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JOÃO CÂMARA/RN
2017
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SUMÁRIO
1. APRESENTAÇÃO .................................................................................... 04
2. CARACTERIZAÇÃO DA INSTITUIÇÃO CAMPO DE ESTÁGIO.. 05
2. 1 ESTRUTURA FÍSICA............................................................................. 05
2. 2 EQUIPE ADMINISTRATIVA E PEDAGÓGICA.................................. 06
3. OLHAR PSICOPEDAGÓGICO DA SALA DE AULA........................ 08
3.1 SALA DOS PROFESSORES.................................................................... 09
4. OBSERVANDO O PÁTIO, ENTRADA E SAÍDA DOS ALUNOS..... 10
5. PROJETO DE INTERVENÇÃO ............................................................. 11
5. 1 APRESENTAÇÃO DO PROJETO DE INTERVENÇÃO...................... 11
5. 2 APRESENTAÇÃO DA PROBLEMATICA............................................ 12
5. 3 OBJETIVOS............................................................................................... 13
5. 4 METODOLOGIA...................................................................................... 13
5. 5 RECURSOS............................................................................................... 14
5. 6 AVALIAÇÃO ........................................................................................... 15
6. RELATO DO PROJETO DE INTERVENÇÃO..................................... 16
7. CONSIDERAÇÕES FINAIS.................................................................... 17
REFERÊNCIAS ........................................................................................ 18
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1. APRESENTAÇÃO
Esclareceu-se que não haveria intervenção de nossa parte em nenhum momento dessa
observação; sendo que retornaríamos para fazermos as entrevistas necessárias de acordo com
nosso objeto de estudo. Concluída a apresentação à diretora Francisca Marques, fomos
aceitos, e foi solicitado à coordenadora Josenilda Dionísio que nos apresentasse nas salas de
aulas onde desenvolveríamos o trabalho. Os professores por sua vez mostraram-se solícitos
colocando-se à disposição para ajudar nas atividades.
Para Santos (2010, p.01), o psicopedagogo institucional é o profissional que:
Nos tópicos a seguir serão elencadas todas as etapas deste relatório onde se fará a
caracterização da instituição de ensino, as observações feitas nas salas de aula, sala dos
professores, no pátio durante a hora do recreio e também durante a chegada (entrada) e saída
dos alunos ao término das aulas.
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As instalações físicas da escola são compostas por 06 salas de aula (sendo ocupadas
apenas 05 no turno matutino), 01 cantina com despensa para armazenamento da merenda
(cozinha onde é preparada a merenda), 01 pequeno almoxarifado para materiais diversos, 01
sala de leitura que é também utilizada como sala de professores, 01 sala de informática, 01
sala onde funciona a direção e a secretaria escolar conjuntamente, 01 banheiro masculino com
pia, 01 banheiro feminino com pia, 01 banheiro exclusivo para professores e funcionários e 02
pequenos pátios. Do total de salas de aula existentes, 02 estão climatizadas juntamente com a
sala de informática.
Quanto à questão da acessibilidade para alunos com necessidades especiais de
locomoção, o estabelecimento de ensino dispõe de rampas de acesso para as salas em
desnível. Observou-se a ausência de corrimões nessas rampas o que poderia acarretar
eventuais dificuldades principalmente nos movimentos ascendentes. Vale frisar que a falta
desses corrimões não chega a impedir que um cadeirante se locomova tendo o devido auxilio
no aclive. Nos banheiros observaram-se algumas adaptações que atendem minimamente às
demandas de cadeirantes ou portadores de outras necessidades especiais.
Quando se fala de acessibilidade no ambiente escolar para alunos com necessidades
especiais, os principais empecilhos e barreiras dizem respeito à edificação e a utilização dos
equipamentos escolares e aqueles referentes à comunicação e informação. Para Manzini, “É
necessário ofertar às escolas as condições de acessibilidade em: edificações, meios de
comunicação e informação e recursos didáticos.” (MANZINI, 2008, p.286)
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As áreas comuns de convivência são compostas por dois pequenos pátios, o que limita
bastante as brincadeiras dos alunos na hora do recreio, pois em um desses espaços é servida a
merenda, visto que a Escola não dispõe de refeitório. Os alunos merendam em pé ou sentados
em alguns bancos de alvenaria existentes e que não oferecem espaço suficiente para todos.
