Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
GRUPO Nº 13
Luanda
2023
GRUPO Nº 13
Luanda
2023
I
RESUMO
II
SUMÁRIO
RESUMO .................................................................................................................................. II
CAPÍTULO I – A OFERTA TURÍSTICA DO DONDO (CAMBAMBE) .............................. 5
1.1. Caracterização do local em estudo .................................................................................. 5
1.1.1. A Cidade do Dondo .................................................................................................. 5
1.2. Divisão da oferta turística do Dondo e zonas cincunvizinhas segundo à estruturação
local ........................................................................................................................................ 7
1.3. Características da oferta turística do Dondo ligada a aspectos endógenos.................... 12
1.4. Oferta turística do município de Cambambe de acordo com as suas finalidades.......... 13
1.5. Identificação da oferta turística original ou primária da cidade do Dondo ................... 14
1.6. As estruturas de apoio ao turismo a nível local ............................................................. 15
1.6.1. Infraestruturas gerais .............................................................................................. 15
1.6.2. Serviços essenciais ................................................................................................. 16
1.6.3. Infraestruturas de transportes e meios de acesso .................................................... 17
1.7. Apresentação e actual funcionamento das instalações de alojamento no Dondo .......... 18
CAPÍTULO II - PLANEAMENTO PARA A CIDADE DO DONDO ................................... 19
2.1. Análise PEST do Dondo ................................................................................................ 19
2.2. Análise SWOT............................................................................................................... 20
2.3. Acções a desenvolver no Dondo ................................................................................... 20
2.4. Plano de marketing para a cidade do Dondo ................................................................. 22
2.4.1. Marketing Mix do destino Dondo .......................................................................... 24
2.5. Modelo mais adequado de gestão do Dondo ................................................................. 25
2.6. Os principais stakeholders do turismo no Dondo.......................................................... 26
CONCLUSÃO .......................................................................................................................... 28
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ..................................................................................... 29
III
INTRODUÇÃO
O presente estudo tem como objectivo geral: propor linhas de acções que contribuam
na activação de produtos turísticos no Dondo; e como objetivos específicos pretende-se: fazer
uma caracterização da cidade Dondo; realizar um estudo sobre a oferta turística do Dondo e de
zonas cincundantes; propor um plano estratégico de desenvolvimento do turismo para a cidade.
Justificativa
Metodologia
Para a realização deste estudo teve de se fazer uso de técnicas de recolha de dados como
as pesquisas bibliográfica e documental, que compreendem a consulta em fontes de
informações já analisadas e publicadas. O presente estudo é de natureza básica. No que
concerne ao tipo de pesquisa, a mesma é do tipo qualitativa, já que não houve necessidade de
recurso a conhecimentos estatísticos para a interpretação e apresentação dos resultados.
4
CAPÍTULO I – A OFERTA TURÍSTICA DO DONDO (CAMBAMBE)
5
Desde o final do período colonial e até à década de 80 do século XX, Dondo foi um
importante centro industrial, sendo considerado como o 4º pólo industrial do país. Contudo, e
ao contrário do que aconteceu em muitas outras cidades industriais angolanas, a indústria local
entrou em declínio e actualmente a maioria da sua população dedica-se à prática da agricultura,
pesca e comércio (Knoow.net, 2017).
História do Dondo
Contudo, foi já no decorrer do século XX que o Dondo conheceu o seu período de maior
prosperidade, a que não será alheio a chegada do caminho de ferro à cidade em 1941 e a
construção da barragem hidroeléctrica do Cambambe cujas obras foram concluídas em 1960.
Com estas duas importantes infraestruturas, segue-se uma fase de grande crescimento industrial
da cidade, salientando-se a instalação do complexo industrial têxtil SATEC (depois
denominada Bula Matadi l), a sociedade de Vinhos VINELO, uma unidade de produção de
materiais de construção, a sociedade algodoeira de Ambriz e ainda a fábrica de cerveja EKA
(Knoow.net, 2017).
Aspecto geográfico
Dondo possui uma área geográfica de 48 km2 e o seu território é composto por dois
aglomerados populacionais separados por cinco quilómetros, nomeadamente a cidade do
Dondo e o Alto Dondo, situado numa quota mais elevada, onde existe a divisão rodoviária para
os destinos do sul e leste do país. Este aglomerado surge na sequência da construção da fábrica
de cerveja e das moradias para os seus trabalhadores nos finais de 1960 (Castro, 2017).
