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Basílio Castelo

Cecília Estevão Brito


Edma Maria A. Agostinho
Esmeralda Abílio Chivoze
José R. Tomas Saguate
Mico Inácio Tomé

Transportes e Comunicações

Universidade Rovuma

Instituto Superior de Transportes, Turismo e Comunicação

2024
Basílio Castelo
Cecília Estevão Brito
Edma Maria A. Agostinho
Esmeralda Abílio Chivoze
José R. Tomas Saguate
Mico Inácio Tomé

Transportes e Comunicações

(Licenciatura em Gestão Ambiental e Desenvolvimento Comunitário)

Trabalho de Pesquisa de carácter avaliativo


da cadeira de Geografia de Moçambique,
2º ano do curso de GADEC, leccionado
pelo Dr. Jaquissone Domingos.

Universidade Rovuma

Instituto Superior de Transportes, Turismo e Comunicação

2024
Índice

1. Introdução............................................................................................................................2

1.1. Objectivos do Trabalho................................................................................................2

1.1.1. Objectivo Geral.....................................................................................................2

1.1.2. Objectivos específicos...........................................................................................2

1.2. Relevância do tema.......................................................................................................3

1.3. Metodologia e estrutura do trabalho.............................................................................3

2. Transpores e comunicações.................................................................................................4

2.1. Conceito básicos...............................................................................................................5

2.1.1. Transporte..................................................................................................................5

2.1.2. Comunicação..............................................................................................................5

2.1.3. Rede de Transporte....................................................................................................6

2.1.4. Vias de Comunicaçao................................................................................................6

2.2. Evoluçao dos Transportes e Comunicações no Mundo....................................................7

2.2.1. Principais rotas Mundiais.........................................................................................10

2.3. Evoluçao dos Transportes e Comunicações em Moçambique.......................................10

2.4. Principais Tipos de Transporte em Moçambique...........................................................11

2.4.1. Transporte rodoviário...............................................................................................12

2.4.2. Transporte ferroviário..............................................................................................12

2.4.3. Transporte aquaviário..............................................................................................12

2.4.4. Transporte aéreo.......................................................................................................13

2.4.5. Transporte dutoviário ou tubular.............................................................................13

3. Conclusão...........................................................................................................................15

4. Referências Bibliográficas.................................................................................................16
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1. Introdução

Os esforços encetados no sentido de reduzir o efeito das distâncias fazem parte da evolução
das sociedades. Das deslocações feitas a pé, mais tarde com a ajuda dos animais, à ligação
através da rede virtual (Internet – Interconnected Networks), é longa a história dos transportes
e das comunicações.

Nos dias de hoje, a mobilidade é assumida pela maioria, simplesmente, como um direito,
aumentando as pressões e as exigências sobre os sistemas de transportes, sem contrapartidas
para a redução das externalidades. É nesta ordem que este trabalho de pesquisa subordina-se
ao tema de investigação Transportes e Comunicações, do qual pretende abordar
minuciosamente os conceitos tangentes ao tema e as suas abordagens necessárias para a sua
compreensão.

1.1. Objectivos do Trabalho

Esta pesquisa é norteada pelos seguintes objectivos:

1.1.1. Objectivo Geral

A pesquisa tem como objectivo geral compreender os transportes e comunicações no em


Moçambique.

1.1.2. Objectivos específicos

Conceituar os transportes e comunicações;


Discorrer sobre a evolução histórica dos transportes e comunicações;
Identificar os principais tipos de transportes em Moçambique.
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1.2. Relevância do tema

O transporte, enquanto tema de análise em Geografia foi acompanhando as leituras no âmbito


da Economia e de outras áreas do saber científico, as quais terão influenciado na generalidade
os objectos e métodos de trabalho nas ciências sociais e humanas. A importância recente das
Geografias da Circulação e dos Transportes no entendimento das dinâmicas territoriais
configura um quadro complexo de abordagem que não se resume à leitura da relação entre
desenho da rede e distribuição dos usos do solo, da população e das actividades económicas.

1.3. Metodologia e estrutura do trabalho

A elaboração deste trabalho teve como recurso a pesquisa bibliografia, que consiste e colectar
informações em base em dados secundários, tal como se refere Gil (2002), “A pesquisa
bibliográfica é desenvolvida com base em material já elaborado, constituído principalmente
de livros e artigos científicos”. (Gil, 2002, pag. 44).

Deste modo, o trabalho apresenta uma estruturação tradicional dos trabalhos de carácter
académico, partindo da capa, índice, desenvolver do conteúdo, o termo de conclusão e as
respectivas referências bibliográficas.
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2. Transpores e comunicações

Os transportes e as telecomunicações desempenham um papel muito importante neste mundo


onde prevalecem os valores da globalização e da internacionalização das economias e das
sociedades, pois possibilitam: a mobilidade de pessoas, o comércio de mercadorias, a troca de
serviço, a circulação da informação e quebra de isolamento de diferentes regiões.

