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RESUMO: foi realizada uma avaliação dos reflexos das políticas públicas da Prefeitura Municipal aplicadas
a área de turismo, assim como a área de ordenação urbana. Foi montada uma matriz de indicadores com
características que formam uma cidade hospitaleira para ser aplicada a área de estudo. Através do uso de
fichas de avaliação analisou-se a realidade o Centro, sendo elaborada uma apreciação da área delimitada, a
partir dos seus elementos mais importantes e seus atrativos turísticos. Conclui-se o estudo, indicando que o
Centro Histórico de Natal apresenta-se com grande potencial turístico, contudo deve-se atentar para
questões-chave como transporte, segurança pública e revitalização.
INTRODUÇÃO: Esse estudo toma como ponto de partida o empreendimento de Grinover (2007), que
aborda a hospitalidade, dentre outras formas, em sua vertente da organização do espaço urbano público para
o ato de receber populações perenes ou flutuantes. Para operacionalizar a pesquisa de campo, foi montada
uma matriz de indicadores com características que formam um sitio hospitaleiro, aplicada ao Centro da
cidade de Natal. Procurou-se avaliar a hospitalidade do local em questão, bem como apresentar indicadores
para essa avaliação, onde a organização do espaço urbano e sua infraestrutura fossem a questão capital da
hospitalidade.
Preza-se aqui por utilizar uma abordagem principalmente espacial e urbanística do tema da hospitalidade,
observando sempre a base física onde ela ocorre.
Este estudo formula uma discussão sobre a hospitalidade à luz do planejamento e organização urbana.
Analisando e refletindo a paisagem e a atmosfera dos lugares, deseja-se que o ambiente construído e
transformado pelo homem seja seu cerne temático balizador no tocante ao recebimento e acolhimento de
turistas, observando-se para isso, a forma como a cidade se prepara para acolher os visitantes e sua
população residente.
Contudo, o presente trabalho faz uma abordagem onde o tema da hospitalidade é tratado em função da
organização do espaço público, considerando a existência, diversidade e complexidade da infraestrutura
local acumulada com o tempo e a forma como ela se distribui para melhor servir à sociedade e ao turista.
Conhecendo-se a hospitalidade do espaço urbano, a adequada existência e disposição de equipamentos,
facilidades e infraestrutura local, pode-se assegurar que o turista, o visitante, o imigrante ou qualquer outro
ator que chegue à cidade seja bem recebido e acolhido no ambiente desse espaço.
Estudo operacional, gerencial e estratégico de empreendimentos hoteleiros e afins) e hospitalidade (estudo
abrangente das relações humanas que se desenrolam como campo de estudo para diversas áreas do
conhecimento como antropologia, sociologia, geografia, arquitetura e turismo) (CAMARGO, 2004).
A análise se preocupou com o diagnóstico pontual do espaço urbano sob a ótica da hospitalidade para
turistas em uma cidade que pretende tornar-se um destino turístico consolidado e competitivo. Galgou-se
também iniciar uma metodologia de avaliação da base física da hospitalidade no ambiente urbano aplicável
universalmente e então obter instrumentos capazes de mensurar de forma específica a hospitalidade
perceptível ao turista/visitante com relação ao local físico de sua chegada/estada. Essa metodologia foi
aplicada ao Centro da cidade de Niterói para avaliação de seu espaço e para teste dos indicadores
selecionados.
A cidade de Niterói pretende se tornar um consolidado destino turístico do Estado do Rio de Janeiro
(NELTUR, 2006), contudo, para tal, necessita preparar-se e transformar-se num lugar onde os turistas sejam
bem recebidos a partir do momento que chegam à cidade. Baseando-se no estudo dos planos de turismo e de
urbanismo da cidade, assim como por observação in loco e de fontes primárias como matérias e artigos de
jornais e revistas bem como de sites oficiais, procurou-se notar se o poder público está promovendo políticas
concernentes à hospitalidade pública na área do Centro da cidade. Do ponto de vista da hospitalidade
urbana, procurou-se a resposta de quais são os principais pontos que devem ser atentados no Centro da
cidade de Niterói para receber o turista de forma a melhor atender suas necessidades de acolhimento com
relação ao aproveitamento do espaço urbano.
