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CURSO DE DIREITO

1ª AVALIAÇÃO
Semestre: 2020/2 Avaliação: 1ª
Disciplina: PROCESSO CIVIL IV
Professor (a): JOSÉ AUGUSTO NUNES NETO
Aluno: Jefferson Feitosa Gomes de Sousa
Turma: Período: 8º Turno: Tarde
(X) Prova ( ) Prova em 2ª Chamada
( ) Prova Final
Dia: 18/09/2020 Horário: 14:00

NOTA:

Informações Importantes: leia, por favor!


1 – A prova deverá ser feita individualmente e sem consulta a qualquer fonte.
2 – Não será permitido o uso de celular durante a prova.
3 – Não é permitido utilizar boné durante a prova.
4 – Caso rasurar a questão será anulada.
5 – As questões deverão ser resolvidas com caneta esferográfica com tinta azul ou preta.
6 – O rascunho deverá ser feito no verso das páginas da prova, não sendo permitida a utilização de folhas
avulsas.
7 – O peso da prova corresponde a 10,0 pontos.

Questões

1ª Questão (peso 1,0) - Sobre procedimentos especiais analise os itens a seguir se Certo ou
Errado. Justifique.

a) De acordo com o Novo Código de Processo Civil, a consignação em pagamento pode ser judicial ou
extrajudicial. Esta última hipótese, entretanto, só tem aplicação no caso de obrigação em dinheiro ou de dar
coisa certa móvel. (1,0 pontos)

ERRADO. A consignação, na modalidade extrajudicial, será efetuada apenas em dinheiro, Art.


539, §1º, CPC.

2ª Questão (peso 1,0) - A consignação em pagamento tem lugar (1,0):


A - Se o credor não puder, ou, sem justa causa, recusar receber o pagamento, ou dar quitação na devida
forma;
B - Se o credor não for, nem mandar receber a coisa no lugar, tempo e condição devidos;
C – Se o credor for incapaz de receber, for desconhecido, declarado ausente, ou residir em lugar incerto ou
de acesso perigoso ou difícil;
D – Se ocorrer dúvida sobre quem deva legitimamente receber o objeto do pagamento;
E – Todas as alternativas estão corretas

3ª Questão (peso 1,0) - Dentre as modalidades de consignação em pagamento, temos a


modalidade judicial e a extrajudicial. Explique a diferença entre os dois procedimentos:(1,0)

Faculdade do devedor em optar pela via judicial da consignação em pagamento. Sua


competência está prevista no art. 540, CPC. Em início é proposta a petição inicial, devendo o devedor
efetuar desde logo o depóstio do valor, procedendo a citação do réu e sua contestação ou não. A
modalidade extrajudicial só poderá ser efetuada quando o pagamento recair sobre dinheiro, em
conforidade com o art. 539, §1º, CPC. Neste caso, o devedor deposita a quantia em estabelecimento
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bancário oficial ou particular, na ausência do oficial, cientificando o credor por carta com AR, no prazo
de 10 dias, para que ele possa manisfestar sua recusa ou não.
4ª Questão (peso 1,0) - Explique a regras de competência no procedimento especial de
consignação em pagamento, fazendo a distinção entre dívida portável ou quesível: (1,0)

O Art. 540 CPC, estabelece as regras de competência no lugar do pagamento.


Art. 540. Requerer-se-á a consignação no lugar do pagamento, cessando para o
devedor, à data do depósito, os juros e os riscos, salvo se a demanda for julgada
improcedente.
Se a dívida for quesível, a ação ser ajuizada no foro do devedor, ou seja, sendo o credor
responsável por procurar o devedor para haver o seu pagamento. Se a dívida for portável, quando o
devedor precisará dirigir-se ao domicílio do credor para se isentar da obrigação, passando a ser sua a
responsabilidade de provar que ofereceu a prestação ao credor, a ação será ajuizada no foro do
credor.

