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Turismo

Antes de mais, convém que precisemos o sentido acordado ao conceito de turismo. Segundo
Pearce falar de turismo é falar de pessoas e de lugares. Assim, por um lado, temos turistas e
os outros intervenientes no processo, isto é, todos aqueles que tornam a viagem possível
( transportadores, agentes de viagem, trabalhadores dos hotéis…) e, enfim, todas as pessoas
com as quais os turistas entram em contacto, directa ou indirectamente. Por outro lado, temos
os lugares de partida, onde se encontra o aparelho que deve assegurar a mobilização e
organizar a partida de turistas; os lugares de destino a serem visitados, ou seja o lugar das
práticas turísticas, onde estão as infraestruturas de recepção e os serviços de acolhimento e,
naturalmente, o espaço entre estes dois lugares, que constitui a área ou o espaço de percurso
ou de ligação. O turismo é, assim, espacialmente complexo, revestindo-se de um aspecto
tríplice: áreas emissoras (de dispersão), áreas de deslocamento e áreas de recepção (de
atracção), com implicações territoriais específicas em cada uma delas.
Moçambique possui um potencial turístico baseado nos ricos e ainda por explorar recursos
naturais, uma cultura diversificada com um povo hospitaleiro. A combinação do turismo de
praia tropical ao longo da imensa costa, com a vida cosmopolita das nossas cidades, a
incomparável e rica diversidade de flora e fauna assim como o magnífico mosaico cultural,
oferecem uma plataforma sustentável para um destino turístico incontestável.
Moçambique recebeu 1% do total de chegadas do continente africano e, em 2005, arrecadou
108 milhões de dólares, tendo contribuido com 0.7 para o PIB. A presente estratégia de
marketing visa posicionar Moçambique de forma competitiva e sustentável como um destino
turístico.

Como um sector de investimento prospectivo, o turismo tem estado a registar avanços


significativos, tendo nos últimos anos (período 19982004) respondido com 16% de aplicações
de investimentos totais de Moçambique. Com um investimento total de 1,3 bilhão USD, o
turismo passa a ser o 3º maior sector em investimentos no País.

Os principais países emissores do Turismo Internacional para Moçambique em 2004 foram:


Portugal, Reino Unido, Estados Unidos, Alemanha, Holanda, França, Italia, India, Paquistao e
China. Estes dez países representaram em conjunto 80% do total de turistas internacionais.

Em 2004 Moçambique recebeu 414,925 turistas internacionais, os quais representaram


