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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ____ VARA DA

COMARCA DE JOSÉ DE FREITAS – PI

José Augusto, (nacionalidade), (estado civil), (profissão), portador da cédula de identidade


RG nº (XXX), inscrito no CPF/MF sob o nº (XXX), residente e domiciliado em (endereço
completo), e-mail (XXX), por seu advogado subscritor, vem a Vossa Excelência, com fulcro
nos artigos 5º, caput, 6º e 196 da Constituição Federal; artigos 6º, inciso I, alínea d e 7º, inciso
II da Lei 8.080/90 (Lei Orgânica da Saúde), bem como na Lei 12.016/2009, impetrar

MANDADO DE SEGURANÇA COM PEDIDO DE LIMINAR

contra ato ilegal praticado pelo SECRETÁRIO MUNICIPAL DA SAÚDE DA CIDADE


DE JOSÉ DE FREITAS – PI, autoridade coatora municipal, que pode ser encontrado na
Secretaria Municipal de Saúde, situada na (endereço completo), e-mail (XXX), e contra ato
ilegal praticado pelo SECRETÁRIO DE SAÚDE DO ESTADO DO PIAUÍ, autoridade
coatora estadual, que pode ser encontrado na Secretaria de Saúde do Estado do Piauí, situada
na (endereço completo), e-mail (XXX), pelas razões que passa a expor.
I – DOS FATOS

José Augusto, atualmente com 72 anos de idade, aposentado por invalidez pelo INSS,
percebe 01 salário mínimo por mês. Por mais de 25 anos, laborou em atividade insalubre, e
por tal razão lhe causou sequelas de modo que a doença adquirida lhe exige o uso contínuo
de medicamento, cuja utilização diferente da forma prescrita pelo médico pode colocar em
risco a sua vida. Em razão desses fatos, religiosamente, no dia 10 de cada mês, comparece
ao postinho existente na localidade em que reside (povoado tucuns) município de José de
Freitas-PI, retirando a quantidade necessária do medicamento para trinta dias. No último
dia 10 de maio deste ano, foi notificado, pelo atendente do postinho, que a distribuidora de
medicamentos não entregaria mais o mesmo, já que o Município de José de Freitas-PI, em
razão da pandemia do corona vírus, não pagava os fornecedores há dois meses.

Irresignado com a informação, José Augusto formulou, no dia 11 de setembro de 2021,


requerimento ao Secretário de Saúde, autoridade responsável pela administração das
dotações orçamentárias destinadas à área de saúde e pela aquisição dos medicamentos
junto a distribuidora. No requerimento, explanou que a falta do medicamento poderia
colocar em risco sua própria vida. Em resposta escrita, o Secretário reconheceu que José
Augusto precisava do remédio, o que for a documentado pelos médicos do postinho, e
corroborou que estavam sendo adotadas as providências para resolver o problema, mas que
demoraria aproximadamente 4 meses. Afirmou, ainda que o governador Welinton Dias
repassaria valores a serem aplicados à saúde municipal. Ainda informou que José Augusto
buscasse a emergência sempre que sua saúde apresentasse alguma piora.

Por não ter condições financeiras de adquirir a medicação de que necessita e negado o
fornecimento do remédio ao autor por meio do Sistema de Saúde Público, não lhe restou outra
solução senão socorrer-se do Poder Judiciário, impetrando o presente Mandado de Segurança
para poder realizar seu tratamento médico, pois a manutenção de sua saúde e,
consequentemente da própria vida e dignidade, é direito líquido e certo do impetrante, cuja
violação por ato de autoridade pública não pode ser tolerada.
II – O DIREITO
1. DOS REQUISITOS DO MANDADO DE SEGURANÇA

O impetrante possui direito líquido e certo não amparado por habeas corpus ou habeas data,
nos termos do art. 1º da Lei 12.016/2009, que consiste no seu direito de ter a saúde garantida
pelo Estado, quando possui doença que necessita de tratamento com medicamentos de alto
custo e que constam no rol de medicamentos dispensados pelo Poder Público. Este direito está
relacionado às funções do Estado e à manutenção de vida digna (consequentemente, com
saúde e acobertada pelo princípio da dignidade da pessoa humana).