Conforme Torres et al. (2020), Os transportes se relacionam com todos os sectores da


sociedade o que exige a análise das suas características desde vários pontos de vista. Dentre
esses contextos os mais importantes são três:

 Contexto político: visando identificar a influência mútua com órgãos estabelecidos da


sociedade, como as empresas operadoras, o poder concedente, os agentes
fiscalizadores, assim como pelos próprios representantes dos cidadãos, nas Câmaras
Legislativas, no Executivo ou no Ministério Público.
 Contexto socioeconómico: pela relação directa com todos os sectores da sociedade e
do tecido económico.
 Contexto tecnológico: pela contínua evolução da tecnologia e da própria engenharia
que modificam as características dos modais.

Nessas análises, igualmente, convém ter em mente quatro características – descritas a seguir –
essenciais ao Transporte em geral: indispensabilidade, perecibilidade, complexidade e
magnitude dos investimentos.
O transporte é responsável por qualquer actividade económica; sem ele, não há
desenvolvimento em uma cidade, região ou país. Devido ao fato de que as necessidades de
recursos materiais e de situação dos seres humanos não são uniformes no território, o
transporte se faz indispensável para permitir esse deslocamento de pessoas e bens de um
ponto para outro. Para se comprar uma roupa, por exemplo, o algodão teve que ser levado à
fábrica de tecidos. Posteriormente, foi transportado ao local de confecção de roupas, para
então estar disponíveis em lojas.
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2.1. Conceito básicos

2.1.1. Transporte

Conforme Manhiça (2016), Transporte é um conjunto formado pelos meios circulantes, vias
de comunicação e todo o mecanismo que assegura o seu funcionamento.

Segundo Vasconcellos (2006, p. 11), o transporte [...] é uma actividade necessária à sociedade
e produz uma grande variedade de benefícios, possibilitando a circulação das pessoas e das
mercadorias utilizadas por elas e, por consequência, a realização das actividades sociais e
económicas desejadas.

É também bastante usual o entendimento de que transporte consiste em uma actividade meio
que viabiliza, de forma racional e económica, os deslocamentos para a satisfação de
necessidades pessoais ou colectivas. A palavra transporte vem do latim trans (de um lado para
outro) e portare (carregar). Logo, pode-se entender que transporte é o deslocamento ou o
movimento de pessoas ou de coisas de um lugar para outro.

Os transportes contribuíram com cerca de 10% do PIB em 2009, o que lhe conferiu a terceira
posição nos sectores de economia que directamente galvanizam o crescimento económico.
Em 2012, os transportes registaram um crescimento de 14,2% em ferrovias e estradas,
incluindo os seus serviços. Contudo, se considerarmos que essa contribuição resulta
fortemente da prestação de serviços aos países do hinterland, se deduz que o sector de
transportes desempenha ainda um papel incipiente no desenvolvimento dos sectores líderes da
economia. De facto, a percepção prevalecente é a de que a exiguidade de infra-estruturas e
serviços de transporte limita o desenvolvimento económico do País.

O sistema de transportes constitui um factor determinante para a coesão social e territorial, e


para conferir uma maior competitividade. Para que o sistema desempenhe o seu papel de se
dar atenção especial à melhoria das infra-estruturas ao nível nacional, tendo em conta as
necessidades de equidade e solidariedade de todos os cidadãos na garantia da sua mobilidade
e dos seus bens.

O uso eficiente de um sistema de transportes pressupõe a existência de uma rede de


subsistemas de transportes rodoviários, ferroviários, aéreos e marítimos que funcionem de
uma forma interligada. E ainda, as ligações entre os subsistemas que constituem nós logísticos
operacionais e eficientes quer para a carga, quer para passageiros. O que poderá racionalizar
os custos, aumentar a acessibilidade e amplia as opções dos cidadãos e dos investidores em
geral.
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Moçambique tem três importantes corredores de transporte cada uma consistindo de ferrovias
integradas e instalações portuárias que servem de trânsito do tráfego, principalmente regional.
A expansão da capacidade portuária de Maputo de 100 a 700 milhões de toneladas por ano
está em andamento, bem como a reabilitação dos terminais de contentores do Porto de Nacala.

O sector dos transportes em Moçambique é constituído por um sistema de 4 modos de


transporte que compreendem o aéreo (aeroportos), o ferroviário (linhas férreas), o marítimo
(portos), o rodoviário (estradas)

Cada uma das subáreas tem sua inserção institucional, o Instituto Nacional da Aviação Civil –
INAC, Instituto Nacional de Transportes Terrestres – INATER, o Instituto Nacional de
Hidrologia (INAHINA). O sector dos transportes, está sob a alçada do Ministério dos
Transportes e Comunicações (MTC

2.1.2. Comunicação

O conceito de comunicação vem do latim communicare, que significa tornar comum,


compartilhar, trocar opiniões, associar, conferenciar. O ato de comunicar implica em trocar
mensagens, que por sua vez envolve emissão e recebimento de informações. Comunicação é a
provocação de significados comuns entre comunicador e intérprete utilizando signos e
símbolos.