Rio Kwanza – o maior rio exclusivamente angolano. Sua importância económica para o
país é inquestionável. O Rio Kwanza é responsável pelo abastecimento de algumas das
7
principais barragens hidroelétricas de Angola, tais como: Barragem de Laúca, barragem de
Cambambe e barragem de Capanda, responsáveis pelo abastecimento de energia elétrica e
água potável. Foi atribuído o nome de Kwanza ao rio devido às províncias do Kwanza
Norte que está na margem norte do rio e Kwanza Sul que está na margem sul do rio.
Também é o nome dado à principal moeda de troca em Angola “Kwanza” (Welcome To
Angola, 2022). Do ponto de vista turístico, proporciona paisagens de grande beleza,
passeios, actividades recreativas e desportivas, principalmente entre as localidades do
Dondo e Massangano (Castro, 2017).
Praia de Kiamafulo - a escassos 12 quilómetros da velha cidade do Dondo, está localizada
a praia do Kiamafulo, uma praia fluvial de grande beleza que derrama as suas areias até à
proximidade da ponte dório Kwanza. A praia é invadida por gente que vem de todo o país,
mas sobretudo de Luanda, N’Dalatando, Calulo e Dondo. Os excursionistas procuram as
águas cristalinas e a areia morna e morena (Hoteis Angola, s.d).
Marginal do Dondo - é a zona de maior actividade turística do Dondo, anteriormente com
muitos dos seus equipamentos e serviços turísticos em estado de ruina, informações obtidas
do site de notícias Agência Angola Press (ANGOP) dão conta que, recentemente começou
a ser desenvolvida um projecto de requalificação da marginal da cidade do Dondo pela
Adminstração Municipal de Cambambe (AMC). Segundo o mesmo site o projecto
contempla várias fases, sendo a primeira iniciada em finais de Dezembro de 2020, na qual
compreende a construção de nove bungalows, quadra polidesportiva, quiosques e
esplanadas, áreas verdes e outros serviços de lazer, hotelaria e turismo (ANGOP, 2021).
Albufeira da Barragem de Cambambe - apresenta uma beleza cénica peculiar, com um
perímetro verde circundante. Possui todas as condições para acolher equipamentos e
serviços para desenvolver a actividade turística (Castro, 2017).
Montanhas e geossítios: As encostas íngremes ao longo do rio apresentam valências
estéticas, suscetíveis de serem aproveitadas turisticamente, com lugares praticamente
virgens (Castro, 2017).
Lagoas e ilhas - na comuna de São Pedro da Quilemba, particularmente na região do
Bungo, o Rio Kwanza se desdobra em braços, obedecendo o relevo acidentado, para formar
ilhas com palmares e outros componentes da flora local, para além dos rápidos e cataratas
que representam um autêntico regalo da natureza. De igual modo, na comuna de
Massangano, o Rio Kwanza e o seu afluente Lucala, têm uma zona de confluência que deu
8
origem a lagoas com abundante peixe e mamíferos fluviais (Cazanga e Ngolome), sendo
também elementos de atração da fauna local (Castro, 2017).
De acordo com o que se observa, no âmbito dos bens livremente disponíveis para o
desenvolvimento de actividades turísticas no Dondo e em zonas circunvizinhas, repara-se que
há, para a localidade em estudo, recursos naturais com potencial de servirem de base
fundamental na materialização e desenvolvimento de determinadas actividades turísticas. Nesse
sentido, um planeamento adequado à realidade e que considere todos estes recursos é de capital
importância.
Bens imateriais
De acordo com Barbosa (2005), bens imateriais são aqueles que, resultante da maneira
de viver do homem, exercem sobre os outros homens um fenómeno de atracção, tal como
tradições, cultura, exotismo. Neste quesito, são apontados para o caso em estudo como os
seguintes.
Para além do evento cultural mencionado, ainda no âmbito dos bens imateriais que
podem interessar o turismo, na realidade em estudo o destaque vai igualmente aos hábitos e
9
costumes que caracterizam não só os habitantes do Dondo, mas também de áreas
circunvizinhas.
