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Universidade do Estado do Pará

Centro de Ciências Sociais e Educação


Campus XII - Santarém
Curso de Licenciatura Plena em Música

RELATÓRIO DE ESTÁGIO
(REGÊNCIA)

LUCAS DA SILVA CAMPOS

7º Semestre/2022

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ETAPA DE CONHECIMENTO DO CONTEXTO ESCOLAR E DO
COTIDIANO DA SALA DE AULA

LUCAS DA SILVA CAMPOS

Relatório apresentado como cumprimento


parcial da avaliação à Disciplina Estágio
Supervisionado III, ministrado pelos docentes
Milena Araújo e Renata Souza.

7º Semestre/2022

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SUMÁRIO

1. DADOS DE IDENTIFICAÇÃO DO ESTAGIÁRIO........................................................................................................


2. DADOS DE IDENTIFICAÇÃO DA ESCOLA.................................................................................................................
3. INTRODUÇÃO.................................................................................................................................................................
4. OBJETIVOS.......................................................................................................................................................................
4.1 OBJETIVO GERAL DO ESTÁGIO................................................................................................................................
4.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS DO ESTÁGIO..................................................................................................................
5. RELATO DAS ATIVIDADES DESENVOLVIDAS NO ESTÁGIO...............................................................................
5.1 CONHECIMENTO DO CONTEXTO ESCOLAR E DO COTIDIANO DA SALA DE AULA...................................
5.1.1 CARACTERIZAÇÃO FÍSICA, PEDAGÓGICA E RELACIONAL DA ESCOLA CAMPO DE
ESTÁGIO.....................................................................................................................................................................7
5.1.2 IDENTIFICAÇÃO E ANÁLISE DAS DIRETRIZES PARA ATUAÇÃO PEDAGÓGICA E A DINÂMICA
DA SALA DE
AULA...................................................................................................................................................8
5.1.3 ANÁLISE DOS PROJETOS, DOS PROGRAMAS, DA METODOLOGIA, DOS MATERIAIS
DIDÁTICOS E DOS PROCEDIMENTOS DE AVALIAÇÃO DA ESCOLA CAMPO DE ESTÁGIO, NA ÁREA
DE FORMAÇÃO DO
ESTAGIÁRIO..............................................................................................................................10
5.1.4 REGÊNCIA EM SALA DE AULA..................................................................................................................11
5.1.5 A REALIDADE DO ENSINO DA AULA DE ARTES: REFLEXÕES..........................................................12
6. AVALIAÇÃO DO ESTÁGIO E AUTO-
AVALIAÇÃO........................................................................................14
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...................................................................................................................15
8.
ANEXOS................................................................................................................................................16

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1. DADOS DE IDENTIFICAÇÃO DO ESTAGIÁRIO

ALUNO ESTAGIÁRIO
LUCAS DA SILVA CAMPOS

CURSO
LICENCIATURA PLENA EM MÚSICA

MATRÍCULA
20181282017

SUPERVISOR(ES) DE ESTÁGIO
MILENA ARAÚJO E RENATA SOUZA

ESCOLA CAMPO DE ESTÁGIO


E.E.E.F.M. PROFESSOR ALUÍZIO LOPES MARTINS

DATA
09/05/2022 A 20/06/2022

2. DADOS DE IDENTIFICAÇÃO DA ESCOLA

 Escola Campo de Estágio: E.E.E.F.M. Professor Aluízio Lopes


Martins
 Professor Orientador: Milena Cristina Rebelo de Araújo
 Série: 6º, 7º, 8º e 9º anos (Ensino Fundamental) e 1º ano (Ensino
Médio).
 Turma: 601, 701, 801, 802, 901, 101,102 E 103.
 Turno: Matutino.

