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IDENTIFICAÇÃO:

KASSIA DANIELLY HENRIQUE SILVA

PRÉ – PROJETO:

Do Lugar ao Pseudo-Lugar: um estudo da percepção do nativo e do visitante em relação


ao Parque Nacional Do Catimbau - PE

1. PROBLEMA DE PESQUISA

Os lugares ao assumirem o caráter de mercadoria, distanciam-se da realidade, pois


passam a existir, também, enquanto produtos construídos por narrativas retóricas que,
seguindo os preceitos do modo de produção capitalista, são produzidos, segundo Haug (1997),
para modificar a organização sensível dos visitantes/turistas/consumidores e viabilizar a
transformação das relações sensuais entre o sujeito (visitante) e o objeto condicionado (lugar).

2. OBJETIVOS
2.1 OBJETIVO GERAL

O presente projeto, assim, objetivou identificar as diferentes percepções vinculadas ao


PNC através do dualismo do lugar e pseudo-lugar, investigando a maneira de ver do nativo e
do visitante, a fim de contrapor tais visões. Dessa forma, como objetivo geral deste projeto,
deseja-se compreender as diferenças de percepção em relação ao Parque Nacional do
Catimbau em concordância com os princípios que norteiam os estudos de caráter
comparativo, evidenciando, assim, suas similaridades e diferenças.

2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICO

Para tanto, apresentam-se, também, os objetivos específicos que este estudo buscou
alcançar:

- Identificar a maneira de ver do nativo;

- Identificar a maneira de ver do visitante;

- Contrapor a significação do Parque Nacional do Catimbau entre os dois grupos estudados.

3. JUSTIFICATIVA
A diferença de perspectivas entre o nativo e o passante, entre o estranho e o de casa,
são sensivelmente interessantes para o planejamento do espaço turístico. No estudo da prática
espacial do turismo, não devemos esquecer das alteridades existentes no território. O território
é um campo de força onde atuam diferentes significados que precisam ser identificados e
considerados.

4. REVISÃO DE LITERATURA

4.1 Lugar e Pseudo-lugar

O entendimento do fenômeno turístico a partir do dualismo das categorias lugar e


pseudo-lugar (CRUZ, 2007) não é um percurso de vanguarda, mas que possibilita uma leitura
do Turismo baseada nos sentidos e significados do mundo; na confrontação do cotidiano com
o turismo. Nesta linha de abordagem, não investigaremos os lugares turísticos através, apenas
de um sobrevôo, ou mesmo por meio de generalizações universalistas. Buscaremos, por outro
lado, mergulhar no fenômeno e nas distintas maneiras que os atores envolvidos na prática
turística concebem os lugares.

O que temos que notar é que o Turismo ao alcançar o território, põe em contradição ao
menos dois lugares. Lugares que estão situados no mesmo território, no entanto, separados
pelo ponto de vista, a saber: o lugar fruto da maneira de ver (COSGROVE, 2010) do nativo e
do visitante. O primeiro, por ser fruto da interação cotidiana do nativo com o território, torna-
se mais próximo do lugar ‘real’, porém, o segundo, por ser comumente permeado pela
alucinação e pelos processos de fetichização produto da contingência civilizatório em que
vivemos, apresenta-se como um lugar falacioso/mistificado, um pseudo-lugar, como propõe
Cruz (2007).

O princípio basilar desta diferenciação reside em apreendermos que o turismo, além de


uma prática sócioespacial, trata-se de uma prática econômica. Portanto, se o mirarmos através
desta dimensão, entenderemos que o lugar, além de deter um valor de uso cotidiano do nativo,
converte-se em mercadoria a ser consumida pelos visitantes/turistas/consumidores.

Os lugares ao assumirem o caráter de mercadoria, distanciam-se da realidade, pois


passam a existir, também, enquanto produtos construídos por narrativas retóricas que,
seguindo os preceitos do modo de produção capitalista, são produzidos, segundo Haug (1999),
para modificar a organização sensível dos visitantes/turistas/consumidores e viabilizar a
transformação das relações sensuais entre o sujeito (visitante) e o objeto condicionado (lugar).

Desta forma, pode-se afirmar que o pseudo-lugar é produto de narrativas promovidas


por agentes publicitários e políticos, que circulam na sociedade e formulam um sistema de
manipulação, de onde surgem os signos hipergeneralizados (VALÉRIO & LYRA, 2014).
“Histórias infantis, mitos, filmes, propagandas, rituais, propostas educativas (formais ou
informais), entre outras, são exemplos de onde eles são distribuídos coletivamente.”
(VALÉRIO & LYRA, 2014, p.719). Neste sentido, com a construção do imaginário coletivo
dos destinos turísticos não ocorre de maneira distinta. Assim, essas narrativas interferem
diretamente nos processos de significação dos elementos que compõem a espacialidade dos
lugares turísticos.

