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UNIVERSIDADE LICUNGO
Dondo
2023
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Dondo
2023
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Índice
1 Introdução ................................................................................................................................... 3
1.1 Objectivo geral ........................................................................................................................ 3
1.1.1 Objectivos específicos ....................................................................................................... 3
1.2 Metodologias ........................................................................................................................... 3
2 Fundamentação Teórica .......................................................................................................... 4
3 Relação do Turismo com a Geografia ................................................................................... 5
3.1 Origem e Evolução da Geografia do Turismo ................................................................... 6
3.2 Periodização da Abordagem Geográfica do Turismo ...................................................... 7
3.2.1 Período Inicial ou Clássico ................................................................................................ 7
3.2.2 Período de Consolidação da Geografia do Turismo ..................................................... 8
3.2.3 Período da Pluralidade ................................................................................................... 10
3.2.4 Geografia Clássica ........................................................................................................... 11
3.2.5 Geografia Neopositivista.................................................................................................. 11
3.2.6 Nova Geografia (Geografia Radical/Critica) ................................................................. 11
3.2.7 Geografia Pós-modernista .............................................................................................. 11
4 Conclusão ................................................................................................................................. 12
5 Referências Bibliográficas...................................................................................................... 13
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1 Introdução
1.2 Metodologias
2 Fundamentação Teórica
dinâmica espacial tão importante para compreender o fenômeno do turismo, uma vez que segundo
RODRIGUES (1996, p. 318), “fixos, porém não estáticos, são os centros emissores da demanda,
de onde partem os fluxos para os núcleos receptores, usando a linguagem técnica”. Assim, a
Geografia do Turismo vai ter sua sustentabilidade na espacialização desses fluxos e fixos, quando
a paisagem e o lugar, enquanto categorias de análise são incorporadas ao estudo na sua essência.
Os fluxos e os fixos se configuram como objetos e ações espacializadas geograficamente, tornando-
se assim, objetos fundamentais na Geografia do Turismo. A Geografia do Turismo é o estudo do
movimento (fluxo) e das transformações próprias desse movimento, ou seja, é a partir da
realimentação desses movimentos que o turismo é produzido, uma vez que o fluxo dá condição de
existência ao turismo.
Sobre o olhar científico, o processo de concretização do turismo subjuga-se a condição do
turista extrair os condicionantes da cultura dos lugares, interagindo-os de maneira a absorver ou
influenciarem parâmetros para inserção desses lugares e culturas no processo da economia mundial,
ou seja, na integração do local com o global e vice-versa. Esse entendimento coaduna com a
formação das redes de relações sociais e culturais que imprimem ao fenômeno do turismo nos
últimos anos, o caráter de atividade de consumo e produção global.
Os estudos dos fenômenos turísticos são bastantes presentes dentro das Ciências Humanas
e Sociais. É certo que iremos nos reportar somente às contribuições da Ciência Geográfica, porém,
é de suma importância ressaltar o caráter multidisciplinar dos estudos realizados na área do turismo.
O estudo do turismo através da ciência geográfica iniciou-se no século XX, no continente europeu,
a partir de um trabalho realizado por Stradner sobre os impactos produzidos pelo fenômeno do
ócio1. Posteriormente, inúmeros estudos foram realizados na Espanha e Alemanha.
Porém, o estudo do turismo no âmbito da geografia acentua-se a partir da década de sessenta
do século passado, respondendo ao acelerado desenvolvimento, ligado à prosperidade econômica
que marcou o período pós-guerra nos países centrais do capitalismo. Na América Latina, o interesse
dos geógrafos pela temática Turismo ocorreu tardiamente, apenas na década de setenta, sobretudo
no México e Argentina. No Brasil, os estudos são mais recentes e estão atrelados ao crescimento
do turismo no país, a partir do final dos anos 70, quando a atividade passa a caracterizar-se como
a grande estratégia econômica do fim do século XX, a chamada indústria sem chaminés2.
