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DEPARTAMENTO DE TURISMO
A ILHA DE LUANDA
Luanda, 2023
MARIA TITO
MASSANGA PAULO
TELMA DOMINGOS
A ILHA DE LUANDA
3º Ano
Turno: Diurno
Turma: T1
Luanda, 2023
I
Resumo
II
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO..............................................................................................................5
1. ENQUADRAMENTO TEÓRICO........................................................................7
2. A ILHA DE LUANDA.......................................................................................10
2.1. Caracterização.................................................................................................10
2.2. História............................................................................................................10
2.3. Cultura.............................................................................................................11
2.3.1. Habitantes.................................................................................................11
2.8.1. Gerais........................................................................................................20
III
2.9. Principais instalações de alojamento na Ilha de Luanda e nas proximidades
desta 24
CONCLUSÃO..............................................................................................................33
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..........................................................................34
IV
INTRODUÇÃO
Atendendo a relevância que a actividade turística pode ter nas localidades em que se
desenvolve e a necessidade de se desenvolverem estas actividades no território nacional,
sobretudo, pelas potencialidade que Angola possui, em particular, diversos pontos de Luanda,
para o presente estudo se chegou a seguinte pergunta de partida: como transformar a Ilha de
Luanda em destino turístico?
Objectivo Geral
Objectivos Específicos
Justificativa
A Ilha de Luanda, também conhecida como Ilha do Cabo, destaca-se por pelos seus
recursos turísticos naturais e culturais que atraem para esta localidade montes de visitantes
provenientes de diferentes pontos país e, até mesmo, do estrangeiro. Desta forma, é possível
enxergar oportunidades para o desenvolvimento do turismo nesta localidade a julgar pelo
fluxo de visitantes que aí aflue para desfrutar das suas praias, belezas naturais, dentre outras
atracções. Portanto, acredita-se que um planeamento turístico para a localidade torna-se
necessário, de maneira a minimizar os impactos negativos advindos das actividades realizadas
pelos seus visitantes e de modo a se tirar maior proveito de tais actividades.
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A realização deste trabalho por parte dos autores do mesmo teve por base, por um
lado, a consolidação de conhecimentos adquiridos na cadeira de Destinos Turísticos e, por
outro, a contribuição direccionada aos principais stakeholders do sector e aos orgãos
competentes, com vista o desenvolvimento da Ilha de Luanda como destino turístico.
Metodologia
Estrutura do trabalho
O presente trabalho está composto de três partes, nas quais, a primeira parte dedica-se
ao enquadramento teórico do estudo, dando destaque a subtemas como oferta turística,
destinos, produtos, dentre outras questões pertinentes. A segunda parte está reservada à
caracterização da Ilha de Luanda e da sua oferta turística. Já na terceira parte do trabalho,
propôs-se o planeamento, com vista a contribuir na transformação da Ilha de Luanda em
destino turístico.
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1.1. ENQUADRAMENTO TEÓRICO
1.2. A oferta turística
“a oferta turística é um conjunto dos recursos naturais e culturais que, em sua essência,
constituem a matéria-prima da actividade turística porque, na realidade, são esses
recursos que provocam a afluência de turistas. A esse conjunto agregam-se os serviços
produzidos para dar consistência ao seu consumo, os quais compõem os elementos
que integram a oferta no seu sentido amplo, numa estrutura de mercado”.
Segundo Guardani, Aruca e Araujo (1996, como citado por Diez, 2021, p. 33) “é
entendido de produto turístico o conjunto de fornecimentos materiais ou imateriais que são
desenvolvidos e gerados com o intuito de atender as demandas, expectativas e desejos do
turista”.
Concernente a esta questão, a Lei do Turismo de Angola, na alínea k do seu artigo 3º,
define produto turístico como:
Entretanto, a par do que se entendeu de oferta turística, repara-se que produto turístico
refere-se a uma organização dos diferentes componentes da oferta turística com o intuito de
dar respostas a demandas específicas. Nesse sentido, produtos turísticos são o que os destinos
turísticos oferecem aos seus visitantes ou turistas.
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1.4. Destinos turísticos
Segundo os autores Gunn, 1994; Morisson, 2013; Fletcher, Fyall, Gilbert, & Wanhill,
2018, o destino turístico é uma área geográfica para onde os viajantes escolhem visitar e onde
despendem tempo, seja qual forem as motivações, necessidades e expectativas (Howell, 1989)
e onde pernoitam pelo menos uma noite (UNWTO, 2007), sendo imperativa a oferta de
serviços de alojamento (Morisson, 2013).