Todavia, seu direito foi ilegalmente violado pelas autoridades indicadas no preâmbulo desta
petição, pois requereu junto ao Poder Público os medicamentos que são por ele dispensados à
população, mas não conseguiu obter os fármacos, estando sem tratamento há mais de 6 meses.

Logo, caracterizados o direito e o ato lesivo, nos termos da Lei 12.016/2009, não restou
alternativa ao autor a não ser valer-se da tutela jurisdicional estatal por meio do presente
mandado de segurança.

2. DIREITOS FUNDAMENTAIS: DIREITO À SAÚDE, À VIDA E À DIGNIDADE


HUMANA

O direito à saúde é direito fundamental consagrado pela Constituição Federal em seu artigo
6º e em toda Seção II do Capítulo II do Título VIII, que se inicial com o artigo 196. De
acordo com este mandamento constitucional, o direito à saúde é garantido como “direito de
todos e dever do Estado”, visando à redução do risco de doença e o acesso às ações e serviços
para sua promoção proteção e recuperação.

O direito à saúde também é previsto na Constituição Paulista em seu artigo 219 e parágrafo
único, na Lei nº 8.080/90, que estatui em seu artigo 2º a saúde como “direito fundamental do
ser humano, devendo o Estado prover as condições indispensáveis ao seu pleno exercício”.
No mesmo sentido, a Lei nº 8.080/90 dispõe em seu artigo 2º que “a saúde é um direito
fundamental do ser humano, devendo o Estado prover as condições indispensáveis ao seu
pleno exercício”.

Desta forma, percebe-se que não falta arcabouço jurídico para a proteção do direito à saúde
dos cidadãos, bem jurídico da mais alta relevância social, intimamente relacionado ao direito
à vida - direito inerente a todo ser humano, portanto, natural, inalienável, irrenunciável, e
impostergável, cuja inviolabilidade está garantida pela Constituição Federal, em seu art. 5º,
caput - e ao princípio da dignidade humana – fundamento da República Federativa do
Brasil como Estado Democrático de Direito, conforme consagrado no art. 1º, III, da
Constituição, vetor de todo e qualquer ordenamento jurídico, devendo ser utilizado como
parâmetro para orientar a interpretação e compreensão de qualquer sistema normativo.

Portanto, é de rigor o fornecimento do medicamento pleiteado, sob pena de ferir o direito


indisponível e absoluto à vida, bem como o primado da dignidade humana, o que não se
coaduna com o sentido social das regras estabelecidas pela Lei Maior, nem mesmo com o
próprio Estado Democrático de Direito.

Os direitos invocados, por sua tão grande importância ao se relacionar com a essência do
Estado, devem ser preservados em quaisquer circunstâncias, de forma que a pretensão do
impetrante em receber os medicamentos que necessita é resguardada mesmo que estes não
estejam descritos no rol de medicamentos dispensados pelo ente político, e mesmo com a
eventual falta de recursos orçamentários, continuando o ente obrigado a cumprir com suas
funções primordiais, tal como a presente.

STJ – CONSTITUCIONAL – RECURSO ORDINÁRIO –


MANDADO DE SEGURANÇA OBJETIVANDO O
FORNECIMENTO DE MEDICAMENTO POR ENTE PÚBLICO À
PESSOA PORTADORA DE DOENÇA GRAVE – ILEGALIDADE
DA AUTORIDADE COATORA NA EXIGÊNCIA DE
CUMPRIMENTO DE FORMALIDADE BUROCRÁTICA – Recurso
ordinário provido para o fim de compelir o ente público (Estado do
Paraná) a fornecer o medicamento.
(STJ, 1ª Turma. Recurso em Mandado de Segurança nº 11.183/PR
[1999/0083884-0]. Julgado em 22/08/2000. Rel. Min. José Delgado)