Um dos aspectos marcantes nos hábitos e costumes dos povos é a celebração da união
de duas famílias – o casamento tradicional. É uma das marcas da cultura, que só se considera
consumado com entrega completa do dote acordado previamente entre as famílias
(alembamento: compensação matrimonial em bens, dinheiro e animais, que a família do noivo
oferece a família da noiva). Para esses povos, os casamentos civis e religiosos são apenas
formalidades com pouco valor simbólico, enquanto não for cumprida as obrigações tradicionais
(Castro, 2017).
Na concepção de Barbosa (2005), bens turísticos são aqueles que, pelas suas
características ou dimensões provocam o desejo de viagem, tal como monumentos, museus,
parques temáticos, centros desportivos, estâncias termais. Neste âmbito, na realidade em estudo
destacam-se, como será visto a seguir.
10
Fonte: medicareclub.ao [27/12/2022]
Figura 8 - Extratos das Ruinas da Fortaleza de Kambambe
11
Bens e serviços turísticos complementares
De acordo com Barboza (2005), bens e serviços turísticos complementares são aqueles
que, resultando em exclusivo, da acção do homem, permite a deslocação e garantem as
necessidades de permanência: meios de transporte, vias de comunicação, meios de alojamento
e alimentação. Nestes termos, tudo quanto se enquadrar neste conceito no caso da realidade em
análise, configuram este tipo de oferta turística, a considerar os meios de transportes rodoviário,
ferroviário e hidroviário que possibilitam chegar ao Dondo, as infraestruturas de transportes
rodoviárias e ferroviárias, e os estabelecimentos hoteleiros e similares que permitem o
acolhimento de visitantes na cidade.
Neste ponto, no caso do Dondo, identifica-se como oferta turística intimamente ligada
a aspectos endógenos o artesanato realizado a nível local sendo que, entre outros aspectos, a
Feira de Artesanato do Dondo constitui uma das maiores forma dos artesãos locais exporem e
venderem suas produções. Evento que, segundo informações obtidas do Jornal de Angola, é
realizado anualmente, geralmente no mês de agosto, e chega a reunir mais de duas centenas de
expositores (Edições Novembro - E.P, 2016).
Locais para se hospedar: Hotel Zeos; Hospedaria Super Many; Hospedaria e Restaurante
Oliveira; Hospedaria e Restaurante Esteves; Hospedaria Mariscoal; Tubya Twa Wama, etc.
13
Locais para comer e beber: Restaurante Kissanga; Dongadas Space; Dondo’s longe, etc.
Para o caso da cidade do Dondo, além do património natural, expresso no majestoso rio
Kwanza e na sua envolvente de montanhas, fauna e flora, o centro da cidade é preenchido por um
património construído com estruturas do século XVIII e XIX. Na sua circunscrição, num raio
aproximado de 20 km, pontificam monumentos e sítios históricos de interesse (Castro & Carvalho,
2014). Desta maneira, relevando as características, constituem a oferta turística original ou primária
do Dondo os seus recursos naturais, os sítios de interesse histórico e culturais, ou seja, o seu
património cultural.
Produção industrial
16
outrosenlatados. Iniciou a sua atividade no princípio da década de 1970. Hoje o seu
equipamento encontra-se obsoleto e com poucas possibilidades de recuperação (Castro,
2017).
A empresa angolana de Cervejas (EKA), foi fundada em 1969 e introduziu a sua primeira
produção no mercado em 29 de Janeiro de 1972 (Wikipedia, 2021). A mesma continua em
pleno funcionamento até ao actual momento.
Para além empresas supracitadas, juntam-se à actividade industrial na realidade em estudo
o Complexo Hidroelétrico de Cambambe e a fábrica de água purificada Santa Isabel, cuja
captação da água é feita a partir do Rio Kwanza (Castro, 2017).
A Estrada Nacional nº 321, mais conhecida pelo seu prefixo EN-321, segundo
disposições do Plano Nacional Rodoviário, liga a província de Luanda à cidade do Dondo
(Wikipedia, 2020).
Com cerca de 66,5 km de extensão, a EN-321 é um dos principais eixos entre o centro-
norte e o leste do país, além de ser uma ligação importante da capital nacional com o interior
do território nacional, pois dá ligação à Estrada Nacional nº 230 (EN-230), a Estrada Nacional
nº 322 (EN-322) e a Estrada Nacional nº 120 (EN-120). Parte do seu percurso era via auxiliar
do antigo Ramal do Dondo do CFL (Wikipedia, 2020).
