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PREFEITURA MUNICIPAL DE LENÇÓIS

Secretaria Municipal do Meio Ambiente

PLANO EMERGENCIAL DE USO PÚBLICO


PARQUE NATURAL MUNICIPAL DA MURITIBA

Lençóis, Chapada Dimantina, Bahia


2022
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Elaborado por:

Coordenação de Unidades de Conservação/SEMMA


Parque Natural Municipal da Muritiba
Conselho Consultivo do Parque Natural Municipal da Muritiba

Técnico responsável:

Osmani Machado da Ponte Neto


Michelle Costa Calhau
Esther Moura Jorge Oliveira
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SUMÁRIO
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SUMÁRIO

1.0 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 001

2.0 MÉTODO........................................................................................................ 005

3.0 FICHA TÉCNICA DA UC................................................................................. 010

4.0 DIAGNÓSTICO............................................................................................... 012


4.1 CARACTERIZAÇÃO DO PÚBLICO............................................................ 012
4.1.1 PERFIL DO VISITANTE DO PARQUE MURITIBA ............................... 013
4.1.2 QUANTITATIVO DE VISITANTES DO PARQUE MURITIBA ................ 013
4.1.3 PRINCIPAIS REINVINDICAÇÕES DOS VISITANTES .......................... 013
4.2 ESTRUTURA FÍSICA DE APOIO A VISITAÇÃO.......................................... 013
4.3 ATRATIVOS.............................................................................................. 014
4.4 ATIVIDADES PERMITIDAS........................................................................ 015
4.4.1 CAMINHADA AUTOGUIADA............................................................. 015
4.4.2 CAMINHADA CONDUZIDA POR CONDUTOR AMBIENTAL .............. 015
4.4.3 BANHO DE RIO................................................................................ 015
4.4.4 REFEIÇÕES AO AR LIVRE............................................................... 015
4.4.5 AULAS DE CAMPO E PESQUISAS CIENTÍFICAS .............................. 015
4.4.6 TRABALHO VOLUNTÁRIO............................................................... 016
4.4.7 EVENTOS SOCIAIS.......................................................................... 016
4.4.8 ESCALADAS............................................................................... 016
4.5 SERVIÇOS........................................................................................... 016
4.6 NORMAS DE VISITAÇÃO.......................................................................... 016

5.0 PROJETOS E AÇÕES..................................................................................... 018


5.1 ESTRUTURAÇÃO..................................................................................... 018
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5.1.1 SINALIZAÇÃO.................................................................................. 018


5.1.1.1 ORIENTAÇÃO/DIRETIVA.................................................... 018
5.1.1.2 INTERPRETAÇÃO AMBIENTAL ........................................... 019
5.1.1.3 RODOVIÁRIA......................................................................... 019
5.1.2 TRILHAS...................................................................................... 019
5.1.3 EQUIPAMENTOS DE RESGATE E SALVAMENTO ............................ 022
5.1.4 BANCOS E MESAS........................................................................... 023
5.1.5 INTERNET................................................................................... 023
5.1.6 OBRAS E REFORMAS...................................................................... 024
5.1.6.1 CENTRO DE ATENDIMENTO AO TURISTA (CAT) 1 e 2.......... 024
5.1.6.2 MUSEOLOGIA....................................................................... 024
5.1.6.3 CALÇADA ADAPTADA PARA CADEIRANTES ....................... 024
5.1.6.4 DECK DE MADEIRA.............................................................. 024
5.2 CONTROLE E ORDENAMENTO DA VISITAÇÃO ........................................ 025
5.2.1 AGENDAMENTO E VENDA ELETRÔNICA DE INGRESSOS .............. 025
5.2.2 NORMAS DE VISITAÇÃO.................................................................. 025
5.2.3 MONITORAMENTO DE IMPACTO..................................................... 025
5.2.3.1 NÚMERO BALIZADOR DE VISITANTES (NBV) ..................... 025
5.2.4 PESQUISA DE PERFIL E SATISFAÇÃO DOS VISITANTES ............... 026
5.2.5 GESTÃO DE RISCOS....................................................................... 026
5.2.6 RECEPÇÃO..................................................................................... 026
5.2.7 RESÍDUOS SÓLIDOS....................................................................... 026
5.2.8 CAPACITAÇÃO DE PESSOAL......................................................... 027
5.2.9 CRIAR GRUPO DE TRABALHO....................................................... 027
5.3 SERVIÇOS DE APOIO À VISITAÇÃO......................................................... 027
5.3.1 SALVA-VIDAS................................................................................. 027
5.3.2 VENDEDORES AMBULANTES......................................................... 028
5.3.3 LOJA DE CONVENIÊNCIA............................................................... 028
5.3.4 TURISMO DE AVENTURA................................................................ 028
5.3.5 CONDUTORES AMBIENTAIS........................................................... 029
5.3.6 VISITA AGENDADA......................................................................... 029
5.4 GERAÇÃO DE RENDA.............................................................................. 029
5.4.1 AUTORIZAÇÕES, PERMISSÕES E CONCESSÕES DE USO............. 029
029
6.0 CRONOGRAMA.............................................................................................. 030

7.0 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS................................................................. 033


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1.0 APRESENTAÇÃO
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1.0 APRESENTAÇÃO

Com a PROMULGAÇÃO da Lei nº 9.985 (SNUC – Sistema Nacional de Unidades de


Conservação) e do Decreto Federal nº 4.340 de 2002 foi possível a regulamentação das
Unidades de Conservação (UC) e das relações herméticas entre o estado, a sociedade
civil e o meio ambiente, importante na garantia da integridade dos RECURSOS E
VALORES FUNDAMENTAIS (RVF) dessas áreas geográficas de proteção integral e uso
indireto dos atributos naturais.

O PARQUE NATURAL MUNICIPAL DA MURITIBA foi criado através da Lei nº 353/1986,


e regulamentado pela Lei n° 484/1999, que alterou a denominação do Parque Recreativo
de Lençóis, estabeleceu novos limites e deu outras providências. Sua área faz parte do
bioma Caatinga e possui aproximadamente 66,3671 (sessenta e seis hectares, trinta e
seis ares e setenta e um centiares) que protege nascentes e remanescentes florestais em
um trecho do rio Lençóis, conhecido como rio Serrano. A área também é utilizada pela
EMBASA (EMPRESA BAIANA DE ÁGUAS E SANEAMENTO), concessionária de
saneamento básico pertencente ao Governo Estadual, para a captação de água do
Sistema de Abastecimento de Água (SAA) que abastece o distrito sede do Município de
Lençóis, no Estado da Bahia.