A metodologia para o trabalho foi baseada em pesquisa bibliográfica em fontes primárias e secundárias,
pesquisa exploratória, assim como pesquisa de campo com coleta de dados por meio de observação,
bricolagem e aplicação de 16 fichas de avaliação dos itens mais relevantes. Após a coleta de dados,
pretendeu-se analisá-los sob a ótica das políticas de turismo e urbanismo da cidade de Niterói e sob a
perspectiva da hospitalidade e suas implicações.
Dessa forma objetivou-se analisar o Centro da cidade de Niterói com relação à hospitalidade urbana local
propondo um conjunto de indicadores para avaliação das características que tornam uma cidade hospitaleira.
Foram discutidos quais elementos fazem com que um turista seja bem-recebido num lugar.
No próximo capítulo será feita uma exposição da conceituação utilizada. Destacam-se as conceituações de
hospitalidade turística, hospitalidade do espaço urbano e indicadores, conceitos utilizados para o
balizamento teórico deste trabalho. Já o terceiro capítulo se refere à avaliação da hospitalidade do espaço do
Centro de Niterói, sendo apresentada a metodologia escolhida para a realização da pesquisa, bem como os
indicadores selecionados para avaliar a área. Ainda no terceiro capítulo faz-se a descrição do Centro de
Niterói e são descritos os resultados da pesquisa realizada. A última parte desse capítulo é dedicada a análise
crítica dos resultados. No último capítulo são feitas as considerações finais sobre o trabalho, englobando os
conceitos tratados no segundo capítulo e os resultados encontrados no terceiro.
Conclusão
Como você pôde observar ao longo desta aula, para Lúcio Grinover (2006 e 2007), as formas de pensar
e organizar o espaço urbano implicam e espelham a maneira pela qual as cidades recebem seus
visitantes, com consequências diretas para todos os envolvidos no turismo. No tocante às cidades e ao
turismo, a hospitalidade tem um papel decisivo a exercer, sendo um fato social indissociável das
interações humanas. O entendimento e a projeção desses espaços globalizados e competitivos requerem
um novo paradigma, uma mudança fundamental em nossos pensamentos, percepções e valores, e essa
discussão passa necessariamente pelo conceito de cidade hospitaleira. Portanto, a maneira como
apreendemos, planejamos e vivemos as cidades tem reflexos na forma pela qual elas serão percebidas e
experienciadas pelo outro. Elas exprimem não apenas a infraestrutura formal de recebimento, mas dá a
tônica aos códigos de acolhimento, essência da hospitalidade e do turismo.
A hospitalidade urbana nos espaços públicos, uma vez que estes são espaços potencialmente de trocas
culturais, encontro e comunicação, e onde se torna possível estabelecer um diálogo entre turistas e residentes
dos destinos visitados. Como resultados, constatou-se através da Escala que a hospitalidade de
Paranapiacaba apresenta nota 4 ou bom em acessibilidade; A prestação de serviços de restauração também
atingiu a nota 4 ou Bom, enquanto a legibilidade no contexto geral obteve nota 3 ou regular; A legibilidade
ficou comprometida em parte devido ao domínio de idiomas nos cardápios dos restaurantes. Melhorias na
infraestrutura e sinalizações podem aprimorar a hospitalidade para tornar ideal a experiência turística em
Paranapiacaba-SP. RESULTADO
METODOLOGIA
MÉTODOS
Neste estudo, foi realizada a aplicação de um formulário adaptado de Moreira et. al (2021) (Anexo 2),
seguindo os pressupostos para avaliar elementos materiais e imateriais da hospitalidade. Um total de 24
empreendimentos como cafeterias, restaurantes, pousadas, padarias e bares, foram conferidos pela
checagem dos aspectos pela própria pesquisadora, durante visita in loco nos dias 12/06/2021,
13/06/2021, 16/06/2021 e 04/07/2021, de modo independente de contato humano. Trata-se de um
instrumento constituído de 48 itens, cujos níveis de satisfação da hospitalidade foram dimensionados
com base na escala Likert contendo cinco pontos de frequência possíveis. A cada item foi atribuída uma
escala qualitativa e outra quantitativa, conforme a situação do empreendimento se enquadra dentro desta
afirmação:
(5) Ótimo: Significa que o empreendimento aplica totalmente o fundamento descrito na afirmação.
