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Aula 2 – Relações Trabalhistas

A existência de relação de emprego somente se verifica quando todas estas


características estiverem presentes ao mesmo tempo.
SHOPP(A)
Subordinação
Habitualidade
Onerosidade
Pessoalidade
Pessoa física
(Alteridade)
Subordinação: é a sujeição do empregado às ordens do empregador, é o
estado de dependência do trabalhador em relação ao seu empregador. A
subordinação deriva da própria estrutura da relação jurídica de emprego, que
se baseia na transferência pelo empregado ao empregador do poder de
direção sobre o seu trabalho.
Habitualidade: Empregado é um trabalhador que presta serviços
continuamente, ou seja, serviços não eventuais. Portanto, na relação de
emprego, a prestação de serviço é habitual, repetitiva, rotineira. As obrigações
das partes se prolongam no tempo, com efeitos contínuos. O trabalho deve,
portanto, ser não eventual, o que significa dizer que o empregado se obriga a
prestar serviços com continuidade, da mesma forma que as obrigações do
empregador em relação aos benefícios trabalhistas assegurados ao
empregado permanecem enquanto durar a relação de emprego.
Onerosidade (ou remuneração) — a relação de emprego não é gratuita ou
voluntária, ao contrário, haverá sempre uma prestação (serviços) e uma
contraprestação (remuneração). A onerosidade caracteriza-se pelo ajuste da
troca de trabalho por salário. O que importa não é o quantum a ser pago, mas,
sim, o pacto, a promessa de prestação de serviço de um lado e a promessa de
pagamento do salário de outro lado.
Pessoalidade: Empregado é um trabalhador que presta serviços
pessoalmente, isto é, não pode fazer-se substituir por terceiros. Portanto, na
relação de emprego o trabalho prestado tem caráter infungível, pois quem o
executa deve realizá-lo pessoalmente, não podendo fazer-se substituir por
outra pessoa (salvo se, excepcionalmente, o empregador concordar).
Pessoa Física: Apenas para pessoas físicas, não entra nessa parte pessoas
jurídicas.

Terceirizado: Não pode receber ordem direta pois caracteriza subordinação (responsabilidade
subsidiária)
PJ: Não precisa comparecer todos os dias, não recebe ordens, não possui horário fixo pode
fazer de acordo com a própria necessidade pessoal, há um contrato de PJ e não um contrato
CLT.
Alteridade: Risco do negócio.
Sujeitos da relação de trabalho:
Autônomo: O trabalho autônomo é aquele que se desenvolve por conta
própria, sem subordinação, ou seja, o trabalhador autônomo exerce suas
atividades com independência, não se subordinando às ordens e ao controle
do tomador dos serviços, o que o diferencia do empregado. Exemplo: Táxi e
Uber
Eventual: O trabalhador eventual é aquele que exerce suas atividades de
forma esporádica, descontínua, fortuita. Exemplo: Pedreiro
Avulso e Portuário: Trabalhador avulso é aquele que presta serviços
esporádicos, de curta duração e a diversos tomadores, sem se fixar a qualquer
um deles, realizando, por tal razão, uma espécie de trabalho eventual. No
entanto, o trabalho avulso é prestado por intermediação de entidade específica,
o que faz com que a relação seja necessariamente tripartite, envolvendo o
fornecedor de mão de obra, o trabalhador avulso e o tomador do serviço.
Exemplo: Estivadores de navio
Temporário: corresponde a uma relação composta por três pessoas (relação
triangular), que gera, entre elas, vínculos jurídicos distintos e independentes,
inconfundíveis entre si. Desta forma, a relação de trabalho temporário é
desenvolvida entre uma empresa tomadora de serviços, uma empresa de
trabalho temporário e o trabalhador temporário. Há, portanto, uma
intermediação de mão de obra que rompe com a tradicional simetria da relação
mantida entre empregado e empregador.
Trabalho voluntário: É aquele prestado com ânimo e causa benevolentes.
trabalho prestado de forma gratuita ou voluntária caracteriza uma relação de
trabalho, mas não uma relação de emprego. (Responsabilidade solidária)
Estagiário: A figura do estagiário ocupa uma posição singular no universo das
relações de trabalho, tendo em vista que sua prestação de serviço pode reunir
todas as características da relação de emprego (pessoalidade, não
eventualidade, subordinação e remuneração, esta última se o estágio for
remunerado), mas, mesmo assim, a relação jurídica existente entre ele e a
parte concedente não é de emprego, tendo em vista os objetivos educacionais
que revestem a contratação. O objetivo do estágio é, essencialmente, a
complementação do ensino teórico recebido nas escolas, com a experiência
prática obtida do concedente do estágio.
Cooperativas: As cooperativas, que são formadas pela reunião de pessoas
que se unem a partir de um vínculo de solidariedade e de ajuda mútua, têm
inegável função econômica. No entanto, a despeito desta função econômica, o
cooperativismo se funda, entre outras coisas, na ideia de ausência de lucro.
Terceirização: é a contratação de trabalhadores por interposta pessoa, ou
seja, o serviço é prestado por meio de uma relação triangular da qual fazem
parte o trabalhador, a empresa terceirizante (prestadora de serviços) e a
tomadora dos serviços. O trabalhador presta serviços para a tomadora, mas
sempre por intermédio da empresa terceirizante, não havendo contratação
direta neste caso. Trata-se, portanto, de uma subcontratação de mão de obra.
Jovem aprendiz: A aprendizagem pode ser definida como o “sistema em
virtude do qual o empregador se obriga, por contrato, a empregar um jovem
trabalhador e a lhe ensinar ou a fazer que se lhe ensine metodicamente um
ofício, durante período previamente fixado, no transcurso do qual o aprendiz se
obriga a trabalhar a serviço do dito empregador.
Menor assistido: Menor infrator que pode participar de trabalhos fora do
centro de detenção, como Fundação Casa, mas com carga horária e
salário reduzido.
Empregado Doméstico: Empregado doméstico é aquele que presta serviços
de forma contínua, subordinada, onerosa e pessoal e de finalidade não
lucrativa à pessoa ou à família, no âmbito residencial destas, por mais de 2
dias por semana. O empregador doméstico somente pode ser pessoa física e
não pode utilizar o trabalho do doméstico com objetivo de lucro, sob pena de
caracterizá-lo como empregado em geral.
Empregado Rural: É toda pessoa física que, em propriedade rural, presta
serviços de natureza não eventual a empregador rural, sob a dependência
deste e mediante salário.
horas in etineri o tempo de deslocamento p chegar no local de trabalho
conta como hora trabalhada. 2 horas para chegar ao local de trabalho
rural contam como hora trabalhada.
Cargo de confiança: Cargo de confiança é aquele caracterizado pelo especial
relevo que se dá ao elemento fiduciário decorrente do contrato de trabalho,
tendo em vista que as funções desempenhadas pelo empregado ocupante de
tal cargo são revestidas de atribuições de gestão. Em razão disso, os cargos
de confiança implicam necessariamente em um padrão salarial mais elevado.

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