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ELEMENTOS DA RESENHA

DESCRIÇÃO DOS ELEMENTOS DE UMA RESENHA

Nome:__________________________________________________________________________________

Curso: ____________________________________ Data: ___/___/_______

1 REFERÊNCIA (SEGUIR AS NORMAS DA ABNT)

Fazer a referência completa da obra resenhada de acordo com a ABNT; é recomendável, no caso de resenhas,
colocar aqui somente a referência da obra que foi analisada.

2 APRESENTAÇÃO DO/A AUTOR/A DA OBRA

Apresenta-se um autor falando dos principais fatos relacionados à sua vida: local e ocasião de nascimento,
formação acadêmica, pessoas que exerceram influência teórica sobre sua obra, fatos que teriam marcado sua
vida e, conseqüentemente, sua forma de pensar. Sua produção intelectual, nacionalidade, formação etc

3 PERSPECTIVA TEÓRICA DA OBRA

Toda obra escrita pertence a uma determinada perspectiva teórica; é muito importante saber a que
tradição/escola teórica pertence o/a autor/a da obra que se está analisando, pois isso permite compreender a
forma como está organizada, bem como a lógica da argumentação utilizada; quando se reconhece a perspectiva
teórica do/a autor/a, sabe-se o que se pode esperar da obra que será analisada.

4 BREVE SÍNTESE DA OBRA

Antes de começar a análise de uma obra, é muito importante procurar ter uma visão panorâmica desta; isto
pode ajudar a visualizar o começo, o meio e o fim da obra, permitindo saber de onde parte e para aonde vai o/
autor/a na sua argumentação; esta parte da resenha (somente esta!) pode ser feita na forma de um “esquema”.

5 PRINCIPAIS TESES DESENVOLVIDAS NA OBRA (pautado em citações)

Metodologia – descrição do tipo de método e das técnicas utilizadas pelo autor da obra;

6 REFLEXÃO CRÍTICA SOBRE OBRA E IMPLICAÇÕES (pautado em citações)

Depois de apresentar e compreender o/a autor/a e sua obra, deve-se traçar alguns comentários pessoais sobre
o assunto, ancorados em argumentos fundamentados academicamente.

REFERÊNCIAS

EXEMPLO DE RESENHA CRÍTICA: Veja abaixo um exemplo de Resenha


RESENHA

Nome: Vivian Andrea Arango Navarrete


Curso: Turismo e Hotelaria Data: 21 de Novembro de 2018

1 REFERÊNCIA

SIVIERO, A. P. Os elementos do espaço turístico Urbano no processo de planejamento: Reflexões


teóricas e articulações. Revista RA’ EGA: O Espaço Geográfico em Análise, Curitiba: Editora
UFPR, n.11, p. 51- 59, 2006. Disponível em: <https://revistas.ufpr.br/rae
ga/article/view/7747/5516>. Acesso em: 18 nov. 2018.

2 APRESENTAÇÃO DA AUTORA DA OBRA

De acordo com as informações publicadas no Currículo Lattes da autora, Ana Paula


Siviero é brasileira e turismóloga pela Universidade de Tuiuti do Paraná (2001) assim como
administradora pelo Centro Universitário da Grande Dourados, UNIGRAN (2014). Especialista em
Gestão e Docência do Turismo pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná (2002) é também
mestre em Geografia pela Universidade Federal do Paraná (2005) com foco na produção em Espaço
Urbano. Sua dissertação: Os elementos do Espaço Turístico Urbano no Processo de Planejamento:
Uma análise da área central de Curitiba-PR precede a publicação do artigo a ser referido nesta
resenha.

A autora, ativa na vida acadêmica desde 2004 até 2012, tem experiência em várias
instituições de ensino superior no Mato Grosso do Sul e no Paraná tanto presencialmente quanto a
distância (EAD). Coordenadora de cursos de graduação de turismo participou como líder na Divisão
de projetos Especiais da Secretaria Municipal de Turismo de João Pessoa-PB. Atuante também como
consultora em Turismo e Eventos, é também analista de Qualidade e foi responsável pela Diretoria
de Marketing. Paralelamente, possui formação em Practitioner em PNL (Programação
Neurolinguística) e Master Business Coach.

