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Diferença entre Psicologia escolar,

Psicologia da Educação e
Psicopedagogia

Fernanda Almeida
Psicologia Escolar / Educacional

Psicologia Escolar e Educacional têm-se constituído


historicamente como importante campo de atuação da
Psicologia.
Psicólogos escolares e educacionais são profissionais que
atuam em instituições escolares e educativas, bem como
dedicam-se ao ensino e à pesquisa na interface Psicologia e
Educação.
Psicologia Escolar / Educacional

As concepções teórico-metodológicas que norteiam a


prática profissional no campo da psicologia escolar são
diversas, conforme as perspectivas da Psicologia enquanto
área de conhecimento, visando compreender as dimensões
subjetivas do ser humano.
Psicologia Escolar / Educacional

Algumas das temáticas de estudo, pesquisa e atuação


profissional no campo da psicologia escolar são: processos
de ensino e aprendizagem, desenvolvimento humano,
escolarização em todos os seus níveis, inclusão de pessoas
com deficiências, políticas públicas em educação, gestão
psicoeducacional em instituições, avaliação psicológica,
história da psicologia escolar, formação continuada de
professores, dentre outros.
Psicologia Escolar / Educacional

Autores há que reduzem a Psicologia da Educação


praticamente à Psicologia Escolar. Mas aquela ultrapassa o
âmbito da escola, é mais teórica e centrada na investigação,
preocupando-se essencialmente com o “desenho” dos
sistemas instrucionais ou com o processo ensino
aprendizagem, procurando torna-lo mais rigoroso e
científico, enquanto a Psicologia Escolar é mais
intervencionista e prática.
Psicologia Escolar / Educacional

Todavia, também a Psicologia da Educação tem a sua vertente


prática de investigação-acção, como a Psicologia Escolar se
pode dedicar à investigação.
Há quem dê à Psicologia Escolar uma conotação mais
psicológica ou mais pedagógica. Ela inspira-se na psicologia
para melhor servir a educação.
Interessa-se pela criança na situação de aluno.
Preocupa-se pelos problemas práticos que também teóricos. É
a ciência da realidade escolar, ou seja interessa-se pela
organização científica da escola.
Psicologia Escolar / Educacional

Para Zazzo (cit por Juif e Dovero) a psicologia escolar


busca os seus temas na própria escola, embora sem fazer
dela um laboratório. Não tem problemas específicos; a sua
função é resolver os problemas da escola e dos alunos,
tendo como termo de comparação a criança normal,
esforçando-se para não “psiquiatrizar” os problemas.
Dada a extensão da escolaridade obrigatória, é mais
elevado o número de crianças com dificuldades e
necessitadas de atenção especial.
Psicologia Escolar / Educacional

O conceito de psicologia Escolar / Educacional abrange a


intersecção entre a Psicologia na escola e a Psicologia na
Educação;

Atribui-se à Psicologia escolar o estatuto de aplicada


( visando a actuação prática) e à Psicologia da Educação o
estatuto da investigação (visando a pesquisa), mas ambas se
completam e se apoiam.
Psicologia Escolar / Educacional

Nos Estados Unidos, a American Psychology Association


(APA) tem duas divisões (secções) nesta área. Na 15 inclui-
se o psicólogo educacional, a quem compete desenhar,
desenvolver e avaliar procedimentos para a instrução,
dedicando-se fundamentalmente à investigação.
Na 16 inclui-se o psicólogo escolar que actua essencialmente
a nível prático, cuidando de melhorar o desenvolvimento
cognitivo e sócio-emocional da criança, intervindo em
actividades de orientação e avaliação etc.
Psicologia Escolar / Educacional

Mas mesmo na América as fronteiras não são claras e muitos


psicólogos encontram-se inscritos nas duas secções. Noutras
nações a distinção é ainda mais ténue. Em geral pode adscrever-
se ao psicólogo educacional uma função mais voltada para a
investigação e ao psicólogo escolar um trabalho mais aplicado,
mas ambos em contínua interacção, pois o psicólogo escolar
proporciona temas de investigação ao psicólogo educacional, sem
deixar também ele de investigar na acção, enquanto o psicólogo
educacional pode outrossim intervir concretamente (cf.
Genovard et al., 1987, pp. 30-32).
Psicologia Escolar / Educacional