Observa-se pelo que está demonstrado no quadro acima, que essa escola dispõe de
profissionais qualificados para o exercício da docência e que o corpo técnico está
teoricamente qualificado para o suporte pedagógico.
De acordo com a “Política de valorização dos trabalhadores em educação”, documento
publicado pela Secretária de Educação Básica do Ministério da Educação do Brasil,
“compreende-se por formação todo o processo educativo, formal ou não, que permite a
intervenção do sujeito no universo, agindo crítica e responsavelmente, primando pela ética
nas relações, refletindo, avaliando e reformulando suas atitudes.” A formação profissional, de
modo intrínseco e complementar à primeira, “consiste de todas as formas pelas quais o
profissional ganha mais competência pessoal, teórica, técnica, social” (LIBÂNEO, 1998)
Analisando-se a formação dos profissionais da instituição campo de estágio e tendo
convivido com os mesmos durante o estágio, percebeu-se que se eles tivessem melhores
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[...] o psicopedagogo é alguém que convoca todos a refletirem sobre sua atividade, a
reconhecerem-se como autores, a desfrutarem o que têm para dar. Alguém que
ajuda o sujeito a descobrir que ele pensa, embora permaneça muito sepultado, no
fundo de cada aluno e de cada professor. Alguém que permita ao professor ou à
professora recordar-se de quando era menino ou menina. Alguém que permita a
cada habitante da escola sentir a alegria de aprender para além das exigências de
currículos e notas". (FERNANDEZ, 2001, p. 45)
Ainda foi observado a presença de crianças com necessidades especiais diversas sem
um acompanhamento especializado. Notou-se também a falta de afetividade e aproximação
aos alunos por parte de alguns profissionais em sala de aula. Em algumas turmas foi
observado uma indisciplina acentuada que interfere na autoridade do professor, no processo
de aprendizagem e também na questão da harmonia da sala de aula, causando danos ao
relacionamento professor aluno.
Na série final do ensino fundamental foi detectado que alguns alunos estão fora da
faixa idade série, e outros sem estímulo e apoio da família segundo informações obtidas junto
aos profissionais da escola.
Como declara Bassedas (1996, p. 78):
A escola, como instituição social, pode ser considerada de forma ampla e, de acordo
com a teoria sistêmica, como um sistema aberto que compartilha funções e que se
inter-relaciona com outros sistemas que integram todo o contexto social. Entre esses
sistemas, o familiar é o que adquire o papel mais relevante à educação e assim, na
atualidade, vemos a escola e a família em inter-relação contínua, mesmo que nem
sempre sejam obtidas atuações adequadas, já que, muitas vezes, agem como
sistemas contrapostos mais do que como sistemas complementares.
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Inferiu-se em virtude do que foi relatado anteriormente, que os alunos que apresentam
um nível de desenvolvimento e aprendizagem satisfatórios têm seu desempenho
comprometido devido a influência contrária de alguns colegas.
A sala dos professores também é usada como sala de leitura e espaço para hora
atividade por parte dos docentes e coordenação, não sendo observado durante o turno um
espaço de convivência e interação entre os professores.
A estrutura física dos espaços da escola tem seus significados e servem de referência
para docentes e discentes no convívio e na exploração desses espaços. Referindo-se a
exploração dos espaços, o professor e geógrafo Nilton Santos diz:
[...] o espaço deve ser considerado com um conjunto indissociável de que participam
de um lado, certo arranjo de objetos geográficos, objetos naturais e objetos sociais,
e, de outro, a vida que os preenche e os anima, seja a sociedade em movimento. O
conteúdo (da sociedade) não é independente, da forma (os objetos geográficos), e
cada forma encerra uma fração do conteúdo. O espaço, por conseguinte, é isto: um
conjunto de formas contendo cada qual frações da sociedade em movimento as
forma, pois têm um papel na realização social. (SANTOS, 1988, p.10).
A direção e o corpo docente chegam à escola minutos antes da entrada dos alunos. A
entrada dos alunos pode ser considerada tumultuada por não haver um ordenamento efetivo
pelos funcionários que controlam o portão. Esses agentes de portaria até tentam organizar
entrada por turma, mas os alunos entram em disparada podendo ocorrer acidentes causados
por empurrões das crianças maiores sobre as menores.