O Parque é uma das atrações turísticas mais visitadas da região turística da Chapada
Diamantina e, por estar inserido no contexto urbano da cidade de Lençóis, localizada no
coração da Chapada, tem os mais diversos usos públicos registrados, tais como:
religioso, recreativo, para pesquisa científica, interpretação ambiental, turismo de
natureza, escalada, lavação de roupas e fonte de abastecimento de água. São seus
objetivos proteger os recursos naturais para uso monitorado do público para lazer,
estabelecendo um Plano de Manejo para controlar a visitação, a recreação e o turismo de
natureza. Garantir a segurança dos visitantes; proteger as fontes de água potável e
mineral da Cidade de Lençóis; promover o efetivo cumprimento da legislação que protege
às matas ciliares, às florestas e o Rio Lençóis; proporcionar educação ambiental,
demonstrando a utilização de princípios e práticas de conservação da natureza; criar um
referencial permanente perante a comunidade local e opinião pública em geral, para o
trato da questão ambiental de Lençóis; preservar remanescentes históricos; estabelecer
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modos de proteção ambiental para a área onde a comunidade desenvolve atividades


históricas a sua subsistência, orientando e introduzindo práticas limpas; e monitorar a
qualidade dos recursos naturais.

Para que o uso do PARQUE aconteça em consonancia ao seu objetivo de criação é


necessário que se realize o PLANO DE MANEJO, documento definido pela Lei SNUC
como:

"Documento técnico mediante o qual, com fundamento nos objetivos


gerais de uma Unidade de Conservação, se estabelece o seu
zoneamento e as normas que devem presidir o uso da área e o manejo
dos recursos naturais, inclusive a implantação das estruturas físicas
necessárias à gestão da unidade".

Durante o tempo em que não existir um PLANO DE MANEJO, é impreterível que o órgão
gestor da Unidade de Conservação, a SECRETARIA MUNICIPAL DO MEIO AMBIENTE
da PREFEITURA MUNICIPAL DE LENÇÓIS, defina as normas para a gestão do
PARQUE, determinando critérios e o regramento para a visitação da UC, sem que haja
possível lesão ou dano ao meio ambiente, portanto, indo ao encontro aos objetivos de sua
criação.

Enquanto o Artigo 11º da Lei SNUC garante a obrigatoriedade de um PLANO DE


MANEJO (PM) para a determinação de normas e restrições, o Artigo 28º define que até
que seja elaborado o PM, todas as atividades e obras desenvolvidas nas unidades de
conservação de proteção integral devem se limitar àquelas destinadas a garantir a
integridade dos recursos que a unidade objetiva proteger.

Dito isso, o PLANO EMERGENCIAL DE USO PÚBLICO do PARQUE MURITIBA é


essencial para a realização do planejamento das ações para o uso público com o objetivo
de prevenir impactos ambientais associadas à visitação e aos outros usos autorizados.
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Figura 01 – Localização e limites do Parque Natural Municipal da Muritiba.


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2.0 MÉTODO
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2.0 MÉTODO

Em outubro de 2021 foi dado início à elaboração do PLANO EMERGENCIAL DE USO


PÚBLICO com o levantamento bibliográfico sobre as mais diversas propostas e/ou usos
existentes. No âmbito do Conselho Municipal do Meio Ambiente, após essa análise, foi
realizado diagnóstico sobre as atividades previstas e implementadas, previstas e não
implementadas, não previstas e implementadas e as atividades potenciais, não previstas
e colocadas como nova proposta de uso.

Num segundo momento, foram realizados inúmeros encontros públicos com GUIAS E
CONDUTORES, LAVADEIRAS e VENDENDORES AMBULANTES com o objetivo de
ouvir todas as partes interessadas, garantindo à construção coletiva dos usos públicos
permitidos no PARQUE, referendados pelo PLANO EMERGENCIAL. Após as oitivas e a
identificação de um plano representativo dos anseios da comunicade local, ele foi dividido
em 4 (quatro) temas: 1 – Equipamentos e infraestrutura; 2 – Controle e ordenamento da
visitação; 3 – Serviços de Apoio; e 4 – Geração de renda. (Foto 1, 2 e 3).

Foto 01 – Equipe da SEMMA durante AUDIÊNCIA PÚBLICA com guias e condutores que atuam no Parque
Natural Municipal da Muritiba. (17 de março de 2022).
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Finalizado os encontros, tivemos um primeiro momento com o CONSELHO MUNICIPAL


DO MEIO AMBIENTE, que representam diversos setores da sociedade, com a finalidade
de diagnosticar todas as necessidades para garantir o uso público emergencial proposto
no plano, cuja materialização pode ser vista na tabela apresentada abaixo.

Foto 02 – Equipe da SEMMA durante AUDIÊNCIA PÚBLICA com guias e condutores que atuam no Parque
Natural Municipal da Muritiba. (17 de março de 2022).

Foto 03 – Equipe da SECRETARIA DE TURISMO, na pessoa da SECRETÁRIA DE TURISMO, durante


AUDIÊNCIA PÚBLICA com guias e condutores que atuam no Parque Natural Municipal da Muritiba. (17 de
março de 2022).
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Foto 04 – Equipe da SEMMA, durante AUDIÊNCIA PÚBLICA com vendedores ambulantes e lavadeiras que
atuam e usam o Parque Natural Municipal da Muritiba. (06 de abril de 2022)

Foto 05 – Equipe da SEMMA, durante AUDIÊNCIA PÚBLICA com guias e condutores que atuam e usam o
Parque Natural Municipal da Muritiba. (13 de abril de 2022)
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Tabela 01 – Levantamento das necessidades do Parque Natural Municipal da Muritiba para à visitação turística.

LEVANTAMENTO DAS NECESSIDADES DO PARQUE

EQUIPAMENTOS & INFRAESTRUTURA CONTROLE & ORDENAMENTO SERVIÇOS DE APOIO GERAÇÃO DE RENDA

 Construção e Implantação do  Definir a Capacidade de Suporte  Agências de turismo.  Cobrança da Taxa


Centro de Atendimento ao Turista de Carga diária do Parque. Única por Uso de
(CAT) 1 e 2 com apoio e patrocínio.  Associação de Guias Patrimônio
 Definir a Capacidade de Suporte e Brigadistas. Ambiental (TUPA).
 Construção e implantação do de Carga de cada atração
Alojamento Provisório de Cães turística do Parque.  Eventos Culturais e  Cobrança para o uso
com apoio e patrocínio. Educativos em datas do Alojamento
 Definir a Capacidade de Suporte comemorativas. Provisório de Cães.
 Contratação de Sistema para de Carga do Parque em feriados.
venda eletrônica de ingressos.  Outras contratações
 Definir Procedimento do receptivo durante os feriados.
 Fornecimento de energia e acesso dos visitantes e informes sobre
a internet e wifi nos CAT’s. regras do Parque, prevendo-o no
MANUAL DE TREINAMENTO do
 Sinalização das trilhas e atrações MONITOR AMBIENTAL.
turísticas do Parque.
 Definir uso das Lavadeiras e
 Banheiro com vestiários. Vendedores Ambulantes.
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3.0 FICHA TÉCNICA DA UC


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3.0 FICHA TÉCNICA DA UC

PARQUE NATURAL MUNICIPAL DA


NOME DA UNIDADE DE CONSERVAÇÃO
MURITIBA

Administração: Secretaria Municipal do Meio Ambiente (SEMMA) da Prefeitura Municipal de Lençóis

Endereço da Sede: Rua Boa Vista, nº 73 – Centro – Leçois – Chapada Diamantina – Bahia

Telefone: 75 3334 1261

Celular/Whatsapp: Não

E-mail: contato@parquemuritiba.com.br / semma.lencois@yahoo.com.br

Superfície / Perímetro: 663.662,71 m²

Superfície / Perímetro (Zona de Amortecimento):

Municípios Abrangidos pela UC e percentuais: 100% da área do Parque está no Município de


Lençóis, Bahia

Estado Abrangido pela UC: Bahia

Coordenadas Geográficas: 12º 32’ 24,454” S e 41º 23’ 58,099 W

Descrição Resumida dos Limites: terras da Família Alcântara ao Norte, Sul e Oeste, terras de
Herdeiros de Alcina Teixeira de Sá a Norte, donos do Campo da Batalha ao Sul, Hotel Lençóis e
cidade de Lençóis a Sudeste.