58.35% do total de 711,060 viajantes.
O turismo doméstico compreende as viagens de visitas a familiares por ocasião da Páscoa,
Natal e fins-de-semana longo, de funcionários públicos em serviço, de homens de negócios,
etc. Nota-se um fluxo cada vez mais crescente de movimentação de cidadãos nacionais para
pontos turísticos, como Inhambane, Ponta De Ouro, Pemba, Bilene.
Turismo em Moçambique: oportunidades, desafios e riscos
Há uns anos, o turismo tornou-se um elemento preponderante da política de desenvolvimento
de Moçambique. A actividade suscita grande esperança no seio deste território em situação
difícil, ela continua, no entanto, pesada de consequências para o espaço em causa, agindo
tanto no plano espacial como humano. O turismo transforma as relações existentes, ele age
sobre a paisagem, economia e sociedade.
Moçambique, país em desenvolvimento, classificado entre os países mais pobres possui
potencialidades económicas interessantes. O turismo internacional jogando o papel de motor
de desenvolvimento interessa pelos seus aportes económicos e sociais, nomeadamente os mais
evidentes e mais directos: criação de emprego, a possibilidade para os habitantes fazerem
crescer as suas rendas e nível de vida, pelos ganhos secundários sobre os outros sectores.
Segundo os discursos governamentais, o turismo deve permitir uma melhoria do bem-estar da
população do país em geral e sobretudo da população dos espaços em causa. Trata-se de um
turismo essencialmente de proximidade, já que o grosso dos fluxos é proveniente dos países
vizinhos, especialmente da África do Sul, de onde, aliás, é proveniente o grosso dos
investimentos no sector.
Histórico breve do turismo em Moçambique
Uma actividade turística mais ou menos intensa marcou o passado de Moçambique, mais
precisamente o período colonial. Nos anos 50 foram criados os primeiros centros de
informação e turismo e em 1962, estabeleceram-se as primeiras 18 zonas turísticas, que foram
acrescidas para 26 no ano de 1972 1. Dados disponíveis indicam um fluxo anual médio de
cerca de 200 000 entradas entre 1962 e 1971, em proveniência sobretudo dos países vizinhos,
nomeadamente África do Sul e Rodésia do Sul (actual Zimbabué) e igualmente de Portugal,
país colonizador
Depois da independência nacional, em 1975, a orientação política inibiu o desenvolvimento
turístico. O turismo era visto como uma actividade de elite, o que se opunha aos princípios
ideológicos, pois ele representava um risco de “poluição capitalista”. A essas mudanças
juntou-se a guerra civil desencadeada alguns anos depois da Independência, provocando a
degradação e a destruição de muitas infraestruturas.
A partir dos anos 90, com o fim da guerra e as novas orientações do governo, Moçambique
aparece nos mídia internacionais como um país destruído pela guerra, virgem e ávido para o
desenvolvimento, um exemplo de transição pacífica para a democracia. Esta imagem atraiu a
atenção dos países vizinhos, sobretudo sul-africanos e portugueses residentes na África do
Sul, mas igualmente Moçambicanos que viviam no estrangeiro 96. Em geral eram indivíduos
que tinham algum conhecimento de Moçambique.
No início desta fase, os visitantes provenientes da África do Sul vinham por sua própria
iniciativa. Era o tempo em que “Moçambique era para os que chegassem em primeiro lugar”,
“os terrenos baratos, é só fazer o pedido”. Tratava-se de aventureiros que procuravam as
melhores oportunidades: tactear a agricultura, o comércio. A maior parte encontrava no
turismo um negócio mais seguro, com a instalação de bares, de restaurantes, de estações
turísticas nas praias. Assim, começa a instalação espontânea e desordenada de pequenos
hotéis, campings sem controlo e sem condições mínimas de segurança. O título de
propriedade era geralmente acordado não por uma autoridade competente, mas por uma
cadeia de funcionários, cada um deles dando uma “mãozinha” para se fazer obter a concessão
de terreno2.
1
2
Neste processo, sem organização nem intervenção das autoridades oficiais, os investidores
eram aparentemente os únicos beneficiários, o que faz vir ao de cima a questão do lugar e da
validade do turismo para o desenvolvimento do país. Pode-se considerar este período como
um momento de desenvolvimento espontâneo e, por consequência, desorganizado do turismo.
A ocupação do espaço realizou-se sem o mínimo de planificação, obedecendo à única lei do
proveito imediato, prevalecendo a lógica económica. Nesse quadro de implantações
desordenadas, fruto da ausência de planificação, conflitos diversos emergiram entre os
estrangeiros e os locais, acompanhados de efeitos sobre as paisagens e sobre o ambiente em
geral, o que ameaça o desenvolvimento do próprio turismo.
Os efeitos desse processo tiveram, no entanto, o mérito de atrair a atenção das autoridades
competentes sobre o papel e a importância do turismo, pois a amplitude da retomada da
actividade foi significativa: se em 1995, a frequência era estimada a cerca de 160 000 turistas,
Moçambique
registou dois anos depois cerca de 300 000 turistas 3 e em 2001 atingiu 400 000 4 No mesmo
período, a capacidade de alojamento passou de 7500 a 8500 para atingir cerca de 12.200
camas em 2001 . Dados mais recentes revelam que o país contou com 1,9 milhões de
visitantes em 2013 para um total de cerca de 39.000 camas5.
Assim, definiu-se o turismo como sector para maximizar a entrada de divisas e geração de
empregos, bem como reforço do desenvolvimento regional e de distribuição dos respectivos
benefícios por todas as zonas do país, e principalmente como instrumento de projecção da
imagem prestigiosa de Moçambique no exterior. Em 2003, foi aprovada a Política Nacional
de Turismo, através da resolução nº 4 de 4 Abril do mesmo ano. Esse instrumento jurídico
serve de base legal para orientar o sector de Turismo na República de Moçambique. Para
operacionalização dos preceitos plasmado no Plano Nacional de Turismo, aprovou-se em 12
de Abril de 2004, o Plano Estratégico para o Desenvolvimento de Turismo em Moçambique
(2004-2013), estando já em vigor o novo plano, também com mesmo período de validade.
Com a criação do Ministério de Turismo, Política Nacional de Turismo e de Planos
Estratégicos para o Desenvolvimento do Turismo em Moçambique, registaram-se avanços
significativos no turismo nacional. Contudo, para além da condição económica desfavorável
para construção de infraestruturas, precisa-se aprimorar questões organizacionais, de forma a
tornar as dificuldades em oportunidade.