Para MASER (1975), etimologicamente, a palavra "comunicar" deriva do latim., significando


"por em comum, partilhar, trocar opiniões, conferenciar". É um vocábulo que se tornou
popular através dos tempos sendo actualmente empregado para denominar a relação entre as
pessoas, falando em sentido geral.

Os meios e suas redes comunicativas produzem e disseminam múltiplas informações, saberes


e valores vitais para alimentar e atender uma infinidade de demandas das sociedades
contemporâneas; como também poderão actuar como instrumentos estratégicos para sustentar
os embates recorrentes, que na maioria das vezes, são motivados pelas disputas geopolíticas
entre as potências económicas e militares regionais e internacionais.
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2.1.3. Rede de Transporte

Rede de transporte é um conjunto de vias de comunicação (estradas, linhas aéreas, caminhos


de ferro, oleodutos, gasodutos, rios etc) que se interligam, formando uma malha mais ou
menos densa. Os países mais industrializados apresentam redes mais fechadas (densas) do que
os países em via de desenvolvimento. (Manhiça, 2016)

O sistema de transportes é constituído por um conjunto de partes ou subsistemas que


interagem para atingir um determinado fim, de acordo com um planejamento. As partes
constituintes do sistema de transportes conforme Manhiça (2016) são explicadas a seguir.

 Vias são os locais pelos quais transitam veículos e usuários: ruas, avenidas, rodovias,
passeios, estradas, hidrovias, ferrovias, rotas aéreas, tubos, esteiras, etc.
 Veículos são os elementos que promovem o deslocamento: automóveis, caminhões,
motocicletas, bicicletas, elevadores, navios, aviões, helicópteros, trens, cavalos, etc.
 Usuários somos todos nós, nas mais diferentes configurações: pedestre, motorista,
passageiro, motociclista, ciclista, transportador, etc.
 Terminais são os locais destinados para a realização das operações de carga, descarga
e armazenamento de mercadorias.
 Estações são os locais que atendem às necessidades de embarque e de desembarque de
passageiros, bem como de integração entre diferentes modalidades de transportes.
 Operação do sistema é a forma como os veículos e usuários utilizam uma rede de
transportes, atendendo às condições de conforto e de segurança e às regras
estabelecidas.
 Meio ambiente é tudo que envolve, cerca e afeta os componentes do sistema: chuva,
sol, neblina, neve, noite, dia, vento, fumaça, poluição, ruídos, congestionamentos,
acidentes, etc.

2.1.4. Vias de Comunicação

Vias de comunicações são vias para a circulação dos meios de comunicação e transporte.
Como por exemplo: as estradas, auto-estradas, oleodutos, gasodutos, viadutos, caminhos de
ferro, pontes, túneis e linhas aéreas são vias de comunicação terrestre; os canais, os lagos,
rios, mares e oceanos são vias de comunicação aquática; o ar é a via de comunicação para a
navegação aérea. (Manhiça, 2016)
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Hoje podemos saber dos fatos relevantes que acontecem em todas as partes do mundo e,
constantemente, nos deparamos com a elaboração de discursos sobre quanto é premente a
necessidade de se conhecer e se decifrar este mundo globalizado. Pelo fio da tecnologia, o
local e o global se dimensionam.

Dessa forma, os meios de comunicação possuem um papel dos mais importantes na vida
quotidiana dos cidadãos, especialmente, em relação à percepção e à construção de novos
sentidos de espaço e tempo. Esse fato impõe novas questões à Geografia e a sua maneira de
conhecer e produzir explicações sobre o mundo. (Guimarães, 2007, p. 58).

2.2. Evolução dos Transportes e Comunicações no Mundo

Na antiguidade, o Homem deslocava-se a pé, mas o desenvolvimento intelectual facultou a


sua evolução, no entanto, o transporte pioneiro acredita-se que foi, sem dúvidas, o trenó, ou
seja, um transporte terrestre típico das regiões polares usado frequentemente no Norte da
Europa, América e Ásia. Trenó era feito basicamente de madeira e puxados por animais
domésticos e até mesmo por seres humanos. Na época, a domesticação de animais ajudou
muito para a inovação do transporte terrestre utilizando cavalos, burros, camelos e bois. 1

Manhiça (2016) afirma que com o advento da revolução industrial no século XVIII e a
descoberta da máquina à vapor houve a substituição radical de transportes de tracção humana
ou animal por fonte de energia tornando viável o uso de comboios e barcos com maior
velocidade, conforto e capacidade de transportar passageiros, cargas, bens materiais e também
ajudando nas comunicações entre diferentes países, regiões e zonas.

Ainda refere que actualmente, com o acelerado desenvolvimento dos diferentes meios de
transportes e comunicações influenciam de forma determinante a organização do espaço
económico, social, político e cultural. De referir que cada vez mais a informação circula
fazendo uso da tecnologia, multimédia, conduzindo ao surgimento e circulação de vários tipos
de textos, imagens e sons em forma digital.

