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Como fazer uma boa resenha crítica: passo a passo

1. Conheça muito bem a obra


Para começar uma resenha crítica é necessário ler/assistir atentamente à obra analisada.

Se necessário, pode-se fazer isso mais de uma vez para que nenhuma parte passe despercebida.
Assim, se ficou alguma dúvida, não hesite em ler/ver novamente.

2. Faça anotações sobre a obra


Durante a fase inicial, é importante ir fazendo algumas anotações sobre o tema, a estrutura da obra,
o autor/autora.

 Qual o nome da obra?

O Sistema de Turismo e sua possível


ressignificação a partir
da Teoria da Complexidade
 Quem é o autor/autora?

Paula Wabner BINFARÉ


Kerlei Eniele SONAGLIO
 Qual a temática explorada pelo autor/autora e sua relevância?

Temática discussão téorica sobre o Sistema de Turismo,


Sistur, de Mario Beni, sua contribuição, limites e sua
possível ressignificação a partir da Teoria da
Complexidade de Edgar Morin. / A medida em que se
tenta avançar na elaboração de uma epistemologia
do turismo,
vê se a necessidade de se debruçar na obra de
grandes pesquisadores da área, no sentido de
perceber o quanto já se caminhou em termo de
conhecimento no turismo e o quanto e em
qual direção ainda se tem que caminhar.
 Qual a opinião defendida pelo autor/autora?
As autoras defendem que para maior entendimento e fortalecimento na elaboração da
epstemologia do turismo faz-se necessário buscar apoio em maior número de obras de
pesquisadores renomados para descobrir a quanto está o avanço do turismo como ciência.

 Quando ela foi publicada, lançada ou apresentada?

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 Qual a estrutura e divisão apresentada (partes, capítulos, seções)?

Estudo

 A obra faz parte de outras, por exemplo, é uma trilogia?

3. Pesquise sobre o autor/autora


Para fazer uma resenha crítica é importante saber mais sobre o autor ou autora da obra, por
exemplo:

 Qual o nome completo do autor/autora?


 Qual o local e data de nascimento/morte do autor/autora?
 O tema da obra produzida é recorrente em outras obras do mesmo autor/autora?

4. Crie sua opinião sobre a obra


Para produzir sua opinião sobre a obra analisada, responder algumas questões podem ajudar a
definir melhor o caminho a ser seguido:

 Gostou da obra?

O estudo apresentado pelas autoras atende uma necessidade urgente quanto ao setor do turismo
que é dinamizar o número de obras, Artigos e pesquisas sobre o tema fomentando a busca pela
concolidação do turismo como ciência.

 Qual parte foi mais interessante?

Ao desenvolver do estudo utilizando-se dos autores referenciados e suas obras destaca-se a


evolução da abordagem sistêmica para a abordagem complexa expondo positivamente os resultados
em ampliar o leque de possibilidades de compreensão sobre o turismo.

Evoluir da abordagem sistêmica para a abordagem complexa incentivará novas formas


de ver o turismo, outras ênfases, outras perspectivas de compreensão. Mario Beni
apresentou alguns resultados da sua atualização do Sistur,
baseada na Teoria da Complexidade

 Que relações ela pode ter com outras obras?


 Quais as principais considerações e apreciações sobre o tema?
 Sentiu que teve alguma parte que não ficou muito bem explicada?
 Quais as emoções geradas depois de ler/assistir a obra?

5. Produza a resenha crítica


Analisando as informações coletadas acima, chegou a hora de produzir o texto. Por isso, recorra a
todas as anotações feitas, pois elas serão valiosas e servirão de guia e apoio para desenvolver
melhor a resenha crítica.
A estrutura da resenha crítica segue o modelo dos textos dissertativos-argumentativos, ou seja:
introdução, desenvolvimento e conclusão.

Sendo assim, confira abaixo o que será contemplado em cada parte da resenha:

Universidade Federal de Juiz de Fora- 92-A Turismo

Disciplina: Fundamentos do Planejamento Turísticos

Professora: Anne Bastos Martins Rosa

Aluno: Bruno Ruza Ramos

Matrícula: 202192026

Resenha crítica sobre o texto “ O Sistema de Turismo e sua possível ressignificação a partir
da Teoria da Complexidade”,
Paula Wabner BINFARÉ
Kerlei Eniele SONAGLIO
Introdução

No texto “O Sistema de Turismo e sua possível ressignificação a partir da Teoria da


Complexidade”, as autoras discutem de forma teórica o Sistema de Turismo (Sistur) de Mario
Beni, sua contribuição, limites e sua possível ressignificação a partir da Teoria da
Complexidade de Edgard Morin; considerando o campo das Ciências Sociais no
estruturalismo, funcionalismo e sistemismo buscando a compreensão das inter-relações no
contexto do turismo.
De acordo com as autoras o aprofundamento em demais obras de grandes
pesquisadores é o único caminho para alcançar resultados significativos ao elaborar uma
epstemologia do turismo, já que a teoria do turismo está circunscrita em demais abordagens
de pesquisas atuais nas Ciências Sociais, a exemplo do empirismo, o positivismo, a dialética,
o funcionalismo, o estruturalismo, o sistemismo e a complexidade.
Desenvolvimento