5ª Questão (peso 1,0) - Dentre as principais matérias que poderão ser alegadas em defesa na
ação de consignação em pagamento, temos:(1,0)
A - Não houve recusa ou mora em receber a quantia ou coisa devida;
B - Foi justa a recusa;
C - O depósito não se efetuou no prazo ou no lugar do pagamento;
D - O depósito não é integral;
E – Todas estão corretas

6ª Questão (peso 1,0) - O competente Juiz Isaias Felismino, da 1ª Vara Cível da Comarca de
Teresina, expediu carta precatória para a Comarca de José de Freitas-PI determinando que o Juiz
daquela Comarca realizasse a busca e apreensão do veículo Toyota, placa XHG – 2445, que
propriedade do devedor Raimundo, mais conhecido como Mundico. Ocorre que o veículo não
pertence mais a Mundico, pois o mesmo vendeu seu veículo para Noleto e não houve transferência
do veículo junto ao DETRAN/PI. O veículo foi devidamente apreendido. Questiona-se em qual medida
judicial deve ser adotada por Noleto e em qual Comarca deverá ajuizar a ação pertinente para
solicitar a liberação do seu veículo apreendido indevidamente? Explique.(: (1,0)

Deverá ser prosposta a ação de EMBARGOS DE TERCEIRO, na Comarca do juízo


deprecado, salvo se indicado pelo juízo deprecante o bem constrito ou se já devolvida a carta.

7ª Questão (peso 1,0) - Quem sofrer turbação ou esbulho na posse de seus bens por ato de
apreensão judicial, não sendo parte no processo, poderá requerer lhe sejam mantidos ou restituídos
por meio de: (1,0)

a) busca e apreensão
b) reintegração de posse
c) embargos de terceiro
d) interdito proibitório

8ª Questão (peso 1,0) - A lei permite a proteção à posse, permitindo que o possuidor a defenda
de eventuais agressões. Enumeres quais são essas agressões e a medida judicial cabível para cada
hipótese: (1,0)
A proteção à posse poderá ser efetuada através dos chamados interditos possessórios, quais
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sejam:
Ação de reintegração de posse, via adequada para obtenção de tutela quando sofrido o
esbulho;
Ação de manutenção de posse, quando ocorrido a turbação do direito à posse;
Interdito proibitório, quando ainda não ocorreu efetivamente a moléstia à posse do possuidor,
existindo apenas uma ameaça de esbulho ou turbação.

9ª Questão (peso 1,0) - Explique a diferença entre o juízo petitório e o juízo possessório. (1,0)

O juízo petitório ou ius possidendi é aquele destinado à tutela de eventual “direito de posse
fundado na propriedade (em algum título: não só propriedade, mas também em outros direitos reais e
obrigações com força real). O possuidor tem a posse e também é proprietário. A posse nessa hipótese
é o conteúdo ou objeto de um direito, qual seja, o direito de propriedade ou direito real limitado. O titular
pode perder a posse e nem por isso deixará sistematicamente de ser proprietário.”

Já o juízo possessório ou ius possessionis é aquele destinado à tutela de eventual “direito fundado no
fato da posse, nesse aspecto externo. O possuidor, nesse caso, pode não ser o proprietário, não
obstante essa aparência encontre proteção jurídica, pelos motivos até agora cogitados. Essa é uma
das razões pelas quais nosso Código estatui: “considera-se possuidor todo aquele que tem de fato o
exercício, pleno, ou não, de algum dos poderes inerentes ao domínio ou propriedade (art. 1.196).”

10ª Questão (peso 1,0) - Analise a jurisprudência abaixo, e explique o entendimento do julgador:
(1,0 ponto)

Ementa: AÇÃO DE REINTEGRAÇÃO DE POSSE. LEGITIMIDADE PASSIVA. DISCUSSÃO DA


PROPRIEDADE. DESCABIMENTO. FUNGIBILIDADE DAS AÇÕES POSSESSÓRIAS. Legitimidade
passiva que decorre dos fatos do processo. Impossível trazer ao bojo da ação possessória a
discussão acerca da propriedade dos imóveis. As ações possessórias, em face da dinâmica dos
fatos, gozam de fungibilidade, podendo o magistrado dar a resposta adequada ao pedido ainda que a
ação tenha nascido como de interdito proibitório. PRELIMINARES REJEITADAS, APELAÇÃO
IMPROVIDA. (Apelação Cível Nº 70041636531, Décima Nona Câmara Cível,...( J-RS - Apelação Cível
AC 70041636531 RS (TJ-RS), Data de publicação: 09/11/2011.

De acordo com o caso em tela, foi rejeitada a apelação da parte ré, pelo motivo de que nos
interditos possessórios não cabe a discussão da propriedade do imóvel, ademais pelo princípio da
fungibilidade das ações possessórias o magistrado poderá receber e processar a demanda ainda que a
ação possessória proposta seja equivocada.

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