Torres et al. (2020), afirma que desde os primórdios da humanidade, o homem foi obrigado a
transportar mercadorias, além de se transportar. Com o avanço tecnológico, os meios de
transportes foram ajustando-se às necessidades de cada época, tornando-se uma atividade
essencial à sociedade.
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Em meados do século XIX, originou-se o conceito de sistemas de transporte, que teve como
marcos históricos mundiais:
 1807 – Invenção da máquina a vapor.
 1830 – Início do transporte ferroviário.
 1865 – Início do transporte dutoviário.
 1917 – Início da utilização comercial do automóvel.
 1926 – Início da aviação comercial.

Ainda,

A evolução dos meios de transporte e da comunicação são um dos principais factores


da globalização junto com a tecnologia. A comunicação humana junto com a
tecnologia também é um processo fundamental que envolve a troca de informações, é
a forma que nos liga em toda parte do mundo, graças a ela, pode-se fazer parte de uma
grande rede social. De referir que o avançado rápido da tecnologia estabeleceu uma
ligação entre diferentes cidadãos no mundo com o uso de redes sociais, devido ao fácil
acesso da internet por meio de celulares, notebooks, tablets e entre outros. (Manhiça,
2016)

A importância desses sistemas para uma civilização deve-se ao fato de que o desenvolvimento
dela está totalmente ligado ao desenvolvimento dos seus meios de transportes. É necessário o
contínuo aprimoramento e evolução das suas tecnologias, pois além de ligar zonas produtoras
e consumidoras, o sector de transporte gera empregos, contribui com a distribuição de renda,
reduz a distância entre a zona rural e urbana e melhora a qualidade de vida da população.

No que tange a evolução da comunicação, apresenta-se na tabela abaixo a sua evolução ao


longo dos tempos:

Mudanças tecnológicas ao longo do tempo


Período Comunicação Energia Meios
Pré-agrícola Linguagem oral e  Fogo Instrumentos primitivos
Pictórica  Animais
Agrícola  Escrita  Tracção animal Charrua (arado grande de
 Imprensa  Pólvora ferro)
Industrial  Telégrafo  Máquina a  Aço
 Telefone vapor  Máquinas
 Fonógrafo  Electricidade avançadas
 Rádio  Estradas de ferro
 Cinema  Veículos
motorizados
Actual  Televisão  Fissão atómica  Transporte
 Satélite  Baterias supersónico e
 Computador eléctrica  Interplanetário
 Sistemas s  Materiais sintéticos
 Laser
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multimídias  Microelectrónica
 Informática
 Robótica
 Biotecnologia

Fonte: Adaptado de SANTOS, 2017, p. 175.

Conforme Torres et al. (2020), o salto definitivo da “revolução informacional” foi


impulsionado a partir da década de 1990, pelo desenvolvimento e expansão da internet
comercial, com suas plataformas, aplicativos e dispositivos derivados das tecnologias e dos
conhecimentos científicos gerados pela consolidação científica e tecnológica da informática
em rede.

Para Santos (2017), os polos desenvolvedores iniciais da “revolução da informática” foram os


pesquisadores universitários e os complexos militares das potências capitalistas e socialistas,
de países que durante a vigência da Guerra Fria, permaneceram em constante disputa
geopolítica. Em um cenário internacional extremamente polarizado e militarizado, a busca por
tecnologias que lhes assegurassem a vanguarda defensiva e ofensiva, e uma disputa que já
havia ultrapassado a busca pela hegemonia armamentista.

O rápido desenvolvimento da informática, tecnologia que foi consolidada em menos de duas


décadas e permitiu o rápido aprimoramento dos sistemas de cálculos de precisão para
lançamentos de mísseis (cálculos balísticos), tanto terrestres, quanto de foguetes
aeroespaciais.

A computação também permitiu o aprimoramento de muitos sistemas vigilância e de


rastreamento de informações e alvos físico, com objectivos militar e civil.

Entretanto, a contribuição mais significativa da informatização tecnológica foi a sua


capacidade de acelerar a superação dos seculares maquinários industriais produzidos durante as
sucessivas etapas de “avanços modernos”, ao permitir o desenvolvimento de novas tecnologias
produtivas híbridas, ou seja, permitiu que fossem criados maquinários industriais plenamente
operados por sistemas computadorizados, fator que aumentou a eficiência produtiva e
conseguiu diminuir acentuadamente os custos de produção de bens de capital, e de uma infi
nidade de mercadorias de consumo atual. (Santos, 2017)

Na actualidade, Torres et al. (2017) afirma que a revolução da tecnologia da informação e a


reestruturação do capitalismo introduziram um novo momento para a sociedade
contemporânea. Esse momento se caracteriza pela crescente transnacionalização das relações
económicas, sociais, políticas e culturais. Também se caracteriza p o r sua forma de
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Organização em redes; pela flexibilidade e instabilidade do emprego; por uma cultura


construída a partir de um sistema de média omnipresente; por uma alteração na base técnica
da produção.

No mundo contemporâneo, as relações entre espaço e sociedade são mediadas, cada vez mais,
pelas tecnologias da informação. Para a Geografia, a informação é um referencial de suma
importância não apenas para se pensar o espaço, mas também para representá-lo.

