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DIREITO DO TRABALHO I – 2º ESTÁGIO – 1º PONTO

CONTRATO DE TRABALHO

1. RELAÇÃO DE TRABALHO
1.1. TRABALHO SUBORDINADO: CONTRATO DE TRABALHO
1.2. TRABALHO AUTÔNOMO: CONTRATO DE PRESTAÇÃO DE
SERVIÇOS

A relação de trabalho é o gênero, está relacionado ao trabalho humano, no


qual o prestador de serviços é uma pessoa física, e o tomador de serviços
pode ser uma pessoa física ou jurídica.

Na relação de trabalho subordinado, o prestador de serviços é o empregado,


enquanto o tomador de serviços é o empregador.

O instrumento que vincula na relação de trabalho subordinado é o contrato de


trabalho, e na relação de trabalho autônomo é o contrato de prestação de
serviços ou qualquer outro tipo de contrato de trabalho que seja autônomo.

Na relação de trabalho autônomo é regido pelo Código Civil, enquanto a


relação de trabalho subordinado é pela CLT ou CF, entre outros.

O trabalho é o humano, prestado por pessoa física ou natural.

A pessoa que é autônoma, também presta um trabalho, mas não tem um


contrato de trabalho que pertence à relação de trabalho subordinado, mas se
faz um contrato de prestação de serviço, o que é apenas uma questão
terminológica, ainda assim que seja um trabalho.

O direito do trabalho se dirige e existe só para a relação de trabalho


subordinado.

2. CARACTERÍSTICAS
CRIAR:
 OBRIGAÇÕES
 DIREITOS

Estas são as características do contrato de trabalho.

Origina, cria, as obrigações e os direitos entre as partes contratantes.

Cada contrato de trabalho tem as suas peculiaridades, aí é por estas


características que fazem os contratos de trabalho.

A alteridade, de trato sucessivo e o consensual são características típicas do


contrato de trabalho.
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SINALAGMÁTICO: BILATERAL

O contrato de trabalho é um contrato bilateral, pois tem mais de uma parte


contratante, mesmo que ainda seja considerado um contrato de adesão, entre
o empregado e o empregador não se tira as suas liberdades, não há diferenças
entre os contratantes pela superioridade jurídica, pois é uma relação de
hipossuficiência.

DE DIREITO PRIVADO

É de direito privado por conta dos interesses que veiculam entre as partes.

O que é diferente do Direito Público, que veicula um interesse público da


coletividade, que também impõe obrigações.

Ex.: a prefeitura contrata professores para uma escola municipal pela CLT,
considerando que é um contrato de trabalho é de interesse privado entre as
partes, mas o serviço prestado é de interesse público.

ONEROSO

É oneroso pela característica alimentar, para garantir a sua subsistência, por


isso não pode ser gratuito.

ALTERIDADE

A alteridade é a assunção dos riscos que é feito pelo empregador, o risco do


negócio jurídico e do contrato é do empregador, não é um contrato de
sociedade, e o objeto do contrato é a prestação de serviços, assume os riscos,
porque o empregador é quem estrutura e organiza a prestação dos serviços.

COMUTATIVO: EQUIVALÊNCIA JURÍDICA

É comutativo, que significa a equivalência jurídica dos direitos e das


obrigações, então estão no mesmo nível jurídico, porque há hipossuficiência do
empregado para o empregador, significando o equilíbrio harmônico, não há
diferenças entre o trabalhador e o pagamento do salário, pois estão no mesmo
nível jurídico.

DE TRATO SUCESSIVO

As obrigações do contrato de trabalho se renovam no tempo, que são o


trabalho e o pagamento do salário, se renovam um após o outro no tempo.

Ex.: quando o empregador paga o salário, até o 5º dia útil do mês subseqüente,
aí o mês trabalhado está pago, aí ao pé da letra tem que se renovar o contrato
a cada mês, mas o contrato de trabalho é por tempo indeterminado. No dia 1º
do trabalhador é um devedor de sua obrigação, e no 30º dia do mês não é
devedor porque cumpriu a sua obrigação, mas agora é credor esperando o seu
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pagamento, aí o empregado no dia 1º é devedor e no 30º dia é credor, aí


quando paga o empregador se extingue a obrigação, só que não extingue o
contrato de trabalho, porque se renova no tempo, até que um dia o contrato de
trabalho se acabe.