Resumidamente, pode-se afirmar que o pseudo-lugar é fruto de um planejamento, de


um projeto que tem como finalidade a atração dos visitantes/turistas/consumidores para um
lugar ilusório/alucinatório, que estará em desacordo com as características históricas, sociais e
cotidianas que compõe o lugar ‘real’.

Neste sentido,

As paisagens artificiais criadas pelo turismo destoam seus entornos, tanto no que se
refere às características naturais e construídas desses entornos. A natureza e cultura
recriadas por essas paisagens são frutos de intervenções planejadas (...) não são
produtos da história natural e social, são produtos do turismo (CRUZ, 2001, p. 112).

Com a realidade maquiada, os visitantes atraídos por uma modalidade de Turismo que
esteja ancorada nos pressupostos da construção do pseudo-lugar, dificilmente conseguirão
alcançar de fato o lugar visitado de maneira complexa 1; não sentirão a cultura e tampouco se
relacionarão com os nativos que sempre tem algo a passar, mostrar e até ensinar com o seu
modo de vida.

Porém, não sejamos ingênuos de imaginar que

[...] os residentes de qualquer lugar terão tempo de ficar fazendo sala para todos que
surgirem, mormente hoje que as pessoas desconfiam da própria sombra e que o
turismo de massas é um fato irreversível. [...] Essa lide exige longa convivência com
um grupo social, só possível mediante muitas viagens. (YÁZIGI, 2015, p.5)

1
Utilizamos do termo “complexa”, aqui, não no sentido ordinário de “complicação”, mas no sentido
proposto por Morin (1982).
Sabemos que esperar que o visitante/turista/consumidor se conecte com o lugar ‘real’,
“cheira a parábola” (YÁZIGI, 2015). Sabemos ainda que não é suficiente apenas identificar e
criticar a incongruência existente entre as duas maneiras de conceber o lugar turístico.
Conjuntamente ao entendimento e a crítica, deve-se reforçar a necessidade de práticas
alternativas do turismo. Neste projeto, porém, faremos uso desse dualismo, não para propor
uma solução ou algo que, certamente, beiraria o utópico, mas como um caminha gnosiológico
que permita o entendimento das contradições existentes no fenômeno turístico no PNC.
Concebemos o lugar e o pseuso-lugar apenas como categorias analíticas que oferecem
arcabouço interpretativo que permitirá alcançar, através de seu confronto, os imaginários
perceptivos vinculados ao destino em questão.

4.2 Turismo enquanto modificador/criador de imagens falsificadas;

Como é bem sabido, o Turismo, segundo a Organização Mundial do Turismo (OMT),


é uma atividade do viajante que visita uma localidade fora de seu entorno habitual, por
período inferior a um ano, e com propósito principal diferente do exercício de atividade
remunerada por entidades do local visitado. Hoje, é considerado uma atividade dinamizadora
da economia, sendo um grande gerador de renda capaz de impactar (positiva ou
negativamente) no desenvolvimento local e regional (SILVEIRA, 2016; COSTA & REIS,
2014; OLIVEIRA, 2016; ALVES & GOMES, 2016; BRITO, 2016) e, até mesmo, alterar um
cenário imagético e simbólico de um destino (DANTAS, 2007, 2002).

O seu produto de uso é o destino que possui potencial para desenvolver a atividade e
só esse “potencial” motiva investidores (públicos e privados) a entrarem e trabalharem em
prol do desenvolvimento do Turismo no local. Assim, por deter esse caráter econômico, a
atividade não trata o lugar apenas no que toca a seu valor de uso, mas, sobretudo, no que toca
a seu valor de troca. Ou seja, trata o lugar como uma mercadoria que deve ser vendida a todo
custo. Assim, o Turismo se constitui como uma atividade que está associada à contínua
produção de valores do capitalismo. Para tanto, visando garantir essa continuidade,
desenvolvem-se nos lugares turísticos desde infra-estruturas básicas ao fornecimento dos
serviços (sistema rodoviário e/ou aeroportuária, meios hospedagem, sistema hospitalar, etc.) à
construção da imagem e o marketing do lugar. Neste sentido, grandes são os investimentos
para que haja êxito no processo de execução da atividade turística. Para tanto, haverá
mudanças no âmbito arquitetônico, ambiental, social e imagético por meio das quais a
atividade se estabelece – de maneira exitosa ou não.