Biomas: Caatinga

Atividades Desenvolvidas: recreação e visitação turísitica

Conselho Consultivo: Não

Plano de Manejo: Não


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4.0 DIAGNÓSTICO
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4.0 DIAGNÓSTICO

O PLANO EMERGENCIAL DE USO PÚBLICO considerará os usos históricos e


atualmente existentes na Unidade de Conservação, identificados após a análise do
diagnóstico realizado através da ANÁLISE DO PERFIL DOS VISITANTES DO PARQUE
NATURAL MUNICIPAL DA MURITIBA (PNMM) realizados no dia 04 e 05 de maio de
2022. Dito isso, temos o seguinte perfil identificado.

4.1 CARACTERIZAÇÃO DO PÚBLICO

Conhecer as características do turista ou visitante que frequenta o PARQUE NATURAL


MUNICIPAL DA MURITIBA contribui para o planejamento do TURISMO DE NATUREZA
e das ações de educação e fiscalização ambiental, essencial para a garantia da
integridade das belezas cênicas e dos atributos naturais da UC.

Com o suporte da SECRETARIA DE TURISMO da PREFEITURA MUNICIPAL DE


LENÇÓIS e a BRIGADA VOLUNTÁRIA DE LENÇÓIS (BVL), foi realizada entrevista junto
aos visitantes do Parque, nos dias 04 e 05 de maio, com o preenchimento do
QUESTIONÁRIO DOS VISITANTES ou ANÁLISE DO PERFIL DOS VISITANTES DO
PARQUE NATURAL MUNICIPAL DA MURITIBA (PNMM), de forma que pudesse ser
conhecido o perfil do visitante.

Praticamente, todos os visitantes do PARQUE MURITIBA sabiam que estavam visitando


uma UNIDADE DE CONSERVAÇÃO (U.C.) e obtiveram essa informação através dos
GUIAS e da SINALIZAÇÃO EXISTENTE (PLACA), afixada para atendimento ao TERMO
DE AJUSTAMENTO DE CONDUTA (TAC) assinado junto ao MINISTÉRIO PÚBLICO DA
BAHIA para adequação a U.C. Apenas turista estrangeiros, visitando o local pela primeira
vez, não sabiam estar em uma área protegida.

Os visitantes buscam o locar para meditação, banho e experiencias junto a natureza e as


águas do rio Lençóis. Foi recomendado a implantação de COLETORES DE LIXO por
alguns visitantes.
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4.1.1 PERFIL DO VISITANTE DO PARQUE MURITIBA

Em virtude dos diversos administradores e tipos de administração realizadas no Parque,


inclusive VOLUNTÁRIA, não foi possível haver uma coleta de informações capaz de gerar
dados confiáveis suficientes para uma linha histórica. Ainda assim, enquanto sob à gestão
da BVL (BRIGADA VOLUNTÁRIA DE LENÇÓIS), durante os anos de 2018 a 2020, houve
a coleta de assinatura e o registro diário dos visitante que realizaram as contribuições
voluntárias para àqueles que eram responsáveis pela manutenção das trilhas, pela
garantia da segurança dos visitantes e o monitoramento ambiental do Parque. E essas
informações também foram consideradas.

Uma vez realizada a análise dos dados obtidos foi definido as características gerais e
predominantes da visitação no PARQUE MURITIBA. A principal motivação das visitas é a
recreação, seguida de educação, fotografia, pesquisa científica e voluntariado;

 Principal atividade realizada é o banho de cachoeira ou de rio;

 Predomínio de grupos familiares e de amigos;

 Pouca visita dos moradores do entorno imediato (comunidades rurais);

 Predomínio de moradores da Bahia, principalmente de municípios do entorno;

 Alta taxa de visitas no verão e feriados prolongados;

 Idade predominante dos visitantes está entre 18 a 49 anos;

 80% chegam ao Parque a pé;

 A maioria visitou o Parque pela 1ª vez; e

 A maioria pagaria taxa de visitação entre R$ 10,00 a R$ 20,00.

4.1.2 QUANTITATIVO DE VISITANTES DO PARQUE MURITIBA

Analisando os dados auferidos, podemos afirmar que os PICOS de visitação ocorrem no


verão, nos feriados e nos horários que coincidem com o nascel e o pôr do sol.

4.1.3 PRINCIPAIS REINVINDICAÇÕES DOS VISITANTES

A utilização do QUESTIONÁRIO DOS VISITANTES e a abordagem durante a visitação,


considerando que o Parque ainda não tem estrututa física para disponibilizar CAIXA DE
SUGESTÃO, nos permitiu chegar as diversas reinvindicações ou sugestões de melhorias
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que apresentamos logo abaixo:

1. Presença de lanchonete ou restaurante no interior do Parque;

2. Presença de COLETORES da COLETA SELETIVA no interior do Parque;

3. Presença de sinalização no interior do Parque; e

4. Centro de Atendimento ao Turista (CAT) com banheiros.

4.2 ESTRUTURA FÍSICA DE APOIO A VISITAÇÃO

A infraestrutura física de apoio a visitação é bastante precária e, atualmente não oferece


suporte às atividade de uso público por não possuir um Centro de Atendimento ao Turista
(CAT), que deveria ser composto, minimamente, por recepção, banheiro masculino e
feminino, espaço para a realização de atividades de educação ambiental e de
apresentação de vídeos institucionais e dos apoioadores do Parque. A estrutura existente
é:

 Sinalização dos 02 (dois) acessos ao Parque;

 Coletor consonante ao código de cores da COLETA SELETIVA danificado; e

 Estacionamento externo com capacidade para 16 (dezesseis) vagas necessitando


de manutenção e sinalização.

4.3 ATRATIVOS

O PARQUE NATURAL MUNICIPAL DA MURITIBA possui inúmeros atrativos que vão


além dos atributos naturais, culturais e históricos existentes, já que possui também trilhas,
mirantes artificiais, quedas d’águas dentre tantos outros atributos cênicos e paisagísticos.
Na tabela abaixo são apresentados os atrativos “abertos e estruturados”, “abertos e não
estruturados” e “potenciais à visitação” existentes nesse momento.

