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UNIVERSIDADE AGOSTINHO NETO

ESCOLA DE HOTELARIA E TURISMO

DEPARTAMENTO DE TURISMO

A OFERTA TURÍSTICA DO MUNICÍPIO DE LUANDA:

A ILHA DE LUANDA

Luanda, 2023
MARIA TITO

MASSANGA PAULO

TELMA DOMINGOS

A OFERTA TURÍSTICA DO MUNICÍPIO DE LUANDA:

A ILHA DE LUANDA

3º Ano
Turno: Diurno
Turma: T1

Trabalho apresentado à Escola de Hotelaria


Turismo da universidade Agostinho Neto para
avaliação na disciplina de Turismo e
Hospitalidade VII no curso de Gestão de
Turismo.
Docente: Almeida Matias, MSc.

Luanda, 2023
I
Resumo

Em Angola existem diversas localidades com potencial turístico elevado, ou seja,


locais que apresentam os componentes essencias da oferta turística para que os elementos e
fases subsequentes sejam criados ou desenvolvidos. O presente trabalho tem como objectivo
apresentar contribuições que visem a transformação da Ilha de Luanda em destino turístico.
Para se alcançar os obejctvos propostos utilizaram-se as pesquisas bibliográficas e
documental. Os resultados permitiram identificar oportunidades e pontos condicionantes para
o desenvolvimento turístico da Ilha de Luanda, com base nisto realizou-se uma proposta de
planamento turístico para a mesma localidade.

Palavras-chaves: Oferta turística; Ilha de Luanda; Planeamento turístico.

II
SUMÁRIO

INTRODUÇÃO..............................................................................................................5

1. ENQUADRAMENTO TEÓRICO........................................................................7

1.1. A oferta turística................................................................................................7

1.2. Produto turístico................................................................................................7

1.3. Destinos turísticos.............................................................................................8

1.4. Planeamento turístico........................................................................................8

1.5. Gestão de destinos turísticos.............................................................................9

2. A ILHA DE LUANDA.......................................................................................10

2.1. Caracterização.................................................................................................10

2.2. História............................................................................................................10

2.3. Cultura.............................................................................................................11

2.3.1. Habitantes.................................................................................................11

2.3.2. Formas de vestir e adornos.......................................................................11

2.3.3. Gastronomia típica...................................................................................11

2.3.4. Grupos folclóricos....................................................................................11

2.4. Classificação da oferta turística da Ilha de Luanda.........................................12

2.5. Estruturação da Ilha de Luanda de acordo com a divisão da Oferta Turística14

2.6. Classificação da oferta turística em torno da Ilha de Luanda considerando


suas finalidades.....................................................................................................................18

2.7. Oferta turística primária da Ilha de Luanda....................................................20

2.8. Quadro real das estruturas de apoio ao turismo na Ilha de Luanda.................20

2.8.1. Gerais........................................................................................................20

2.8.2. Serviços básicos de apoio ao turismo na Ilha de Luanda.........................21

2.8.3. Meios de acesso e instalações de transportes...........................................22

III
2.9. Principais instalações de alojamento na Ilha de Luanda e nas proximidades
desta 24

3. PLANEMANTO TURÍSTICO PARA A ILHA DE LUANDA.........................25

3.1. Análise SWOT................................................................................................26

3.2. Visão, Estratégias e Objectivos.......................................................................27

3.3. Plano de Marketing turístico para a Ilha de Luanda........................................29

3.4. Inclusão de todos os stakeholders na actividade turística da Ilha de Luanda. 31

CONCLUSÃO..............................................................................................................33

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..........................................................................34

IV
INTRODUÇÃO

O turismo actualmente é um dos fenómenos mais importantes do ponto de vista


político, económico, ambiental e sociocultural. Deixou de ser visto apenas como um sinónimo
de lazer e passou a assumir um papel de agente social nas sociedades em que se desenvolve
(Marujo, 2008).

Atendendo a relevância que a actividade turística pode ter nas localidades em que se
desenvolve e a necessidade de se desenvolverem estas actividades no território nacional,
sobretudo, pelas potencialidade que Angola possui, em particular, diversos pontos de Luanda,
para o presente estudo se chegou a seguinte pergunta de partida: como transformar a Ilha de
Luanda em destino turístico?

Objectivo Geral

 Apresentar contribuições que visem a transformação da Ilha de Luanda em destino


turístico.

Objectivos Específicos

 Fazer um estudo geral da oferta turística existente no município de Luanda em torno


da Ilha de Luanda.
 Identificar as oportunidades e dificuldades condicionantes do desenvolvimento
turístico da Ilha de Luanda.
 Propor um planeamento turístico visando a transformação da Ilha de Luanda em
destino turístico.

Justificativa

A Ilha de Luanda, também conhecida como Ilha do Cabo, destaca-se por pelos seus
recursos turísticos naturais e culturais que atraem para esta localidade montes de visitantes
provenientes de diferentes pontos país e, até mesmo, do estrangeiro. Desta forma, é possível
enxergar oportunidades para o desenvolvimento do turismo nesta localidade a julgar pelo
fluxo de visitantes que aí aflue para desfrutar das suas praias, belezas naturais, dentre outras
atracções. Portanto, acredita-se que um planeamento turístico para a localidade torna-se
necessário, de maneira a minimizar os impactos negativos advindos das actividades realizadas
pelos seus visitantes e de modo a se tirar maior proveito de tais actividades.

5
A realização deste trabalho por parte dos autores do mesmo teve por base, por um
lado, a consolidação de conhecimentos adquiridos na cadeira de Destinos Turísticos e, por
outro, a contribuição direccionada aos principais stakeholders do sector e aos orgãos
competentes, com vista o desenvolvimento da Ilha de Luanda como destino turístico.

Metodologia

Quanto ao aspecto metodológico ligado à realização do presente trabalho, recorreu-se


à pesquisa bibliográfica e pesquisa documental que constituem, segundo autores, buscas em
conteúdos já analisados e publicados. Igualmente, fez-se recurso às entrevistas informais,
direcionadas a alguns fornecedores de serviços turísticos na localidade e àqueles que já
visitaram a Ilha de Luanda, com vista a obtenção de informações que auxiliaram na
materialização da proposta sobre a Ilha de Luanda.

Estrutura do trabalho

O presente trabalho está composto de três partes, nas quais, a primeira parte dedica-se
ao enquadramento teórico do estudo, dando destaque a subtemas como oferta turística,
destinos, produtos, dentre outras questões pertinentes. A segunda parte está reservada à
caracterização da Ilha de Luanda e da sua oferta turística. Já na terceira parte do trabalho,
propôs-se o planeamento, com vista a contribuir na transformação da Ilha de Luanda em
destino turístico.

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1.1. ENQUADRAMENTO TEÓRICO
1.2. A oferta turística

A oferta turística é um conjunto de factores patrimoniais, equipamentos, bens e


serviços que estimulem a deslocação de turistas, satisfaçam as suas necessidades de
deslocação e de permanência e sejam exigidos por estas necessidades (Araújo, 2016).

