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DOCUMENTO DE TRABALHO

Programa PARTENON
Plano Director do Turismo
Volume I: Estratégia 2011-2020 para o Desenvolvimento do Turismo em Angola

Luanda, Junho de 2011

1
DOCUMENTO DE TRABALHO

Sumário Executivo
 A metodologia utilizada considerou a caracterização mundial do turismo, a análise dos
mercados mais desenvolvidos e emissores de turistas, o benchmark de casos de sucesso ou
comparáveis com a realidade angolana e perspectivou-se uma estratégia diferenciadora
capaz de afirmar os valores e aspectos histórico-culturais que valorizam o potencial de Angola
no turismo i) a nível interno, ii) a nível regional e iii) a nível da sua integração na rota
internacional do turismo.

 O Turismo é uma indústria que gerou 852BUSD de receitas em 2009, entre Jan. e Jun.
de 2010 cresceu 7%. Em 2020 as chegadas deverão atingir 1,6 biliões de turistas
contra os actuais 935 milhões a nível mundial
 Os 10 maiores mercados emissores a incluírem países europeus, os EUA, a China e o Japão.
No entanto, apesar de ser uma indústria global, as movimentações de turistas ocorrem
predominantemente no mesmo continente.
 Estima-se que a África Subsaariana tenha nos próximos 10 anos um crescimento da
actividade turística superior à media global. As primeiras fases de desenvolvimento dos
destinos emergentes são tipicamente enfocadas quer do ponto de vista regional quer de oferta
de produtos, sendo importante o estímulo da iniciativa privada e a captação de players
internacionais que contribuam com investimento, conhecimento e clientes fidelizados.
2
DOCUMENTO DE TRABALHO

Sumário Executivo (2/3)


 O Turismo de Angola apresenta um défice de oferta a vários níveis mas dispõe de um
conjunto de recursos e de um contexto favoráveis ao seu desenvolvimento futuro.

 Angola deverá posicionar-se como o destino de diversão e animação em África,


alavancando o seu património cultural, natural, de praias e desportivo

3
DOCUMENTO DE TRABALHO

Sumário Executivo (3/3)


 O desenvolvimento do turismo angolano deverá ser enfocado e faseado, quer
relativamente ao desenvolvimento da oferta quer aos mercados que endereça.

4
DOCUMENTO DE TRABALHO

Conteúdo Pag.

A. Evolução do sector a nível global e principais tendências 6

B. Benchmark da estratégia de 9 países na área do Turismo 37

C. Contexto actual do Turismo em Angola 161

D. Visão do Turismo de Angola para 2020 174

5
DOCUMENTO DE TRABALHO

A. Evolução do sector a nível global e principais tendências

6
DOCUMENTO DE TRABALHO

Com apenas 4% a nível global, o Turismo em África cresceu, nos


últimos 5 anos, ao dobro da média global, num sector onde a
importância da internet e da diferenciação pelos produtos é
crescente
1.
1 O número de turistas internacionais aumentou 3,3% ao ano desde 2005, com a Europa a captar mais
de metade dos USD 852 Bn de receitas geradas a nível global, enquanto o continente africano capta
apenas 4%
2.
2 Nos últimos 5 anos, o crescimento do turismo na África Subsaariana foi superior a 7% ao ano – mais
do dobro do ritmo de crescimento global – estima-se que até 2020 a taxa de crescimento anual ronde
os 5,7%
3.
3 O Turismo é uma indústria predominantemente regional – quer nos principais mercados emissores
globais onde mais de 64% dos turistas que saem do país ficam no mesmo continente, quer também
na África Subsaariana, onde cerca de 90% se deslocam para os países fronteiriços
4.
4 A África do Sul (com cerca de 10M) lidera de forma clara o turismo na África Subsaariana, captando
cerca de metade dos turistas estrangeiros que se dirigem aos 10 principais países receptores da região
5.
5 Nos últimos anos verificou-se um aumento da importância da internet, o turista tendeu a valorizar mais
a diversidade e personalização da experiência, a gozar férias com maior frequência e por períodos
mais curtos e a preferir destinos sustentáveis
6
6. Sol & Mar, Turismo Cultural e City Breaks são os principais produtos turísticos para os mercados
emissores europeus