Tabela 02 – Atrativos do Parque da Muritiba com breve descrição sobre o seu funcionamento e estrutura
existente, na Zona de Visitação Conduzida (ZVC).

ATRATIVO DESCRIÇÃO
Atrativo aberto e estruturado. Rochas gigantescas que
formam túneis e cavernas com pedras e arenitos em
decomposição, com visual apresentando diferentes
SALÃO DE AREIAS COLORIDAS
tonalidades de areia: rosa, branca, vermelha, verde,
amarela e lilás. O local já foi usado por artesãos locais
como fonte de matéria-prima para encher as garrafinhas
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com desenhos coloridos, o que é proibido atualmente.


Atrativo aberto e estruturado. Uma caminhada leve
passando por paisagem típica da Chapada Diamantina,
POÇO HALLEY com mata, pedras e água, leva a esse trecho do rio
Lençóis. Aqui, o rio fica mais amplo e cai formando uma
queda d'água baixa com água bastante límpida.
Atrativo aberto e estruturado. Situada entre pedras,
esta cachoeira possui uma queda d’água que mede cerca
de 06 (seis) metros de altura. É formada pelo riacho
CACHOEIRA PRIMAVERA
Grisante, afluente do Rio Lençóis. A cachoeira dá acesso
ao mirante de onde é possível apreciar a beleza da
cidade de Lençóis.
Atrativo aberto e estruturado. Por estar bastante exposto
ao Sol, sua água possui uma temperatura agradável
POÇO DO PARAÍSO
durante o ano todo e, por isso é parada obrigatória para
quem quer uma área para banho mais tranquila.
Atrativo aberto e não estruturado. O local é apropriado
para a contemplação, pois permite uma vista de todo a
MIRANTE DO PARQUE grande área florestada que cerca a cidade de Lençóis. O
local precisa passar por melhorias no acesso e limitação
a visitação nas encostas.
Atrativo aberto e estruturado. Apesar de ser bastante
raso, o local é bastante ensolarado e possui uma queda
CACHOEIRINHA
d’água que pode ultrapassar os 04 (quatro) metros de
altura.

Tabela 03 – Atrativos do Parque da Muritiba com breve descrição sobre o seu funcionamento e estrutura
existente, na Zona de Visitação Autoguiada (ZVA).

ATRATIVO DESCRIÇÃO
Atrativo aberto e estruturado. Antigo local de
garimpagem de Lençóis. São formações rochosas no
PISCINAS NATURAIS DO chão, com variadas profundidades e uma água com
SERRANO tonalidade escura, porém, limpa e perfeita para se
refrescar e relaxar com banhos de massagens nas
pequenas quedas d’água.
Atrativo aberto e estruturado. Local para banho bastante
conhecido pela maior privacidade oferecida que outras
POÇO DO AMOR
áreas de banho da Zona de Visitação Autoguiada (ZVA),
historicamente frequentada para banho por moradores.
Atrativo aberto e estruturado. Local para banho bastante
POÇO DO HIPPIE conhecido, historicamente frequentado para banho por
moradores.
Atrativo aberto e estruturado. Local para banho bastante
“ÔNIBUS”
conhecido e frequentado para banho por moradores.
Atrativo aberto e estruturado. O local é bastante
GAMELEIRA conhecido e frequentado pelas lavadeiras, atividade
exercida até os dias atuais e para banho por moradores.
Atrativo potencial. Área sem sinalização, necessitando
de reparos e manutenção, de forma que possa resgatar o
FONTE DA ÁGUA MURITIBA
local e suas características mais ancestrais. Importante
recurso histórico-cultural que deve ser explorado quando
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do PLANO DE MANEJO.
Atrativo potencial. Área composta por inúmeras Tocas
de Garimpeiros, utilizadas a época que a atividade de
TOCA DOS GARIMPEIROS garimpo era permitida no local. Importante recurso
histórico-cultural que deve ser explorado quando do
PLANO DE MANEJO.

4.4 ATIVIDADES PERMITIDAS

As atividades autorizaadas por esse plano já são costumeiramente realizadas e


permitidas e estão listadas a seguir:

4.4.1 CAMINHADA AUTOGUIADA

Acesso sem a necessidade da contratação de GUIA ou CONDUTOR LOCAL (Lençóis e


Palmeiras) nos atrativos da ZONA DE VISITAÇÃO AUTOGUIADA (ZVA), de acordo com
os atrativos indicados na Tabela 03, que compõem os seus atrativos: Piscinas Naturais do
Serranos; Poço do Amor; Poço do Hippie; “Ônibus”; e Gameleira. A FONTE DA
MURITIBA e a TOCA DOS GARIMPEIROS não estão abertos à visitação até que
tenhamos o PLANO DE MANEJO ou às intervenções necessárias realizadas no local.

4.4.2 CAMINHADA CONDUZIDA POR CONDUTOR AMBIENTAL

Acesso com a necessidade da contratação de GUIA ou CONDUTOR LOCAL (Lençóis e


Palmeiras) nos atrativos da ZONA DE VISITAÇÃO CONDUZIDA (ZVC), de acordo com os
atrativos indicados nos Tabela 02, que compõem os seus atrativos: Salão de Areias
Coloridas; Poço Halley; Cachoeira da Primavera; Poço do Paraíso; Mirante do Parque; e
Cachoeirinha.

4.4.3 BANHO DE RIO

Banho permitido em todos os atrativos da ZONA DE VISITAÇÃO CONDUZIDA (ZVC) e


da ZONA DE VISITAÇÃO AUTOGUIADA (ZVA), desde que seguindo as orientações e
permissões relativas as suas respectivas ZONAS.

4.4.4 REFEIÇÕES AO AR LIVRE

As refeições ao ar livre são permitidas, desde que respeitando o limite de 50 (cinquenta)


metros das ÁREAS DE PRESEVAÇÃO PERMANENTE (APP).
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4.4.5 AULAS DE CAMPO E PESQUISAS CIENTÍFICAS

Aulas de Campo e Pesquisas Científicas através da visita de instituições de ensino com o


objetivo de adquirir conhecimento sobre os recursos naturais, culturais e históricos do
Parque serão permitidos quando realizadas com prévio agendamento e consonantes ao
que expressa a Lei Nº 9.985, de 18 de julho de 2000.

4.4.6 TRABALHO VOLUNTÁRIO

O trabalho voluntário será estimulado pela gestão da U.C. e vagas serão criadas com o
apoio do CONSELHO MUNICIPAL DO MEIO AMBIENTE (COMUMA) e o GRUPO DE
TRABALHO (GT) a ser criado para a fiscalização da execução do PLANO
EMERGENCIAL DE USO PÚBLICO do PARQUE MURITIBA, visto que o CONSELHO DO
PARQUE será unificado ao COMUMA, conforme previsto em Lei.

4.4.7 EVENTOS SOCIAIS

Realização de atividades como casamentos, festas populares, manifestações religiosas,


entre outros, serão permitidas mediante autorização do CONSELHO e da
ADMINISTRAÇÃO do Parque, e consonantes ao que expressa a Lei Nº 9.985, de 18 de
julho de 2000.

