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10 O empregador e o empregado
Empregador
Nos termos do art.2º da CLT “considera-se empregador a empresa, individual ou coletiva, que,
assumindo os riscos da atividade econômica, admite, assalaria e dirige a prestação pessoal de
serviço”.
Empresa (seja individual ou sociedade de pessoas) é o local, onde se desenvolve atividade
econômica devidamente organizada, presentes os fatores de produção, com vistas à circulação
de bens ou de serviços no mercado.
O empregador pode ser: pessoa física ou jurídica. São equiparados ao empregador (isto é,
tratados como empregadores) os clubes, sindicatos, igrejas, condomínios, advogados, dentistas,
as entidades sem fins lucrativos.
Quando a Administração Pública contrata pelo regime da CLT, ela também é empregadora.
O empregador assume os riscos, o custo do negócio, não podendo transferir esses riscos. Assim
não pode descontar do empregado, por exemplo, o seu uniforme, o cheque sem fundos que este
vem a receber de forma enganada.
Ainda, na relação de emprego, o trabalhador se subordina ao poder de direção do empregador.
Esse poder de direção se revela em três aspectos:
Poder regulamentar: o empregador tem poder de estabelecer regras internas,
unilaterais, porém, este regulamento interno não pode desobedecer a lei;
Poder fiscalizador: o empregador tem poder de estabelecer controle de qualidade,
pontualidade;
Poder disciplinar: é o poder de aplicar punição ao empregado.
Empregado
De acordo com o artigo 3º da CLT “considera-se empregada toda pessoa física que prestar
serviços de natureza não eventual a empregador, sob a dependência deste e mediante salário”. O
parágrafo único estabelece que “não haverá distinções relativas à espécie de emprego e à
condição de trabalhador, nem entre o trabalho intelectual, técnico e manual”.
Os elementos que caracterizam o empregado são:
Pessoa física: intuito personae;
Pessoalidade na prestação de serviços;
Recebimento de salário: oneroso; contraprestação;
Trabalho não eventual/ trabalho contínuo: é necessária uma relação diária, permanente,
contínua, uma habitualidade na prestação de serviços; o trabalho eventual esgota-se em
uma única prestação;
Subordinação: (o mais importante elemento caracterizador) é evidenciada a
subordinação pelo número de ordens de serviço a que está sujeito o empregado. Há um
comando, uma distribuição de tarefas, uma orientação para o modo de execução.