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Universidade Licungo

Faculdade de Ciências e Tecnologias

Curso de Geografia

Inês Félex Raice

Pedro Salvador Machil

Hierarquia do Espaço Turístico e fluxos turísticos

Beira

2022
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Inês Félex Raice

Pedro Salvador Machil

Hierarquia do Espaço Turístico e fluxos turísticos

Trabalho a ser apresentado ao curso de Licenciatura em


ensino de geografia, Faculdade de ciências e tecnologias
como requisito parcial do 1º trabalho da cadeira de
Geografia de turismo, 3º ano, regime pos-laboral.

Docente: Luísa Sumana

Beira
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2022

Índice
Introdução........................................................................................................................................4

Objectivos do trabalho.....................................................................................................................5

Geral:...............................................................................................................................................5

Especificos:......................................................................................................................................5

Metodologia.....................................................................................................................................5

Definição De Turismo.....................................................................................................................6

Hierarquia........................................................................................................................................6

O Conceito de espaço turístico........................................................................................................6

Hierarquia do Espaço Turístico.......................................................................................................7

Zona turística...................................................................................................................................7

Centro turístico................................................................................................................................8

Complexos turísticos.......................................................................................................................8

Núcleos turísticos.............................................................................................................................8

Unidades turísticas...........................................................................................................................9

Fluxos turisticos...............................................................................................................................9

Os Principais Receptores por Subcontinente...................................................................................9

Os Principais Destinos Turísticos Internacionais a Partir das Macro-divisões Subcontinentais da


OMT..............................................................................................................................................10

Conclusao......................................................................................................................................11
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Bibliografia....................................................................................................................................12

Introdução

Neste trabalho, apresentaremos a hierarquia do espaço turístico e fluxos turisticos, verificaremos


que, por meio desta, é possível conhecer e reconhecer ferramentas e raciocínios que contribuem
tanto para a organização de viagens quanto para o planeamento do espaço turístico. A
importância da compreensão da hierarquia do espaço geográfico e turístico será enfatizada. O
planeamento turístico, pautado pela tomada de decisões, deve ser orientado por informações
robustas e de fonte de dados confiáveis. Assim sendo, a avaliação e hierarquização de atrativos
turísticos sinaliza para o planeamento da atividade critérios balizadores de uso e divulgação de
atrativos.
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Objectivos do trabalho

Geral:

 Conhecer a hierarquia do espaço turístico e os principais fluxos turisticos;

Especificos:

 Identificar as hierarquias do espaço turístico;

 Indicar os principais fluxos turisticos.

Metodologia
Para a elaboração do presente trabalho usamos como método, o método bibliográfico que
consistiu na leitura de várias obras que vai abordam o tema em destaque, e realizamos pesquisas
na internet de modo a buscar informações diferenciado com intuito de enriquecer o trabalho.
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Definição De Turismo
O turismo vem ganhando importância mundial devido ao grande impacto que exerce na vida das
pessoas e nos seus locais de vivência. O turismo vem incrementando a economia dos mais
diversos destinos e, ao mesmo tempo, promovendo consequências sócio espaciais marcantes para
tais localidades receptoras, particularmente em áreas de maior fragilidade ambiental ou cultural
(ANJOS, 2004).

Hierarquia
Hierarquia é a ordenada distribuição dos poderes com subordinação sucessiva de uns aos outros,
é uma série contínua de graus ou escalões, em ordem crescente ou decrescente, podendo-se
estabelecer tanto uma hierarquia social, uma hierarquia urbana, militar, eclesiástica etc. A
hierarquia é uma ordenação contínua de autoridades que estabelece os níveis de poder e
importância, de forma que a posição inferior é sempre subordinada às posições superiores.

Originalmente o termo hierarquia possuía um significado religioso, onde a organização social


das igrejas levou à formação de hierarquias cuja graduação era intangível por derivar da
autoridade transcendental de cada camada social. Esse sentido religioso perdeu-se nas demais
estruturas hierarquizadas, mas nelas sobreviveram a rigidez da graduação e a observância estrita
das atribuições de cada autoridade.