CONSENSUAL – CONTRATO – REALIDADE – NÃO SOLENE

É a ausência de solenidade prevista em lei, o contrato de trabalho é um


contrato não solene.

Para a existência de uma NJ é preciso apresentar um objeto, agente capaz e


forma.

Quando a lei prevê uma solenidade é da essência do ato, e que se a sua forma
não for observada é ato nulo, e o contrato de trabalho não tem forma prescrita
em lei.

A forma é um instrumento.

O DT não exige forma, porque bastaria não tê-la para não existir o contrato de
trabalho, para este não existir.

O contrato de trabalho pode ser tácito ou expresso, verbal ou escrito. Tácito é


quando a partes não se manifestam de forma clara que quer trabalhar uma
para a outra de modo expresso.

O contrato de trabalho é validado sem que precise de forma solene, basta a


existência dos elementos.

4 CARACTERÍSTICAS DO EMPREGADO

Também precisa das 4 características do empregado, que são: pessoalidade,


habitualidade, subordinação e onerosidade.

Pelo princípio da proteção, todo o trabalho humano é relação de trabalho


subordinado, a presunção é de que o trabalho é subordinado, e o tomador de
serviços tem que provar que é relação de trabalho autônomo, para o
empregador provar isto é difícil a saída é alegar de fato que é relação de
trabalho subordinado ou dizer que a pessoa nunca trabalhou, a progressão é
geométrica, quanto mais tempo passa, mais se tem o risco de que a
reclamação trabalhista seja procedente, é melhor que seja feito logo um
acordo, em vez de ser condenado que será muito pior, de acordo com a
súmula 212 do TST.

3. CONCEITO: ART. 442, CLT

Art. 442. Contrato individual de trabalho é o acordo tácito ou expresso,


correspondente à relação de emprego.
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Parágrafo único. Qualquer que seja o ramo de atividade da sociedade


cooperativa, não existe vínculo empregatício entre ela e seus associados, nem
entre estes e os tomadores de serviços daquela.

4. NATUREZA JURÍDICA:
EMPREGADO
EMPREGADOR

É a sua essência, a sua realidade para qual foi criado, tem um sistema
obrigacional para constituir direitos e deveres na esfera trabalhista, que teve
origem no direito civil.

Para o empregado gera o contrato de trabalho a obrigação de fazer a


prestação de serviços, para o empregador é a obrigação de dar o pagamento
do salário, isto é de modo nuclear, mas se sabe que pode haver outras
obrigações.

5. FORMAS DE CONTRATAÇÃO: ART.443, CLT


TÁCITO OU EXPRESSO
VERBAL OU ESCRITO
PARA PRAZO DETERMINADO OU INDETERMINADO

Art. 443. O contrato individual de trabalho poderá ser acordado tácita ou


expressamente, verbalmente ou por escrito e por prazo determinado ou
indeterminado.

§ 1º Considera-se como de prazo determinado o contrato de trabalho cuja


vigência dependa de termo prefixado ou da execução de serviços
especificados ou ainda da realização de certo acontecimento suscetível de
previsão aproximada.

§ 2º O contrato por prazo determinado só será válido em se tratando:

a) de serviço cuja natureza ou transitoriedade justifique a predeterminação do


prazo;

b) de atividades empresariais de caráter transitório;

c) de contrato de experiência.

O contrato de trabalho é o contrato realidade não há forma prescrita em lei,


para produzir seus efeitos independe de sua forma seguida, de acordo com o
art. 443, da CLT.

Tácita é a forma pela qual a realizar o NJ fica subentendida as partes, porque


seus atos se manifestam na prática, ex.: o empregado presta um serviço e o
empregador consente, é contínuo e habitual e há a possibilidade de formar um
CT, e se presume a relação de trabalho subordinado, mesmo que não exista a
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forma expressa, mesmo que não tivesse salário. O que pode ser determinado
ou indeterminado que é a duração do CT.

Se houvesse uma exigência de uma forma, bastava que não existisse para que
não tivesse CT, em claros prejuízos para o empregado, por isso que o CT não
é solene, não formal.

5.1. CONTRATO PARA PRAZO INDETERMINADO:


PRINCÍPIO DA CONTINUIDADE
 FORMA GERAL DE CONTRATAÇÃO
 FORMA MAIS TUTELADA PELO DT

O princípio da continuidade é o CT por tempo indeterminado, como forma geral


de contratação, tendo data para começar, mas não tem para terminar, a fim de
que o empregado fique o maior tempo possível na relação de trabalho, para o
DT é preciso que fique o maior tempo possível devido a garantir a sua
subsistência, para ter uma estabilidade, pois é fonte de sua subsistência.