A psicologia escolar é o ramo da psicologia que se interessa pelo


modo como a escolaridade afecta os alunos em geral e como esses
alunos interagem com a escola e com todos os que fazem parte
dela;

A Psicologia Escolar tem como referência conhecimentos


científicos sobre o desenvolvimento emocional, cognitivo e social,
utilizando-os para compreender os processos e estilos de
aprendizagem, para poder direcionar a equipa educativa na busca
de um constante aperfeiçoamento do processo de ensino-
aprendizagem;
Psicologia Escolar / Educacional
A sua função na equipa multidisciplinar é fundamental para
apetrechá-la de conhecimentos e experiências científicas, para
auxiliar na tomada de decisões como:
Desenvolvimento de técnicas inclusivas para alunos com
dificuldades de aprendizagem e/ou comportamento, programas de
desenvolvimento de habilidades sociais;
Selecção de estratégias de manejo de turma, apoio ao professor no
trabalho com a heterogeneidade presente na sala de aula;
Distribuição apropriada de conteúdos programáticos (de acordo
com as fases do desenvolvimento humano) e outras questões
relevantes no quotidiano da sala de aula, nas quais os factores
psicológicos tenham papel preponderante.
Psicologia Escolar / Educacional

A Psicologia Escolar não deve se constituir em algo que se


sobreponha ao processo educativo. Ela deverá estar
sintonizada com todos os profissionais técnicos e
especialistas da escola para não perder de vista o
cumprimento dos objectivos de cada área e da função social
da instituição.
Psicologia Escolar / Educacional

Hoje o objectivo principal da psicologia escolar, está virado


para a prevenção. Através de acções com directores,
professores, orientadores, pais e alunos. Avaliação,
diagnostico, acompanhamento e orientação psicológica são
aplicados dentro de um contexto institucional e não mais
exclusivamente voltados ao aluno.
Para casos que requeiram, realizam-se encaminhamentos
clínicos.
Psicologia Escolar / Educacional

Definição de Psicopedagogia: Especialização dentro da


Pedagogia e/ou Psicologia que trata dos distúrbios de
aprendizagem (crianças que possuem dificuldades para
aprender).
O objecto de estudo da psicopedagogia está estruturado
em torno do processo da aprendizagem humana e a
influência do meio
Competências do Psicólogo escolar

O Relatório da Comissão Langevin-Wallon aponta duas


competências à psicologia escolar:

1) Auxiliar uma melhor adaptação do aluno à escola;


2) Auxiliar uma melhor adaptação da vida escolar aos
interesses da criança (in Juif e Dovero, 1975, p. 102 –
103).
Competências do Psicólogo escolar

Nesse Plano podia ler-se que incumbia ao psicólogo “ o


controlo psicológico dos alunos, dando o seu contributo à
orientação escolar, à apreciação das consequências
psicológicas dos métodos educativos, à adaptação dos
programas às aptidões próprias de cada idade” ( in
Guillemard, 1982)
Competências do Psicólogo escolar

Segundo Planchard (1973, 1975), o psicólogo escolar deve ocupar-


se:
1) Dos problemas de inadaptação individual, também chamados
casos-problema;
2) Da orientação escolar e profissional, atingindo a totalidade dos
alunos;
3) Da investigação sobre métodos, ensaio de novos métodos,
elaboração científica dos programas e dos manuais, verificação
do rendimento escolar (testes), inquéritos e estatísticas, etc.,
o que se pode designar de “pedagogia experimental”.
Competências do Psicólogo escolar

Juif e Dovero (1975) fazem o inventário das tarefas do


psicólogo escolar sob três rubricas:
1) Em psicologia individual: auxiliar o professor a “conhecer
a criança não só nas suas particularidades, mas também
na sua evolução psicológica” (Wallon)- preocupação
diferencial e genética.
Assim, o psicólogo pode levar os professores a analisar
melhor os fracassos escolares, a orientar a criança, a
compreender melhor o rendimento, distinguindo entre
crianças mais ou menos dotadas, etc.;
Competências do Psicólogo escolar

2) Em psicologia de grupo: estudo do ambiente escolar, da


turma, etc., atento à interação da criança com o seu
ambiente que é principalmente a turma (relação com os
colegas e com os professores);
3) No plano da investigação, observando particularmente o
comportamento dos alunos em todas as dimensões: afectiva,
cognitiva, etc.
Competências do Psicólogo escolar

H. Caglar dedica um livro à La Psychologie scolaire (1983)


dando uma visão mais ou menos completa de toda a
problemática, inspirando-se bastante na psicanálise.