(4) Bom: Significa que o fundamento descrito na afirmação é aplicado na sua maioria pelo
empreendimento.
(3) Regular: Significa que existem dúvidas se o fundamento é aplicado em sua maioria ou minoria.
(2) Ruim: Significa que o empreendimento não aplica o fundamento descrito em sua maioria.
(1) Péssimo: Significa que o empreendimento não aplica o fundamento descrito.
A elaboração do instrumento foi adaptada da Escala proposta por Moreira et al. (2021), desenvolvido
para avaliar a qualidade dos serviços em meios de hospedagens, restaurantes, bares, cantinas e
bibliotecas nos quais estão contidos aspectos tangíveis e intangíveis que podem ser conferidos no Anexo
2. Em relação à infraestrutura urbana foi utilizada a contribuição de Grinover (2010) para avaliação da
hospitalidade de um lugar a ser visitado. Há também avaliação dos aspectos da identidade dos cardápios
com produtos locais ou da terra como o cambuci, a acessibilidade e a legibilidade dos estabelecimentos
comerciais e locais que sediam os festivais.
Para a interpretação desses dados utilizou-se de gráficos elaborados através da planilha Microsoft Excel
e que foram preenchidos no instrumento de avaliação dos elementos tangíveis como: infraestrutura
básica, acessibilidade, recursos tecnológicos e higiene, assim como os elementos intangíveis sendo os
serviços e elementos da hospitalidade virtual, foram analisados 81 através do cálculo da média obtida
pela soma dos resultados de cada item em sua respectiva variável. Após a soma, o valor encontrado foi
dividido pela quantidade total dos itens avaliados. Quanto maior o resultado, maior o índice de
frequências. Posto isso, foi calculado o percentual das frequências conforme a Escala adaptada de Likert
para avaliar o estado de conservação dos equipamentos, a legibilidade como a sinalização, a opção de
cardápio na língua inglesa. Foram avaliados os elementos tangíveis e intangíveis por agrupamento de
itens da categoria (infraestrutura de acessibilidade, legibilidade e identidade, entre outros).
A vertente urbana, discute sobretudo, como a cidade recebe seus habitantes e visitantes, quais as
estruturas oferecidas a essas pessoas no meio urbano para que elas se realizem. Dessa forma, entender
sobre os pontos de convergência entre esses dois temas ampliará o debate referente tanto a hospitalidade
urbana quanto a Grinover (2013) afirma que estudar a cidade é ir além das constatações óbvias sobre o
real que se manifesta no urbanismo, é considerar outras importantes variáveis que dão referências e
valores ao espaço urbano, seu caráter hospitaleiro ou não, a partir de sua referência visual e de sua
história. Estudar a cidade é procurar quais elementos e estruturas as podem conferirem o estado de
hospitaleira ou, ao contrário, inospitaleira, isto é, as categorias — a saber, as categorias sociais, culturais,
históricas, econômica e ambientais, consubstanciadas na acessibilidade, legibilidade e identidade desse
espaço que denominamos cidade — amarradas pela distância geográfica e pela distância temporal, isto é,
as medidas urbanas. E nesse estudo, um dos atributos fundamentais, que servem de base para uma cidade
hospitaleira, é a natureza que nela se manifesta.
A conservação ambiental traz diversos benefícios, que serão elencadas adiante, que fazem com que a
cidade se torne mais confortável, atrativa, acolhedora e até mesmo igualitária, aspectos que influenciam
diretamente na qualidade de vida das pessoas e que se relacionam com o conceito de hospitalidade.
Como parte do contexto hospitaleiro as áreas de natureza conservada na cidade são incorporados como
espaços que devem ser utilizados ou percebidas na promoção da hospitalidade urbana, pois além de se
consistirem em sua composição conceitual e legal de propiciar o lazer, essas áreas também são
importantes para a qualidade ambiental e, consequentemente, para a qualidade de vida de uma cidade,
auxiliando no controle da poluição, diminuição de ruídos, amenização do clima, qualidade da água, e se
mostram como ambientes que ajudam na saúde física e mental da população.
