RELAÇÃO DE TRABALHO

X
RELAÇÃO DE EMPREGO

PATRÍCIA FURTADO CARNEIRO

RELAÇÃO DE TRABALHO X RELAÇÃO DE EMPREGO

“Relação de Trabalho” corresponde a qualquer vínculo jurídico por

meio do qual uma pessoa natural executa obra ou serviço para
outrem, mediante pagamento de uma contraprestação.
• Relação de Trabalho é gênero
• Relação de Emprego é espécie
 ELEMENTOS PARA DEFINIÇÃO DE UMA
RELAÇÃO DE EMPREGO:

• Pessoalidade (o dever de prestar os serviços pessoalmente)

• Natureza não eventual
• Remuneração do trabalho (onerosidade)
• Subordinação Jurídica ou hierárquica
• Não é toda relação de trabalho que atrai a aplicação do Direito do
Trabalho, mas apenas aquelas dotadas dos elementos acima indicados.
• Pode-se dizer que toda relação de emprego é de trabalho, mais nem
toda relação de trabalho é de emprego.
 ALGUNS EXEMPLOS DE RELAÇÃO DE
TRABALHO:
• Relação de trabalho Autônomo
• Relação de trabalho Eventual
• Relação de trabalho Avulso
• Estágio – lei 11.788/08
• Trabalho Voluntário
• Trabalho Institucional
• Trabalho subordinado(Relação de Emprego)
 MODALIDADES DE RELAÇÃO DE
TRABALHO

1) RELAÇÃO DE TRABALHO AUTÔNOMO:

No trabalho autônomo o prestador de serviços atua como patrão de
si mesmo. A CLT não se aplica ao trabalhador autônomo, razão
porque não iremos encontrar definição desse trabalhador na CLT.
• O Trabalhador Autônomo é a pessoa física que presta serviços
habitualmente por conta própria a uma ou mais de uma pessoa,
assumindo os riscos da atividade econômica. Ele não está
subordinado, não está sujeito ao poder diretivo do contratante.
2) RELAÇÃO DE TRABALHO EVENTUAL

O trabalhador eventual será aquela pessoa física que presta serviços esporádicos a
uma ou mais pessoas. Contratado apenas para trabalhar em certas ocasiões: trocar
instalação elétrica, encanamento. Terminado o evento o trabalhador não retorna
mais à empresa. Em regra trabalham com atividades que não estão relacionadas com
a atividade fim da empresa.

Trabalhador eventual não é empregado. Um eletricista, um encanador que vai fazer

um reparo numa empresa, terminado o serviço, vai embora.
• Distingue-se do AUTÔNOMO pois este trabalha com habitualidade e o EVENTUAL
trabalha ocasionalmente.
• No trabalho eventual não há qualquer espécie de continuidade na prestação de
serviços sendo realizado em caráter precário.
3) RELAÇÃO DE TRABALHO AVULSO

Quando há a intermediação do OGMO(órgão gestor de mão de obra) ou

sindicato.
Direitos equiparados aos empregados com vínculo de emprego pela CF/88. (art.
7º, XXXIV).

...“ igualdade de direitos ente o trabalhador com vínculo empregatício

permanente e o trabalhador avulso”
 4) RELAÇÃO DE TRABALHO – ESTÁGIO -LEI.11.788/08.

Art. 1º.- Estágio é ato educativo escolar supervisionado, desenvolvido no

ambiente de trabalho, que visa à preparação para o trabalho produtivo de
educandos que estejam frequentando o ensino regular em instituições de
educação superior, de educação profissional, de ensino médio, da educação
especial e dos anos finais do ensino fundamental , na modalidade profissional da
educação de jovens e adultos.

A validade do estágio está condicionada ao fato de as unidades terem condições de

proporcionar experiência prática, ligada à formação profissional do estagiário.
 • Não é uma relação de emprego e nem pode ser
tratado como tal. O estágio não cria vínculo
empregatício de qualquer natureza.
• É uma modalidade especial de contrato de
qualificação profissional com objetivos
pedagógicos. Visa ao aprendizado das
competências próprias da atividade
profissional.
• O estágio é realizado mediante termo de
ESTÁGIO compromisso (art. 7º) celebrado entre o
estudante e a parte cedente, com
interveniência obrigatória da instituição de
ensino. Este documento será importante para
comprovação da não existência de vínculo
empregatício.
• Relação triangular : estagiário, instituição de
ensino e empresa concedente. Existe ainda a
figura do agente de integração. É preciso que o
aluno esteja regularmente matriculado.
• O Estágio conforme a Lei.11.788/08:
• Não gera vínculo empregatício

• Em regra não poderá exceder o prazo de 2

anos.

• Jornada de 4 a 6 horas .

• Se tiver duração igual ou superior a um ano,

recesso remunerado, a ser gozado de
preferência durante as férias escolares.

• Seguro acidentes pessoais, Bolsa auxílio, INSS

facultativo e auxílio transporte, só é dever para
o estágio obrigatório
 5) TRABALHO VOLUNTÁRIO - REGULADO PELA LEI
9.608/98.

“Atividade não remunerada, prestada por pessoa física á entidade pública, ou

instituição privada, de fins não lucrativos, que tenham objetivos cívicos,
culturais, educacionais, científicos, recreativos, ou de assistência.”
• Não sendo remunerado, prestado à título gratuito, não há que se falar em
relação de emprego. Será uma doação do trabalho da pessoa, sem qualquer
contraprestação pecuniária.
• Depende da vontade das partes. Formalização através de um termo de
adesão.
• Pode ser para entidade pública ou privada de qualquer natureza, mas sem
fins lucrativos.
6) RELAÇÃO DE TRABALHO INSTITUCIONAL

• Relação de trabalho de natureza estatutária entre os servidores públicos e

as pessoas jurídicas de direito público. O art. 39 da Constituição Federal de
1988, não mais impõe o regime jurídico único, podendo a administração
contratar trabalhadores regido pela CLT. Podendo haver convivência
harmônica dentro das administração entre estatutário e celetistas.
7) RELAÇÃO DE TRABALHO SUBORDINADO – RELAÇÃO DE
EMPREGO.

Requisitos caracterizadores da Relação de Emprego:

• Pessoalidade (o dever de prestar os serviços pessoalmente). Não pode o serviço ser prestado por
outro.
• Natureza não eventual (o contratado deverá ser necessário à atividade normal de que está
contratando) de forma continua e permanente.
• Remuneração do trabalho (onerosidade) a título gratuito descaracteriza o trabalho subordinado.
Pagamento de salário.
• Subordinação Jurídica (do serviço de quem está contratando). Da subordinação jurídica nasce o
poder de aplicar penalidades (advertências, suspensão, dispensa sem justa causa)
• Pessoa física (prestada por pessoa física, não pode o prestador ser pessoa jurídica)
• Alteridade (o tomador do serviço sempre terá os riscos da atividade econômica).Mais comum e
importante relação de trabalho existente. Aquela que gera o vínculo de emprego.