Toda norma material protecionista trabalhista para o CTTI é para atender a


este princípio da continuidade.

5.1.1. CARACTERÍSTICAS
SUBJETIVA: INÍCIO
OBJETIVA: TÉRMINO

A subjetiva diz respeito ao animus das partes, é a vontade tácita ou expressa


de se contratar por um tempo indeterminado, não há um dado que é exigido no
início do contrato.

Objetivo tem que ser concreto ou expresso, é exigido na técnica do CT, porque
tem uma data para começar, mas não tem uma data para terminar, e que não é
eterno, podendo um dia acabar, mas não há uma data certa para acabar, para
o CTTI precisa que haja uma comunicação verbal ou escrita ou expressa, não
pode ser tácita.

O CT não pode terminar hoje, pois precisa que haja a comunicação, aviso, é
uma comunicação que é o viso prévio que se projeta para 30 dias para frente,
no 30º dia após seu aviso prévio será a data da extinção do CT.

Para atender ao princípio da continuidade, o fim do CT não pode ser presumido


tem que ser objetivo.

5.2. CONTRATO PARA PRAZO DETERMINADO


ATENDIMENTO DE SITUAÇÕES TRANSITÓRIAS
EXIGÊNCIA DE OBSERVAÇÃO RÍGIDA DE SUAS
REGRAS
NÃO RECEBE A MESMA TUTELA (CTTI)
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 GARANTIAS MÍNIMAS

O CTTD é oposto ao CTTI, porque sabe quando entra e quando sai, tem uma
data de início e de fim, que é quando o trabalho acaba.

É devido a certas situações que não se aceita o CTTI; ex.: um pedreiro para
fazer uma calçada, quando acaba seu serviço não precisa mais, porque é
transitório, porque não é todo e qualquer tipo de trabalho que é para atender as
situações transitórias, por isso é que existe no DT, esta é a característica que
legitima todo e qualquer CTTD, só será válido quando for para contemplar uma
situação provisória para não ser fraudulento.

Aí a CLT exige a observância rígida das regras, porque tem que ser
observadas em obediência ao princípio da continuidade, se não assim seguir
será transformado em CTTI a partir do início do trabalho, a fim de não ter
prejuízos para o empregado.

O CTTD não recebe a mesma proteção do CTTI, só em alguns aspectos como


nas garantias mínimas, ex.: salário mínimo, FGTS, horas extras, adicional, não
podendo diminuir as garantias mínimas.

No CTTD, não tem a mulher grávida a estabilidade gestante, enquanto para o


CTTI tem a grávida desde o início da gravidez até 5 meses após o parto

5.2.1. FORMAS: ART. 443, §1º, CLT:

Art. 443. O contrato individual de trabalho poderá ser acordado tácita ou


expressamente, verbalmente ou por escrito e por prazo determinado ou
indeterminado.

§ 1º Considera-se como de prazo determinado o contrato de trabalho cuja


vigência dependa de termo prefixado ou da execução de serviços
especificados ou ainda da realização de certo acontecimento suscetível de
previsão aproximada.

§ 2º O contrato por prazo determinado só será válido em se tratando:

a) de serviço cuja natureza ou transitoriedade justifique a predeterminação do


prazo;

b) de atividades empresariais de caráter transitório;

c) de contrato de experiência.

O contrato de experiência é um contrato de realidade e de forma.

A. TERMO PRÉ-FIXADO

É a data de início ou de fim do NJ.


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De termo pré-fixado tem-se a data 01/01/10 à 01/05/10tem o termo inicial e


final do contrato.

B. EXECUÇÃO DE SERVIÇOS ESPECIALIZADOS

É o contrato para um serviço específico, ou por o empregado ter um


conhecimento específico, termina com o fim do serviço.

C. REALIZAÇÃO DE CERTO ACONTECIMENTO SUSCETÍVEL DE


PREVISÃO APROXIMADA

É os CT que sofrem influências de climas, ex.: plantio de feijão.

E quando acaba tem uma previsão aproximada que será dependente das
condições metereológicas ou climáticas, ex.: contrato de safra pode começar
ou terminar antes.

