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2011/2021

Plano de Estrutura Urbana do Municipio da Cidade de Dondo

I. INTRODUÇÃO

Plano de Estrutura Urbana é o instrumento de gestão territorial, de nível municipal, que estabelece a
organização espacial da totalidade do Município, os parâmetros e as normas para a sua utilização e
gestão, tendo em conta a ocupação actual, as infra-estruturas e os equipamentos sociais existentes e a
implantar na estrutura espacial urbana e regional.
O presente Plano de Estrutura do Município da Cidade do Dondo foi elaborado para servir de instrumento
regulador do desenvolvimento do Município para os próximos dez anos, visando maximizar a gestão e a
integração dos aspectos socio-económicos e a participação da comunidade do Dondo na gestão do uso do
solo.
O plano vai servir como um instrumento de apoio à tomada de decisões garantindo a participação de todos
os sectores de sociedade em pé de igualdade incluindo o Governo, ONG’s, Comunidades Locais e a
Sociedade Civil em geral. O plano é composto por três relatórios escritos, a saber:
 Diagnóstico da situação actual do Município;
 Proposta de Desenvolvimento do Município,
 Normas Regulamentares do uso do Solo.
O plano foi elaborado de modo a:
 Promover uma ocupação espacial harmonizada e adequada de acordo com as características
naturais, problemas ambientais e necessidades de desenvolvimento dos vários sectores e
segmentos da sociedade;
 Evitar alterações significativas, ou mesmo destruições de habitats naturais, causadas pelo rápido
desenvolvimento do Município;

Objectivamente, este documento pretende:


 Promover uma utilização consensual, rápida e sustentável do espaço físico e dos seus recursos
naturais, com base nas potencialidades da região, com normas regulamentares para o
desenvolvimento de actividades socioeconómicas;
 Maximizar a integração dos aspectos ambientais no processo de desenvolvimento socioeconómico da
região de estudo, incluindo a identificação de áreas de conservação e preservação;
 Orientar o desenvolvimento do Município no futuro;
 Definir as principais linhas de intervenção para planos de pormenor no desenvolvimento urbano.
Metodologia

Para a elaboração do Plano de Estrutura da Cidade do Dondo usou-se a seguinte metodologia:

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 Elaboração de Termos de Referência;


 Formulação dos Objectivos do Plano;
 Recolha de informação bibliográfica (biofísica, socio-económica, legal e institucional) a nível Provincial
e Nacional;
 Realização de seminários de consulta pública, visando recolher sensibilidades das Instituições e da
Sociedade Civil;
 Inventariação da situação existente no Território;
 Análise e diagnóstico dos dados recolhidos na inventariação;
 Geração e avaliação de alternativas de desenvolvimento;
 Elaboração de propostas desenvolvimento.

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II. ENQUADRAMENTO REGIONAL

2.1. Localização Geográfica do Município da Cidade de Dondo


O Município da Cidade do Dondo, situa-se na Província de Sofala, Região Centro do Pais, a 30 Km da
Cidade da Beira. A cidade é limitada à Norte pela Estrada que vai a Máguacua até ao Rio Chone, Oeste
pelo Rio Púngòe, Bairros de Mandruze, Canhandula, Macharote e sobe em sentido norte em direcção
Mizimbite, ligando a estrada 213 entre a linha férrea Dondo- Savane, incluindo os Bairros de Nhamaiabwe,
Centro Emissor e Samora, à Sul pelo Rio Muadzidze, marcos que limitam as áreas de paiol militar e a
estrada que vai a fábrica de Cimento, passando pelo Bairro de Nhamainga até ao Rio Púngòe e a leste o
Rio Savane descendo através da linha coordenada 705.000 até ao Rio Muadzidze, abarcando os Bairros
Canhandula e Nhamainga.

A sua posição geográfica é privilegiada sob ponto de vista economico, uma vez que dista a 30 km do
Porto da Beira sendo atravessada pelo Corredor de Desenvolvimento da Beira atraves da EN6 e,
conjugado pela passagem da linha férrea Dondo-Beira, e Dondo-Zimbabwe ou Malawi, aliado ao potencial
em termos de complexos industriais o que faz de Dondo a segunda maior cidade da província de Sofala e
com todos suportes para crescer economicamente.

Por outro lado, a existência de boas condições naturais para a prática da agricultura em particular na
planície de Mandruze, e a ligação da Cidade a rede nacional de energia electrica, fazem tambem de
Dondo um Município com grande potencial de desenvolvimento socio-económico.

2.2. Resenha Histórica do Município da Cidade do Dondo

A cidade do Dondo foi em tempos, uma circunscrição de Neves Ferreira, criada em 01 de Outubro de 1892
pela Ordem no 25. Esta Circunscrição abraçava na margem esquerda do Rio Púngòe em direcção à sua
foz, todo o grande prazo de Cheringoma, que na altura se estendia de Urema até ao mar, limitando-se ao
norte pelos prazos de Chupanga e Milambe e na margem direita do Rio Púngòe ia até aos Territórios de
Chimoio e Morimbane.

Em Nyanja, Dondo significa floresta, bosque sagrado ou arvoredo. O mais provável é que o termo seja
derivado de uma árvore abundante na região, chamada Dondo- Cientificamente conhecida por Cordyla
Africana Lour; cujo fruto é Tondo (Cabral, 1975:47).

A primeira povoação neste local surgiu com a construção da linha férrea Beira-Umtali e a construção da
estação, isto por volta do fim do século XIX. Elas foram construídas pela ``The Beira Raillways’’ sociedade
fundada com capitais britânicos (The British South Africa Company) que construiu o caminho de ferro

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Beira-Macequesse conforme o acordo de fronteiras de 11 de Junho de 1891, tendo sido concluídas em 10


de Julho de 1900. Contudo só em 13 de Novembro de 1920 foi criada a povoação com sede da
Subcircunscrição do Dondo, dependente do conselho da Beira. A vila foi criada em 1921 como estação
dos caminhos-de-ferro, por Ordem no 4269, de 3 de Novembro de 1921 da Companhia de Moçambique.

Em 14 de Agosto de 1922 a Subcircunscrição foi extinta, e as suas terras foram integradas na


circunscrição de Cheringoma. Em 8 de Janeiro de 1923 passou a ser a sede do Posto Fiscal e a 1 de Maio
de 1928, sede do Posto da 2a Classe.

A 15 de Maio de1933 o Posto de novo anexado ao Conselho da Beira até 11 de Maio de 1937 data em
que voltou a ser incorporado à circunscrição de Cheringoma.

Por volta de 1953, na vila do Dondo já existia o posto administrativo e com estatuto de PA de Dondo. Em
1955, na base da Portaria no 11208 do BO 53/1955, volta a extinguir o Posto e integra a sua área no Posto
Administrativo de Vila Machado. Nos anos 1962/63, foi criado no Dondo a Câmara Municipal do Dondo, ou
seja a Vila do Dondo ascendeu ao título de câmara municipal como um município. Em 1978 a Câmara
Municipal foi transformada em Conselho Executivo ao abrigo da Lei no 7/78 de Abril.

Em 26 de Julho de 1986 segundo a resolução no 8/86 da Assembleia popular no seu artigo 1, n o 6


publicado no BR no 30, 1a Série, a Vila do Dondo transitou para o título de Cidade do Dondo com a
categoria D.

Em 1998, a 30 de Junho são eleitos os primeiros órgãos no quadro das eleições municipais, para gerirem
os destinos do município cujos titulares são um presidente do Conselho municipal e uma Assembleia
Municipal.

2.3.Aspectos culturais da população do Dondo


Origem da população do Dondo

A população do Município é, predominantemente de origem Sena (grupo Bangwe), como resultado de


cruzamento entre Machangas /Matewas com os Phodzos do baixo Zambeze. Este grupo, caracterizando-
se por ser nómada, vive preferencialmente na zona litoral de Caia e Marromeu. No período que se seguiu
à independência Nacional, a livre circulação de pessoas e bens deu origem a uma miscigenação da
população oriunda de várias tribos do país e do estrangeiro que ali fixaram residência. Destes grupos
podemos encontrar missionários brasileiros, alguns congoleses em missão de educação mas sem grande
expressão.

Línguas
A língua predominante no Município para além da Oficial portuguesa, fala-se também Sena e Ndau.

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Religião
A religião mais professada é a católica, seguida pela cristã protestante, a muçulmana não tem grande
expressão sendo professada maioritariamente no Bairro Central onde existe alguma comunidade
muçulmana.

Hábitos e Costumes
Uma parte da população do Dondo pratica cerimónias tradicionais familiares como Nsembe, Mazuade,
Pita-cufa e Pita-moto e danças tradicionais como Útse e Marimba. A gastronomia é composta por pratos
típicos locais como Chima com peixe fresco (Nsomba), Chima com folhas piladas da Mandioqueira
(Ntxocobwe ), Chima com peixe seco e Chima com carne seca (Xincuio). As cerimónias tradicionais
familiares apresentam como características as seguintes:
Nsembe - Cerimónia tradicional que consiste no reconhecimento aos mortos. Nesta cerimónia, o
interessado faz as suas lamentações aos defuntos, pedindo ajuda para solucionar o seu problema. Ela
pode ser feita em forma de ou usando farinha sobre a base de um prato, isto a noite antes de dormir,
constitui um hábito da população do Dondo.

Mazuade - Cerimónia tradicional que serve para assegurar o bebé, ela faz-se meses depois do
nascimento, através do acto sexual dos progenitores, segundo a tradição, o bebé é protegido de certas
enfermidades e não fica débil.

Kupita-cufa - Cerimónia tradicional que serve para purificar a família enlutada depois da morte de um dos
membros da mesma (filho, pai, mãe...)

Actualmente, devido ao HIV/SIDA, as pessoas estão a abandonar a maneira arcaica deste ritual que
consiste na prática sexual entre o viúvo e outra parceira ou a viúva e um outro se for o caso, o que dá
probabilidade a expansão da contaminação pelo HIV-SIDA e outras ITS’s, optando-se em procurar um
casal independente para fazê-la dentro ou fora da família conforme o acordo familiar. Este casal
purificador dá-se pelo nome de D`ombo e os donos das cerimónias gratificam-se a este casal.
Kupita-moto - Cerimónia tradicional que consiste na purificação da família depois de um incêndio da casa
ou machamba, esta cabe ao ancião da família como fazê-la; pode se chamar um nhamussoro (Curandeiro)
para fazer um tratamento e tirar o azar na família e alguns fazem-na através de acto-sexual envolvendo a
família em causa.

Kupita Mphenpo – Cerimónia tradicional que serve para purificar a família D`aia (Madrinha) depois de um
aborto, a cerimónia realiza-se através do acto sexual em duas fases: 1- Kufa e 2- Mphenpo.

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No que concerne ao casamento, são desenvolvidas as cerimónias Fungula Mulomo que consiste num 1o
contacto com a noiva, Mussa que é consulta do lobolo, Semba que consiste no pagamento do Lobolo que
muitas vezes tem sido a principal causa da opressão da mulher e motivação para casamentos prematuros
e finalmente Massesseto que é o próprio enlace matrimonial. Todavia, estes hábitos culturais tendem a
desaparecer na área urbanizada devido a aculturação caracterizada por intromissão de populações
doutras regiões que trazem hábitos e costumes diferentes que acabam se sobrepondo aos hábitos e
costumes locais.
Como locais Sagrados são considerados os Cemitérios Comunitários existentes nos 10 Bairros, bem como
o Municipal e o da Santa Ana no Bairro Consito. As cerimónias protocolares relacionadas com datas
festivas são realizadas nas praças dos heróis e dos trabalhadores.

2.4. Evolução da Ocupação do Solo Antes da Independência

Dondo nos anos 1916/1918 era uma simples povoação comercial constituída na altura pela casa grande,
construída em 1916, que é a segunda loja depois do Comando da Polícia no sentido de quem vai à Maia e
Dinis para o Clube do Dondo. Em 1923, foi construída a casa Jusa, que é a primeira casa depois do
Comando da Polícia no mesmo sentido da anterior. Em 1928, foi construída a casa José António de Abreu
que é a actual Maia e Diniz.

No processo de crescimento da Cidade do Dondo, foram sendo construídas fábricas ao longo da EN6 e da
linha férrea. Assim, em 1951 foi construída a fábrica de Cimentos de Moçambique, depois desta, foram
sendo construídas outras fábricas dela derivada como a Lusalite em 1945.

2.5. Evolução da Ocupação do Solo Após a Independência

1975-1981: Neste período houve organização dos Bairros em Comunais, onde foram observados vastos
parcelamentos e atribuições de terrenos nas zonas adjacentes aos centros urbanos, assim como
periferias.
Em 1983 foi preparado o Plano de Estrutura do Dondo pelo Instituto Nacional de Planeamento físico com o
apoio dos serviços Provinciais de Planeamento físico.

Em 1999 foi elaborado o Plano Director Beira/Dondo com validade de 10 anos, plano este que foi sendo
implementado durante este tempo, tendo o Município crescido com obediência do mesmo, apesar da
deficiente fiscalização na implementação do mesmo facto este que provocou a ocupação desordenada,
em particular junto as linhas de protecção tanto de energia de alta tensão, caminhos-de-ferro, vales dos
rios, etc.

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Em 2005 foi levado a cabo um Plano de Reordenamento do Bairro de Mafarinha que se encontrava
ocupado de forma espontânea e sem vias de acesso;

No ano 2004 foi elaborado o Plano de Ordenamento (Pormenor) do Bairro de Nhamainga;

Nos anos 2008 e 2009 foi elaborado e implementado o Plano de Pormenor de algumas parcelas de terra
do Bairro Nhamayabwe;

Em 2010 parte do Bairro Mafarinha foi ordenado tendo sido elaborado um Plano de Pormenor que está
sendo implementado;

No presente ano está em implementação o Plano de Pormenor de Mafarinha através do parcelamento e


demarcação de talhões para construção de casas de habitação;

Ainda neste ano está em curso o processo de indemnização e reassentamento de 30 famílias residentes
no Bairro Canhandula afim de instalação duma fábrica de lacticínios.

2.6.Actividade Relevante

Actividade Ferroviária e Industrial

A actividade ferroviária está ligada ao Porto da Beira que serve como local estratégico para
manuseamento de carga e a Via-férrea que liga Beira-Dondo, Dondo-Manica ou mesmo países vizinhos
permite o transporte de mercadorias provenientes deste local para os países vizinhos e vice-versa bem
como para a circulação interna. Estas infra-estruturas fazem parte do Corredor de Desenvolvimento da
Beira que serve toda a zona Centro do país, inclusive os países vizinhos como Zimbabwe e Malawi. A
actividade industrial, com a fábrica de Cimento e a de Lusalite, contribuem sobremaneira para aquisição
de receitas para o Município bem como o emprego de mão-de-obra local no mercado laboral.

2.7.Definição da área de influência

A proximidade da Cidade da Beira, a integração no corredor da Beira e o acesso fácil aos distritos da
Província e mesmo aos países vizinhos, possibilita ao Município uma boa integração na rede de circulação
de mercadorias e bens.

O município dista a 30 Km da Cidade da Beira, possui uma configuração topográfica favorável para além
de ser atravessado pela EN6 que facilita a ligação entre as regiões norte e Centro bem como Centro e Sul.
Portanto, a relação entre o Município da Cidade do Dondo e os distritos da zona de influência é
determinada pelos seguintes factores:

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 Existência da rede de comunicação rodoviária e ferroviária em boas condições;


 Proximidade do Porto da Beira ao Município do Dondo;
 Existência de condições topográficas favoráveis para instalação de equipamentos e infra-estruturas.

Neste Município verifica-se um movimento intenso de pessoas e bens nas áreas de influência. O
relacionamento é baseado na existência de numerosos residentes urbanos oriundos do Dondo que se
deslocam a Beira para trabalhar e vice-versa e com quem mantém relações sociais e económicas
regulares. Para além da Beira, a Companhia açucareira de Mafambisse localizada no Distrito do Dondo
também desempenha um papel preponderante na alocação de mão-de-obra.

A área de influência directa do Município da Cidade do Dondo compreende um conjunto de Distritos e


cidades como, Marromeu, Sena, Machipanda, Muanza, o Porto da Beira que facilita a circulação de
mercadoria de Moçambique para os países vizinhos do Interland como Zimbabwe e Malawi e vice-versa.

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III. ANÁLISE DA SITUAÇÃO ACTUAL

3.1.DIVISÃO ADMINISTRATIVA DO MUNICÍPIO DA CIDADE DO DONDO


3.1.1. Delimitação da Cidade
Em 1955, na base da Portaria no 11208, Dondo passou a ser o conselho de Circunscrição, e nos anos
1962/63, foi criada a Câmara Municipal do Dondo.

O Município da Cidade do Dondo tem uma superfície de aproximadamente 382 km2 e uma população
estimada em cerca de 70.817 habitantes (IIIRGPH), dos quais 35.232 são do sexo feminino com uma
densidade populacional de 185 hab/Km2.

Este Município é constituído por Quatro Localidades Urbanas e 10 Bairros, sendo apenas dois urbanos ou
consolidados que são, o Bairro Central e Consito e os restantes semi-urbanizados e não urbanizados. As
Localidades são Nhamaiabwe (constituído pelos Bairros Nhamaiabwe e Samora Machel), Mafarinha
(Mafarinha, Thundane e Nhamainga), Mandruze (Mandruze, Canhandula e Macharote) e localidade de
Consito (Consito e Central).

Ao nível dos Bairros existem 51 Unidades comunais e 244 Quarteirões compostos por 15065 comissões
de moradores (vulgo chefe das 10 casas).

No Município da Cidade do Dondo, não existe régulo, sendo o responsável pela jurisdição deste território,
o régulo de Mafambisse, embora existam 2 chefes do grupo de povoação denominado M`Pfumu que
pertencem ao 2o escalão, estando um em Macharote e outro em Canhandula, eles chefiam 11 Saphandas
(pequenos chefes de povoação).

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Tabela 1 : Distribuição da população por Bairro


Distribuição da
Bairro população por sexo Total Gráfico 1: Distribuição da população por Bairro
H M
Central 2166 2045 4211
Mafarinha 6304 6204 12508
Nhamaiabwe 8300 8456 16756
Consito 5290 5202 10492
Thundane 540 499 1039
Nhamainga 1790 1913 3703
Samora Machel 2351 2182 4533
Macharote 3258 3474 6732
Mandruzi 2502 2493 4995
Canhandula 3265 3239 6504
TOTAL 35761 35707 71468
Fonte: INE, III RGPH, 2007

3.2.CONDIÇÕES FÍSICAS DA REGIÃO


3.2.1.Clima

O Município da Cidade do Dondo está localizado numa região de clima tropical com uma estação quente e
chuvosa (Outubro a Março) e fresca e seca (Abril a Setembro) sendo este último em transição para
estepe. Este tipo de clima leva a alternância de períodos de cheias seguidos por anos de seca.