A construção da imagem, – que é o que mais nos interessa desse processo neste
trabalho – segundo Leandro (2006), recai sobre o marketing.

Marketing é a análise, organização, planejamento e controle das políticas, das


atividades e dos recursos que afetam o consumidor de empresa visando á satisfação
das necessidades e desejos dos grupos- alvo de clientes com base em um lucro.
(KOTLER, 1967, p.12)

No contexto de nossa investigação, constitui-se enquanto um instrumento do


planejamento turístico que estimula a articulação entre imagem turística e imagem do lugar. A
utilização de estratégias de marketing na gestão dos lugares tornou-se, portanto, mais
frequente, não apenas para promover o seu potencial de atração de investimentos externos,
mas também para consolidar a atividade no local.

Em estando preparado para a venda de sua imagem, o “Produto-lugar” que já passa a


ser chamado de atrativo turístico, pronto para ser usufruído, é vendido da maneira como
querem que fique conhecida, que atraia visitante e não necessariamente como está de fato, é
comum acontecer essas “falsas ideias” de destino trazidas pelo marketing, é frequente
encontrarmos um país, território, cidade ou até estado que possui uma imagem negativa e
quando fazem uso da atividade turística e utilizam o marketing como ferramenta de
divulgação, a sua imagem sofre alterações positivas e consequentemente a visão sobre ele é
modificado, sendo posteriormente percebido de outra maneira.

Nem sempre quando há planejamento para inserir a atividade turística em determinado


destino possuem investidores e capital suficiente para investir, esse é um dos motivos que os
levam a vender uma imagem errada, pensam no retorno a curto prazo visando os
investimentos do produto potencial a longo prazo.

4.3 Percepção e o dualismo nativo-visitante

Diante de tudo que foi explicitado nos diálogos anteriores, outro diálogo se fez
inevitável em nosso percurso teórico, a saber, o do entendimento da percepção.
A percepção, como alerta Tuan (2015), é uma atividade, um estender-se para o mundo.
Inicialmente é conveniente discutir a relação da percepção com a cultura. A cultura pode
influenciar a percepção de tal maneira que uma pessoa pode enxergar coisas inexistentes. A
alucinação, como alertara Tuan (2015), caminha de mãos atadas com a percepção, pois “se
uma figura alucinatória [pseudo-lugar] fica diante de uma mesa [lugar real], então parte da
mesa está bloqueada”. A alucinação, assim, apresenta-se como um fenômeno que afeta a
maneira como um indivíduo e um grupo concebe os lugares.
A cultura, a história intelectual e emocional esboça um papel condicionante na
percepção dos sujeitos. Nas palavras de Paul Claval (1999) “o que lemos no mundo e na
sociedade é o que aprendemos a ver”. Desta forma, a imagem que formulamos a partir da
observação da paisagem não se consolida no simples ato da observação, mas sim na
combinação da observação e/ou experiência e/ou de todos os discursos e narrativas que atuam
sobre esse fragmento espacial observado. Para Milton Santos:

Diante de uma paisagem, ou nossa vontade de apreendê-la se exerce sobre conjuntos


que nos falam à maneira de cartões postais, ou então nosso olhar volta-se para
objetos isolados. De um modo ou de outro, temos a tendência ‘de não apreender o
todo’; mesmo os conjuntos que se encontram em nosso campo de visão nada mais
são que frações de um todo (SANTOS, 2009, p. 23).

Para o autor o objeto apresenta duas faces: a verdadeira, que não se oferece
diretamente ao observador, e a visível, moldada pela cultura. A percepção que temos da
paisagem está longe de abarcar o objeto em sua realidade profunda. Não temos direito senão a
uma mera aparência, por outro lado a essência, ou mesmo a totalidade, não temos acesso.
Portanto, a percepção é entendida neste projeto como um traço do real, ou melhor, um
traço do lugar real. Não temos acesso à realidade complexa, por mais que nosso sentimento de
realidade nos alucine e nos faça sentir como se tivéssemos. Desta forma, a percepção que se
constrói através da forma e/ou experiência e/ou discurso/narrativa não passa de um fragmento.
Mas por que a imagem que formulamos é apenas um traço do real e não a totalidade?
Para responder esta pergunta, chama-se para o diálogo o antropólogo Laraia (2001), que
refletindo sobre a cultura afirma que:

[...] a cultura é como uma lente através da qual o homem vê o mundo. Homens de
culturas diferentes usam lentes diversas e, portanto, têm visões desencontradas das
coisas. Por exemplo, a floresta amazônica não passa para o antropólogo —
desprovido de um razoável conhecimento de botânica — de um amontoado confuso
de árvores e arbustos, dos mais diversos tamanhos e com uma imensa variedade de
tonalidades verdes. A visão que um índio Tupi tem deste mesmo cenário é
totalmente diversa: cada um desses vegetais tem um significado qualitativo e uma
referência espacial (LARAIA, 2001, p.71).
Ou seja, a percepção que se tem de algum lugar está longe de abarcá-lo em sua
realidade profunda, pois ao contemplá-lo utilizam-se lentes, roupas, filtros auriculares,
sapatos e capacetes que são montados pela história cultural do contemplador, que faz com que

a sua percepção estranhe ou normalize algo, no tocar, no pisar, no olhar, ou melhor, no sentir.

Essas concepções servem para lançar luz no entendimento da percepção dos sujeitos
envolvidos na prática turística e, assim, viabilizar o estudo comparado da ‘maneira de ver’ do
visitante e do nativo.
Segundo Tuan (2015), visitantes e nativos focalizam aspectos bem diferentes do lugar.
Neste sentido, o visitante turista frequentemente reduz seu ato perceptível e reduz seu olhar
para compor quadros. Por outro lado, o nativo tem uma atitude complexa derivada de sua
imersão na totalidade de seu lugar. “O ponto de vista do visitante, por ser simples, é
facilmente enunciado. [...] Por outro lado, a atitude complexa do nativo somente pode ser
expressa com dificuldade e indiretamente por meio do comportamento, da tradição local,
conhecimento e mito” (TUAN, 2015, p.96).
Assim, a avaliação do lugar pelo visitante é essencialmente estética. É a visão de um
estranho. O estranho julga pela aparência, por algum critério formal de beleza.

A diferença de perspectivas entre o nativo e o passante, entre o estranho e o de casa,


são sensivelmente pontuadas em:

Obviamente, o julgamento do visitante é muito vezes válido. Sua principal


contribuição é a perspectiva nova. O ser humano é excepcionalmente adaptável.
Beleza ou feiúra – cada uma tende a desaparecer no subconsciente à medida que ele
aprende a viver nesse mundo. O visitante, frequentemente, é capaz de perceber
méritos e defeitos, em um meio ambiente, que não são mais visíveis para o
residente. Consideremos um exemplo passado. A fumaça e a fuligem poluíam
tremendamente as cidades industriais do norte da Inglaterra. Isto o visitante pode ver
facilmente; porém, os residentes locais tendiam a afastar de si a realidade
desagradável, ignorando o que eles não podiam controlar eficazmente. (TUAN,
2015, p.99)

5. PROCEDIMENTOS METODOLOGICOS

Nosso caminho metodológico não se pautará em procedimentos preestabelecidos


como uma formula. Não se pautará em modelos. Partiu-se da realidade concreta e não de uma
gnosiologia modus operandi. Foi da realidade concreta que retiramos nossas orientações
metodológicas. Portanto, convém afirmar que a escolha dos procedimentos metodológicos foi
desenvolvida ao longo da pesquisa, ao longo de nosso contato e aproximação com a realidade
concreta estudada.
Em assim sendo, o primeiro momento da pesquisa, refere-se ao processo de
delimitação da base teórica e do objeto empírico, onde é necessária uma reflexão permanente
até a conclusão do projeto. Realizaram-se, neste momento, a revisão da literatura, a
delimitação do referencial teórico e a seleção de categorias e conceitos que, em conjunto,
forneceu-nos um arcabouço para analisar as percepções dos nativos e visitantes em relação ao
PNC.
Portanto, para comparar o significado do PNC para os distintos atores envolvidos
(nativos e visitante), utilizou-se do arcabouço da perspectiva semiótica da Psicologia
Cultural2, pois no que toca à compreensão de como as pessoas constroem significados, a
psicologia adquire um papel central de contribuição (BRUNER, 1997). Utilizou-se em
especial, para a resposta a este objetivo, das contribuições da Psicologia Cultural, pois esta
apresenta ser uma das mais apropriadas possibilidades de contribuição no estudo do
significado (SATO, et al., 2007; VALSINER & ROSA, 2007), sobretudo, em sua perspectiva
semiótica (VALSINER, 2007).
Em sendo assim, a constituição de significados referentes ao PNC nas experiências
cotidianas da vida dos sujeitos, foi sempre encarada como um processo semiótico. De tal
modo que a investigação desse processo, baseou-se, como propuseram Valério e Lyra (2014),
no contexto social e histórico específico. Estudar o significado do PNC a partir de tais noções
permitiu-nos compreender não apenas as diferentes percepções, mas, possibilitou-nos,
também, entender a relação da cultura coletiva com a construção pessoal, narrativas do
Turismo com a significação que se estabelece no sujeito através de um processo semiótico.
Nesta perspectiva, entendemos que processos gerais podem ser estudados, também, a partir do
estudo das particularidades (SALVATORE & VALSINER, 2010). Porém, alertamos que o
estudo do particular não anula o das generalidades. Assim, o utilizamos como uma técnica
que nos permitiu alcançar diferentes escalas de interpretação da realidade.
Destarte, para revelação do significado do PNC para diferentes atores, recorreu-se
mais especificamente à técnica da entrevista, pois esta serve como veículo para a captura das
representações orais dos diversos atores envolvidos na trama do problema investigado.
Representações estas, que através de um tratamento semiótico, nos permite compreender tais
distinções.