Para (Beni, 2001, p. 159):

“a oferta turística é um conjunto dos recursos naturais e culturais que, em sua essência,
constituem a matéria-prima da actividade turística porque, na realidade, são esses
recursos que provocam a afluência de turistas. A esse conjunto agregam-se os serviços
produzidos para dar consistência ao seu consumo, os quais compõem os elementos
que integram a oferta no seu sentido amplo, numa estrutura de mercado”.

A esse conjunto de bens e serviços destinados ao consumo turístico chamamo de


oferta turística, quando agrupados com o objectivo de torna-lo comercializável, formam o
produto turístico. A oferta, dependendo do local e do nível de desenvolvimento turístico, pode
ser constituída por um ou por vários produtos.

1.3. Produto turístico

Segundo Guardani, Aruca e Araujo (1996, como citado por Diez, 2021, p. 33) “é
entendido de produto turístico o conjunto de fornecimentos materiais ou imateriais que são
desenvolvidos e gerados com o intuito de atender as demandas, expectativas e desejos do
turista”.

Concernente a esta questão, a Lei do Turismo de Angola, na alínea k do seu artigo 3º,
define produto turístico como:

“o conjunto de bens, atractivos e serviços prestados ao turista, designadamente transporte,


alojamento, alimentação, actividades de lazer, fauna bravia, paisagens, locais e sítios de
valores históricos (Lei n.º 9/15)”.

Entretanto, a par do que se entendeu de oferta turística, repara-se que produto turístico
refere-se a uma organização dos diferentes componentes da oferta turística com o intuito de
dar respostas a demandas específicas. Nesse sentido, produtos turísticos são o que os destinos
turísticos oferecem aos seus visitantes ou turistas.

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1.4. Destinos turísticos

Segundo os autores Gunn, 1994; Morisson, 2013; Fletcher, Fyall, Gilbert, & Wanhill,
2018, o destino turístico é uma área geográfica para onde os viajantes escolhem visitar e onde
despendem tempo, seja qual forem as motivações, necessidades e expectativas (Howell, 1989)
e onde pernoitam pelo menos uma noite (UNWTO, 2007), sendo imperativa a oferta de
serviços de alojamento (Morisson, 2013).

Fletcher, et al... (2018) indica como uma das principais barreiras na definição a
natureza das fronteiras dos destinos turísticos, na medida em que estas podem ser tanto
administrativas, como políticas ou geográficas. Considerando ainda de maior dificuldade de
definição, Davidson (1997) acrescenta a hipótese de um destino ser delimitado por fronteiras
culturais, como o caso da Thomas Hardy’s Wessex e do Jame’s Herriot Country.

Nesse sentido, os destinos podem ser de diferentes escalas, desde um continente


inteiro (Howell, 1989) a país, região, cidade, vila, centro (UNWTO, 2007), atração individual
(Davidson, 1997) ou um simples edifício (Howell, 1989). Apesar das cidades e vilas
representarem o arquétipo de um destino turístico pela facilidade de definição das fronteiras, é
importante considerar que há destinos de menor dimensão contidos dentro de destinos, que
providenciam dos serviços necessários à sua estadia, como é o caso da Disneyland Paris, um
hotel resort ou um Parque Central (Davidson, 1997).

Pearce & Schanzel (2013) identificam como bom destino aquele que vai de encontro
ou excede as expectativas do visitante, que apresenta diversidade de actividades, diferença e
exclusividade, qualidades intangíveis, pessoas simpáticas, possibilidade de convívio e
segurança, assim como pouco congestionamento, boa atmosfera e clima.

No entanto, para que o destino possa oferecer produtos que vão de acordo com as
necessidades dos turistas sem causar prejuízos à comunidade receptora, torna-se necessário
um adequado processo de planeamento turístico.

1.5. Planeamento turístico

Planeamento do turismo é uma ferramenta de gestão de destinos, focada na percepção


do panorama actual em que o destino se encontra nos possíveis panoramas futuros.
Construindo metodologicamente um trâmite que possibilite guiar o destino do panorama
actual para o futuro desejado utilizando de forma eficiente os recursos disponíveis para este
fim (Wikipedia, 2020).

8
O planeamento do turismo é uma tarefa complexa, uma vez que envolve aspectos
relacionados com a ocupação do território, a economia, a cultura dos núcleos receptores, as
características dos destinos emissores e a consequente heterogeneidade dos turistas
(Ruschmann & Widmer, 2000). Ruschmann e Widmer (2000) defendem que o planeamento é
essencial e indispensável para o desenvolvimento de um turismo equilibrado e em harmonia
com os recursos físicos, sociais e culturais das regiões de acolhimento evitando, deste modo,
que o turismo destrua as bases que o fazem existir.

1.6. Gestão de destinos turísticos

A gestão de destino turístico (destination management) é entendida como a


administração coordenada de todos os elementos que o formam – tais como atrativos,
infraestrutura básica e turística, acesso, stakeholders, imagem, marca, preços, etc. (UNWTO,
2007), de modo a criar vantagens competitivas para o mesmo, administrar o fluxo de turistas,
garantir a sustentabilidade (Presenza, Sheehan & Ritchie, 2005) e viabilizar o
desenvolvimento turístico da localidade (González, 2008).

Mais precisamente, a OMT (2019) entende que a gestão de destinos deve adoptar um
enfoque estratégico centrado em vincular elementos geralmente isolados e por vezes
divergentes, alinhando os diversos interesses em prol de um objectivo comum e viabilizando
uma estratégia coerente para o destino. Ou seja, segundo esta perspectiva mais alargada, a
gestão de destinos trata-se de uma estratégia de coordenação não apenas dos elementos que
compõem o destino, mas também dos interesses existentes entre os stakeholders (sejam eles
actores públicos ou privados) envolvidos com a actividade turística (Pavan, Biz & Thomaz,
2015; Roque & Raposo, 2015), buscando avaliar a adequação e eficácia dos produtos
turísticos, instalações, serviços e programas que proporcionam aos visitantes experiências
memoráveis (Fuchs & Weiermair, 2004). Nesse sentido, expectativas, experiências e
satisfação dos turistas tornam-se fatores essenciais para a gestão de destino (Pearce et al.,
2016).

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2. A ILHA
DE

LUANDA

Figura 1- Ilha de Luanda


Fonte: br.pinterest.com, consultado em 12 de Dezembro de 2022.

2.1. Caracterização

A Ilha de Luanda (Ilha do Cabo), ou simplesmente A Ilha como a chamam os


habitantes de Luanda, encontra-se ligada à cidade por um pequeno istmo no sopé da Fortaleza
de São Miguel. É por excelência o local de divertimento e lazer dos luandenses e das demais
pessoas que desejam conhecer a Ilha do Cabo, podendo aqui encontrar-se uma grande
variedade de equipamentos turísticos, dos bares aos restaurantes junto ao mar e das discotecas
aos hotéis, sem esquecer os mercados de rua, as inevitáveis praias e a marina (Wikipedia,
2022).

