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DESENVOLVIMENTO DO TURISMO RURAL NA BAHIA


JONATAS DO CARMO SANTOS1
RESUMO

O presente artigo tem como finalidade, explicar de forma geral, o turismo rural na
Bahia, que foi implantado pela Secretaria de Cultura e Turismo, em 1998 como uma
atividade alternativa de promover o desenvolvimento rural, através da revitalização
econômica e social dos territórios rurais, da valorização dos patrimônios e produtos
locais, além do importante papel que pode desempenhar na conservação do meio
ambiente e na gestão da diversidade das paisagens de espaços agrários. Dessa
forma, utilizou-se a metodologia, com objetivo de explicar o processo de
implementação do turismo rural na Bahia. O artigo tem de natureza, uma pesquisa
básica, e a fim de dá melhor compreensão, utilizou-se procedimentos técnicos
baseado em pesquisas bibliográficas e documentais, de forma qualitativa, sem
necessidade de preparação e tratamento de dados, havendo apenas como
representação de dados, a elaboração do texto. Com base na explicação, existiu-se a
necessidade de desagregar as informações para a compreensão da realidade baiana
na época, o qual fornece um caminho para a exequibilidade das políticas voltadas
para o desenvolvimento das localidades rurais, compreensão o mesmo, que serve
como base discussões e outros artigos mais detalhados sobre a temática.

Palavras-Chave: Turismo rural, Bahia, Economia.

INTRODUÇÃO

O meio rural, por séculos, passou por grandes transformações,


principalmente nas relações de produção, trabalho e economia, decorrentes do
processo da globalização, revolução industrial, levando à modernização da
agricultura, o que possibilitou uma forte desestruturação do meio rural. Assim, este
artigo teve como finalidade, realizar uma breve explicação, do processo de
instauração do turismo rural na Bahia, de forma geral, permitindo um breve
entendimento sobre o mesmo, possibilitando também, novas discussões e
interpretações sobre a temática.
Para atender o objetivo deste trabalho, o artigo tem como objetivo uma
pesquisa explicativa, “Este tipo de pesquisa preocupa-se em identificar os fatores que
determinam ou que contribuem para a ocorrência dos fenômenos” (Gil, 2007 apud
GERHARDT, T.E; SILVEIRA, D. T, 2009, p. 35), o qual, se desenvolveu a partir de
uma continuação de outras pesquisas descritivas, mas que também serve como
continuidade para diversas discussões sobre o tema abordado. A natureza deste
artigo é de pesquisa básica, serviu de intuito como aprimoramento do objetivo, já que
o mesmo, o qual, não precisou de uma aplicação prática para o seu desenvolvimento.
O mesmo envolve uma revisão bibliográfica como procedimento técnico,
“desenvolvida com base em material já elaborado” (GIL, 2002, p. 44, para escolha e
destaque do referencial teórico, utilizando-se de discussão dos principais elementos
propostos, foi utilizado uma pesquisa documental, que diferente da pesquisa

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Técnico em Edificações – Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI)
Graduando em Turismo e Hotelaria – Universidade do Estado da Bahia (UNEB)
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bibliográfica, “A diferença essencial entre ambas está na natureza das fontes... a


pesquisa documental fale-se de materiais que não recebem ainda um tratamento
analítico...” (GIL, 2002, p. 45). De acordo com Fonseca (2002 apud GERHARDT;
SILVEIRA, 2009, p. 36), a pesquisa possibilita uma aproximação e um entendimento
da realidade a investigar, como um processo permanentemente inacabado.
A forma de abordagem foi feita uma abordagem qualitativa (analise de
conteúdo), o qual, “... não se preocupa com representatividade numérica, mas, sim,
com o aprofundamento da compreensão de um grupo social, de uma organização,
etc.” (GERHARDT; SILVEIRA, 2009, p. 31), ou seja, “o sentido de uma palavra ou de
uma expressão não existe em si mesmo; ao contrário, expressa posições ideológicas
em jogo no processo sócio-histórico no qual as relações são produzidas.” (Pêcheux,
1988 apud GERHARDT; SILVEIRA, 2009, p. 85), possibilitando encontrar repostas
para as questões formuladas na representação dos dados, servindo-se de suporte
para a elaboração do texto e considerações finais, o qual, nos permite chegar uma
breve reflexão sobre a implementação do turismo rural enquanto estratégia de
desenvolvimento territorial baiano.