2
De uma perspectiva teórico-metodológica, a Psicologia Cultural contemporânea permeia desde a
teoria da atividade à semiótica, tendo como pano de fundo de suas discussões a cultura. A perspectiva
que fundamentou este objetivo foi a semiótica (VALSINER, 2000, 2007; BARTHES, 1975, 2012;
ECCO, 2001), cujo foco incide sobre a característica ontológica do humano de criar e usar signos –
dispositivos semióticos.
6. REFERÊNCIAS

ALVES, E. M.; GOMES, W. Mercados turísticos e desenvolvimento regional: a atuação dos


agentes estatais de mercado na economia do turismo no Brasil. Latitude, v. 9, n. 2, 2016.

BARTHES, R. Elementos de semiologia. Editora Cultrix, 2012.

BARTHES, R. Mitologias. São Paulo/Rio de Janeiro: DIFEL, 1975.

BRITO, V. C. Turismo, desenvolvimento regional e sustentabilidade: o caso do Projeto


Tamar em Praia do Forte-Bahia. Orbis Latina, v. 3, n. 1, 2016.

BRUNER, J. Atos de significação. Porto Alegre: Artes Médicas, 1997.


COSGROVE, D. Social Formation and Symbolic Landscape. CroomHelm, Londres, 2010.
COSTA, M. T. V.; REIS, R. L. Turismo e desenvolvimento local. Lusíada. Economia e
Empresa, n. 8, p. 65-89, 2014.
CRUZ, R. de C. A. et al. Geografias do turismo: de lugares a pseudo-lugares. Roca, 2007.
DANTAS, E. W. C. Construção da imagem turística de Fortaleza/Ceará. Mercator -
Revista de Geografia da UFC, ano 01, número 01, 2002.
DANTAS, E. W. C. Imaginário social nordestino e políticas de desenvolvimento do
turismo no nordeste brasileiro, GEOUSP - espaço e tempo, São Paulo, nº 22, 2007.
HAUG, W. F. Crítica da estática da mercadoria. São Paulo: UNESP, 1997.
OLIVEIRA, E. S. Impactos socioambientais e econômicos do turismo e as suas repercussões
no desenvolvimento local: o caso do Município de Itacaré-Bahia. Interações (Campo
Grande), v. 8, n. 2, 2016.
SALVATORE, S.; VALSINER, J. Between the general and the unique: Overcoming the
nomothetic versus idiographic opposition. Theory & Psychology, v.20, n.6, pp.817- 833,
2010.
SATO, T. et al. Sampling reconsidered: Idiographic science and the analysis of personal life
trajectories. In: The Cambridge handbook of sociocultural psychology. pp. 82-108, 2007.
SILVEIRA, M. A. T. Turismo e estratégias de desenvolvimento local. Interações (Campo
Grande), v. 7, n. 11, 2016.
TUAN, Yi-Fu. Topofilia: un estudio de las percepciones, actitudes y valores sobre el entorno.
Melusina, 2015.
VALÉRIO, T. A. M.; LYRA, M. A construção cultural de significados sobre adoção: Um
processo semiótico. Revista Psicologia & Sociedade, v. 26, n. 3, 2014.
VALSINER, J. Culture and human development. London: Sage Publications, 2000.
VALSINER, J. Culture in minds and societies: Foundations of Cultural Psychology. New
Delhi: Sage Publications, 2007.
VALSINER, J.; ROSA, A. The Cambridge Handbook of Sociocultural Psychology.
Cambridge: Cambridge University Press, 2007.
YÁZIGI, E. To be or not to be: sobre o autêntico e o falsificado nas construções do
turismo. CULTUR-Revista de Cultura e Turismo, v. 3, n. 2, 2015.

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