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Transportes e Comunicações
Universidade Rovuma
2024
Basílio Castelo
Cecília Estevão Brito
Edma Maria A. Agostinho
Esmeralda Abílio Chivoze
José R. Tomas Saguate
Mico Inácio Tomé
Transportes e Comunicações
Universidade Rovuma
2024
Índice
1. Introdução............................................................................................................................2
2. Transpores e comunicações.................................................................................................4
2.1.1. Transporte..................................................................................................................5
2.1.2. Comunicação..............................................................................................................5
3. Conclusão...........................................................................................................................15
4. Referências Bibliográficas.................................................................................................16
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1. Introdução
Os esforços encetados no sentido de reduzir o efeito das distâncias fazem parte da evolução
das sociedades. Das deslocações feitas a pé, mais tarde com a ajuda dos animais, à ligação
através da rede virtual (Internet – Interconnected Networks), é longa a história dos transportes
e das comunicações.
Nos dias de hoje, a mobilidade é assumida pela maioria, simplesmente, como um direito,
aumentando as pressões e as exigências sobre os sistemas de transportes, sem contrapartidas
para a redução das externalidades. É nesta ordem que este trabalho de pesquisa subordina-se
ao tema de investigação Transportes e Comunicações, do qual pretende abordar
minuciosamente os conceitos tangentes ao tema e as suas abordagens necessárias para a sua
compreensão.
A elaboração deste trabalho teve como recurso a pesquisa bibliografia, que consiste e colectar
informações em base em dados secundários, tal como se refere Gil (2002), “A pesquisa
bibliográfica é desenvolvida com base em material já elaborado, constituído principalmente
de livros e artigos científicos”. (Gil, 2002, pag. 44).
Deste modo, o trabalho apresenta uma estruturação tradicional dos trabalhos de carácter
académico, partindo da capa, índice, desenvolver do conteúdo, o termo de conclusão e as
respectivas referências bibliográficas.
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2. Transpores e comunicações
Nessas análises, igualmente, convém ter em mente quatro características – descritas a seguir –
essenciais ao Transporte em geral: indispensabilidade, perecibilidade, complexidade e
magnitude dos investimentos.
O transporte é responsável por qualquer actividade económica; sem ele, não há
desenvolvimento em uma cidade, região ou país. Devido ao fato de que as necessidades de
recursos materiais e de situação dos seres humanos não são uniformes no território, o
transporte se faz indispensável para permitir esse deslocamento de pessoas e bens de um
ponto para outro. Para se comprar uma roupa, por exemplo, o algodão teve que ser levado à
fábrica de tecidos. Posteriormente, foi transportado ao local de confecção de roupas, para
então estar disponíveis em lojas.
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2.1.1. Transporte
Conforme Manhiça (2016), Transporte é um conjunto formado pelos meios circulantes, vias
de comunicação e todo o mecanismo que assegura o seu funcionamento.
Segundo Vasconcellos (2006, p. 11), o transporte [...] é uma actividade necessária à sociedade
e produz uma grande variedade de benefícios, possibilitando a circulação das pessoas e das
mercadorias utilizadas por elas e, por consequência, a realização das actividades sociais e
económicas desejadas.
É também bastante usual o entendimento de que transporte consiste em uma actividade meio
que viabiliza, de forma racional e económica, os deslocamentos para a satisfação de
necessidades pessoais ou colectivas. A palavra transporte vem do latim trans (de um lado para
outro) e portare (carregar). Logo, pode-se entender que transporte é o deslocamento ou o
movimento de pessoas ou de coisas de um lugar para outro.
Os transportes contribuíram com cerca de 10% do PIB em 2009, o que lhe conferiu a terceira
posição nos sectores de economia que directamente galvanizam o crescimento económico.
Em 2012, os transportes registaram um crescimento de 14,2% em ferrovias e estradas,
incluindo os seus serviços. Contudo, se considerarmos que essa contribuição resulta
fortemente da prestação de serviços aos países do hinterland, se deduz que o sector de
transportes desempenha ainda um papel incipiente no desenvolvimento dos sectores líderes da
economia. De facto, a percepção prevalecente é a de que a exiguidade de infra-estruturas e
serviços de transporte limita o desenvolvimento económico do País.
Moçambique tem três importantes corredores de transporte cada uma consistindo de ferrovias
integradas e instalações portuárias que servem de trânsito do tráfego, principalmente regional.
A expansão da capacidade portuária de Maputo de 100 a 700 milhões de toneladas por ano
está em andamento, bem como a reabilitação dos terminais de contentores do Porto de Nacala.