7
DOCUMENTO DE TRABALHO
1 TURISMO MUNDIAL

O fluxo mundial de turistas deverá ter atingido 935 M em 2010 –


Alemanha, EUA e Reino Unido são os 3 principais mercados
emissores de turistas
Evolução do Turismo a nível global (1/2)
Evolução do fluxo global de turistas - Chegadas Top 10 mercados emissores
[M; 2005-E2010] [Milhões de Turistas; 2009]

+3.3%
937 18 Alemanha 77,4
894 913
877 32 África - Norte
846 61 EUA 70,5
795 África - Subsaariana
151 Médio Oriente Reino Unido 52,1
América França 39,1
206 Ásia e Pacífico
Itália 27,8

Canadá 27,5

Holanda 27,3
469 Europa
China 26,1

Rússia 25,8

2005 2006 2007 2008 2009 E2010 Japão 20,5

Fonte: UNWTO, World Tourism Barometer

8
DOCUMENTO DE TRABALHO
1 TURISMO MUNDIAL

França, EUA e Espanha são os 3 maiores receptores de turistas a


nível global – metade da receita total de turismo é gerada na
Europa, enquanto África gera apenas 4%

Evolução do Turismo a nível global (2/2)

Top 10 mercados receptores de turistas Peso de cada região na receita gerada pelo turismo
[Milhões de turistas; 2009] [%; 2009]

França 74,2 África


EUA 52,5 4%
América
Espanha 51,7
20%
China 45,5

Itália 37,5
51% Europa
Reino Unido 28,4

Turquia 26,7
25%
Alemanha 23,4 Ásia e Pacífico

Malásia 23,3

México 21,6

Fonte: UNWTO, World Tourism Barometer 9


DOCUMENTO DE TRABALHO
2 TURISMO EM ÁFRICA

O fluxo global de turistas para a região da África Subsaariana tem


vindo a crescer a um ritmo superior ao dobro do turismo global…
Evolução do mercado global de turistas
[M; 2005-E2010]
Evolução do fluxo global de turistas vs. chegadas
Chegadas de Turistas estrangeiros à África turistas estrangeiros à África Subsaariana
Subsaariana [base 100 – ano 2005]
Peso da
região no
fluxo global
2,7% 2,9% 3,0% 3,0% 3,2% 3,2%
140
de turistas

+7,0% 131
30,1 127
26,9 27,3 28,2 125
24,6
21,5
118
114 115
112
110
106

100

2005 2006 2007 2008 2009 E2010 2005 2006 2007 2008 2009 E2010

Fluxo global de turistas Chegadas à África Subsaariana

Fonte: UNWTO, World Tourism Barometer; Análise Equipa de Projecto 10


DOCUMENTO DE TRABALHO
2 TURISMO EM ÁFRICA

… estimando-se que até 2020 África mantenha um ritmo superior à


média global mundial, quer na geração quer na captação de turistas
Previsão da evolução fluxo global de turistas para 2010

Previsão do crescimento do Previsão do crescimento do Top 5 mercados emissores em


mercado Outbound, por região mercado Inbound, por região 2020
[CAGR; 2010-2020] [CAGR; 2010-2020] [M turistas; 2009-2020]
Norte: 3,9%
Subsariana: 5,7%
Posição
1 8 2 3 4
2009
África 5,6% África 5,1%

106
América 3,0% América 4,0% 98 94

74
Ásia e Pacífico 7,6% Ásia e Pacífico 7,3% 60

Europa 3,4% Europa 3,1%

Médio Oriente 5,2% Médio Oriente 6,7%


Alemanha EUA França
China Reino
Média: 4,5% Média: 4,5%
Unido
Fonte: UNWTO, Tourism 2020 vision; Análise Equipa de Projecto 11
DOCUMENTO DE TRABALHO
2 TURISMO EM ÁFRICA

O maior crescimento na captação de turistas será no sul de


África – Ásia Pacífico e Médio Oriente são as regiões cujos fluxos
para África mais irão crescer
Taxa de crescimento de turistas prevista em África
[CAGR; 2010-2020]