CONTEXTO GERAL DO DESENVOLVIMENTO DO TURISMO RURAL NA BAHIA


Durante muitos anos o desenvolvimento em áreas rurais foi feito pelo setor
agrícola, mantendo-se estreita a relação com o progresso técnico e eficiência dos
sistemas de produção. As primeiras atividades turísticas em espaços rurais brasileiros
começaram a ser desenvolvidas na década de 80, confundindo-se em seus múltiplos
conceitos, pois, segundo Tulik:

“Criar segmentos é uma estratégia para “alavancar o mercado-alvo e


melhorar a relação custo-benefício na promoção do turismo”. Tal estratégia
regula “a capacidade de recepção do destino e evita o desperdício de
recursos”. Pode-se dizer que segmentar consiste em dividir o mercado “em
conjuntos de consumidores com características semelhantes”.’ (TULIK, 2006,
p. 106-108).

As especificidades das atividades turísticas executadas no meio rural são


bastante ambíguas com outros seguimentos, pois, segundo Oxinalde (1994 apud
GRAZIANO DA SILVA, VILARINHO, DALE, 1998, p. 2) “[...] o turismo rural engloba
diversas modalidades de turismo, que não se excluem e que se complementam [..]”,
mas, neste artigo, seguindo a linha de pensamento de Calatrava (1993 apud
GRAZIANO DA SILVA, VILARINHO, DALE, 1998, p. 2-3), iremos adotar o critério de
que a distribuição dos rendimentos gerados pelas atividades turísticas, é recebida pela
comunidade rural ou pelos agricultores, a fim de criar a ideia de que " [...] a velha e
correta ideia de entender os agricultores também como criadores de paisagens, dado
que o desenvolvimento do mundo rural no futuro terá que descansar , muito mais que
no presente, na promoção de atividades produtivas distintas das agrárias
[...]".(CALS,CAPELLÀ, VAQUÉ, 1995, p. 7-25) e enfatizar que:

“[...] consideram mais apropriado referir-se à totalidade dos movimentos


turísticos que se desenvolvem no meio rural com a expressão turismo no
espaço rural ou em áreas rurais; e reservar a de turismo rural para aquelas
atividades que em maior medida se identificam com as especificidades da
vida rural, seu habitat, sua economia e sua cultura.” (GRAZIANO DA
SILVA, VILARINHO, DALE, 1998, p. 2)
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Segundo a ABRATURR (2002) a primeira noticia de empreendimentos


turísticos no espaço rural brasileiro foi em Lages, Santa Catarina, sendo batizada de
“Capital nacional do Turismo Rural”, tudo isso, em resposta às dificuldades financeiras
enfrentadas por produtores rurais da região. No mesmo período, houve indícios que
na Bahia teve início alguns planos de desenvolvimento regional inserindo o turismo
rural, por parte de entidades ligadas a agricultura, pois, segundo FeiraTur (2013):

“Essas iniciativas começaram a ocorrer porque, na década de 80, os


municípios que desenvolviam a cultura cacaueira foram fortemente afetados
por uma praga, a chamada Vassoura de Bruxa, que desestruturou
completamente a atividade agrícola naquela região. Assim, essas pessoas
resolveram voltar-se para o Turismo Rural como alternativa de geração de
renda.” (FEIRATUR, 2013).

O incremento do turismo rural em áreas rurais foi um dos objetivos da


ABRATURR, que segundo Alicio Charoth (2015) teve como papel, a promoção de
emprego e renda, a fim de evitar a situação do êxodo rural, situação, o qual não foi
possível conter esse problema, pois segundo André Barreto Lima (2014) o estado da
Bahia estava sofrendo pelos impactos das políticas econômicas que entraram em
vigor na década de 90. Nesse sentido, é possível perceber a importância do papel do
estado como interventor da economia e também da realidade social, promovendo
diversos programas públicos, se tornando necessário, o entendimento da situação
econômica do estado da Bahia.
Antes da ABATURR, ter a iniciativa do incremento do turismo rural na
Bahia, a economia baiana passou por uma “especialização regional”, segundo Guerra
e Texeira (2000, p. 90) “[..] transformou-se em um estado supridor de produtos
intermediários para os setores de bens finais instalados no eixo Sul/Sudeste do país.”,
encontrando seu apogeu em 1970, com a criação do maior complexo petroquímico da
America Latina. De acordo com o artigo publicado por Bruno Casseb Pessotti e
Gustavo Casseb Pessotti (2010, p. 29):

