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INSTITUTO SUPERIOR DE CIÊNCIAS E EDUCAÇÃO A

DISTÂNCIA

FACULDADE DE CIÊNCIAS DE EDUCAÇÃO

LICENCIATURA EM ENSINO DE GEOGRAFIA

Alberto Domingos Guiambisse Cod-41221310

O Uso de Meios Ilustrativos como Factor Motivador nas Aulas de Geografia

Maio 2023
Alberto Domingos Guiambisse Cod-41221310

O Uso de Meios Ilustrativos como Factor Motivador nas Aulas de Geografia

Este Trabalho de pesquisa surge no âmbito


da disciplina de geografia tendo como tema
O Uso de Meios Ilustrativos como Factor
Motivador nas Aulas de Geografia, para fins
de avaliação

May 2023

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Índice
Resumo..................................................................................................................................................4
Introdução............................................................................................................................................5
Contextualização.................................................................................................................................6
A relação do professor com as metodologias de Ensino de Geografia........................................8
Conclusão............................................................................................................................................11
Referências bibliográficas................................................................................................................12

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Resumo

Este estudo propôs como tema: O Uso de Meios Ilustrativos como Factor Motivador nas Aulas de
Geografia. Esta pesquisa além de abordar: O Uso de Meios Ilustrativos como Factor Motivador nas
Aulas, através desta pesquisa analisou a utilização desses meios pelos professores das Instituições
Públicas de Ensino. Para desenvolvimento do estudo inicialmente foi realizada a revisão bibliográfica
para descrever as teorias que abordassem as metodologias e a utilização dos recursos didácticos para
o ensino da Geografia para compreensão dos caminhos que levam a qualidade de ensino desta
Ciência.

Palavras-Chave: Recursos didácticos, Metodologia, Geografia.

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Introdução

O ensino de Geografia abre a possibilidade de estudo da relação homem-


meio, possibilitando assim, melhor explicar a sociedade e sua organização no
espaço. A Geografia ao analisar esta organização para melhor compreensão e a
construção do conhecimento geográfico implica no desenvolvimento de métodos
que contribuam com o ensino desta Ciência. Ao elaborar propostas de ensino de
Geografia para determinados conteúdos específicos são necessários instrumentos
adequados para desenvolver as actividades, o que permitirá ao educando uma
melhor adequação e entendimento compreensão das propostas desta disciplina.
Tais práticas didácticas podem ser desenvolvidas a partir de diversas metodologias
e com o uso de diferentes recursos, por exemplo, com projectos desenvolvidos em
sala de aula, através do uso dos equipamentos de informática, através de pesquisa
de campos, de entrevistas, de excursões ou, ainda, a partir da introdução a
Geografia Instrumental, que favorece um estudo pleno das habilidades práticas. O
ensino de Geografia contribuir para o desenvolvimento de habilidades, como
observar, descrever, analisar, orientar-se, argumentar, entre outros; portanto, é
necessário que o educador esteja preparado para estimular, auxiliar o aluno a
desenvolver tais habilidades. Assim, o livro didáctico não deve ser o único
norteador da prática em sala de aula. O professor deve buscar alternativas, através
dos recursos didácticos diferenciados, como recursos multimídia (dvd,
computador), bússolas, mapas, entre outros, que possam complementam as
propostas dos livros didácticos e, ainda, que devem ser estimuladoras ao educando.

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Contextualização

Mesmo parecendo uma alternativa pouco complexa, sempre há


necessidade de seguir um caminho a fim de chegar a um objectivo proposto. Esse
caminho com certeza será encontrado seguindo-se o raciocínio de alguns autores,
os quais nos orientam, com suas teorias e sugestões, bem como, registos de
pesquisas e análises para que sejam analisadas e utilizadas em momentos
oportunos. De modo geral, os grandes pensadores concordam que os professores de
Geografia deveriam ter uma boa formação teórica e procurassem colocar isso em
prática, através de acções concretas, envolvendo os alunos nessas acções,
dinamizando suas aulas e tornando-as mais interessantes. Assim sendo, destacamos
algumas ideias e sugestões que foram consideradas adequadas para o
desenvolvimento deste projecto. No que se refere ao objecto da Geografia,
segundo Morais (2005) podemos entender por Geografia e seu objecto o:

“estudo da superfície terrestre, descrição da Terra, estudo da paisagem,


estudo da individualidade dos lugares, estudo da diferenciação das áreas,
estudo do espaço, estudo das relações entre o homem e o meio ou, entre
a sociedade e a natureza, a acção humana na transformação do meio, a
relação que existe entre os dados humanos e os naturais”. (Morais, 2005,
p.31 a 37).