2.2.1. Principais rotas Mundiais

Conforme Manhiça (2016), As principais rotas marítimas estão na costa do Atlântico de


Norte; uma linha constituída desde a América do Sul, passando pelas Caraíbas, América do
Norte, Europa Ocidental até Mediterrâneo. A outra rota liga o Extremo Oriente, passando o
Canal de Suez (no Médio Oriente) até o Mediterrâneo cujo maior negócio é o petróleo e
matéria-prima. As verdadeiras potências marítimas são: a ex. URSS, os EUA, a China, Japão,
O Reino Unido, A Noruega, Hong Kong e a Grécia.

Relativamente, as rotas aéreas, a maior densidade regista-se, sobretudo nos países mais
industrializados do mundo, sobretudo na Europa Ocidental, América do Norte e Japão. Dos
grandes aeroportos destacam-se os de Londres, Paris (Charles de Gaulle), Frankfurt, Nova
Iorque, Boston, Toronto, São Francisco e Tóquio. (Guimaraes, 2007)

As principais rotas ferroviárias unem as costas ocidental e oriental dos EUA e algumas
regiões industriais na Europa Ocidental e na Ásia das monções. A desigualdade está no nível
de desenvolvimento económico e o passado colonial entre os países do Sul e Norte.

2.3. Evoluçao dos Transportes e Comunicações em Moçambique

O sector de transportes e comunicações vem desempenhando um grande papel desde o


período colonial para a economia da região através dos seus corredores de Maputo, Beira e
Nacala, manuseando mercadorias para outros países e contribuindo para o crescimento da
economia em Moçambique. O facto de Moçambique ser banhado pelo Oceano Indico, em
quase toda a sua costa oriental, lhe proporciona óptimas condições para navegação marítima,
na qual serve como porta de entrada de mercadorias de exportação/importação para o país e
para a região da África Austral.
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Segundo Mangue (2004), durante o período colonial, foram constituídos três importantes
portos na costa moçambicana, em Maputo, Beira e Nacala, de ontem partiam as linhas férreas
para os países do interior, com a finalidade de servirem o comércio desses países. Neste
período, o sector de transportes contribuía para a economia do país através dos fretes cobrados
no sistema ferro-portuário da região. Depois da independência nacional, o sector de
transportes continuou a contribuir significativamente para a economia do país, contribuindo
em 30% das receitas provenientes do transito de mercadorias.

Contudo, neste período, o sector deparou-se com muitas dificuldades na sua evolução,
caracterizadas pela fuga de quadros afectos no sector, a guerra de desestabilização económica
movida pela apartheid e a constante luta pelo desvio de mercadorias do sistema ferro-
portuário moçambicano para o sul africano. (Mangue, 2004)

Segundo Valigy (1991), em 1980, o Zimbabwe fica independente e, na região, cria-se a


SADC, que atribuiu á Moçambique a coordenação do sistema de transportes para a região,
como forma de diminuir a dependência destes países em relação ao sistema de transportes sul
africanos que se mostrava dispendioso para muitos destes países, devido a longa distancia
para atingir os seus pontos.

Mangue (2004) afirma que com a independência nacional de Moçambique, as infra-estruturas


deste sistema se encontravam num estado avançado de degradação e envelhecimento como
resultado de pouca manutenção que mereceram nos últimos anos da guerra colonial, o que
obrigou o governo moçambicano a tomar iniciativas de melhoramento para garantir a
continuidade do funcionamento do sistema de transportes.

Foi nesta ordem que se criou o Ministério dos Transportes e Comunicações, pelo decreto de
nomeação nº 1/75 de 1 de Julho de 1975, com vista a responder pelas necessidades e
exigência deste sector para o desenvolvimento do país. (Valigy, 1991)

2.4. Principais Tipos de Transporte em Moçambique

O modo ou a modalidade de transporte está relacionado com o tipo de veículo utilizado para
fazer o deslocamento de pessoas e mercadorias. A escolha por um modo de transporte está
fortemente vinculada ao seu custo e ao tempo de deslocamento. De forma geral, podem-se
citar as seguintes modalidades de transporte tradicional:

 Terrestre: carros, caminhões, ônibus, trens.


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 Aquático: navios, barcos.


 Aéreo: aviões, helicópteros.
 Tubular: gasodutos, oleodutos.

A classificação das modalidades de transportes também pode envolver subcategorias de um


ou mais modos de transporte tradicional supracitados. A seguir, serão descritas as
modalidades mais comuns de Acordo abordagens de Guimaraes (2007):

2.4.1. Transporte rodoviário

É um transporte terrestre cujos veículos se deslocam sobre estradas pavimentadas ou não


pavimentadas. A propulsão predominante desses veículos é o motor à combustão interna, e os
combustíveis são derivados da destilação do petróleo (gasolina, diesel e gás natural veicular).
Em menor proporção, existem outras formas de propulsão, como etanol, electricidade e
hidrogénio.

