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Katia Jamu Imamo Dine

Contribuição de turismo para economia de Moçambique a Nível Mundial

Licenciatura em Gestão Ambiental e Desenvolvimento Comunitário com Habilitação em


Ecoturismo

Universidade Licungo
Delegação da Beira
2020
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Katia Jamu Imamo Dine

Contribuição de turismo para economia de Moçambique a Nível Mundial

O presente trabalho a ser apresentado na cadeira de


Economia de Turismo, no Departamento de Ciências
Sociais, do curso de Licenciatura em Gestão Ambiental
e Desenvolvimento Comunitário com Habilitação em
Ecoturismo para uma avaliação do mesmo.

Docente:

Msc. Geraldo Sotaria

Universidade Lucungo

Delegação da Beira

2021
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Índice

Introdução...............................................................................................................................1

Turismo em Moçambique.......................................................................................................2

Turismo Regional...................................................................................................................2

Turismo Internacional............................................................................................................3

Atracções Turísticas de Moçambique....................................................................................3

Propostas de auxílio recuperação económica.........................................................................4

Conclusão...............................................................................................................................5

Referência bibliográfica.........................................................................................................6
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Introdução
A presente pesquisa científica cujo tema que é contribuição de turismo para economia de
Moçambique a nível mundial, o turismo é um sector de extrema importância económica e
social em Moçambique, emprega grande quantidade de pessoas (3% do total de empregos do
País), desde as mais qualificadas com diplomas de nível superior e fluentes em idiomas
estrangeiros, até jovens e profissionais com baixo nível de escolaridade, ou que estão
ingressando no mercado de trabalho.

Nos mais variados níveis de escolaridade, a cadeia produtiva do sector de viagens é


responsável por volumes significativos de postos de trabalho, com e sem treinamento. Muitas
outras empresas deste sector, por seu turno, mesmo cortando custos e empregados, não
conseguirão se manter abertas, o que acarretará em mais desemprego. Urgem políticas
específicas para minimizar as consequências negativas da pós-pandemia no turismo. Medidas
genéricas não serão mais suficientes.

A sua importância vem sendo reconhecida tanto pelos países desenvolvidos como pelos que
ainda estão em via de desenvolvimento. Estes últimos apostam que o incremento da
actividade pode alçá-los ao primeiro mundo, em consequências das vantagens económicas
que lhes são atribuídas, notadamente quanto à geração de empregos e à captação de divisas.

A metodologia que foi utilizada para a realização da pesquisa é a qualitativa a qual é


subjectiva e preocupa-se com a qualidade das informações e respostas. A pesquisa
qualitativa, considera a existência de uma relação dinâmica entre o mundo real e sujeito. É
descritiva e utiliza o método indutivo.
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Turismo em Moçambique

Em Moçambique, as estatísticas referentes à evolução do “turismo de sol e mar”, estão


incluídas na categoria “turismo de lazer e férias” que correspondeu a cerca de 47,8% das
motivações de viagens em Moçambique em 2008. Em 2012 subiu para 65,75%, assumindo-se
como a principal motivação de viagens, em detrimento dos negócios e visita a familiares e
amigos.

Os principais países emissores do Turismo Internacional para Moçambique em 2004 foram:


Portugal, Reino Unido, Estados Unidos, Alemanha, Holanda, França, Itália, Índia, Paquistão
e China. Estes dez países representaram em conjunto 80% do total de turistas internacionais.

Em 2016 Moçambique recebeu 414,925 turistas internacionais, os quais representaram


58.35% do total de 711,060 viajantes.

É um facto que Moçambique como destino turístico internacional se encontra na fase


primária do seu desenvolvimento e a sua base de produto potencial permanece largamente
subdesenvolvida, embora a SNV (2011), afirme que Moçambique já se encontra no “top 10
dos maiores destinos turísticos africanos”, o que significa que há valorização dos seus
recursos turísticos.