O intervalo (recreio) é dividido em dois momentos pois, há o escalonamento por
turmas: de 09:00h as 09:15h, saem do 1º ao 3º ano; e no segundo momento de 09:15h as
09:30h, saem o 4º e o 5º ano. Verificou-se que não há um acompanhamento das ações dos
alunos durante o intervalo no sentido de prevenir ocorrências advindas de brincadeiras
potencialmente perigosas, tendo em vista que o pátio não apresenta condições adequadas para
a recreação visto que existem muitas barreiras físicas tais como degraus e piso escorregadio.
Lopes e Pereira (2006, p.272), pautados em Marques et al (2001) relatam que:
5. PROJETO DE INTERVENÇÃO
possam ter uma postura crítica e responsável diante das mais variadas situações que exijam
decisões assertivas no dia a dia.
5.3. OBJETIVOS:
5.4. METODOLOGIA
5.5 RECURSOS:
Datashow;
Tela de projeção;
Pendrive;
Vídeo;
Música natalina;
Slides;
Caixa de som amplificada;
Microfone;
Escola Miguel Teixeira;
Ônibus escolar;
Lousa
Papel ofício;
Lápis;
Balões;
Palitos pequenos de pontas;
Pipocas;
Pirulitos;
Bombons;
Sonhos de noiva;
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Salgadinhos;
Suco de fruta;
Guardanapos;
Copos descartáveis;
5.6 AVALIAÇÃO:
7. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Com fito nos objetivos propostos neste trabalho considera-se que os mesmos foram
atingidos. Durante o estágio institucional supervisionado I, pôde-se constatar a partir das
observações nas salas de aulas do 3º ao 5º ano, um conflito bastante acentuado entre
professor/aluno. Esse conflito ocorre devido à indisciplina, a falta de limites e o desinteresse
por parte de alguns alunos, de tal modo que está afetando o processo ensino/aprendizagem em
toda a turma. E para o enfrentamento do problema se buscou, fundamentando-se nos
pensadores nomeados neste trabalho, realizar este projeto de intervenção abordando a
indisciplina e a falta de limites em sala de aula, direcionado às crianças e aos jovens
observados. Com isso, visou-se conscientiza-los sobre as consequências da indisciplina dentro
e fora da sala de aula, como um fator agravante para o seu fracasso escolar e profissional.
Ainda na fase de observação percebeu-se a angústia dos professores quanto a
manutenção da disciplina e da ordem na sala de aula, bem como o esforço dos mesmos para
que os alunos ficassem atentos ao que estava sendo exposto na aula. Ao se estabelecer um
diálogo inicial com os alunos, verificou-se a necessidade de também abordar-se o lado afetivo
e parceiro na relação ensinante e aprendente, de modo a criar-se um vínculo de confiança em
que os saberes fossem partilhados sem a necessidade de cobranças de lado a lado.
Considerando que sendo o lado afetivo parte importante na vida do ser humano, eis aí a chave
para a conhecer-se as emoções e a percepção das ansiedades, frustrações e aflições por que
passam os alunos.
anteriormente, ao final de 02 horas de atividades foi possível verificar pelos relatos dos
participantes que os objetivos os quais pretendia-se alcançar foram satisfeitos.
O grupo de estagiários ficou bastante surpreso com a resposta positiva obtida ao serem
avaliados os resultados. O que ficou bastante claro durante o período de observação e
intervenção Psicopedagógica é que o cotidiano escolar da instituição campo de estágio precisa
incorporar mudanças que proporcionem ao aluno o prazer de estarem na escola. Evidenciou-
se também que esse aluno tem necessidade de sentir-se acolhido e tratado com afeto, dando-se
a ele responsabilidades, cobrando resultados, mas valorizando e reforçando os resultados
positivos e ou satisfatórios por ele alcançados em quaisquer das atividades propostas intra ou
extraclasse.
Foi possível durante o período de duração desse estágio acrescentar-se à formação,
respostas às perguntas que estavam sempre presentes no fazer diário da sala de aula, no que
concerne a percepção por parte do aluno de que ele tem plena capacidade para refletir e emitir
opiniões desde que sejam oportunizadas situações em que possam se expressar livremente
sem o temor de repreensões.
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REFERÊNCIAS