10
A Ilha de Luanda, localizada em Angola, faz parte do município de Luanda, na
província de mesmo nome, sendo administrativamente parte do bairro da Ilha e do distrito
urbano da Ingombota (Wikipedia, 2022).

2.2. História

Cerca de 1570, Duarte Lopes escreveu, na sua "Relação do Reino do Congo e das
Terras Circunvizinhas", que o lugar chamava-se "Loanda, que quer dizer, naquela língua,
terra rasa, sem montes e baixa", levando a concluir que o local se chamaria assim por ser um
areal raso. No entanto, estudos etimológicos da palavra levam a outra conclusão (Wikipedia,
2022).

Seguindo o princípio da derivação das línguas bantas, o prefixo lu é aplicado em


palavras que descrevem regiões alagadas, como ilhas, braços e bacias de rios etc., seguido da
estilização ortográfica das características topológicas dessa região. Dessa forma, surge a
palavra luando, que, por se referir a uma ilha, um vocábulo feminino, ao ser aportuguesada
deu o actual "Luanda", vocábulo obtido através da aglutinação de lu + (nd)ando, onde ando é
o étimo comprimido de ndandu, que significa "mercadorias", "objecto de comércio",
"valores" etc., relativo aos produtos retirados da ilha, como o peixe ou os pequenos búzios
(cauris) ali apanhados, normalmente conhecidos como njimbo ou zimbo e que eram a moeda
corrente do Reino do Congo. Segundo este estudo, a ilha teria o nome de Luando por ser um
local de comércio situado num areal (Wikipedia, 2022).

Uma outra versão refere que o nome deriva de "axiluandas" (homens do mar), nome
supostamente dado pelos portugueses aos habitantes da Ilha, porque, quando ali chegaram e
lhes perguntaram o que estavam a fazer, estes teriam respondido uwanda, um vocábulo que,
em quimbundo, significa "trabalhar com redes de pesca” (Wikipedia, 2022).

2.3. Cultura
2.3.1. Habitantes

Os habitantes originais da Ilha são os axiluanda (Axilwanda), um subgrupo dos


ambundos, em tempos súbditos do rei do Congo. Os seus descendentes, os "pescadores da
ilha", guardam até hoje alguns hábitos tradicionais (Wikipedia, 2022).

2.3.2. Formas de vestir e adornos

Muitas mulheres usam penteados trançados, missangas nos pulsos e ao pescoço e as


bessanganas, traje tradicional feito com tecidos coloridos. No mês de Novembro comemora -

11
se a Festa da Quianda (ou Kianda), ritual de veneração à divindade das águas, protectora dos
pescadores (Wikipedia, 2022).

2.3.3. Gastronomia típica

São também típicos da Ilha os pratos Mufete e Muzongué (um tipo de caldo)
(Wikipedia, 2022).

2.3.4. Grupos folclóricos

O grupo de carnaval União Mundo da Ilha, foi fundado em 1968 pelos habitantes
indígenas e é um dos grupos de Carnaval mais antigos de Luanda. O grupo possui na sua
galeria 14 títulos e usa nos seus números danças populares como a Varina e o Semba e
canções em kimbundo. Tem na sua constituição mais de duas mil pessoas, entre pescadores,
quitandeiras e peixeiras (Wikipedia, 2022).

Na Ilha também se encontram dois clubes náuticos históricos, o Clube Náutico da Ilha

de Luanda e o Clube Naval de Luanda. É um dos centros de difusão e ensino da arte marcial
tradicional angolana bassula (Wikipedia, 2022).

2.4. Classificação da oferta turística da Ilha de Luanda

Do ponto de vista dos componentes fundamentais da oferta turística, que são recursos
naturais e acolhimento, a seguir passa-se a abordar com mais detalhes quanto a estes
elementos para a Ilha de Luanda.

Recursos naturais – segundo Castro e Matias (2022), recursos naturais constituem a


primeira componente da oferta turística, e é constituída pelos recursos naturais susceptíveis de
satisfazer as necessidades humanas. Assim sendo, dentre os recursos naturais que podem ser
explorados para a realização de actividades turísticas na Ilha de Luanda, têm-se a destacar as
praias e a Floresta da Ilha de Luanda.
12
Acolhimento

Sobre a questão do acolhimento na localidade em análise, importa inicialmente frisar


que, de forma genérica, Angola é o país mais acolhedor do mundo em 2022 segundo pesquisa
da empresa da Arton Capital que mensura de acordo com o seu “Welcoming Contries Rank”
(Lista de Países Acolhedores) (Platina Line, 2022).

Quanto a este facto, importa realçar que quando se viaja muito, é importante saber
quais são os países mais abertos, isto é, aqueles que não são muito exigentes na questão dos
vistos a visitantes de outros países. Portanto, a pesquisa referida no parágrafo anterior diz
respeito aos países cujas portas estão mais abertas, pelo menos em termos de vistos (Platina
Line, 2022).

O Decreto Presidencial nº 56/18, de 20 de Fevereiro que estabelece o regime de


isenção e os procedimentos de simplificação dos actos administrativos para concessão de
vistos de turismo, estipula que estão isentos de vistos de turismo, para estadias até 30 dias por
entrada e 90 dias por ano, os cidadãos nacionais das Repúblicas da Botswana, da Maurícia,
das Seychelles e do Zimbabwe, e ainda da Singapura (Miranda, 2018).

Segundo o mesmo diploma, os cidadãos de outros países de África e ainda da


América, da Ásia, da Europa e da Oceania passam a beneficiar do regime simplificado para
concessão de vistos de turismo, cujas regras determinam que (i) as missões diplomáticas e
consulares da República de Angola estão obrigadas a emitir vistos de turismo num prazo não
superior a 3 dias úteis, e (ii) os pedidos de vistos de turismo podem ser submetidos via online
através do portal oficial do Serviço de Migração e Estrangeiros (Miranda, 2018).

Em Angola, dentre um conjunto de legislações, a questão do acolhimento e formas de


gestão dos locais de acolhimento de turistas é também regulada pela Lei do Turismo, que é a
Lei n.º 9/15 de 15 de Junho, na qual, o artigo 12.º do referido documento estabelece algumas
linhas sobre formas de gestão sustentável do turismo no território nacional.

O mesmo documento no seu artigo 19.º estipula, igualmente, algumas linhas sobre a
política de formação e qualificação de quadros para o sector do turismo, onde no seu ponto 2
enfatiza que “a formação dos recursos humanos no Sector do Turismo deve centrar-se na
qualificação profissional, disseminando uma cultura de serviço que garanta uma elevada
satisfação de turistas...” (Lei n.º 9/15).

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Ainda, o documento em referência estabelece nos seus artigos 27.º e 28.º,
respectivamente, os direitos e deveres dos fornecedores de produtos e prestadores de serviços
turísticos e, de igual modo, nos seus artigos 32.º e 33.º, respectivamente, estabelece os direitos
e deveres dos turistas (Lei n.º 9/15).