Fletcher, et al... (2018) indica como uma das principais barreiras na definição a
natureza das fronteiras dos destinos turísticos, na medida em que estas podem ser tanto
administrativas, como políticas ou geográficas. Considerando ainda de maior dificuldade de
definição, Davidson (1997) acrescenta a hipótese de um destino ser delimitado por fronteiras
culturais, como o caso da Thomas Hardy’s Wessex e do Jame’s Herriot Country.
Pearce & Schanzel (2013) identificam como bom destino aquele que vai de encontro
ou excede as expectativas do visitante, que apresenta diversidade de actividades, diferença e
exclusividade, qualidades intangíveis, pessoas simpáticas, possibilidade de convívio e
segurança, assim como pouco congestionamento, boa atmosfera e clima.
No entanto, para que o destino possa oferecer produtos que vão de acordo com as
necessidades dos turistas sem causar prejuízos à comunidade receptora, torna-se necessário
um adequado processo de planeamento turístico.
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O planeamento do turismo é uma tarefa complexa, uma vez que envolve aspectos
relacionados com a ocupação do território, a economia, a cultura dos núcleos receptores, as
características dos destinos emissores e a consequente heterogeneidade dos turistas
(Ruschmann & Widmer, 2000). Ruschmann e Widmer (2000) defendem que o planeamento é
essencial e indispensável para o desenvolvimento de um turismo equilibrado e em harmonia
com os recursos físicos, sociais e culturais das regiões de acolhimento evitando, deste modo,
que o turismo destrua as bases que o fazem existir.
Mais precisamente, a OMT (2019) entende que a gestão de destinos deve adoptar um
enfoque estratégico centrado em vincular elementos geralmente isolados e por vezes
divergentes, alinhando os diversos interesses em prol de um objectivo comum e viabilizando
uma estratégia coerente para o destino. Ou seja, segundo esta perspectiva mais alargada, a
gestão de destinos trata-se de uma estratégia de coordenação não apenas dos elementos que
compõem o destino, mas também dos interesses existentes entre os stakeholders (sejam eles
actores públicos ou privados) envolvidos com a actividade turística (Pavan, Biz & Thomaz,
2015; Roque & Raposo, 2015), buscando avaliar a adequação e eficácia dos produtos
turísticos, instalações, serviços e programas que proporcionam aos visitantes experiências
memoráveis (Fuchs & Weiermair, 2004). Nesse sentido, expectativas, experiências e
satisfação dos turistas tornam-se fatores essenciais para a gestão de destino (Pearce et al.,
2016).
9
2. A ILHA
DE
LUANDA
2.1. Caracterização
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A Ilha de Luanda, localizada em Angola, faz parte do município de Luanda, na
província de mesmo nome, sendo administrativamente parte do bairro da Ilha e do distrito
urbano da Ingombota (Wikipedia, 2022).
2.2. História
Cerca de 1570, Duarte Lopes escreveu, na sua "Relação do Reino do Congo e das
Terras Circunvizinhas", que o lugar chamava-se "Loanda, que quer dizer, naquela língua,
terra rasa, sem montes e baixa", levando a concluir que o local se chamaria assim por ser um
areal raso. No entanto, estudos etimológicos da palavra levam a outra conclusão (Wikipedia,
2022).
Uma outra versão refere que o nome deriva de "axiluandas" (homens do mar), nome
supostamente dado pelos portugueses aos habitantes da Ilha, porque, quando ali chegaram e
lhes perguntaram o que estavam a fazer, estes teriam respondido uwanda, um vocábulo que,
em quimbundo, significa "trabalhar com redes de pesca” (Wikipedia, 2022).
2.3. Cultura
2.3.1. Habitantes
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se a Festa da Quianda (ou Kianda), ritual de veneração à divindade das águas, protectora dos
pescadores (Wikipedia, 2022).
São também típicos da Ilha os pratos Mufete e Muzongué (um tipo de caldo)
(Wikipedia, 2022).
O grupo de carnaval União Mundo da Ilha, foi fundado em 1968 pelos habitantes
indígenas e é um dos grupos de Carnaval mais antigos de Luanda. O grupo possui na sua
galeria 14 títulos e usa nos seus números danças populares como a Varina e o Semba e
canções em kimbundo. Tem na sua constituição mais de duas mil pessoas, entre pescadores,
quitandeiras e peixeiras (Wikipedia, 2022).