Turismo Regional

Actualmente, o Turismo Regional é o mercado mais importante para Moçambique. Compõe-


se por turistas africanos provenientes dos países vizinhos. O Mercado Regional representou
86 % dos turistas estrangeiros que entraram em Moçambique em 2004.

3
4
5
Os principais países emissores do Turismo Regional para Moçambique são: África do Sul,
Zimbabwe, Malawi e Suazilandia e, que representaram 64% do total de turistas africanos que
entraram no país em 2004.
Estima-se que uma parte considerável dos 106678 turistas regionais que entraram, em 2004,
no país por motivos de férias e lazer procuraram estâncias turísticas nas praias e a maioria dos
visitantes africanos que entram em Moçambique pertencem ao grupo etário de 25-44 anos e
tem um período de estadia dentro do País muito reduzido (de um a três dias em média).
A Organização Mundial do Turismo prevê que a África Austral colectivamente irá crescer
nos próximos anos num ritmo elevado até atingir 36 milhões de turistas estrangeiros no ano
2020. De acordo com o compêndio de Estatística e Turismo, a África Austral regionalmente
está em alta com a África do Sul, Botswana, Lesotho e Swazilândia, a obter a maior fatia do
mercado deste crescimento.
Na África Sub-Sahariana , o turismo deverá gerar 4% do PIB da região até 2010. Isto irá
tornar o turismo numa alternativa para a redução da pobreza, criação de emprego, geração da
moeda externa para além da sua contribuição para a balança de pagamentos.
A maioria dos Turistas regionais normalmente utiliza o seu próprio meio de transporte e em
muitos casos também traz o seu próprio meio de alojamento (tendas de acampamento, barco,
caravanas) e alimentação e bebidas. O Turismo Regional entra no país por postos fronteiriços,
utilizando carros numa proporção de 76%.
A maioria dos turistas Africanos (65% / 67%) entram a Moçambique por motivos de negócio
e visita a familiares e amigos. Os Turistas Regionais que entraram em Moçambique por
motivo de férias representam apenas 33 % do total de turistas africanos.

DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO ACTUAL DO MARKETING EM MOÇAMBIQUE


A Política de Turismo de Moçambique pretende promover um turismo sustentável e
responsável, priorizando áreas de desenvolvimento do turismo direccionadas para uma linha
de mercados diversificados, contribuindo para a reabilitação, conservação e proteção de
ecossistemas e a herança natural do país.
A Política do Turismo resulta de um diálogo interactivo entre vários intervenientes, com
impacto na indústria do turismo e no desenvolvimento a longo prazo do turismo no país.
Institucionalmente, o Governo através do Ministério do Turismo é a entidade responsável pela
coordenação, dinamização e controlo da actividade de marketing, seja na vertente de
aplicação de medidas para facilitação e incremento do fluxo de turistas assim como na
promoção de investimentos e eventos turísticos.
Paralelamente, o Governo através do Fundo Nacional do Turismo (FUTUR) responsabiliza-se
pela busca de recursos financeiros para que tanto o sector público assim como o privado
possam realizar acções de promoção e outras que concorram para a consolidação do bom
nome e prestígio do País como destino turístico. Ao FUTUR também lhe é atribuída a função
de organizar a participação de Moçambique nas feiras de especialidade e produzir material
promocional.
O Sector Privado no seu todo seria a força motriz da promoção turística, através de
programas específicos ou corporativos dos estabelecimentos, zonas ou regiões turísticas. O
Sector Privado, em parceria com os órgãos do Estado, participa activamente nas acções do
marketing do País.
Atracções Turísticas de Moçambique

ATRACÇÕES LOCALIZAÇÃO
Região Sul Região Centro Região Norte
Sol e praia Maputo, Bilene, Sofala (Savane, Província de
Xai Xai, Nova Sofala)e Nampula
Macaneta, Zambézia (Pebane e particularmente
Vilanculo, Tofo, Zalala) a Praia de