Como visto, a hospitalidade urbana envolve as questões, sociais: acesso à direitos básicos, qualidade de
vida; culturais: identidade urbana, história local; políticas: cidadania, ampliação da democracia, questão
imigratória; turística: infraestrutura para receber visitantes; e ambiental: qualidade ambiental, meio
ambiente urbano, espaços naturais destinados ao lazer etc. Para uma avaliação robusta é preciso envolver
todas essas temáticas, para isso a seleção de indicadores em cada categoria colocada auxilia na precisão
dos resultados. Contudo, é importante ressaltar que qualquer tipo de mensuração apresenta limites e não
reflete a complexidade da sociedade por inteiro (GUIMARÃES E FEICHA, 2009).
Dessa forma, um sistema de indicadores que relacione todos os contextos envolvidos na hospitalidade
urbana tornaria essa temática mais próxima do planejamento nas políticas públicas direcionadas ao
turismo; às questões sociais e ambientais na cidade, ou seja no contexto urbano como um todo.
Oferecendo uma outra proposta de gestão pública que visa a qualidade de vida na cidade a partir do
fortalecimento das relações sociais e da sustentabilidade.
Também foi levado em consideração o potencial turístico e como esse se relaciona com a estrutura
urbana e ambiental de João Pessoa. Visando estabelecer uma base para uma análise da hospitalidade
urbana oferecida tanto aos habitantes quanto aos turistas e visitantes, todos hospedes da cidade. E por
fim, se buscou ponderar os aspectos históricos e culturais da cidade, de forma a observar como esses
temas influenciam na identidade urbana, e seus contextos relacionados ao turismo e lazer em João
Pessoa.
NO CONTEXTO DE PATRIMÔNIO
Metodologia da pesquisa
Utilizou-se o método de estudo de caso com abordagem qualitativa para ampliar o conhecimento sobre a
temática hospitalidade. O viés qualitativo do estudo se referiu à análise e interpretação dos dados
coletados. Além disso, valeu-se ainda das pesquisas bibliográfica e documental (Marconi & Lakatos, 2008).
A seleção dos objetos da pesquisa se dirigiu as instituições culturais públicas, atrativos turísticos e redes
sociais vinculadas aos pontos turístico do roteiro, observando-se os critérios: estar em funcionamento e
disponível para acesso; e, estar vinculado à órgãos gestores e a atores que compõem o trade turístico da
cidade de Natal/RN. A coleta de dados compreendeu as etapas: a) identificação dos atrativos turísticos
vinculados à memória de Câmara para posterior análise em âmbito das categorias propostas neste trabalho
(acessibilidade, legibilidade e identidade);
b) realização de consultas semanais com envio de questionamentos sobre informações turísticas às
plataformas. Foram identificadas quatro plataformas que atenderam aos requisitos da pesquisa,
denominadas plataformas A, B, C e D.
4 Resultados e análises
4.1 Construção do instrumento de avaliação da hospitalidade virtual em destinos turísticos A partir de um
conjunto referencial de autores que investigaram a interatividade, informação e hospitalidade virtual foi
construído um instrumento para avaliação da hospitalidade virtual de destinos,sendo específico para portais
e redes sociais (Alves & Vidotti, 2006; Brand & Crandall, 1988; Façanha, 2018; Grimm et al., 2013;
Guarizo & Schwartz, 2020; Htet, Dimitry & Irina, 2017; Soares, 2013; Steuer,1992). O instrumento foi
denominado de HP25. A estrutura do HP25 é composta por: duas categorias de análise (informação e
interatividade), cinco componentes e 25 perguntas relativas aos componentes e suas respectivas opções de
pontuação. Cada pergunta recebeu uma pontuação entre 0.0; 0.5 e 1.0, considerando que 0 (zero)
corresponde ao não atendimento; 0.5 ao atendimento parcial e 1.0 ao atendimento pleno. A partir da
pontuação máxima do instrumento, criaram-se parâmetros que consideraram o nível de qualidade da
hospitalidade virtual dos destinos (Quadro 1).