Portanto, a Lei n.º 9/15, que é a Lei do Turismo em vigor em Angola estabelece
diversas linhas respeitantes aos locais de acolhimento, políticas e formas de actuação e gestão
dos locais de acolhimento turístico, com vista a garantir qualidade e excelência nos serviços e
a máxima satisfação dos turistas que visitam o nosso país.

Para além Lei do Turismo, referida anteriormente, que tal como em diversas
localidades do nosso país, igualmente aplica-se no âmbito do turismo para a Ilha de Luanda,
sobre a questão do acolhimento na localidade em estudo podemos ainda encontrar uma grande
variedade de equipamentos turísticos, dos bares aos restaurantes junto ao mar e das
discotecas, hotéis, os mercados de rua, praias, entre outros (Wikipedia, 2022).

2.5. Estruturação da Ilha de Luanda de acordo com a divisão da Oferta Turística

Bens livremente disponíveis

 O Clima – O clima da Ilha de


Luanda, tal como no resto da
província onde se encontra
localizada a mesma, é em geral
quente, com características
tropicais, propenso à
realização de actividades de sol e
praia (Wikipedia, 2022). Ainda, nesse sentido, a pesquisa do site hikersbay aponta os
melhores meses para visitar a Ilha de Luanda como sendo os meses de Fevereiro,
Março e Abril, considerados como os mais quentes (hikersbay, 2022).
 As paisagens e belezas naturais presentes na Ilha de Luanda, proporcionando a vista
para o horizonte, o pôr do sol, entre outros.

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Figura 4 - Pôr do sol na Ilha de Lunda
Fonte: www.google.com, consultado aos 19 de
Dezembro de 2022.

 As praias da Ilha de Luanda – as praias da

Ilha de Luanda constituem igualmente bens livremente disponíveis.


 A floresta da Ilha de Luanda também se enquadra no âmbito dos bens livremente
disponíveis desta localidade para realização de actividades turísticas.

Bens imateriais da oferta turística da Ilha de Luanda

 Festa da Kianda – a festa da Kianda é uma festividade popular relacionada ao culto da


Kianda (ou Dandalunda), realizada em Luanda, a capital de Angola. Ocorre no início
de novembro, na Ilha de Luanda (ou Ilha do Cabo) (Wikipedia, 2022). O culto à
Kianda está relacionado às crenças de pescadores e marinheiros, sendo uma divindade
angolana das águas (Wikipedia, 2022).

Figura 5 - festas da Ilha de Luanda


Fonte: pressreader.com, consultado aos de 19 de
Novembro de 2022.

 Festa da Nossa Senhora do Cabo – a Procissão de Nossa Senhora do Cabo na Ilha de


Luanda está fortemente relacionada à festa da Kianda, havendo grande sincretismo
entre as duas tradições religiosas (Wikipedia, 2022).

15
 Kakulo – ritual geralmente realizado durante a festa da Kianda, que tem a ver com
lançamento de comidas e bebidas ao mar como forma de alimentar os antepassados
(Jornal de Angola, 2018). Segundo Boaventura Cardoso, antigo ministro da cultura,
numa entrevista ao Jornal “O País”, kakulo também é caracterizado como forma de
veneração à Kianda, génio do mar, a fim desta aplacar o mar proceloso e garantir boas
pescarias (O PAÍS, 2021).

Figura 6 - Realização do Kakuko durante a festa da


Kianda na Ilha de Luanda.
Fonte: www.google.com, consultado aos 20 de
Dezembro de 2022.
 Estilos de danças como a
varina e o semba fazem igualmente parte do património cultural imaterial presentes na
Ilha de Luanda.

Bens turísticos básicos criados

Quanto aos bens turísticos básicos criados, para além daqueles localizados na Ilha de
Luanda, também se fará destaque àqueles que, não estando especificamente localizados na
Ilha, se encontram nas proximidades
desta, no distrito urbano da
Ingombota e podem, igualmente,
compor ou servir de oferta turística aos
visitantes da Ilha de Luanda. Deste
modo têm-se:

 Igreja Nossa Senhora do Cabo


– localizada na Ilha, a igreja é a
mais antiga da cidade de Luanda, fundada em 1575 (Wikipedia, 2022).

16
 Fortaleza de São Miguel de Luanda – localiza-se no antigo monte de São Paulo,
actualmente denominado de Morro da Fortaleza, nas proximidades da ponte da Ilha de
Luanda. Foi a primeira fortificação a ser erguida em Luanda, no século XVI, durante o
governo de Paulo Dias de Novais (Zunelli, 2016).
 Museu Nacional de História Militar – o Museu da Forças Armadas está instalado na
Fortaleza de São Miguel (Mapcarta, 2022).
 Museu da Moeda – inaugurado em 2015, o museu apresenta a história do dinheiro
desde o Zimbo até o Kwanza (Ver Angola, 2022).
 Monumento do Soldado Desconhecido – monumento com a função de honrar todos
soldados da nação angolana tombados em combate e cujas identidades ou paradeiro se
perderam para sempre (Jornal de Angola, 2017).

Figura 7 - Monumento do Soldado desconhecido


Fonte: www.jornaldeangola.ao, consultado aos 19
de Dezembro de 2022.

Bens e serviços turísticos


complementares

Quanto aos bens e


serviços turísticos
complementares há, na Ilha de
Luanda e nas
proximidades desta, uma
variedade de meios de
alojamentos, estabelecimentos de restauração e estradas que permitem o acesso à Ilha tal
como será melhor descrito mais adiante.

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Oferta turística da Ilha de Luanda ligada a aspectos endógenos

Quanto à oferta turística da Ilha de Luanda ligada a aspectos endógenos destaca-se o


evento cultural denominado de “festas da Ilha de Luanda”, que faz parte da cultura luandense
desde os primórdios. O mesmo está inscrito no conjunto do património imaterial das
festividades da Ilha e da cidade (Wikipedia, 2022). O evento geralmente é marcado por rituais
tradicionais, exposição de artesanato, exibição do grupo carnavalesco União Mundo da Ilha,
deposição de coroa de flores à estátua da peixeira, entre outras actividades de carácter cultural
(Nova’frica, 2018).

Numa entrevista concedida ao Jornal “O PAÍS”, Boaventura Cardoso, antigo ministro


da Cultura em Angola, afirma que a Festa da Ilha já teve, no passado, um grande impacto ao
nível nacional e internacional, fez parte do roteiro de vários turistas e não só, preenchendo os
seus planos de férias no décimo primeiro mês do ano (O PAÍS, 2021). Portanto, apesar de
actualmente ainda puder ser considerada componente da oferta turística da Ilha a ser proposta
aos visitantes desta localidade e da cidade de Luanda, há a necessidade de preservação dessa
tradição secular e transforma-lo, de facto, num produto turístico cultural alternativo para a
localidade e para a cidade.