Cada uma das subáreas tem sua inserção institucional, o Instituto Nacional da Aviação Civil –
INAC, Instituto Nacional de Transportes Terrestres – INATER, o Instituto Nacional de
Hidrologia (INAHINA). O sector dos transportes, está sob a alçada do Ministério dos
Transportes e Comunicações (MTC
2.1.2. Comunicação
Vias são os locais pelos quais transitam veículos e usuários: ruas, avenidas, rodovias,
passeios, estradas, hidrovias, ferrovias, rotas aéreas, tubos, esteiras, etc.
Veículos são os elementos que promovem o deslocamento: automóveis, caminhões,
motocicletas, bicicletas, elevadores, navios, aviões, helicópteros, trens, cavalos, etc.
Usuários somos todos nós, nas mais diferentes configurações: pedestre, motorista,
passageiro, motociclista, ciclista, transportador, etc.
Terminais são os locais destinados para a realização das operações de carga, descarga
e armazenamento de mercadorias.
Estações são os locais que atendem às necessidades de embarque e de desembarque de
passageiros, bem como de integração entre diferentes modalidades de transportes.
Operação do sistema é a forma como os veículos e usuários utilizam uma rede de
transportes, atendendo às condições de conforto e de segurança e às regras
estabelecidas.
Meio ambiente é tudo que envolve, cerca e afeta os componentes do sistema: chuva,
sol, neblina, neve, noite, dia, vento, fumaça, poluição, ruídos, congestionamentos,
acidentes, etc.
Vias de comunicações são vias para a circulação dos meios de comunicação e transporte.
Como por exemplo: as estradas, auto-estradas, oleodutos, gasodutos, viadutos, caminhos de
ferro, pontes, túneis e linhas aéreas são vias de comunicação terrestre; os canais, os lagos,
rios, mares e oceanos são vias de comunicação aquática; o ar é a via de comunicação para a
navegação aérea. (Manhiça, 2016)
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Hoje podemos saber dos fatos relevantes que acontecem em todas as partes do mundo e,
constantemente, nos deparamos com a elaboração de discursos sobre quanto é premente a
necessidade de se conhecer e se decifrar este mundo globalizado. Pelo fio da tecnologia, o
local e o global se dimensionam.
Dessa forma, os meios de comunicação possuem um papel dos mais importantes na vida
quotidiana dos cidadãos, especialmente, em relação à percepção e à construção de novos
sentidos de espaço e tempo. Esse fato impõe novas questões à Geografia e a sua maneira de
conhecer e produzir explicações sobre o mundo. (Guimarães, 2007, p. 58).
Manhiça (2016) afirma que com o advento da revolução industrial no século XVIII e a
descoberta da máquina à vapor houve a substituição radical de transportes de tracção humana
ou animal por fonte de energia tornando viável o uso de comboios e barcos com maior
velocidade, conforto e capacidade de transportar passageiros, cargas, bens materiais e também
ajudando nas comunicações entre diferentes países, regiões e zonas.
Ainda refere que actualmente, com o acelerado desenvolvimento dos diferentes meios de
transportes e comunicações influenciam de forma determinante a organização do espaço
económico, social, político e cultural. De referir que cada vez mais a informação circula
fazendo uso da tecnologia, multimédia, conduzindo ao surgimento e circulação de vários tipos
de textos, imagens e sons em forma digital.
Torres et al. (2020), afirma que desde os primórdios da humanidade, o homem foi obrigado a
transportar mercadorias, além de se transportar. Com o avanço tecnológico, os meios de
transportes foram ajustando-se às necessidades de cada época, tornando-se uma atividade
essencial à sociedade.
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Em meados do século XIX, originou-se o conceito de sistemas de transporte, que teve como
marcos históricos mundiais:
1807 – Invenção da máquina a vapor.
1830 – Início do transporte ferroviário.
1865 – Início do transporte dutoviário.
1917 – Início da utilização comercial do automóvel.
1926 – Início da aviação comercial.
Ainda,
A importância desses sistemas para uma civilização deve-se ao fato de que o desenvolvimento
dela está totalmente ligado ao desenvolvimento dos seus meios de transportes. É necessário o
contínuo aprimoramento e evolução das suas tecnologias, pois além de ligar zonas produtoras
e consumidoras, o sector de transporte gera empregos, contribui com a distribuição de renda,
reduz a distância entre a zona rural e urbana e melhora a qualidade de vida da população.
multimídias Microelectrónica
Informática
Robótica
Biotecnologia
No mundo contemporâneo, as relações entre espaço e sociedade são mediadas, cada vez mais,
pelas tecnologias da informação. Para a Geografia, a informação é um referencial de suma
importância não apenas para se pensar o espaço, mas também para representá-lo.