Outras obras:
SIVIERO, A. P.; PEREZ; DOMINGOS. Planejamento do turismo em áreas rurais: uma análise do
potencial para o desenvolvimento do turismo rural no município de Dourados-MS. In: Congresso
Brasileiro de Turismo Rural, 2005, Piracicaba. Anais… Piracicaba, [s.n.], 2005, [não paginado].

SIVIERO, A. P. O espaço (turístico) urbano e seus elementos: Uma análise do centro de Curitiba-
PR. In: Encontro Nacional de Turismo com Base Local, 8., 2004, Curitiba. Anais… Curitiba, [s.n],
2004, [não paginado].

3 PERSPECTIVA TEÓRICA DA OBRA

O artigo em questão corresponde a um recorte da dissertação da mesma autora intitulada:


Os elementos do Espaço Turístico Urbano no Processo de Planejamento: Uma análise da área central
de Curitiba-PR (2005). Retomando quatro dos cinco subtítulos do primeiro capítulo da mesma, o
artigo em questão conserva a mesma estrutura antecipando só uma breve introdução ao tema que se
encaixa na linha de estudo da autora. Esta é: produção em Espaço Urbano.

O objetivo no artigo é analisar a articulação entre turismo, espaço e planejamento isto


sendo possível devido a essência multifacetada da atividade turística que inicia sinalizando a autora
onde aspectos sociais, culturais e ambientais entre outros acabam ultrapassando suas implicações
meramente econômicas. Como o título enuncia, reflexões teóricas e articulações são feitas em relação
com os conceitos que objetiva analisar e os capítulos se organizam da forma a seguir. Desde dita
aproximação teórica, inicia-se com a abordagem de turismo e turismo urbano. Num segundo
momento se abordam os termos espaço urbano e espaço turístico urbano. Seguidamente a autora
compara a proposta de divisão espacial urbana de Lynch, Boullón (2002) e Lamas com o fim de
aproximar o leitor aos elementos constituintes do Espaço e do espaço turístico e finalmente escreve
da possibilidade do planejamento urbano e o planejamento turístico estarem também articulados.

Na primeira questão a ser abordada a autora inicia se aproximando do conceito de turismo


desde três tendências diferentes que ela identifica: a econômica, a técnica e a holística. Para a
aproximação econômica a autora retoma a definição de turismo de Schullern (1910), McIntosh
(1977), Sessa (1993) e Boullón (2002). A definição técnica é retomada da definição da Organização
Mundial de Turismo (2003) a para permitir a visualização holística do conceito menciona as
definições de Hunziker e Kraft (1942) e Jafari. A partir das três tendências que identifica nos
conceitos, a autora consegue identificar elementos comuns tais como o deslocamento, a permanência
fora do domicílio, a temporalidade, o objeto do turismo e a importância do próprio turista assim como
verifica a condição multidisciplinar do turismo ao ponto de lhe permitir se relacionar com áreas tais
como o direito e a psicologia.

Importante também mencionar que na leitura justaposta dos conceitos de turismo, a


autora acaba fortalecendo entre outras particularidades, o conceito de turismo que não é ciência
devido a ser um fenômeno social a partir da existência do tempo livre com contribuições de diversas
áreas de conhecimento e o turismo que não é indústria devido a que sua matéria prima, os atrativos
turísticos não são processados. Fazendo já uma relação com o espaço, manifesta que o “caráter fixo
no espaço dos atrativos turísticos é uma característica específica da atividade turística” (SIVIERO,
2006, p.52). A atividade turística, por tanto, não pode estar desvinculada do contexto do espaço, nem
dos equipamentos, infraestrutura presentes no espaço urbano que o último oferece.

Para a abordagem do turismo urbano, a autora inicia com Cruz (2001) quem manifesta a
quase totalidade do fluxo turístico mundial representada nele e a relevância que este fato lhe confere.
Sinaliza que as transformações que o turismo produz neste caso podem ser tanto planejadas quanto
inesperadas e que, quando planejadas com as partes envolvidas com oposição de interesses a política
entra em cena. Tyles e Guerrier (2001), de fato descrevem o turismo urbano como processos sociais
de mudança acompanhados de processos de decisão política. A autora finaliza reafirmando da
compreensão do espaço urbano para o bem gerir do turismo urbano.