4.2Análise dos portais a, b, c, d Na análise dos resultados obtidos pela aplicação do HP 25 no portal A,
constata-se que o mesmo obteve score final de 5 pontos, tendo sido sua hospitalidade virtual classificada
como de baixo grau. Como pontos positivos, o portal obteve pontuação plena nas questões 4, 5, 6 e 11
(categoria informação). As questões tratavam do acesso a contatos/links de fornecedores e parceiros
turísticos, disponibilização de informações históricas sobre a cidade, imagens, vídeos e dicas de passeios
locais. Isso demonstra que as orientações turísticas básicas a possíveis interessados no destino estão
disponíveis no portal, ainda que seja necessário ampliar a frequência de atualizações destas
informações. Como ponto negativo, destaca-se que no portal constava a indicação de ser um hotel local que
encerrou suas operações há mais de um ano. A ausência de informações em outros idiomas igualmente
apareceu como destaque negativo, especialmente em se tratando de um portal relacionado à turismo
e vinculado a um destino reconhecidamente atrativo para visitantes estrangeiros.As fragilidades da
hospitalidade virtual do Portal A apareceram nas questões referentes à categoria Interatividade, não tendo
pontuação em nenhuma delas. Não foram constatados recursos comunicacionais operantes, nem
presença em redes sociais. Destaca-se também que o endereço de e-mail informou erro quando na tentativa
de envio. Os resultados obtidos a partir da análise do Portal A evidenciaram a necessidade de a equipe
responsável reavaliar uma série de aspectos que compõem o funcionamento do Portal. Percebeu-
se, neste caso, certo
distanciamento da proposta de hospitalidade virtual enquanto espaço de acolhimento de visitantes em
potencial de um determinado destino turístico, tal como apontaram Soares (2013) e Façanha (2018).Para a
avaliação do Portal B, o score final foi de 13 pontos, tendo sua hospitalidade virtual classificada como de
médio grau. Como destaques positivos, as questões 13,14,15 e 16, correspondentes à categoria
interatividade, obtiveram pontuação absoluta. As questões se relacionaram com plataformas interativas,
onde o Portal B está presente e atualizado, e disponibiliza nas redes sociais frequentes postagens
informativas por semana. Assim, pode-se dizer que o portal é ativo e acessível ao público por meio
das redes sociais. Porém, faz-se necessário melhorar a comunicação com o usuário que utiliza a
plataforma para dúvidas e esclarecimentos. Essa recomendação é pertinente porque durante a pesquisa
foram enviados questionamentos para as páginas do Facebook e Instagram, sendo que houve retorno em
apenas uma dessas redes sociais. Na categoria informação, as questões 7 e 8 trataram sobre os idiomas
disponíveis na plataforma, o Portal B além do português, disponibiliza: espanhol e inglês, sendo suas
traduções fiéis ao texto original. Os resultados obtidos com avaliação do Portal B reconheceu a
crescente utilização da internet e das redes sociais para divulgação de destinos turísticos, tornando-se
uma fonte de informação fidedigna ao que é ofertado. Contudo, sugerem-se melhoramentos na
comunicação entre portal e turista (Internauta) para sanar questionamentos, visto que a hospitalidade
não é somente receber os turistas, incluindo todo tipo de interação ‘humana’ que existe no processo de
conquistar o turista antes de ele conhecer o destino. Analisando o Portal C a partir dos resultados da
HP 25, obteve-se score final de 13,5 pontos (mais elevado entre todos os portais), tendo sua
hospitalidade virtual classificada como de médio grau. Como pontos relevantes estão as questões 2, 4, 5 e 6,
da categoria informação, que obtiveram pontuação total. As questões trouxeram tópicos como:
notícias/newsletters postadas semanalmente, disponibilidade de passeios e programas, vídeos/imagens, e
informações a respeito da história da cidade. O Portal apresentou ainda informações básicas da cidade para
aqueles que a desejam conhecê-la. Contudo, observou-se que é necessária mais atenção à atualização
de informações, uma vez que há tópicos desatualizados. Como ponto negativo dessa categoria, há a
informação que o principal aeroporto para chegar na cidade ainda é o de Parnamirim, localizado na
região metropolitana de Natal. No entanto, esse aeroporto não está mais ativo para voos comerciais,
