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A Lei 605/49, que trata do repouso semanal remunerado, especifica em seu artigo 7º que a remuneração do
mencionado repouso corresponderá a um dia de serviço.
O DSR é um direito garantido pela referida lei e pela Constituição Federal em seu art. 7º, inciso XV, ao empregado
que não faltar durante a semana sem motivo justificado, ou seja, que tenha cumprido integralmente o seu horário de
trabalho na semana.
DSR = ( soma das horas normais do mês ) x domingos e feriados x valor da hora normal
número de dias úteis da hora normal
EXEMPLOS
1. Empregado horista trabalhou no mês de segunda a sexta-feira 8 (oito) horas diárias em 22 dias e nos sábados 4
horas em 4 sábados. O número de domingos do mês é 5. Valor da hora normal R$ 7,00. Seu DSR corresponderá:
O demonstrativo dos Rendimentos, considerando que o empregado percebesse apenas essas verbas, seria conforme
abaixo.
2. Empregado horista trabalhou no mês de segunda a sexta-feira 8 (oito) horas diárias em 19 dias e no sábado 4
(quatro) horas em 5 sábados. Houve 5 domingos e 2 feriados no mês. Valor da hora normal R$ 6,50. Seu DSR
corresponderá:
DSR = R$ 326,08
O demonstrativo dos Rendimentos, considerando que o empregado percebesse apenas essas verbas, seria conforme
abaixo.
Como já mencionado no início deste tópico, o DSR será garantido ao empregado que trabalhar integralmente a jornada
durante a semana. Entenda melhor quando o empregado perde o direito ao DSR no tópico Faltas não Justificadas -
Reflexos na Remuneração.
O empregador poderá adotar um critério para descontar o DSR do empregado, o qual sugerimos:
Considerando que a base de cálculo do DSR para o horista é pelo número de horas trabalhadas no mês, caso este
venha a faltar, por exemplo, um dia durante determinada semana, se a referida falta for não justificada, na apuração da
remuneração do empregado será considerada o dia não trabalho e também o DSR perdido.
Assim, considerando que o empregado (com base nas informações do exemplo 2 acima) tenha faltado 1 dia sem
justificativa, o cálculo do DSR seria o seguinte:
O demonstrativo dos Rendimentos, considerando que o empregado percebesse apenas essas verbas, seria conforme
abaixo.
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1.332,50
Informações adicionais
- Faltas não justificadas = 08hs
- DSR perdido = 1 dia
Observe que as informações adicionais não será base para nenhum cálculo (INSS, FGTS, imposto de renda e etc.), isto
porque as faltas não justificadas e o DSR perdido não estão sendo computados (descontados) no demonstrativo do
valor bruto dos rendimentos. O cálculo do horista é um pouco diferente do mensalista.
Para melhor esclarecer, enquanto para o mensalista paga-se o valor bruto (salário cheio) e desconta-se as faltas, para o
horista o cálculo do valor bruto é baseado apenas nas horas efetivamente trabalhadas, ou seja, já com o abatimento das
faltas e dos DSRs perdidos, razão pela qual não há que se falar em abatimento das faltas para apurar os valores
devidos de INSS, FGTS ou imposto de renda).
Se no exemplo acima o dia de falta fosse justificado (mas não abonado), o empregado perderia apenas o dia não
trabalhado, mas iria manter o direito ao DSR, resultando no seguinte cálculo.
O demonstrativo dos Rendimentos, considerando que o empregado percebesse apenas essas verbas, seria conforme
abaixo.
Para maiores esclarecimentos acesse o tópico Descanso Semanal Remunerado - Aspectos Gerais.
JURISPRUDÊNCIA
http://www.guiatrabalhista.com.br/guia/clientes/dsr_horista.htm 3/5
01/11/2017 www.guiatrabalhista.com.br/guia/clientes/dsr_horista.htm
que englobe vários direitos legais ou contratuais do trabalhador, não abarcando, pois, a particularidade dos
autos, em que a cláusula que autoriza a integração do repouso semanal remunerado no salário-hora dos
empregados é produto da autonomia privada coletiva, cujo prestígio deriva de comando constitucional, não
havendo falar, portanto, em salário complessivo nesta situação. Precedentes. Recurso de revista
conhecido e provido. (ARR - 124200-17.2009.5.04.0232, Relator Ministro Márcio Eurico Vitral Amaro, 8ª
Turma, DEJT 20/05/2016).
de empregados e empregadores, na busca de solução para os conflitos de seus interesses. A Constituição Federal está a
sinalizar em seu artigo 7º, incisos VI e XXVI, que este é o caminho a ser seguido. E nem se invoque a inviabilidade da
flexibilização da verba em comento, pois a remuneração do repouso semanal remunerado é direito patrimonial
disponível. Recurso de embargos conhecido e provido." (Processo: E-ED-RR - 107900-80.2009.5.04.0231 Data de
Julgamento: 21/03/2013, Relator Ministro: Renato de Lacerda Paiva, Subseção I Especializada em Dissídios
Individuais, Data de Publicação: DEJT 05/04/2013).
RECURSO DE EMBARGOS REGIDO PELA LEI 11.496/2007. REFLEXOS DAS HORAS EXTRAS NOS
REPOUSOS SEMANAIS REMUNERADOS. ACORDO COLETIVO DE TRABALHO. Discute-se, no presente
caso, a validade da norma coletiva que incorporou ao salário-hora o descanso semanal remunerado e suas
consequências quanto à condenação aos reflexos das horas extras sobre os DSRs. Não sendo o caso de salário
complessivo, exatamente por derivar de norma coletiva e estar suportado por critério de razoabilidade, entende-se
válida a norma coletiva que incorporou ao salário-hora o descanso semanal(CF/88, art. 7º, XXVI), o que afasta a
incidência dos reflexos das horas extras sobre os DSRs, sob pena de propiciar o duplo pagamento pela mesma parcela.
Recurso de embargos conhecido e provido." (Processo: E-ED-ARR - 112700-41.2008.5.15.0083 Data de Julgamento:
18/10/2012, Relator Ministro: Augusto César Leite de Carvalho, Subseção I Especializada em Dissídios Individuais,
Data de Publicação: DEJT 26/10/2012).
DIFERENÇAS SALARIAIS. EMPREGADO HORISTA. PISO CONVENCIONAL. Sendo o salário-hora pago pela
empresa compatível com o piso salarial fixado em convenção coletiva de trabalho, inexistem diferenças salariais em
favor do empregado, tendo em vista que a estipulação convencional leva em consideração a jornada normal de oito
horas diárias ou quarenta e quatro semanais. Recurso conhecido e parcialmente provido. (TRT-10 - ROPS:
347200601810000 DF 00347-2006-018-10-00-0 , Relator: Juiz Luiz Henrique Marques da Rocha, Data de
Julgamento: 26/07/2006, 3ª Turma, Data de Publicação: 04/08/2006).
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