Entrada de turistas internacionais por região de Crescimento por região emissora de turistas para o
África sul de África

Norte 4,1% África 6,0%

Oeste 3,3% América 6,5%

Central 2,5% Ásia e Pacífico 8,1%

Este 5,0% Europa 6,1%

Sul 6,1% Médio Oriente 8,1%

média: 5,1% média: 6,1%

Fonte: UNWTO, Tourism 2020 vision; Análise Equipa de Projecto 12


DOCUMENTO DE TRABALHO
3 MOVIMENTAÇÃO GEOGRÁFICA

Nos principais mercados emissores globais 47% dos turistas que


saem do país vão para países vizinhos1) enquanto na África
Subsaariana esse valor sobe para cerca de 90%
Peso dos destinos fronteiriços no total de outbound do país
Top 10 mercados emissores - Global Top 10 mercados emissores – África Subsaariana

Alemanha 38% 27% 65% África do Sul 65%

Canadá 66% Angola 77%

China 70% 10% 80% Benin 99%

EUA 45% Botswana 97%

França 53% 13% 66% Lesoto 99%

Holanda 49% 34% 83% Moçambique 98%

Itália 43% 31% 74% Quénia 70%

Japão 28% 11% 39% Suazilândia 99%

Reino Unido 19% 46% 65% Zâmbia 71%

Rússia 54% Zimbabué 91%

Países Vizinhos Continente 47% 64% média: 87%

1) Esta percentagem sobe para 64% se se considerar todo o continente


Fonte: UNWTO, Fichas de Mercado; Análise Equipa de Projecto 13
DOCUMENTO DE TRABALHO
4 ÁFRICA

A África do Sul recebe quase tantos turistas como os restantes 9


maiores mercados da África Subsaariana – os 10 maiores
mercados emissores não africanos enviam apenas 5 milhões de
turistas
Principais mercados emissores e receptores da África Subsaariana
['000 turistas; 2008]
Top 10 mercados emissores para Top 10 mercados emissores para
África Subsaariana – países África Subsaariana – países não Top 10 mercados receptores da
africanos africanos África Subsaariana

África do Sul 2.943 Reino Unido 1.124 África do Sul 9.592

Zimbabué 2.477 França 1.070 Zimbabué 1.956

Lesoto 2.182 EUA 703 Moçambique 1.951

Moçambique 1.523 Alemanha 683 Botswana 1.500

Suazilândia 1.271 Itália 464 Quénia 1.141

Botswana 849 Holanda 239 Maurícia 930

Benin 840 Portugal 232 Uganda 844

Zâmbia 707 Índia 221 Suazilândia 754


∑ =13,7 ∑ = 5,1 ∑ = 20,1
Quénia 550 milhões China 203 milhões Tanzânia 750 milhões

Angola 377 Austrália 184 Malawi 742

Fonte: Fichas de Mercado, UNWTO; Análise Equipa de Projecto 14


DOCUMENTO DE TRABALHO
5 TENDÊNCIAS

Nos últimos anos assistiu-se ao reforço da importância da


internet, das Low Cost e ao enfoque do consumidor na
diversidade e personalização das experiências

i INTERNET
• Peso crescente na procura de informação e reserva
• Importante meio de promoção
• Afirmação como mecanismo de interacção entre turista e
i
destino, nomeadamente através das redes sociais e
comunidades online
INTERNET
ii LOW COST
• Reforçaram-se as tendências anteriormente identificadas
• Maior penetração das LCC
- Potenciadoras de short breaks
EVOLUÇÃO - Induz redução da estadia média
- Efeito de substituição dos charters
RECENTE DO - Não possibilita marcação em grupo
iii CONTEXTO ii
iii CONSUMIDOR
• Consolidação das tendências para férias mais frequentes e
CONSUMIDOR LOW COST de menor duração, value for money e segurança
• Cada vez mais enfocado na diversidade e qualidade das
experiências
• Marcações mais tardias e aproveitando oportunidades do
momento
• Valorização do desenvolvimento sustentável