Os veículos de transporte rodoviário se distinguem pela finalidade do deslocamento,


dividindo-se entre os de passageiros (passeio, ônibus, motocicleta e bicicleta) e os de carga
(caminhões e camionetas).

2.4.2. Transporte ferroviário

Também é um transporte terrestre. O veículo, uma composição ou trem também conhecido


como material rodante é constituído por uma locomotiva em vários vagões que transportam
cargas ou passageiros. A propulsão pode ser a vapor, eléctrica ou a diesel.

A circulação ocorre sobre trilhos compostos por ligas especiais de aço em uma estrada
denominada via férrea ou via permanente. Essa designação tem uma razão histórica: no século
XIX, foi o único modal a manter o transporte terrestre em operação com qualquer condição
climática.

No que tange a Ferrovia, os CFM (Caminhos de Ferro de Moçambique) constituem a maior


transportadora ferroviária do país, podendo-se também citar os CDN (Correios do norte).

O transporte ferroviário em Moçambique conheceu pouca evolução se considerarmos a sua


importância estratégica. Com efeito, as linhas férreas existentes foram concebidas quase que
exclusivamente para promover o escoamento dos produtos de origem internacional de e para
os países vizinhos de Moçambique.

2.4.3. Transporte aquaviário


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Esse modo de transporte também é referido como hidroviário. O deslocamento ocorre sobre a
superfície das águas, em canais navegáveis – rios (fluvial) e oceanos (marítimo) – com barco
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e navios. O transporte fluvial está condicionado aos regimes dos rios e operações de
dragagem e derrocamento sobre o leito que influenciam a navegabilidade. A propulsão é feita
com motores a vapor e a diesel.

Com raras exceções, esta modalidade é utilizada quase que exclusivamente para transporte de
mercadorias. O transporte marítimo é vocacionado para o transporte a grandes distâncias de
produtos pesados, volumosos ou ainda menores, porém acomodados em contêineres, condição
que confere à modalidade custos bastante competitivos.

O transporte aquaviário apresenta limitações, como lentidão e dependência de outros modos


de transporte nas operações de transbordo e estocagem.

Os portos são vitais para a competitividade de produção na área de sua influência, tendo um
peso enorme no cômputo dos custos globais nas transacções comerciais. A experiência dos
últimos anos de transformação do modo de gestão dos Portos e Caminhos-de-ferro, mostra
que as privatizações falharam redondamente quanto a eficiência e competitividade

2.4.4. Transporte aéreo

É a modalidade na qual os veículos circulam no ar, mediante coordenadas geográficas. As


vias são chamadas de aerovias ou rotas aéreas. Os aviões mais modernos possuem turbinas
accionadas com propulsão por querosene.

O tráfego aéreo é controlado por pessoal especializado através do uso de equipamentos


sofisticados que possibilitam segurança para as aeronaves e seus usuários. Modernamente,
esta modalidade ampliou sua função de transporte de passageiros e está actuando também
como transporte de cargas. Mercadorias com alto valor agregado (p. ex., aparelhos
electrónicos, flores e frutas) com dimensões e peso menores são transportadas de forma
económica por avião.

Em Moçambique, cita-se a LAM (Linhas Aéreas de Moçambique) como a principal


transportadora aérea.

2.4.5. Transporte dutoviário ou tubular

Como modalidade de transporte, o transporte dutoviário ganhou importância a partir da


exploração comercial do petróleo e da distribuição de seus derivados líquidos e gasosos. Nos
últimos 20 anos, seu emprego evoluiu para o transporte de granéis sólidos, como o minério de
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ferro e o carvão mineral, que, misturados com a água, formam uma pasta fluida compatível
com o deslocamento.
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A via é constituída por uma sequência de tubos, geralmente metálicos, posicionados de forma
judiciosa sobre o terreno. O traçado da via contém estações de bombeamento devidamente
espaçadas e dimensionadas para dar continuidade ao fluxo.

Uma boa infra-estrutura de transportes é fundamental para o desenvolvimento económico.


Deficiências na infra-estrutura provocam maior consumo de tempo (questão sobre a qual
falaremos com mais profundidade a seguir) e de combustíveis, bem como ocasionam aumento
dos preços das mercadorias e do transporte de passageiros. Pode-se também referir infra-
estrutura das modalidades de transporte: rodoviária, ferroviária, hidroviária, aeroviária e
dutoviária.

3. Factores que influenciam os transportes em Moçambique

A circulação e o desenvolvimento dos diversos modos de transporte são influenciados por


diversos factores, destacando-se os físicos ou naturais, nomeadamente o relevo, clima e a
hidrografia, cujo grau de influência depende do desenvolvimento socioeconómico do país.

 Factores físico-naturais

- Dependem dos acidentes naturais (geográficos)

As inundações e cheias têm provocado destruição de infra-estruturas criando


interrupções temporárias das vias.

- Dependem da rede hidrográfica

A navegabilidade dos rios e lagos dependem das características do relevo.

- Dependem do tipo do relevo e do solo

Para a construção de viadutos, pontes, aterros deve-se ter em conta as condições


topográficas e edáficas.