Temperatura
As temperaturas médias são:
Média Anual: 27oC.
Amplitude Média: 7o C (cerca de 27,5 em Janeiro e 21o C em Julho/Agosto)
Média dos valores máximos anuais: Janeiro/Fevereiro (32o C – 33o C) com os mínimos em Julho (26oC-
27oC).
Média dos valores mínimos anuais: Julho (18o C- 19o C), com os valores mais altos em Janeiro-Fevereiro
(22o C) e os mais baixos em Julho (14o C- 15oC).

Humidade
A humidade relativa ronda os 75-76% com pequena variação ao longo do ano.

Precipitação
A precipitação média anual varia de 1.000 mm a 1.459 mm, com os valores mais altos na zona próxima da

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costa e diminuindo progressivamente para a montante e o pico acontece no intervalo de Janeiro e


Fevereiro.
A precipitação ocorre normalmente entre Outubro e Abril e com maior intensidade de Fevereiro a Abril.
Evapo-transpiração
Apresenta uma Eva-potranspiração potencial média anual na ordem de 1.496 mm

3.2.2.Solos
No Município da Cidade do Dondo, são encontrados solos aluvionares profundos, cinzento escuros,
textura mediana, relativamente pobres em matéria orgânica, e os sais solúveis não aparecem em
quantidade suficiente para criar limitações na sua utilização agrícola.

Ainda ocorrem no município, solos aluvionares moderadamente profundos (> 70 em <100 cm), cor
cinzenta escura a preta, textura pesada, argilosa e estrutura bem desenvolvida, podendo ocorrer uma
camada bastante argilosa e cimentada.

Ao longo dos rios, desenvolvem-se solos aluvionares, hidromórficos, salinos, com manchas de sais a
superfície, completamente inaptos para agricultura (solos de mangal).

3.2.3.Vegetação

O Município de Dondo apresenta condições ecológicas favoráveis, observando-se formações vegetais


caracterizadas por savana herbácea a e arbustiva na parte leste, na região central e oeste desenvolve-se
floresta aberta de Miombo, são espécies de madeira predominantes o Jambir, Umbila, Chanfuta,
Mizimbite, Umbaua, Missassa, Missanda e Mepepe.

Por outro lado, algumas florestas comunitárias desenvolvem-se nos Bairros Mafarinha, Central, Consito,
Canhandula, Nhamainga, Mandruzi, Macharote, Nhamaiabwe, Samora Machel e Thundane onde são
criadas espécies vegetais como o eucalipto, casuarinas, chanfutas, Missassa , Panga-panga e Mutongolo.

Contudo, com a expansão da urbe, o desenvolvimento da agricultura, exploração florestal para madeira,
carvão, lenha e queimadas descontroladas, tem se verificado grande desflorestação da flora e
consequentemente o verde natural dá lugar a edifícios e campos agrícolas.

3.2.4.Fauna
Dentro do território Municipal, outrora desenvolveu-se espécies animais, caracterizadas por uma grande
diversidade, como são os casos de Palapala, Changos, Gondongas, Pivas, Cabritos do mato, Leões,

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Hipopótamos, Crocodilos, Macacos, Búfalos, Porcos, Galinhas do mato e outras espécies. Contudo, com a
expansão habitacional e urbanização das zonas outrora habitats destes animais, aliado ao desbravamento
e queimadas com vista ao desenvolvimento da agricultura, alguns destes animais emigraram para outras
regiões circunvizinhas como o Parque Nacional de Gorongosa ou para o território distrital do Dondo.

3.2.5.Relevo

O Município é caracterizado pela ocorrência de duas zonas geomorfologicamente distintas, sendo uma de
formações aluvionares recentes, representada por uma topografia plana e praticamente sem declives e
outra com planícies e depressões acentuadas, como o vale de Mandruze, onde correm linhas de água que
se dirigem ao Rio Púngòe, formando alguns charcos ou lagoas no seu percurso.

Ao longo dos rios, riachos e lagoas, as terras são ricas para a prática da agricultura e pastagem de gado
Bovino e Caprino. Antigos meandros do rio também formam depressões descontínuas do terreno,
conservando a água das chuvas durante todo o ano, sendo nestas zonas onde coincidentemente ocorre a
erosão.

3.2.6.Hidrografia

O Município da Cidade de Dondo apresenta uma rede hidrográfica bastante considerável, onde são
encontrados rios de regime periódico e outros de regime permanente. Neste Município destaca-se a Bacia
do Rio Púngoè, tendo o Rio do mesmo nome regime permanente e sempre com um caudal aceitável tendo
grande impacto no desenvolvimento da pesca e agricultura em particular no Vale do Mandruze.

Para além deste Rio ainda são de regime permanente os rios Savane e Muadzidzi enquanto os rios
Chone, Chicuredi e Muzimbite são de regime periódico, sendo úteis na prática de agricultura e pesca
artesanal.

3.3.Recursos da Terra, Aptidão agrícola

Nas zonas aluvionares dos grandes rios, os solos apresentam boa fertilidade e possibilidade para a prática
de agricultura de regadio. No seu conjunto, a zona de influência do Município da Cidade do Dondo
apresenta recursos da terra bastante fracos, o que, aliado a constrangimentos de ordem climática e
económica, criam situações de escassez na produção alimentar e nas culturas de rendimentos.

Dentro do território Municipal, as planícies de Mandruze, Canhandula e Macharote ocupam um espaço de


referência no que concerne ao desenvolvimento da agricultura, pelo facto de possuírem boas condições

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agro-ecológicas para o desenvolvimento da cultura do Arroz e hortícolas.

3.4.Perfil Ambiental do Município da Cidade do Dondo

Nas zonas rurais:

 A Cidade do Dondo localiza-se numa zona de planície, sendo o território banhado por uma vastidão de
rios;

 Os rios possuem uma diversidade de recursos pesqueiros, habitats valiosos e sítios de alto valor
paisagístico. São também zonas frágeis e sensíveis ao mau uso ou exploração excessiva dos
recursos;

 Pela existência da fábrica de Cimento, Dondo precisa duma prevenção contra os riscos de poluição
industrial;

 A maioria das zonas agrícolas não têm boa aptidão, sendo dai a dieta alimentar da população
deficitária, todavia a existência duma grande disponibilidade de recursos hídricos em particular ao
longo do vale do Mandruze propicia o cultivo do arroz e hortícolas;

 Os materiais de construção existem em abundância a exemplo de cimento, materiais de cobertura e


saibro, embora este último apresente o inconveniente da sua exploração ser desenfreada e sem
obediência das regras de gestão do solo urbano, provocando o surgimento de crateras e ravinas que
levam a erosão e criação de pântanos.

Nas zonas urbanas:

 A erosão é o principal problema ambiental, que afecta mais da metade da área do núcleo urbano e
mais de dois terços das habitações. Apesar de esforços já feitos, persistem situações de alto risco
para as habitações e infra-estruturas urbanas;

 O saneamento do meio é também um problema grave, em particular nos Bairros densamente


povoados, o que favorece a eclosão de epidemias e afecta a saúde, especialmente das crianças;

 O abastecimento de água é insuficiente em quantidade. Os Bairros apresentado uma densidade


populacional baixa muitas das vezes encontram-se desprovidos de água canalizada devido aos custos
de instalação de tubos adutores;

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 A limpeza urbana e recolha de resíduos sólidos (lixo) ainda precisam de melhoramento, dado que os
contentores e latas de lixo só existem no Bairro Central e nos restantes Bairros apenas espera-se pela
recolha do mesmo pelo tractor do município ou em muitos casos o enterramento do mesmo e sem
cobertura.

3.4.1.Análise da Sensibilidade Ambiental

Em geral, as áreas ambientalmente sensíveis encontram-se localizadas em zonas onde existem recursos
naturais e diversidade biológica importante, dominadas por espécies em extinção ou protegidas por Lei,
mas facilmente expostas à degradação humana e/ou natural.

No Município da Cidade do Dondo, muitas espécies florísticas e faunísticas se encontram em extinção


sendo resultado do crescimento da zona urbana que faz com que haja destruição destes recursos com
vista a implantação de infra-estruturas e equipamentos sociais. Contudo, foram identificadas como áreas
ambientalmente sensíveis as florestas de conservação localizadas no Bairro Mafarinha, Thundane e Milha
6 e ainda os cursos dos rios Púngòe, Savane, Muadzizdi, Chone, Muzimbite e Chone. Para além destes
locais, devido a sua localização geográfica, próxima do Rio Púngòe e numa zona de depressão, as
planícies do Mandruze, Macharote e Thundane constituem igualmente zonas sensíveis pelo facto de
serem susceptíveis a ocorrência de cheias e inundações.

3.4.2.Fenómenos de Erosão
O Município da Cidade do Dondo, apresenta uma configuração topográfica plana em quase a sua
totalidade não sendo propenso à erosão, contudo devido a acção humana, o município encontra-se neste
momento a sofrer pressão devido, a extracção de areia e saibro para construção e nivelamento de vários
terrenos que se encontram em zonas baixas na Cidade da Beira.

A Erosão dos Solos é notória em quase todos os Bairros do município, onde verifica-se a extracção da
areia e saibro sem observância das normas de gestão do solo. Observa-se no Município a abertura de
crateras e algumas câmaras de empréstimo abandonadas e sem reposição do solo.

A abertura de crateras devido a extracção de areia tem afectado algumas residências e para além disto,
verifica-se a formação de pântanos devido a estagnação das águas pluviais e pelo facto do território
apresentar um lençol freático alto, podendo constituir este facto grande foco de doenças. Não se tomando
medidas drásticas com vista ao estancamento destas práticas, Dondo poderá num futuro muito breve ser
avassalado por erosão, o que poderá limitar a disponibilidade de terra para a instalação de infra-estruturas
e prática de agricultura. Os Bairros Thundane, Macharote, Samora Machel são os mais vulneráveis.

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3.4.3.Saneamento do Meio

A deficiente rede de abastecimento de água e as dificuldades na recolha de lixo, acabam criando


condições para o surgimento de focos de doenças, em particular nos assentamentos densamente
povoados e não urbanizados. O município apresenta um lençol freático elevado, o que condiciona a
saturação dos solos na época chuvosa dificultando o escoamento das águas pluviais, criando condições
para o surgimento de Charcos e pântanos, tais são os casos dos Bairros Consito, Mandruze e Thundane.

O sistema de drenagem a céu aberto persistente no Bairro Central, sendo o Bairro urbanizado e
consolidado encontra-se neste momento num estado avançado de degradação, para além de que as valas
existentes apresentam uma largura muito pequena possibilitando inundações nas redondezas em caso de
chuva torrencial pelo facto de não ter capacidade para drenar grandes volumes de água.

Actualmente, dentro do município não existe nenhum sistema de drenagem pública para águas negras
nas habitações, o único que existia para as 50 casas se encontra em desuso e em péssimo estado. Neste
momento as construções que estão sendo erguidas optam em usar fossas sépticas para a drenagem das
águas negras e limpas.

3.5.Condicionamentos Topográficos e Naturais na Expansão da Cidade

O Município de Dondo apresenta algumas zonas propensas a cheias e inundações em particular no Bairro
de Canhandula próximo do Rio Púngòe, sendo os maiores afectados os pescadores artesanais e
sazonais. Por outro lado, o vale de Mandruze e o Bairro de Nhamaiabwe são também zonas propensas há
inundações. Contudo, em geral o Município possui condições naturais e topográficas favoráveis para a
construção de infra-estruturas, equipamentos sociais e habitações pelo facto de a topografia ser plana.

3.6.Distribuição da População

Segundo dados do Censo Populacional de 2007, o Município da Cidade do Dondo apresenta uma
população de cerca de 70,817 habitantes, dos quais 35,232 são mulheres, correspondendo a 49,7% e
uma densidade populacional de 185 hab/km2. A população do Município não está regularmente distribuída,
havendo Bairros com maior e outros com baixa densidade populacional.

O Bairro Nhamaiabwe apresenta maior densidade populacional ao nível do município se comparado com
os restantes Bairros seguido pelo Bairro de Mafarinha, enquanto os Bairros Thundane e Nhamainga
apresentam baixa densidade populacional, por se tratar de Bairros ainda desprovidos de equipamentos
sociais e infra-estruturas, dai não haver atractivos para a população.

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Em termos de custos em cada 100 indivíduos da população activa existem 79 jovens dependentes desta,
pressupondo que um adulto deve cuidar de aproximadamente um jovem, acarretando encargos em
alimentação, vestuário, despesas escolares e outros.

O mesmo fenómeno vai acontecer em relação à população idosa que constitui 3% e é também
dependente da segurança social, subsídio de alimentação, acomodação proporcionado pelo município
bem como pela população activa, neste caso em cada 100 indivíduos de população activa, vão existir
cerca de 5 idosos por cuidar. Deste modo, o índice de dependência total, isto é, os encargos da população
jovem e idosa que vai pesar sobre a população activa é de 84 dependentes em cada 100 indivíduos da
população activa, o que significa que cada indivíduo da população activa terá sob sua responsabilidade
aproximadamente um indivíduos.

Como demonstra a pirâmide abaixo e o gráfico no 2, no município da Cidade do Dondo, a população é


maioritariamente adulta, cobrindo cerca de 53% do total. A existência duma população adulta pressupõe a
criação de condições de emprego dentro do município, facto este que actualmente não acontece.

Tabela 2 : Distribuição da Pop. por Idade no CMCD Pirâmide Etária da população do CMCD

Idade Homens Mulheres

0– 4 5,378 5,403
5–9 4,829 4,724
10 – 14 4,937 5,091
15 – 19 4,357 4,280
20 – 24 3,830 3,637
25 – 29 2,776 2,507
30 – 34 2,003 2,021
35 – 39 1,577 1,793
40 – 44 1,521 1,380
45 – 49 1,287 1,080
50 – 54 962 969
55 – 59 809 679
60 – 64 499 584
65 – 69 319 414
70 – 74 231 295
75 – 79 158 201
80 + 112 174
Gráfico no 2: Distribuição da população por idade

Com base nos dados fornecidos pelo INE no censo de 1997, o Município do Dondo tinha uma população
estimada em 71,644 habitantes, passados 10 anos, verifica-se que ela passou para 70,817 habitantes,

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tendo se observado uma redução de 827 habitantes.

Pode-se considerar que a taxa de crescimento do município do Dondo reduziu, devido provavelmente a
migração da população desta Urbe para outras cidades a procura de melhores condições de vida como
emprego, educação, saúde, dentre outras, aliado a este factor, observa-se um elevado índice de HIV
provocando a redução da população, para além de que na altura do censo de 1997 passavam apenas 5
anos após os acordos gerais de paz e nesta altura nem todos os refugiados haviam regressado às suas
zonas de origem. Todavia, devido a crescente procura de espaços em particular por residentes da cidade
da Beira para construção de casas de habitação, aliado ao incremento de mais indústrias, levando ao
crescimento económico vertiginoso do município, estes factores poderão provocar nos próximos anos uma
explosão demográfica.

3.7. ACTIVIDADES ECONÓMICAS

O sector primário (representado pela agricultura e pesca) e o sector terciário (comércio formal e informal),
representam cerca de 83% da população activa a trabalhar.

A agricultura é a actividade dominante no município, praticada maioritariamente em sistema de pousio e


envolve a maioria dos agregados familiares. Ela é desenvolvida em pequenas explorações familiares em
regime de consociação de culturas com base em variedades locais. Outras actividades não menos
importantes são a pesca, venda de carvão e lenha.

De um modo geral, a agricultura é praticada tradicionalmente recorrendo-se ao uso de enxadas de cabo


curto, emprego de métodos tradicionais de fertilização dos solos, como o pousio das terras, a incorporação
de restos de plantas no solo, estrume ou cinza. Por outro lado, a dependência dos factores climáticos, as
pragas, a seca, a falta ou insuficiência de sementes e pesticidas cria constrangimentos havendo oscilação
de produção de ano para ano.

Por outro lado a actividade industrial e prestação de serviços ocupam um lugar privilegiado no que
concerne a oferta de postos de emprego. Estes 2 sectores possuem cerca de 96 centros de trabalho
registados na Delegação do INEFP do Dondo que dão emprego a cerca de 2787 trabalhadores dos quais
201 são mulheres, 85 estrangeiros e os restantes 2501 são homens. Em termos de volume de mão-de-
obra são considerados 3 tipos de centros de trabalho a saber: empresas com um número superior a 50
trabalhadores totalizando nove estabelecimentos, 18 médias empresas com um número de trabalhadores
que varia de onze a cinquenta e 69 pequenas empresas com um número de trabalhadores que varia de
um a dez. Estes 2 sectores contribuem com cerca de 10% de mão-de-obra local.

A função Pública representada pelo Estado é o segundo maior empregador formal através do Governo

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Distrital do Dondo e Municipal (Cidade do Dondo) com um total de 1909 funcionários empregados o que
correspondendo a cerca de 7%. Os sectores da educação e saúde são os que apresentam maior número
de funcionários. Alguma parte da população da Cidade do Dondo, apesar de residir neste município,
encontra-se a trabalhar na cidade da Beira e na Açucareira de Mafambisse localizada no Distrito do
Dondo, observando-se deste modo a migração pendular que se torna possível graças a existência de
transportes públicos e privados inter-urbanos.

Não obstante, a maioria da população local encontra-se distribuída na economia informal, organizada em
volta dos mercados existentes em quase todos os Bairros mas com maior ênfase para os mercados
municipais Central e Manuel Cambezo e de mercados mais pequenos em cada um dos Bairros. Dondo
ostenta também lojas de vestuário, mobiliário, géneros alimentícios, meios circulantes como Bicicletas,
material de construção e outros artigos, para além de bancos, pensões, restaurantes, etc.
Globalmente, a economia do município da Cidade do Dondo baseia-se no sector primário e comércio
informal, o que de certa maneira acaba contribuindo para o equilíbrio das contas do município através dos
vários impostos que as populações são sujeitas a pagar.

3.7.1. Agricultura

O Município da Cidade do Dondo, apresenta uma rede hidrográfica e solos propícios para a prática de
agricultura em particular no vale de Mandruze. Neste município são cultivadas predominantemente as
culturas de arroz, mandioca, variedade de hortícolas (couve, folha de abóbora, repolho, folha de batata
doce, mandioqueira dentre outras), fruteiras como ananaseiros, cajueiros, mangueiras e citrinos em
pequena quantidade.