4.4.8 ESCALADAS

A atividade de escalada em rocha será autorizada a todos os interessados que observem


o regulamento e os intrumentos de gestão institucional vigentes, por conta da
INSTRUÇÃO NORMATIVA nº 2 – GABIN/ICMBIO, de 26 de maio de 2021,
CONSIDERANDO que é uma atividade de mínimo impacto e compatível com todas as
zonas de manejo onde o uso público é permitido, inclusive as zonas de baixo grau de
intervenção.

Não é permitida a escalada em árvores.

4.5 SERVIÇOS

O PARQUE DA MURITIBA no momento, não oferece serviços específicos ao público


visitante, contudo está previsto o desenvolvimento de todas as práticas que possam gerar
renda, desenvolver pessoas e melhorar a experiência do visitante no PARQUE NATURAL
MUNICIPAL DA MURITIBA, tais como: Experiência Geológica da Muritiba; Escalada,
Birdwatching (Avistamento de aves) etc.
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4.6 NORMAS DE VISITAÇÃO

Considerando que não existe regulamentação sobre as normas e regras básicas de


visitação do PARQUE é preciso garantir norma através da construção de uma Instrução
Normativa (IN) através da SECRETARIA MUNICIPAL DO MEIO AMBIENTE da
PREFEITURA MUNICIPAL DE LENÇÓIS, cuja aprovação será realizada no CONSELHO
MUNICIPAL DO MEIO AMBIENTE (COMUMA) através da orientação do GRUPO DE
TRABALHO (GT) criado para a fiscalização da execução do PLANO EMERGENCIAL DE
USO PÚBLICO do PARQUE NATURAL MUNICIPAL DA MURITIBA.
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5.0 PROJETOS E AÇÕES


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5.0 PROJETOS E AÇÕES

Os PROJETOS e AÇÕES apresentados a seguir, consideram as necessidades para a


gestão da visitação pública do PARQUE NATURAL MUNICIPAL DA MURITIBA e leva em
consideração a pouca estrutura existente e o grande fluxo de visitantes do local, de
acordo com o DIAGNÓSTICO realizado e o histórico apresentado pelas entidades da
SOCIEDADE CIVIL que outrora realizaram a gestão e o monitoramento do parque.

5.1 ESTRUTURAÇÃO

Dentre as inúmeras medidas a serem adotadas para a estruturação do PARQUE


MURITIBA ao contexto de visitação e uso público proposto por esse Plano, temos:
sinalização (orientação/diretiva; interpretação ambiental; rodoviária; trilha).

5.1.1 SINALIZAÇÃO
5.1.1.1 ORIENTAÇÃO/DIRETIVA

Atendendo ao roteiro de visitação dos atrativos para a visitação turística do PARQUE


NATURAL MUNICIPAL DA MURITIBA, considerando os atrativos, as atividades previstas
e implementadas, previstas e não implementadas, não previstas e implementadas e as
atividades potenciais, não previstas e colocadas como nova proposta de uso, é
indispensável levantar todos os pontos necessários a orientação e direção dos visitantes
para a sinalização da Zona de Visitação Autoguiada (ZVA) e da Zona de Visitação
Conduzida (ZVC) com a instalação de placas, totens e marcações orientadoras.
Geralmente são utilizados mapas, croquis, setas e marcos coloridos, dando preferência
aos materiais disponíveis na U.C., como rochas, galhos e troncos mortos, raízes, entre
outros. Trilhas destinadas às pessoas com deficiência física deverão ter afixadas
sinalizações com QRcode sobre a informação de orientação e interpretação ambiental.
Um painel dos atrativos e trilhas, bem como suas características indicando o tempo do
percurso, a distância etc, deve ser afixada no acesso de Cima do Parque, nas
proximidades da sede da EMBASA. Para tal deve-se buscar apoio com o COMÉRCIO
LOCAL e as empresas apoiadoras das ações da SECRETARIA MUNICIPAL DO MEIO
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AMBIENTE.
5.1.1.2 INTERPRETAÇÃO AMBIENTAL

Atendendo ao roteiro de visitação dos atrativos do PARQUE NATURAL MUNICIPAL DA


MURITIBA, considerando os atrativos, as atividades previstas e implementadas, previstas
e não implementadas, não previstas e implementadas e as atividades potenciais, não
previstas e colocadas como nova proposta de uso é indispensável levantar todos os
pontos de interesse a interpretação do meio ambiente, confeccionando e instalando
placas e painéis ambientais interpretativos que abordem a geologia, a fauna, a flora, as
relações ecológicas, a relação homem-natureza, a história, recursos hídricos, entre
outros.

O painel de informação pode ser protegido por telhado e transparência acrílica. Sua
confecção com polímeros plásticos, adesivos vinil com protetor solar e estrutura de
madeira tratada. Nas trilhas destinadas às pessoas com deficiência física deverão ser
fixados letreiros QRcode sobre a informação de interpretação ambiental.

5.1.1.3 RODOVIÁRIA

Atendendo a malha rodoviária existente para informar e orientar os motoristas que


acessam o Parque, é importante realizar o levantamento dos pontos de necessidade de
instalação de PLACAS DO MODELO RODOVIÁRIO garantindo informação e orientação
aos usuários da via sobre a existência do Parque e frases de sensibilização e educação
ambiental com o objetivo de garantir a boa conduta dos visitantes ao ambiente da UC.

5.1.2 TRILHAS

O PARQUE NATURAL MUNICIPAL DA MURITIBA possui inúmeras trilhas que nos levam
a dezenas de atrativos já identificados nas Tabela 02 e 03. Fundamentado nessas
informações e nas características geoambientais de cada uma delas, é possível planejar
um ROTEIRO INTERNO DE VISITAÇÃO capaz de ligar todos os atrativos, prevendo todo
o fluxo de visitação dos turistas, ampliando a capacidade do número de visitantes diários
e respeitando a capacidade de suporte de carga de cada um dos atrativos existentes e
potenciais. Dito isso, caberá ao órgão gestor da UC providenciar o referido roteiro.
28

Foto 01 – Vista parcial da ZONA DE VISITAÇÃO AUTOGUIADA (ZVA), podendo ser visto os atrativos
POÇO DO HIPPE e do POÇO DO AMOR. (Outubro, 2021)

Foto 02 – Vista das PISCINAS NATURAIS DO SERRANO, podendo ser observado banhistas no local.
(Outubro, 2021)
29

Foto 03 – Vista da CIDADE DE LENÇÓIS, a partir do atrativo denominado de MIRANTE DO PARQUE.