Falando dos campos de intervenção do psicólogo escolar,


distingue fundamentalmente:
1) A classe: exame da situação a pedido dos interessados,
experimentação das inovações e avaliação dos métodos
pedagógicos;
Competências do Psicólogo escolar

2) O aluno: prevenção da inadaptação e do insucesso escolar,


exame do aluno em dificuldade e em situação de insucesso
(atrasados, pouco dotados, perturbações de linguagem e de
personalidade) e orientação escolar (exames psicológicos,
entrevistas…);
3) A família: significação da inadequação no “vivido” familiar,
anamnese da situação, etc.
4) Professores: a sua actuação a nível do aluno e da classe;
5) Investigação que tende a centrar-se hoje na personalidade
do aluno e na relação educativa professor – aluno.
Competências do Psicólogo escolar

Caglar (1983) fala dos métodos (observação contínua,


exame psicológico individual, dossier psicológico e escolar,
apoio psicopedagógico, animação de grupos de professores e
de pais) e dos instrumentos (testes diversificados de
inteligência, de personalidade, entrevista familiar e
individual) que o psicólogo escolar deve ser capaz de usar
convenientemente.
Refere-se ainda à formação do psicólogo escolar, teórica e
prática.
Competências do Psicólogo escolar

Andrey e Le Men intitulam um livro precisamente La


psychologie àl`école (1974) e afirmam, já desde uma
perspectiva mais abrangente, que o papel específico do
psicólogo escolar é ser agente do processo de mudança que
promove:
1) mostrando que a origem de numerosas inadaptações
escolares se deve procurar na instituição escolar mais do
que na criança;
Competências do Psicólogo escolar

2) Esclarecendo os aspectos colectivos dos fenómenos


constatados (recusa da autoridade, aborrecimento no trabalho
escolar…);
3) Fornecendo aos professores informações da psicologia
científica sobre a vida dos grupos;
4) Participando na investigação científica sobre os diversos
aspectos da vida escolar;
5) Mantendo-se à escuta do mundo escolar e das reacções dos
diversos intervenientes (o psicólogo escolar deve voltar-se
resolutamente para a psicologia social ou psicossociologia).
Competências do Psicólogo escolar

Em conclusão, estes e outros autores esperam do psicólogo


escolar competências variadas como psicólogo, pedagogo e
psicossociólogo, insistindo uns mais num aspecto, outros
noutro, e havendo até quem defenda que eles deveriam ser
preferentemente professores para melhor poderem
compreender a escola.
Competências do Psicólogo escolar

O psicólogo escolar deve actuar predominantemente , mas


inseparavelmente, conforme os casos, a nível:
1) Psicológico: psicologia individual (diferencial e evolutiva) e
grupal (interacção dos alunos entre si e com o professor na
turma); casos normais e anormais (crianças inadaptadas);
2) Psicopedagógico (e didáctico): orientação escolar e
profissional, ajuda aos professores sobre novos métodos e
programas, luta contra o insucesso, ajuda à família dos
alunos, etc.;
Competências do Psicólogo escolar

3) Experimental ou de investigação: influência do ensino no


comportamento, diferenças sexuais na aprendizagem…
Dadas as vastas competências e a amplitude do campo de
actuação do psicólogo na escola, houve quem defendesse (e
na França existiu esse modelo) duas figuras: a do psicólogo
propriamente dito e a do conselheiro de orientação escolar
e profissional. Mas estes dois agentes colidiam em algumas
competências e não agiam sobre todo o sistema, como se
impunha.
Competências do Psicólogo escolar

Enfim, o psicólogo escolar, a exemplo do médico, deve antes


prevenir que remediar e principalmente deve promover.