Estruturalismo, funcionalismo e sistemismo: a interdependência das


abordagens e sua aplicabilidade no turismo
Um recorte conceitual

Ao sitar Gomes (2010), Radcliffe-Brown (1973), Coelho (1968) entre outros; Apresenta o
estruturalismo com base na linguística e antropologia em suas diversas áreas, e que a partir da
análise do estruturalismo torna-se capaz interpretar especificidades do sistema. A análise das
estruturas permite a visualização da rede de interrelações e conexões do todo .
O
funcionalismo explica a sociedade partindo das funções realizadas por
cada indivíduo, ao unir essa afirmação a sociologia de Durkheim e a
antropologia de Malinowski constroí-se a base de que em sociedade estruturada com funções
específicas mantem-se o equilíbrio do todo, assim para MAlinowski a conceituação da função
aplicada a estrutura social estabelece diferenças entre atividade e função ou seja, do que se faz ao
por que se faz. Desta forma afirma que os autores citados explicitam o foco na função individual ou de
instituições ou da sociedade com um todo. Quanto ao sistemismo toma para si a abordagem que religa as
ciências; funcionando a favor das buscas por descobertas, conhecimento praticadas em pesquisas do homem.
Por fim estas partes dentro de suas particularidades se relacionam como um todo.

A interdependência das abordagens e sua aplicabilidade no turismo


As autoras partem do entendimento que estes três são correntes do pensamento
humano, ao buscar a compreensão dos fenômenos exemplificando que um objeto pode ser
estudado de ângulos distintos e intencionalidades diferentes, podendo ter ainda relação de
interdependência entre as partes; este modelo de abordagem se tornou relevante para o
campo de estudo do turismo sendo muito utilizado por pesquisadores e estudiosos
aplicando em casos específicos do turismo.
A visão positivista foi uma importante aliada para o avanço dos estudos em turismo,
pois exige a clareza de dados, metodologias estabelecidas e objetos definidos, o positivismo
considera a ciência mais concreta; sabendo que neste caso a identificação da estrutura, da
função das partes podendo criar um modelo de referência sistêmica que possa ser medido/
avaliado e oferece certeza e confiabilidade de dados e seguro afirmar que o positivismo
permite estudar o turismo como ciência social exata.
Wabner e Sonaglio nomeiam Mario Beni como o pesquisador e autor brasileiro que
melhor descreve e explica o turismo enquanto sistema, justamente por ter elaborado o
Sistema de Turismo (SISTUR), onde através de um modelo de referência subdivide a cadeia
produtiva do turismo em subsistemas explicitando as relaçõese inter-relações com o meio.

O Sistema de Turismo de Mario Beni


Neste momento do texto as autoras discorrem sobre o autor
Mario Beni apresentando seu histórico acadêmico e profissional,
destacando seus feitos relacionados ao turismo assim como a
publicação de obras sobre este tema.
No Brasil, Mario Beni, é o pesquisador e autor que melhor
descreve e explica o turismo
enquanto sistema, pois elaborou o Sistur (Sistema de Turismo), onde
conseguiu por meio da
criação de um modelo referencial subdividir a cadeia produtiva do
turismo em subsistemas,
onde explicita suas relações e inter-relações com o meio
A relevância destas abordagens como fio condutor para o estudo de diversas áreas é
inegável. Para o turismo não foi diferente. A medida em que se buscava elaborar uma teoria
do turismo, estudiosos da área foram importando noções destas e de outras abordagens e
aplicando nos casos específicos do turismo. A questão a se pensar é a forma como estas
abordagens foram inseridas no contexto do turismo. Em muitos casos, os conceitos foram
utilizados em fragmentos, sem o devido esforço interpretativo que se faz necessário quando
se tenta transpor o conhecimento de uma área pra outra.

Na tentativa de explicar, compreender a atividade em toda sua


complexidade, o
sistemismo foi a abordagem que mais teve adeptos no turismo, sendo
considerado inclusive
por estudiosos como um possível paradigma.

Dessa mesma forma, a sociedade é composta por instituições,


que por sua vez também tem determinadas funções específicas. Uma desarmonia em seu
funcionamento causa um desregramento da própria sociedade. Assim, os funcionalistas
enfatizam a relação função – consequência, o que explicaria toda a dinâmica da sociedade.

No caso de ser uma resenha crítica acadêmica é obrigatório citar a obra nas normas da ABNT e isso
deve estar antes da introdução.

Nas normas da ABNT, as citações das obras é feita da seguinte maneira: sobrenome e nome do
autor, título da obra, edição, local, editora e ano da publicação.

Exemplo: BOSI, Alfredo. História concisa da literatura brasileira. 38 ed. São Paulo: Cultrix, 1994.

Desenvolvimento
O desenvolvimento da resenha envolve a maior parte do texto, que inclui os argumentos e as
apreciações do resenhista sobre o objeto analisado.

Nesse momento, as ideias e as opiniões que surgiram na análise anterior devem estar bem
fundamentadas, explicadas e coerentes.

Isso porque as resenhas críticas pretendem influenciar os leitores e o resenhista deve utilizar esse
espaço para argumentar, indicar os pontos positivos e negativos da obra, sempre explicando o
porquê da sua constatação.

Se a resenha crítica não tiver a posição do resenhista, ela pode ser considerada uma síntese ou um
resumo.

Em alguns casos, pode-se recorrer a outras obras que apresentem temas semelhantes para
contrapor alguns argumentos do autor, comparar conceitos e ideias, apresentando assim, outro
ponto de vista.
Conclusão
O final da resenha contempla o fechamento das ideias e não é necessariamente uma parte muito
grande.

Embora no desenvolvimento a opinião do resenhista tenha sido exposta, aqui é hora de sintetizar e
opinar sobre alguns aspectos da obra:

 A obra e o tema são relevantes no contexto atual?


 A linguagem e a abordagem utilizada facilita o entendimento?
 Quais os pontos positivos e negativos da obra?
 Quais as principais contribuições da obra para o público?
 Comparando a obra com outras do mesmo autor, quais as principais conclusões?

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