A partir da década de 1980, a Geografia começou a discutir sobre o planejamento turístico,
devido à diversificação da atividade turística em território nacional e de sua relevância para o
desenvolvimento sócio-econômico e cultural de muitas cidades no mundo. Isso ocorreu em função
da melhoria da acessibilidade, uma vez que houve a ampliação dos sistemas de transporte e a
disseminação de novas tecnologias de informação e comunicação (TIC’s), fazendo com que todas
as regiões do planeta se tornassem mais acessíveis ao homem.
Assim, há uma necessidade da relação entre a Geografia e o Turismo, uma vez que o espaço
configura-se como o principal campo de apropriação da atividade turística. O espaço, sendo uma
1
Fenômeno do ócio: período de tempo livre, lazer ou ausência de actividades ocupacionais.
2 Indústria sem chaminés: foi uma expressão bastante utilizadas nos primeiros estudos sobre a prática
turística para destacar seu crescimento e desenvolvimento econômico.
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Assim, tomam-se como perguntas próprias a esse quadro de composição de estudos as que
indagam a respeito do quem (turista, num perfil socioeconômico e de comportamento da oferta)?
Do que é esse fenômeno (entendimento herdado do período anterior, atividade econômica/como se
configura os deslocamentos)? E onde se manifesta (a localização, quais os fluxos regionais, número
de chegadas e partidas, arranjos espaciais, qual a regra para sua distribuição)? Que desconsideram
o homem como parte inerente ao processo, sendo no máximo incluído como ser social (algo
também raro nesse tipo de pesquisa).
Quanto às infinitas possibilidades de classificação, tem-se LOZATO (1985) que propõe a
classificação do espaço turístico em função de uma estrutura produtiva diversa (espaços
polivalentes) ou de estrutura especializada na atividade turística (espaços especializados) que
podem ser espaços mais ou menos abertos, semi-integrados e integrados, dependendo da ausência
ou não de acesso e fluxo turístico, e se distribuem no espaço de forma mais ou menos polinucleares
(núcleos de concentração da oferta turística), mais ou menos multipolares (um ou vários polos de
atração de diferentes naturezas).
Para IVARS (2001), os estudos classificatórios servem para identificar os critérios
elencados individualmente pelo pesquisador como modo de informar quais são os elementos que
interferem na estrutura e funcionamento e explicam, em certa medida, a organização territorial dos
espaços turísticos e suas implicações globais e setoriais. São critérios, segundo ele, os abaixo
listados;
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6. Imagem
a) Atributos da imagem do espaço turístico
b) Imagem arquetípica, projetada e percebida
c) Consequências do desenvolvimento turístico
d) Efeitos econômicos, sociais, culturais e ambientais
4 Conclusão
5 Referências Bibliográficas
BRITTON, S. Tourism, capital and place: towards a critical geography of tourism. Environment
and Planning. Society and Space, vol. 9, PP. 451478, 1991.
CORIOLANO, L. N.; ALMEIDA, H. M. de. O turismo no nordeste brasileiro: dos resorts aos
núcleos de economia solidária. Scripta Nova: revista electrónica de geografía y ciencias sociales,
[en línia], 2007, Vol. 11. https://raco.cat/index.php/ScriptaNova/article/view/7408.
GIL, A. C. Métodos e técnicas de pesquisa social. 6.ed. São Paulo: Atlas, 2006.
IVARS, J. A. La planificación turística de los espacios regionales em España. Junio de 2001.
Volumen I Tesidoctoral de la Universidad de Alicante. Instituto Universitario de Geografía.
Alicante. 2001.
LOZATO-GIOTART, J. Geografia del Turismo: dallo spazio visitato allo spazio consumato.
Milão: Franco Angeli, 2002.
MORAES, Antonio Carlos Robert. Geografia: pequena história crítica. São Paulo: Hucitec, 1999.
MITCHELL, L.; MURPHY, P.E. Geography and Tourism. Annals of Tourism Research, 18, 1991.
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1988.
RODRIGUES, A. (Org.) Turismo e Geografia: reflexões teóricas e enfoques regionais. São Paulo:
Hucitec, 1996.
RUPPERT, K. et MAIER, J. Geographie und Fremdenverkejr, Skizze eines
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SANTOS, Milton. Metamorfose do Espaço Habitado. São Paulo: Hucitec, 1988.
VERA, J.F (Coord.) et. al. (1997). Análises territorial del turismo. Barcelona: Ariel