2.6. Classificação da oferta turística em torno da Ilha de Luanda considerando suas


finalidades

De acordo com as suas finalidades, a oferta turística em torno da Ilha de Luanda pode
classificar-se em:

Oferta turística de atracção

 As praias da Ilha de Luanda;


 A Floresta da Ilha;
 Os museus e monumentos históricos localizados nas proximidades da Ilha (Fortaleza
de São Miguel, Museu Nacional de História Militar, Monumento do Soldado
desconhecido, etc).

Oferta turística de recepção

Quanto à oferta turística de recepção na Ilha de Luanda, há uma variedade deste tipo
de oferta nesta localidade, sendo que na presente parte do trabalho apenas serão mencionados
alguns, aqueles especificamente localizados dentro do espaço geográfico que compreende a

18
Ilha de Luanda, e dar-se-á destaque mais adiante às estruturas desta natureza que se
encontram, não só na ilha, mas também nas proximidades desta.

Oferta turística de recepção a nível de alojamento na Ilha de Luanda:

 Hotel Ilha Mar;


 Hotel Praia Mar;
 Hotel Marinha;
 Hospedaria Mar Azul.

Oferta turística de recepção a nível de A&B na Ilha de Luanda (Restaurantes e bares):

 Esplanada Grill;
 O Convés;
 Lookal Beach Club;
 Restaurante Macau;
 Café Del Mar.

Oferta turística de animação

Relativamente à oferta turística de animação, na presente parte do trabalho, o destaque


inicial vai igualmente àqueles que estão localizados especificamente na Ilha de Luanda, sendo
assim, a seguir passam a ser mencionados algumas casas noturnas de referência na Ilha de
Luanda.

 Tamariz;
 Miami Beach;
 Lookal Beach Club.

Oferta turística de deslocação

No que tem a ver com a oferta turística de deslocação, a seguir serão destacados infra-
estruturas, equipamentos e meios de transportes que permitem directa ou indirectamente o
acesso à Ilha de Luanda. Deste modo, temos:

 As rodovias que dão acesso à Ilha de Luanda (com destaque à EN100);


 O Aeroporto Internacional 4 de Fevereiro, localizado a 9 km da Ilha (geralmente para
visitantes ou turistas internacionais ou para aqueles oriundos de outros pontos do
país);
 A marina localizada na Ilha de Luanda (sob gestão do Clube Náutico da Ilha).
19
 O acesso à Ilha de Luanda pode ser feito através de veículos automóveis ou, de forma
restrita, de barco.

2.7. Oferta turística primária da Ilha de Luanda

Figura 8 - multidão nas praias da Ilha de Luanda


Fonte: jornaldeangola.ao, consultado em 20 de
Dezembro de 2022.

Mesmo sem suporte de dados oficiais, com base no que se tem observado, arrisca-se a
afirmar que compõem a oferta turística primária da Ilha de Luanda as suas praias, uma vez
que estas têm sido os principais motivos de atracção de visitantes e a razão do surgimento de
diversas ofertas secundárias na localidade, que permitem acolher, alojar, distrair e divertir os
visitantes.

2.8. Quadro real das estruturas de apoio ao turismo na Ilha de Luanda


2.8.1. Gerais

Sistema de distribuição de água

 Edifício Histórico – Sede da EPAL Coqueiros – acolheu durante várias décadas os


serviços administrativos da EPAL – EP. E a gestão da empresa foi completamente
reabilitada em três anos e meio. Este relevante edifício histórico, localizado bem no
Centro da Baixa da Cidade de Luanda, é considerado um Património Cultural e
encontra-se profundamente debilitado. Este Centro de Distribuição garante o
abastecimento de água aos Bairros Vila Alice, Cruzeiro, Maculusso, Miramar,
Kinaxixi, Boavista, Patrice Lumumba, Ilha de Luanda e Marginal (EPAL – EP, s.d).

Sistema de Tratamento de Águas Residuais

20
No que toca ao Sistema de Tratamento de Águas Residuais, com base em iformações
de até três anos atrás, isto segundo a directora Adjunta da Unidade de Tratamento de Gestão
do Saneamento de Luanda (UTGSL), Zenilda Mandinga, “o casco urbano de Luanda conta
apenas com uma rede de esgotos unitária, que recolhe as águas pluviais e residuais, e liga a
um emissário na avenida 4 de Fevereiro (Nova’frica, 2019). Portanto, o Sistema de
Tratamento de Águas Residuais a nível de Luanda carece de melhoria.

Rede viária da Província de Luanda

A rede viária da província de Luanda é alimentada por três principais vias


estruturantes que ligam ao centro da cidade: estrada da Samba, Catete e Cacuaco. As mesmas
asseguram a distribuição dos maiores fluxos de trânsito de Luanda com origem noutros
municípios e periferias, com destino ao centro da cidade (município de Luanda) (João, 2015).

Figura 9 - Principais vias estruturantes de Luanda


Fonte: João, 2015.

Transporte ferroviário

Os serviços do comboio suburbano de Luanda contam com uma rede única interligada.
Tem como principais estações: Bungo (Central de Luanda, localizada no município com o
mesmo nome), Viana e Catete (João, 2015).

2.8.2. Serviços básicos de apoio ao turismo na Ilha de Luanda

21
Quanto aos serviços básicos de apoio ao turismo para a Ilha de Luanda, encontramos:

Hospitais

 Clínica Sagrada Esperança – Localizada na Av. Murtala Mohammed, nº 298, na Ilha


de Luanda, a mesma está aberta 24h por dia (Clínica Sagrada Esperança, 2022).
 Centro Médico Poli Chekinan – localizado na Ilha de Luanda.
 Hospital Josina Machel (HJM) – localizado no município de Luanda, a 6,3 km da Ilha
de Luanda, através da Av. Murtala Mohammed. A referida unidade hospitalar é
considerado o maior e o mais antigo hospital público do país (Wikipedia, 2022).
 Hospital Américo Boavida – segundo informações obtidas a partir da google, o
Hospital Américo Boavida está localizado no município de Luanda, a 8,6 km da Ilha
de Luanda, isto através de Av. Murtala Mohammed.

Para além das estruturas de apoio ao turismo mencionadas anteriormente, segundo


observações, há na Ilha de Luanda, Posto de Polícia, unidades bancárias, farmácias, bombas
de combustíveis, lojas e supermercados, com destaque ao shopping fortaleza, entre outras
estruturas de apoio.

2.8.3. Meios de acesso e instalações de transportes


 Caminhos de Ferro de Luanda (CFL) – Estação central do CFL, localizado no
município de Luanda a escassos quilómetros da Ilha de Luanda. No que concerne às
viagens turísticas, através do corredor do Kwanza o CFL pretende apoiar a
massificação do turismo interno e da diversificação da economia nacional (CFL E.P,
2019).

Figura 10 - Empresa do Caminho de Ferro de


Luanda - E.P.
Fonte: www.google.com, consultado em 20 de
Dezembro de 2022.

22
 EN100 (Estrada Nacional nº 100) – é a maior e mais importante rodovia angolana,
com 1858 km de extensão, atravessando as mais ricas e povoadas áreas do território
nacional, sendo pelo menos cinco capitais de províncias angolanas (Wikipedia, 2022).
A EN100 constitui a principal rodovia que liga a Ilha de Luanda aos restantes pontos
do país.