Para a produção destas culturas, recorre-se à exploração familiar através da consociação de culturas e a
exploração privada (Quintaleiro). No Município, a maior área de produção localiza-se no vale de Mandruze
com cerca de 8 mil hectares, dos quais 32 hectares são explorados com uso do sistema de regadio. Os 32
hectares estão divididos em 2 associações, cabendo a Associação Agrícola de Mandruze 30ha e a
Associação Agrícola de Tambararane 2 hectares, na restante área pratica-se agricultura de sequeiro.

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Tabela 3 : Campanha agrícola nos últimos 3 anos Gráfico no 3 : Evolução da produção agrícola por
tonelada
Ano Área Rendimento
Cultivada por tonelada
2007/2008 600Ha 900
2008/2009 950Ha 1425
2009/2010 12.222 21,115

2010/2011 15.228 27,632


Fonte: DEL, Dondo, 2011

Fonte: DINAPOT, 2011

Como se observa na tabela 3, na época 2007 a 2010, houve uma evolução na produção agrícola de
culturas diversas, tendo a produção crescido na ordem dos 36,8% na época 2008/2009 e 93,2% na época
de 2009 a 2010. De 2008 a 2010 houve um incremento da produção na ordem de 26732 toneladas. A
maior produção na época 2009 a 2010 em comparação com as duas anteriores épocas, deve-se ao
aumento considerável das áreas cultivadas em cerca de 95%.

Na campanha agrícola de 2010 a 2011, a vereação do Desenvolvimento Económico Local, projecta o


cultivo de uma área de cerca 15,228 ha, o que poderá segundo a mesma vereação ter resultados de
produção na ordem de 27,632 toneladas de culturas diversas.

A produção local de culturas tem como destino o consumo familiar e comercialização no mercado interno
do Dondo e no município da Beira.

Por sua vez, para melhores resultados na produção, o município tem apoiado os camponeses através de
alocação de extensionistas que prestam assistência técnica, oferta de insumos agrícolas, capacitação dos
membros das associações, preparação de terras com mobilização de meios privados e do estado nas
lavouras, uso de insecticidas, dando drogas em casos de epidemias ou pragas, distribuição de tracção
animal, alocação de juntas, existindo actualmente 22 alocadas ao sector familiar, escoamento da produção
com tractor do município, melhoramento das vias de acesso, etc. Actualmente encontra-se a velar por esta
actividade um extensionista do Município. No que concerne a produção agrícola na campanha de
2009/2010, foram cultivados 12,222 ha de culturas diversas, com um rendimento de produção na ordem
de 21,115 toneladas.

3.7.2. Pecuária
A actividade pecuária do município da Cidade do Dondo está ainda numa fase incipiente, caracterizada
por repovoamento pecuário embora as áreas de pastagem sejam dispersas, estando em estudo a

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identificação de uma área específica para o pasto o que levará a transferência das zonas de pastos em
princípio para Thundane onde existe uma área extensa, bons pastos e água. Em termos de efectivo de
gado bovino, os Bairros Samora Machel Mandruze e Mafarinha são os que apresentam maior efectivo,
destacando-se este último também na criação de Aves.

Figura 1/2: Gado Bovino a Caminho de pasto no Município do Dondo

Neste município a criação é em regime familiar onde são criadas cerca de 690 cabeças de gado bovino,
418 de gado suíno, 320 de gado caprino, 4 de gado ovino e mais de 93.000 Aves enquanto no sector
privado e associativo (Associação Jovens de Mandruze) existe actualmente um efectivo de 1163 cabeças
de gado bovino, 613 suínos, 734 caprinos, 178 ovinos, 133 coelhos e 145.000 Aves. (Vide as Tabelas 4 e
5).

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Tabela nº 4 : Efectivo de Gado, Município do Dondo – Sector Privado – 2010


Nº de Efectivo de Gados
Nome da Entidade Localização
Bovino Suíno Caprino Coelhos Ovino Aves
Pen Mafarinha - 65 16 - - -
Fernando G.Belo Mafarinha - - - - - 32.000
Movela Mafarinha 9 - - - - -
Manuel Guilherme Mafarinha - - 4 - - -
Guilherme Mafarinha - - - - - 31.000
Carlos Roque Macharote 11 - 26 - - -
Associação de Jovens Macharote 13 - - - - -
Salvador Macharote 10 - 20 - - -
2º Igreja Baptista Canhandula - 6 - - - -
Zefanias Tomas Canhandula - 8 12 - - -
Suruda Canhandula - 30 21 - - 12.500
Arlindo Faustino Canhandula 3 - - - - -
Camilo Thundane 13 - 14 - - -
Jermias Thundane 7 - 11 - - -
Tamburgo Thundane 9 - 6 - - -
Braz Chidassiana Thundane - 35 26 - - -
Inácio Thundane 3 - - - - -
Alberto dos Santos Nhamainge 6 - - - - -
José Sandes Nhamaiabwe 3 - - - - -
Cezar da Cruz Samora Machel 8 - 12 - - -
Domingos Sibanda Samora Machel 19 - 23 - - -
André José Samora Machel 98 - - - - -
Fernando Nota Samora Machel - 65 25 - 1 -
Fátima Batalhão Samora Machel 55 - - - - -
José Júnior Samora Machel - 8 9 - - -
Feliciano Magasse Samora Machel 11 35 26 - - -
Jorge Zunguza Samora Machel 3 - - - - -
Francisco Gujamo Samora Machel 6 - 4 - - -
Fátima Chipada Samora Machel 6 - - - - -
Joaquim Mafucha Mandruzi 185 - - - - -
Jorge Magodoi Mandruzi 8 15 8 - - -
Horácio Bernandondovo Mandruzi 56 17 - 1 -
Jorge Mandruzi 9 2 - - -
Amoz Mandruzi - - - - - 12.000
Filipe Nhamõe Mafarinha 16 62 13 - - -
Manuel Germano Barros Mafarinha 126 - - - - -
Ana Maria Gomes Mafarinha - 13 4 - - -
TOTAL 1163 613 734 133 178 145.000
Fonte: SDAE – Cidade do Dondo, Novembro 2010.

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Tabela nº 5: Efectivo de Gado, Município do Dondo – Sector Familiar – 2010


Nº de Efectivo de Gados
Localização
Bovino Suíno Caprino Ovino Aves
Samora Machel 265 119 120 3 6.000
Mandruzi 193 80 27 1 12.000
Mafarinha 151 140 37 - 63.000
Macharote 34 - 46 - 12.000
Canhandula 6 44 33 - -
Thundane 32 35 57 - -
Nhamainga 6 - - - -
Nhamaiabwe 3 - - - -
Total 690 418 320 4 93.000
Fonte: DEL – Cidade do Dondo, Março 2011.

O destino da produção familiar é para a venda e consumo nos mercados locais enquanto para criadores
privados é para corte e produção de leite que é vendido dentro da área municipal e na Cidade da Beira. A
produção pecuária não satisfaz as necessidades dos munícipes em leite, frangos e carne.

No entanto, para o aumento da produção, o município tem prestado apoio aos criadores através da
capacitação, maneio, administração de vitaminas, vacinações obrigatórias aos animais contra Newcastle,
Raiva canina, tuberculose bovina, carbuco sintomático e assintomático.

3.7.3. Pesca

Dondo possui uma rede hidrográfica invejável, levando ao desenvolvimento de pesca artesanal, praticada
ao poente do Rio Púngòe e em Físsula onde os pescadores instalaram uma zona de acampamento. Como
instrumentos de pesca usam canoas, linha ou rede de malha 2,5 a 3, onde produz-se uma variedade de
peixe desde Garupa, Tainha, camarão, caranguejo e Bagri, tendo a produção como destino venda no
mercado local e raramente para a dieta alimentar dos pescadores. A produção não satisfaz as
necessidades dos munícipes.

3.7.4. Comércio

O Município da Cidade do Dondo tem uma rede comercial ainda em crescimento, apresentando uma
localização privilegiada ao longo do corredor da Beira, a existência de um complexo industrial invejável,
dai ser considerada a segunda maior cidade de Sofala. Neste Município, o sector formal conta com 31
estabelecimentos comerciais dos quais, 3 se encontram paralisados por insuficiência de fundos financeiros
e dívidas com a Banca e 116 são bancas fixas.

Existem 12 (doze) mercados dos quais 9 (nove) Municipais como são os casos de Canhandula, Manuel
Cambezo, Nhamainga, Mafarinha, Balanço, Mesquita, Machorote, Tchunga, sendo o principal mercado o

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Central localizado no Bairro Central, com mais de 456 bancas fixas e capacidade de albergar 34 bancas
móveis e outros comunitários localizados nos Bairros Central, P. Central, Campo, e Paragem todos
albergando mais de 1196 vendedores. (vide tabela 6)

Tabela 6 : Mercados do Município do Dondo


Nº de Nº de
Nº de Material de Produtos Nº de Nº de
Mercado Localização Bancas Bancas
vendedor Construção Vendidos Barraca WC
Fixas Moveis
es
Central* Central 234 Convencional Diversos 456 34 - 01

Paragem Central 103 Precário Pão/Div. - 06 - 01


Central 49 Precário Diversos 07 - - -
Mesquita
Campo Consito 59 Precário Diversos 49 - - -
Tchunga* Consito 60 Convencional Diversos 07 - - 01
M. Cambezo* Nhamaiabwe 225 Convencional Diversos 305 - - 01
P.Central Nhamaiabwe 37 Precário Diversos 40 - - -
Mafarinha* Mafarinha 210 Convencional Diversos 10 03 - 01
Canhandula* Canhandula 63 Convencional Diversos 68 05 - -
Nhamainga* Nhamainga 48 Convencional Diversos 20 - - -
Balança Samora Machel 45 Convencional Diversos 45 03 - 01
Macharote* Macharote 33 Convencional Diversos 02 - - 01
Total 12 1196 1009 51 07
Fonte: DEL- Cidade do Dondo, Novembro de 2010. *Mercados Oficiais

No entanto apesar da produção de Arroz, carne, cebola, tomate, Couve, Alface, tubérculos como a batata-
doce e mandioca conjugado com produtos industriais como chapas de Lusalite, Cimento e travessas, de
produtos importados dos países vizinhos e distritos circunvizinhos, a preços competitivos, verifica-se ainda
uma fraca comercialização de mercadoria no mercado local, o que poderá resultar claramente do baixo
poder de compra por parte da população e o hábito de comprar na Beira.

3.7.5. Indústria

A actividade industrial no Município da Cidade do Dondo é bastante desenvolvida, facto pelo qual Dondo é
considerado a Cidade com o segundo maior complexo industrial a nível da província. Nesta Cidade
encontram-se instaladas as indústrias de Cimento, produção de chapas de Lusalite, contraplacado e seus
derivados, indústria de produção de manilhas, travessas, serração e panificadora. Estas indústrias têm um
grande impacto na absorção de mão-de-obra local e das regiões circunvizinhas, estando actualmente
empregados nas mesmas cerca de 492 trabalhadores.

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Tabela 7 : Unidades Industriais de Média e Grande Escala no Município do Dondo


Força de Trabalho
Estabelicimento Bairro Produto Homem Mulher Total
Nacional Estrangeiro Nacional. Estrangeiro
CIMENTOS Nhamainga Cimento 193 02 14 0 209
Chapas
onduladas,
LUSALITE Mafarinha lisas,
minionda, 299 05 24 01 329
Tubos sem e
com pressão,
moldados
Travessas, 80
MOFLOR Nhamaiabwe Madeira
FÁBRICA DE Consito Travessas 100
TRAVESSAS
PREMAP Centro Emissor Manilhas 25 01 492
Fonte: SDAE, Dondo, Novembro de 2010.

A indústria de produção de travessas, é composta por trabalhadores sazonais resultante da sua própria
característica, isto é, surge com objectivo de produção de travessas para a reconstrução da linha férrea de
Sena. Para além desta, a indústria de produção de cimento desempenha um papel de relevo na
construção de infra-estruturas na região, não obstante, o cimento produzido em Dondo ser mais caro nesta
urbe em comparação com a Cidade da Beira, facto que constitui um constrangimento para os munícipes e
limita na construção de casas com material convencional.

Tabela 8: Unidades Industriais (Serração, Serralharia e Carpintaria) no Município do Dondo


Unidade Bairro Produto Força de trabalho
H M Total
PROMAC (MARFER) Consito Madeira 20 0 20
Carpintaria Jemuce Central Madeira S/Informação S/Informação 12
Fonte: SDAE, Dondo, Novembro de 2010

Para o abastecimento local em produtos farináceos, encontram-se estabelecidas algumas unidades de


produção, sendo produzido com maior predominância o pão em comparação com outros produtos
derivados da farinha de trigo. (Vide tabela 9)

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Tabela 9: Unidades Industriais de Média Escala (Padarias e Pastelarias), Município do Dondo


Nº de FORÇA DE TRABALHO
UNIDADE BAIRRO PRODUTOS
Ord. H M TOTAL
01 Padaria Barreto Central Pão 01 13 0 13
02 Padaria Dondo Central Pão 01 09 01 10
03 Fornos Caseiros Mafarinha Pão 08 -
04 Fornos Caseiros Nhamainga Pão 01 01 01 02
05 Fornos Caseiros Canhandula Pão 01 02 01 03
06 Pastelaria Rico - Pão
07 Ndedinha Central Pão 01 01 01 02
08 Padaria Dondo Central Bolos 01 0 02 02
Fonte: SDAE, Dondo, Novembro de 2010

As unidades industriais de média escala encontram-se distribuídas por todos os pontos do Município,
apresentando os Bairros de Mandruze e Nhamaiabwe, um número maior destas. (Vide tabela10)

Tabela 10: Unidades Industriais de Média Escala (Moageiras), Município do Município, 2010
Nº de FORÇA DE TRABALHO
UNIDADE BAIRRO PRODUTOS
Ord. H M TOTAL
01 Baptista J. Fernando Central Farinha 02 01 03
02 Joaquim Mafucha Nhamaiabwe 02 01 03
03 Sónia Ana Medengue Mafarinha 02 01 03
04 Carolina M. Gonçalves Canhandula 01 01 02
05 Mafarinha 01 01 02
06 Maria M. Pascoal Consito 02 - 02
07 Afonso Lambão Nhamaiabwe 01 01 02
08 Joana T. Domingos Madruzi 01 0 01
09 Manbrunde Gorias Madruzi 02 0 02
10 Avelino A. Manuel Madruzi 01 0 01
11 Yochinho Macharote 01 0 01
12 Carlos José Vicente - 01 0 01
13 Joaquim Jantar Nhamaiabwe 02 0 02
14 Lucas S. Lucas 01 0 01
15 Manuel A. Trindade Consito 02 0 02
16 José Olece 02 0 02
17 Zarina Ibraimo Nhamaiabwe 01 0 01
18 Luís Ngirue Consito 01 0 01
19 Ester F. Matola Mandrube 02 0 02
20 Lucas Paulo S. Machel 01 0 01
21 Gabriel Chumbo 02 0 02
22 José M. Monteiro Consito 01 0 01
23 Chimamang Nace Central 18 02 10
Total (23) 40 08 48
Fonte: Serviços da Cidade/Distrital das Actividades Económica – Município da Cidade de Dondo Novembro de 2010.
N. B.: * Encerrada

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3.7.6. Artesanato
No artesanato são desenvolvidas a cerâmica, escultura, tecelagem e cestaria. São actividades feitas em
pequenas oficinas caseiras e os produtos são expostos em feiras para a sua posterior venda. Existe no
município duas (2) Associações nomeadamente Artesanal de Dondo e Artesanato Domingos Dondo.

3.7.7. Turismo
A actividade turística no Município da Cidade do Dondo encontra-se ainda pouco explorada, apesar da
existência de algumas paisagens naturais apreciáveis e de um tráfego intenso ao longo deste território.
Todavia, pratica-se algumas modalidades do turismo como o Cultural com a apreciação de alguns
números de dança Útse e Marimba, a gastronomia local caracterizada por Chima com peixe fresco
(Nsomba), Chima com folhas piladas da Mandioqueira (Ntxocobwe ), Chima com peixe seco e Chima com
carne seca (Xincuio), no turismo cinegético pode-se apreciar alguns animais selvagens e algumas
construções típicas com base em material local, para além de quartos construídos no meio duma floresta
em particular no Complexo Zanib que apesar de constituir um ambiente rústico é extremamente acolhedor.
O município não possui Hotel, possuindo apenas alguns locais de lazer (Bares e Discotecas) e
acomodação, onde pode-se encontrar a Pensão Maia e Dinis, oferecendo serviços de Bar e restaurante,
para além deste, encontram-se outros estabelecimentos tais são os casos de Yeya Guest House, Zanib,
Quinta Esperança, John e Gaskin Guest House, Chidengo, Joana Machado, Complexo Tassiana em
Nhamaiabwe, Ganço e Mica Mambuque no Bairro Samora Machel e ainda Quinta Cajual.(vide tabela 11).

Tabela 11: Estabelecimentos de Acomodação, Município do Dondo


Nome da Unidade Localização Capacidade Força de Trabalho

No Quart. No Cama H M Total


Zanibe Nhamaiabwe 02 02 11 03 14
Yeya Guest Macharote 19 19 12 04 16
Quinta Esperança Mandruzi 10 14 05 02 07
Casas de Hóspedes Central 16 15 06 01 07
Chidengo Mafarinha 08 08 03 01 04
Joana Machado Macharote 02 02 01 - 01
Total 94 84 21 06 49
Fonte: DEL- Dondo, Novembro de 2010

Elaborado pelo CMCD com Assistência Técnica do MICOA/DINAPOT-DPU 26


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Tabela 12 : Restaurantes, Bares e Pastelarias do Município do Dondo


Nome da Unidade Localização Capacidade Força de Trabalho
No de Mesas No de H M Total
Cadeiras
Garrafão B. Central 15 60 07 01 08
LITA B. Central 05 20 02 0 02
Califórnia B. Central 34 09 43
Clube do Dondo B. Central 16 54 04 02 06
Maia e Dinis B. Central 20 80 05 07 12
Total 56 214 18 10 28
Fonte: SDAE, Dondo, Novembro de 2010

Com vista ao desenvolvimento do ecoturismo e outras manifestações turísticas, foi identificado uma área
no Bairro Samora Machel, que devido as suas boas condições físico-naturais, caracterizadas por floresta
herbácea aberta, terras ainda virgens torna-se susceptível ao desenvolvimento desta actividade.