FORNECIMENTO DE MEDICAMENTO - PRESERVAÇÃO


DA VIDA - PODER PÚBLICO MUNICIPAL - TUTELA
ANTECIPADA - AGRAVO DE INSTRUMENTO - PROCESSO
CIVIL E CONSTITUCIONAL ANTECIPAÇÃO DA TUTELA
PARA FORNECIMENTO DE MEDICAMENTOS.
POSSIBILIDADE. Fornecimento de medicamentos a paciente em
risco de vida e saúde. Verossimilhança presente. Regras constantes
dos artigos 196, da CF e 287, da CE, que tornam verossímil a tese
autoral, de molde a permitir a antecipação dos efeitos práticos da
aguardada decisão final positiva. Decisão interlocutória incensurável.
Improvimento do recurso. Unânime.
(TJ-RJ. 3ª Câmara cível. Agravo de instrumento. Processo nº
2000.002.11367. Data de Registro: 28/05/2001. Votação: DES.
MURILO ANDRADE DE CARVALHO. Julgado em 22/03/2001)

OBRIGAÇÃO DE DAR COISA CERTA - FORNECIMENTO DE


MEDICAMENTO - SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE - S.U.S. -
GARANTIA CONSTITUCIONAL - ASSISTÊNCIA JURÍDICA
GRATUITA - SUCUMBÊNCIA
DIREITO DE ISENÇÃO - ORDINÁRIA OBRIGAÇÃO DE DAR
COISA CERTA CERTUM CORPUS - FORNECIMENTO DE
MEDICAMENTO POR PARTE DO ESTADO A QUEM
NECESSITA E NÃO PODE SE ACESSAR AO MESMO, OU
POR DIFICULDADE, JÁ QUE IMPORTADO, OU PELO
PREÇO, MORMENTE SE TRATANDO DE PESSOA DE PARCOS
RECURSOS FINANCEIROS NO QUE DEVE SER SUPORTADO
PELO ESTADO QUE INTEGRA O "SUS". DE OUTRO MODO
DEVE SER EXTIRPADA A SUCUMBÊNCIA EM VISTA DE SER
O APELADO BENEFICIÁRIO DA ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA.
Provimento em parte do recurso para afastar a sucumbência, e, em
reexame modificar em tal parte a sentença.
(TJ-RJ. 12ª Câmara Cível. Apelação cível no processo nº
2000.001.12976. Data de Registro: 30/05/2001. Votação: Des.
Antonio Felipe Neves. Julgado em 06/03/2001)
MANDADO DE SEGURANÇA - Direito líquido e certo ao
fornecimento de medicamento pelo Poder Público – Dispositivos
constitucionais de proteção à saúde que são aplicados pelo Estado
- Omissão de autoridade competente para orientar e encaminhar o
requerimento formal, zelando por sua tramitação de urgência, pode ser
corrigida pela via jurisdicional - Sentença concessiva mantida, mas
cessado os efeitos da ordem com o falecimento da impetrante.
(TJSP. 8ª Câmara de Direito Público. Ap. Civ. nº 54.511-5. Rel.
Teresa Ramos Marques. Julgado em 10.02.99. V.U.)
3. OBRIGAÇÃO SOLIDÁRIA DE TODOS OS ENTES POLÍTICOS

Insta salientar ainda que as obrigações Governamentais decorrentes do direito à saúde


oneram a todos os entes políticos solidariamente, conforme previsto na Constituição
Federal em seu artigo 198, inciso I.

Ademais, consoante se depreende do caput do artigo 196, que prevê que a saúde é dever do
Estado, não há indicação ou distinção a quem cabe essa obrigação – se ao Município, Estado,
União ou Distrito Federal – sendo razoável se concluir que a incumbência é de todos os entes
políticos da Federação de forma igualitária.

Não obstante, também respalda este entendimento o fato de o Sistema Único de Saúde (SUS)
ser composto, indistintamente, por todos os entes políticos.