Turismo Regional

A maioria dos turistas Africanos (65% / 67%) entram a Moçambique por motivos de negócio
e visita a familiares e amigos. Os Turistas Regionais que entraram em Moçambique por
motivo de férias representam apenas 33 % do total de turistas africanos.
A maioria dos Turistas regionais normalmente utiliza o seu próprio meio de transporte e em
muitos casos também traz o seu próprio meio de alojamento (tendas de acampamento, barco,
caravanas) e alimentação e bebidas. O Turismo Regional entra no país por postos
fronteiriços, utilizando carros numa proporção de 76%.
A África continua a reportar um crescimento contínuo no turismo tendo atraído mais de 5%
nas chegadas de turísticas internacionais em 2013, que corresponde a um aumento de 3
milhões de turistas. No global, a região chegou aos 56 milhões de turistas (5% do mundo). As
receitas geradas do turismo internacional atingiram 34 mil milhões de dólares. O Norte de
África que teve um ano de crescimento robusto (+6%), encabeçada por Marrocos com (+7%),
sendo neste caso, o primeiro destino africano a ultrapassar a marca dos 10 milhões de
chegadas internacionais, enquanto a Tunísia registou mais 5%. Na África Subsaariana o
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crescimento de chegadas de turistas foi de 5%. A África do Sul é o maior destino nesta sub-
região e teve 4% de crescimento no indicador referido anteriormente.

O turismo é uma das actividades que nos últimos anos vem ocupando um lugar de destaque
na economia moçambicana, tendo em 2014 recebido 1.969.716 turistas estrangeiros e 6,3
milhões de turistas nacionais viajaram para diversos destinos nacionais.

Turismo Internacional

Turista todo aquele que atravessa a fronteira por um período não superior a 1 ano consecutivo
para lazer, negócio ou visita a familiares, considerando o conceito de Turismo Internacional
da Organização Mundial do Turismo.

O turismo aparece como uma fonte de riqueza e como uma actividade económica em
constante crescimento. As receitas do turismo internacional em 2014 atingiram 1.170 mil
milhões de euros, tendo aumentado em 45 mil milhões de euros em relação ao ano 2013,
encabeçadas pela Europa com 41% do valor total das receitas, tendo alcançado 383 mil
milhões de euros. Seguem-se a Ásia e o Pacífico com 30% das receitas totais geradas pelo
turismo internacional (284 mil milhões de euros) e o continente americano com 206 mil
milhões de euros, representando uma percentagem de 22%. Por último, o continente africano,
com um peso de apenas 3% (37 mil milhões de euros). Verificou-se também um aumento de
4,4% nas chegadas de turistas internacionais, atingindo um total de 1.135 milhões de turistas,
acima dos 1.087 milhões do ano 2013

Os turistas que entram no país por motivo de negócios e conferências são os que apresentam
uma evolução positiva ao longo dos anos. Por outro lado, são elevados os números dos
turistas que entram por motivo de lazer e férias, sofrendo variações significativas, ao longo
dos anos.

Atracções Turísticas de Moçambique

Moçambique possui 120.000 km2 de superfície marinha e 13000 km2 de águas de interior
que inclui rios lagos e albufeiras”. Olhando para a extensão territorial, o litoral de
Moçambique é privilegiado por possuir uma linha da costa com cerca de 2.700 km de
extensão, com alguns recortes pronunciados que originam importantes baías, cabos, pontas e
ilhas residuais, abrangendo oito das onze províncias do país, (Cabo Delgado, Nampula,
Zambézia, Sofala, Inhambane, Gaza, Maputo e Maputo-Cidade).
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A área litoral possui também uma diversidade de habitats que inclui praias arenosas, dunas
costeiras, recifes de corais, estuários, baías, mangais e brenhas costeiras, mamíferos, répteis,
aves marinhas e costeiras, crustáceos, bivalves, habitats pelágicos e ainda várias dezenas de
lagoas residuais, estuários e deltas, sendo o do rio Zambeze o maior da África Austral.

Propostas de auxílio recuperação económica

O século XXI vem apresentando crises económicas sistémicas. Na primeira década, o mundo
foi fortemente abalado pela crise financeira de 2008-2009, cujo epicentro ocorreu na esfera
financeira, porém com contágio sobre a economia real em todas as partes do globo terrestre.
Seus efeitos se fizeram sentir por vários anos, sendo que diversos países não conseguiram
mais retornar à situação pré-crise. Já a terceira década iniciou com uma nova crise económica
totalmente diferente da anterior, uma vez que agora são as consequências da pandemia
COVID-19, que já atingiu mais de 150 países no mundo, causando milhares de mortes e
impactando negativamente a economia em todo o mundo.