(Outubro, 2021)

Foto 04 – Vista da CACHOEIRADA PRIMAVERA, Parque Natural Municipal da Muritiba. (Março, 2022)
30

Foto 05 – Vista do POÇO HALLEY, Parque Natural Municipal da Muritiba. (Março, 2022)

Foto 06 – Vista do SALÃO DE AREIAS COLORIDAS, Parque Natural Municipal da Muritiba (Março, 2022)

5.1.3 EQUIPAMENTOS DE RESGATE E SALVAMENTO

Atendendo ao roteiro de visitação dos atrativos do PARQUE NATURAL MUNICIPAL DA


MURITIBA, considerando os atrativos, as atividades previstas e implementadas, previstas
e não implementadas, não previstas e implementadas e as atividades potenciais, não
previstas e colocadas como nova proposta de uso é necessário adquirir equipamento de
resgate e salvamento, conforme indica a Tabela 03. Até que seja adquirido, o PARQUE
31

deverá está aberto a visitação, somente e, desde que tenha disponível na UC os itens
supramencionados o que poderá ocorrer através do empréstimo temporário do
equipamento pelas BRIGADAS existentes no município de Lençóis.

Tabela 03 – Lista de equipamentos de resgate e salvamento necessários à operação do Parque da


Muritiba.

EQUIPAMENTO DESCRIÇÃO/USO
Maca para imobilização e transporte manual de vítimas de
01 (uma) Maca Rígida acidentes, com 03 (três) cintos de nylon, dimensões de 1,85
cm x46,5cm e material em polietileno.
Colar Cervical para imobilização, abertura frontal para
análise do pulso carotídeo e abertura para palpação e
03 (três) Colares Cervicais
ventilação da nuca, material em polietileno de alta
densidade, revestido com EVA e velcro.
Boia Circular para resgate aquático, com 50 cm de diâmetro,
03 (três) Boias de Salvamento com
e material em polietileno. Corda com 50 metros de
corda de 50 (cinquenta) m
comprimento e material em polipropileno.

5.1.4 BANCOS E MESAS

Atendendo ao roteiro de visitação dos atrativos do PARQUE NATURAL MUNICIPAL DA


MURITIBA, considerando os atrativos, as atividades previstas e implementadas, previstas
e não implementadas, não previstas e implementadas e as atividades potenciais, não
previstas e colocadas como nova proposta de uso é necessário adquirir 5 (cinco)
conjuntos de mesas de madeira ou pedra com bancos para 6 (seis) pessoas cada, para
sua utilização para lanches coletivos, trabalhos escolares, educassocioambientais, dentre
outros.

5.1.5 INTERNET

Atendendo ao roteiro de visitação dos atrativos do PARQUE NATURAL MUNICIPAL DA


MURITIBA, considerando os atrativos, as atividades previstas e implementadas, previstas
e não implementadas, não previstas e implementadas e as atividades potenciais, não
previstas e colocadas como nova proposta de uso é necessário disponibilizar internet via
Wifi nos 02 (dois) CENTROS DE ATENDIMENTO AO TURISTA (CAT), visto que a venda
de ingressos será realizada de forma eletrônica, garantindo maior transparência aos
recursos arrecados pela UNIDADE DE CONSERVAÇÃO.

5.1.6 OBRAS E REFORMAS

Atendendo ao roteiro de visitação dos atrativos do PARQUE NATURAL MUNICIPAL DA


MURITIBA, considerando os atrativos, as atividades previstas e implementadas, previstas
32

e não implementadas, não previstas e implementadas e as atividades potenciais, não


previstas e colocadas como nova proposta de uso está previsto as seguintes obras e
reformas:

5.1.6.1 CENTRO DE ATENDIMENTO AO TURISTA (CAT) 1 e 2

Construir o Centro de Atendimento ao Turista (CAT) 1 e 2, entrada e saída, com o intuito


de atender aos turistas e visitantes e elaborar o projeto de museologia e exposição do
espaço para que funcione dando suporte as atividades previstas no CALENDÁRIO
AMBIENTAL do PLANO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL.

5.1.6.2 MUSEOLOGIA

Após a construção do Centro de Visitantes será necessário a elaboração de projeto de


museologia que abordará como EXPOSIÇÃO TEMA os recursos naturais e culturais do
Parque, de forma provocativa, com a utilização de equipamentos interativos que trabalhe
a cognição dos visitantes através do olhar, tato, audição, raciocínio lógico, entre outros. A
formação geológica, assim como os ecossistemas, presentes no Parque deverão ser
abordados. A área externa, do entorno do CAT poderá ser utilizada para receber
instalações informativas.

5.1.6.3 CALÇADA ADAPTADA PARA CADEIRANTES

Atendendo ao roteiro de visitação dos atrativos do PARQUE NATURAL MUNICIPAL DA


MURITIBA, considerando os atrativos, as atividades previstas e implementadas, previstas
e não implementadas, não previstas e implementadas e as atividades potenciais, não
previstas e colocadas como nova proposta de uso é necessário instalar calçada para
acesso de cadeirante, do CAT 1 (entrada) ao MIRANTE DO SERRANO e as PISCINAS
DO SERRANO.

5.1.6.4 DECK DE MADEIRA

Atendendo ao roteiro de visitação dos atrativos do PARQUE NATURAL MUNICIPAL DA


MURITIBA, considerando os atrativos, as atividades previstas e implementadas, previstas
e não implementadas, não previstas e implementadas e as atividades potenciais, não
previstas e colocadas como nova proposta de uso é necessário instalar deck de madeira
no MIRANTE DO SERRANO e oferecer possível CONCESSÃO com pequena
ESTRUTURA FÍSICA para melhorar o serviço e o trabalho dos AMBULANTES
cadastrados durante as audiências públicas realizadas.
33

5.2 CONTROLE E ORDENAMENTO DA VISITAÇÃO


5.2.1 AGENDAMENTO E VENDA ELETRÔNICA DE INGRESSOS

O Controle e o ordenamento da visitação no PARQUE DA MURITIBA acontecerá através


da venda eletrônica de ingressos através de SISTEMA ELTRÔNICA DE GESTÃO DE
ATRATIVOS, considerando que é recomendação do MINISTÉRIO PÚBLICO vender, pelo
menos, 80% dos ingressos de forma online. O agendamento da visita de GRUPOS
ESCOLARES ou de COLETIVOS com grande quantidade de visitantes, deverá ser
realizado através do mesmo sistema, contudo, somente, após orientações dadas pela
administração da UNIDADE DE CONSERVAÇÃO.

Para tal a PREFEITURA MUNICIPAL DE LENÇÓIS deverá disponibilizar 03 (três)


servidores, do tipo AGENTE ADMINISTRATIVO/MONITOR AMBIENTAL, para que, possa
realizar os trabalhos da recepção e conferência da venda da TAXA DE VISITAÇÃO, que
será realizada 100% virtual, portanto garantindo que não haverá o manuseio de dinheiro
no local. A TAXA ÚNICA POR USO DE PATRIMÔNIO AMBIENTAL (TUPA) terá o valor
de R$ 20,00 (vinte reais) por pessoa, garantindo a meio entrada em consonância ao que
expressa a LEI FEDERAL nº 12.933/2013.