ATRACÇÕES LOCALIZAÇÃO
Região Sul Região Centro Região Norte
Jangamo, Paindane, chocas –uma praia
Ilhas do muito
Arquipelago popular
do Bazaruto Cabo Delgado exibe
areias brancas e águas
cristalinas na praia do
wimbe
Eco-turismo A área O Parque Reserva
de Nacional do
conservação de Niassa considerada
transfronteira Gorongosa uma das
dos Libombos que em áreas de conservação
inclui a Reserva Sofala é abundante em na SADC. A reserva
Especial de Maputo. espécies de fauna como acomoda mais de
Existe o turismo de leões, leopardos , 12.000 elefantes bem
contemplação . A elefantes, o como
ornitologia é também búfalo, hipopotamo, Kudus, impala,
uma das principais crocodilo, vários Inhalas, Javalis, e
atracções. pássaros. A reserva de zebras. O parque
Reserva Marromeu , nacional das
de recentemente Quirimbas em Cabo
Pomene, Area de redinamizada, Delgado aloja espécies
conservação possui vastas espécies marinhas e terrestres.
transfronteira do de flora e fauna.
Limpopo que inclui o A reserva de Gilé na
Parque nacional do província da Zambézia,
Limpopo. que possui amplas
Banhine espécies
e faunísticas e pássaros, a
Zinave. Existe reserva de
também o parque Chimanimani e a
nacional de Bazaruto Área de
abundante em raras conservação
espécies marinhas. comunitária de Tchuma
Tchato
em Tete

Turismo Sofala, Manica e A


convergência
ATRACÇÕES LOCALIZAÇÃO
Região Sul Região Centro Região Norte
Histórico em Tete constituem centros das culturas
Inhambane. históricos de valor Africanas,
Maputo tem arte e patrimonial. Este Árabes
artesanato, património é e
Turismo museus, património representado por Portuguesa
Cultural arquitectónico conjuntos através das trocas
bem como uma vida históricos de edíficios comerciais e do tráfico
nocturna vibrante. antigos, como fortes, de escravos criaram
Dança igrejas antigas, as uma cultura
Marrabenta, florestas sagradas e miscigenada em
Timbila fossilizadas, locais Moçambique.
de sagrados, o Nampula acolhe o
Zavala. Os locais Zimbabwe proclamado
históricos da do património da
resistência à Songo, o painel de humanidade pela
ocupação pinturas, UNESCO, a Ilha de
colonial incluindo o museu e Moçambique, que foi
em centro comunitário de um
Gaza e Maputo e as Manica, para importante
estações apresentação e entreposto
arqueológicas de interpretação histórica. mercantil de ouro,
Chibuene A dança Nhau é o marfim e escravos,
e principal exemplo do entre os séculos XVI e
Manyiknei, que se património intangível XIX. A Província do
localizam no distrito desta região. Niassa possuí um
de potencial arqueológico
VilanKulos das origens
humanas, que será
agora valorizado com
a criação do museu de
Metangula.
Nampula possui um
conjunto de
edifícios
coloniais que
remontam desde os
tempos do comércio
árabe e português.

ATRACÇÕES LOCALIZAÇÃO
Região Sul Região Centro Região Norte
A danças Mapiko e
Tufo
caracterizam as
manifestações
culturais
de
Cabo Delgado e
Nampula. Há ainda a
salientar nesta região o
potencial
histórico das bases
e monumentos
da luta armada de
libertação de
Moçambiuqe, a
preservar. O
arquipélago das
Quirimbas e o
conjunto edificado do
Ibo é um dos bens que
consta na lista
tentativa do
Património
Mundial, para
candidatura pela
UNESCO.

Turismo Mergulho Pesca submarina Backpackers no lago


de em Surfing Niassa, desde Malawi
aventura Inhambane viagens de safari 4x4
e Turismo contemplativo safari até ao
Ilha de e Niassa
Bazaruto, pesca em montanhismo
profundidade, (Alpinismo)
navegação
em Caça, Viagens de safari
Bazaruto, canoagem, em 4 x 4
windsurfing ou
snorkeling na
Ilha de Inhaca

Turismo Urbano Maputo Beira e outros centros Encontrados


principalmente
ATRACÇÕES LOCALIZAÇÃO
Região Sul Região Centro Região Norte
provinciais em centros provinciais
como Pemba, Nacala
e
Nampula
Gastronomia Camarão, Camarão, Galinha a Camarão, Karakata,
Mariscos, Zambeziana ,
Mathapa Mukapata
Fonte: KPMG: Análise situacional, Fevereiro, 2004 Moçambique Terra de Contrastes
& RETOSA, The Essence of Africa 2003.