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3. INTRODUÇÃO

O período de atividades de estágio, descrito neste trabalho, desenvolveu-se,


excepcionalmente, na Escola Professor Aluízio Lopes Martins nas turmas de Ensino
Fundamental (6º, 7º, 8º e 9º anos) e no primeiro ano do Ensino Médio, todas em
período matutino.
As atividades realizadas no decorrer deste ciclo de estágio serão posteriormente
descritas e detalhadas neste relatório que terá ênfase na experiência vivida em campo,
onde por sua vez tentou-se participar do máximo possível das práticas docentes no
acompanhamento da professora orientadora.
Segundo a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional LDBEN – 9.394/96
Art. 61- Os Estágios Supervisionados constam de atividades de prática pré-profissional,
exercidas em situações reais de trabalho, nos termos da legislação em vigor. 
Parágrafo único – Para cada aluno é obrigatório a integralização da carga horária
total do estágio previsto no currículo pleno do curso, nela podendo ser incluídas as
horas destinadas ao planejamento, orientação paralela e avaliação das atividades.
Art. 62- Os Estágios são coordenados pelos Coordenadores de Cursos e
supervisionados por docentes por eles designados. 
Parágrafo 1º os Estágios obedecerão a regulamentos próprios, um para cada
curso, elaborados pelos Coordenadores de Curso e aprovados pelo Conselho
Superior. 
Parágrafo 2º – Aos supervisores competirá o efetivo acompanhamento dos
Estágios e a verificação do cumprimento das cargas horárias para posterior
encaminhamento dos resultados aos Coordenadores de Curso competentes.
De tal maneira, fica explicitada a importância da prática do estágio em ambiente
educacional, com foco no conteúdo musical, e com isso espera-se que a pesquisa
realizada adquira os resultados necessários para aprendizado satisfatório.

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4. OBJETIVOS
4.1 OBJETIVO GERAL DO ESTÁGIO

 Propiciar a experiência da docência no cotidiano educacional

4.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS DO ESTÁGIO

 Conhecer na prática o ambiente de ensino;


 Proporcionar a vivência em sala de aula enquanto regente de
classe;
 Ministrar aulas;

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5. RELATO DAS ATIVIDADES DESENVOLVIDAS NO ESTÁGIO

5.1 CONHECIMENTO DO CONTEXTO ESCOLAR E DO COTIDIANO DA


SALA DE AULA

5.1.1 CARACTERIZAÇÃO FÍSICA, PEDAGÓGICA E RELACIONAL DA


ESCOLA CAMPO DE ESTÁGIO

 Dados de identificação da escola: A Escola Professor Aluízio


Lopes Martins foi inaugurada em 10 de agosto de 1990, possuía apenas o 1º
grau (Ensino Fundamental), apenas em 1994 foi implantado o 2º grau. O nome
da escola vem do professor Aluízio Lopes Martins, que prestou relevantes
serviços a educação no município de Santarém. A escola foi criada para suprir
as necessidades do bairro do Maracanã e a grande área do Santarenzinho
considerando que na época não havia escolas que atendessem as
necessidades do bairro.
 Infraestrutura: A Escola conta com doze salas de aula, laboratório
de informática, cozinha, banheiro adequado a alunos com deficiência ou
mobilidade reduzida, auditório, sala de diretoria, sala de recursos
multifuncionais para Atendimento Educacional Especializado (AEE), biblioteca,
sala de secretaria, pátio coberto, sala de professores, quadra de esportes
descoberta, sala de leitura, dispensa e área verde.
 Relação escola-família: essa integração se dá principalmente via
WhatsApp, mas também através de ligações e em caso de informações mais
individualizadas o memorando escolar.
 Corpo docente: é composto atualmente por 36 professores
divididos em três turnos (matutino, vespertino e noturno).
 Pessoal administrativo e de serviços auxiliares: o administrativo
é composto por 5 pessoas na secretaria, 3 pedagogos, 3 gestores, e os
serviços auxiliares possuem 11 serventes e 7 vigilantes.

