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Comte Bittencourt
Secretário de Estado de Educação
Elizângela Lima
Superintendente Pedagógica
Assistentes
Cátia Batista Raimundo
Carla Lopes
Roberto Farias
Texto e conteúdo
Prof. Anderson Luís Pinheiro de A. Filgueiras
C.E. Professora Maria Nazareth Cavalcanti Silva
Prof. Marcio Augusto Pereira Campos
C.E. São Bento
Prof. Roberto Gomes Estabile
C.E. Sônia Regina Scudese
Capa
Luciano Cunha
Revisão de texto
Prof ª Andreia Cristina Jacurú Belletti
Esse documento é uma curadoria de materiais que estão disponíveis na internet, somados à experiência autoral dos
professores, sob a intenção de sistematizar conteúdos na forma de uma orientação de estudos.
Meta:
Apresentar tópicos da Geografia alinhados com o currículo básico, importantes para compreensão
de fenômenos sociais, seus processos históricos e o desenvolvimento do senso crítico.
Objetivos:
Ao fim dessa aula você deve ser capaz de:
SUMÁRIO:
Introdução:............................................................................................ 6
RESUMO........................................................................................... 20
.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS................................................. 21
Introdução
Muito mais que se preparar para as provas, entender os fenômenos sociais que
envolvem nosso país e o mundo é importante para compreendê-lo melhor, buscar
alternativas que solucionem problemas, por vezes históricos. E por fim, aperfeiçoar
as relações, promovendo a justiça e o bem-estar social.
A geografia é uma ciência que busca compreender o mundo através dos seus
fenômenos naturais e sociais, escrevemos essa obra buscando ajudá-lo a se apropriar
dos movimentos desse mundo dinâmico.
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Aula 1 – O Espaço Geográfico
Podemos definir o espaço geográfico como o oposto do espaço natural, que por sua
vez é aquele ambiente livre da intervenção humana e do resultado das suas ações
sociais, econômicas e culturais. Assim sendo, espaço geográfico é aquele que deixou
de ser natural, pois sofreu alteração provocada pela ação humana. O homeminterfere
no local para nele habitar, estabelecer as suas atividades econômicas e as suas
múltiplas relações. O espaço transformado, chamamos de espaço geográfico.
Para a geografia, talvez este seja o mais importante objeto de estudo: o espaço
geográfico! É observando-o que vamos buscar compreender os principais
fenômenos humanos, as consequências nas relações, nas sociedades e no próprio
espaço. O Homem, ao produzir sua própria existência através do trabalho, produz o
espaço geográfico.
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1.2 – Identificando e analisando o processo dessas transformações do espaço
geográfico.
Podemos dizer que a primeira revolução industrial (século XVIII) marca não apenas
uma grande transformação na maneira de se produzir, mas também na forma como o
homem se apropria do espaço e, na velocidade com que o transforma e humaniza, o
espaço geográfico avança sobre o natural.
O que ocorreu foi que as cidades, antes pouco habitadas, passaram a ter mais
habitantes que o espaço rural por conta das indústrias que se instalaram nas áreas
urbanas, havendo também uma queda do emprego nas atividades agropecuárias,
ocasionado por um início de modernização. Com o aumento da população, as cidades
cresceram, provocando inúmeras transformações.
Não menos importante, precisamos compreender que o ser humano sempre retirou
da natureza tudo o que necessita para sobreviver, desde água, alimentos e até mesmo
matéria prima para produzir os mais diversos itens que utilizamos diariamente.
A intervenção humana no espaço talvez não seja o problema, mas a forma como é
feita, sim. A queima exagerada de combustíveis fósseis, a retirada de recursosnaturais
de maneira que se esgote e as gerações futuras não possam contar com esses
elementos são exemplos de intervenções severas que causam problemas graves,
como a falta d’água e o aquecimento global. Fica clara a nossa dependência da
natureza e de tudo o que nela há, por isso é importante repensar e planejar os modelos
de apropriação do espaço.
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Imagem disponível em: https://geografando.paginas.ufsc.br/2019/02/10/volta-as-aulas-
fevereiro-de-2019/
As divisões territoriais dos países na maioria das vezes ocorreram conforme as ordens
de poder de cada nação ou civilização. Dessa forma, o estabelecimento das fronteiras
quase nunca representou a diversidade étnica das mais diversas regiões do mundo.