sendo o aeroporto de São Gonçalo do Amaranteo que está operando oficialmente desde 2014. Ainda na
categoria informação, as questões 7 e 8, trataram dos idiomas disponíveis (além do português) no Portal
C: inglês, espanhol, italiano e francês. Apesar de apresentar diversidade de idiomas, e, ser maisacessível
aos turistas estrangeiros, em algumas partes do Portal a tradução das informações inexiste, ou se restringe a
títulos apenas, limitando os recursos de comunicação.As maiores vulnerabilidades do Portal C, estão na
categoria interatividade, onde apesar de ter redes sociais ativas e atualizadas, com posts e notícias, somente
se teve retorno sobre as dúvidas pelo Instagram. No Facebook, não estava disponível a opção de entrar em
contato pelo chat e, via e-mail, não se obteve retorno. Os resultados sobre o Portal C, traduzem a
necessidade de a equipe responsável reconsiderar a forma como as plataformas interativas são utilizadas,
uma vez que estão disponíveis para aproximar possíveis visitantes do destino procurado. Entretanto, esse
déficit nas estruturas de interatividade observado no Portal C não faz uso da perspectiva do Design da
Informação enquanto facilitador da comunicação (Pettersson, 2007; Dick; Gonçalves & Vitorino, 2017) e
caminha na direção contrária da proposta de hospitalidade virtual como geradora de experiências e
trocas, tal como aponta Soares (2013).Em análise da aplicação do HP 25 no Portal D, observou-se que o seu
score foi de 6,5 pontos, tendo sua hospitalidade virtual classificada como de médio baixo grau. Como
pontos positivos e de destaque, foram consideradas as questões 4, 5 e 6 que tratavam da categoria
informação, obtivendo pontuação absoluta. As questões trouxeram pontos, tais como: se há
disponível dicas de passeios, se existem imagens/vídeos sobre a cidade e sobre as informações oferecidas da
história da cidade. Para transmitir essas informações, o Portal disponibilizou uma revista virtual que
carrega informações básicas de forma compacta, porém, cabe algumas atualizações, visto que há
informações de anos passados. Como ponto negativo, ainda da categoria informação, a Plataforma
não disponibilizou nenhum outro idioma (somente o português) para consulta no Portal, dificultando
o acesso para estrangeiros que possam querer conhecer a cidade de Natal, notoriamente conhecida por
atrair turistas estrangeiros.As fragilidades da hospitalidade virtual do Portal D surgiram em questões
relacionadas a categoria interatividade, não tendo pontuado em questões referentes a
comunicação e acessibilidade, com o detalhe de ser o único portal que tem a opção da plataforma
WhatsApp, e que mesmo assim não pontuou, pois o link não estava funcionando corretamente. Apesar de ter
redes sociais, o Portal D não atualiza seus posts e publicações com frequência, visto que foi
constatado um mais de uma semana de intervalo entre uma postagem e outra. Observou-se também
que não houve retorno de contato de nenhuma das Plataformas (e-mail, Facebook ou Instagram).
Os resultados obtidos pela avaliação da HP 25 no Portal D, demostraram a necessidade de
atualizaçãomais frequente de informações e de se rever a forma com que as Plataformas interativas
e as redes sociais conseguem ser hospitaleiras. Essa observação é necessária, uma vez que,
predomina-se quase que exclusivamente o viés comercial da hospitalidade virtual, com recursos
voltados apenas para atrair os turistas, deixando em segundo plano as relações de troca e interatividade
que deveriam existir entre Plataforma e usuário, baseado na tríplice contínua de “da-receber-retribuir”
(Camargo, 2004). A categoria interatividade nas questões 23 e 24, que trataram sobre o grau de
acessibilidade dos Portais no atendimento de pessoas com deficiência visual ou auditiva, houve ausência de
pontuação para todas as 4 Plataformas consultadas. Este é um ponto importante para as equipes responsáveis
por essas plataformas, uma vez que a falta de legenda em um vídeo ou foto, a disponibilização de textos em
formato de áudios, acaba por excluir, ou demonstrar hostilidade para pessoas que se encaixam nesse perfil,
fazendo com que o destino pareça inclusivo.5Conclusão O estudo avaliou por meio do HP 25 quatro Portais
virtuais na cidade de Natal-RN, Brasil. Os melhores resultados foram encontrados nos portais B e C,