“A década de setenta consolidou o processo de industrialização na Bahia que


teve início ainda nos idos dos anos cinqüenta. A estrutura produtiva da
economia baiana, que até então apresentava feições agroexportadoras,
tendo sua base assentada, naquele período na atividade cacaueira, começou
a se transformar.” (BRUNO; GUSTAVO, 2010, p. 29).

O Pólo Petroquímico de Camaçari foi o agente encarregado nesta mudança


na composição setorial da economia baiana e social, pois segundo Bruno Casseb
Pessotti e Gustavo Casseb Pessotti (2010, p. 29):

“Os maiores anseios com relação à implantação do Pólo Petroquímico de


Camaçari, contudo, residiam na criação de empregos. A economia baiana
sofria com o desemprego e o subemprego registrados naquele momento...
As estimativas calculadas durante a elaboração do plano diretor do COPEC
apontavam em dez mil os empregos a serem criados pelo complexo básico
até o ano de 1980, de nove a 27 mil os empregos criados pela indústria de
transformação e em dez mil os empregos transitórios gerados pelas obras de
construção civil e instalações ao longo do período entre 1974 e 1980. O
processo de formação de postos de trabalho dentro desse novo contexto
refletiu as transformações estruturais segundo um padrão descontínuo, de
substituição de empregos nos segmentos tradicionais, de menor
remuneração, por empregos nos segmentos mais modernos, mais bem
remunerados. Embora este segmento fosse intensivo em capital, o seu
crescimento proporcionou a geração de postos de trabalho, tanto de maneira
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direta quanto indireta, enquanto que, nas indústrias, ditas tradicionais, apesar
de serem intensivas em trabalho, a perda de empregos proporcional foi
observada como resultado da queda do setor no conjunto da atividade
econômica do estado. “(BRUNO;GUSTAVO, 2010, p.30)

Nesse sentido, pode-se perceber a perda de empregos e renda nas áreas


rurais do estado, foi alterada pela chegada da industrialização, não apenas pela
chegada do polo petroquímico, a Bahia estava passando por um processo de
evolução econômica. Tomando novos rumos, o estado foi capitaneado pelos
segmentos químicos e petroquímicos, em 1950, deixando de lado a dependência
econômica dos setores açucareiros, fumageiros, algodoeiro e cacauzeiros, tornando-
se um estado de base essencialmente industrialista (PESSOTI, G.C.; SAMPAIO, M.G.V.,
2009, p. 38). A indústria passou a acumular a maior renda do estado, se destacando
dos demais setores, apresentando quadros socioeconômicos dramáticos, segundo
Bruno Casseb Pessotti e Gustavo Casseb Pessotti (2010), gerando uma migração dos
habitantes das áreas rurais, em busca de melhores condições de vida, saindo de áreas
rurais para as áreas urbanas.
Outrossim, o artigo não tem a finalidade de fazer uma descrição minuciosa
de toda transformação econômica que o país e o estado estava passando no século
XX, cenário pós guerra mundial, a qual a industria passa a ter maior destaque no
cenário nacional, quando foi implementado um projeto para o desenvolvimento do
turismo rural no estado. Mas, diante mão, não se pode deixar de esclarecer, a
importância do turismo rural no combate do desequilíbrio regional, desigualdade social
no campo e no desequilíbrio intersetorial, carecendo de recursos governamentais
mais efetivas nas áreas rurais no estado.
O turismo rural surgiu dos avanços institucionalizados das políticas de
combate aos graves problemas associados a pobreza rural. Nesse contexto, segundo,
Elissandra Alves de Brito (2004, p. 61) o meio rural baiano, adquiriu novas
potencialidades, as quais são responsáveis pela amenização do êxodo rural e
problema econômico do estado, a fim de criar novas estratégias vinculadas as
atividades agrícolas, de tempo parcial não-agriculas, caracterizando um novo mundo
rural e segundo a mesma.
“A velha forma de caracterizar o mundo rural já não faz mais sentido, já que
o meio rural não é mais exclusivo das atividades agrícolas. Em decorrência
das condições adversas e do próprio atraso socioeconômico, as famílias
rurais nordestinas passam a diversificar as suas atividades.” (SEI, 1999,
p.14).

