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Contrato de empreitada
O contrato de empreitada, regulado pelos arts. 610 a 626 do
Código Civil, é aquele pelo qual alguém (empreiteiro) se obriga, sem
subordinação ou dependência e mediante remuneração, a fazer
determinada obra para outrem (dono da obra).
A diferença entre o contrato de empreitada e o contrato de
trabalho pode ser analisada a partir de quatro critérios:
Contrato de mandato
Contrato de sociedade
Celebram contrato de sociedade as pessoas que reciprocamente se
obrigam a contribuir, com bens ou serviços, para o exercício de
atividade econômica e a partilha, entre si, dos resultados (art. 981,
CC).
Trata -se de pacto que, podendo ser bilateral ou plurilateral, “dá
origem a direitos e obrigações recíprocas entre os sócios, propiciando
também o surgimento de um feixe de direitos e obrigações entre tais
sócios e o ente societário surgido em face do negócio jurídico
celebrado”.264
As diferenças entre o contrato de sociedade e o contrato de
trabalho são bastante acentuadas e podem ser analisadas a partir dos
seguintes critérios:
■ quanto aos sujeitos — no contrato de sociedade, os sujeitos encontram -se em situação
de convergência de interesses jurídicos, enquanto no contrato de trabalho os sujeitos
colocam -se em situação de contraposição de interesses jurídicos;
■ quanto ao objeto do contrato — no contrato de sociedade, o objeto principal é a
formação de determinada entidade, para a obtenção de resultados concretos em decorrência
de seu surgimento e atuação. 265 O contrato de trabalho tem como objeto principal a
prestação de serviços por uma das partes à parte tomadora, de forma subordinada e
mediante remuneração;
■ quanto à remuneração — os empregados podem receber participação nos lucros,
comissões e gratificações ajustadas, sem se tornarem parte da sociedade. A retribuição dos
sócios é incerta, aleatória, pois depende da lucratividade obtida pela sociedade, razão pela
qual pode jamais se concretizar. Nas hipóteses em que os sócios recebam um pro labore
fixo, nem por isso passam à condição de empregado;
■ quanto à subordinação — no contrato de sociedade, inexiste dependência de um sócio
em relação ao outro, todos tendo iguais direitos. Os sócios participam em conjunto da
formação da vontade social. No contrato de trabalho, o empregado está sujeito à direção do
empregador, exercendo seu trabalho de forma subordinada.
PRÉ –CONTRATAÇÃO
O período pré -contratual não se confunde com a proposta de contrato
que, nos termos do art. 427, CC, é a oferta dos termos de um negócio
visando a aceitação da parte contrária.
A força obrigatória das tratativas prévias do contrato tem
fundamento no princípio da boa -fé. Assim, “se os entendimentos
preliminares chegaram a um ponto que faça prever a conclusão do
contrato e uma das partes o rompe sem motivo justo e razoável”, resta
evidente a violação ao dever de boa -fé, que leva à obrigação de
indenizar o dano ocasionado à outra parte. Fala - se, portanto, em
responsabilidade pré -contratual.
Conforme ensina Alice Monteiro de Barros, são apontados pela
doutrina como elementos genéricos da responsabilidade pré -
contratual:
■ consentimento — a manifestação do consentimento é imprescindível à caracterização
da responsabilidade pré -contratual. Se não houve consentimento da parte sobre o que foi
discutido nesta fase, não há como responsabilizá -la por eventual rompimento;
■ dano patrimonial — somente se houver comprovação de que uma das partes sofreu
prejuízos materiais decorrentes da fase pré -contratual (por exemplo, perda de tempo e de
trabalho; perda de uma outra chance; despesas de viagem realizada em razão da confiança
de futura contratação) é que surge para a outra o dever de indenizar;
■ relação de causalidade — deve haver uma relação de causa e efeito entre o
consentimento manifestado pelas partes no período da pré -contratação e o dano
patrimonial experimentado por uma delas em razão do rompimento pela outra parte;
■ inobservância do princípio da boa -fé — o rompimento do quanto negociado na fase
contratual deve ter decorrido de uma atuação desleal de uma das partes, que deixou de se
pautar pelo princípio da boa -fé. Inexiste o dever de indenizar quando o rompimento se deu
por motivo de força maior.
EFEITOS
O contrato de trabalho é um negócio jurídico que gera diversos
direitos e obrigações para as partes. Tais efeitos podem ser
classificados em efeitos próprios e efeitos conexos.
Efeitos Próprios
Efeitos conexos
Efeitos conexos do contrato de trabalho são aqueles que, embora
não derivem de sua natureza, de seu objeto e do conjunto natural de
obrigações dele decorrentes, são a ele acoplados. São efeitos que não
têm natureza trabalhista, “mas que se submetem à estrutura e
dinâmica do contrato de trabalho, por terem surgido em função ou em
vinculação a ele”.
Direitos intelectuais
Direitos intelectuais são vantagens jurídicas que decorrem da criação
intelectual, seja por meio de produção científica, literária ou artística,
seja por meio de inventos.