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CURSO DE GEOGRAFIA
Beira
2022
Chamila Pedro Adriano
Beira
2022
Sumário
Introdução .................................................................................................................................. 3
Objectivos .................................................................................................................................. 4
Geral ....................................................................................................................................... 4
Específicos ............................................................................................................................. 4
Metodologias.............................................................................................................................. 4
Definição ................................................................................................................................ 5
Introdução
Este trabalho visa abordar sobre a temática saberes locais no processo de ensino e
aprendizagem de geografia: caso da zona centro de Moçambique. Ver o aluno como um ser
passivo e receptivo, traz consigo consequência negativas, pois esta concepção pedagógica é
arcaica e tradicional, com isso a temática desse trabalho visa retirar esta concepção trazendo
uma concepção virada mais para uma elaboração conjunta e uma das formas que fará isso
possível são os saberes locais que são conhecimentos, praticas que uma pessoa adquiri
diariamente na comunidade em que esta inserida.
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Objectivos
Geral
Específicos
Metodologias
Para a elaboração do presente trabalho usamos como método, o método científico que
consistiu em pesquisas na internet de modo a buscar informações diferenciado com intuito de
enriquecer o trabalho, encontrado as informações seguiu-se para a leitura das várias obras que
abordavam acerca do tema em destaque, e realizamos de seguida um breve resumo das
informações seguida da digitalização do trabalho.
Não obstante, visto que o tema está virado mais para pesquisas de campo, tivemos que
procurar, ou seja, identificar os saberes locais dentro das nossas comunidades que podemos
usar no ensino de Geografia. Contudo as pesquisas que realizamos na internet era somente
para nos direccionar.
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Saberes locais
Definição
Segundo Basílio, 2006, Os saberes locais se oferecem sob forma de cultura popular
ordenada em torno do prazer, do mito, de tabus, de crença, de diversão e educação, de rituais
e da sobrevivência. Nas comunidades tradicionais eles se resumem em habilidade, práticas,
atitudes, experiências, mitos, valores e modos de relacionamento com os antepassados e
deuses. […].
Basílio, 2006, vem consolidar esta ordem de ideia afirmando que o termo “cultura
local” […] refere-se às diferentes maneiras pelas quais os grupos humanos vivem e dão
sentido às circunstâncias e às condições de sua vida. Essas maneiras constituem a base dos
saberes locais. Assim, a cultura local é o conjunto de processos históricos colectivos vividos
no quotidiano.
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Uma relação é algo muito importante, que ajuda a consolidar alguma coisa ou uma
informacao fazendo uma troca de informação entre uma área com outra, deste modo, para
Basílio, 2006 a relação entre os saberes locais e os saberes escolares […] é necessário porque
os saberes escolares são o eixo do sistema de educação e os saberes locais são à base da
educação tradicional. Estes últimos atravessam os primeiros e ao perpassarem, tornam-se,
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pela sua pragmática, indispensáveis para a aprendizagem. É neste sentido que se pode falar de
uma relação de complementaridade entre os dois saberes.
Ainda nesta ordem de ideia Mahumane afirma que […] A valorização dos
saberes locais é imprescindível para a promoção do desenvolvimento das ciências
Geográficas, visto que a Geografia é a ciência do espaço e cada local tem suas
particularidades físicas e naturais, que podem ser exploradas e descritas para
enriquecer a ciência geográfica. Portanto é tarefa do professor ligar a escola e a
comunidade de modo a revitalizar os saberes locais, ajudar o aluno a perceber o
conhecimento sistematizado ou seja universal a partir das vivências do quotidiano do
aluno.
É sobre isso que o Mahumane afirma que, […] ensino terá maior eficácia e
eficiência quando o professor deixar de se colocar como autoridade máxima e cujo
conhecimento passado por ele não pode ser contestado.
Concordamos com esta ideia, pois cada pessoa como já fizemos menção é uma
pessoa tem as suas experiencias de vida, então o professor ao considerar-se emissor e
os seus alunos receptor, retira a possibilidade de haver uma troca de experiência e
consequentemente haverá uma desenvolvimento fraco. Acerca disso Mahumane
(2012) afirma que a escola é considerada o local onde se manifestam as contradições
da sociedade local, privilegiado para a busca da construção de um cidadão novo,
crítico, capaz de actuar na transformação da sociedade numa perspectiva em que
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Na região centro podemos encontrar uma série de saberes que podem ser
contemplados no PEA de Geografia, de forma a obter o resultado desejável que poderá
contribuir para o desenvolvimento da comunidade. A seguir faremos uma tabela, onde se fará
menção dos tais saberes, mas organizado em áreas de saberes.
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De acordo com Mahumane, a integração do saber local no PEA de Geografia pode ser
feita tendo em conta as tendências metodológicas e didácticas que norteiam o ensino de
Geografia na actualidade, tais como, aprendizagem centrada no aluno, o ensino por
problematização, a excursão geográfica, o ensino baseado no desenvolvimento das
competências.
Os alunos não são uma massa homogénea, cada aluno é visto como único,
apresentando ritmos e estilos de aprendizagem variados. Assim, as estratégias de
ensino/aprendizagem a serem adoptadas deverão ser diversificadas e ajustadas às
necessidades reais dos aprendentes. Uma ajuda especial aos alunos é necessária para que eles
possam, por um lado, desenvolver métodos de estudo adequados ao seu modo de
aprendizagem e, por outro, trabalhar em pares e em grupos.
O professor, como mediador, deve criar oportunidades para que os alunos possam
desenvolver as competências definidas. Se o professor entrevê em seus educandos o
conhecimento tácito, ou seja, aquilo que é espontâneo, intuitivo, experimental, que revela o
seu conhecimento adquirido no quotidiano, depois, familiarizado com esse tipo de saber, ele
presta atenção no aluno e notará que é curioso a seu respeito, ouve-o, irá surpreender-se com
ele. Agirá como um detective que investiga para descobrir as razões e trabalhar com os
resultados para atingir um fim determinado na sua aula. Esse processo apresenta a vantagem
de poder ser desenvolvido em vários momentos dentro da prática de ensino. Agindo dessa
forma, o professor se reserva a oportunidade de surpreender-se com as atitudes do aluno e, a
partir daí, deve reflectir sobre isso, compreender a razão de haver-se surpreendido, reformular
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o problema suscitado, adquirindo uma nova experiência que lhe vai permitir testar uma nova
hipótese sobre o modo de pensar do aluno.
Nesse sentido como afirma Mahumane (2012), a escola deve promover uma profunda
reavaliação de seus currículos e sobre as competências que o professor deve ter para ensinar,
incluindo nesse novo perfil uma postura reflexiva, ou seja, a capacidade de analisar a
O professor como pesquisador deve estar aberto e ouvir a turma e assumir o papel de
aprendiz, entendendo que quem mais precisa aprender é aquele que ensina, ou seja, aprender
a aprender; nesta ordem o professor ao explorar a realidade próxima dos alunos veiculada nos
saberes locais estará a aprender e fazer aprender os seus alunos. Quando o professor está
aberto para aprender continuamente, deixa de se comportar como dono da verdade.
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Considerações finais
Referência bibliográfica