Promoção de todos os agentes educativos (alunos,


professores, pessoal auxiliar, pais) e do aluno considerando
na sua globalidade. Deve, enfim, preocupar-se com o
diagnóstico da situação mas mais ainda com o prognóstico.
Competências do Psicólogo escolar

A Psicologia Escolar tem sido considerada até agora


como uma área secundária da Psicologia, vista como
relativamente simples, não requerendo muito preparo,
nem experiência profissional.

Dentro da instituição-escola é pouco valorizada, até


mesmo dispensável, haja vista a inexistência de
serviços dessa natureza, enquanto os de Orientação
educacional e Supervisão escolar são previstos e
regulamentados por lei.
Competências do Psicólogo escolar

Uma outra abordagem seria a da ação preventiva da


Psicologia Escolar. Prevenir significa “ antecipar-se”,
“evitar” "livrar-se de" , "impedir que algo suceda". No
contexto da escola o que se pretenderia evitar ou impedir?
A existência de problemas, de dificuldades ou fracassos?
Competências do Psicólogo escolar

A conotação por vezes encontrada, entretanto, parece


ser a de evitar desajustes ou desadaptações do aluno.

Maria Helena Novaes, ao defender a importância


da formação adequada do psicólogo escolar e sua
responsabilidade profissional, afirma que "dado o caráter
sobretudo preventivo da atuação do psicólogo escolar,
essa orientação (psicológica) merece tanto ou mais
cuidado do que qualquer outra, pois tem como meta
principal o ajustamento do indivíduo.
Competências do Psicólogo escolar

O psicólogo escolar deve conhecer quais as influências que


agem sobre as escolas e de que modo reagem os que são
afectados por ela;

Tendo em conta que as escolas apresentam dificuldades e


que em geral não são correspondidas às necessidades de
muitas crianças, é necessário que se faça alguma coisa. É
neste espaço que entra o psicólogo escolar, que estaria nas
escolas actuando com os alunos e professores, fazendo parte
do sistema escolar;
Competências do Psicólogo escolar

A sua actuação tem carácter preventivo e reeducativo.


Na área da prevenção, sua acção pode ser direcionada:
 À neutralização das influências negativas de certas
condições sociais e/ou educativas;
 À informação e transmissão de conhecimentos
específicos ou diferenciação de linhas de acção.
Competências do Psicólogo escolar

Na área da reeducação, actua na busca de soluções para


problemas já diagnosticados, visando transformar as
situações deficitárias em formas que beneficiem o
cumprimento dos objectivos educacionais.
Competências do Psicólogo escolar

O Psicólogo Escolar desenvolve actividades direccionadas


com alunos, professores e funcionários.
Actua em parceria com a direcção da escola, familiares e
profissionais que acompanham os alunos fora do ambiente
escolar.
- Planear e desenvolver projectos para amenizar a
ansiedade dos alunos, utilizando técnicas de relaxamento e
dinâmicas;
Competências do Psicólogo escolar

 Promover campanhas solidárias e visitas a entidades


filantrópicas com a finalidade de desenvolver a
responsabilidade social dos alunos;
 Promover e realizar palestras abertas com alunos e
professores com temas específicos para cada
problemática (sexualidade, adolescência, auto-estima,
indisciplina etc.);
Competências do Psicólogo escolar

 Executar oficinas pedagógicas em sala de aula,


elaboradas e realizadas em conjunto com professores de
acordo com a demanda de cada turma;
 Actuar como facilitador das relações interpessoais da
equipa escolar;
 Trabalhar questões da adaptação dos alunos, ex. Tarde
de convivência;
 Orientação vocacional.
Competências do Psicólogo escolar

O papel do psicólogo escolar passa também por elaborar


diagnóstico e encaminhamento das crianças com suspeita de
dificuldades de aprendizagem para especialistas da área.
Estratégias de intervenção

Problemas relacionados com sexualidade, violência, baixa


qualidade nas aulas, furto, uso de drogas, professores
desmotivados, agressividade, desobediência e rebeldia.
Possíveis causas

Falta de orientação dos pais e educadores, desinformação


social, preconceitos, drogas ilícitas, ausência de limites e
regras sociais claras, problemas de origem familiar,
metodologia inadequada, falta de comunicação.
O Psicólogo Escolar agente de mudanças