Como herança, existem no mundo inúmeros conflitos étnicos e separatistas
(reivindicação dos direitos nacionais) que visam à independência ou à emancipação
de alguns povos, ou a disputa de um mesmo território por duas ou maisnações.
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Muçulmanos rohingya deixam embarcação precária após chegar de Mianmar a
Bangladesh, na fuga da perseguição. Foto: Dar Yasin / AP
Fonte: https://oglobo.globo.com/mundo/entenda-quem-sao-os-rohingyas-minoria-mais-
perseguida-do-mundo-21820859
Temos a certeza de que o termo regionalização não lhe soa estranho, você já ouviu
essa expressão antes. Quando você estudou os continentes, por exemplo, certamente
você viu a regionalização da Europa, da África e do Continente Americano.
Mas, por que regionalizar? Imagine um país como o Brasil, gigante e muito variado
do ponto de vista social, histórico, cultural, físico e econômico. Regionalizar, ou seja,
repartir em recortes, nos ajuda compreender melhor essas diferenças. E, do ponto de
vista administrativo, essas regiões possuem diferentes carências, logo os governos
precisam compreender as distintas demandas para aplicar melhor os recursos.
Sendo assim, vamos observar nos próximos textos essa regionalização brasileira.
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3.2 – Regionalização brasileira.
Acreditamos não ser difícil para você responder em quantas regiões se divide
atualmente o nosso país: Norte, Nordeste, Centro-Oeste, Sudeste e Sul, são cinco
regiões no total. O órgão responsável por essa divisão é o Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE). Mas, você precisa saber que nem sempre a divisão foi
essa, tivemos outras, sempre buscando representar melhor os conceitos gerais do
território nacional; a primeira divisão foi em 1913. Tão importante quanto saber
responder quais são as regiões brasileiras, é preciso compreender as distintas
características dessas regiões:
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3.3 – Características regionais do Estado do Rio de Janeiro.
O Estado do Rio de Janeiro está dividido em oito Regiões de Governo, são elas:
Metropolitana, Noroeste Fluminense, Norte Fluminense, Baixadas Litorâneas,
Serrana, Centro-Sul Fluminense, Médio Paraíba e Costa Verde. Vejamos algumas
características de cada região, segundo dados da fundação CEPERJ.
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□ No Norte Fluminense, a agroindústria açucareira caracteriza, tradicionalmente,
a região. Nas últimas décadas, dois outros produtos – petróleo e gás natural –
assumiram importante papel na economia regional, colocando-a como uma das
principais regiões do Estado. A produção do petróleo e do gás natural, extraídos da
Bacia de Campos, é o principal fator de crescimento do PIB do Estado do Rio de
Janeiro. Dois municípios se destacam no Norte Fluminense: Campos dos Goytacazes
e Macaé.
□ Na Região das Baixadas Litorâneas, Cabo Frio é, por excelência, o principal centro
regional, a partir da diversificação das atividades comerciais e de serviços. As
atividades econômicas que caracterizaram a região, até a década de 1960, estavam
relacionadas à exploração do sal, à produção de laranja, à pesca e à criação de gado.
A atividade, que nos dias atuais, desponta como a indicada para o crescimento do
Município é o turismo, favorecido pelas condições do meio natural.
□ A Região da Costa Verde é constituída pelos municípios de Parati, Angra dos Reis
e Mangaratiba. Parati e Angra dos Reis fazem parte de uma microrregião denominada
Baía da Ilha Grande. Mangaratiba, juntamente com Itaguaí, faz parte de outra
microrregião – a da Baía de Sepetiba. A região é reconhecida pelas suas belezas
naturais, que favorecem o desenvolvimento do turismo. Em Angra dos Reis, os
ecossistemas locais foram – e continuam sendo – degradados pela atividade
imobiliária. A presença das usinas nucleares é destaque.
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Regiões de Governo do Estado do Rio de Janeiro
Fonte: http://www.ptt-radio.qsl.br/QuantosRJ2012.htm
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4.2 – Escala cartográfica.
Primeiro saiba que todo mapa possui elementos importantes para que qualquer
pessoa possa interpretá-lo, como o título, a fonte, a orientação, a legenda e a escala.
É sobre esse último que vamos falar.