5.2.2 NORMAS DE VISITAÇÃO

É necessário regulamentar as normas e regras básicas de visitação do PARQUE


MURITIBA através da construção de uma INSTRUÇÃO NORMATIVA (IN) através da
SECRETARIA MUNICIPAL DO MEIO AMBIENTE da PREFEITURA MUNICIPAL DE
LENÇÓIS e do CONSELHO MUNICIPAL DO MEIO AMBIENTE. A REVISÃO da IN
deverá ser realizada a cada 02 (dois) anos e/ou sempre que o CONSELHO
CONSULTIVO julgar necessário, devendo ser utilizado o GRUPO DE TRABALHO do
PLANO EMERGENCIAL DE USO PÚBLICO do PARQUE até que tenhamos um PLANO
DE MANEJO.

5.2.3 MONITORAMENTO DE IMPACTO


5.2.3.1 NÚMERO BALIZADOR DE VISITANTES (NBV)

O Número Balizador de Visitantes (NBV) cria os indicadores de impacto para cada atrativo
e trilha, como forma de medir e definir um número ideal de visitantes, portanto garantindo
a integridade dos atributos naturais e dos RECURSOS E VALORES FUNDAMENTAIS
(RVF) e contribuindo para a experiência e satisfação dos visitantes. Deverão ser
elaborados gráficos para medição em campo de alterações de indicadores e o surgimento
de impactos, tanto físicos como de satisfação.

5.2.4 PESQUISA DE PERFIL E SATISFAÇÃO DOS VISITANTES


34

Aplicar, tabular e analisar o resultado dos QUESTIONÁRIOS DOS VISITANTES


preenchidos pelos turistas que visitaram a UNIDADE DE CONSERVAÇÃO, de forma que
contribuam para o desenvolvimento do planejamento da gestão do Parque. A aplicação
do QUESTIONÁRIO deve ser realizada através da plataforma da venda digital da TUPA,
de forma que esses dados também possam ser construídos a partir de um SISTEMA DE
INFORMAÇÃO.

5.2.5 GESTÃO DE RISCOS

Elaborar “Termo de Reconhecimento de Riscos” a ser assinado pelos visitantes, sinalizar


as áreas de risco de acidentes e elaborar PLANO DE CONTINGÊNCIA DE RISCOS E
SOCORRO (PCRS) que deverá prever os riscos inerentes à visitação e apontar soluções
para minimizá-los, assim, como determinar as ações emergenciais a partir de acidentes
ocorridos. A assinatura será realizada eletronicamente, quando da implementação da
PLATAFORMA de GESTÃO DE ATRATIVO.

5.2.6 RECEPÇÃO

Criar e adotar um roteiro de recepção contendo abordagem que dê orientação sobre as


NORMAS DE VISITAÇÃO através do PLANO EMERGENCIAL DE USO PÚBLICO, do
GUIA DE CONDUTA CONSCIENTE EM AMBIENTES NATURAIS, do ROTEIRO
INTERNO DE VISITAÇÃO e da INSTRUÇÃO NORMATIVA das NORMAS DE
VISITAÇÃO.

Disponibilizar em formato digital, na PLATAFORMA responsável pela VENDA


ELETRÔNICA DA TUPA e nas páginas oficiais do PARQUE e da SECRETARIA
MUNICIPAL DO MEIO AMBIENTE, e em formato impresso, no CAT 1 (Entrada), material
supramencionado, ainda que deva existir sinalização de SENSIBILIZAÇÃO AMBIENTAL,
indicando a alternativa eletronica dos documentos que poderão ser acessados via
QRcode, de forma a evitar o uso do material impresso.

5.2.7 RESÍDUOS SÓLIDOS

Disponibilizar COLETORES em pontos estratégicos da U.C. para que os visitantes


descartem os próprios resíduos. Todavia, todo visitante será orientado a recolher os
resíduos gerados e levar de volta consigo, para que, como última alternativa, possa
depositar nos coletores existentes no PARQUE. Deverão ser realizadas campanhas
educativas incentivando o visitante a retornar consigo todos os resíduos gerados durante
sua visita ao Parque. Os resíduos sólidos serão gerenciados através do PLANO DE
GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS (PGRS) acompanhado de Anotação de
Responsabilidade Técnica (ART) do técnico responsável.
35

5.2.8 CAPACITAÇÃO DE PESSOAL

Os AGENTES ADMINISTRATIVOS/MONITORES AMBIENTAIS deverão ter sua


capacitação baseada no roteiro de treinamento previsto no MANUAL DE TREINAMENTO
dos MONITORES AMBIENTAIS do PARQUE MURITIBA.

Os GUARDA-PARQUES contratados através do TERMO DE COLABORAÇÃO entre a


PREFEITURA MUNICIPAL DE LENÇÓIS e ORGANIZAÇÃO DA SOCIEDADE CIVIL,
também serão submetidos ao mesmo treinamento. Ainda assim, como GUIAS,
CONDUTORES e BRIGADISTAS deverão estar constantemente atualizados e para tal,
deverão realizar os seguintes treinamentos:

- Curso de Resgate e Salvamento em Áreas Remotas. Período: a cada 02 (dois) anos.

- Curso de Resgate e Salvamento Aquático. Período: a cada 02 (dois) anos.

- Curso de Primeiros Socorros e Resgate. Período: 01 vez ao ano.

- Curso de Montagem da Interpretação Ambiental das Trilhas. Período: a cada 02 anos.

- Treinamento do Manual do Treinamento dos Monitores Ambientais: operacionalização


dos procedimentos previstos na portaria (recebimento de visitantes, preenchimento de
formulários, cadastro de portaria, controle de horário, normas de conduta, outros).
Período: a cada 02 anos.

5.2.9 CRIAR GRUPO DE TRABALHO

O GRUPO DE TRABALHO relativo ao PLANO EMERGENCIAL DE USO PÚBLICO


deverá ser aberto junto ao CONSELHO MUNICIPAL DO MEIO AMBIENTE (COMUMA),
para auxiliar no monitoramento das ações previstas nesse plano, através de reuniões
periódicas a serem definidas, até que tenhamos o CONSELHO CONSULTIVO do parque
instituído e unificado ao COMUMA.

5.3 SERVIÇOS DE APOIO À VISITAÇÃO


5.3.1 SALVA-VIDAS

Disponibilizar um profissional salva-vidas durante todo o período de alta temporada de


visitação, nos meses de janeiro e fevereiro, na área das Piscinas Naturais do Serrano, na
Zona de Visitação Autoguiada (ZVA) e as sextas, sábados e domingo, desde que
aprovado pelo CONSELHO MUNICIPAL DO MEIO AMBIENTE e/ou do PARQUE DA
MURITIBA. Através de acordos e parcerias com o município ou corpo de bombeiros é
possível garantir a presença desse profissional. O CONSELHO pode se utilizar de suas
prerrogativas e solicitar formalmente a estes parceiros, apoio na gestão do Parque.
36

5.3.2 VENDEDORES AMBULANTES

Os vendedores ambulantes credenciados e habilitados passarão por ações


educassocioambientais que garantam o seu conhecimento, quanto aos impactos
ambientais associados ao seu trabalho no ambiente da Unidade de Conservação e terão
apoio a melhoria de suas condições de trabalho.