As praias em Moçambique têm uma nota elevada e são classificadas


como sendo “muito boas”.
As Áreas de Conservação são consideradas no sector do turismo como a alavanca para o
desenvolvimento de turismo no País devido a sua rica biodiversidade, endemismo das
espécies, paisagens naturais e o estado menos perturbado dos seus ecossistemas terrestres e
aquáticos naturais e que são de grande valor turístico.
Quanto à distribuição das espécies faunísticas no território nacional, o Norte comporta a
maior parte, visto que a região é maior e possui ecossistemas e habitats terrestres naturais
menos perturbados pelo homem.
Com relação as Áreas de Conservação Transfronteiras (ACTF) o conceito principal da sua
criação, é a conservação da biodiversidade além fronteira. A existência das áreas protegidas
entre países são os habitats que constituem os nós de ligação. A implantação deste programa
vai estendendo-se ao longo do País, onde já estão a funcionar a ACTF dos Lubombos, a
ACTF do Grande Limpopo e a ACTF de Chimanimani.
Esforços ao nível do Governo estão a ser feitos e aplicados no sentido de na segunda fase da
implementação do programa ACTF, a área de ZIMOZA em Tete ligando Moçambique,
Zambia e Zimbabwe e a ACTF de Niassa e Cabo Delgado que farão a ligação com a Sealous
Game Reserve na Tanzania e Malawi sejam operacionalizadas.
As Coutadas Oficiais foram criadas com o propósito de se promover a prática da caça
desportiva, estando as principais localizadas na zona centro do País, particularmente nas
províncias de Sofala e Manica.
As fazendas do brávio são outro produto que enriquece a diversificação do turismo cinegético
em Moçambique.
Destinos e Segmentos Turísticos
O Plano Estratégico para o Desenvolvimento do Turismo em Moçambique aponta os
processos considerados fundamentais para o desenvolvimento dos destinos, onde é definido o
quadro espacial que identifica as Areas Prioritarias para Investimentos no Turismo (APIT´s),
os circuitos e rotas turisticas, incluindo a dessiminação de valores historico-culturais.
As APIT’s estabelecidas no PEDTM possuem os requisitos referentes ao factor atracção,
mas poucas garantem a oferta básica de infraestruturas e serviços, pelo que apesar de
atractivas, nem todas são efectivamente destinos turísticos.
As APIT’s por seu turno estabelecem directrizes gerais em relação ao tipo de produtos e
segmentos de mercado que cada APIT pretende desenvolver.
Figura 1. Localização Geográfica das APITs
APIT’s Tipo ‘A’
2. Zona de ‘Grande’ Maputo
6. Zona C osteira de Inham bane
7. Zona de Vilankulos/Bazaruto
APIT’s Tipo ‘A/B’
1. Zona de Costa de Elefantes
3. Zona C osteira de Xai-Xai
8. Zona de Turism o de Sofala
14. Zona de Ilha de Moç./Nacala
15. Zona de Pem ba/Quirim bas
APIT’s Tipo ‘B ’
4. Zona de Lim popo – Massingir
5. Zona de Lim popo – Mapai
9. Zona de Turism o de Gorongosa
10. Zona de Turism o de Manica
11. Zona de Tur. de Cahora Bassa
12. Zona de Gilé/Pebane
13. Zona de Turism o de Guruè
16. Zona de N orte de C abo Delgado
17. Zona de Lago de Niassa
18. Zona de R eserva de Niassa

Tabela 13. Destinos e Segmentos Turísticos

Destinos e Segmentos Turísticos


Destinos existentes (Tipo “A”)
Zo Tip Nome & Local Produtos Chave Segmentos de mercado
n o
a
A Zona do Grande Turismo Negócios domésticos,
2 Maputo – inclui Maputo urbano e de regionais e internacionais
Cidade, Marracuene e negócios Sol, Trânsito e lazer
Inhaca praia e mar internacional e VFR
Cultura Eco- (amigos e familiares),
turismo Lazer doméstico e
contemplação VRF
de fauna bravia
A Zona Costeira de Inhambane Sol, praia e mar Lazer doméstico Lazer
6 – de Inharrime até Massinga, Desportos regional e internacional
na Província de Inhambane aquáticos, Interesses especais
contemplação Backpackers
de passáros,
Cultura