Neste momento da obra a autora inicia a aproximação teórica do espaço urbano e do


espaço turístico urbano articulando conceitos de cidade e espaço urbano. Carlos (1994), Lefebvre
(1999), Lamas (2000), Cruz (2001), Cavalcanti (2001), Boullón (2002), Corrêa (2002), Souza
(2003) e Santos (2008) são mencionados e a partir dali Siviero escreve entre outras coisas, como o
espaço urbano é um espaço fragmentado reflexo da sociedade do presente e do passado que não
deixam de estabelecer relações entre si constantemente. Escreve como o mesmo implica crenças,
valores e mitos dos habitantes e a sua projeção no espaço e que é cenário das lutas sociais na procura
de atingir o direito à cidade e a cidadania na cidade.

O turismo, neste ponto, novamente, acaba sendo um grande consumidor do espaço do


mesmo jeito que é responsável nas modificações do mesmo. Sinaliza, que quando intencional, a sua
organização demanda uma dose de racionalidade no planejamento objetivando responsavelmente
atingir certos objetivos e respeitando a essência própria do espaço. Dalí, para a autora turismo e
espaço se complementam e o entendimento de ambos permite uma melhor compreensão do espaço
turístico pois o “espaço turístico urbano é mais uma forma de apropriação deste espaço” (SIVIERO,
2006, p.54)
No terceiro momento do texto, a autora inicia a descrição do espaço urbano e do espaço
turístico urbano a partir de 3 autores: Lynch (1997), Lamas (2000), e Boullón (2002). Os dois
primeiros para se remeter ao espaço urbano enquanto o terceiro, Boullón, para se referir ao ao espaço
turístico urbano. Após a descrição dos elementos para cada um dos autores referidos estabelecendo
relações e diferenças entre os elementos do espaço que cada um deles identifica, a seção finaliza com
um quadro onde sintética e comparativamente aparecem ditos elementos em paralelo.

Kevin Lynch, referente no urbanismo com seu livro A imagem da cidade trabalha com o
conceito de “legibilidade” do ambiente urbano e identifica cinco elementos a serem percebidos pelos
seus usuários: caminhos, pontos nodais, bairros, limites e marcos. Os caminhos e pontos nodais
correspondem a aqueles espaços fechados ou abertos de uso público que podem ser percorridos
livremente e cuja diferença entre eles se estabelece porque nos pontos nodais existe confluência
marcada de fluxos como é o caso de uma esquina o cruzamento de ruas. Os bairros, correspondem a
espaços da cidade com extensão bidimensional. Os limites são elementos lineares que visualmente
dividem duas partes contíguas e os marcos, são aqueles elementos visíveis desde muitos lugares ou
aqueles elementos que por contraste entre elementos próximos, são fáceis de reconhecer seja por
recuos ou alturas diferenciadas.

José Lamas pormenoriza ditos elementos desde uma leitura morfológica e física da
configuração do espaço mas já não tão espacial como Lynch. Solo, prédios, lotes, árvores, mobiliário
urbano, fachadas, monumentos praças entre outros fazem parte da lista de elementos. Reconhece
assim os caminhos e pontos nodais de Lynch como ruas, traçados e praças, denomina de escala bairro
os bairros, e detalha os marcos ao especificar eles podem ser monumentos, fachadas, praças, jardins
e áreas verdes. Os vínculos que reconhece são físicos e de função e não de percepção como em Lynch.
O lote, por exemplo, é essencial se se pretende vincular o terreno ao edifício, a praça é um lugar
intencional de encontro e monumentos e fachadas permitem pela sua função limítrofe ou em destaque
moldar a imagem da cidade.

Roberto Boullón retoma como Lamas quatro dos cinco elementos de Lynch com as suas
nuanças e acrescenta dois elementos a mais vinculados a aproximação turística que dá. Os caminhos
e pontos nodais de Lynch são os logradouros, bairros e marcos permanecem como categorías, os
limites ele denomina de bordas e acrescenta setores e roteiros na descrição. Dentre as nuanças
próprias de Boullón na determinação conceitual dos elementos, as mais significativas são a distinção
entre marcos gerais e marcos locais- os gerais são perceptíveis por todos, turistas ou não e os locais
só pelos habitantes da localidade, a definição tridimensional dos bairros que permite visualizar eles
como grandes seções da cidade e não só bidimensionalmente como Lynch, e o detalhamento para
definir as bordas (limites de Lynch) podendo elas serem uma avenida, um rio, diferenças marcadas
na paisagem sem vínculo aparentemente estreito com a geometria das mesmas.