Por estes fatores, pela sobrevivência dos mesmos, os agricultores


passaram a ocupar novas atividades, favorecendo o surgimento do trabalho em tempo
parcial das diversas atividades remuneradas ligadas a setores econômicos diferentes,
como turismo, lazer, preservação ambiental e etc. Segundo Déjardin:

“Entrelaçadas, atividades econômicas da realidade do mundo rural


terminaram por estimular novo ciclo nas redes de cadeias produtivas,
presentes em diferentes segmentos e envolvendo uma gama de atividades
bastante representativas como a agroindústria, serviços, comunicações,
transportes, comércio de produtos locais e outras não menos significativas,
evidenciando-se as modificações estruturais e tecnológicas capazes de
alterar as diferenças de percepção entre produtores e produto, entre urbano
e rural, entre agricultura e serviços, entre estradas e cidades, impulsionadas
pelas telecomunicações e pelo crescimento do lazer (viagens e turismo) das
sociedades urbanas. Com isso, tem-se o turismo rural, que emerge como
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atividade econômica a partir da reorganização e da revalorização desse novo


cenário, ganhando destaque no meio acadêmico e científico, em prol de uma
maior discussão em torno de seus aspectos teórico-metodológicos,
notadamente a partir da segunda metade da década de 1990” (DÉJARDIN,
2010, p. 157)

O turismo rural na Bahia surgiu com o objetivo de propiciar aos moradores


da região maior renda, uma vez que o lucro de tudo que é comercializado acaba
voltando para os próprios moradores que, também, são os produtores. Entretanto, fica
evidente que a maior renda dos recursos gerados pelo turismo rural está nas mãos
dos proprietários dos hotéis-fazendas e proprietários de iniciativa privada, formando o
“Trade” turístico, representadas pelos estabelecimentos de Turismo no Espaço Rural,
junto com entidades estaduais, federais, internacionais, publicas e privadas de
turismo. Segundo Elissandra Alves de Brito:

“Embora essas ações sejam importantes para garantir a


sobrevivência desse segmento social, não se pode atribui-las,
inteiramente, a responsabilidade pela resolução do problema de
exclusão social. Além do mais, no caso de muitas das atividades
não-agricolas, o crescimento registrado ocorre com baixa
remuneração e relações de trabalho precárias, como a de
vendedor ambulante, servente de pedreiro e faxineiro, etc.”
(ELISSANDRA ALVES, 2004, p. 51)

A sobrevivência desse segmento social terá pouca eficácia se estiverem


desacompanhadas da mobilização social, da integração entre os atores e da
articulação de parcerias diversas.
Na Bahia, o turismo rural surge como atividade complementar à renda,
iniciada sua organização, posterior à discussão a partir de 1997, através de seminário
realizado pela Secretaria de Cultura e Turismo do Estado da Bahia, com a participação
de faculdades locais e empresários que atuavam no ramo. A partir de então, o turismo
rural vem apresentando crescentes índices. O crescimento registrado pelo
seguimento na Bahia, o qual demonstrou grande potencial para o mesmo, segundo
Déjardin (2010, p. 159), o volume de turista recebido neste mesmo período, após o
seminário, foi de 22 mil visitantes em 1998, 33 mil em 1999, 83 mil em 2002, 108 mil
em 2003 e 114 mil em 2004, tendo sido registrado um aumento de 30,55% neste
período.
As pessoas que visitam as unidades habitacionais no meio rural, como os
hotéis-fazendas, tem a oportunidade de participar de diversas atividades, sendo elas:
tirar leite do gado, as atividades rotineiras da fazenda, andar de cavalo ou charrete,
trilhas, tomar banho de cachoeira e rios, deslumbra-se das arquiteturas históricas,
folclore, musica e canções, desfrutar da culinária local, dentre outras atividades que
fazem parte da valorização natural, histórica e cultural dos territórios rurais.