5.3.3 LOJA DE CONVENIÊNCIA

Lançar edital para concessão de espaço a ser construído para instalação de loja para
comercialização de lembranças e artesanato. Entre os produtos vendidos deverá haver
artesanatos locais e temáticos sobre o Parque. Neste caso, haverá processo licitatório,
cuja destinação de recursos será dada ao FUNDO MUNICIPAL DO MEIO AMBIENTE,
gerido pelo COMUMA.

5.3.4 TURISMO DE AVENTURA

Por se tratar da comercialização de serviços turísticos que utilizarão temporariamente o


espaço definido no interior do Parque, com ou sem construção ou instalação de
equipamentos permanentes, deverá ser concedida uma autorização de uso por tempo
determinado, com possível renovação, analisado os riscos e possíveis impactos
ambientais e, desde que, atenda critérios de normativas publicadas sobre a atividade
turística e o uso permitido no PARQUE. Para a realização de qualquer atividades não
prevista ou não citada aqui, deve seguir o seguinte roteiro:

a) Verificar o potencial para prática da atividade através de visitas técnicas de


praticantes e empresas que exploram comercialmente a atividade;

b) Definir locais para a prática e regras de uso, considerando o mínimo impacto


ambiental;

c) Publicar, via normativa, regras e critérios para seleção de empresas que queiram
explorar a atividade;

d) Publicar chamamento público aos interessados na exploração comercial da


atividade;

e) Assinar Termo de Autorização com critérios e contrapartidas.

Destaca-se que as atividades recreativas, no interior do Parque, devam cumprir com seus
objetivos de destinar o espaço público para usufruto da sociedade e promover a
conservação dos recursos naturais através da sensibilização dos visitantes em contato
direto com a natureza.
37

5.3.5 CONDUTORES AMBIENTAIS

Autorizar o serviço do GUIA E CONDUTOR LOCAL (Lençóis e Palmeiras) no Parque


mediante o fornecimento de credencial com foto e data de validade mínima de 02 (dois)
anos, de associação da sociedade civil a que está associada, pois será a ASSOCIAÇÃO
a empresa responsável pela validação das suas habilidades e experiência na prestação
deste serviço.

Para que os condutores ambientais operem serviços de TURISMO DE NATUREZA, estes


deverão apresentar certificados de capacitação para aquela atividade ou comprovar
experiência. Desde que comprovada sua capacidade, os condutores poderão atuar.

5.3.6 VISITA AGENDADA

Estabelecer os dias e horários de atendimento de visitas pela administração do Parque,


mediante agendamento eletrônico na PLATAFORMA contratada. Esses trabalhos deverão
ser desenvolvidos de forma virtuosa, junto a comunidade escolar local, principalmente
aquelas do Território de Identidade da Chapada Diamantina.

5.4 GERAÇÃO DE RENDA


5.4.1 AUTORIZAÇÕES, PERMISSÕES E CONCESSÕES DE USO

Estabelecer contrapartidas financeiras ou prestação de serviços nos termos de


autorização, permissão e concessão de uso comercial, no interior da Unidade de
Conservação, verificado a viabilidade técnica e econômica pelos interessados.
38

6.0 CRONOGRAMA
39

6.0 CRONOGRAMA

Os PROJETOS e AÇÕES apresentados a seguir, consideram as necessidades para a


gestão da visitação pública do PARQUE MURITIBA e leva em consideração a pouca
estrutura existente e o grande fluxo de visitantes do local, de acordo com o
DIAGNÓSTICO apresentado.

AÇÃO ITEM PRIORIDADE PRAZO

1.1.1 Orientação e diretiva ALTA Out/2022


1.1.2 Interpretação
1.1.Sinalização ALTA Out/2022
Ambiental
1.1.3 Rodoviária ALTA Mar/2023
1.2.1 Centro de
Atendimento ao Turista ALTA Mar/2023
(CAT 1)
1.2.2 Centro de
Atendimento ao
1.2 Obras MÉDIA Dez/2023
11.3

Turista (CAT 2)
1.2.3 Alojamento Provisório
MÉDIA Dez/2023
para Cães
1.2.4 Bannheiro com
ALTA Mar/2023
vestiários
1.3.1 Acesso a
energia elétrica e ALTA Junho/2022
1.3 Infraestrutura e internet wifi
ordenamento 1.3.2 Definir
Capacidade de ALTA Dez/2022
Suporte de Carga
1.4.1 Bancos e mesas ALTA Julho/2023
1.4 Aquisições 1.4.2 Equipamentos de
ALTA Dez/2023
Resgate
40

7.0 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS


41

7.0 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BRASIL. Lei nº 9.985, de 18 de Julho de 2000. Regulamenta o artigo 225, § 1º,


incisos I, II, III e VII da Constituição Federal, institui o Sistema Nacional de
Unidades de Conservação da Natureza e dá outras providências. Ministério
do Meio Ambiente, Brasília.

BRASIL. Decreto Federal n°4.340. Regulamenta artigos da lei Nº 9.985, de 18 de


julho de 2002, que dispõe sobre o Sistema Nacional de Unidades de
Conservação da Natureza - SNUC, e dá outras providências. Ministério do
Meio Ambiente, Brasília.

IBAMA – Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis.


Plano de Uso Público para o Parque Nacional Marinho de Abrolhos. MMA,
Brasília, 2003.

IDAF – Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Espírito Santo. Plano de


Manejo do Parque Estadual Cachoeira da Fumaça. Brasília, 2000.

IDAF – Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Espírito Santo. Projeto de


Implantação e Manutenção do Parque Estadual da Cachoeira da Fumaça –
Agosto, 1987

IEF/MG – Instituto Estadual de Florestas. Plano Emergencial de Uso Público do


Parque Estadual Lapa Grande. Montes Claros, 2015.

IEMA – Instituto Estadual de Meio Ambiente. Normas de visitação do Parque


Estadual Cachoeira da Fumaça. Instrução Normativa nº 09, publicado em
15 de dezembro de 2010.

IEMA – Instituto Estadual de Meio Ambiente. Relatório temporada de inverno.


Parque Estadual Cachoeira da Fumaça. Alegre/Ibitirama, 2009.
42

ESPIRITO SANTO. Estabelece normas para utilização pública dos Parques


Estaduais. Lei Estadual nº 10094 de 16 de outubro de 2013. Governo do
Estado do Espírito Santo, 2013.

ESPIRITO SANTO. Institui o Sistema Estadual de Unidades de Conservação e dá


outras providências. Lei Estadual nº 9462 de 14 de junho de 2010. Governo
do Estado do Espírito Santo, 2010.

FUNDAÇÃO FLORESTAL/SP. Plano Emergencial de Uso Público do Parque


Estadual Restinga de Bertioga. Portaria FF nº 203/2014, Bertioga, 2014.

SEBRAE – Serviço Brasileiro de Apoio à Micro e Pequenas Empresas. Inventario da


oferta turística do município de Alegre, 2005.
43

PARQUE NATURAL MUNICIPAL DA MURITIBA

LENÇÓIS – CHAPADA DIAMANTINA – BAHIA

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