Os dois elementos introduzidos por Boullón são roteiros e setores. O primeiro visa os
caminhos de deslocamento para visitar os atrativos turísticos e o segundo valoriza pequenas áreas, de
três a quatro quadras histórica, estética e/ou funcionalmente relevantes da cidade que permitem
compreender a espacialidade de um complexo arquitetônico do passado, por exemplo.

Finalmente Siviero se aproxima da possibilidade de integrar planejamento urbano e


planejamento turístico na quarta parte do texto. Para isto inicia com Souza (2002) na intenção inicial
de diferenciar planejamento e gestão e logo após percebendo a complementaridade dos dois embora
sejam distintos. Petrocchi (1998), Molina e Rodriguez (2001) e Souza (2003) são referenciados
também nas suas definições de planejamento para se permitir dar passo aos dois instrumentos
fundamentais do mesmo: os planos diretores e os zoneamentos. Tomando os significados destes
últimos do Estatuto da Cidade, Siviero retoma a intenção do plano ser um espaço de debate dos
cidadãos para a intervenção do território e da importância do zoneamento como diretriz fragmentada
de desenvolvimentos pontuais da cidade.

O planejamento, por Siviero definido como atividade com a intenção de estabelecer


condições favoráveis aos objetivos propostos, condiz com Ruschmann (2001), Beni (2001), e Ignarra
(2002) quando os últimos manifestam, cada um da sua forma, as vantagens do planejamento do
turismo para por exemplo o desenvolvimento socioeconômico de uma comunidade segundo Ignarra
(2002), ou do planejamento estratégico de Beni (2001) para estabelecer grandes eixos de
desenvolvimento.

4 BREVE SÍNTESE DA OBRA


O artigo de modo geral, se alicerça em vários teóricos para fazer a análise e as articulações
teóricas propostas no título. Devido a que dita análise visa a articulação entre turismo, espaço e
planejamento, os fragmentos resgatados e a linha de raciocínio segue esta ordem para abordar os
conceitos.

Após discorrer sobre esses três conceitos como turismo, turismo urbano; espaço urbano,
espaço turístico urbano; e planejamento e planejamento turístico, dentre onde houve espaço para a
definição dos elementos do espaço urbano e do espaço turístico urbano, a autora marca a necessidade
de integrar numa ação conjunta e participativa, ações que visem a organização espacial das cidades
desde o planejamento em conjunto com o planejamento de políticas setoriais de desenvolvimento
turístico. Isto pela dualidade de muitos espaços urbanos serem atrativos ao tempo que o turismo
contribui na imagem da cidade em si.

5 PRINCIPAIS TESES DESENVOLVIDAS NA OBRA

A principal tese do artigo é a necessidade de integração entre planejamento urbano e


planejamento turístico. Ela começa abordada desde uma possibilidade e ao longo do texto vai tendo
suporte teórico.

O primeiro deles é o espaço de caráter fixo dos atrativos turísticos que acabam
caracterizando a atividade turística. O desenvolvimento da última não ocorre desvinculada do espaço
e daí que os equipamentos e infra-estrutura se manifestam básicos tanto para o espaço urbano quanto
para os turistas que nele chegam. Gerir o turismo urbano demanda por tanto a compreensão dos
processos urbanos e a valorização do espaço também urbano. Mais ainda se ele é relevante como é
no mercado do turismo mundial. O turismo, considerado atividade socioeconômica é uma atividade
que gera mudanças espaciais na produção de bens e serviços e por tanto no espaço e é ao mesmo
tempo um grande consumidor do espaço.

O espaço turístico urbano, logo que turismo e espaço se complementam, é mais uma
forma de apropriação do espaço e o planejamento urbano, instrumento para satisfação das
necessidades sociais e humanas, ajuda no desenvolvimento local. O planejamento turístico, como
parte do planejamento urbano, revela e a necessidade de compatibilizar a parte com o todo de maneira
conjunta e participativa, porque muitas cidades em si mesmas já são atrativos turísticos e o turismo
interfere no visual das cidades.