Zona de Bazaruto Eco-turismo Lazer internacional


7 A Vilankulos – inclui o costeiro Sol, Lazer regional
Arquipélago do Bazaruto e a praia e mar
costa de Vilankulos até Desportos
Inhassoro, na Província de aquáticos
Inhambane
Destinos existentes com desenvolvimento limitado (Tipo “A/B”)
Zo Tip Nome & Local Produtos Segmentos de mercado
na o Chave
A/ Zona de Turismo da Costa de Eco-turismo Lazer regional e doméstico
1 B Elefantes – a zona costeira costeiro Lazer internacional de
entre Catembe e Ponta do Desportos nicho e de alto rendimento
Ouro na Província de aquáticos
Maputo Sol, praia e
mar,
contemplaçã
o de fauna
bravia,
contemplaçã
o de baleias
A/ Zona Costeira de Xai Sol, praia e Lazer regional
3 B Xai – a zona costeira de mar Lazer doméstico
Bilene até ao Lago Desportos
Chidenguele, locais historicos aquáticos
de resistência contra a Cultura
ocupação colonial (Chaimite)
na Província de Gaza

A/ Zona de Turismo de Sofala – Turismo MICE e negócios


8 B inclui Beira, Sofala e a zona urbano Sol, doméstico e regional
costeira de Savane em Praia mar eLazer doméstico
Província de Sofala Cultura, eco- Lazer regional
turismo
litoral
A/ Zona da Ilha de Moçambique Cultura Nichos de lazer
14 B – Nacala da baía de -Sol, praia e internacional Lazer
Mocambo no sul até à Baia de mar regional
Memba no norte da Província ,Desportos
de aquáticos
Nampula
15 A/ Zona de Pemba – Sol, praia e Nichos de lazer
B Quirimbas – da baía de mar internacional Lazer
Pemba, até à Ilha de Matemo Desportos regional
e os parques marinho e aquáticos
terrestre do Parque Nacional Cultura
das Quirimbas, na Província Eco-turismo
de Cabo Delgado

Destinos emergentes (Tipo “B “)

Zo Tip Nome & Local Produtos Segmentos de


na o Chaves mercado

Zona do Limpopo Ecoturismo, Aventura Lazer doméstico e


4 B Massingir – inclui a vila de Interesses especiais regional
Massingir, a albufeira de Desportos aquáticos MICE doméstico e
Massingir e a parte sul do Cultura regional
Parque Nacional do Lazer internacional
Limpopo, na Província de Nichos de eco-
Gaza turismo
5 B Zona do Limpopo Eco–turismo, Lazer doméstico
Mapai – Aventura eInteresses Lazer regional e
na Província de Gaza, na especiais internacional
zona norte do Parqu Nichos de eco-
Nacional do Limpopo turismo
9 B Zona do Turismo de Eco-turismo Lazer internacional e
Gorongosa – – Inclui o Observação de pássaro doméstico Nichos de
Parque Nacional e a caça seco-turismo
Montanha de Gorongosa desportiva
10 B Zona do Turismo de Eco-turismo Backpackers
Manica – inclui Aventura oCultura overlanders
Manica, Chicamba e parte eInteresses especiais Nichos de eco-
norte de reserva d turismo
Chimanimani, na
Província de Manica
11 B Zona do Turismo de Eco-turismo Nichos de eco-
Cahora Bassa – inclui Aventura Interesses turismo
Songo, partes da albufeira especiais Cultura caça Backpackers
Cahora Bassa e a área desportiva overlanders
comunitária de turismo de Interesses especiais
Tchuma
Tchato, na Província de
Tete
12 B Zona do Turismo daEco-turismo Sol, praia e Mercado de
Reserva do Gilé– mar Cultura Interesses Lazer
Pebane – inclui especiais, águas Doméstico
a Nichos
reserva de Gilé e a zonatérmicas internacionais
costeira de Pebane, na
Província da Zambézia.
13 B Zona do Turismo d Guruè –oAventura éEco-turismo Lazer doméstico
zona de Guru Cultura Nichos internacional
na Província da e regional
Zambézia
16 B Zona norte de Cabo Sol, praia e mar Lazer internacional
Delgado – inclui Palma e Desportos aquáticos Lazer regional
Mocímboa da Praia, Cultura Interesses especiais
Mueda, Chai até a fronteira
com Tanzânia no norte da
Província de Cabo Delgado