Na Ilha também se encontram dois clubes náuticos históricos, o Clube Náutico da Ilha
de Luanda e o Clube Naval de Luanda. É um dos centros de difusão e ensino da arte marcial
tradicional angolana bassula (Wikipedia, 2022).
Do ponto de vista dos componentes fundamentais da oferta turística, que são recursos
naturais e acolhimento, a seguir passa-se a abordar com mais detalhes quanto a estes
elementos para a Ilha de Luanda.
Quanto a este facto, importa realçar que quando se viaja muito, é importante saber
quais são os países mais abertos, isto é, aqueles que não são muito exigentes na questão dos
vistos a visitantes de outros países. Portanto, a pesquisa referida no parágrafo anterior diz
respeito aos países cujas portas estão mais abertas, pelo menos em termos de vistos (Platina
Line, 2022).
O mesmo documento no seu artigo 19.º estipula, igualmente, algumas linhas sobre a
política de formação e qualificação de quadros para o sector do turismo, onde no seu ponto 2
enfatiza que “a formação dos recursos humanos no Sector do Turismo deve centrar-se na
qualificação profissional, disseminando uma cultura de serviço que garanta uma elevada
satisfação de turistas...” (Lei n.º 9/15).
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Ainda, o documento em referência estabelece nos seus artigos 27.º e 28.º,
respectivamente, os direitos e deveres dos fornecedores de produtos e prestadores de serviços
turísticos e, de igual modo, nos seus artigos 32.º e 33.º, respectivamente, estabelece os direitos
e deveres dos turistas (Lei n.º 9/15).
Portanto, a Lei n.º 9/15, que é a Lei do Turismo em vigor em Angola estabelece
diversas linhas respeitantes aos locais de acolhimento, políticas e formas de actuação e gestão
dos locais de acolhimento turístico, com vista a garantir qualidade e excelência nos serviços e
a máxima satisfação dos turistas que visitam o nosso país.
Para além Lei do Turismo, referida anteriormente, que tal como em diversas
localidades do nosso país, igualmente aplica-se no âmbito do turismo para a Ilha de Luanda,
sobre a questão do acolhimento na localidade em estudo podemos ainda encontrar uma grande
variedade de equipamentos turísticos, dos bares aos restaurantes junto ao mar e das
discotecas, hotéis, os mercados de rua, praias, entre outros (Wikipedia, 2022).
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Figura 4 - Pôr do sol na Ilha de Lunda
Fonte: www.google.com, consultado aos 19 de
Dezembro de 2022.
15
Kakulo – ritual geralmente realizado durante a festa da Kianda, que tem a ver com
lançamento de comidas e bebidas ao mar como forma de alimentar os antepassados
(Jornal de Angola, 2018). Segundo Boaventura Cardoso, antigo ministro da cultura,
numa entrevista ao Jornal “O País”, kakulo também é caracterizado como forma de
veneração à Kianda, génio do mar, a fim desta aplacar o mar proceloso e garantir boas
pescarias (O PAÍS, 2021).
Quanto aos bens turísticos básicos criados, para além daqueles localizados na Ilha de
Luanda, também se fará destaque àqueles que, não estando especificamente localizados na
Ilha, se encontram nas proximidades
desta, no distrito urbano da
Ingombota e podem, igualmente,
compor ou servir de oferta turística aos
visitantes da Ilha de Luanda. Deste
modo têm-se:
16
Fortaleza de São Miguel de Luanda – localiza-se no antigo monte de São Paulo,
actualmente denominado de Morro da Fortaleza, nas proximidades da ponte da Ilha de
Luanda. Foi a primeira fortificação a ser erguida em Luanda, no século XVI, durante o
governo de Paulo Dias de Novais (Zunelli, 2016).
Museu Nacional de História Militar – o Museu da Forças Armadas está instalado na
Fortaleza de São Miguel (Mapcarta, 2022).
Museu da Moeda – inaugurado em 2015, o museu apresenta a história do dinheiro
desde o Zimbo até o Kwanza (Ver Angola, 2022).
Monumento do Soldado Desconhecido – monumento com a função de honrar todos
soldados da nação angolana tombados em combate e cujas identidades ou paradeiro se
perderam para sempre (Jornal de Angola, 2017).