De acordo com a Déjardin:


“... o turismo rural se constitui em instrumento de divulgação das
características econômicas das diferentes regiões do Estado e
dos municípios, promovendo as atrações turísticas, estimulando
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o consumo e atuando como fator responsável pela geração de


emprego e renda.” (DÉJARDIN, 2010, p. 160)
O crescimento do Turismo Rural no Brasil tem ocorrido de forma, muitas
vezes, empírica, apresentando características diferentes ao longo do País e, até em
razão disso, recebendo denominações distintas confundindo-se em múltiplas
concepções, manifestações e definições. Segundo Camaro (1999 apud BRASIL,
Ministério do turismo 2010, p. 16), “As mudanças que vêm ocorrendo no meio rural
instauram uma problemática quanto à definição e delimitação do espaço rural e
urbano. Não existe critério universal para a delimitação das fronteiras entre o rural e o
urbano.” Mara Flora, afirma:
“Da mesma forma como não há definição mundialmente
consolidada sobre o que é o meio rural, não há consenso quanto
à definição de Turismo Rural ou dos elementos que o
constituem. Cada país apresenta diferentes características de
atividade turística realizada no meio rural, impregnadas pela
identidade e peculiaridades de cada lugar.” (LOTTICI KRAHL,
2003, p. 28-41)
Surgido como pratica capaz de promover a sociabilidade e a integração
entre o meio rural e o urbano e a alteração do problema socioeconômico, devemos
destacar os projetos de âmbito territorial no estado da Bahia, definindo propostas e
diretrizes para a elaboração de políticas públicas voltadas para o desenvolvimento
rural, enaltecido em estudos e pelos governos.
Desta maneira, podemos destacar o papel do poder publico e diversos
parceiros, no projeto do desenvolvimento do turismo rural na Bahia, em 2008, no
primeiro seminário de turismo sustentável, inicialmente promovido para a região do
Recôncavo, empreendido pelo governo do Estado, através da parceria com
instituições como a Associação Baiana de Turismo Rural (ABATURR), SEBRAE Bahia
(Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas) e Secretaria Estadual
de Turismo (SETUR), com o objetivo de divulgar o turismo nas fazendas e nos
empreendimentos de produção agrícola familiar para o publico em geral. Esta
iniciativa foi realizada na intenção de poder oferecer novas opões de atrações e de
roteiros turísticos, alem de ampliar a interiorização das ações do turismo,
implementada pela estratégia adotada pela Setur, denominada de “Terceiro salto do
turismo na Bahia”, segundo a ABATURR (2012, p.6) teve como eixos de
compromissos, a Inovação, novos produtos, segmentos, e serviços; Integração,
baseada na economia e na inclusão produtiva; Qualidade, qualificação dos destinos
turística e serviços turísticos, buscando atender a necessidade que o produtor rural
tem de tentar diversificar sua fonte de renda e de agregar valor aos seus produtos e a
vontade que os moradores das grandes cidades têm de reencontrarem suas raízes,
mais perto da natureza, convivendo e conhecendo a vida calma e tranquila do interior,
seus hábitos, tradições e costumes.
Hoje em dia, regiões como Costa do Dendê, Costa das Baleias, Chapada
Diamantina, Costa dos Coqueiros, Vale do Jiquiriçá, Costa do Descobrimento, Costa
do Cacau, Baía de Todos os Santos, Sertão, Chapada Diamantina, entre outras
regiões, possuem propriedades praticando o turismo rural.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
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O artigo presente, alcançou suas devidas finalidades em função de uma


explicação geral da implementação e origem do turismo rural na Bahia. Valendo
salientar, que o mesmo serve como base para novas discussões sobre o assunto,
sendo necessárias outras pesquisas mais detalhadas em determinadas áreas, como
econômica, antropologia, historia, geografia, ambiental, gestão de turismo e de
políticas publicas, em delimitação do modelo da segmentação turística implementada,
pois, percebendo-se tais lacunas, este trabalho não se propôs a realizar uma reflexão
aprofundada sobre os efeitos do processo de implantação do segmento do turismo
rural no estado, ou de uma análise mais depurada de do mesmo, deixando espaço
para que outras pesquisas possam analisar e investigar todo este processo.

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