Para o termo pré-fixado, execução de serviços especializados ou realização de


certo acontecimento suscetível de previsão aproximada serem válidos é
preciso que esteja acompanhado por uma das 2 formas de trabalho de termo
pré-fixado ou execução de serviços especializados

5.2.2. CONDIÇÕES DE VALIDADE: ART. 443, §2º, CLT

§ 2º O contrato por prazo determinado só será válido em se tratando:

a) de serviço cuja natureza ou transitoriedade justifique a predeterminação do


prazo;

b) de atividades empresariais de caráter transitório;

c) de contrato de experiência.

A. SERVIÇOS CUJA NATUREZA OU TRANSITORIEDADE JUSTIFIQUEM O


PRAZO

Para que o serviço justifique, porque o serviço não é permanente, porque ao


acabar o serviço não precisa mais dele, pois justifica a determinação do prazo,
a natureza é do serviço do empregado.

A naturIeza do trabalho temporário é porque na sua natureza é transitório, ex.:


garçom no verão, mas há situações em que para fazer é pela exigência que é
transitória, e neste fato é transitório.

B. ATIVIDADES EMPRESARIAIS DE CARÁTER TRANSITÓRIO

É do empregador, é a sua atividade que é transitória; ex.: fazer bandeiras para


a copa do mundo, cozinhar pamonhas no São João.
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Porque a própria atividade empresarial é transitória, sazonal, e por uma via


lógica o CT também é transitório.

Ex.: feira Brasil, mostra Brasil, pode ser permanente ou provisório, porque se
em cada cidade contrata para complementar é CTTD, e para os que trabalham
diretamente é CTTI.

C. CONTRATO DE EXPERIÊNCIA: * PROVA

O contrato de experiência é uma forma de contratação com solenidade, tem


que ser determinado, porque o empregado deve ser testado para depois ser
contratado, CTTI, para experiência do empregado se está apto para
desempenhar a função, ou contrato de prova, porque findo o período ou será
contratado ou não , não precisa de nenhuma das indicações de validade,
porque é determinado no tempo, a experiência se justifica por si mesmo, se
não for de experiência só será válido se observar as 2 validades acima:
serviços cuja natureza ou transitoriedade justifiquem o prazo ou atividades
empresariais de caráter transitório

5.2.3. DURAÇÃO E PRORROGAÇÃO: ART. 445, CLT


C/C ART. 451, CLT
EXPERIÊNCIA: 90 DIAS
DEMAIS CONTRATOS: 2 ANOS

Art. 445. O contrato de trabalho por prazo determinado não poderá ser
estipulado por mais de dois anos, observada a regra do artigo 451.

Parágrafo único. O contrato de experiência não poderá exceder de noventa


dias.

Art. 451. O contrato de trabalho por prazo determinado que, tácita ou


expressamente, for prorrogado mais de uma vez passará a vigorar sem
determinação de prazo.

O contrato de experiência é de 90 dias, segundo o art. 445, §1º , da CLT, o


contrato se vigora contando dia-a-dia, em que é o prazo máximo de duração. E
para os demais contratos o prazo máximo é de 2 anos.

Quando a lei fala em prorrogação diz que se um contrato foi prorrogado é em


relação ao mesmo contrato, o que é diferente da sucessão, em que se acaba o
1º contrato e começa um novo contrato, são 2 contratos.

A lei diz que o contrato de trabalho por tempo determinado não pode por mais
de 2 anos, que é o teto, porém o CTTD que for prorrogado mais de uma vez,
pode ser considerado por determinação de prazo, pois a lei só autoriza uma
prorrogação, aí se pode contratar por no máximo 2 anos, que é o prazo
máximo; há alguns que pensam em que se pode fixar por mais de 2 anos
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sendo prorrogado por mais de uma vez, porém o mais certo é o 1º


pensamento.

Ex.: 1 contrato de 1 ano, e se prorroga por mais 6 meses, aí não pode ser mais
prorrogado, porque a lei só autoriza uma prorrogação, é o mesmo pensamento
do contrato de experiência; ex.: 30 dias e se prorroga por mais 30 dias, não
pode mais prorrogar, e só pode prorrogar pelo prazo máximo.