3.7.8. Prestação de Serviço

As empresas de prestação de serviços neste Município, são representadas pela Banca, Estações de
Serviço e Oficina Auto.

Tabela 13 : Oficinas, Estações de Serviço, Construção Civil e Parques de estacionamento do Município do Dondo
Nome de Serviço Localização Força de Trabalho
(Bairro) H M Total

Auto-Monitor Central 12 02 14
Auto-Vulcanizadora Central 04 04
Auto- Dondo Central 05 01 06
Serralharia Marques Central 04 04
Auto-Buja Central 06 06
Oficina Bate Chapa Pintura Consito 06 06
Majo-Construções Central 04 02 06
Estação de Serviço do Dondo Central 05 05
Estação de Serviço GALP Central 05 05
Total 42 05 44
Fonte: SDAE, Dondo, Novembro de 2010

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O município do Dondo possui 04 bancos com um total de 04 ATM, todos localizados no Bairro consolidado
do município, isto é Bairro Central. (Vide Tabela 14)

Tabela 14 : Serviços de Banca, Seguros e Segurança no Município do Dondo


Nome de Serviço Localização Força de Trabalho
(Bairro) H M Total

BCI Central 05 05 10
BARCLAYS Central 05 05 10
BIM Central 04 02 06
Banco Oportunidade Central S/Informação S/Informação S/Informação
Total 14 12 16
Fonte: SDAE, Dondo, Novembro de 2010.

3.8.EQUIPAMENTOS SOCIAIS
3.8.1. Educação

Segundo informações do SDEJT referentes ao ano de 2010, o sector da educação do Município da Cidade
do Dondo é ainda tutelado pelo Serviço Distrital de Educação, Juventude e Tecnologia (SDEJT),
possuindo sob sua tutela dentro do município 19 escolas, totalizando 159 salas de aulas, leccionando
diferentes níveis e um corpo docente composto por 485 professores do EP1 e EPC.

O Ensino Primário do 1o Grau (EP1) é servido por 09 escolas, com um total de 32 salas de aulas, o Ensino
Primário Completo (EPC) possui 08 escolas com um total de 96 salas de aulas e por último o Ensino
Secundário Geral possui 02 escolas com um total de 31 salas de aulas.

Na EP1 e EPC as aulas são leccionadas em 2 turnos em geral e 3 turnos em alguns casos particulares, a
saber: o 1o das 07H00 às 12H15, o 2o das 12H30 às 17H35 e 3o turno das 17H45 às 22H15. No ESG, as
aulas são leccionadas em três turnos diurnos como atesta o horário abaixo:

1º Turno: 6H30 — 12H15;


2º Turno: 12H30 — 17H45;
3o Turno: 17H45 - 22H15.

No ano lectivo de 2010 foram matriculados no subsistema de educação do Município um total de 27.849
alunos, dos quais 13.438 no EP1, 5.992 no EPC, 6.968 alunos no ESGI e 1.451 alunos no ESGII.

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Tabela 15: Evolução da população estudantil de 2006 a 2010.


Ano Nível de Ensino Total
EP1 EPC ESG1 ESG2
2006 13861 4713 5341 1086 25001
2007 14053 5415 6113 1213 26794
2008 13102 5632 6133 1373 26240
2009 13406 5448 6414 1297 26565
2010 13438 5992 6968 1451 27849

Fonte: SDEJT, Dondo, 2011

Com base na tabela no 2 observa-se que no subsistema de educação do Município da Cidade do Dondo, o
EP1 tem apresentado nos últimos 5 anos o maior número de alunos matriculados, comparativamente com
os outros níveis de ensino, sendo o ESG2 o que apresenta menor efectivo estudantil. O facto de o EP1
apresentar o maior número de matriculados pode dever-se a factores como a disponibilidade do livro
gratuito neste nível, a isenção no pagamento de propinas e matrículas, em suma, devido a obrigatoriedade
da frequência do ensino básico.

Em contrapartida, os níveis subsequentes em particular no secundário geral, estas facilidades já não se


observam pois, os pais tem a obrigatoriedade de matricular seus filhos sem isenção tanto de propinas bem
como de matrículas, os livros deixam de ser gratuitos, a disponibilidade de professores e salas de aulas é
menor, para além de que neste nível geralmente os alunos o frequentam com idade superior a 16 anos o
que faz com que muitos alunos desistam do ensino e procurem emprego localmente bem como nas
províncias e distritos circunvizinhos.

Analisando a evolução da população estudantil nos últimos 5 anos no subsistema de educação do


Município da Cidade do Dondo, verifica-se que apesar de um ligeiro crescimento do número de alunos
matriculados de 2006 a 2010, o incremento da percentagem de alunos matriculados foi sempre inferior a
6%, tendo havido apenas um ligeiro ascendente em 2007 na ordem dos 6,6%. Nos anos 2006, 2008 e
2009 o crescimento da população estudantil matriculada foi sempre inferior ao do ano de 2007, à
excepção do número de matriculados de 2010. Comparando a população estudantil de 2006 com a de
2010, verifica-se que esta última cresceu nos últimos quatro anos em cerca de 10,2%.

Elaborado pelo CMCD com Assistência Técnica do MICOA/DINAPOT-DPU 29


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Tabela 16 : Efectivo docente por nível de formação na EP1 e EPC, 2010


No Nome da Escola Bairro Prof. Com Formação Total
H M HM H M HM
01 EP1 1o Maio Mandruze 05 01 06 05 01 06
02 EP1 Mandruze Mandruze 08 06 14 08 06 14
03 EP1 dos Combatentes Mafarinha 07 11 18 10 13 23
04 EP1 El Shaddai Mafarinha 01 09 10 01 09 10
05 EP1 Macharote Macharote 07 03 10 09 03 12
06 EP1 C. Ac. Macharote Macharote 06 13 19 09 18 27
07 EPC 25 de Setembro Mafarinha 12 41 53 13 44 57
08 EPC Josina Machel Central 20 31 51 13 31 54
09 EP1 Centro Emissor Samora Machel 03 06 9 05 07 12
10 EPC Marcação Samora Machel 07 04 11 08 05 13
11 EPC Consito Consito 12 30 42 15 33 48
12 EPC Eduardo Mondlane Canhandula 18 24 42 01 42 43
13 EPC Antigos Combatentes Nhamainga 11 39 48 09 39 48
14 EPC 7 de Abril Nhamayabwé 22 34 56 25 37 62
15 EPC C. Ac. Cheringoma Namayabwé 21 16 37 23 18 41
16 EP1 Tundane Thundane 06 02 08 06 02 08
17 EP1 Nghutu Nghutu (Canhandula) 03 02 05 03 02 05
Fonte: Repartição de Recursos Humanos do SDEJT, Dondo, 2010

Gráfico no 4 : Evolução do Efectivo Docente de 2006 a


Tabela 17 : Evolução do Efectivo Docente de 2006 a 2010
2010
Nível de Ensino
Ano Total
EP1 EPC ESG1 ESG2
2006 105 63 64 13 245

2007 118 70 74 14 276

2008 192 77 74 16 359

2009 241 74 77 19 411

2010 117 366 109 19 611

Fonte: SDEJT, Dondo, 2011


Fonte: DINAPOT, adaptado dos dados do SDEJT, 2011

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O Ensino Primário Completo apresenta maior número de docentes comparativamente aos outros níveis
abrangendo cerca de 59,9% do efectivo docente total do Município.

Comparativamente com outros níveis de ensino, neste o crescimento tem sido exponencial, tendo havido
um incremento de cerca de 303 professores nos últimos quatro anos. Este crescimento deve-se a
promoção do ensino básico obrigatório associado a massificação de formação de professores nos IFP do
nível primário bem como ao elevado número de salas de aulas que este nível ostenta havendo dai
necessidade da satisfação da procura.

O Ensino Secundário do 2o Ciclo apresenta um efectivo docente muito reduzido, resultando do facto do
Município possuir um número reduzido de salas de aulas e consequentemente poucos alunos neste nível.

Observando-se a evolução do efectivo docente nos últimos 5 anos, verifica-se que anualmente houve
sempre um aumento do número de docentes tendo sido de 31 no ano lectivo de 2007, 83 em 2008, 52 em
2009 e 200 no ano lectivo de 2010. Portanto, nos últimos 5 anos o MINED contratou só para as escolas do
Município cerca de 366 novos docentes.

No que concerne ao raio de cobertura, no subsistema de educação do Município foram matriculados no


ano lectivo de 2010 cerca de 19430 alunos no ensino básico contra 111 salas existentes, podendo-se
concluir que as salas existentes albergavam em média 88 alunos considerando apenas os 2 turnos
(manhã e tarde) número considerado muito elevado tendo em conta que o ideal seria 45 alunos por turma.

Por outro lado, considerando uma sala 3 turnos então tem-se 58 alunos número igualmente considerado
muito elevado. Sendo assim, para melhor cobertura do número de matriculados no referido ano, seriam
necessárias 216 salas considerando 2 turnos e 144 considerando 3 turnos. Deste modo, considerando
apenas 2 turnos, observa-se que no município houve défice de 105 salas de aulas no ano lectivo de 2010
enquanto para 3 turnos o défice foi de 33 salas.

Enquanto isso, dos 8419 alunos matriculados no ano lectivo de 2010 no ensino secundário geral, havia 34
salas disponíveis. Sendo assim, considerando apenas 2 turnos verificava-se que cada sala albergava em
média 124 alunos por turma e considerando 3 turnos a média era 83 alunos. Para 2 turnos o défice em
salas de aulas era de 60 salas de aulas, sendo necessário total de 94 enquanto para 3 turnos o défice era
de 28 salas de aulas sendo necessário cerca de 62 salas.

Todavia, considerando apenas a população vivendo dentro do município e tendo em conta que o MINED
considera 15% como sendo a população em idade escolar para o ensino básico, então pode observar-se
com base no quadro no 15 que apenas os Bairros Central, Nhamainga, Samora Machel e Canhandula
apresentam um nível de cobertura óptimo de salas de aulas, considerando o indicador do MEC
(1turno/45alunos) ou seja uma sala 90 alunos subdivididos em dois turnos enquanto os restantes Bairros

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apresentam um défice de salas de aulas na ordem de 29 salas de aulas.

Tabela 18 : Nível de Cobertura da Educação para EP1 e EPC em 2010


Localização População Número de salas
em idade Existentes Nível Óptimo Necessidades
Escolar

Central 637 19 07 0
Mafarinha 1 876 17 21 04
Nhamaiabue 2 513 19 28 09
Consito 1 574 08 17 09
Thundane 156 00 02 02
Nhamainga 555 12 06 0
Samora Machel 680 09 08 0
Macharote 1 009 07 11 04
Mandruze 749 07 08 01
Canhandula 976 13 11 0
Total 10 725 111 119 29
Fonte: Repartição de Administração e Planificação do SDEJT do Dondo, Novembro de 2010 com base na taxa de 15%

Para o ensino secundário e usando o mesmo indicador, o Município possuía cerca de 5,665 alunos contra
34 salas, significando que cada sala tinha em média 83 alunos, havendo necessidade de incremento de 29
salas.

A maioria das escolas foram construídas com material convencional (Cimento) à excepção da EP1 de
Thundane construída com material precário, elas apresentam-se em bom estado de conservação na sua
maioria e são abastecidas com base em Bomba manual.

Em termos de docentes no EP1 e EPC, o município apresenta um total de 483


Docentes, sendo 272 do sexo feminino, 439 possuem formação, correspondendo a 90%. Contudo, apesar
de o município possuir um número considerável de docentes formados, existe ainda um longo caminho por
percorrer de modo que nos próximos anos, se tenha escolas com docentes totalmente formados e para
além disto, é de salutar a maior abrangência de mulheres neste processo totalizando 56%.

Com vista a réplica do programa um aluno uma árvore ou um líder uma floresta, o Município possui um
viveiro municipal no Bairro de Canhandula. Neste desenvolvem-se espécies arbóreas como o eucalipto,
cajueiro e acácias, sendo estas últimas em menor quantidade. Deste projecto já foram beneficiadas as

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escolas primárias completas de Consito e Mandruze.

No que concerne a residência para professores é de realçar que actualmente existem cerca de 20 casas
destinadas a acomodação de professores.

3.9.2. CULTURA

O Município da Cidade do Dondo apresenta actividade cultural bastante intensa, existindo na autarquia
neste momento 13 grupos culturais, sendo 09 de música ligeira e 04 de teatro como se observa na tabela
abaixo:

Tabela 19 : Distribuição dos grupos culturais no Município do Dondo


NOME DO GRUPO LOCALIZAÇÃO TIPO DE ACTIVIDADE
Conjunto Puto Nhamajuia Samora Machel Música Ligeira
Afro 1 DMESS Central Música Ligeira
Romântico Nhamayabwé Música Ligeira
Família Pastor Nhamayabwé Música Ligeira
Magnésio Nhamayabwé Música Ligeira
Marfanhado Nhamayabwé Música Ligeira
Tchondo Nhamayabwé Música Ligeira
Irmãos Sanzaiane Nhamayabwé Música Ligeira
Malissane Central Música Ligeira
Grupo Teatral Tafica Nhamayabwé Teatro
Centro Educacional Dondo Central Teatro
ACCADATE Nhamayabwé Teatro
Escola Secundária Macharote Macharote Teatro
Fonte: Repartição de Cultura, Juventude e Desportos, Dondo, Novembro de 2010

Apesar da existência duma intensa actividade cultural no Município, os grupos deparam-se com problemas
de vária ordem, desde espaços para ensaios, instrumentos de trabalho, equipamentos e outros
constrangimentos.

A actividade religiosa está consolidada existindo actualmente no município 76 igrejas registadas, embora
existam muito mais não registadas. A religião católica romana é a predominante e com mais membros
seguida pela cristã protestante enquanto a muçulmana apresenta o menor número, se comparada com as
referidas acima, sendo professada grandemente no Bairro Central.

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3.9.3. DESPORTO

Na Cidade do Dondo existem 10 campos de futebol, dos quais um campo municipal, situado no Bairro
Consito e nove campos para o campeonato recreativo nos restantes Bairros. Os campos situados nos
Bairros Consito e Mafarinha se apresentam em bom estado de conservação para a prática do desporto do
nível distrital ou provincial, o municipal possui algumas bancadas, tribuna de honra e vedação, mas carece
de um reabiltação total. Neste Município, cada Bairro possui 1 campo de futebol pelado. Para além dos
campos de futebol 11, pode-se encontrar um pavilhão pertencente ao Clube do Dondo no qual se pratica
Andebol, Voleibol e Basquetebol.

Todos campos de futebol onze carece de melhoramento para uma melhor prática de futebol.

Em termos de Clubes Desportivos, existem nesta cidade 31, dos quais 5 são federados e 26 recreativos
realizando campeonatos recreativos entre Bairros e os federados participando no campeonato provincial.

O Campo polivante existente carece de reabilitação total.

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Tabela 20: Clubes desportivos do Município do Dondo


CLUBES DESPORTIVOS LOCALIZAÇÃO TIPO DE CAMPEONATO
Escola Prática do Exército Samora Machel Recreativo (Futebol 11)
Fanta de Mandruze Mandruze Recreativo (Futebol 11)
OJM de Nhamaiabwe Nhamaiabwe Recreativo (Futebol 11)
Desportivo de Mafarinha Mafarinha Recreativo (Futebol 11)
Futebol Clube de Consito Consito Recreativo (Futebol 11)
Dragões de Mafarinha Mafarinha Recreativo (Futebol 11)
Desportivo de Nova Maceira Canhandula Recreativo (Futebol 11)
Força de Mudança Mafarinha Recreativo (Futebol 11)
S. António de Mafarinha Mafarinha Recreativo (Futebol 11)
Águias Especiais da Balança Samora Machel Recreativo (Futebol 11)
F.C. TZR de Nhamaiabwe Nhamaiabwe Recreativo (Futebol 11)
Moçambique Florestal Nhamaiabwe Recreativo (Futebol 11)
Sport Waza Consito Recreativo (Futebol 11)
Veteranos de Mafarinha Mafarinha Recreativo (Futebol 11)
Académica de Nhamaiabwe Nhamaiabwe Recreativo (Futebol 11)
ACADECO Samora Machel Recreativo (Futebol 11)
Mambinhas Jovens de Mudança Mafarinha Recreativo Juvenil (Fut. 11)
F. C. de Consito Consito Recreativo Juvenil (Fut. 11)
Vila United Mafarinha Recreativo Juvenil (Fut. 11)
Real Madrid Consito Recreativo Juvenil (Fut. 11)
Sporting de Consito Consito Recreativo Juvenil (Fut. 11)
Action Vila Mafarinha Recreativo Juvenil (Fut. 11)
Barcelona F.C. Mafarinha Recreativo Juvenil (Fut. 11)
EPC Eduardo Mondlane Canhandula Recreativo Juvenil (Fut. 11)
Provoca Fome Mafarinha Recreativo Juvenil (Fut. 11)
Chama da Unidade Mandruze Recreativo Juvenil (Fut. 11)
Fracções de Baptista Central Federado (Andebol)
Clube do Dondo Central Federado (Andebol)
Luz para os povos Samora Machel Federado (Andebol)
Cadeco Samora Machel Federado (Andebol)
Usa Inteligência (Iniciados, Juvenis e Seniores) Consito Federado (Xadrez)
Fonte: Repartição de Cultura, Juventude e Desportos, Dondo, Novembro de 2010

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3.9.4. SAÚDE

O Município da Cidade do Dondo possui uma rede sanitária constituída por 07 unidades sanitárias
distribuídas pelos Bairros Central, Canhandula, Macharote, Mafarinha e Nhamainga.

A Unidade de maior cobertura é o Centro de Saúde do Dondo Sede, com uma maternidade e capacidade
de internamento de 75 camas. Esta unidade possui 03 Médicos de Clínica Geral, 01 Bacharel em
Enfermagem, 04 Técnicos de Medicina Geral, 01 Técnica de Oftalmologia, 01 Técnico de
Odontoestomatologia, 02 Técnicos de Laboratório, 03 Enfermeiros Gerais, 01 Enfermeiro Geral
Especializado, 02 Técnicos de Farmácia, 05 Enfermeiras de SMI Nível Médio, 02 Agentes de Medicina
Geral, 03 Agentes de Medicina Preventiva, 02 Agentes de Farmácia, 02 Agentes de Laboratório, 07
Enfermeiros Básicos, 06 Enfermeiras de SMI Básicas, 04 Enfermeiros Elementares, 01 Parteira Elementar
e 34 Serventes. A maior parte dos pacientes frequentando esta unidade sanitária provém do próprio
Município e do PA de Mafambisse sob jurisdição do Governo Distrital do Dondo.