Figura 11 - Vista por satélite, mapa ilustrando parcialmente


a principal rodovia que dá acesso à Ilha de Luanda.
Fonte: google maps.

 Aeroporto Internacional de Luanda – localizado no município de Luanda e, de acordo


com informações do google maps, este está a aproximadamente 17 minutos da Ilha de
Luanda. O referido aeroporto é, actualmente, o maior de Angola e o quarto mais
movimentado da África Austral em número de passageiros (Wikipedia, 2022).
 Porto de Luanda – localizado no Largo 4 de Fevereiro, no município de Luanda,
segundo informações obtidas do google maps, o porto está a 5,9 km da Ilha de
Luanda. A referida unidade portuária é a maior plataforma logística de Angola e
principal porta de entrada e saída de mercadorias (Porto de Luanda, 2022). O porto de
Luanda também serve para atracagem de navios de turistas que vêm ou passam por
Angola (Jornal de Angola, 2019).

Figura 12 - turistas saindo do navio atracado no


Porto de Luanda em 2019.
Fonte: www.jornaldeangola.ao
23
 Terminal Marítimo de Passageiros – está localizada no Largo 4 de fevereiro,
município de Luanda a escassos quilômetros da Ilha de Luanda (África Biz, 2022).
 Rede de transportes públicos – de acordo com o que se tem observado, existem
diferentes redes de transportes públicos com rotas escaladas para o município de
Luanda, e alguns dos quais que excepcionalmente vão até à Ilha de Luanda.

Figura 13 - Imagem ilustrando Ônibus da rede de


transportes da capital angolana, TCUL.
Fonte: transportemoderno.com.br, consultado em 20
de Dezembro de 2022.

Apesar de existir a rede de transporte público, há na província de Luanda, o serviço de


transporte colectivo, também conhecidos por candongueiros, para dar resposta à carência de
oferta e debilidade do transporte público existente. Portanto, são os candongueiros que têm
servido de uma das principais alternativas de transporte para quem pretenda visitar ou se
deslocar para a Ilha de Luanda.

Figura 14 - Serviços de táxi colectivo (Azuis e brancos,


Luanda).
Fonte: jornalangola.ao, consultado aos 20 de Dezembro
de 2022.

24
2.9. Principais instalações de alojamento na Ilha de Luanda e nas proximidades desta

Hotel Ilha Mar

O Hotel Ilha Mar é um estabelecimento hoteleiro de 3 estrelas, localizado na cidade


capital de Angola, Luanda, Ilha do Cabo, Av. Murtala Mohamed. Para atender as
necessidades de acomodações o Ilha Mar composto de 4 pisos, dispõe de 30 quartos bastantes
confortáveis, com as tipologias que variam da seguinte maneira: 2 suites e 28
single/duplo/casal (Welcome to Angola, 2022).

Hospedaria Mar Azul

Ao visitar Luanda, Hospedaria Mar Azul é uma óptima escolha a considerar. A


hospedaria possui uma capacidade de 9 quartos. O horário de check in é a meio dia e o check
out é às 11h, com um horário de funcionamento de 24h por dia (Hoteis.com, s.d).

Hotel Presidente Luanda

O Hotel Presidente Luanda está localizado a 5,8 km da Ilha de Luanda, e é uma óptima
opção para quem pretenda visitar a localidade ou a cidade de Luanda. A unidade hoteleira
possui uma classificação de 4 estrelas, com uma capacidade de 264 quartos, contem 2
restaurantes e está composto de 26 andares (Hoteis.com, s.d).

Hotel Epic SANA Luanda

O Hotel EPIC SANA Luanda é uma das melhores unidades hoteleira de Luanda, com
comodidades e serviços de alto padrão, o hotel é elevado à categoria de 5 estrelas. O referido
estabelecimento está localizado no distrito urbano da Ingombota, município de Luanda, a 5,3
km da Ilha de Luanda. Esta unidade hoteleira possui 288 cómodos, repartidos da seguinte
maneira: 131 Standard Double; 88 Standard Twin; 16 Master Suites; 50 Apartamentos; 3
Suites Presidenciais (Welcome to Angola, s.d).

InterContinental Luanda Miramar

O hotel Intercontinental Luanda Miramar está localizado no município de Luanda, a 6


km da Ilha de Luanda. O estabelecimento hoteleiro possui uma classificação de 5 estrelas, e é
composto por 377 quartos, piscina exterior, cinco restaurantes, um centro de fitness e
estacionamento gratuito. O Intercontinental também tem um espaço para convenções e
reuniões (Ver Angola, s.d).

25
3. PLANEMANTO TURÍSTICO PARA A ILHA DE LUANDA

O desenvolvimento turístico de um destino está dependente de múltiplos factores tanto


internos, como externos. As características geográficas e recursos disponíveis dos destinos
condicionam o desenvolvimento turístico, mas este também está muito dependente da
capacidade das sociedades se organizarem e estabelecerem condições para o promover. Neste
contexto, o planeamento é um elemento crítico para o desenvolvimento a longo prazo dos
destinos turísticos (Hall, 2008). Portanto, no caso da Ilha de Luanda, o primeiro passo para o
planeamento diz respeito à análise macro ambiental ou diagnóstico. Desta forma, segue-se a
análise swot e posteriormente os passos subsequentes.

3.1. Análise SWOT

Através da análise SWOT, uma importante ferramenta no planeamento turístico é


possível, de acordo com as potencialidade turísticas identificadas na Ilha de Luanda,
especificar os pontos fortes, os pontos fracos, as oportunidades e ameaças inerentes à
actividade turística no território em estudo.

Pontos fortes Pontos fracos

 Existência de patrimónios natural  Dificuldades de coordenação entre os vários


e histórico-cultural; stakeholders que operam no mercado turístico;

 Eventos com potencial de  Falta de cooperação entre as entidades locais


projecção nacional e internacional turísticas, públicas e privadas, para com o
(festas da Ilha). público em geral;

 Proximidade aos principais  Falta de know-how e recursos humanos


centros de infra-estruturas de qualificados no sector;
transportes da cidade de Luanda
(Porto de Luanda, Estação Central  Actual fragilidade na preservação da tradição
do CFL, Aeroporto Internacional 4 local e promoção das festas da Ilha;
de fevereiro);
 Algum descuido com as atracções (degradação
 Acesso rodoviário e ferroviário visível das atracções);
favoráveis a nível da localidade;  Potencialidades turísticas pouco reconhecidas;

 Clima agradável.  Falta de promoção da imagem do destino;


 Pouca preocupação com a aplicação de planos
 Desenvolvimento de Canais
elaborados para o desenvolvimento.
online
Fonte: Elaboração própria. Fonte: Adaptado de Miezi, 2017.