Nesta vertente dá-se seguintes medidas:

 Dar confiança e será necessário disponibilizar recursos para garantir que a economia
dos serviços turísticos se recupere mais rapidamente;
 Incremento de medidas temporárias (válidas para o período de recuperação) e
flexibilização das regras para licenças e trabalhos intermitentes nos sectores
específicos do Turismo
 Desenvolver plano de retomada das actividades turísticas. É fato que qualquer retorno
a actividades comerciais dependerá do escalonamento em fases dos tipos de negócios
que, paulatinamente, iniciarão suas actividades;
 Inovar tecnologicamente, mas também em processos. É esperado que os
consumidores estejam mais acostumados ao uso de ferramentas digitais e à realização
de negócios virtuais, logo, há necessidade de se investir em processo de construção de
conhecimento e capacitação de equipas para lidar com os novos compradores;
 Investir em experiências impactastes. A demanda por produtos turísticos vem se
modificando e valorizando experiências, além das actividades de contemplação
tradicionais, que adicionam valor aos serviços prestados.
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Conclusão

Quando o turismo é considerado um rendimento financeiro essencial em uma escala local e


nacional, há um consenso na literatura da sustentação positiva das comunidades anfitriãs para
o seu desenvolvimento ser bem-sucedido. Porém, é necessário o monitoramento da opinião
dos moradores após os estágios iniciais do desenvolvimento.

Para finalizar é importante registar que a grande maioria dos países afectados pelo COVID-
19 está adoptando medidas fortes não somente para combater a epidemia, mas também para
amenizar os efeitos económicos e sociais, sendo que em todos os casos estão envolvidas
grandes expansões do gasto público.

Os impactos da Pandemia da COVID-19 são fundamental para toda a economia do turismo,


suas dimensões, relações e dinâmicas, parte pela participação de todos os atores do turismo e
o apoio das instituições é essencial para o sucesso dos trabalhos de redução dos impactos da
pandemia, de reestabelecimento dos espaços de saúde nos destinos, e de recuperação do
sector de viagens e turismo. Considerando a importância diante dos desafios e reflexos da
pandemia faz-se oportuno o desenvolvimento de novas inteligências de mercado para os
negócios turísticos e novas políticas públicas de turismo voltadas ao fortalecimento dos
modelos de governança e gestão integrada de destinos.
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Referência bibliográfica

1. Cantero, L. M. C. Projecto de Investimento para a Criação de uma Cafeteria na


Praia do Tofo. Projecto de Mestrado apresentado à Escola Superior de Hotelaria e
Turismo do Estoril para a obtenção do grau de Mestre em Turismo, com
especialização em Gestão Estratégica de Destinos Turísticos. Lisboa. 2016
2. Ministério de Turismo. Estratégia de marketing turístico 2006 -2013. Maputo.2006
3. Silva, K. C. M. A importância do turismo para o desenvolvimento económico do
estado do Espírito Santo. Monografia apresentada ao Curso de Economia, do
Departamento de Economia, da Universidade Federal do Espírito Santo Vitória.2004
4. SALGADO. H. C. et all. Impactos da covid-19 no sector de viagens e turismo:
perspectivas do observatório de turismo de Minas Gerais. Revista de turismo e
cidades. Minas Gerais. 2020

5. AMITRANO. C. Medidas de enfrentamento dos efeitos económicos da pandemia


covid-19: panorama internacional e análise dos casos dos Estados Unidos, do Reino
Unido e da Espanha. Texto para discussão. Instituto de Pesquisa Económica Aplicada.
Brasília. 2020

6. MENEZES. P. D. L et all . Perspectivas da gestão em turismo e hotelaria. GESTE-

grupo de estudos. Editora do CCTA. João Pessoa. 2020

7. OLIVEIRA. E.S. Impactos socioambientais e económicos do turismo e suas


repercussões no desenvolvimento local: o caso de Itacaré-Bahia. Ilhéus-Bahia.
Dissertação apresentada, para obtenção do titulo de Mestre em Cultura e Turismo, a
Universidade Estadual de Santa Cruz e a Universidade Federal da Bahia.2008

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