Para além do CS do Dondo, existem ainda mais 06 unidades sanitárias, das quais as de Canhandula e
Macharote possuem maternidade e com capacidade de internamento de 03 camas para cada, fazendo
consultas internas e externas com o seguinte efectivo de pessoal Médico:

Tabela 21: Força de trabalho por Unidade Sanitária, Município do Dondo


No de Pessoal Médico Outros Funcionários
Tipo Localização Camas
Enfermeiro Parteira Agente de
s s serviço
C.Saúde III Canhandula 03 02 - 01 Sem informação
C.Saúde IIIl Samora Machel 03 01 - - Sem informação
C. Saúde III Macharote 03 03 - - 01
Posto de Saúde Lusalite 01 01 01 01 Sem informação
Posto de Saúde Nhamainga 01 01 - 01 Sem informação
Posto de Saúde Igreja Baptista 01 - - Sem informação
Fonte: SDSMAS do Dondo, Novembro de 2010

Em termos patológico, a população do Município padece de várias enfermidades sendo as mais


importantes a malária, infecções e doenças de transmissão sexual, incluindo o HIV/SIDA, doenças de
parasitas intestinais e anemia. Nas endémicas as mais críticas são a tuberculose, doenças diarreicas e a
malária. As principais causas das doenças são a inobservância de alguns princípios básicos de
saneamento de meio, higiene individual e a não utilização de meios preventivos no caso do HIV/SIDA.

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No Município, a principal causa de óbitos é o HIV/SIDA, pelo facto da autarquia encontrar-se em pleno
corredor da Beira e também devido a vulnerabilidade da rapariga resultante da pobreza e necessidade de
sustentar a família aliado a ignorância do uso de preservativo com a fundamentação de procriação.

Os trabalhos de parto são feitos na sua maioria nas unidades sanitárias, havendo casos em que se
realizam dentro da própria comunidade o que reduz circunstancialmente a mortalidade infantil e taxa de
mortalidade da mulher durante o parto.

Tabela 22: Resumo de SMI de 01/2010 a 10/2010


Nados Mortos
Partos Óbitos Mortalidade Taxa de
Unidade Partos na Óbitos
Assistidos Matermos Materna Natilidade
Sanitária Maternidade Maternos
na Comunidade na Comunidade (x100.000) (x100.000)

DONDO SEDE 2,247 2 172 S/Informação 87 1,680


MACHAROTE 19 5 31 S/Informação 26,315
CANHANDULA 124 0 21 S/Informação S/Informação 3,225
Total 2390 7 224 113.315 4.905
Fonte: SDSMAS do Dondo, Novembro de 2010

Em termos de cobertura da rede sanitária, os habitantes do Bairro Thundane são os que mais se ressente
da falta duma unidade sanitária no seu Bairro, percorrendo em média 15 km até ao Centro de Saúde mais
próximo enquanto as populações dos Bairros de Mandruze e Nhamaiabwe percorrem em média 3 km.
Deste modo, pode-se concluir que a rede de cobertura sanitária ainda não satisfaz as necessidades dos
munícipes, se considerado o padrão fornecido pelo MISAU:

 (0-5Km) – Acesso favorável


 (5-10Km) – Acesso moderadamente favorável
 (Mais de 10Km) – Acesso não favorável

Saúde, Acção Social e Género


Em conformidade com o desenvolvimento da área de saúde ao nível do município, existe um conjunto de
associações e organizações não governamentais que prestam assistência aos doentes e populações
desfavorecidas como abaixo se discrimina:

Elaborado pelo CMCD com Assistência Técnica do MICOA/DINAPOT-DPU 37


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Tabela 23: Associações que operam na área de Saúde, Acção Social e Género no Município
ASSOCIAÇÕES/ ONGs LOCALIZAÇÃO ACTIVIDADES
Care for life B. Nhamainga Apoio nutricional à população do Bairro;
Promoção do Género
Fundação Terra dos Homens B. Central Advogacia;
Apoio a crianças órfãs e vulneráveis nas escolas.
ADPP- Clube dos Farmeiros B. Central Apoio nutricional das comunidades, através da difusão e
promoção agrícola da cultura de soja aos doentes padecendo do
HIV/SIDA
AJOSIC B. Central Cuidados domiciliares, prevenção e combate ao HIV/SIDA
Associação Kupedzana B. Consito Cuidados domiciliares e apoio nutricional (distribuição de cestas
básicas)
ASVIMO B. Mafarinha Prevenção e Combate ao HIV/SIDA;
Apoio nutricional (Distribuição de cestas básicas)
MANDJA SIMFUMBA B. Mafarinha Prevenção e combate ao HIV/SIDA
Centro de Apoio a Comunidade B. Mafarinha Apoio nutricional; Prevenção de doenças endémicas
Luz da Comunidade B. Macharote Apoio nutricional; Viúvas doentes e idosos
Associação APISO B. Nhamaiabwe Apicultura e apoio nutricional aos doentes seropositivos
Fonte: Vereação da Saúde, Acção Social e Género, Novembro, 2010

Por sua vez, outras dedicam-se a formação moral, apoio nutricional e aos órfãos, promoção do género,
combate a crise alimentar e outras acções, tais são os casos de Kukula Phabosi, Centro de trânsito bom
Samaritano, Jovens com uma missão (JOCUM), Associação Vale do Mandruze Gabo, Casa de Oração,
União dos Deficientes do Dondo (UDAD), ADAMAMO, Comunhão na colheita (Centro Arco-íris),
Associação AMÃE, Associação dos Médicos Tradicionais (AMETIM) e ACPO.

Os principais problemas apresentados pelos serviços distritais de saúde no que concerne a área municipal
foram:
 A fraca cobertura da rede sanitária ao nível do município;
 Deficientes vias de acesso;
 Dispersão da população no Bairro Thundane;
 Insuficiência de meios circulantes para transporte de doentes graves.

Elaborado pelo CMCD com Assistência Técnica do MICOA/DINAPOT-DPU 38


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O sector de saúde ao nível do território municipal desenvolve vários programas de apoio à população, tais
como:
 Campanhas de promoção da importância dos partos institucionais;
 Envolvimento comunitário e de matronas, nas actividades de saúde;
 Aconselhamento e testagem voluntária;
 Visitas domiciliárias e acompanhamento de doentes vivendo com HIV/SIDA.

3.10. INFRAESTRUTURAS
3.10.1. REDE VIÁRIA

O Município do Dondo goza de uma posição privilegiada no contexto geral da província devido a sua
localização geoestratégica que lhe confere características que podem facilitar e dinamizar o seu rápido
crescimento e desenvolvimento suportado pelo sistema rodoviário e ferroviário que funcionam como
corredor de desenvolvimento, com facilidades de acesso ao porto da Beira, as províncias de Manica e
Zambézia e ainda aos países vizinhos como Zimbabwe e Malawi respectivamente.

O Município possui uma rede viária com cerca


de 150 km de estrada, dos quais vinte (20) km
revestidos, quinze (15 ) km referentes a EN6 que
liga à cidade da Beira a sul e às cidades de
Chimoio e Quelimane a norte, cinco (5) km de
estrada interna asfaltada e cento e trinta (130)
Km constituído por estradas terraplanadas e
terciárias.

Figura 2 : EN6 ligando Dondo a Beira

A partir do Município é possível proceder-se as seguintes ligações rodoviárias:

 Do Município de Dondo à Cidade Capital Beira com uma extensão de cerca de 30km. Esta via está em
bom estado, encontrando-se totalmente revestida.

 Do Município de Dondo ao Posto Administrativo de Mafambisse no Distrito de Dondo com cerca de 15


km totalmente revestido e em bom estado.

 Do Município de Dondo ao Distrito de Buzi com uma extensão de cerca de 98 km de estrada em bom
estado mas com limitações na época chuvosa.

Elaborado pelo CMCD com Assistência Técnica do MICOA/DINAPOT-DPU 39


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 Do Município de Dondo ao Distrito de Nhamatanda com uma extensão de cerca de 70 km de estrada


em terra batida mas em bom estado, carecendo de manutenção permanente, em particular na época
chuvosa.

O Município da Cidade do Dondo, é constituído por uma rede viária que na sua maioria é de terra planado,
principalmente a que dá acesso aos Bairros. Devido a sua configuração topográfica, foram construídas
algumas valas de drenagem ao longo de 700 m de estrada estando em curso a construção de 3300 m,
com vista ao escoamento das águas pluviais.

Ele possui 150 km de estrada mas apenas 20 km estão asfaltadas perfazendo apenas 13% do total de
estradas. Destas, os 15 km referem-se a EN6 que atravessa o Município e apenas 5 km de estrada
asfaltada referem-se às ligações internas no Município com maior ênfase para o Bairro Central
correspondendo a 3%.

Deste modo, dum total de 150 km de estradas, cerca de 87% não é revestido, apresentando-se
terraplanada ou em alguns casos vicinal. As ligações internas no Município apresentam-se em estado
precário, devido a deficientes vias de acesso para o interior em particular na época chuvosa, sendo
exemplo o Bairro de Thundane.

Tabela 24: Características da principal rede de estradas do Município


Classificação
Extensão (Kms) Percurso
da Estrada
N6 15 CMC do Dondo- PA Mafambisse
N6 30 CMC do Dondo- CMC da Beira
R 98 CMC do Dondo- Distrito de Buzi
EN6 70 CMC do Dondo- Distrito de Nhamatanda
Fonte: SDPI, Dondo, 2010

Para além das estradas primárias e secundárias, apresentadas na tabela no 4 encontramos ainda as
Estradas Vicinais (EV) e Não Classificadas que permitem ligações entre os Bairros, todas em terra batida
e na sua maioria transitáveis, algumas com dificuldades, principalmente na época chuvosa.

Elaborado pelo CMCD com Assistência Técnica do MICOA/DINAPOT-DPU 40


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Tabela 25: Rede de Estradas Vicinais


Troço Extensão (m) Situação
B. Central/B. Consito 1,120 Transitável
B. Central/B. Nhamainga 14, 300 Transitável
B Central/B. Nhamaiabwe 6.000 Transitável
B. Central/B. Mafarinha 1, 230 Transitável
B. Central/ B. Mandruzi 5,340 Transitável em todo período
B. Central/ B. Thundane 17, 700 Transitável no período seco
B. Central/ S. Machel 5, 000 Transitável
B. Central/ Macharote 1, 120 Transitável com ponte
B. Central/ Canhandula 16, 150 Transitável
Fonte: CURBA, Dondo - 2010

3.10.2. REDE FERROVIÁRIA


A rede ferroviária do Dondo foi construída nos finais do Século XIX. Ela desempenha papel preponderante
no transporte de pessoas, bens e mercadorias, garantindo a circulação ao longo do corredor da Beira. Ela
permite o contacto do Dondo com os distritos de Marromeu, Machipanda, Sena, Muanza, Beira e países
vizinhos a exemplo do Zimbabwe e Malawi.

3.10.3.REDE DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA

A água consumida no Município do Dondo, é captada na barragem sobre o Rio Púngòe na estação de
captação de Mutua pertencente à empresa FIPAG que para além de abastecer Dondo abastece também a
Cidade da Beira. Em Dondo, o sistema de Mafarinha é constituído por um reservatório elevado de água
com capacidade de armazenamento de 3000 m3, bombeando 1 quilo de água por hora. Actualmente
existem cerca de 4.456 famílias que consomem água potável, sendo 440 ligações domiciliárias, 1710
torneiras no quintal, 54 fontanários, 02 poços com bomba e 123 furos com bomba manual como atesta a
tabela abaixo:

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Tabela 26: Distribuição da rede de abastecimento de água na Cidade do Dondo


Poços
No de famílias Fontanários Furos com Bomba Manual
Ligações Torneira no com
Bairro consumindo
domiciliárias Quintal Opera Inopera Bomba Inoperaci
água potável Operacional
cional cional Manual onal
Central 800 210 300 02 01 07 -
Consito 1652 128 400 08 - 11 01
Mafarinha 126 79 300 06 03 15 03
Nhamaiabwe 107 08 500 10 03 20 02
Macharote 168 03 40 01 - 01 17 01
S.Machel 640 - - - - 14 04
Nhamainga 342 05 120 25 - 07 -
Canhandula 279 02 - - - 01 15 03
Mandruze 265 05 50 02 - 13 01
Thundane 77 - - - - 02 -
Total 4, 456 <440 <1710 54 07 02 123 15
Fonte: CURBA, Dondo, Novembro, 2010

Como ilustra a figura 3, algumas povoações recorrem aos cursos dos rios para lavar roupa e tomar banho,
os Bairros Samora Machel e Thundane são os que mais sofrem, não possuem sistema de abastecimento
de água canalizada, sendo servidos apenas por furos com bomba manual, havendo necessidade de
instalação deste sistema nestes Bairros.

3.10.4. REDE DE ENERGIA ELÉCTRICA

O sistema de energia eléctrica beneficia a maior parte dos Bairros do Município, através de ligações
domiciliárias, iluminação pública, instituições públicas e indústrias. A energia que abastece o Município é
derivada duma linha de alta tensão proveniente da barragem de Cahora Bassa. Para o abastecimento do
município, existe uma subestação localizada no Bairro de Macharote e 17 postos de transformação (PT’s)
com uma capacidade total de 3300 KVA.

Encontram-se no município 4, 153 consumidores ligados a rede nacional de energia eléctrica sob gerência
da Electricidade de Moçambique (EDM) e cuja maior parte dos consumidores está concentrada nos
Bairros Central, Nhamaiabwe e Consito, e em menor número nos Bairros semi-urbanizados como
Mafarinha, Macharote, Nhamainga, Mandruze, Samora Machel e Centro Emissor como se observa na

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tabela abaixo:

Tabela 27: Distribuição da energia eléctrica no Município da Cidade do Dondo


Localização Número de Número Capacidade
(Bairro) consumidores de PT KVA
Central 823 02 945
Nhamaiabwe 920 02 475
Mafarinha 492 02 320
Consito 845 04 835
Macharote 325 01 320
Nhamainga 276 02 260
Mandruze 237 03 575
Samora Machel 235 04 620
Total 4, 153 17 3300
Fonte: EDM, Cidade do Dondo, Novembro 2010

A avaliar pelo número de consumidores actualmente existentes no município, logo depreende-se que a
rede de cobertura de energia eléctrica está abaixo das necessidades dos munícipes.

Em alguns Bairros como é o caso de Thundane, não existe energia eléctrica, enquanto o Bairro Centro
emissor apresenta apenas 40 consumidores. Deste modo, urge a necessidade de expansão destes
serviços para os Bairros que apresentam baixo número de consumidores e naqueles que possuem um
número considerável de consumidores deve-se priorizar a iluminação pública.
Os maiores consumidores de energia eléctrica de média tensão no município são as indústrias de
Cimento, Fábrica Lusalite, Rádio Moçambique e a própria EDM como retrata a tabela abaixo:

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Tabela 28 : Consumidores de Energia Média Tensão

N.º Nome do Consumidor Localização


Potência em KVA
01 EDM n.º 1 500 Bairro Central
02 EDM n.º 02 160 Nhamaiabwe
03 EDM n.º 03 200 Consito
04 EDM n.º 04 315 Nhamaiabwe
05 EDM n.º 05 315 Consito
06 EDM n.º 06 100 Consito
07 EDM n.º 07 250 Balança
08 EDM n.º 08 100 Nhamaianga
09 EDM n.º 09 200 Consito
10 EDM n.º 10 200 Mafarinha
11 Brigada da Linha de Sena 500 Dondo
12 Lusalite de Moçambique 1000 Dondo
13 Cimento de Moçambique 1000 Dondo
14 Conselho Municipal 400 Dondo
15 Projecto Missão Luz da Paz para o Povo 50 Dondo
16 Radio Moçambique 1000 Dondo
17 Telecomunicações de Moçambique 50 Dondo
18 Centro de Instrução Militar 100 Dondo
19 Snail Gani 50 Dondo
20 António Pinho 50 Dondo
21 Fernando Izidro Chiuale 80 Dondo
22 Mateus Zacarias Caueia 25 Dondo
Fonte: Fonte: PEED do Dondo, 2005

3.10.5. ABASTECIMENTO DE COMBUSTÍVEL

Dondo é atravessado pela N6 possuindo duas bombas de abastecimento de combustível localizadas ao


longo desta estrada, encontrando-se uma operacional e outra em reabilitação.

3.10.6. AERÓDROMO

O Município possui uma pista de aterragem de avionetas com dimensões de 1000/100, pertencente a
Empresa Lusalite de Moçambique. Esta encontra-se em mau estado de conservação, com capim alto e
sem manutenção, razão pela qual encontra-se inoperacional já há alguns anos, havendo negociações
entre o Município e a empresa Lusalite com vista à sua reabilitação.

3.10.7. CORREIOS E TELECOMUNICAÇÕES

Em Dondo a comunicação escrita é feita através dum centro postal pertencente a empresa Correios de
Moçambique com os seguintes serviços e produtos: venda de selos postais, bilhetes-postais, envelopes,

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recepção e envio de caixas de encomenda, carta simples principalmente para o exterior. O serviço de
Internet e Fax apresenta maior procura mas a empresa não possui estes serviços.

Em relação a comunicação telefónica fixa, o município serve-se dos serviços prestados pelas
telecomunicações de Moçambique (TDM) que possui cerca de 21 caixas telefónicas distribuídas pela Urbe
que alimentam mais de 212 consumidores maioritariamente instituições públicas e empresas localizadas
no Bairro Central. Esta empresa possui ainda 6 caixas telefónicas de Blá-Blá, distribuídas pelos Bairros
Central e Mafarinha.

Para além das comunicações escritas e fixas, o município possui ainda telefonia móvel das empresas
VODACOM e mCel que asseguram a comunicação dentro e fora do país através de uma torre das TDM.
Todavia, apesar de a rede cobrir toda a extensão do Município, em alguns locais em particular nas zonas
limítrofes do Bairro Thundane e Canhandula, tem havido oscilação da rede, resultante da distância da torre
em relação a estes Bairros. Ainda para a comunicação, as principais instituições públicas e privadas
possuem serviços de INTERNET.

Em termos de meios audiovisuais, o município é servido pelos canais de Televisão da TVM, STV, TIM,
MIRAMAR e pelas rádios Moçambique e Comunitária do Dondo.

