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Leonildo Ramiro Tamabo Cunhete

Nelson Vasco Lapuquene

Julio Junior João Aleixo

Espaço Turistico

Licenciatura em gestão Ambiental e desenvolvimento comunitário

Universidade unipungue

Extensão de Tete

2021
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Leonildo Ramiro Tamabo Cunhete


Nelson Vasco Lapuquene
Julio Junior João Aleixo

Espaço Turistico

Licenciatura em gestão Ambiental e desenvolvimento comunitário

Trabalho a ser entregue na cadeira de GT na faculdade de geociência sob a


forma de avaliação parcial. Docente: Rogerio cuinhane

Universidade unipungue
Extensão de Tete
2021
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Índice
1. Introdução ....................................................................................................................... 4

2. Objectivos ....................................................................................................................... 4

2.2. Especifico ................................................................................................................ 4

3. Metodologia .................................................................................................................... 4

4. Espaço ............................................................................................................................. 5

4.1. Espaço turístico........................................................................................................ 5

5. Elementos básicos que compõem o Espaço Turístico: ................................................... 6

5.1. Os homens ............................................................................................................... 6

5.2. As firmas.................................................................................................................. 6

5.3. Instituições ............................................................................................................... 6

5.4. As infra estruturas .................................................................................................... 6

5.5. Meio ecologico ........................................................................................................ 7

6.0. Turisficação......................................................................................................................... 7

6.1. Agentes da turisficação ................................................................................................... 7

7. Conclusão............................................................................................................................... 9

8. Bibliografia .......................................................................................................................... 10
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1. Introdução
Enquanto uma das mais significativas forças econômicas da atualidade, o turismo exerce
influência em vários aspectos da sociedade. A turistificação do espaço geográfico é um deles.
Conceitualmente a turistificação pode ser entendida como o processo de mudanças no espaço
geográfico visando adequá-lo para uma função turística (Barros, 1998). Nesse mesmo sentido
Cruz (2007) define turistificação como o processo de apropriação e uso do espaço pelo e para
o turismo. Outrossim, Issa & Dencker (2006) entendem que a turistificação ocorre quando
um espaço é apropriado pelo turismo, direcionando suas atividades para o atendimento dos
que vêm de fora e alterando a configuração espacial em função de interesses mercadológicos.
Com isto nesse presente trabalho a nossa abordagem e inerente ao estudo do espaço turístico
onde falremos dos elementos do espaço turístico e dos agentes da turificação.

2. Objectivos
2.1.Geral
 Compreender o termo espaço turístico.

2.2.Especifico

 Conceituar a turificação;
 Descrever os elementos do espaço turístico;
 Explicar cada elemento do espaço turístico.

3. Metodologia
Para concretização desse trabalho recorreu-se a consulta de obras na internet e manuais
físicos, das quais fez-se a análise e levantamento e depois a compilação das informações.
Materiais usados: Computador, Flesh, esferográfica, folha A4.
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4. Espaço
Para COSTA apud (SANTOS, 2008, p. 46), espaço é algo dinâmico e unitário, os e reúnem
materialidade e acção humana.O espaço seria o conjunto indissociável de sistemas de
objectos, naturais ou fabricados, e de sistemas de acções, deliberadas ou não. A cada época,
novos objectos e novas acções vêm juntar-se às outras, modificando todo, tanto formal
quanto substancialmente.

4.1.Espaço turístico
O Espaço turístico é qualquer espaço geográfico natural ou artificia, tangível e
materialdestinado às práticas turísticas que tem sempre a possibilidade de oferecer aos
visitantes e/ou turistas uma ou várias das seguintes opções: paisagens para observar
e/ou usufruir, actividades e/ou animações para participar e experiências para recordar.
espaço turístico é assim ocupado e consumido pelas actividades turísticas e é também
condicionado pela presença de uma oferta, congregada num ou mais.