O Conceito de espaço turístico


Segundo Santos (1997, pg 71), espaço “é o conjunto de objetos e relações que se realizariam
sobre estes objetos; não entre estes especificamente, mas para as quais eles servem de
intermediários.” O espaço turístico seria a consequência da presença e distribuição territorial dos
atrativos turísticos (matéria-prima do turismo). Este elemento, mais o empreendimento e as infra-
estruturas turísticas são suficientes para definir o espaço turístico de qualquer país (BOULLÓN,
2002). Logo, “a melhor forma de determinarmos um espaço turístico é observar a distribuição
territorial dos atrativos turísticos e do empreendimento, a fim de detetarmos os agrupamentos e
as concentrações que saltam a vista. (BOULLÓN, 2002, pg 80)”.
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Boullón (2002, pg 79) afirma, ainda, que “sendo o espaço turístico entrecortado, não se pode
recorrer a técnicas de regionalização para proceder a sua delimitação porque, de acordo com elas,
seria preciso abranger toda a superfície do país ou da região em estudo, e caso isso fosse feito,
grandes superfícies que não são turísticas figurariam como turísticas, cometendo-se um erro. Isso
significa que não existem Regiões Turísticas, e sim, espaço turístico”. O espaço geográfico pode
ser definido como a superfície da Terra enquanto morada, potencial ou, de fato, do homem, sem
o qual tal espaço não poderia sequer ser pensado (CORRÊA, 2004). Ele é construído no processo
de desenvolvimento da sociedade, que vai imprimindo no mesmo as suas relações.

Hierarquia do Espaço Turístico


Os Centros Turísticos, os Centros Turísticos de Distribuição e os Complexos Turísticos Entende-
se por Centro Turístico, todo conglomerado urbano que conta em seu próprio território ou dentro
de seu raio de influência com atrativos turísticos de tipo e hierarquia suficientes para motivar
uma viagem turística. (BOULLÓN, 2002, pg 84).

Os centros turísticos só são capazes de gerar desenvolvimento dentro do espaço abrangido pelos
atrativos dispersos em seu em torno, com a condição de que seu empreendimento turístico conte
com os seguintes serviços: Hospedagem; Alimentação; Entretenimento; Agências de viagens de
ação local; Informações turísticas sobre as instalações e os atrativos locais; Comércios turísticos;
Postos telefônicos, Correios, telégrafos e telex; Sistema de transporte interno organizado, que
conecte o centro aos atrativos turísticos compreendidos em sua área de influência; Conexões com
os sistemas de transporte externo em âmbito internacional, nacional, regional ou local, de acordo
com a hierarquia do centro. (BOULLÓN, 2002, pg 88).

Zona turística
A zona turística é a maior unidade territorial do espaço turístico de um país. Por convenção, uma
zona turística possui no mínimo dez atrativos turísticos localizados próximos uns dos outros.
Essa proximidade dependerá do tamanho do território nacional de referência e a zona deverá ter
dois ou mais centros turísticos, com equipamentos, serviços, transportes e comunicação entre
eles. As grandes zonas podem ser subdivididas em áreas turísticas.

Área turística
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A área turística compreende cada uma das partes em que pode ser dividida uma zona,
preferencialmente tomando por base suas divisões geográficas naturais. Deve ter um centro
turístico, um mínimo de dez atrativos e infraestrutura de transporte e comunicação entre os
elementos que a compõem

Centro turístico
É todo conglomerado urbano que conta no próprio território ou dentro do raio de influência, com
atrativos turísticos de tipo e hierarquia suficientes para motivar uma viagem turística. A fim de
permitir uma viagem de ida e volta no mesmo dia, o raio de influência foi calculado em duas
horas de distância e tempo e pode ser dividido em dois tipos: raio de influência teórico
(compasso) e raio de influência real. Deve-se considerar, no caso de transporte terrestre, o
veículo utilizado − automóvel ou ônibus.

Os serviços ofertados pelo centro turístico devem ser compostos de hospedagem, alimentação,
entretenimento, agências de viagem de ação local (operadoras), informação turística, comércio
turístico, comunicação (postos telefônicos e de correio), sistema de transporte (deslocamento)
interno e conexões com os sistemas de transporte externo (internacional, nacional, regional e
local, conforme a hierarquia do centro).

Complexos turísticos
São pouco frequentes, maiores do que um centro e menores do que uma zona ou área. São
centros de distribuição que atingem um nível superior de hierarquia pelo tipo de atrativo que
oferecem, onde os visitantes permanecem, em média, três dias ou um pouco mais, sem chegar,
porém, a permanecer o mesmo número de dias que em um centro de estada. Um complexo deve
ter um ou mais centros turísticos. O planeamento de um complexo deve ser cuidadoso, a fim de
evitar que venham a competir entre si, pois devem ser trabalhados como uma unidade.

Núcleos turísticos
Os núcleos turísticos são locais que desenvolvem um turismo rudimentar em torno de 2 a 9
atrativos isolados entre si e sem comunicação eficaz com o território. Não podem constituir uma
zona, pois não possuem a quantidade de atrativos convencionados como necessários para tal e
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não dispõem de infraestrutura adequada para o atendimento aos visitantes. A sua situação é
sempre transitória, pois a construção de estradas pode transformá-los em conjuntos.