17 B Zona do Turismo do Lago Ecoturismo Desportos Lazer internacional


Niassa – inclui as margens aquáticos caça Lazer regional
do lago de Metangula até desportiva Interesses especiais
Cóbuè e a zona leste de
Manda
Wilderness, na
província de Niassa
18 B Zona da Reserva do Ecoturismo Cultura Nichos de eco-
Niassa – a reserva e as Interesses especiais turismo
coutadas da Reserva de internacionais
Niassa, na Província do
Niassa

3.10. Mercados de Nicho para Moçambique 3.10.1.Análise


de Mercado de Nicho

A nível mundial, prevê-se um crescimento do Turismo que se


focalizará nos seguintes segmentos especiais: sol e praia; eco-
turismo; turismo cultural; turismo de aventura; turismo
temático e turismo de cruzeiros.
O potencial turístico de Moçambique é largamente baseado em
atracções ligadas a natureza, cultura, gastronomia e
entretenimento.

Férias de Sol e praia continuarão a desempenhar um papel


fundamental no futuro do Turismo em Moçambique como um
activo vasto, atractivo e ainda por explorar. A importância
actual e futura deste património e os progressos globais em
termos de planeamento de estâncias e desenvolvimento,
oferece vantagens comparativas e interessantes oportunidades
ao país.

Moçambique tem também a possibilidade de capitalizar


vantagens comparativas maximizando ligações entre a costa e
selva. Estas ligações poderão vir a fazer a diferença em termos
competitivos a favor de Moçambique.

3.10.2. Ecoturismo

Ecoturismo pode ser referido por diferentes terminologias como


turismo cultural, de vila ou comunitário como um termo
genérico que capta o espírito desta actividade “Turismo
Baseado nos Recursos Naturais e da Comunidade.

Moçambique é um país com um alto potencial para o


desenvolvimento do Ecoturismo e pode explorar o grande
mercado de viagens de aventura.

A identificação de areas com um alto valor biológico, como por


exemplo as áreas de conservação transfronteira, locais com
potencial para serem declarados património da humanidade,
ecossistemas com lagos do interior, áreas húmidas e áreas de
montanha e costa, deverão ser considerados como prioridade
para o desenvolvimento do turismo e conservação.

Tipos de Serviços Baseados no Ecoturismo

x Infra-estruturas oferecendo acampamentos, locais de


alojamento construídos com materiais rusticos e alguns
serviços de catering
x Guias oferecendo-se como guias aos turistas
x Safari de montanhas, pesca, caça, locais sagrados,
observação de animais, etc.
x Artesanato para venda aos turistas.
x Actividades Culturais que podem ser exibidas aos
turistas mediante um programa desenhado para o efeito.

3.10.3. Turismo de Aventura

O turismo de aventura descreve as actividades que ocorrem ao


ar livre e que requerem um alto nível de energias dos
participantes. Geralmente o turismo de aventura envolve
algum esforço físico.

Moçambique está bem posicionado para tirar partido do


mercado de turismo de aventura. O turismo de aventura está a
ser cada vez mais procurado por aqueles que se querem retirar
da sua rotina diária ou que buscam novas formas de passar os
dias com as suas famílias.

3.10.4. Turismo Cultural e Histórico

O turismo cultural é baseado no mosaico de destinos,


tradições, arte, celebrações e experiências que retratam uma
nação e o seu povo, reflectindo a diversidade e caracter do
país.

Moçambique possui uma rica tradição artística local e a que


resulta de vários séculos de contactos culturais. A nível do
artesanato e arte escultórica ganha relevo a arte Makonde no
norte do País reconhecidos como marco de identidade artística.

A música tradicional é amplamente tocada em Moçambique. Ao


norte são reconhecidos pelos seus instrumentos, ao sul são
reconhecidos pelas suas orchestras de timbilas (marimbas). A
música moderna floresce nas cidades, onde a Marrabenta é
talvez o estilo mais típico. As danças tradicionais como Nhau,
Tufo e Mapiko também são reconhecidas como sendo de
grande expressividade cultural, nas regiões centro e norte do
País.

