 FICHA DE AVALIAÇÃO DE FERIDAS
AVALIAÇÃO DE DOR
0 – ausência de dor;
1 – leve: dor sem demanda de analgésico;
2 – moderada: dor com demanda de analgésico em determinados períodos;
3 – intensa: dor com demanda de analgésico contínuo;
Descrição da ferida:
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
__________________________________________________
55
ANEXO 5 GUIA DE AVALIAÇÃO
56
ANEXO 6 FICHA DE MATERIAIS UTILIZADOS
CURATIVOS
PACIENTE: _____________________________________________
57
ANEXO 7 ESCALA DE BRADEN
Nome do Nome do
paciente:___________________________ avaliador:__________________________ Data da avaliação:
__ __
PERCEPÇÃO 1. Totalmente 2. Muito limitado: 3. Levemente 4. Nenhuma
SENSORIAL limitado: Somente reage a limitado: limitação:
Capacidade de Não reage (não estímulo doloroso. Responde a Responde a
reagir geme, não se Não é capaz de comando verbal, comandos verbais.
significativamente à segura a nada, não comunicar mas nem sempre é Não tem déficit
pressão relacionada se esquiva) a desconforto exceto capaz de comunicar sensorial que
ao desconforto. estímulo doloroso, através de gemido o desconforto ou limitaria a
devido ao nível de ou agitação. Ou expressar capacidade de sentir
consciência possui alguma necessidade de ser ou verbalizar dor ou
diminuído ou devido deficiência sensorial mudado de posição desconforto.
à sedação ou que limita a ou tem um certo
capacidade limitada capacidade de grau de deficiência
de sentir dor na sentir dor ou sensorial que limita
maior parte do desconforto em a capacidade de
corpo. mais de metade do sentir dor ou
corpo. desconforto em 1
ou 2 extremidades.
UMIDADE 1. Completamente 2. Muito molhada: 3. Ocasionalmente 4. Raramente
Nível ao qual a pele molhada: A pele está molhada: molhada:
é exposta a A pele é mantida frequentemente, A pele fica A pele geralmente
umidade. molhada quase mas nem sempre ocasionalmente está seca, a troca de
constantemente por molhada. A roupa molhada roupa de cama é
transpiração, urina, de cama deve ser requerendo uma necessária somente
etc. Umidade é trocada pelo menos troca extra de roupa nos intervalos de
detectada às uma vez por turno. de cama por dia. rotina.
movimentações do
paciente.
ATIVIDADE 1. Acamado: 2. Confinado a 3. Anda 4. Anda
Grau de atividade Confinado a cama. cadeira: ocasionalmente: frequentemente:
física. A capacidade de Anda Anda fora do quarto
andar está ocasionalmente pelo menos 2 vezes
severamente durante o dia, por dia e dentro do
limitada ou nula. embora distâncias quarto pelo menos
Não é capaz de muito curtas, com uma vez a cada 2
sustentar o próprio ou sem ajuda. horas durante as
peso e/ou precisa Passa a maior parte horas em que está
ser ajudado a se de cada turno na acordado.
sentar. cama ou cadeira.
MOBILIDADE 1. Totalmente 2. Bastante 3. Levemente 4. Não apresenta
Capacidade de imóvel: limitado: limitado: limitações:
mudar e controlar a Não faz nem Faz pequenas Faz frequentes, Faz importantes e
posição do corpo. mesmo pequenas mudanças embora pequenas, frequentes
mudanças na ocasionais na mudanças na mudanças sem
posição do corpo ou posição do corpo ou posição do corpo ou auxílio.
extremidades sem extremidades mas é extremidades sem
ajuda. incapaz de fazer ajuda.
mudanças
frequentes ou
significantes
sozinho.
NUTRIÇÃO 1. Muito pobre: 2. Provavelmente 3. Adequado: 4. Excelente:
Padrão usual de Nunca come uma inadequado: Come mais da Come a maior parte
consumo alimentar. refeição completa. Raramente come metade da maioria de cada refeição.
Raramente come uma refeição das refeições. Nunca recusa uma
mais de 1/3 do completa. Come um total de 4 refeição. Geralmente
alimento oferecido. Geralmente come porções de alimento ingere um total de 4
Come 2 porções ou cerca de metade do rico em proteína ou mais porções de
menos de proteína alimento oferecido. (carne e laticínios) carne e laticínios.
(carnes ou Ingestão de todo dia. Ocasionalmente
laticínios) por dia. proteína inclui Ocasionalmente come entre as
Ingere pouco somente 3 porções recusará uma refeições. Não
líquido. Não aceita de carne ou refeição, mas requer suplemento
suplemento laticínios por dia. geralmente aceitará alimentar.
alimentar líquido. Ocasionalmente um complemento
Ou é mantido em aceitará um oferecido. Ou é
jejum e/ou mantido suplemento alimentado por
com dieta líquida ou alimentar ou recebe sonda ou regime de
58
IVs por mais de abaixo da nutrição parenteral
cinco dias. quantidade total, o qual
satisfatória de dieta provavelmente
líquida ou satisfaz a maior
alimentação por parte das
sonda. necessidades
nutricionais.
FRICÇÃO E 1. Problema: 2. Problema em 3. Nenhum
CISALHAMENTO Requer assistência potencial: problema:
moderada a Move-se mas, sem Move-se sozinho na
máxima para se vigor ou requer cama ou cadeira e
mover. É impossível mínima assistência. tem suficiente força
levantá-lo ou erguê- Durante o muscular para
lo completamente movimento erguer-se
sem que haja atrito provavelmente completamente
da pele com o ocorre um certo durante o
lençol. atrito da pele com o movimento. Sempre
Frequentemente lençol, cadeira ou mantém boa
escorrega na cama outros. Na maior posição na cama ou
ou cadeira, parte do tempo cadeira.
necessitando mantém posição
frequentes ajustes relativamente boa
de posição com o na cama ou na
máximo de cadeira mas
assistência. ocasionalmente
Espasticidade, escorrega.
contratura ou
agitação leva a
quase constante
fricção.
PONTUAÇÃO
TOTAL
*Copyright® Braden, Bergstrom 1988. Adaptada e validada para o Brasil por Paranhos, Santos 1999. Disponível em:
<http://www.bradenscale.com/translations.htm>.
Paranhos WY, Santos VLCG. Avaliação de risco para úlceras de pressão por meio da Escala de Braden, na língua portuguesa.
RevEscEnferm USP. 1999; 33 (nº esp): 191-206. Disponível em: <http://143.107.173.8/reeusp/upload/pdf/799.pdf>.
Risco muito
6a9 Baixo risco 15 a 18
alto
Risco alto 10 a 12 Sem risco 19 a 23
Risco
13 a 14
moderado
59
ANEXO 8 CUIDADOS PARA MANTER INTEGRIDADE DA PELE E EVITAR
LESÕES POR PRESSÃO
60
ANEXO 9 CUIDADOS PARA MANTER INTEGRIDADE DA PELE E EVITAR
LESÕES NOS PÉS (PACIENTE DIABÉTICO)
61
- Redobrar cuidados com a parte que restou de uma amputação e com o outro
pé;
- Evitar fumo e álcool;
- Providenciar avaliação regular dos pés com a equipe de saúde e sempre que
notar qualquer alteração nos pés (lesão, bolhas, calos, diferença de
temperatura, dormência, micoses, doenças das unhas, “bicho-de-pé”etc.).
Calçados:
62
ANEXO 10 FLUXOGRAMA DE TRATAMENTO
63
64
65