Conclui o autor que todos esses são objectos da Geografia Tradicional e


afirma que as várias definições formais, com relação ao objecto da Geografia,
atestam a controvérsia reinante. 3 Santos (2004), diz que os objectos que
interessam à Geografia podem ser móveis ou imóveis: “uma cidade, uma barragem,
uma estrada de rodagem, um porto, uma floresta, uma plantação, um lago, uma
montanha”. Também coloca que, para os geógrafos, objectos são tudo o que existe
na superfície da Terra, toda a herança da história natural e todo o resultado da
acção humana que se objectivou. Vesentini (2000), prioriza a acção humana
construindo e reconstruindo o espaço e entendendo-se por espaço geográfico todo
o espaço onde possa ser observada a acção humana na natureza:

“O espaço geográfico não é apenas o local de morada da sociedade


humana, mas principalmente uma realidade que é a cada momento (re)
construída pela actividade do ser humano” (Vesentini, 2000.p.10).

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No que se refere à acção, essa temática nem sempre foi um consenso entre
os geógrafos. Ao longo dos tempos, houve pontos altos e baixos em sua trajectória,
conforme análise realizada, principalmente na parte da Geopolítica, considerada
por vários autores como a “Geografia da Acção”. Após atingir pontos elevados,
durante o expansionismo europeu, principalmente no nazismo alemão e no
fascismo italiano, a Geografia recebeu duras críticas por parte de alguns geógrafos
da própria Alemanha e de professores universitários franceses, na parte da
disciplina que se refere à Geopolítica, sendo condenada no pós - guerra, por ter
sido utilizada pelos nazistas, para justificar sua acção política, expansionista e
racista. No Brasil também houve geógrafos que aderiram a essa linha de
pensamento crítico, com relação à Geopolítica, de acordo com Sodré (1986)
existem dois caminhos geográficos: o científico e o ideológico, colocando a
Geopolítica na trilha ideológica. Ressalta que:

“A Geopolítica representa a culminância da trilha ideológica. Claro está


que, sendo a ciência sempre vinculada a ideologia, também os chamados
possibilistas trabalham uma ciência de classe. Defendemse, até mesmo
por decoro profissional, de misturar-se à trompilha dos geopolíticos”.
(Sodré, 1986, p. 54).

Em seguida, elogia a obra dos possibilistas, sobre a dominação burguesa,


destacando que o carácter humano e cultural não pode ser ignorado. Mas logo
adiante, retoma a crítica à Geopolítica, dizendo que os conteúdos de Geografia
poderiam ser incorporados às disciplinas de História e Ciências, por exemplo:

Entretanto, Lacoste (2005), veio em defesa da Geopolítica, criticando a


Geografia ensinada nas universidades pelos geógrafos franceses, de caráter
científico e mostrando-se desinteressada dos problemas sociais. Chama a atenção
dos geógrafos universitários franceses, que utilizavam esse tipo de Geografia a qual
não mais interessava aos alunos, pois a consideravam “simplória e enfadonha”.
Também considerava que isso seria, com certeza, uma das causas do fracasso
escolar.

Para reforçar as ideias de Lacoste sobre a importância da acção, utilizamos


palavras de Santos (2004), que também defende a importância da acção nas aulas
de Geografia e, para esse fim, utiliza como exemplo palavras de Werlen (1993) que

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declara: “Sendo a Geografia social uma ciência baseada na acção, não é o “espaço”
a principal unidade de análise, mas a “acção” e o “ato”“.

Em seguida, declara que: “a Geografia é uma ciência da ação, de uma ação


subjectiva que deve ser destacada numa pesquisa geográfica, onde deve ser
considerada a dimensão espacial, mas ela não é a causa dos eventos, nem da
acção”.

Aos autores que sugeriram a extinção da disciplina de Geografia, por


exemplo, Sodré (1986), Lacoste (2005) responde declarando que, para tornar as
aulas de Geografia mais interessantes, o retorno à Geopolítica, com destaque para
as lutas de classe, seria necessário: “É importante hoje, mais do que nunca, estar
atento a esta função política e militar da Geografia, que é sua desde o início”.
(Lacoste, 2005, p. 30).

A relação do professor com as metodologias de Ensino de Geografia

A Geografia é uma ciência social que estuda a relação entre o homem e o


meio. Como disciplina escolar a Geografia busca o entendimento das relações que
se estabelecem entre o homem e a natureza. Cabe ao educador estar atendo aos
currículos e temas a serem abordados para a melhor compreensão da disciplina.

Geografia tem como objetivo explicar e compreender as relações entre a


sociedade e a natureza e, como se dá a apropriação entre elas.