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5.1.2 IDENTIFICAÇÃO E ANÁLISE DAS DIRETRIZES PARA ATUAÇÃO
PEDAGÓGICA E A DINÂMICA DA SALA DE AULA:

Em se tratando do contexto específico de realização do estágio descrito neste


trabalho, se fará presente neste trecho um curto diálogo acerca de algumas literaturas
que irão se referir a vivência docente em sala de aula com foco no ensino fundamental
e no aprender e ensinar arte.
É importante que o educador, ao planejar suas aulas de Artes, envolva os alunos
nessa experiência, no sentido verdadeiro da palavra, que não apenas passe e
aconteça, mas que definitivamente tenha valor à criança e que a toque
significativamente, formando-a e transformando-a.
Segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais (1998),
O ser humano que não conhece arte tem uma experiência de aprendizagem
limitada, escapa-lhe a dimensão do sonho, da força comunicativa dos objetos à
sua volta, da sonoridade instigante da poesia, das criações musicais, das cores
e formas, dos gestos e luzes que buscam o sentido da vida. (PARÂMETROS
CURRICULARES NACIONAIS: ARTE, 1998, p. 19)

Os elementos estéticos presentes na sociedade trazem significados diversos


para diferentes pessoas. As pessoas de um modo geral respaldam suas opiniões de
acordo com sua subjetividade, por não notarem o real significado que os elementos
trazem. A partir disso, deixam de vivenciar o significado e a experiência do apreciar,
criticar e analisar, confundindo o “eu não entendo” com o “eu não gosto”.
Segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais (1998),
O incentivo à curiosidade pela manifestação artística de diferentes culturas, por suas
crenças, usos e costumes, pode despertar no aluno o interesse por valores diferentes dos
seus, promovendo o respeito e o reconhecimento dessas distinções; ressalta-se assim a
pertinência intrínseca de cada grupo e de seu conjunto de valores, possibilitando ao
aluno reconhecer em si e valorizar no outro a capacidade artística de manifestar-se na
diversidade. (PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS: ARTE, 1998, p. 37)

Os Parâmetros Curriculares Nacionais de Arte são meios de consulta que podem


nortear o trabalho do professor, servindo como um suporte para a reflexão, que pode
possibilitar mudanças qualitativas na ação do professor em sala de aula.
Kehrwald (2008), analisa a constituição dos PCNs e os considera como um
avanço na dimensão do ensino da disciplina, pois a partir do momento em que ele

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incorpora os três eixos norteadores, como produzir, apreciar e contextualizar, o
documento aponta perspectivas de trabalho e de compreensão da arte para além de
atividades descoladas do contexto dos estudantes e meramente tarefeiras.
Esses três eixos norteadores fundamentam metodologicamente tanto o
Referencial Curricular Nacional para Educação Infantil quanto os Parâmetros
Curriculares Nacionais e, atualmente, está sendo questionado o fato dessa concepção
considerada contemporânea já estar fazendo parte de documentos oficiais.
O ensino de Artes é componente curricular obrigatório desde a Educação Infantil
até o Ensino Médio e seu ensino está garantido na Lei 9.394, de 20 de dezembro de
1996, determinando no artigo 26, § 2º: “O ensino da arte constituirá componente
curricular obrigatório, nos diversos níveis da educação básica, de forma a promover o
desenvolvimento cultural dos alunos”.
No artigo 26-A, a Lei torna obrigatório no ensino fundamental e médio o ensino
sobre História e Cultura Afro-Brasileira (Incluído pela Lei nº 10.639, de 9.1.2003) e será
obrigatório em todo o currículo incluindo em especial a disciplina de Artes.
No artigo 36, em relação ao ensino médio é destacada a compreensão das artes,
o processo histórico da formação da sociedade e da cultura.
Em 2008, foi publicada uma nova ementa sobre o ensino de Música no currículo
escolar, decretada e sancionada pelo Presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O artigo 26
passa então a vigorar acrescido do § 6º, que regulamenta a música como conteúdo
obrigatório, mas não exclusivo, do componente curricular.
A referida alteração entrou em vigor na data de sua publicação, e exigiu que os
sistemas de ensino se adaptassem no período de três anos letivos.
A LDB promoveu avanços no sentido do reconhecimento e obrigatoriedade do
ensino de Artes nas escolas, no entanto, há flexibilidade no sentido de não exigir que
sejam trabalhadas todas as modalidades artísticas, o que de fato acontece, tendo o
educando, na maioria das vezes, acesso a uma somente.
Altasi (2009) comenta sobre as alterações que ocorreram na Legislação,
mencionando o quanto é perceptível a atenção que foi dada a essa área com a
publicação e sanção de Decretos, Ementas e Leis, e ainda ressalta a necessidade da