5.2.4 SUCESSÃO DE CONTRATOS:

C1----------------------------------C2

O DT permite que se faça o C1 e pode depois C2, sendo o mesmo empregado


e empregador, e a lei dá um mínimo de prazo entre o C1 e o C2, tendo um
intervalo de tempo entre C1 e C2, é o que sucede ao que acabou, a lei dá um
prazo mínimo de 6 meses, entre um e outro, contando da data que C1 acabou
para com que C2 iniciou.

A lei permite a sucessão desde que atenda o atendimento à situações


provisórias, que também devem ser inseridas neste caso.

Se C1 for por termo pré-fixado, é para 6 meses. Se C1 for para execução de


serviços especializados ou para realização de certo acontecimento suscetível
de previsão aproximada, aí o prazo pode ser diminuído de 6 meses, o que a lei
deixa em aberto, mas se tem que observar as condições da realidade.

5.2.5 RESCISÃO ANTECIPADA

É quando o contrato acaba antes de seu término material.

Houve um CTTD de 2 anos, e com 1 ano de serviço o empregador diz que não
quer mais o serviço, aí se paga o FGTS, seguro desemprego pelo prazo de 1
ano trabalhado, aí o empregador indeniza pela metade do salário pelo tempo
que faltava, que é a rescisão antecipada pelo CTTD, mas se for pelo
empregado que rescinda o contrato, também tem que pagar ao empregador
igual ao que o empregador teria que pagar.
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REVISÃO: O CTTD tem um tempo máximo de 2 anos, e só pode ser


prorrogado mais 1 vez, sendo no máximo de 2 anos.

Na CLT existe o CTTD, que é devido a transitoriedade do serviço que


justifiquem o trabalho por tempo determinado, ou ainda a atividade empresarial
deve ser transitória.

Tanto para o contrato de safra como para o contrato de obra certa tem que ter
uma lei específica.
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 CONTRATO DE SAFRA: LEI 5889/73


 PREPARO, PLANTIO E COLHEITA
 REGRAS GERAIS DA CLT QUANTO AOS
CONTRATOS POR TEMPO DETERMINADO
(DURAÇÃO, PRORROGAÇÃO, ETC.)

Para o contrato de safra é um contrato por tempo determinado em razão de


uma safra de um certo produto.

Está incluindo o preparo, o plantio e a colheita, e está limitado à 2 anos, e que


depois de 6 meses pode ser contrato de novo, e este contrato deve atender à
transitoriedade.

Apesar do contrato de safra ser regido pela lei nº: 5889/73, a regra é que a lei
específica prevalece sobre a lei geral.

Só que a própria lei específica diz que pode ser aplicada em contrato de safra
segundo as regras gerais da CLT quanto aos contratos por tempo determinado
(duração, prorrogação, etc.).
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 CONTRATO DE OBRA CERTA: LEI 2956/56


 NECESSIDADES TRANSITÓRIAS DE CONSTRUTOR CIVIL
(EMPREGADOR)
 REGRAS GERAIS DA CLT, QUANTO AOS CONTRATOS POR
TEMPO DETERMINADO
 NÃO É EMPREITADA

Também tem uma lei específica que é a lei nº: 2956/56.

O contrato de empreitada é regido pelo CC, e o contrato de obra certa não é


contrato de empreitada, porque este é autônomo, só tem que entregar a obra.

O contrato de obra certa é o CTTD, em que o prestador de serviços é o


empregado, e o empregador é o tomador de serviços.

É para atender as necessidades transitórias de construtor civil que é o


empregador, cuja atividade é permanente, vai trabalhar numa atividade
econômica permanente, que é duradoura, mas o construtor civil pode passar
por situações transitórias, em que se pode usar do contrato de obra certa, que
é um contrato específico, feito para contemplar uma situação específica que é
transitória do construtor civil.

Apesar de ter uma lei específica as regras gerais da CLT, quanto aos contratos
por tempo determinado, por isso também tem as mesmas regras da CLT.

Ex.: se o construtor terminou uma obra hoje, e vai para outra, e assim
sucessivamente, o contrato destas pessoas não de obra certa, porque não há
transitoriedade, mas a atividade do construtor civil é permanente, porque o
trabalho é permanente, mesmo que o intervalo seja de 2 meses, se precisa da
mesma pessoa, aí demonstra que há a necessidade permanente, e não é
transitório.

O que é provisório é a obra, e não o trabalho que é permanente, mesmo que


fique aguardando para uma nova obra, porque os empregados estão
aguardando ordens.
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 ELEMENTOS DO CONTRATO DE TRABALHO

Quais são os elementos do CT, o que compõe o CT?