26
Oportunidades Ameaças
 Instabilidade económica e financeira em
 Turismo de Sol e Mar para investidores 3.2. Angola;
nacionais e internacionais;
 Baixo poderio de compra da população;
 Possibilidade de criar um produto
 Fraco desenvolvimento de infraestruturas
turístico na Ilha de Luanda: Sol e Mar;
básicas (estradas, caminhos-de-ferro,
 Diminuição da Taxa de Desemprego; telecomunicações, redes de serviços) a
nível nacional;
 Rotas e circuitos turísticos com  Boa visibilidade dos outros destinos de
mercados de proximidade. Sol e Praia a nível de Luanda e da região.

Fonte: Elaboração própria. Visão, Fonte: Elaboração própria.

Estratégias e Objectivos

A Ilha de Luanda deve ser um destino turístico de referência em Angola, reconhecido


internacionalmente. O desenvolvimento da actividade deve visar a qualificação, a
sustentabilidade e a competitividade da oferta, assente num Plano Estratégico de
Desenvolvimento Turístico adequado às particularidades da Ilha.

A importância estratégica do turismo enquanto motor de desenvolvimento social,


económico e ambiental, deve ser reconhecida pelos agentes e comunidade local. Uma
articulação inter e intrassectorial mais estreita e com comunicação eficaz entre as partes é
fundamental para o sucesso do turismo. Os poderes locais devem implementar uma política de
proximidade, sensibilizando a comunidade e fazendo uma gestão dos meios disponíveis que
responda às necessidades da procura e da oferta turística.

O Turismo de Sol e Praia, a servir de produto turístico estruturante da oferta, deve ser
concebido, desenvolvido e potenciado, criando uma combinação única entre o destino e os
seus recursos naturais. Do mesmo modo, produtos turísticos complementares devem ser
criados, optimizados e promovidos, combinando elementos diferenciadores e diversificando a
oferta.

Com base na visão descrita define-se como estratégia: “Qualificar e diversificar a


oferta turística da Ilha de Luanda, assumindo-se como destino turístico de referência no
panorama turístico nacional e internacional”.

27
Neste âmbito, preconiza-se que o desenvolvimento turístico da Ilha de Luanda tenha
por base o seguinte conceito estratégico: “Destino turístico de Sol e Praia de excelência:
oferta de qualidade e diversificada, procura informada e responsável”.

Para a operacionalização da estratégia formulada e das metas estabelecidas na visão,


identificam-se os seguintes objectivos estratégicos:

 Qualificar, diversificar e diferenciar a oferta turística da Ilha de Luanda;


 Estimular o espírito empreendedor na localidade;
 Impulsionar a qualificação do capital humano do sector;
 Reforçar as condições de apoio ao turismo;
 Valorizar os recursos turísticos naturais, históricos e culturais;
 Conceber e desenvolver o Turismo de Sol e Praia;
 Conceber e desenvolver produtos turísticos alternativos por conta da sazonalidade;
 Monitorizar os fluxos de visitas para não causar a degradação dos espaços naturais;
 Sensibilizar a comunidade local sobre a actividade turística;
 Fomentar a comunicação e incentivar a cooperação entre agentes;
 Reforçar a promoção do destino;
 Estimular a procura turística.

Os diversos objectivos estão relacionados entre si, a sua prossecução deve ser feita em
simultâneo com recurso a medidas compostas.

Eixos estratégicos e medidas de desenvolvimento

O desenvolvimento da actividade turística na Ilha de Luanda deve ser estruturado em


eixos estratégicos, baseados nos objectivos estabelecidos. Como tal, no presente estudo são
identificados os seguintes eixos estratégicos de desenvolvimento:

 Eixo I. Oferta turística: qualificação, diversificação e diferenciação;


 Eixo II. Infraestruturas básicas e serviços de apoio: reforço das condições de apoio e
suporte;
 Eixo III. Património natural: valorização dos recursos;
 Eixo IV. Património histórico e cultural: valorização dos recursos;
 Eixo V. Gastronomia: organização e valorização;
 Eixo VI. Intervenientes na atividade turística: formação dos activos;
 Eixo VII. Governo: estímulo da cultura turística e promoção da cooperação;
28
 Eixo VII. Comunicação: reforço da promoção.
Para cada eixo estratégico propõe-se um conjunto de medidas, acções e orientações
que se entende que irão contribuir para o desenvolvimento turístico da Ilha de Luanda. As
acções a serem propostas relacionam-se com múltiplos objectivos, tendo a categorização por
eixo sido ditada pelo principal objectivo das intervenções propostas. O valor das propostas
reside nos impactos associados à implementação das mesmas.

Quanto ao prazo para a materialização das acções sendo propostas, sugere-se os prazos
de execução propostos para cada fase do Plano Director do Turismo angolano, que são 3 anos
para a fase inicial, isto no sentido de tornar o turismo doméstico uma realidade para a Ilha de
Luanda, e posteriormente 2 anos para a materialização das acções enquadradas para a segunda
fase, isto com o objectivo de direcionar a oferta turística da Ilha de Luanda para os principais
mercados da SADC. E, por último, 5 anos para implementação, na Ilha de Luanda, das acções
que se enquadram na terceira fase das orientações do PDT 2011 – 2020, que é direccionar a
oferta da Ilha de Luanda aos principais mercados internacionais.

Portanto, considera-se necessário dez (10) para a implementação das acções necessárias à
transformação da Ilha de Luanda em destino turístico de referência, sendo primordial a definição de
medidas mais adequadas de avaliação, monitoramento e controlo de forma a garantir o sucesso na
implementação das propostas em cada fase.

3.3. Plano de Marketing Turístico para a Ilha de Luanda

Segmentação e target

Enquadrado nas orientações do Plano Director do Turismo de Angola 2011 – 2020


(PDT), para o destino em estudo, inicialmente será dada especial atenção ao turismo
doméstico, em que seu target será população maioritariamente jovem, famílias e adultos que
residam em Luanda e noutros pontos do país. Também fará parte do seu target, conforme
orientações do PDT, os estrangeiros a trabalharem em Angola.

Concorrentes

Como principais concorrentes, a nível local, destacam-se a Ilha do Mussulo e a Praia


do Cabo Ledo, que também são óptimas opções em destinos de Sol e Praia na Capital
angolana. Ainda são concorrentes os principais destinos de sol e praia a nível nacional e da
África Austral.

Posicionamento

29
Enquadrando-se no definido a nível nacional no PDT 2011 - 2020, a Ilha de Luanda
poderá posicionar-se como um destino de diversão e animação a nível nacional, regional e
internacional, alavancando o seu património natural (as praias, áreas de interesse natural) e o
seu património histórico-cultural (MINHOTUR, 2011).

Difernciação

Procurando se enquadrar nas linhas orientadoras do PDT 2011 – 2020, a oferta


turística da Ilha de Luanda vai basear a sua diferenciação nos aspectos climáticos, sendo
maior parte do ano quente, o que propicia o desenvolvimento de actividades de Sol e Praia, e
diferenciar-se especialmente por ser considerada o ponto essencial da cultura axilwanda e
pelas suas diversas tradições peculiares. Portanto, o objectivo será conceber um produto
turístico diferenciado daqueles dos outros pontos do país e a nível regional.