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reflexão sobre o que é o ensino de música, o que é o ensino das artes plásticas, do
teatro e da dança na Educação Básica e como desenvolver essas linguagens artísticas.

5.1.3 ANÁLISE DOS PROJETOS, DOS PROGRAMAS, DA


METODOLOGIA, DOS MATERIAIS DIDÁTICOS E DOS
PROCEDIMENTOS DE AVALIAÇÃO DA ESCOLA CAMPO DE
ESTÁGIO, NA ÁREA DE FORMAÇÃO DO ESTAGIÁRIO

No período em que perdurou este estágio (09/05/2022 a 20/06/2022) o


calendário escolar seguiu de maneira regular, sem alterações significativas, apesar de
que foi cogitada outra paralização se os casos de COVID-19 subissem principalmente
em decorrência do retorno das aulas presenciais, o que não aconteceu de fato.
Referente a metodologia de ensino não há um padrão na E.E.E.F.M. Professor
Aluísio Lopes Martins, porém, nos horários vagos e principalmente no intervalo entre o
terceiro e o quarto tempo os professores conversavam entre si informações associadas
ao alunado, as suas próprias metodologias, mas não passava de diálogos informais,
sem estabelecer nenhum padrão ou método didático obrigatório comum.
Segundo Libâneo (1992) as metodologias em educação se dividem em
basicamente duas grandes frentes pedagógicas: a Pedagogia Tradicional e a
Pedagogia Progressista. Para este autor, ao caracterizar a pedagogia tradicional, é
ressaltada sua característica de valorização das regras impostas, da autoridade do
professor quanto à predominância de sua palavra e sobre o cultivo exclusivamente
intelectual. Em contrapartida, a pedagogia de cunho progressista, caracteriza-se pelo
antiautoritaríssimo (neste caso, o do professor), a valorização da experiência de vida do
aluno e pelo aprendizado em situação coletiva como uma prática social.
Na disciplina de arte especificamente o material utilizado é em parte coletado
do livro didático “Arte por toda parte” escolhido pelos professores da área e de busca
em sites de confiança que servem como base para a elaboração dos planos de aula,
algo muito eficaz tendo em vista que o livro didático muitas vezes não supre de maneira
totalitária e satisfatória a demanda de conteúdo que deve ser aplicada aos alunos.

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A avaliação dos projetos da escola não foi possível em decorrência da falta de
tempo hábil e por não haver nenhum dos mesmos em execução no período referente
ao estágio. Quanto a avaliação dos alunos ocorria de maneira a sempre tentar
incentivar o aluno a fazer tudo que lhe é proposto para somatória avaliativa final a cada
bimestre.