Relativamente, as rotas aéreas, a maior densidade regista-se, sobretudo nos países mais
industrializados do mundo, sobretudo na Europa Ocidental, América do Norte e Japão. Dos
grandes aeroportos destacam-se os de Londres, Paris (Charles de Gaulle), Frankfurt, Nova
Iorque, Boston, Toronto, São Francisco e Tóquio. (Guimaraes, 2007)
As principais rotas ferroviárias unem as costas ocidental e oriental dos EUA e algumas
regiões industriais na Europa Ocidental e na Ásia das monções. A desigualdade está no nível
de desenvolvimento económico e o passado colonial entre os países do Sul e Norte.
Segundo Mangue (2004), durante o período colonial, foram constituídos três importantes
portos na costa moçambicana, em Maputo, Beira e Nacala, de ontem partiam as linhas férreas
para os países do interior, com a finalidade de servirem o comércio desses países. Neste
período, o sector de transportes contribuía para a economia do país através dos fretes cobrados
no sistema ferro-portuário da região. Depois da independência nacional, o sector de
transportes continuou a contribuir significativamente para a economia do país, contribuindo
em 30% das receitas provenientes do transito de mercadorias.
Contudo, neste período, o sector deparou-se com muitas dificuldades na sua evolução,
caracterizadas pela fuga de quadros afectos no sector, a guerra de desestabilização económica
movida pela apartheid e a constante luta pelo desvio de mercadorias do sistema ferro-
portuário moçambicano para o sul africano. (Mangue, 2004)
Foi nesta ordem que se criou o Ministério dos Transportes e Comunicações, pelo decreto de
nomeação nº 1/75 de 1 de Julho de 1975, com vista a responder pelas necessidades e
exigência deste sector para o desenvolvimento do país. (Valigy, 1991)
O modo ou a modalidade de transporte está relacionado com o tipo de veículo utilizado para
fazer o deslocamento de pessoas e mercadorias. A escolha por um modo de transporte está
fortemente vinculada ao seu custo e ao tempo de deslocamento. De forma geral, podem-se
citar as seguintes modalidades de transporte tradicional:
A circulação ocorre sobre trilhos compostos por ligas especiais de aço em uma estrada
denominada via férrea ou via permanente. Essa designação tem uma razão histórica: no século
XIX, foi o único modal a manter o transporte terrestre em operação com qualquer condição
climática.
Esse modo de transporte também é referido como hidroviário. O deslocamento ocorre sobre a
superfície das águas, em canais navegáveis – rios (fluvial) e oceanos (marítimo) – com barco
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e navios. O transporte fluvial está condicionado aos regimes dos rios e operações de
dragagem e derrocamento sobre o leito que influenciam a navegabilidade. A propulsão é feita
com motores a vapor e a diesel.
Com raras exceções, esta modalidade é utilizada quase que exclusivamente para transporte de
mercadorias. O transporte marítimo é vocacionado para o transporte a grandes distâncias de
produtos pesados, volumosos ou ainda menores, porém acomodados em contêineres, condição
que confere à modalidade custos bastante competitivos.
Os portos são vitais para a competitividade de produção na área de sua influência, tendo um
peso enorme no cômputo dos custos globais nas transacções comerciais. A experiência dos
últimos anos de transformação do modo de gestão dos Portos e Caminhos-de-ferro, mostra
que as privatizações falharam redondamente quanto a eficiência e competitividade
ferro e o carvão mineral, que, misturados com a água, formam uma pasta fluida compatível
com o deslocamento.
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A via é constituída por uma sequência de tubos, geralmente metálicos, posicionados de forma
judiciosa sobre o terreno. O traçado da via contém estações de bombeamento devidamente
espaçadas e dimensionadas para dar continuidade ao fluxo.
Factores físico-naturais
Factores Socioeconómicos
Factores Políticos
aceite, o seu exacto papel e impacto tem sido sujeito a vários debates controversos (Ali & Pernia,
crescimento económico através de vastos efeitos sobre o mercado. Tem um papel complementar
quando é requerido para servir o crescimento no lado da demanda (Gannon & Liu, 1997:7).