17
1.7. Apresentação e actual funcionamento das instalações de alojamento no Dondo
Em relação à oferta hoteleira, de acordo com Castro (2017, p.265) “dados recolhidos da
Secção Municipal de Turismo dão conta da existência dos seguintes empreendimentos em
operação: 1 hotel, 6 pensões e 4 hospedarias, perfazendo um total de 230 quartos”.
Hotel Zeos ( ) – buscas levam a crer que o hotel Zeos, classificado com uma categoria
de três estrelas é, ao momento, o estabelecimento de referência em funcionamento a nível
da cidade do Dondo. O estabelecimento está localizado perto da estação ferroviária do
Dondo e está aberto ao público em geral 24 horas por dia e sete dias por semana.
Hospedaria e Restaurante Oliveira – localizado no Dondo, actualmente em funcionamento,
o espaço oferece acomodação e alimentação e bebidas. A mesma tem um horário de
funcionamento diário que vai das 7h30 às 23h00, estando aberto todos os dias da semana.
Hospedaria e Restaurante Esteves – localizado no Dondo, actualmente em funcionamento.
O mesmo está aberto 24 horas, estando igualmente aberto todos os dias da semana.
18
CAPÍTULO II - PLANEAMENTO PARA A CIDADE DO DONDO
Variáveis político-Legais
Variáveis económicas
Variáveis socioculturais
Variáveis Tecnológicas
19
2.2. Análise SWOT
20
diversidade cultural, promover a cultura da paz, a segurança e a estabilidade sociopolítica,
proteção do patrimônio turístico.
ii. Melhoramento das infraestruturas: estradas, vias de acesso às atracções turísticas,
sistema de saúde (hospitais/unidades de saúde), saneamento básico, energia e agua potável,
sistemas de saneamento e rede de esgotos, recuperação de edifícios e urbanização.
iii. Administração, formação e Plano Estratégico do turismo: formação de recursos
humanos relacionada ao turismo, quadros e técnicos especializados, mão-de-obra local,
investigação cientifica, politica, legislação, descentralização e dinamização do poder local.
iv. Inovação, incentivo e investimento: motivação a investimento turístico (nacional e
estrangeiro), empreendedorismo, sustentabilidade, agências de viagem e operadores
turísticos.
v. Natureza: proteção do meio ambiente, fauna e flora, turismo rural, ecológico, reserva da
biosfera.
Objectivos
21
energia eléctrica, água potável, saneamento básico no município de Cambambe e na
comuna do Dondo;
vi. Construção de edifícios modernos e reabilitação urbana da cidade do Dondo;
vii. Procurar que, num horizonte de tres anos, iniciem a se verificar resultados satisfatórios,
gerar receitas turísticas, promovendo emprego e desenvolvimento social a nível local;
viii. Promover o patrimônio cultural e natural, ao mesmo tempo, registar a marca a criar para a
cidade do Dondo, o artesanato e a gastronomia local, tornando-os mais conhecidos a nível
nacional e internacional;
Aprovados, os planos de acções devem ser postos a funcionar através, exatamente, das
acções e de pessoas responsáveis neles indicados. O Programa de Medição de Desempenho vai
compreender a definição de um sistema de medição que possua indicadores e metas que
permitem avaliar e acompanhar o desempenho global, considerando as necessidades das partes
interessadas do turismo, visando à promoção da melhoria continua. O conjunto dos ciclos de
controle, decorrido um tempo planeado, permitirá que se alce o turismo a sucessivos degraus.
A visão sistêmica deverá conduzir os responsáveis envolvidos com o turismo a continuados
ciclos de aprendizado. Este Ciclo de Controle de Processos deverá, em tese, que consiste em
definir metas e os métodos a serem aplicados, através da elaboração do plano estratégico;
executar as ações planeadas; análise dos efeitos do trabalho executado e atuação no processo
em função dos resultados obtidos, de forma a aprender e melhorar continuamente.
22
Mercados – alvo
Clientes – alvo
“viajantes solitários (investigadores nas diversas áreas do saber), grupos de estudantes, famílias
e grupos de amigos. Pretendem aprofundar conhecimentos sobre o local e sobre a história de
Angola, em particular do Reino do Ndongo e das suas figuras mais proeminentes. Variados
estratos da sociedade, classe média, média baixa e média alta. O nível académico predominante
deverá ser o ensino superior, com segmentos assinaláveis de nível médio e pós-graduado. Em
suma, serão turistas com empregos razoáveis ou profissionais liberais, adultos de meiaidade e
terceira idade, estudantes universitários, jovens irreverentes e alocêntricos com elevado capital
cultural, ligados às “comunidades” Rasta, Rap e outras”.