5.1.4 REGÊNCIA EM SALA DE AULA

No que tange a participação como regente de classe é notável o aprendizado


proporcionado por esta experiência ao lidar com as turmas acima citadas a partir de
conteúdos como Arte Indígena, Notas Musicais, Cores e Linhas, Folclore e Carnaval no
Brasil (em anexo). No período de estágio cumprido (09/05/2022 a 20/06/2022) foram
realizadas diversas atividades enquanto ministrante em sala de aula, como a aplicação
de avaliações, atividades, seminários etc.
Tal prática nos possibilita entender e aproximarmo-nos cada vez mais do nohall
necessário para exercer a docência após a graduação, por exemplo, durante a aula de
arte indígena fez-se essencial o manuseio de conhecimentos regionais acerca da
temática para melhor entendimento do conteúdo e transmissão para a turma. Já na aula
sobre notas (figuras) musicais a vivência no contexto musical viabilizou uma melhor
fruição na explanação a respeito deste assunto.
No que se refere as aulas sobre Cores e Linhas, com o auxílio e supervisão da
professora Milena, fui capaz de aplicá-los atividades com desenhos para melhor
entendimento de forma prática sobre cores primárias e secundárias, monocromia e
policromia etc.
Conseguimos ainda antes de concluir o período de estágio trabalhar com eles o
folclore santareno, através das lendas locais tendo utilizado o livro Folclore em
Santarém, de Wilde Dias da Fonseca, também aplicamos o conteúdo Carnaval no
Brasil com ênfase para a cultura da utilização de máscaras, pinturas faciais, blocos de
ruas etc.

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5.1.5 A REALIDADE DO ENSINO DA AULA DE ARTES: REFLEXÕES

No que tange ao Estágio Supervisionado III, mais especificamente a parte de


regência em sala de aula é notável que os alunos ainda apresentam comportamento
insuficiente por ser um período ainda de retorno as aulas presenciais, passado os
momentos mais críticos da pandemia (covid-19) onde as aulas foram interrompidas por
vários meses e retomadas gradualmente de maneira totalmente a distância (EAD) no
primeiro momento, com isso o nível de aprendizado e participação dos alunos caiu
consideravelmente devido a fatores de ordem econômica, psicológica e emocional.
Por se tratar de um momento totalmente atípico não é simples avaliar o
desempenho dos alunos, torna-se necessário ir mais afundo em cada turma, procurar
saber a realidade do que cada um viveu ou vive ainda, o site SAE Digital mostrou que
uma pesquisa do IBGE constatou que apenas 57% da população do nosso país possui
um computador em condições de executar softwares mais recentes. Outro estudo
realizado em 2018, a Pesquisa TIC Domicílio, aponta que mais de 30% dos lares no
Brasil não possuem acesso à internet, que é praticamente indispensável para o serviço
de ensino remoto. Isso só coloca ainda mais em evidência a desigualdade social que já
existia aqui no Brasil muito antes do início dessa pandemia. Enquanto uns alunos de
classe superiores possuem um espaço adequado para estudos, notebooks, acesso a
livros e internet de ótima qualidade, outros sequer possuem um aparelho eletrônico
para acompanhar as aulas.
Durante o período de estágio acima relatado notou-se que os alunos estão
recuperando seu ritmo gradativamente a medida em que as aulas acontecem e com
isso o conteúdo aplicado tende a se desenvolver mais rapidamente do que há alguns
meses, onde o ensino estava concentrado apenas de maneira remota, e com o retorno
das aulas presenciais também ficou visível o déficit no alunado, pois, a pandemia
corroborou para a alta taxa de evasão escolar.