com 13 e 13,5 pontos, respectivamente, e sua hospitalidade virtual sendo classificada como de médio
grau. O Portal D obteve 6,5 pontos e foi classificado como de grau médio baixo de hospitalidade. O
portal A apresentou o pior desempenho entre todos os Portais, ficando com pontuação final 5,0. Logo, os
resultados obtidos pela aplicação da HP 25 por meio dos Portais virtuais e redes sociais indicaram que o
grau de hospitalidade virtual em Natal ainda está distante do ideal. Nesse caso, apresentaram
desacordo com as concepções de Costa (2013), no que tange à expectativa que os clientes possuem de
serem acolhidos gentilmente e de Soares (2013), quando reforça que a hospitalidade virtual consiste
num espaço de acolhimento de visitantes, devendo primar pela oferta de informações e experiências
interativas dequalidade.Ao longo da aplicação da pesquisa se constatou a existência de problemas nos
Portais em ambas as categorias. Porém, mais intensidade de problemas se encontrou na categoria
interatividade. Esse é um fator que traz preocupação, em especial, quando se revisita o conceito de
interatividade proposto por Steuer (1992) e Brand e Crandall (1988), o que permite inferir que existem
fragilidades em termos de velocidade, participação, amplitude e mapeamento nos Portais analisados.
Destaca-se que a sociedadetem cada vez mais se inserindo no mundo virtual e se faz necessário que os
destinos turísticos se ajustem a essa realidade.Sob a perspectiva da análise dos referidos portais e levando
em consideração os conceitos e características da hospitalidade/acolhimento (Camargo, 2004; Lashely &
Morrison, 2004) e do design da informação (Pettersson, 2007; Dick; Gonçalves & Vitorino, 2017; De Souza
Quintão & Triska, 2014), a cidade de Natal não pode ser considerada uma cidade virtualmente
hospitaleira. Ainda é preciso promover avanços simples, como a atualização de dados e informações
básicas, até os mais complexos, que envolvem melhoria nas Plataformas interativas para atendimento aos
turistas em potencial. Em complemento, identificou-se a emergência em prover maioracessibilidade a
pessoas com deficiência (PCDs), visto que nenhum dos Portais apresentou recursos para acessibilidade
das informações à esse público.Evidentemente, a pesquisa tratou de um tema de grande efervescência social,
utilizando um recorte de análise reduzido, demandando, como estudos futuros, a necessidade de revisão e
ampliação do instrumento HP25, visando torná-lo mais preciso para medir o grau de
hospitalidade virtual de um destino turístico. Em que pese as ressalvas feitas, a pesquisa permitiulançar
novos (e críticos) olhares sobre a realidade da hospitalidade virtual em Natal-RN, especialmente no
tocante à estrutura dos Portais turísticos locais na prestação de informação e promoção de interatividade a
futuros visitantes.
a serem utilizados na montagem de proposta para construção de um roteiro turístico no Centro Histórico da
cidade do Natal, bem como visita aos mesmos para identificação das atuais condições dos mesmos, bem
como levantamento da existência de material relacionado à prática da interpretação patrimonial existente
nesses locais.
Este trabalho privilegia a leitura e análise de equipamentos culturais dispostos nos bairros do Alecrim e da
Cidade Alta a serem utilizados na montagem de proposta para construção de um roteiro turístico no Centro
Histórico da cidade do Natal, bem como visita aos mesmos para identificação das atuais condições dos
mesmos. Privilegia primeiramente a leitura e análise de bibliografia existente e que relacionem as temáticas
do patrimônio cultural em sua vertente material, com a possibilidade de utilização do mesmo, pelo Turismo,
para promoção não só do desenvolvimento local, mas também para a preservação/conservação desse mesmo
patrimônio utilizado, bem como a discussão sobre a necessidade de ações planejadas para tal efetivação,
discussão sobre ações de interpretação do patrimônio e de como essas podem ser realizadas, além de
discussão sobre o papel da roteirização turística como forma de desenvolvimento e preservação.
Conclui-se o estudo, indicando que o Centro de Niterói apresenta-se com grande potencial turístico, contudo
deve-se atentar para questões-chave como transporte, segurança pública e uso do solo.