6 REFLEXÃO CRÍTICA SOBRE OBRA E IMPLICAÇÕES

O artigo de Siviero sugere a necessidade no diálogo do planejamento urbano e do


planejamento turístico urbano. Como ela mesma constrói ao longo do texto, o turismo urbano ao
acontecer no espaço urbano, faz uso dos mesmo elementos na construção de ambos os espaços. É
importante considerar, porém, que como ela mesma manifesta, o turismo tem uma forte influência na
econômica e neste sentido forças de poder permeiam o turismo ainda mais quando vem desde uma
construção vertical de planejamento. Nesta perspectiva e a maneira de reflexão contrária:

quando se fala hoje em dia, a torto e a direito, em "fazer cidade", tamanho eufemismo
vale bem a pergunta: quem de fato "faz a cidade"? A resposta, ao menos a partir dos
anos 1990, parece inequívoca: naturalmente, as grandes empresas, com as mediações
de praxe, é claro.(ARANTES, 2000, p.30)

Arantes(2000) traz no trecho retomado, uma visão contrária aquela que aparece no
Estatuto da cidade retomado por Siviero, onde como expressado claramente, são as grandes empresas
as que acabam determinando as necessidade do espaço urbano e não o consenso que estabelece a lei.
Arantes (2000), sinaliza no conjunto do texto referido como a cultura tem virado uma escusa na
manipulação do planejamento e já no mais do urbanismo, ao ponto de que o poder da identidade tenha
só fins lucrativos, identidade esta que é pilar do turismo.

Arantes (2000), explica como este fenômeno nasceu com a cidade empreendimento de
Peter Hall em 1970 onde as cidades se tornaram máquinas de produção de riquezas e o planejador foi
confundido com seu pior adversário:o empreendedor. Foi a partir dali as bases se estabeleceram até
chegar ao uso da cultura como escusa, a mudança do urbanismo pelo planejamento. Com isto, uma
pausa deve ser feira na hora de estabelecer sem precaução o vínculo que propõe Siviero entre
planejamento urbano e planejamento turístico urbano, porque o turísmo pela sua natureza já tem uma
forte tendência a visar só o lucro em múltiplos exemplos.

Neste panorama, Lefebvre (2001), na sua obra O direito à Cidade, pode oferecer uma
aproximação menos plausível de ficar na frieza do dinheiro quando escreve que :

o direito à cidade[...] Só pode ser formulado como direito à vida urbana, transformada,
renovada. Pouco importa que o tecido urbano encerre em si o campo e aquilo que sobrevive
da vida camponesa conquanto que “o urbano”, lugar de encontro, prioridade do valor de uso,
inscrição no espaço de um tempo promovido à posição de supremo bem entre os bens,
encontre sua base morfológica, sua realização prático-sensível. (LEFEBVRE, 2001, p.117)

A partir da leitura acima, onde a influência na hora de pensar o espaço urbano, o que
prima é o direito ao encontro, a vida de qualidade dos habitantes, se estabelece, o melhor, se esclarece
a escala de valores que pode ser considerada quando Siviero propõe o diálogo entre os planejamentos
por ela abordados. Como estabelece Lefebvre, é a vida urbana renovada e transformada, cheia de
qualidade para os moradores a que deve prevalecer por cima daquela dos turistas mesmo que estes
também usufruam e transformem o espaço e por tanto no fundo, também devam ser considerados na
hora de melhor racionalmente qualquer espaço urbano ou seus elementos.

REFERÊNCIAS
ARANTES, O.. Uma estratégia Fatal: A cultura nas novas gestões urbanas. In: ARANTES,
O.;VAINER, C.; MARICATO, H. A cidade do pensamento único: desmanchando consensos.
Petrópolis, RJ: Vozes, 2000. p.11-74. Disponível em:
<https://privatizacaodarua.reporterbrasil.org.br/dadosabertos/bibliografia/A%20cidade%20do%20p
ensamento%20%C3%BAnico%20-%20Ot%C3%ADlia%20Arantes,
%20Carlos%20Vainer,%20Erm%C3%ADnia%20Maricato.pdf>. Acesso em: 21 nov 2018.

LEFEBVRE, H. O direito à cidade. São Paulo: Centauro, 2001. Disponível em:


<https://monoskop.org/images/f/fc/Lefebvre_Henri_O_direito_a_cidade.pdf>. Acesso em: 20 nov
2018.

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