Objectivos do Plano de Marketing da Ilha de Luanda

 Promover, fortalecer e divulgar a imagem da Ilha de Luanda;


 Maior promoção das festividades culturais;
 Atrair turistas e visitantes à Ilha de Luanda, com intuito de consumir a oferta de sol e
praia e a cultura local.
 Aumentar a notoriedade da Ilha de Luanda como um destino de referência em sol e
praia e cultura.

Estratégias de Marketing

Programa de Ação – Implementação do Marketing-Mix

Produto

O principal produto turístico será Sol e Praia, a ser comercializado em formas de


pacotes turísticos de sol e praia, entre outros, e como produto turístico complementar o
turismo cultural, em especial aqui, as festas da Ilha de Luanda.

Preço

Com base nas orientações do PDT 2011 – 2020, os preços a serem propostos devem
levar em conta o poderio económico do público alvo. Nesse caso, sugere-se preços para
diferentes bolços, incluindo o turismo social.

Distribuição

30
Utilização de canais online, de acordo com as orientações do PDT, e através de
parcerias com operadores turísticas, agências de viagens e empresas hoteleiras.

Comunicação

Considerando a maior parte do público que se pretende atingir, propõe-se a


comunicação por intermédio das redes sociais, em especial o facebook onde se encontram
maior parte do público que se deseja alcançar. Acções de comunicação direcionadas à
imprensa, entre outras que se fizerem necessárias.

Controlo e Monitorização

Após implementado o plano de marketing, sugere-se um controlo e monitorização, o


que permite um diagnóstico precoce de problemas que porventura possam dificultar o alcance
dos objectivos estipulados.
Caso apareçam derivações ou imprevistos, é necessário fazer ajustes nas acções
delineadas. No caso de verificarem-se alterações quer a nível interno ou externo, devem ser
efetuadas actualizações no plano de marketing estipulado.

3.4. Inclusão de todos os stakeholders na actividade turística da Ilha de Luanda

Nenhum território se converterá em destino turístico de relevância somente pelo facto


de contar com atractivos turísticos, ou simplesmente por promovê-lo. Ao contrário, para que
um território se converta em um destino turístico é necessário transitar um processo que
contemple diferentes aspectos da vida local de forma sistêmica, de tal maneira que a
comunidade, ou seja, os diversos actores sociais envolvidos naquele território, se encontrem
em um estado que permita o desenvolvimento do turismo sem perder seus valores.

Por mais que resulte evidente, é necessário destacar que em todo o processo devem
participar todos os actores sociais que de forma directa ou indirecta se relacionam com a
actividade turística, sejam endógenos ou exógenos. Além da comunidade local em geral,
existem vários actores que intervém no processo turístico e que também se beneficiarão dos
resultados do desenvolvimento da actividade turística, por exemplo, o setcor público, o sector
privado, os recursos humanos que trabalham na actividade turística, a sociedade civil
organizada e os próprios turistas.

31
Entretanto, não se pode falar de actores sociais sem estabelecer a importância que
adquire a cooperação entre os sectores público e privado, buscando permanentemente
solucionar os obstáculos que surgem ao longo de todo o processo turístico. Além da
cooperação intra e intersetorial, é necessário destacar a importância e a necessidade da
cooperação inter-administrativa, ou seja, entre os mesmos organismos da iniciativa pública ou
privada, nos seus diferentes níveis.

Com relação à população local em geral, se considera fundamental sua


conscientização, motivação e capacitação, para que possam participar activamente no
processo turístico como um todo, desde uma óptica que permita que cada actor que se sinta
identificado com o processo, que compreenda seu significado e importância, e desta forma, se
transforme em agente e instrumento do mesmo.

A importância da participação de todos os actores não é um factor a ter presente


somente nas primeiras etapas do processo, ou seja, o planeamento e a implementação, e sim,
se deve considerar fundamental que os mesmos actores devem converter-se também em
agentes de desenvolvimento, gestão e controle da actividade turística como um todo.

Buscando que a gestão pública seja mais eficiente e eficaz, será fundamental
implementar os mecanismos necessários para que a administração seja descentralizada, ou
seja, que a gestão pública seja importante a escala local, dado que é neste nível territorial onde
se produzem os acontecimentos que refletem a relação mais directa entre todos os actores e
onde geralmente se produzem os problemas mais concretos.

No entanto, de forma geral, e reconhecendo as particularidades de cada caso, é


prudente estabelecer que uma adequada alternativa para organizar a Ilha de Luanda como
destino turístico deve contemplar uma forma de planear, implementar, desenvolver, gerir e
controlar que conjugue os modelos estratégico e participativo, sempre com uma visão
estratégica e de longo prazo, que conjugue a participação, a cooperação e a responsabilidade
entre o diversos actores, bem como, benefícios para os mesmo, trabalhando o consenso e
concertação social ao tomar de decisões sobre temas de interesse comum, sempre buscando a
definição de linhas de actuação conjuntas que tenham permanentemente presente a
importância da qualidade, da competitividade e da rentabilidade, sempre dentro de uma visão
de sustentabilidade em suas três vertentes.

32
CONCLUSÃO

O presente trabalho teve como objectivo fazer uma abordagem sobre a oferta turística
do município de Luanda, em especial, a oferta em torno da Ilha de Luanda. Deste modo, com
o estudo foi possível observar que a Ilha de Luanda possui recursos turísticos com capacidade
de atrair montes de visitantes, todavia, constatou-se a necessidade de se apostar nestas
potencialidades, de maneira a que todos os stakeholders sejam incluídos de forma adequada e
beneficiados com o desenvolvimento do turismo nesta localidade.

A nível da oferta, de acordo com as pesquisas realizadas, constatou-se algumas


debilidades quanto à infraestrutura básica, a nível da qualidade e preservação dos recursos
turísticos, factores que podem e condicionam o desenvolvimento desta localidade como
destino turístico. Deste modo, considerando estes aspectos, tanto positivos como negativos,
elaborou-se uma proposta de planeamento turístico visando contribuir na transformação da
Ilha de Luanda em destino turístico.

O planeamento proposto enfatiza o melhor aproveitamento dos recursos turísticos


naturais e culturais da Ilha de Luanda, um plano de marketing enquadrado com as aspirações
do PDT 2011 – 2020, a identificação e envolvimento de todos os stakeholders na actividade e
adopção de uma lógica de desenvolvimento turístico baseada na sustentabilidade.

No entanto, a par do objectivo de contribuir para a transformação da Ilha de Luanda


em destino turístico, que guiou os autores do presente estudo e, apesar das dificuldades e
limitações para a obtenção de conteúdos necessários para a materialização do estudo, quanto
aos objectivos para consolidação de conhecimentos sobre destinos turísticos, pode-se afirmar
que os conhecimentos foram aprofundados um pouco mais, pelo que foi possível a realização
do presente trabalho.

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