Posicionamento
Diferenciação
23
cultural será principalmente assente nas caraterísticas de hospitalidade, nos monumentos e
sítios históricos do Dondo, bens culturais imateriais enraizados na população local.
Produto turístico/ serviço – turismo cultural (produto turístico cultural); turismo de natureza.
Ainda, de acordo com Castro (2017, p. 411) os produtos turísticos estratégicos propostos
para a cidade do Dondo são:
Preço
Relevando o perfil dos clientes – alvo, como visto anteriormente, de acordo com Castro
(2017, p. 30), propõe-se políticas de preços que tenham em conta os variados estratos da
sociedade, classe média, média baixa e média alta.
Distribuição
Comunicação
24
parcerias com agências internacionais vocacionadas. Participar em eventos (cultural, feiras) de
carácter nacionais, regionais e internacionais, visando divulgar a imagem do Dondo.
Monitoração
Nesse sentido, o autor assinala que as propostas apresentadas para o Dondo, implicam
a construção de um ordenamento turístico que permita acomodar organizações de gestão dentro
de um quadro de intersectorialidade e de articulação do público com o privado. A articulação
intersectorial do turismo é um fator crítico de desenvolvimento porque a sua ausência
condiciona o investimento e a capacidade de aplicação de medidas fundamentais.
O turismo precisa de organizações que facilitem o diálogo entre os municípios para que haja
sintonia na gestão dos produtos turísticos, fluidez nas rotas e redes turísticas, e acima de tudo,
para que o pensamento turístico seja convergente e haja complementaridade nas potencialidades
de cada local. Os gabinetes ou agências com essas caraterísticas, para além da captação e apoio
ao investidor, devem dar respostas às necessidades do turismo de forma técnica, fazendo o
25
interface entre as empresas produtoras, autoridades públicas e intermediários do sistema. Essas
organizações costumam estar divididas em função dos eixos estratégicos de atuação ou, por
imperativos de recursos financeiros, costumam congregar algumas funções operativas no
destino, ao nível do apoio ao empresariado local, assessoria técnica, formação profissional,
promoção turística e ações público-privadas que facilitam o encadeamento institucional e a
geração de sinergias (Castro, 2017).
Estes stakeholders são pois, potenciais parceiros, e ao mesmo tempo, tradicionais para
a indústria do turismo sustentável, porque trazem vantagens competitivas aos fornecedores de
26
serviços e ao próprio destino como um todo, tornam-se indispensáveis na deslocação dos
turistas, tornando os destinos mais acessíveis que, de acordo com Silva e Umbelino (2017), são
pilares para a cooperação e estabelecimento de parcerias estratégicas entre os diferentes
intervenientes do setor, público-privado, ONG´s, distintos nos seus interesses, recursos e
objectivos.
27
CONCLUSÃO
Com a realização deste estudo buscou-se fazer uma abordagem sobre a oferta turística
do Dondo, com vista a proposta de um plano de desenvolvimento turístico para a localidade.
No entanto, inicialmente com as buscas foi percebido a importância histórica e cultural que a
comuna do Dondo possui a nível nacional e que também pode ser de interesse internacional.
Foi igualmente percebido a importância histórica do corredor Kwanza durante a era colonial,
uma vez que este configurou uma das principais rotas comercias daquela época.
Foi constatado igualmente, que o território hoje denominado Dondo, foi a antiga capital
do reino do Ndongo, entre outros detalhes, sobre o aspecto hitórico-cultural da cidade, foi
observado também o valor arquitéctonico, paisagístico e histórico das suas antigas edificações
e ruinas. No entanto, relevando os recursos que a localidade detem é inegável a vocação turística
da mesma.
Não obstante a vocação turística da localidade, foi igualmente percebido o mau estado
de conservação dos seus recursos e a necessidade de serem desencadeadas acções que visem a
preservação e um melhor aproveitamento das atracções da cidade e de zonas circunvizinhas,
tendendo beneficiar todos os stakeholders da actividade na região e a melhoria das condições
socioeconómicas da popução local. Neste sentido, o estudo culminou com a formulação da
proposta de planemento.
28
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
30