3.11. SANEAMENTO E DRENAGEM


3.11.1.Saneamento e Drenagem

Figura 4: Sistema de drenagem obsoleto no Bairro Central

Dondo apresenta um sistema de drenagem em péssimo estado de conservação, embora existam obras de
reabilitação do mesmo.

Na parte urbana, existe um sistema de drenagem obsoleto que outrora servia para escoar águas negras
de 50 casas, que eram despejadas no Rio N’tengo. Devido a obsolência deste sistema de drenagem, em

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novas construções recorre-se a fossas sépticas.

Na altura da recolha de dados, estava em curso o projecto de abertura de valas de drenagem, já tinham
sido construídos 700m de vala de drenagem na parte consolidada do Município, isto é, no Bairro central.
Para além desta, estava em curso a construção da vala de drenagem de raiz que partia da Av. 25 de
Setembro até ao vale de Mandruze e nos Bairros, central, Consito e Nhamaiabwe com vista ao
escoamento de águas pluviais.

Os munícipes usam latrinas tradicionais, melhoradas e algumas individualidades como líderes


comunitários usam latrinas ecológicas.

3.11.2. Sistema de Recolha do Lixo

O sistema de recolha de lixo é feito diariamente e, nos mercados estão alocados contentores de lixo onde
um pertencente ao Municipio efectua a respectiva recolha, contudo não há horário fixo para a recolha do
mesmo. Fora da zona consolidada da cidade, nos Bairros suburbanos, a recolha é feita entre 3a e 5a feiras.

3.11.3. Equipamentos Especiais

a) Lixeira Municipal

Os resíduos sólidos domésticos e industriais não tóxicos são depositados numa lixeira localizada a
aproximadamente 6 Kms do Centro da Cidade junto ao Cemitério Municipal, no Bairro Mafarinha, sem
vedação e inexistência do sistema de gestão dos resíduos. Estes são depositados numa área a céu aberto
que outrora foi câmara de empréstimo, não sofrem nenhum tipo de tratamento se não a compactação e
incineração que provoca poluição ambiental em particular para os municipes durante a realização de
cerimónias fúnebres. Nos Bairros de difícil acesso, o lixo é enterrado nos quintais dos recintos residenciais
enquanto o hospitalar (médico e cirúrgico) é incinerado dentro dos respectivos hospitais.

Figura 5:
Incineração do lixo
na lixeira Municipal
Figura 6 : Lixeira
Municipal desprovida
de Murro de
Vedação

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b) Cemitério Municipal

Figura 7 : Vista frontal do Cemitério Municipal do Dondo Figura 8 : Interior do Cemitério Municipal do Dondo

O cemitério municipal encontra-se em bom estado de conservação, com água potável, numa zona alta e
com um muro de vedação ainda em construção. Para o seu melhor funcionamento, existem trabalhadores
permanentes, que fazem o trabalho de limpeza, enterro dos defuntos e protecção do local. Para além
deste cemitério municipal, em cada Bairro existe cemitério comunitário sem nenhuma vedação e em
péssimo estado de conservação, próximos das residências, existindo neste momento um projecto em
curso de encerramento destes cemitérios.

Em caso de morte, os defuntos são depositados na morgue do hospital de Dondo com capacidade para 9
corpos e que está sob responsabilidade do município que garante a sua manutenção e transporte dos
corpos ao cemitério, através de um transporte funerário pertencente ao mesmo.

3.12. Transportes

Actualmente, o transporte de pessoas e mercadorias são uma necessidade cada vez maior, facto que leva
à procura incessante do mesmo. Dondo possui uma localização geográfica privilegiada, fazendo parte do
corredor da Beira, atravessado pela N6 e uma linha férrea que o liga as cidades e países vizinhos
apresentando a rede de transporte em franco desenvolvimento.

O eixo de transporte é constituído por 2 ramais principais, ligando Dondo a Cidade da Beira numa
extensão de 30 km e outra ligando o município ao Posto Administrativo de Mafambisse numa extensão de
15 km. Em Dondo observa-se fluxo de transportes inter-urbano que escalam Beira e inter-provinciais
ligando-se a Manica, Zambézia e outros pontos do país e países vizinhos. Para além do transporte
rodoviário, a linha férrea ligando Dondo às cidades e países vizinhos complementam a rede de circulação
de pessoas e mercadorias.

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3.12.1. Transportes Inter-Urbano e Inter-Provincial

Figura 9 e 10: Estação Ferroviária de Dondo e a imagem ao lado TPB no trajecto Beira-Dondo, vice e versa.
O transporte de passageiros, encontra-se em franco desenvolvimento, pelo facto deste Município fazer
parte do corredor da Beira, havendo muitos transportadores explorando a N6 de para Beira, proveniente
de vários cantos do país e dos países vizinhos.

Embora Dondo possua uma paragem que é usada como terminal, a maior numero dos transportadores
não a usa como ponto de partida e chegada,

acabando por ser intermédia dificultando o escoamento dos munícipes do Dondo para as várias partes do
país devido ao facto dos autocarros passarem do município já superlotados, em particular os provenientes
da Beira para as Cidades de Chimoio, Maputo, Nampula e Quelimane.

Para o transporte inter-Urbano (Dondo-Beira), Dondo beneficia-se dos 03 autocarros dos TPB e 51
transportes semi-colectivos de passageiros licenciados, dos quais apenas 39 se encontram a operar no
troço Beira-Dondo. Ainda com vista a reforçar a área dos transportes, encontram-se licenciados dentro do
município, 05 automóveis turismos para o serviço de TAXI.

Por outro lado, os munícipes do Dondo, tem o privilégio de possuir no seu território, uma linha férrea que
liga o Município as províncias e aos países vizinhos, o que de certo modo contribui para a maior
mobilidade de pessoas e bens, facilitando deste modo as trocas comerciais.

Este meio de transporte efectua também o inter-urbano garantindo diariamente o transporte de


passageiros da Beira para Dondo e vice-versa, à excepção de sábado e Domingo.

O Comboio proveniente de Marromeu transporta Melaço, os provenientes de Sena, Machipanda e países

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vizinhos transportam produtos diversos como Adubo, trigo, contentores para Beira e desta para os países
vizinhos granitos, cobre e contentores com produtos diversos. Aliado ao transporte de matéria-prima está o
comboio que transporta calcário de Muanza para a fábrica de Cimento do Dondo.

Figura 11: Transp. de passageiros com uso de carinha caixa aberta

3.12.2. Transporte Urbano

Dentro do territorio Municipal existem algumas rotas de transportes Urbanos de passageiros que exploram
os troços Canhandula e Samora Machel atraves da EN6, existem localmente carinhas de caixa aberta não
licenciadas e sem nenhuma segurança para os passageiros que tem feito as rotas Bairro Central/Savane e
Canhandula/Mandruze. A ligação entre os outros Bairros é pedestre.

3.12.3. Terminal de Transporte Urbano, inter-urbano e interprovincial

O Município do Dondo não possui um terminal dos transportes Semi-colectivo de raiz, o único local usado
como tal é uma paragem que se encontra junto a EN6 próximo do Comando provincial. Este local não
possui vedação, está ao longo da EN6 e sem faixa de protecção, perigando a segurança dos utentes.
Outro constrangimento resulta do facto de apresentar dimensões diminutas, dai haver uma capacidade de
parqueamento muito reduzida.

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IV. USO ACTUAL DO SOLO

4.1. USO DO SOLO


A ocupação do solo no município caracteriza-se por uma diferenciação nítida entre zonas densamente
habitadas e urbanizadas cuja génese está directamente ligada a instalação da linha férrea e a fábrica de
Cimento. As zonas de características rurais com ocupação habitacional dispersa estão sempre associadas
a agricultura e pecuária.

O núcleo urbano principal do Município da Cidade do Dondo corresponde a uma área aproximada de
70.600 hectares, e constitui a parte de ocupação habitacional densa paralelamente a zona suburbana
onde as ocupações caracterizam-se por assentamentos informais.

No que concerne a ocupação do solo, o Município possui uma variedade de zonas, desde as urbanizadas
que ocupam uma área de 70.6Km2, semi-urbanizadas com 127.9Km2 e as não urbanas ocupando uma
área de 183.28Km2. A zona industrial apresenta-se distribuída de forma irregular, encontrando casos em
que esta se encontra localizada junto as zonas residenciais enquanto o equipamento comercial localiza-se
grandemente no Bairro Central.

Tabela 29 : Uso do Solo, Tipo de ordenamento e habitação, 2010


Classificação Bairros Acesso à Terra Ordenamento Habitação Infra-estruturas

Formal, licenciamento e Planos de Urbanização Permanente prédios e


Central Água domiciliar e electricidade
titulação coloniais moradias
Zonas
Água domiciliar, drenagem
Urbanizadas Formal, licenciamento e Planos de Urbanização Permanente,
Consito subterrânea, electricidade e ruas
titulação pós independência unifamiliares
pavimentadas

Alguns sem acesso aos


DUAT,
Ocupações
Tradicional, Fontanários, algumas ligações de
Nhamaiabwe, espontâneas Alguns com planos
melhorada e água domiciliárias e no quintal.
Macharote, Atribuição de Título ou parciais de urbanização,
Zonas sub- parcialmente Electricidade e estradas de terra.
Mandruze, licença provisória – a talhões parcelados e
urbanizadas consolidada, Fontanários, poucas ligações de
Canhandula e pedido ou registo outros com a forma de
Tradicional. Pouco água domiciliares e no quintal.
Samora Machel sistemático ocupação espontânea
consolidada Estradas de terra.
Licença provisória – a
pedido ou registo
sistemático

Tradicional pouco
Ligações de água no quintal, alguns
Mafarinha, Ocupações espontâneas consolidada na sua
Zonas não fontanários e electricidade. Vias de
Nhamainga e Ocupação ilegal e plano parcial nos maioria, convencional
urbanizadas acesso estreitas, uso de poços a céu
Thundane caminhos-de-ferro nas residências dos
aberto.
CFM
Fonte: Serviços Técnicos e Cadastro – Conselho Municipal da Cidade do Dondo 2010.

Elaborado pelo CMCD com Assistência Técnica do MICOA/DINAPOT-DPU 50


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Tabela 30: Densidades nas zonas habitacionais


Classificação Superfície Km2 Densidade

Zonas Urbanizadas 70.6 20,8

Zonas sub-urbanizadas 127.9 32,9

Zonas não urbanizadas 183.28 0,9

Fonte: Serviços Técnicos e Cadastro – CMCDondo, 2010

A zona urbanizada ocupa uma pequena superfície do Município (os Bairros Central e Consito), nestes
encontram-se concentradas a maioria das infra-estruturas desde as estradas asfaltadas, abastecimento de
energia, indústrias, variedade de estabelecimentos comerciais, locais de acomodação, escolas, hospitais e
várias instituições de prestação de serviços. Deste modo, os edifícios que lá se encontram na sua maioria
são usados como escritórios razão pela qual a densidade populacional é relativamente baixa, enquanto
nas zonas periféricas dos Bairros encontram-se implantadas muitas residências que se beneficiam destes
serviços devido a sua proximidade.

4.1.3. Zonas Urbanizadas

Estas correspondem a espaços urbanos caracterizadas por estarem planificados, consolidados na sua
estrutura e com infra-estruturas completas.

Dentro do Município do Dondo, os Bairros


Central e Consito apresentam-se
consolidados, com uma rede viária
assinalável, apresentando estradas largas e
com sistema de drenagem funcional. É
nestes Bairros que se encontram
concentradas a maioria dos equipamentos
sociais como escolas e hospitais, serviços e
outros equipamentos. Nestes Bairros, são
encontradas maior parte das infra-estruturas
político- administrativas como sao os casos
do Tribunal Judicial, Conselho Municipal,
Registo Civil, Serviços Distritais de Educação, Juventude e Desportos, Direcção de Identificação Civil e
Sedes dos partidos políticos. Parte das habitações foi construída com material convencional. Não obstante

Elaborado pelo CMCD com Assistência Técnica do MICOA/DINAPOT-DPU 51


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a concentração de infra-estruturas e equipamentos sociais, a concentração populacional actualmente é


reduzida dado que as casas sao do tipo unifamiliar e de baixa altura onde os naturais que beneficiaram-se
das habitações do periodo colonial arrendam suas residências às empresas sendo estas transformadas
em escritórios, lojas e outros sectores de prestação de serviço.

4.1.4. Zona Sub-urbanizadas


As Zonas Suburbanas são aquelas que já tiveram algumas acções planificadas de urbanização,
principalmente a demarcação de talhões, abertura de acessos e infra-estruturas como redes de
distribuição de energia e água canalizada, isto é, áreas planificadas com algumas infra-estruturas por
completar e áreas não planificadas com
algumas infra-estruturas sobretudo de
abastecimento de água e energia, com sistema
viário predominantemente em terra e regra
geral de média densidade habitacional (entre
20 e 60 casas por hectare). Ocorrem alguns
casos com densidades mais altas, não
obstante o facto de as casas serem
unifamiliares e de baixa altura na maior parte
dos casos. Isto sucede porque de forma não
controlada, os talhões vão sendo ocupados por
mais de uma família.

Fazem parte desta zona os Bairros Nhamaiabwe, Macharote, Mandruze, Canhandula, Samora Machel e
Centro Emissor. Estes apresentam uma ocupação em forma de assentamentos informais, existindo
terrenos de dimensões que não permitem o estabelecimento de casas e espaço para a realização doutras
actividades, são desprovidos de sistema de escoamento das águas pluviais, valas naturais de escoamento
entupidas e cheias de arbustos e a maior parte delas são aproveitadas pela população para a prática de
agricultura de pequena escala e hortícolas, as casas construídas com material precário com base em pau
a pique, barro, estacas e cobertas de palha, sendo algumas semi-convencionais de construção precária.
Territorialmente, estas áreas caracterizam-se por apresentar maior concentração da população em
condições informais e mal distribuídos.

Elaborado pelo CMCD com Assistência Técnica do MICOA/DINAPOT-DPU 52


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4.1.5. Zona não urbanizadas

São áreas que foram ocupadas sem terem sido precedidas de acções de planeamento urbano. Nestas
áreas observa-se uma acelerada densificação em baixa altura, em locais carentes de ordenamento urbano
e infra-estrutural, num processo descontrolado que dificultará no futuro o melhoramento das condições
básicas de vida dos seus ocupantes.
São os casos dos Bairros Mafarinha,
Nhamainga e Thundane. Os dois últimos
Bairros, são os que apresentam menor
densidade populacional estando desprovidos
de equipamentos sociais e infra-estruturas.
Nestes Bairros, verifica-se a ausência de
ordenamento, falta de sistemas de drenagem,
residências dispersas, extensão enorme de
espaços que são ocupados por quintas muitas
das quais subaproveitadas retardando a
urbanização das referidas áreas. A prestação
de serviço é inexistente, observando-se a falta
de escolas, unidades sanitárias e outros.

4.1.6. Zona Comercial

A actividade comercial desenvolve-se com maior fluxo no Bairro central onde se encontram a maioria de
locais de prestação serviços e população com maior poder de compra. Neste local, pode-se encontrar uma
variedade de lojas, desde as de vestuário, alimentação, mobiliário e outras. A maior parte dos
estabelecimentos comerciais deste Bairro são bancas fixas e barracas maioritariamente pertencentes ao
sector informal. Nos restantes Bairros desenvolve-se um comércio informal, caracterizado por existência
de um número considerável de barracas e vendedores ambulantes.

4.1.7. Zona Industrial

A actividade industrial encontra-se em franco desenvolvimento no município, contudo o estabelecimento


de complexos industriais não obedece as regras de ordenamento territorial, pois, estas encontram-se
dispersas sendo algumas das quais como a Lusalite e de travessas rodeadas por casas de habitação,
levando a incompatibilidade de usos.

Elaborado pelo CMCD com Assistência Técnica do MICOA/DINAPOT-DPU 53


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4.1.8. Zona Habitacional

O tipo de casas predominante no município, é de construção precária basicamente pau-a-pique, bambú,


estacas, tijolo burro queimado e as paredes maticadas com argila e cobertura de capim e chapas Lusalite
produzidas localmente e sem instalação eléctrica nem água canalizada. Grande parte delas situa-se nas
zonas de ocupação espontânea, havendo também algumas casas de tipo convencional nos Bairros
Central e Consito.

Na parte consolidada do Bairro Central, a maior parte das casas são construídas com material
convencional usando-se predominantemente Cimento, a tipologia de habitação é de um piso incluindo
construções para fins comerciais ou serviços, existindo também um número considerável de edifícios de 2
ou mais pisos.

4.2. CONDICIONANTE PARA OCUPAÇÃO DO SOLO

A identificação das condicionantes para ocupação do solo considera-se importante no processo de


Ordenamento Territorial pois a definição de tipo de uso do solo é condicionada às características físico-
naturais do local e existência de infra-estruturas socio-económicas onde as actividades são limitadas pelas
normas estabelecidas na legislação vigente. Assim, para o caso do Município da Cidade do Dondo,
consideram-se como condicionantes as seguintes:

Áreas propensas à inundações

Existe no Dondo zonas onde se desenvolve a rede hidrográfica com maior ênfase para a Bacia do
Púngòe. Esta atravessa o território municipal particularmente ao longo do vale de Mandruze. Esta zona, é
também de protecção parcial numa faixa de terreno de 100 metros em cada lado do rio, de acordo com a
alínea c) do artigo 8, da lei de terras.

Rede viária

Ocupa cerca de 150 km e de acordo com a alínea g), do artigo 8, da Lei nº 19/97, a Lei de Terras, são
consideradas como faixas de protecção parcial, isto é, proibido qualquer tipo de ocupação nos 30 metros
confinantes de cada lado da via, tratando-se de vias primárias e 15 metros para as vias secundárias e
terciárias. Neste caso, o Município da Cidade do Dondo encontra-se atravessado por uma via primaria que
e a N6, havendo necessidade de se garantir a reserva de espaço para as referidas faixas de protecção.

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Aeródromo

Esta infra-estrutura localizada dentro da fábrica Lusalite, constitui uma condicionante de acordo com a
alínea i), do artigo 8, da Lei nº 19/97, a Lei de Terras, que proíbe qualquer tipo de ocupação nos 100
metros confinantes de cada lado do aeródromo.

Linhas de média e alta tensão

Existe em Dondo uma rede de alta tensão proveniente de Cahora Bassa, atravessando os Bairros
Macharote, Mandruze e Canhandula que de acordo com a alínea g), do artigo 8, da Lei nº 19/97 sobre
Terras, constituem condicionantes de ocupação, sendo proibido qualquer tipo de ocupação nos 50 metros
confinantes de cada lado da linha de transporte de energia.