Existe uma relação entre o tamanho real dos espaços e o retratado nos mapas, que
podem aparecer de duas maneiras, através de uma representação numérica ou de
uma representação gráfica. Essas informações permitem, por exemplo, calcular a
distância real entre dois pontos no mapa.
Fonte:https://cursoenemgratuito.com.br/escalas-cartograficas/
Os números das duas representações variam de mapa para mapa, de acordo com a
área retratada.
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Devemos destacar que o paralelo principal é a Linha do Equador, pois ela está
rigorosamente no meio do planeta, dividindo-o nos hemisférios Norte e Sul. O
meridiano principal é o de Greenwich, que por sua vez divide o mundo entre os
hemisférios Leste e Oeste. O mapa a seguir fornece as coordenadas geográficas
globais estabelecidas a partir da combinação das latitudes e das longitudes.
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Aula 5 - Questões de Geografia
2. A intervenção humana no meio ambiente talvez não seja o problema, mas a forma como
é feita, sim. A queima exagerada de combustíveis fósseis e a retirada de recursos naturais de
maneira que se esgote, e as gerações futuras não possam contar com esses elementos, são
exemplos de intervenções severas que causam problemas graves, como a falta d’água e o
aquecimento global. Fica claro a nossa dependência da natureza e de tudo o que nela há, por
isso é importante repensar e planejar os modelos de apropriação do espaço.
Baseado no fragmento acima, descreva a sua opinião nas linhas abaixo e apresente
propostas de intervenção sustentável no meio ambiente.
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3. (ENEM 2012) Portadora de memória, a paisagem ajuda a construir os sentimentos de
pertencimento;ela cria uma atmosfera que convém aos momentos fortes da vida, às festas,
às comemorações.
CLAVAL, P. Terra dos homens: a geografia. São Paulo: Contexto, 2010 (adaptado).
No texto, é apresentada uma forma de integração da paisagem geográfica com a vida social.Nesse
sentido, a paisagem, além de existir como forma concreta, apresenta uma dimensão:
a) O povo Rohingya, uma minoria católica dentro do Estado de Mianmar, vem sendo
massacrado pelo exército daquele país. Tal situação provocou, inclusive, um encontro do
Papa Francisco com a ativista birmanesa, a nobel da paz, Augn San Suu Kyi.
b) A presidente Augn San Suu Kyi, renomada ativista pela democracia em Mianmar, Nobel
da paz em 1991, vem sendo alvo de várias críticas lançadas inclusive por outros agraciados
pelo prêmio Nobel da paz, entre os quais o arcebispo sul-africano Desmond Tutu e a ativista
paquistanesa Malala Yousafzai, diante da inação do seu governo frente à "limpeza étnica e
os crimes contra a humanidade" sofridos pelos Rohingyas.
c) Desde o início da nova onda de repressão ao povo Rohingya, em meados de 2017, a ONU
calcula que ao menos 655 mil Rohingya tenham buscado refúgio no Laos, país vizinho.
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6. Sobre a regionalização do estado do Rio de Janeiro, marque a opção INCORRETA.
a) Latitude
b) Meridianos
c) Paralelos
d) Amplitudes
e) Longitudes
9. Sobre coordenadas geográficas, marque a opção correta:
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RESUMO
Nestas Orientações de Estudos, você deu continuidade aos estudos em geografia, com
o objetivo de ilustrar questões contemporâneas e processos que ocorrem no Brasil e
no mundo, e que são importantes para a sua compreensão dos fenômenosque o
cerca, sendo o aluno um agente que participa da construção do espaço.
Você aprendeu o que é e qual é a importância do espaço geográfico, viu que ele é
construído pelas relações humanas e pela inevitabilidade que o ser humano tem de
moldar o ambiente às suas necessidades, mas que nem sempre essas intervenções são
conduzidas da melhor maneira e precisam ser repensadas.
Outro assunto importante que tratamos nesta obra, foi a regionalização do Brasil e do
Estado do Rio de Janeiro, procedimento importante para compreender as distintas
características dentro de um mesmo território, bem como racionalizar a gestão de
recursos públicos.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
SANTOS, Milton; Pensando o Espaço do Homem. 5ª Ed. São Paulo: Edusp, 2009.
Mundo Educação.
Disponível em: https://mundoeducacao.uol.com.br/geografia/transformacao-no-
espaco-geografico.htm Acesso em 05/02/2021.
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