 ELEMENTOS ESSENCIAS: ART. 104, CC

Os elementos essenciais não podem faltar no CT, sob pena de invalidade, e


são os elementos de qualquer negócio jurídico, que está presente no art. 104
do CC:

Art. 104. A validade do negócio jurídico requer:

I – agente capaz;

II – objeto lícito, possível, determinado ou determinável;

III – forma prescrita ou não defesa em lei.

Não podem faltar, é fundamental, se faltar é nulo de pleno direito.

 ELEMENTOS EXTERNOS: PRESSUPOSTOS

Os elementos externos são os que devem estar acordados antes do contrato


ser formado.

CAPACIDADE: 16 – 18 / 14 -16 APRENDIZ

A capacidade é a de adquirir direitos e deveres na esfera civil, para que tenha


capacidade é preciso que tenha personalidade.

A lei só deu personalidade à pessoa física ou natural e à pessoa jurídica.

Para o DT a regra é a mesma, inclusive para a capacidade de fato ou de


direito, a capacidade de direito basta ser pessoa para ter, e a capacidade de
fato ou de exercício é a que adquire com a maioridade civil ou com o
matrimônio ou com a emancipação, tanto para o empregado como para o
empregador.

Só que para o empregado só pode trabalhar a partir de 16 anos, e não pode


trabalhar com menos de 14 anos, e entre 14 e 16 só se na condição de
aprendiz. Entre 16 e 18 será assistido, que é o representante legal ou o tutor,
que poderá assinar o contrato, receber o salário, para o empregador tem as
mesmas regras de capacidade do CC.
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LICITUDE DO OBJETO
 TRABALHO IRREGULAR: QUE GERA EFEITOS
 TRABALHO ILÍCITO: CRIME / CONTRAVENÇÃO: OU
DE BOA-FÉ OU SE DESCONHECIA A ATIVIDADE
ILÍCITA

Se é ilícito o trabalho, para o DT, se é menor de 14 anos, ao pé da letra é um


ilícito, mas é considerado apenas irregular e gera efeitos.

O trabalho ilícito será para o DT quando for crime ou contravenção, que é um


ilícito penal, mas já há alguns pensamentos contrários, mas o TST ainda
entende desta forma.

Pelo princípio da continuidade, que é tão forte, sendo uma atividade ilícita
penal, mas se agia de boa-fé e se desconhecia a atividade ilícita de fato, aí
para o empregado pode reclamar seus direitos trabalhistas, desde que estas 2
situações estejam presentes, se não houver estas situações empregado será
considerado partícipe.

FORMA PRESCRITA OU NÃO PROIBIDA: AUSÊNCIA DE


SOLENIDADE

A forma prescrita ou não proibida.

O CT é o contrato realidade, e não solene, tanto tácita ou verbal ou escrita ou


expressa, aí a regra para o CT é a ausência de solenidade, que é a não
exigência de uma forma para o ato que é o CT.

Porque se houvesse uma forma haveria prejuízos para o empregado, mas


contratos de trabalho que precisam de uma forma, ex.: contrato de experiência,
de jogador de futebol; mas a regra é não solene.

 ELEMENTOS INTERNOS (REQUISITOS): VONTADE DAS


PARTES

Os elementos internos estão na vontade das partes.

No momento em que o contrato é feito, diz respeito à vontade das partes.

CONSENSO: ANIMUS CONTRAHENDI:


 CTTD
 CTTI

O consenso é a intenção do contrato, é o animus, é importante para o CTTD e


também para o CTTI, porque tem uma característica subjetiva seja por tempo
determinado ou indeterminado, e para determinar se há uma situação
transitória, porque se este não existir não será legítimo o CTTD, pois será
CTTI.
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CAUSA:
 ECONÔMICA
 SUBSISTÊNCIA

A causa é a motivação, que é a lucratividade para o empregador, para que o


empregado possa trabalhar e gerar lucros com o seu trabalho, porque o
empregador ganha dinheiro com o trabalho do empregado, e a força de
trabalho é um elemento da cadeia produtiva, e a causa para o empregador é
econômica.

Enquanto para o empregado, a causa é a subsistência.

São óticas diferentes, causas diferentes, mas ambas convergem para a


formação e validade do CT, inclusive mantendo o CT até o final, que a causa
pode ser econômica ou de subsistência.

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