O PCN’s2 traz a abordagem desta Ciência: Na busca dessa abordagem


relacional, a Geografia tem que trabalhar com diferentes noções
espaciais e temporais, bem como com os fenômenos sociais, culturais e
naturais que são característicos de cada paisagem, para permitir uma
compreensão processual e dinâmica de sua constituição. (PCN’s, p. 25).

A Ciência Geográfica tem por objeto de estudo a sociedade sob prisma de


sua organização espacial e que essa área de investigação oferece como
possibilidade concreta o entendimento sobre a realidade, ao trabalhar temas como
a paisagem, o território e o lugar favorece a compreensão do espaço geográfico.

E para chegar ao objetivo do ensino da Geografia fazem-se necessárias


propostas didáticas pedagógicas e a prática escolar onde o ensino deve que estar

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voltado ao do sucesso dos alunos, para seu desenvolvimento e crescimento. E “na
prática cotidiana, no espaço de sua sala de aula o professor pode favorecer a
aprendizagem escolar desenvolvendo ações de modo a ensinar seus alunos a pensar
e a aprender”. (FILIZOLA, 2009, p. 35). O processo de ensinar implica em uma nova
forma de conceber a sala de aula, não devendo ser apenas um local de transmissão
de conhecimento, mas um local da construção de valores e comportamentos, de
aquisição de uma mentalidade científica lógica e participativa.

Recursos didáticos e sua importância para as aulas de Geografia. Para


melhor abordagem científica no ensino de Geografia a adoção de recursos didáticos
é um dos meios em que o educador pode recorrer para trabalhar de forma mais
adequada em sala de aula. O uso dos recursos didáticos pode despertar o interesse
do educando pela ciência Geográfica. “Os materiais didáticos são muitos
importantes e servem como meios para auxiliar a docência, buscando mais
significância e positividade”. (BASTOS, 2011 p. 45).

Sobre o ensino SANT’ANNA e MENZOLLA (2002), diz que: O ensino


fundamenta-se na estimulação que é fornecida por recursos didáticos que
facilitam a aprendizagem. Esses meios despertam o interesse e provoca a
discussão e debates, desencadeando perguntas e gerando ideias.
(SANT’ANNA; MENZOLLA 2002, p. 35).

O ensino de Geografia proporciona ao educando o processo de descoberta


do espaço ao qual está inserido e produz a reflexão e construção de conhecimento
geográfico. Ao desenvolver as actividades com o emprego de recursos no ensino de
Geografia, é possível tornar as aulas mais dinâmicas e prazerosas, oferecendo aos
alunos diversas fontes para o entendimento do assunto trabalhado.

Segundo Cavalcanti (2010, p. 47), “O modo de trabalhar os conteúdos


geográficos no ensino supera seu histórico papel de dar conta da apresentação de
dados e da descrição de países, regiões e lugares mencionados.” O conteúdo de
ensino em sala requer do educador uma opção metodológica que favoreça a
aprendizagem do aluno. Para o educador o livro didáctico é uma das ferramentas
importante para o processo de ensino-aprendizagem, pois é um instrumento
acessível ao aluno.
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No ensino de Geografia, ao trabalhar com o livro didáctico o professor deve
traçar caminhos que leve a leitura do espaço geográfico, através dos conteúdos e
as imagens do livro com as diferentes linguagens disponíveis e com o quotidiano de
seus alunos que permitam a reflexão geográfica. “A relatividade do conhecimento
precisa estar presente na análise de qualquer produção didáctica, a fim de que se
trabalhe com o aluno o dinamismo na construção do saber”.

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Conclusão

Neste trabalho detectou-se a importância da Geografia para o professor e seu papel


em sala de aula. Apesar da falta dos recursos didácticos dentro da Instituição de
Ensino, da falta de colaboração e do interesse dos alunos pela disciplina de
Geografia os professores procuram criar condições de aproximação, através da
escolha do material didáctico, de temas que vão de encontro à realidade dos
alunos e também em inseri-los no meio social. O professor é o mediador do
processo ensino-aprendizagem, mesmo que apareçam obstáculos, ele deve sempre
buscar instrumentos que sirvam para intervir na prática pedagógica a fim de
envolver educando no ensino de Geografia. Ao limitar-se o uso dos recursos
didácticos para o ensino da Geografia e não inovar nas práticas pedagógicas notar-
se-á o constante desinteresse do aluno pela disciplina de Geografia, como exposto
pelo professor. O professor deve ter uma atitude reflexiva em relação à geografia,
embora encontrando muitos obstáculos, o professor deverá construir meios
adequados capazes de transformar suas aulas mais eficazes. Assim haverá uma
abertura para questionamentos, debates e construção do conhecimento geográfico.

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Referências bibliográficas

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