Linha Férrea

Esta infra-estrutura atravessa os Bairros Canhandula, Nhamainga, Mafarinha e Thundane numa extensão
de quase 30Km. De acordo com a alínea f), do artigo 8, da Lei nº 19/97 sobre Terras, proíbe qualquer tipo
de ocupação numa faixa confinante de 50 metros de cada lado do eixo da via.

Conduta de água

Existe em Dondo uma conduta de água, atravessando os Bairros Samora Machel e Mafarinha que de
acordo com a alínea g), do artigo 8, da Lei nº 19/97 sobre Terras, constituem condicionantes de ocupação,
sendo proibido qualquer tipo de ocupação nos 50 metros confinantes de cada lado da linha de transporte
de energia.

Oleoduto

Com cerca de 15 km de extensão dentro do território municipal, transportando o petróleo da Cidade da


Beira ao Zimbabwe, esta infra-estrutura também apresenta-se como condicionante, de acordo com a Lei
nº 19/97 sobre Terras, na sua alínea g), do artigo 8, que proibi qualquer tipo de ocupação nos 50 metros
confinantes de cada lado da conduta de petróleo.

Instalações Militares

No Bairro Samora Machel, dentro do Município de Dondo está estabelecido um Quartel, que de acordo
com a alínea j) do artigo 8 da lei de terras, constitui uma zona de protecção parcial, sendo proibido
qualquer tipo de uso numa faixa de terreno de 100 metros confinante com esta área.

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V. ANÁLISE FUNCIONAL DO CONSELHO MUNICIPAL DA CIDADE DO


DONDO

5.1. Funcionamento

Para o seu melhor desempenho, o município da Cidade do Dondo é composto por 06 Vereações que são:
Vereação de Construção, Urbanização e Infra-estruturas, Vereação de Saúde, Acção Social e Género,
Vereação de Educação, Cultura e Desporto, Vereação de Desenvolvimento Económico Local, Vereação
de Plano e Finanças e Vereação de Serviços Urbanos e Gestão Ambiental. Por outro lado, estas
vereações coordenam e articulam as actividades cuja competência é ou não exclusiva do Conselho
Municipal sob jurisdição do Presidente da Câmara Municipal e deputados da Assembleia Municipal.

Departamento de Administração Geral e Recursos Humanos


Secretaria-geral;
Serviço de Gestão de Recursos Humanos.

Departamento de Inspecção e Fiscalização


Serviço de controlo interno;
Serviço de Polícia Municipal;
Serviço de Expediente e diligência.

Departamento de Finanças, Património e Fiscalização


Serviço de Planificação, Orçamento Participativo e Controlo Interno;
Serviços de Receitas e Tesouraria;
Serviços de Despesas;
Serviços de Património e Compras.

Departamento de Assuntos Sociais


Serviço de Educação, Cultura e Desporto;
Serviço de Saúde, Mulher e Acção Social.

Departamento de Serviços Urbanos e Equipamento


Serviços de Aprovisionamento e Controlo de Pessoal;
Serviços de Arborização e Jardinagem;
Serviços de Limpeza e Saneamento/Salubridade;
Serviços de Gestão Ambiental, Água e saneamento;
Serviços de Estradas, Drenagem e Trânsito Urbano;
Serviços de Obras Civis e Combate Erosão;

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Serviços de Oficinas Auto e Transportes.

Departamento dos Serviços técnico e Cadastro


Serviços de Planeamento e Gestão Urbanística;
Serviços de Projectos e Infra-estruturas;
Serviços de Topografia, Administração e Arquivo.

Departamento de Transporte, Vias Públicas e Transporte


Serviços de Transportes Urbano;
Serviços das Vias Públicas.

Departamento de Indústria, Comércio, Turismo e Feiras


Serviços de Indústria e Turismo;
Serviços de Comércio, Mercados e Feiras.

Postos Administrativos Municipais


Direcções Sociais.

Distribuição dos Funcionários por Sectores de Actividades

No município do Dondo encontram-se a trabalhar 228 funcionários (101 do quadro e 127 contratados)
efectivos, sendo o Departamento de Inspecção e Fiscalização através do Comando da Polícia Municipal
aquele que apresenta maior efectivo, cerca de 43 funcionários.

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Tabela 31: Força de Trabalho por categoria CMV Dondo


Força de Trabalho
Sector Téc. Téc. Médio Téc. Básico Outros Total
Superior
H M H M H M H M H M HM
Gabinete do Presidente 0 0 02 02 0 0 02 02 04 04 08
Gabinete de estudos e Assessoria 01 0 1 1 0 0 3 0 5 1 06
Postos Administrativos Municipais 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Deprto de Administ. Geral e Rec. Humanos 01 01 02 01 02 01 06 03 11 06 17
Departo. De Inspecção e Fiscalização 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Departo de Finanças, Património e 02 01 06 03 03 0 8 0 19 04 23
Planificação
Departo de Assuntos Sociais 0 0 01 0 0 0 01 01 02 01 03
Departo de Serviços Técnicos e Cadastro 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Departo.de Serv. Urbanos e Equipamento 02 0 01 05 01 0 13 03 17 08 25
Departo. De Transp. Vias Públ. e Transp. 0 0 04 0 0 0 23 0 27 0 27
Urbano
Departo. De Indústrias, Comércios, Turismo e 0 0 02 0 01 02 15 08 18 10 28
Feiras
Gabinete da Assembleia Municipal 0 0 0 0 0 0 03 0 3 0 03
Gabinete dos Vereadores 0 0 02 0 0 0 0 0 02 0 02
Residência do Presidente 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Residência de Hóspedes 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
DSU- Cemitérios 0 0 0 0 02 0 24 12 26 12 38
Serv. Educação, Cultura e Desporto 0 0 01 01 01 0 01 01 03 02 05
Comando de Polícia Municipal 0 0 01 0 07 01 34 0 42 01 43
06 02 23 13 17 04 133 30 179 49
Total
08 36 21 163 228 228
Fonte: Departamento de Finanças, Património e Planificação, Dondo, Novembro de 2010

5.2. Património do Conselho Municipal


O conselho municipal da Cidade do Dondo apresenta um vasto património composto por bens móveis e
imóveis.

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Património Móvel

O património móvel é composto 05 tractores, dos quais 02 encontram-se avariados e 03 operacionais e


em bom estado, 03 motorizadas estando uma em bom estado, 16 viaturas, sendo um camião Isuzu
Basculante e restantes carinhas de caixa aberta e turismo, 01 atrelado basculante, 01 atrelado Galucho 01
tanque Cisterna, 01 Cilindro, 01 Charrua, 01 grade, 01 niveladora e 01 Pá escavadora

Património Imóvel

No que concerne aos bens imóveis destaca-se um Edifício do Gabinete do Presidente da Autarquia,
Edifício da Secretaria-Geral, Edifício de Plano, Finança e Património, Edifício das Oficinas Gerais, Edifício
da Assembleia Municipal, Edifício da sala de Conferências do Conselho Municipal, Residência do
Presidente do Município, Edifício da vereação do Desenvolvimento Económico Local, outras residências
distribuídas pelos Bairros Mandruze, Central, Mafarinha e Nhamaiabwe, sendo onze do tipo 02 e cinco do
tipo 03, para além do armazém no mercado municipal, Cemitério Municipal, Edifício da Biblioteca
Municipal, Edifício do Talho Municipal, Edifício da Moageira de Nhamainga, quatro balneários públicos,
oito alpendres de paragens de semi-colectivos, três alpendres sendo um de venda de peixe e carne e dois
de venda de produtos diversos, sete mercados oficiais e cinco não oficiais, instalações desportivas como
Clube Ferroviário do Dondo e Campo Municipal.

5.3. Situação Financeira do Conselho Municipal

A área financeira do Conselho Municipal é dirigida por um chefe de contabilidade e supervisionada por um
vereador de Plano e Finanças. As receitas do Conselho Municipal, resultam de:
Receitas Correntes
Receitas Fiscais
Impostos sobre Rendimento
Imposto Simplificado (IAC)
Imposto de SISA (Imposto Secção B)

Impostos sobre Bens e Serviços


Imposto Predial Autárquico
Imposto Sobre Veículos

Outros Impostos
Imposto Pessoal Autárquico
Contribuição de Melhorias/Taxa por actividade económica
Outros Impostos.

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Receitas Não Fiscais


Taxas por licenças concedidas
Loteamento
Execução obras particulares
Ocupação de via pública
Licenças de utilização de edifícios
Uso e aproveitamento de solo autárquico e outros
Receitas Consignadas
Receitas de Capital

Receitas Subvencionadas

Receita subvencionada, que corresponde ao fundo que o Governo Central aloca aos órgãos locais para
funcionamento e para subsidiar actividades ligadas ao desenvolvimento autárquico, destacando-se a
transferência do Fundo de Compensação Autárquica.

Evolução comparativa das receitas do Conselho Municipal

O Conselho Municipal dentro das receitas cobradas em várias áreas, tem obtido maior rendimento na
cobrança de outras licenças e serviços na ordem de 21,37 % enquanto as taxas dos mercados, barracas,
bancas e lojas apesar de constituírem a 2a maior fonte de rendimento no Município, tiveram o decréscimo
na ordem de 2% em igual período.

Os subsídios do Estado nomeadamente Fundo de Compensação Autárquica (FCA), Fundo de Iniciativa


Local (FILL) e Orçamento Geral do Estado atribuído pelo Governo Central para diversas actividades de
desenvolvimento da Autarquia, evoluir de cerca de 10.797.463 Mt em 2005 para cerca de 20.758.155 Mt
em 2008, tendo por isso havido um crescimento na ordem dos 47,9%. Como resultado da evolução da
arrecadação da receita municipal, pode-se ver o quadro abaixo:

Elaborado pelo CMCD com Assistência Técnica do MICOA/DINAPOT-DPU 60


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Tabela 32: Quadro Comparativo das receitas CMV do Dondo, 2006-2009


2006 2007 2008 2009
Rubrica
(em mil contos)
Imposto, multas e emolumentos 546. 818 537. 315 285. 779 945. 138
Taxa dos mercados, barracas, bancas e lojas 2.319.697 1.283.019 1.605.525 2.272.308
Taxa de Foros, Talhões e Licenças 306.010 446.925 1.069.820 1.027.521
Outras licenças e serviços 1.845.675 3.179.822 2.742.336 4.694.634
Outras receitas de capital 480.576 1.48 44.500 286.723
Subsídio do Estado (FCA, FILL, OGE) 10.797.463 20.979.763 15.068.200 20.758.155
Outras transferências 10.986.159 4.080.985 5.553.345 13.291.510
Total de Despesas 27.282.668 30.545.247 26.369.505 43.275.989
Fonte: Conselho Municipal da Cidade do Dondo, Novembro de 2010

Fazendo a análise comparativa das receitas gerais e subsídios de 2006 a 2009, pode-se observar que no
ano 2006 o município arrecadou um valor de 27.282.668Mt em receitas e subsídios enquanto em 2009 os
valores da receita foram 43.275.989Mt, podendo-se concluir que nestes últimos anos houve um
crescimento em nível de receitas na ordem dos 36,9%.

Despesas correntes do Conselho Municipal


As despesas correntes do Conselho Municipal, incluem essencialmente duas grandes áreas:

Despesas Correntes: Despesas com o pessoal, salários e remunerações, bens e serviços.


Despesas de Capital: Bens de capital construções, Habitações, edifícios, Maquinaria e Equipamento.

Tabela 33: Quadro comparativo das despesas CMV do Dondo 2006-2009


2006 2007 2008 2009
Rubrica (em mil contos)
Gastos com pessoal 4.828.350 6.377.594 7.789.117 10.343.320
Remuneração dos órgãos Autárquicos 517.204 1.032.632 1.715.508 3.183.943
Gastos de funcionamento e Administrativos 2.693.465 3.703.276 4.983.522 5.907.591
Outros Gastos correntes 739.474 103.854 224.449 195.127
Despesas de capital 15.223.833 19.998.696 13.028.409 20.114.979
Total de Despesas 24.002.326 31.216.052 27.641.005 39.744.960
Fonte: Conselho Municipal da Cidade do Dondo, Novembro de 2010

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Como podemos notar no quadro 14 verifica-se que nos anos 2006, 2007 e 2009 houve um crescimento
considerável de despesas tendo sido na ordem 23,1% no ano 2007 e 30,4% no ano 2009, em
contrapartida, no ano 2008 houve um ligeiro decréscimo das receitas na ordem dos 12,9%. O sector que
mais contribuiu nas despesas foi o de gasto com o pessoal e seguido do sector de gastos de
funcionamento e Administrativo. Neste sector as despesas são maiores dado que anualmente há
contratação de mais pessoal para além das mudanças de carreira e progressões que acabam constituindo
grandes encargos para o município.

Elaborado pelo CMCD com Assistência Técnica do MICOA/DINAPOT-DPU 62


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VI. SÍNTESE DOS PRINCIPAIS PROBLEMAS DO CMC DO DONDO

Sociais
 Construção dispersa em particular no Bairro Thundane e Nhamainga C;
 Existência de cerimónias tradicionais de purificação que contribuem para a propagação de doenças
de transmissão sexual;
 Falta de Segurança pública ao longo dos Bairros;
 Prostituição Infantil.
Agricultura
 Falta de sistema de regadio no vale de Mandruze;
 Fraca produção agrícola devido a dependência das condições climatéricas e solos pobres;
 Uso de instrumentos rudimentares na prática de agricultura
 Inundação dos campos agrícolas na época chuvosa;

Comércio
 A distribuição espacial da actividade não é equitativa em todo o território do Município. Bairro Central
apresenta maior fluxo de actividade comercial enquanto os outros Bairros desenvolvem actividade
informal;
 Carência do Cimento produzido localmente comparativamente com o mesmo mas vendido na cidade
da Beira.

Educação
 Falta do EPC no Bairro Thundane;
 Fraca cobertura do ensino Pré-universitário;
 Falta de mobiliário nas escolas,
 Ausência de energia eléctrica em algumas escolas e consequente falta de curso nocturno em
Canhandula, Samora Machel e Mandruze;
 Sobrecarga horária para os professores;
 Má conservação das escolas da cidade;
 Deficiente saneamento nas escolas;
 Superlotação nas salas de aula em algumas escolas e em particular as da zona central da Cidade,
nas escolas secundárias;
 Falta do ensino técnico profissional no Município.

Elaborado pelo CMCD com Assistência Técnica do MICOA/DINAPOT-DPU 63


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Saúde
 Falta de um Posto de Saúde e residências para enfermeiro nos Bairros de Thundane Nhamaiabwe,
Nhamainga;
 Degradação de residência para enfermeiro em Macharote;
 Insuficiência de Viatura Ambulância para melhorar o transporte de doentes no Município;
 Um Centro de Saúde do Tipo II e 2 residências para enfermeiros no Bairro Samora Machel;
 O Hospital Distrital não tem capacidade suficiente para responder a maior demanda;
 Insuficiência de pessoal especializado no sector de Saúde;
 Fraca cobertura da rede sanitária nos Bairros (Mandruze, Thundane e Nhamaiabwe).

Cemitérios
 Existência de cemitérios familiares em quintais residenciais em todos os bairros.

Recreio, Cultura e Desporto


 Inexistência de instalações para fins culturais (casa de cultura; Cineteatro e/ou auditórios);
 Fraca manutenção de infra-estruturas e alocação equipamentos desportivos (pavilhão gimno-
desportivo, campos de jogos, pistas de atletismo);
 Falta de equipamentos para a prática de actividades culturais.

Gestão Urbanística
 Falta de base para atribuição de parcelas de terras em zonas rurais;
 Falta de transporte para o trabalho de Campo;
 Morosidade no tratamento dos processos
 Insuficiência de meios de trabalho como computadores, fita-métrica,
 Insuficiência de espaço para o arquivo dos processos.
 Sobrecarga dos técnicos em termos de trabalho

Arruamentos
 Fraca manutenção das ruas;
 Falta de asfaltagem das principais ruas de ligação entre Bairros ou inter-urbano da cidade,
 Via de acesso intransitável para o Bairro Thundane na época chuvosa. Provocando a falta de
comunicação com o mesmo.

Abastecimento de água
 Insuficiência da rede de abastecimento de água potável em alguns Bairros como Samora Machel e
Thundane;
 Falta de redimensionamento dos reservatórios elevados e subterrâneos

Elaborado pelo CMCD com Assistência Técnica do MICOA/DINAPOT-DPU 64


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Electricidade
 Insuficiência de postes para transporte de energia eléctrica e expansão de projectos de electrificação
da cidade;
 Insuficiente iluminação das avenidas e ruas das zonas urbanizadas e semi-urbanizadas;
 Falta de energia eléctrica no Bairro de Thundane.

Telecomunicações
 Fraca Cobertura da rede de telefonia móvel nos Bairros Semi-urbanizados;
 Danificação da rede de cabines públicas instalados em diferentes pontos da cidade.

Transporte
 Fraca rede de circulação interna no Município (entre os Bairros);
 Uso de carinhas de caixa aberta no transporte de passageiros;
 Terminal de transporte sem vedação, ocupando uma área diminuta levando a baixa capacidade de
parqueamento no Bairro Central.

Saneamento e Drenagem
 Falta de saneamento nos Bairros;
 Deficiente recolha de Lixo nos Bairros densamente povoados;
 Sistema de drenagem de águas pluviais degradado no Bairro Central;
 Inexistência de sistema de drenagem de águas negras em todos os bairros;
 Fecalismo a céu aberto em particular nas zonas abandonadas outrora câmara de empréstimo em
Mafarinha e Thundane.

Mercado
 Falta de Locais de Estacionamento;
 Deficientes condições de higiene e saneamento;

Ponte
 Degradação de pontecas de Mandruzi e Macharote dificultando a travessia de pessoas e bens em
particular na época chuvosa

Lixeira
 Falta de vedação em redor da área da lixeira localizada no Bairro Mafarinha;
 Existência de cemitério próximo da lixeira no Bairro Mafarinha;
 Falta de gestão eficiente dos resíduos sólidos nos Bairros Canhandula, Macharote, Nhamaiabwe,

Elaborado pelo CMCD com Assistência Técnica do MICOA/DINAPOT-DPU 65


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Nhamainga, Samora Machel, Consito, Mafarinha e Thundane;

Câmara de Empréstimo (Extracção de areia e saibro)


 Falta de reposição dos solos nas áreas de extracção de areia e saibro em todos os bairros com maior
incidência para o Bairro Mafarinha;
 Falta de reflorestamento e reposição da vegetação nas áreas onde se observa o corte de madeira
nos bairros Mafarinha e Thundane.