O espaço pode ser compreendido sob quatro aspectos interligados: forma, função,
Estrutura e processo (Santos, 1998). Visto que o espaço turístico reflete as relações do
homem com as viagens e as estruturas necessárias para que ela aconteça, estes mesmos
aspectos do espaço geográfico são aplicados para compreensão do espaço turístico. Rodrigues
(1999) e Albach (2010) apresentam explanações para cada um deles no campo do turismo:
Forma: expressa a fisionomia do espaço. Na abordagem da forma se apreende o arranjo dos
objetos, ou seja, o padrão espacial. No turismo é representado nos ambientes urbano
(logradouros, marcos, bairros, setores, bordas e roteiros) e rural (as unidades de conservação,
áreas de proteção permanente, reservas legais, áreas agricultáveis, áreas de criação de
animais, de extrativismo e mineração). No ambiente rural desenvolve-se o turismo rural, o
ecoturismo, o turismo de aventura, o turismo cultural, de sol e praia, de lazer e náutico.
Também a forma da mobilidade neste espaço: rotas e roteiros, fluxos locais, regionais,
nacionais e internacionais.
Função: propõe a decomposição do espaço turístico nos seus elementos: oferta, demanda,
transporte, serviços, infraestrutura básica, poder de decisão e de informação, sistema de
produção e de comercialização. Mediante uma análise sincrônica, procura-se captar a
participação de cada um na totalidade espacial, num determinado momento, ou seja, num
tempo historicamente determinado. A partir dos atrativos turísticos e seus equipamentos
pode-se observar a função turística.
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Estrutura: pretende expressar a ação e interação recíprocas entre os elementos, enfocando, a


mútua dependência entre as partes e o todo, ou seja, a funcionalidade espacial. Exemplificada
nos elementos da oferta turística como a infraestrutura de apoio ao turismo, serviços e
equipamentos turísticos.
Processo: corresponde a uma categoria de análise diacrônica, objetivando investigar a
evolução da estrutura. Visa captar o dinamismo do espaço que pode apresentar fases
de estabilidade, de reformulação parcial ou de completa transformação, produzindo-se
novos espaços. Expressado por meio da história, política, sociedade e impactos,
influenciando e sendo influenciados pela produção do turismo no espaço.

5. Elementos básicos que compõem o Espaço Turístico:


Santos (1985) determina que para o entendimento do espaço precisamos compreender os
cincos elementos que constituem , a saber: os homens , as firmas,as instituições , as infra-
estruturas e o meio ecológico. Rodrigues ( 1997), de forma oportuna , trata de oferecer a
devida transposição de tais elementospara o contexto turístico, como segue:

5.1.Os homens
Como seres individuais e sociais correspondem a demanda turística, a população residente e a
todos os indivíduos responsáveis pelo funcionamento e representantes dos outros elementos
(firmas e instituições ).

5.2.As firmas
Correspondem aos serviços de hospedagem e alimentação , as agencias e operadoras de
viagem, aos sistemas de promoção.

5.3.Instituições
Correspondem a super estrutura , produzindo normas, ordens e legitimações , sendo então , as
instituições que regulam o turismo global como a OMT, e o turismo nacional como a
EMBRATUR, e seus mecanismos de acção como o PRODETUR.

5.4.As infra estruturas


Correspondem as redes de transporte e comunicação, redes de agua ,energia, telefonia, de
abastecimento e de saneamento básico, servicos de apoio como segurança.
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5.5. Meio ecologico


Correspondem aos grandes ecossistemas em estado inalterado ou alterado e as paisagens
singulares.

6.0. Turisficação
A turistificação é, por assim dizer, um processo de produção do espaço para fins
precipuamente turísticos, por meio do qual se instauram no espaço transformações (sociais,
culturais, econômicas, políticas, físicas e ambientais), com inserção de novos objetos (meios
de hospedagem, equipamentos de lazer, ócio, restauração etc) apropriação de objetos já
existentes, modificação de seus antigos significados, ou ainda refuncionalização de áreas,
atribuindo novos usos ao espaço e adaptando as estruturas territoriais preexistentes (Almeida,
1999).
Entender a turistificação enquanto um processo de produção do espaço implica em
considerar, tal como Lefebvre (2013), que o espaço é organizado, ocupado e transformado
para atender aos interesses de determinados agentes. Segundo Almeida (1999), os espaços se
turistificam no momento em que são destinados a atender às satisfações dos que chegam de
fora.
Considerando que os espaços turísticos refletem os valores da sociedade em que se inserem,
pode-se afirmar que a turistificação é fortemente influenciada pelo conjunto de valores e
ideologias da sociedade em determinado contexto histórico.