4. DISPENSA DE LICITAÇÃO

Urge consignar que a urgência da medida enseja a autorização de dispensa de licitação no


caso de haver a necessidade por parte do ente político de ainda adquirir os medicamentos.Tal
dispensa é largamente utilizada no ordenamento pátrio em episódios similares ao caso em
questão, e pode ser observada em vasta jurisprudência:

AÇÃO COMINATÓRIA - PRESTAÇÃO DE SERVIÇO PÚBLICO -


OBRIGATORIEDADE NO FORNECIMENTO DE
MEDICAMENTOS.
1. Ilegitimidade passiva não configurada - A saúde é direito
fundamental de todo ser humano, competindo ao Estado, em todas as
suas esferas de atuação (federal, estadual e municipal) prover os meios
necessários a seu pleno exercício -Aplicabilidade do artigo 23, inciso
II da Carta Magna c/c artigo 2o da Lei 8.080/90.
2. Paciente com doença crônica e que não dispõe de recursos para
custeio do tratamento tem direito a receber pronto atendimento no
fornecimento da medicação indicada - Irrelevante a arguição de que o
medicamento não se encontra disponibilizado na rede pública.
3. A emergência na compra de remédios autoriza a dispensa de
licitação (artigo 24, IV da Lei 8.666/93) - Medicamento que já é
fornecido pelo Sistema Único de Saúde.
4. Afronta a princípios constitucionais não caracterizada. Recurso
improvido.
(TJ-SP. 8ª Câmara de Direito Público. Apelação nº
573041920088260602 SP 0057304-19.2008.8.26.0602. Relator:
Cristina Cotrofe. Data de Julgamento: 16/02/2011. Data de
Publicação: 24/02/2011).

Trata-se de apreciar o pedido liminar consistente na obrigação de


custeio por parte do MUNICIPIO DE SÃO BERNARDO DO
CAMPO e da FAZENDA DO ESTADO DE SÃO PAULO dos
medicamentos necessários ao tratamento de MIGUEL MORENO
CABRERA JUNIOR. Acompanhando a petição inicial foram juntados
documentos comprovando que o autor e portador de diabetes de difícil
controle clinico (fls. 27), fazendo-se imprescindível o emprego dos
medicamentos indicados; o custo do medicamento, no entanto, e
inacessível ao paciente, tendo em vista a baixa renda comprovada.
Conforme sustentado na articulação inicial, de fato e dever dos entes
federados que figuram no pólo passivo, solidariamente, ate mesmo por
garantia constitucional, a prestação do direito a saúde e, reflexamente,
a vida digna. Ha, assim, verossimilhança nas alegações e fundado
receio de dano irreparável. Ante o exposto, CONCEDO a liminar para
que as autoridades coatoras forneçam os medicamentos indicados a
fls. 28, expedindo-se mandado de intimação para cumprimento no
prazo de 30 (trinta) dias, bem como para prestar informações no prazo
de 10 (dez) dias. Autoriza-se a inobservância da Resolução CMED e
de licitações para a compra do medicamento em questão. Prestadas, ao
Ministério Público. (Processo nº 564.01.2010.037113-8 - nº ordem
63128/2010 - Mandado de Segurança - MIGUEL MORENO
CABRERA JUNIOR X SECRETARIO ESTADUAL DA SAÚDE
DO ESTADO DE SÃO PAULO E OUTROS)

III – DO REQUERIMENTO DE TUTELA ANTECIPADA

O art. 7º, inc. III da Lei nº 12.016/2009, que regulamenta o mandado de segurança, dispõe
que a liminar será concedida, suspendendo-se o ato que deu motivo ao pedido, quando for
relevante o fundamento do pedido e do ato impugnado puder resultar a ineficácia da medida.

Há relevância do fundamento – bem como probabilidade do direito (fumus boni iuris) –, haja
vista que a documentação acostada demonstra fartamente que o autor está acometido da
doença e necessita da medicação. Outrossim, o fumus boni juris está representado pelo
direito constitucional inalienável e irrenunciável à saúde e pela obrigação do Poder Público
em custear o tratamento, previstas na ampla legislação e jurisprudência trazidas à colação.
Há também perigo de ineficácia da medida, caso não seja deferida de imediato – ou risco ao
resultado útil do processo (periculum in mora) –, porquanto a demora pode causar o
agravamento da saúde do impetrante de modo a lhe causar danos irreversíveis ou até mesmo a
morte, já que há tempos o autor vem tentando – sem sucesso – obter os medicamentos – o que
vem piorando seu estado de saúde cada vez mais, trazendo diversas formas de mal-estar ao
impetrante (descrever sintomas). Em outras palavras, o perigo da demora resta evidenciado
pelo atual estado de saúde do impetrante (que está muito agravado) e pela necessidade vital e
urgente de fazer uso da medicação indicada ao seu caso, sob pena de enormes riscos a sua
saúde.