Conjunto turístico
O conjunto turístico é o núcleo que deixa de ser isolado, relacionando-se com o resto do
território. A passagem de núcleo a conjunto implica, também, que cada um dos atrativos passe a
ter serviços essenciais, como: estacionamento, informação, guias, sanitários, venda de artesanato,
curiosidades e até mesmo alojamento, caso o atrativo justificar o investimento.

Unidades turísticas
As unidades turísticas são concentrações menores de equipamentos destinados a explorar,
intensivamente, um ou vários atrativos semelhantes. São menores do que os centros de estada
porque têm apenas um tipo de atrativo principal, que, geralmente, é visitado por um tipo
específico de turista. Porém, são maiores do que os hotéis e resorts, pois têm alojamentos,
serviço de alimentação e algumas opções de lazer, geralmente dentro dos próprios hotéis.

Fluxos turisticos
O turismo mundial cresceu muito nas últimas décadas, em especial, devido a maior facilidade de
deslocamento entre os países, por questões estruturais, de transporte, de comunicação e, até
mesmo, de cunho financeiro. Na atualidade, várias localidades do globo são dependentes da
atividade turística, que possui um peso muito grande na geração de riquezas. No mundo, os
principais centros turísticos são os Estados Unidos e os países da União Europeia, porém, nos
últimos anos, surgiram novos polos do turismo mundial, com destaque para os países do Sudeste
Asiático. Com base no relatório anual de 2020 da Organização Internacional do Turismo (OMT),
os países mais visitados foram: França; México; Reino Unido;Itália;Turquia;Estados
Unidos;Espanha;Tailândia;China.

Os Principais Receptores por Subcontinente


A Europa continuará a ser o destino preferido do tráfego turístico mundial, com Paris, Londres,
Roma e Madri à cabeça das eternas capitais do Velho Continente. Porém, a Ásia está
despontando como um dos destinos mais apelativos para os viajantes, em especial para aqueles
aficionados do jogo. A China, país incontornável em vários domínios da economia, será, na
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próxima década e meia, o maior gerado mundial de receita e o principal destino turístico do
planeta. (BENI, 2011, p. 38).

Outra aproximação ao entendimento sobre os fluxos do turismo internacional nos novos destinos
dá-se através de uma análise sobre as chegadas de turistas estrangeiros a partir de uma
perspectiva subcontinental. Nesse recorte espacial, é importante apontar as enormes distorções
do ponto de vista global, uma vez que subcontinente como a Europa, é responsável por mais de
cinquenta por cento do total de chegadas de turistas internacionais e por outro lado,
subcontinente como a Oceania a pouco mais de um por cento do receptivo mundial.

Os Principais Destinos Turísticos Internacionais a Partir das Macro-divisões


Subcontinentais da OMT.
Os principais destinos turísticos mundiais podem ser analisados a partir de diversos recortes
espaciais. Uma das escalas apropriadas para esse tipo de análise é a realizada pela Organização
Mundial do Turismo, através do recorte dos subcontinentes em 15 macro divisões, tais como:
Europa (Europa do Norte, Europa Ocidental, Europa Central/Oriental e Europa
Meridional/Mediterrâneo); Ásia (Nordeste asiático, Sudeste asiático e Ásia Meridional);
Américas (América do Norte, Caribe, América Central e América do Sul); África (África do
Norte e África Subsaariana); Oriente Médio; e Oceania.
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Conclusão
Percebe-se nessa breve análise sobre os fluxos do turismo nos novos destinos mundiais, que é
extremamente importante para os estudiosos e interessados no assunto, que se tenha percepção
de diversos fenômenos decorrentes de questões relacionadas à economia e à política
internacional, além de um conhecimento básico sobre as características físico-naturais do
planeta. Comprovou-se, portanto, que esses elementos dinamizam e reconfiguram os destinos a
partir dos fatos registrados no tempo presente.

Enfim, o entendimento sobre as diferentes regiões do mundo e a percepção sobre a dinâmica do


sistema internacional, surgem como importantes ferramentas no que tange ao entendimento sobre
o fenômeno turístico em escalas global, subcontinental e nacional.
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Bibliografia

 CARLOS, Ana Fani A. A (Re)produção do Espaço Urbano. São Paulo: Edusp, 1994.

 CARLOS, Ana Fani A. “Novas” contradições do espaço. In: DAMIANI, A. L.,


CARLOS, Ana F. A., SEABRA, O. C. de L. (orgs.). O espaço no fim de século: a nova
raridade. São Paulo: Contexto, 2001, pp. 62-74.

 BOULLÓN, R. C. Planejamento do espaço turístico. Tradução Joseli Baptista. EDUCS,


2002.

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