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Oferta turística da Ilha de Luanda ligada a aspectos endógenos
De acordo com as suas finalidades, a oferta turística em torno da Ilha de Luanda pode
classificar-se em:
Quanto à oferta turística de recepção na Ilha de Luanda, há uma variedade deste tipo
de oferta nesta localidade, sendo que na presente parte do trabalho apenas serão mencionados
alguns, aqueles especificamente localizados dentro do espaço geográfico que compreende a
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Ilha de Luanda, e dar-se-á destaque mais adiante às estruturas desta natureza que se
encontram, não só na ilha, mas também nas proximidades desta.
Esplanada Grill;
O Convés;
Lookal Beach Club;
Restaurante Macau;
Café Del Mar.
Tamariz;
Miami Beach;
Lookal Beach Club.
No que tem a ver com a oferta turística de deslocação, a seguir serão destacados infra-
estruturas, equipamentos e meios de transportes que permitem directa ou indirectamente o
acesso à Ilha de Luanda. Deste modo, temos:
Mesmo sem suporte de dados oficiais, com base no que se tem observado, arrisca-se a
afirmar que compõem a oferta turística primária da Ilha de Luanda as suas praias, uma vez
que estas têm sido os principais motivos de atracção de visitantes e a razão do surgimento de
diversas ofertas secundárias na localidade, que permitem acolher, alojar, distrair e divertir os
visitantes.
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No que toca ao Sistema de Tratamento de Águas Residuais, com base em iformações
de até três anos atrás, isto segundo a directora Adjunta da Unidade de Tratamento de Gestão
do Saneamento de Luanda (UTGSL), Zenilda Mandinga, “o casco urbano de Luanda conta
apenas com uma rede de esgotos unitária, que recolhe as águas pluviais e residuais, e liga a
um emissário na avenida 4 de Fevereiro (Nova’frica, 2019). Portanto, o Sistema de
Tratamento de Águas Residuais a nível de Luanda carece de melhoria.
Transporte ferroviário
Os serviços do comboio suburbano de Luanda contam com uma rede única interligada.
Tem como principais estações: Bungo (Central de Luanda, localizada no município com o
mesmo nome), Viana e Catete (João, 2015).
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Quanto aos serviços básicos de apoio ao turismo para a Ilha de Luanda, encontramos:
Hospitais
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EN100 (Estrada Nacional nº 100) – é a maior e mais importante rodovia angolana,
com 1858 km de extensão, atravessando as mais ricas e povoadas áreas do território
nacional, sendo pelo menos cinco capitais de províncias angolanas (Wikipedia, 2022).
A EN100 constitui a principal rodovia que liga a Ilha de Luanda aos restantes pontos
do país.
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2.9. Principais instalações de alojamento na Ilha de Luanda e nas proximidades desta
O Hotel Presidente Luanda está localizado a 5,8 km da Ilha de Luanda, e é uma óptima
opção para quem pretenda visitar a localidade ou a cidade de Luanda. A unidade hoteleira
possui uma classificação de 4 estrelas, com uma capacidade de 264 quartos, contem 2
restaurantes e está composto de 26 andares (Hoteis.com, s.d).
O Hotel EPIC SANA Luanda é uma das melhores unidades hoteleira de Luanda, com
comodidades e serviços de alto padrão, o hotel é elevado à categoria de 5 estrelas. O referido
estabelecimento está localizado no distrito urbano da Ingombota, município de Luanda, a 5,3
km da Ilha de Luanda. Esta unidade hoteleira possui 288 cómodos, repartidos da seguinte
maneira: 131 Standard Double; 88 Standard Twin; 16 Master Suites; 50 Apartamentos; 3
Suites Presidenciais (Welcome to Angola, s.d).
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3. PLANEMANTO TURÍSTICO PARA A ILHA DE LUANDA
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Oportunidades Ameaças
Instabilidade económica e financeira em
Turismo de Sol e Mar para investidores 3.2. Angola;
nacionais e internacionais;
Baixo poderio de compra da população;
Possibilidade de criar um produto
Fraco desenvolvimento de infraestruturas
turístico na Ilha de Luanda: Sol e Mar;
básicas (estradas, caminhos-de-ferro,
Diminuição da Taxa de Desemprego; telecomunicações, redes de serviços) a
nível nacional;
Rotas e circuitos turísticos com Boa visibilidade dos outros destinos de
mercados de proximidade. Sol e Praia a nível de Luanda e da região.