-Dependem das condições climáticas (atmosféricas)


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As condições atmosféricas, muitas das vezes, condicionam a navegação aérea, marítima


e fluvial por causa da visibilidade provocada pelo nevoeiro ou neblina. As poeiras e
cinzas vulcânicas, também interferem nas zonas respectivas zonas de ocorrências, desse
fenómeno naturais.

 Factores Socioeconómicos

-Dependem das infra-estruturas existentes (estrada, ferrovias etc.);

- Dependem do capital de investimento;

- Dependem de interesses económicos;

- Dependem da distribuição geográfica da produção;

- Dependem da localização do mercado de comercialização;

- Dependem dos locais de produção, serviços e infra-estruturas sociais;

 Factores Políticos

- Depende da estabilidade política;

- Depende das politicas governamentais.

4. O Papel dos transportes no Desenvolvimento Economico de Moçambique

Enquanto a relevância das infra-estruturas de transporte no crescimento económico é prontamente

aceite, o seu exacto papel e impacto tem sido sujeito a vários debates controversos (Ali & Pernia,

2003:9). O transporte tem um papel principal quando investimentos no mesmo estimulam o

crescimento económico através de vastos efeitos sobre o mercado. Tem um papel complementar

quando é requerido para servir o crescimento no lado da demanda (Gannon & Liu, 1997:7).
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Numa perspectiva histórica, transporte pode ter um papel principal ou complementar na promoção

do crescimento económico, dependendo do estágio de desenvolvimento económico e da incidência

de inovação tecnológica no transporte. O transporte pode ter um papel principal nos estágios

iniciais do desenvolvimento económico quando o seu estoque é pequeno. Mas quando a economia

começa altamente a industrializar-se e existe um largo estoque de capital de transporte, surgi o

papel complementar (Gannon & Liu, 1997:7).

Ambos os papéis podem coexistir e possuem uma relativa relevância na mudança de acumulação

de estoque de capital de transporte. Mesmo num estágio avançado de desenvolvimento económico,

transporte pode levar mais crescimento se existir uma maior inovação tecnológica que contribua

substancialmente para a expansão e formação de novos mercados (Setboonsarng, 2005:6).

Assim, o transporte leva ao crescimento económico se for encontrado como o factor de

crescimento e complementa o crescimento económico, se o crescimento económico for encontrado

como causa do aumento da demanda por transporte ( Gannan & Liu, 1997:7).

A questão do papel dos transportes oferece resultados conclusivos pois o papel de transporte

depende do estágio de desenvolvimento de economia (Gannon & Liu, 1997:7).

Existe também um forte consenso de que as infra-estruturas de transporte são uma condição

necessária mas não suficiente para o crescimento económico, e o crescimento económico aumenta

a demanda por transporte reduzindo desta forma a pobreza.

5. Impactos dos Transportes no Ambiente (Mitigação)

De acordo com o Transport and Climate Change Global Status Report 2018 (Situação Global do
Transporte e Mudança Climática Global, em tradução livre), a poluição dos transportes
corresponde a 25% da emissão de gases no mundo todo.

A pesquisa também aponta que os carros de passeio são os que mais poluem, correspondendo a
45% de toda emissão gerada pelo sector. No entanto, o último relatório apontou que, durante a
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pandemia, houve redução em 20% na emissão de gases.

Em suma, os veículos de transporte, sobretudo aqueles movidos a combustíveis fósseis, são os


principais emissores de GEE (Gases de Efeito Estufa), ao passo que medidas urgentes precisam ser
tomadas a fim de mitigar os impactos ambientais gerados.

Nesse texto, falaremos sobre os problemas relacionados à poluição dos transportes, além de
listarmos dicas importantes com relação à sustentabilidade do sector

6. Os Principais Impactos Ambientais Causados Pela Poluição Dos Transportes

6.1. Transportes aéreos

O sector de transportes aéreos é administrado pela Infraero, que por sua vez possui programas
específicos que desenvolvem o gerenciamento de resíduos sólidos e riscos ambientais, com o
intuito de manejar de forma apropriada os resíduos gerados no aeroporto.
Quando nos referimos a poluição dos transportes aéreos, dentre as actividades que mais
representam riscos ao meio ambiente e à saúde dos seres humanos, estão o abastecimento de
aeronaves, oficinas de refrigeração e armazenamento de combustíveis e de cargas perigosas.
Em suma, esses materiais, quando em contacto com o ser humano e com o meio ambiente, podem
causar sérias contaminações. Existem diversos outros tipos de resíduos gerados nos aeroportos,
como por exemplo a enorme quantidade de matéria orgânica e de resíduos sólidos das praças de
alimentação.

6.2. Transporte aquático


A poluição dos transportes também se refere aos veículos aquáticos, os quais emitem diversos
tipos de resíduos danosos ao meio ambiente, tais como restos de cargas, resíduos de papel e
plástico, resíduos domésticos gerados nas cantinas, lavandeiras, sanitários e restos de mercadorias;
assim como resíduos perigosos como lubrificantes, vernizes, solventes e baterias usadas.
Logo, alguns dos principais problemas gerados por esse modal de transporte são: esgoto, águas
residuais, águas pluviais (as mesmas ao lavar o deck do navio poderá contaminar-se com borras de
óleo ou outros tipos de resíduos), resíduos sólidos, gases de efeito estufa (GEE) e gases de escape
dos motores.