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Numa perspectiva histórica, transporte pode ter um papel principal ou complementar na promoção
de inovação tecnológica no transporte. O transporte pode ter um papel principal nos estágios
iniciais do desenvolvimento económico quando o seu estoque é pequeno. Mas quando a economia
Ambos os papéis podem coexistir e possuem uma relativa relevância na mudança de acumulação
transporte pode levar mais crescimento se existir uma maior inovação tecnológica que contribua
como causa do aumento da demanda por transporte ( Gannan & Liu, 1997:7).
A questão do papel dos transportes oferece resultados conclusivos pois o papel de transporte
Existe também um forte consenso de que as infra-estruturas de transporte são uma condição
necessária mas não suficiente para o crescimento económico, e o crescimento económico aumenta
De acordo com o Transport and Climate Change Global Status Report 2018 (Situação Global do
Transporte e Mudança Climática Global, em tradução livre), a poluição dos transportes
corresponde a 25% da emissão de gases no mundo todo.
A pesquisa também aponta que os carros de passeio são os que mais poluem, correspondendo a
45% de toda emissão gerada pelo sector. No entanto, o último relatório apontou que, durante a
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Nesse texto, falaremos sobre os problemas relacionados à poluição dos transportes, além de
listarmos dicas importantes com relação à sustentabilidade do sector
O sector de transportes aéreos é administrado pela Infraero, que por sua vez possui programas
específicos que desenvolvem o gerenciamento de resíduos sólidos e riscos ambientais, com o
intuito de manejar de forma apropriada os resíduos gerados no aeroporto.
Quando nos referimos a poluição dos transportes aéreos, dentre as actividades que mais
representam riscos ao meio ambiente e à saúde dos seres humanos, estão o abastecimento de
aeronaves, oficinas de refrigeração e armazenamento de combustíveis e de cargas perigosas.
Em suma, esses materiais, quando em contacto com o ser humano e com o meio ambiente, podem
causar sérias contaminações. Existem diversos outros tipos de resíduos gerados nos aeroportos,
como por exemplo a enorme quantidade de matéria orgânica e de resíduos sólidos das praças de
alimentação.
Em síntese, para evitar tais complicações, todos esses resíduos precisam ser armazenados em baias
e dentro de depósitos fechados, para que assim eles possam ser manuseados e encaminhados a um
destino adequado.
Conforme pontuado no começo do texto, veículos de passeio são os principais geradores de GEE
no mundo. Fora isso, os materiais em deterioração contidos nesses veículos contribuem para a
proliferação de doenças, além de contaminarem o solo e os lençóis freáticos.
Isso sem levar em consideração a grande quantidade de pneus que, quando gastos, são dispensados
na natureza sem o devido cuidado.
A poluição dos transportes terrestres está intrinsecamente ligada à emissão de gases como
Monóxido de carbono (CO), Dióxido de carbono (CO2) e Óxido de nitrogénio (NOx),
responsáveis directo pelo aumento do efeito estufa.
O problema se agrava devido à quantidade de carros antigos rodando actualmente, causando assim
uma emissão ainda mais expressiva de gases danosos na atmosfera.
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Por fim, saiba que existem algumas práticas capazes de reduzir o impacto causado por veículos
terrestres na natureza, as quais explicaremos no próximo tópico de forma mais detalhada.
7. Formas de Mitigação
Nos últimos anos, a produção de veículos sustentáveis aumentou significativamente, vez que
diversas montadoras passaram a se preocupar com a poluição dos transportes de uma forma mais
séria.
Desse modo, para reduzir a poluição causada pelos veículos e ao mesmo tempo abrir mão do
consumo de combustíveis como álcool e gasolina, de preferência para carros amigos do meio
ambiente, como os modelos eléctricos e os movidos a biocombustível.
Em síntese, com o desgaste das peças pelo tempo de uso, o consumo aumenta e, por
consequência, a poluição dos transportes através da emissão de gases poluentes também.
Logo, é extremamente importante se manter atento à troca de filtros, velas e de fluidos,
sempre optando por produtos de boa qualidade
8. Conclusão
Em forma de síntese, ao realizar este trabalho foi possível compreender que o transporte é o
principal responsável pelos fluxos de bens, de forma eficaz e eficiente, desde um ponto
fornecedor até os destinos pretendidos. Por isso, constitui uma grande parcela dos custos
logísticos dentro da maioria das empresas e possui participação significativa na formação do
PIB das nações. Transporte não é só uma questão técnica. É também uma questão social e
política, pois organiza o movimento de pessoas no espaço urbano e rural inseridas em uma
sociedade complexa.
necessidades básicas da Sociedade moderna, mas que sem o transporte (assim como a
energia) não podem ser atendidas.
9. Referências Bibliográficas