Uma outra alternativa que nos parece mais adequada e que


não exclui, pelo contrário, se beneficia das contribuições da
Psicologia clínica e da Psicologia educacional, seria a do
psicólogo escolar como agente de mudanças dentro da
instituição-escola, onde funcionaria como um elemento
catalisador de reflexões, um conscientizador dos papéis
representados pelos vários grupos que compõem a instituição.
O Psicólogo Escolar agente de mudanças

Nessa perspectiva precisa-se, de um profissional


experiente, com preparação ampla e diversificada, uma vez
que a Psicologia escolar é então encarada como uma área de
intersecção entre a Psicologia clínica e a Psicologia
organizacional, por trabalhar e lidar com uma instituição
social complexa, hierarquizada, resistente à mudança e que
reflete a organização social como um todo. Nessa
perspectiva é importante considerar o indivíduo sem perder
de vista, entretanto, sua inserção no contexto mais amplo
da organização.
Perspectiva histórica da Psicologia escolar

A escola foi durante muito tempo abandonada a si mesma,


ficando a solução dos problemas entregue à instituição e à boa
vontade dos professores. Assim acontece ainda na maior parte
dos casos, designadamente nos países menos desenvolvidos
psicopedagogicamente, apesar dos esforços e progressos
realizados ultimamente, podendo já algumas escolas usufruir da
presença do psicólogo educacional, embora muitas vezes o
grande número de alunos e outras condições adversas não
permitam um trabalho frutífero, além de o psicólogo estar ainda
muito ausente das instituições pré-escolares e do ensino básico,
quando a intervenção precoce resolveria muitos problemas.
Perspectiva histórica da Psicologia escolar

De qualquer modo, todo o apoio dado à escola é pouco, devido às


suas grandes responsabilidades e incumbências.
O psicopedagogo pode ajudar a resolver os múltiplos problemas,
como seja:
 Dificuldades de adaptação da criança à escola;
 influência do ensino sobre o comportamento global dos alunos;
 Métodos diferenciais de tratamento do comportamento e da
aprendizagem das crianças;
 Crise da adolescência e contributo da escola para uma recta
solução, orientação vocacional, etc.
Perspectiva histórica da Psicologia escolar

A designação de “psicologia escolar” surgiu por volta de


1920, mas já antes o psicopedagogo A. Gesell se atribuía o
título de “psicólogo escolar”.
O “Projecto de Reforma do Ensino” de 1947, nascido da
Comissão orientada por Langevin e Wallon, foi o primeiro
texto oficial que em França cita a psicologia escolar.
A partir daí, Wallon começou a formar psicólogos escolares,
inicialmente para a escola primária.
Perspectiva histórica da Psicologia escolar

Desde então esta figura tornou-se cada vez mais presente


e indispensável na escola, ao lado do médico, dos
assistentes sociais e outros constituintes da equipa médico-
sócio-psico-pedagógica.
No que respeita a Portugal, só em 1983 o Ministério da
Educação decidiu que os novos cursos profissionais e
técnico-profissionais fossem apoiados por peritos em
orientação escolar e profissional.
Perspectiva histórica da Psicologia escolar

Foi criada uma comissão com este objectivo e começaram a


ser colocados psicólogos, saídos das primeiras Faculdades
de Psicologia.
Entretanto a Lei de Bases do Sistema Educativo, de 1986,
previa o serviço de psicologia e de orientação vocacional nas
escolas, mas só em 1991 um Decreto/Lei cria efectivamente
esses serviços (Abreu, 1996 pp. 219-235; Raposo,1998,
relaciona o sistema educativo português e a formação de
psicólogos escolares).
Perspectiva histórica da Psicologia escolar

Não obstante, só em 1997 foi definitivamente oficializada a


carreira e o estatuto de psicólogo escolar.
Todavia, ainda hoje há uma grande falta destes técnicos
nas escolas e muitos dos que já estão colocados continuam a
trabalhar em condições precárias.
Referências Bibliográficas

11. Oliveira B. Psicologia da Educação 2 Ensino – Professor.


Livpsic: Porto: 2005.

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