Em síntese, para evitar tais complicações, todos esses resíduos precisam ser armazenados em baias
e dentro de depósitos fechados, para que assim eles possam ser manuseados e encaminhados a um
destino adequado.

6.3 Transportes terrestres

Conforme pontuado no começo do texto, veículos de passeio são os principais geradores de GEE
no mundo. Fora isso, os materiais em deterioração contidos nesses veículos contribuem para a
proliferação de doenças, além de contaminarem o solo e os lençóis freáticos.
Isso sem levar em consideração a grande quantidade de pneus que, quando gastos, são dispensados
na natureza sem o devido cuidado.

A poluição dos transportes terrestres está intrinsecamente ligada à emissão de gases como
Monóxido de carbono (CO), Dióxido de carbono (CO2) e Óxido de nitrogénio (NOx),
responsáveis directo pelo aumento do efeito estufa.
O problema se agrava devido à quantidade de carros antigos rodando actualmente, causando assim
uma emissão ainda mais expressiva de gases danosos na atmosfera.
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Por fim, saiba que existem algumas práticas capazes de reduzir o impacto causado por veículos
terrestres na natureza, as quais explicaremos no próximo tópico de forma mais detalhada.

7. Formas de Mitigação

1. Opte por veículos que não agridam o meio ambiente:

Nos últimos anos, a produção de veículos sustentáveis aumentou significativamente, vez que
diversas montadoras passaram a se preocupar com a poluição dos transportes de uma forma mais
séria.
Desse modo, para reduzir a poluição causada pelos veículos e ao mesmo tempo abrir mão do
consumo de combustíveis como álcool e gasolina, de preferência para carros amigos do meio
ambiente, como os modelos eléctricos e os movidos a biocombustível.

2. Realize a manutenção dos carros da sua frota de forma preventiva:

Como se sabe, é muito comum gestores de frotas de veículos não se atentarem às


manutenções preventivas dos seus veículos, o que por sua vez acaba trazendo prejuízos não
só para a empresa, mas, também, para o meio ambiente.

Em síntese, com o desgaste das peças pelo tempo de uso, o consumo aumenta e, por
consequência, a poluição dos transportes através da emissão de gases poluentes também.
Logo, é extremamente importante se manter atento à troca de filtros, velas e de fluidos,
sempre optando por produtos de boa qualidade

8. Conclusão

Em forma de síntese, ao realizar este trabalho foi possível compreender que o transporte é o
principal responsável pelos fluxos de bens, de forma eficaz e eficiente, desde um ponto
fornecedor até os destinos pretendidos. Por isso, constitui uma grande parcela dos custos
logísticos dentro da maioria das empresas e possui participação significativa na formação do
PIB das nações. Transporte não é só uma questão técnica. É também uma questão social e
política, pois organiza o movimento de pessoas no espaço urbano e rural inseridas em uma
sociedade complexa.

Como se pode perceber, o transporte está intimamente ligado às diversas atividades da


sociedade. Sendo assim, o transporte é um meio que viabiliza de forma econômica os
deslocamentos para satisfação de necessidades pessoais ou coletivas, sendo que os maiores
benefícios produzidos são a mobilidade e acessibilidade.

Outo aspecto interessante é que os Transportes jogam um papel intermediário na economia,


que liga ou faz possíveis as outras demandas da sociedade, mas que conceitualmente não cria
riqueza em si. Porém, seu caráter transversal a todos os outros setores e atividades faz com
que possam se desenvolver de forma adequada. Educação, alimentação e saúde são as
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necessidades básicas da Sociedade moderna, mas que sem o transporte (assim como a
energia) não podem ser atendidas.

Compreendeu-se também, que as novas tecnologias transformam a relação com o espaço,


dando-nos uma nova percepção de mundo. O que ocorre no ciberespaço surge a partir do
espaço geográfico, e o que lá se deu, repercute no último de forma cada vez mais intensa. Os
novos avanços tecnológicos vêm redimensionando o tratamento da informação geográfica, a
interpretação e a produção desse conhecimento, ampliando o leque de possibilidades ou de
integração entre o saber geográfico e as novas tecnologias.
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9. Referências Bibliográficas

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conceitos e panorama: Cachoeira do Sul, Rio Grande do Sul, Brasil [recurso
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Presidente Prudente, SP: AGB, Ano 23, v.1
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um enfoque arquivístico, 1974-1994. (dissertaçao aprsentada em cumprimento parcial
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Manhiça, H. (2016). Transportes e comunicacoes no Mundo. Revista Blog, Brasil Disponível
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Universidade de São Paulo, São Paulo
Valigy, L. (1991). “SADC: um modelo de cooperaçao regional”. In: Estudos Moçambicanos,
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