A tradição moçambicana de artes visuais e plásticas, produziu


vários artistas modernos que atingiram reconhecimento
internacional. Um bom número de pintores e escultores
talentosos surgiram desde os anos 50. Na pintura destaca-se
as obras de Malangatana, enquanto para escultura destacam-
se os nomes sonantes como Renata e o já falecido Chissano.
Há ainda, um pouco por todo o País, os bens imóveis que
consistem em conjuntos urbanos, locais históricos e
arqueológicos e ainda as obras monumentais. Alguns desses
bens já se encontram inventariados ou declarados como bens
do património cultural e natural nacional.

Os viajantes que praticam o turismo histórico-cultural em


Moçambique procuram:

x Locais históricos e Estações


Arqueológicas x Galerias de arte e
artesanato x Teatros x Museus x
Eventos culturais e festivais x
Feiras x Comunidades étnicas e
bairros x Edifícios com valor
histórico e arquitectónico x Locais
tradicionais de culto e sagrados x
Parques Nacionais
x Reservas Nacionais
Tabela 1: Parques Nacionais Moçambicanos: localização, ano de criação e superfície
Parques Nacionais
Província Designação Ano de Criação Área (km2)
Parque Nacional das
Cabo Delgado 2002 7500
Quirimbas
Parque Nacional de (Área central) 3770
Sofala 1960
Gorongosa (Área tampão) 1600
Parque Nacional de
Zinave 1973 6,000
Inhambane Parque N. do
Arquipélago de 1971 1,600
Bazaruto
Parque Nacional do
2001 10,000
Limpopo
Gaza
Parque Nacional de
1973 7,000
Banhine
Total 37,470
88
Fonte:Ministério da Cultura e Turismo de Moçambique (2015)

Tabela 2. Reservas Nacionais Moçambicanas: localização, ano de criação e superfície


Reservas Naturais
Província Designação Ano de Criação Área (km2 )
Área central = 15,000
Niassa Reserva do Niassa 1964
zona tampão = 17,000
Zambezia Reserva do Gile 1960 2,100
Sofala Reserva de Marromeu 1960 1,500
Reserva de
Manica 2000 7,500
Chimanimani
Reserva Nacional de
Inhambane 1964 200
Pomene
Reserva especial de
Maputo 1960 700
Maputo
89
Fonte:Ministério da Cultura e Turismo de Moçambique (2015)
Considerações Finais
Moçambique está fortemente engajado com o turismo acreditando possuir grande potencial
para o desenvolvimento da actividade. Esta crença, justifica-se pelo facto de a natureza ter
sido favorável: proporcionando-lhe uma boa localização, uma costa extensa com cerca de
2500 km de extensão, com uma combinação de praias com areias finas e brancas, rochas. Para
além desta componente natural, Moçambique conta ainda com um mosaico cultural singular
fruto da sua história, que mais uma vez tem a sua explicação, em parte na sua localização
geografia. Na região apresenta- se como uma ilha linguística, já que é circundado por países
anglófonos. Assim, as oportunidades para o desenvolvimento do turismo são muitas e
diversificadas, a maioria das quais resultantes das condições físico-naturais, às quais se
juntaram aspectos de natureza cultural, que se beneficiaram da extensa abertura para o oceano
Indico.
Os desafios são igualmente significativos, resultando os mesmos da capacidade limitada deste
espaço em responder às necessidades e exigências do turismo. Este facto prende-se com o
baixo nível de desenvolvimento que o país apresenta, caracterizado por apresentar carências a
todos os níveis e em todos os sectores. Esta reduzida capacidade de resposta local e nacional,
conduz ao crescimento do investimento externo, contribuindo para o crescimento da
dependência externa. Além disso, convém referir o seguinte se a localização geográfica de
Moçambique constitui um dos seus elementos mais favoráveis e que o permite ter vantagens
comparativas em relação a alguns sectores, ela constitui também uma das principias condições
que contribui para a vulnerabilidade do país, sobretudo em relação a eventos extremos como
por exemplos ciclones que afectam as áreas costeiras que são privilegiadas pelo turismo.
Aumentando igualmente a propensão para a ocorrência de inundações. Assim, o
desenvolvimento do turismo envolve alguns riscos, alguns dos quais resultantes da própria
essência desta actividade, caracterizada por ser alimentada por viajantes, visitantes, ou seja,
indivíduos “estranhos aos destinos turisticos”. Não havendo viagens, o turismo pára, o que
tem implicações em todas as áreas com as quais o turismo tem relação.
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