Sendo assim, o autor preenche todos os requisitos para a concessão deste tipo de tutela.

Logo, requer sejam antecipados os efeitos da tutela jurisdicional, liminarmente, por


restarem consignados os requisitos fumus boni juris e o periculum in mora.

IV – DOS PEDIDOS E REQUERIMENTOS

Diante da relevância dos fundamentos da demanda, e por todo o exposto, o impetrante pede e
requer:

1) Inicialmente, pelo receio da consumação de prejuízos irreparáveis à esfera da saúde do


impetrante, REQUER A CONCESSÃO LIMINAR DA SEGURANÇA PLEITEADA,
com fulcro no art. 7º, III, da Lei 12.016/2009, a fim de ordenar aos impetrados,
solidariamente, que dispensem ao postulante os medicamentos de que necessita, por tempo
indeterminado e de maneira ininterrupta, enquanto perdurar a necessidade do tratamento
médico, garantindo-se, ainda, o fornecimento do produto do mesmo fabricante durante toda a
duração do tratamento, cumprindo-se, também, os outros itens da Portaria 863 de 12 de
novembro de 2002 do Ministério da Saúde, como única forma de garantir-lhe o direito à vida;

2) Seja o pedido JULGADO TOTALMENTE PROCEDENTE, com a concessão definitiva


da segurança, reconhecendo-se o direito líquido e certo do impetrante, para que os Réus sejam
condenados solidariamente ao fornecimento dos medicamentos de que o impetrante necessita,
sejam aqueles específicos, indicados nesta inicial (REMÉDIOS) – de modo que se torne
definitivo o teor da decisão antecipatória da tutela jurisdicional – ou outros também indicados
posteriormente ao seu tratamento, e que lhe venham a ser prescritos por seu médico, e, tudo,
por prazo indeterminado e até quando deles necessitar, sempre, nas quantidades que forem as
prescritas pelo profissional médico que o assiste, garantindo-se, ainda, o fornecimento do
produto do mesmo fabricante durante toda a duração do tratamento, cumprindo-se, também,
os outros itens da Portaria 863 de 12 de novembro de 2002 do Ministério da Saúde, como
única forma de garantir-lhe o direito à vida;

3) Requer que a comunicação de concessão da tutela seja feita aos representantes legais dos
Réus, imediatamente, e em caráter de urgência, em vista dos riscos aos quais está exposto o
autor pela falta da medicação;

4) Requer ainda a condenação dos impetrados, nos termos do art. 297 do Código de Processo
Civil (Lei 13.105/2015), ao pagamento de multa em favor do impetrante no valor de R$
1.000,00 (um mil reais) por dia de atraso no fornecimento dos medicamentos referidos;

5) Sejam concedidos os benefícios da justiça gratuita, visto que o autor não tem condições
de arcar com as custas processuais sem prejuízo do próprio sustento e do de sua família, sendo
carente de recursos, nos termos dos artigos 98 e seguintes do Código de Processo Civil (Lei
13.105/2015);

6) A citação dos Réus, na pessoa de seu representante legal, nos endereços indicados no
preâmbulo desta petição, para que, querendo, apresentem resposta à presente demanda, sob
pena de, não o fazendo, sofrer os efeitos da confissão e revelia, nos termos do art. 7º da Lei
12.016/2009;

7) A determinação de oitiva do Ministério Público para oferecer parecer (art. 12, caput, Lei
12.016/2009);
8) Por fim, requer que todas as intimações e publicações sejam encaminhadas ao advogado
(Nome do Advogado), devidamente inscrito na OAB/XX sob nº XXX, com endereço
profissional situado na XXX (conforme art. 77, inc. V do CPC/15 – Lei 13.105/2015), sob
pena de nulidade;

Dá à causa o valor de R$ 1.000,00 (mil reais).

Termos em que,
Pede deferimento.
Local, data.

Nome do advogado
Número da OAB

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