Elaborado pelo CMCD com Assistência Técnica do MICOA/DINAPOT-DPU 66


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VII. Identificação de Legislação e outros Documentos para a Elaboração do Plano de


Estrutura

Apresenta-se de seguida a lista de Legislação e outros Documentos Orientadores Nacionais e analisados


no âmbito do presente plano.

Constituição da República de Moçambique aprovada a 22 de Dezembro de 2004 (Excertos):

ARTIGO 90º,
(Direito ao Ambiente)
1.Todo o Cidadão tem o direito de viver num ambiente equilibrado e o dever de o defender.
2.O Estado e as autarquias locais com a colaboração das associações na defesa do ambiente e velam
pela utilização racional de todos os recursos naturais.

ARTIGO 117º
(Ambiente e qualidade de Vida)

2.Com o fim de garantir o direito ao ambiente no quadro de um desenvolvimento sustentável, o Estado


adopta politicas visando:
a) prevenir e controlar a poluição e a erosão;
b) integrar os objectivos ambientais nas políticas sectoriais
c) promover a integração dos valores do ambiente nas políticas e programas educacionais;
d) garantir o aproveitamento racional dos recursos naturais com salvaguarda da sua capacidade de
renovação, da estabilidade ecológica e dos direitos das gerações vindouras;
e) promover o ordenamento do território com vista a uma correcta localização das actividades e a um
desenvolvimento socioeconómico equilibrado

Lei nº 2/1997, de 18 de Fevereiro. Aprova o quadro jurídico para a implantação das Autarquias Locais,
definindo os conceitos principais e estrutura, atribuições e competências dos órgãos autárquicos. De notar
para o presente trabalho:
Artigo 45 (Competências da Assembleia Municipal). (3) (d) aprovar o plano de desenvolvimento municipal,
plano de estrutura e, de um modo geral, os planos de ordenamento do território, bem como as regras
respeitantes à urbanização e construção nos termos da lei
Artigo 45 (Competências do conselho Municipal).....(1)(k) exercer os poderes e faculdades estabelecidos
na lei de terras e seu regulamento
Artigo 60 (Competências do Presidente do Conselho Municipal)... Relativamente aos edifícios ver as
alíneas (2) (s, t, u)

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Plano de Estrutura Urbana do Municipio da Cidade de Dondo

Lei n° 11/97 de 31 de Maio: estabelece o regime legal das finanças e património das autarquias locais
Dentre as disposições:
Artigo 24 e 27 determina as competências para a elaboração e aprovação de planos de desenvolvimento,
de ordenamento territorial e planos de estrutura, gerais e parciais de urbanização as autarquias pelas
autarquias. Os planos são elaborados em coordenação com a administração central. Os planos de
desenvolvimento e ordenamento do território carecem de ratificação pelo governo central, publicado o acto
da ratificação no BR.

Lei nº 8/2003 de 19 de Maio. Estabelece os princípios e normas de organização dos Órgãos Locais do
Estado nos escalões de Província, Distrito, P. Administrativo e de Localidade. A LOLE formaliza
legalmente a consulta aos distritos e a maneira como os representantes da sociedade civil devem ser
considerados pelas autoridades públicas locais. Nove princípios regulam a participação da comunidade
nos conselhos distritais de consulta: a) Participação; b) Representatividade; c) Diversidade; d)
Independência; e) Habilidade; f) Transparência; g) Responsabilidade; h) inclusão e i) Articulação.

Decreto nº 11/2005, de 10 de Junho: Aprova o Regulamento da Lei dos Órgãos Locais do Estado

Lei nº 7/97, de 31 de Maio, Estabelece o regime jurídico da tutela administrativa do Estado a que estão
sujeitas as autarquias locais

Decreto 51/2004, de 1 de Dezembro, Aprova o Regulamento de Organização e Funcionamento dos


Serviços Técnicos e Administrativos dos Municípios

Diploma Ministerial 80/2004, de 14 de Maio, Aprova o Regulamento de Articulação dos Órgãos das
Autarquias Locais com as Autoridades Locais

Decreto nº 45/2003, 17 de Dezembro, Regula a mobilidade dos funcionários entre a Administração do


Estado e as Autarquias e entre estas, e clarifica a situação da relação de trabalho dos funcionários do
Estado em actividade nas autarquias locais. BR, I Série, Nº 51, 17 de Dezembro de 2003.

Decreto n.º 52/2000, 21 de Dezembro. BR, I Série, N.º 51, Suplemento, 21 de Dezembro de 2000,
Estabelece o Sistema Tributário Autárquico.

Resolução nº 10/95, de 17 de Outubro, Política Nacional de Terras.


Lei n° 19/97 de 1 de Outubro, Aprova a lei de terras e revoga as leis nº 6/79 e 1/86 de 3 de Julho e 16 de
Abril respectivamente.
A lei estabelece os termos em que se opera a constituição, exercício, modificação, transmissão e extinção
do direito de uso e aproveitamento da terra

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Decreto n° 66/98 de 8 de Dezembro, aprova o Regulamento da Lei de Terras e revoga o Decreto n° 16/87
de 15 de Julho.
O regulamento aplica-se às zonas não abrangidas pelas áreas sob jurisdição dos Municípios que possuam
serviços municipais de cadastro à excepção do artigo 45 que é aplicável em todo o território nacional

Decreto nº 29A/2000, Anexo Técnico do Regulamento da Lei de Terras. O anexo aplica-se:


À delimitação de áreas ocupadas pelas comunidades locais segundo práticas costumeiras
Delimitação de áreas ocupadas de boa-fé pelo menos dez anos por pessoas singulares nacionais
À demarcação, no âmbito de um processo de titulação de:
. Áreas ocupadas pelas comunidades locais segundo práticas costumeiras
. Áreas ocupadas de boa-fé há pelo menos dez anos por pessoas singulares nacionais
. Áreas relativamente às quais foi apresentado um pedido de aquisição do direito de uso e aproveitamento
da terra por pessoas singulares ou colectivas, nacionais ou estrangeiras, e emitida uma autorização
provisória.

Resolução n.º 18/2007 de 30 de Maio (B.R.nº 22 1ª Série de 30 de Maio de 2007) Aprova a Política do
ordenamento do território):
A política visa contribuir para o pleno aproveitamento dos recursos naturais e humanos do país, através da
compatibilização das políticas sectoriais, e da coordenação das acções de Planeamento nas várias
escalas geográficas, e entre os diversos níveis de administração pública, para o melhoramento da
qualidade de vida dos cidadãos, assegurando a sustentabilidade dos recursos naturais.

Decreto-Lei nº 60/2006, de 26 de Dezembro, Aprova o Regulamento do Solo Urbano: O regulamento


aplica-se às Cidades e vilas legalmente existentes e nos assentamentos ou aglomerados populacionais
organizados por um plano de urbanização.

Lei nº 19/2007, de 18 de Julho (Lei do ordenamento do Território) – Ministério para a Coordenação da


Acção Ambiental.
A presente lei aplica-se a todo o território Nacional e, para efeitos do ordenamento do território, regula as
relações entre os diversos níveis da Administração Pública, das relações desta com os demais sujeitos
públicos e privados, representantes dos diferentes interesses económicos, sociais e culturais, incluindo as
comunidades locais

Decreto nº 23/2008 de 1 de Julho, que aprova o Regulamento da Lei do Ordenamento do Território. O


Regulamento tem como objecto estabelecer o regime jurídico dos instrumentos de Ordenamento do
Território.

Decreto nº 2/2004, de 31 de Março, Estabelece as normas para o licenciamento de obras particulares

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Resolução nº 5/95, de 3 de Agosto, Política Nacional do Ambiente

Lei nº 20/97, de 1 de Outubro, Lei do ambiente


A lei tem por objectivo a definição das bases legais para a utilização e gestão correcta do ambiente e seus
componentes com a materialização de um sistema de desenvolvimento sustentável do país. A lei aplica-se
a todas as Actividades públicas e privadas que directa ou indirectamente possam influir nas componentes
ambientais

Lei nº 10/99, de 07 de Julho, Lei de Florestas e Fauna Bravia

Decreto nº12/2002 de 6 de Junho, Aprova o regulamento da lei n.º 19/99, de 7 de Julho, sobre Florestas e
Fauna Bravia:
A Lei é aplicável às actividades de protecção, conservação, utilização, exploração dos recursos florestais e
faunísticos, e abrange a comercialização, o transporte, o armazenamento e a transformação primária,
artesanal ou industrial destes recursos

Resolução nº8/97, de 01 de Abril, Política e Estratégia de Florestas e Fauna Bravia:


(...) Este documento Orienta as acções do Governo na área de Florestas e Fauna Bravia

Resolução nº95, de 08 de Agosto Política Nacional das Águas

Lei nº 16/91, de 03 de Agosto Lei das Águas:


A presente Lei das Águas estabelece os recursos hídricos que pertencem ao domínio público, os
princípios de gestão das águas, a necessidade de inventariação de todos os recursos hídricos existentes
no país, o regime geral da sua utilização, as prioridades a ter em conta, os direitos gerais dos utentes e as
correspondentes obrigações, entre outros.

Diploma ministerial nº180/2004 de 15 de Agosto, Regulamento Sobre a qualidade de água para o


consumo humano
O presente Regulamento Fixa os parâmetros da qualidades da água destinada consumo humano e as
modalidades de realização do seu controlo, visando proteger a saúde humana dos efeitos nocivos
resultante de qualquer contaminação que possa ocorrer nas diferentes etapas do sistema de
abastecimento de água desde a captação até a Disponibilização ao consumidor

Lei n.º 16/91, 3 de Agosto. BR, I Série, N.º 31, 2.º Suplemento, 3 de Agosto de 1991, Lei de Águas

Resolução n.º 7/95, 8 de Agosto. BR, I Série, N.º 34, 23 de Agosto de 1995, Aprova a Política Nacional de
Águas

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Decreto nº 72/98 de 23 de Dezembro de 1998.BR, I Série, Nº 51, 2.º suplemento, 28 de Dezembro de


1998, Aprova o Quadro da Gestão Delegada do Abastecimento de Água

Decreto nº 73/98, de 23 de Dezembro de 1998. BR, I Série, Nº 51,2.º suplemento, 28 de Dezembro de


1998, Cria o Fundo de Investimento e Património do Abastecimento de Água e aprova o respectivo
Estatuto Orgânico

Decreto nº 15/2004, de 15 de Julho de 2004. BR, I Série, Nº 28, 2.º suplemento, 15 de Julho de 2004 ,
Aprova o Regulamento dos Sistema Prediais de Distribuição de Água e de Drenagem de Águas Residuais
Decreto nº 30/2003, de 1 de Julho de 2003. BR, I Série, Nº 26, Suplemento, 1 de Julho de 2003, Aprova o
Regulamento dos Sistema Públicos de Distribuição de Água e de Drenagem de Águas Residuais

Diploma Legislativo nº 1976, I Série, Nº 19, 1 de Maio de e1960., Regulamento Geral de Edificações
Urbanas

Decreto nº 68/99, de 5 de Outubro de 1999.BR, I Série, Nº 39, 5 de Outubro de 1999, Aprova o


Regulamento de Exercício da Actividade de Empreiteiro, Aprova o Regulamento de Administração Directa
das Obras Particulares

Decreto nº 2/2004, de 31 de Março de 2004. BR, I Série, Nº 13, 31 de Março de 2004, Aprova o
Regulamento de Licenciamento das Obras Particulares.

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Plano de Estrutura Urbana do Municipio da Cidade de Dondo

Bibliografia
MAE, Plano de Estrutura de Beira e Dondo, Proposta do Plano de Estrutura, Maputo, 1999, Vol.II

MAE Plano de Estrutura de Beira e Dondo, Manual de Formação, Maputo, 1999, Vol.V

MINAG (DNFFB/FAO), Estratégia para fiscalização Participativa de florestas e Fauna Bravia em


Moçambique, Maputo, 2005

MAE, Plano de Estrutura de Beira e Dondo, Análise das Condições Urbanas Existentes, Maputo, 1999,
Vol.I
MICOA, Plano de Acção Para a Prevenção e Controlo às Queimadas Descontroladas 2008-2018:
Queimadas Descontroladas, soluções locais para um problema Global, Aprovado pela 32a do
Conselho de Ministros, 2007, Maputo
MICOA (DINAPOT), Estratégia de Intervenção nos assentamentos informais em Moçambique,
Maputo, 2010
MICOA (DINAPOT), Plano de Acção Para a Prevenção dos assentamentos informais em
Moçambique, Maputo, 2010
Serra, Carlos Manuel. Colectânea de Legislação Sobre a Terra, 3a Ed. Maputo, CIEDIMA-
Central Impressora e Editora de Maputo ,SARL, 2009.
Nazareth, Manuel. Introdução à Demografia-Teoria e Prática, 1a Ed., Lisboa, Editorial Presença,
1996
MICOA e INE, Compêndio de Estatísticas do Ambiente, 1a Ed. Maputo, 2009
MOPH. Proposta de Estratégia de Habitação, Maputo, 2010
MAE. Perfil do Distrito do Dondo Província de Sofala, Maputo, MAE, 2005
CMCD, Plano Económico e Social Municipal, 2011

Dondo, Agosto de 2011.

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Indice Página
I. INTRODUÇÃO ................................................................................................................................................ 1
2.1. Localização Geográfica do Município da Cidade de Dondo ................................................................................ 3
2.2. Resenha Histórica do Município da Cidade do Dondo ....................................................................................... 3
II. ENQUADRAMENTO REGIONAL ....................................................................................................................... 3
2.3.Aspectos culturais da população do Dondo ..................................................................................................... 4
2.4. Evolução da Ocupação do Solo Antes da Independência ................................................................................... 6
2.5. Evolução da Ocupação do Solo Após a Independência ..................................................................................... 6
2.6.Actividade Relevante .................................................................................................................................. 7
2.7.Definição da área de influência ..................................................................................................................... 7
3.1.DIVISÃO ADMINISTRATIVA DO MUNICÍPIO DA CIDADE DO DONDO ................................................................ 9
3.1.1. Delimitação da Cidade ............................................................................................................................. 9
III. ANÁLISE DA SITUAÇÃO ACTUAL ......................................................................................................... 9
3.2.Condições Físicas da Região ..................................................................................................................... 10
3.2.1.Clima .................................................................................................................................................. 10
3.2.2.Solos .................................................................................................................................................. 11
3.2.3.Vegetação ........................................................................................................................................... 11
3.2.4.Fauna ................................................................................................................................................. 11
3.2.5.Relevo ................................................................................................................................................ 12
3.2.6.Hidrografia ........................................................................................................................................... 12
3.3.Recursos da Terra, Aptidão agrícola ............................................................................................................ 12
3.4.Perfil Ambiental do Município da Cidade do Dondo ......................................................................................... 13
3.4.1.Análise da Sensibilidade Ambiental ........................................................................................................... 14
3.4.2.Fenómenos de Erosão ........................................................................................................................... 14
3.4.3.Saneamento do Meio ............................................................................................................................. 15
3.5.Condicionamentos Topográficos e Naturais na Expansão da Cidade .................................................................. 15
3.6.Distribuição da População ......................................................................................................................... 15
3.7. ACTIVIDADES ECONÓMICAS .................................................................................................................. 17
3.7.1. Agricultura .......................................................................................................................................... 18
3.7.2. Pecuária ............................................................................................................................................. 19
3.7.3. Pesca ................................................................................................................................................ 22
3.7.4. Comércio ............................................................................................................................................ 22
3.7.5. Indústria ............................................................................................................................................. 23
3.7.6. Artesanato .......................................................................................................................................... 26
3.7.7. Turismo .............................................................................................................................................. 26
3.7.8. Prestação de Serviço ............................................................................................................................ 27
3.8.EQUIPAMENTOS SOCIAIS ....................................................................................................................... 28

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3.8.1. Educação ........................................................................................................................................... 28


3.9.2. CULTURA........................................................................................................................................... 33
3.9.3. DESPORTO ........................................................................................................................................ 34
3.9.4. SAÚDE .............................................................................................................................................. 36
3.10. INFRAESTRUTURAS ............................................................................................................................ 39
3.10.1. REDE VIÁRIA .................................................................................................................................... 39
3.10.2. REDE FERROVIÁRIA .......................................................................................................................... 41
3.10.3.REDE DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA .................................................................................................. 41
3.10.4. REDE DE ENERGIA ELÉCTRICA .......................................................................................................... 42
3.10.5. ABASTECIMENTO DE COMBUSTÍVEL .................................................................................................. 44
3.10.6. AERÓDROMO ................................................................................................................................... 44
3.10.7. CORREIOS E TELECOMUNICAÇÕES ................................................................................................... 44
3.11. SANEAMENTO E DRENAGEM ................................................................................................................ 45
3.11.1.Saneamento e Drenagem ...................................................................................................................... 45
3.11.2. Sistema de Recolha do Lixo .................................................................................................................. 46
3.11.3. Equipamentos Especiais ...................................................................................................................... 46
3.12. Transportes.......................................................................................................................................... 47
3.12.2. Transporte Urbano .............................................................................................................................. 49
3.12.3. Terminal de Transporte Urbano, inter-urbano e interprovincial ...................................................................... 49
4.1. USO DO SOLO ...................................................................................................................................... 50
IV. USO ACTUAL DO SOLO .............................................................................................................................. 50
4.1.3. Zonas Urbanizadas ............................................................................................................................... 51
4.1.4. Zona Sub-urbanizadas........................................................................................................................... 52
4.1.5. Zona não urbanizadas ........................................................................................................................... 53
4.1.6. Zona Comercial.................................................................................................................................... 53
4.1.7. Zona Industrial ..................................................................................................................................... 53
4.1.8. Zona Habitacional ................................................................................................................................. 54
4.2. CONDICIONANTE PARA OCUPAÇÃO DO SOLO ......................................................................................... 54
V. ANÁLISE FUNCIONAL DO CONSELHO MUNICIPAL DA CIDADE DO DONDO ....................................................... 56
5.1. Funcionamento....................................................................................................................................... 56
5.2. Património do Conselho Municipal .............................................................................................................. 58
5.3. Situação Financeira do Conselho Municipal .................................................................................................. 59
VI. SÍNTESE DOS PRINCIPAIS PROBLEMAS DO CMC DO DONDO .......................... Erro! Marcador não definido.
VII. Identificação de Legislação e outros Documentos para a Elaboração do Plano de Estrutura ............................... 67
Bibliografia .................................................................................................................................................... 72

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