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Para BEIRA e NAKAMOTO (2016) pode-se dizer que a grande maioria dos
professores em formação e em exercício, ainda não recebeu capacitação para o uso
das tecnologias em sua prática pedagógica e precisa recorrer a um tipo de formação
que os capacite a integrá-las no processo de ensino-aprendizagem, de forma a
promover a melhoria da educação formal.
BEIRA e NAKAMOTO (2016) ainda nos revela que infelizmente, os resultados da
pesquisa tendem a revelar que a formação, inicial e continuada, não prepara (pelo
menos como deveria!) os professores para o uso das TICs em sala de aula, remetendo
a urgência de se repensar o tipo de formação docente oferecida e, principalmente, a
necessidade de imputar nos docentes uma vontade genuína de se aperfeiçoarem nesse
sentido, buscando novos caminhos, novos saberes e novas práticas, mesmo que seja
por meio das próprias TICs. Para isso, a formação docente é imprescindível.
Diante desse quadro é razoavelmente possível de concluirmos que não adianta
informatizar as escolas, sem que haja esforços no sentido de capacitar os professores
para o uso em sala de aula com perspectivas de mudanças na prática educativa.
Para PEREIRA e BIANCO (2019) a formação do professor deve ser contínua e
permanente e deve valorizar as suas experiências. No ambiente escolar, existem três
elementos essenciais, para que o desenvolvimento escolar ocorra com sucesso: o
aluno, o professor e a situação de aprendizagem. É importante compreender o modo
como às pessoas aprendem e as condições necessárias para que a aprendizagem
aconteça e, para isso, as teorias de aprendizagem permitem que o professor adquira
conhecimentos, atitudes e habilidades que lhe permitirão alcançar melhores resultados.
Tudo que acima foi mencionado aplica-se plenamente as aulas de arte
vivenciadas neste estágio visto que, a falta de capacitação para os professores
utilizarem as plataformas digitais ficou evidente, dificuldade esta que a maioria da
classe conseguiu suprir em grande parte por conta própria, buscando conhecimento
com outros professores ou amigos próximos com mais conhecimento na área
tecnológica, mesmo diante disso a maneira como a disciplina de Arte é trabalhada em
sala de aula pela professora orientadora atrai demasiadamente a atenção e desperta
um alto nível de interesse em grande parte das turmas, os conteúdos abordados, as

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atividades aplicadas, tudo sempre pensado de forma a estimular os alunos a participar
de cada aula.

6. AVALIAÇÃO DO ESTÁGIO E AUTOAVALIAÇÃO

Ponderando o conteúdo exposto neste trabalho reitero a ideia de que é válida e


enriquecedora a experiência no campo de estágio enquanto observador e participante,
uma vez que nos é propiciado estar in loco ao ambiente de uma possível futura atuação
enquanto docente graduado.
Avalio este período de estágio de maneira extremamente positiva e
indispensável para a minha formação profissional, e externo a ausência de pontos
negativos notáveis para serem relatados, reforço a minha colaboração em tudo que me
fora solicitado pela professora orientadora com o êxito necessário, de forma a ser
satisfatória a prática educacional.
"Sem a curiosidade que me move, que me inquieta, que me insere na busca,
não aprendo nem ensino”. (FREIRE, 1996, p.52)

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7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BRASIL, Lei nº 9394, de 20.12.96. Estabelece as Diretrizes e Bases da Educação


Nacional. Disponível em: http://www.planalto.gov.br. Acesso em 20 de janeiro de 2022.

BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais:


artes – Brasília, 1998.

FILIPOUSK, Ana Mariza; KEHRWALD,Isabel Petry. Educação Brasileira depois dos


PCNs..Disponível em: http://www.artenaescola.org.br. Acesso em 20 de janeiro de
2022.

ALTASI, Almir. A Legislação e o Ensino de Artes na Educação Básica. Disponível


em: http://www.artenaescola.org.br. Acesso em 20 de janeiro de 2022.

LIBÂNEO, José Carlos. Tendências pedagógicas na prática escolar. In:______.


Democratização da escola pública: a pedagogia crítico-social dos conteúdos. São
Paulo: Loyola, 1992. Cap1.

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https://sae.digital/educacao-e-coronavirus. Acesso em 18 de janeiro de 2022.

BEIRA, Diovane; NAKAMOTO, Paula. A Formação docente inicial e continuada


prepara os Professores para o Uso das Tecnologias de Informação e
Comunicação (TICs) em sala de aula. In: Anais do Workshop de Informática na
Escola. 2016. p. 825.

PEREIRA, Márcio Donizete; BIANCO, Luís Cláudio Montesano Simone. Os jogos no


ensino de ciências e matemática: suas possibilidades de aplicações e suas
limitações. Scientia Vitae, v.7, n.23, p. 37-41, jan./mar. 2019.

FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia: Saberes necessários à Prática


Educativa. São Paulo: Paz e Terra. 1996.

8. ANEXOS

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