6.1. Agentes da turisficação


Dentre esses agentes externos, Knafou (1996) identifica essencialmente três tipos: turistas,
mercados e promotores territoriais. Cada um – ou até os três em simultâneo – busca moldar o
território a seus anseios e/ou necessidades. O que há de singular nessa interpretação é que ela
lança luz sobre o fato de que, na produção de um espaço (seja ele turístico, ou não), nada é
inocente nem ocasional (Carlos, 2012). Por isso mesmo, evidenciar os agentes e ideologias
por trás do processo de produção do espaço é capital para compreendê-lo para além do
meramente visível.
Justamente porque atende aos propósitos de agentes específicos (quase sempre externos ao
destino), um processo de turistificação geralmente se dá em condições de não sincronia entre
o ritmo e o volume da exploração de recursos, por um lado, e a capacidade que o meio
oferece de suportar essa exploração, por outro (López, 2002). Tal descompasso leva a uma
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série de impactos sociais, ambientais e econômicos no destino turístico (Fonteles, 2004;


Ouriques, 2005).
Esses impactos, por sua vez, variam consoante o peso do turismo para o local em questão.
Em se tratado nomeadamente de pequenos destinos insulares, o turismo tende a ter um peso
significativo, devido, entre outras coisas, ao tamanho desses ambientes, à sua população
reduzida, à distância em relação ao continente e ao potencial econômico pouco robusto –
resultado das restrições de espaço e recursos (Briguglio, 1995; Briguglio & Briguglio, 1996;
Kokkranikal, Mclellan & Baum, 2003; UNWTO, 2004).
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7. Conclusão
Com a materialização do trabalho em destaque pudmos concluir concluir de que o processo
de turistificação geralmente se dá em condições de não sincronia entre o ritmo e o volume da
exploração de recursos, por um lado, e a capacidade que o meio oferece de suportar essa
exploração, por outro. Tal descompasso leva a uma série de impactos sociais, ambientais e
econômicos no destino turístico e não so também constatamos de que o espaço turístico é
qualquer espaço geográfico natural ou artificia, tangível e materialdestinado às
práticas turísticas que tem sempre a possibilidade de oferecer aos visitantes e/ou turistas
uma ou várias das seguintes opções: paisagens para observar e/ou usufruir,
actividades e/ou animações para participar e experiências para recordar..
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8. Bibliografia
Almeida, M. (1999). Cultura: invenção e construção do objeto turístico. Espaço aberto
turismo e formação profissional. Fortaleza, CE: AGB-Seção Fortaleza.

Briguglio, L. & Briguglio, M. (1996). Sustainable tourism in the Maltese Islands. In L.


Briguglio, R. Butler & W. Leal Filho (Eds.). Sustainable tourism in islands & small states:
case studies (pp. 162-179). London: Pinter.

Carlos, A. F. (2012). Da “organização” à “produção” do espaço no movimento do


pensamento geográfico. In A. F. Carlos, M. L. Souza & M. Sposito. A produção do espaço
urbano: agentes e processos, escalas e desafios (pp. 53-73). São Paulo, DF: Contexto.

Knafou, R. (1996). Turismo e Território: por uma abordagem científica do turismo. In A.


Rodrigues. (Org.). Turismo e Geografia: reflexões teóricas e enfoques regionais (pp. 62-74).
São Paulo: Hucitec.

Kokkranikal, J.; Mclellan, R. & Baum, T. (2003). Island tourism and sustainability: A case
study of the Lakshadweep Islands. Journal of Sustainable Tourism, 11(5), 426-447.

Lefebvre, H. (2013). La producción del espacio. Madrid: Capitán Swing.

SANTOS, M. Técnica, Espaço, Tempo: globalização e meio técnico-científico informacional.


4ª ed. São Paulo: Hucitec: 1998.

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