Estratégias e Objectivos
O Turismo de Sol e Praia, a servir de produto turístico estruturante da oferta, deve ser
concebido, desenvolvido e potenciado, criando uma combinação única entre o destino e os
seus recursos naturais. Do mesmo modo, produtos turísticos complementares devem ser
criados, optimizados e promovidos, combinando elementos diferenciadores e diversificando a
oferta.
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Neste âmbito, preconiza-se que o desenvolvimento turístico da Ilha de Luanda tenha
por base o seguinte conceito estratégico: “Destino turístico de Sol e Praia de excelência:
oferta de qualidade e diversificada, procura informada e responsável”.
Os diversos objectivos estão relacionados entre si, a sua prossecução deve ser feita em
simultâneo com recurso a medidas compostas.
Quanto ao prazo para a materialização das acções sendo propostas, sugere-se os prazos
de execução propostos para cada fase do Plano Director do Turismo angolano, que são 3 anos
para a fase inicial, isto no sentido de tornar o turismo doméstico uma realidade para a Ilha de
Luanda, e posteriormente 2 anos para a materialização das acções enquadradas para a segunda
fase, isto com o objectivo de direcionar a oferta turística da Ilha de Luanda para os principais
mercados da SADC. E, por último, 5 anos para implementação, na Ilha de Luanda, das acções
que se enquadram na terceira fase das orientações do PDT 2011 – 2020, que é direccionar a
oferta da Ilha de Luanda aos principais mercados internacionais.
Portanto, considera-se necessário dez (10) para a implementação das acções necessárias à
transformação da Ilha de Luanda em destino turístico de referência, sendo primordial a definição de
medidas mais adequadas de avaliação, monitoramento e controlo de forma a garantir o sucesso na
implementação das propostas em cada fase.
Segmentação e target
Concorrentes
Posicionamento
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Enquadrando-se no definido a nível nacional no PDT 2011 - 2020, a Ilha de Luanda
poderá posicionar-se como um destino de diversão e animação a nível nacional, regional e
internacional, alavancando o seu património natural (as praias, áreas de interesse natural) e o
seu património histórico-cultural (MINHOTUR, 2011).
Difernciação
Estratégias de Marketing
Produto
Preço
Com base nas orientações do PDT 2011 – 2020, os preços a serem propostos devem
levar em conta o poderio económico do público alvo. Nesse caso, sugere-se preços para
diferentes bolços, incluindo o turismo social.
Distribuição
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Utilização de canais online, de acordo com as orientações do PDT, e através de
parcerias com operadores turísticas, agências de viagens e empresas hoteleiras.
Comunicação
Controlo e Monitorização
Por mais que resulte evidente, é necessário destacar que em todo o processo devem
participar todos os actores sociais que de forma directa ou indirecta se relacionam com a
actividade turística, sejam endógenos ou exógenos. Além da comunidade local em geral,
existem vários actores que intervém no processo turístico e que também se beneficiarão dos
resultados do desenvolvimento da actividade turística, por exemplo, o setcor público, o sector
privado, os recursos humanos que trabalham na actividade turística, a sociedade civil
organizada e os próprios turistas.
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Entretanto, não se pode falar de actores sociais sem estabelecer a importância que
adquire a cooperação entre os sectores público e privado, buscando permanentemente
solucionar os obstáculos que surgem ao longo de todo o processo turístico. Além da
cooperação intra e intersetorial, é necessário destacar a importância e a necessidade da
cooperação inter-administrativa, ou seja, entre os mesmos organismos da iniciativa pública ou
privada, nos seus diferentes níveis.
Buscando que a gestão pública seja mais eficiente e eficaz, será fundamental
implementar os mecanismos necessários para que a administração seja descentralizada, ou
seja, que a gestão pública seja importante a escala local, dado que é neste nível territorial onde
se produzem os acontecimentos que refletem a relação mais directa entre todos os actores e
onde geralmente se produzem os problemas mais concretos.
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CONCLUSÃO
O presente trabalho teve como objectivo fazer uma abordagem sobre a oferta turística
do município de Luanda, em especial, a oferta em torno da Ilha de Luanda. Deste modo, com
o estudo foi possível observar que a Ilha de Luanda possui recursos turísticos com capacidade
de atrair montes de visitantes, todavia, constatou-se a necessidade de se apostar nestas
potencialidades, de maneira a que todos os stakeholders sejam incluídos de forma adequada e
beneficiados com o desenvolvimento do turismo nesta localidade.
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