Fonte: Análise Equipa de Projecto 15


DOCUMENTO DE TRABALHO
5 i INTERNET

O peso das vendas online tem aumentado significativamente – a


internet afirma-se como importante fonte de informação e ponto de
venda
Evolução das Vendas online
Progresso das vendas online no turismo Citações agentes do sector contactados

CAGR +21%
• "As compras na internet têm
aumentado e o consumidor cada
69,9 vez mais constrói o seu próprio
pacote"
58,4
• "A internet no seu todo, incluindo
49,4
sites de reservas, redes sociais ou
39,7 blogues de viagens é actualmente o
principal meio de recolha por parte
30,2 dos clientes"
25,2%
22,5%
20,8 19,4% • "Importância crescente e imparável
16,1%
13,9 12,9% das vendas online"
8,9 9,5%
2,5 5,0 6,5%
0,2 0,8
2,3% 4,0% • "A internet passou a desempenhar
0,1% 0,4% 1,1%
papel primordial na decisão quanto
98 99 00 01 02 03 04 05 06 07 E08 E09 ao destino"
Vendas online na UE 25 e Suiça [EUR Bn] Peso Online [%]

Fonte: Centre for Regional and Tourism Research; Análise Equipa de Projecto 16
DOCUMENTO DE TRABALHO
5 i INTERNET

As comunidades de viagens online têm vindo a adquirir


importância na obtenção de informação e de recomendações

Exemplo da importância das comunidades online – Exemplo Trip Advisor

Taxa de crescimento do conteúdo submetido por


Principais características utilizadores [milhões]
• Maior comunidade de viagens mundial com mais de
34 milhões de visitantes únicos por mês +50%
• 15 milhões de membros registados
• Opera sites em dezassete países 15,0
• Em actividade desde 2000

10,0
Diversidade de conteúdo
6,7
• + 35 milhões de reviews, opiniões e recomendações
de viajantes reais
• 1,3 milhões de fotografias de utilizadores cobrindo 2,9
mais de 70.000 hotéis 0,7
0,1 0,2
• + 2.000 hotéis com > 100 reviews
• 3 reviews submetidos a cada minuto Out. 02 Out. 03 Out. 04 Out. 05 Out. 06 Jun. 07 Abr. 08

Fonte: Trip Advisor 17


DOCUMENTO DE TRABALHO
5 i INTERNET

As redes sociais têm também sido utilizadas como forma de


partilha de informação e preferências sobre destinos e ofertas
turísticas
Exemplo de utilização de redes sociais para desenvolvimento de conteúdos de turismo
Crescimento dos utilizadores da aplicação
Aplicações de sucesso no Facebook "cidades que visitei" no Facebook

O Facebook tem já mais 500 milhões de utilizadores


a nível global, incluindo 2 milhões em Portugal

Fonte: Trip Advisor; OJE 18


DOCUMENTO DE TRABALHO
5 i INTERNET NÃO EXAUSTIVO

O peso da internet na marcação de viagens dos principais


mercados emissores a nível global tem vindo a aumentar

Utilização da internet para marcação de viagens em alguns dos maiores mercados


emissores [2004-2008; %]
Reservas para o exterior Reserva de alojamento Reserva transporte aéreo

4,1% 0,4% 3,2%


Espanha 19,1% 3,6% 12,1%
19,0% 2,8% 8,9%
Reino Unido 39,0% 9,8% 19,9%
11,0% 0,9% 4,7%
Alemanha 29,0% 6,1% 14,9%
11,0% 2,3% 3,1%
França 33,1% 9,2% 16,1%
17,0% 2,5% 4,9%
Holanda 39,7% 10,6% 20,1%
4,0% 0,2% 5,2%
Itália 21,0% 3,5% 13,2%
1) 4,0% 0,8% 1,2%
Brasil 12,0% 3,7% 7,9%
2,0% 1,6% 0,7%
Rússia 8,0% 3,1% 2,8%

2004 2008 1) Dados de 2004 e 2007


Fonte: e-marketer; Análise da Equipa de Projecto 19
DOCUMENTO DE TRABALHO
5 ii LOW COST

O modelo Low Cost tem vindo a ganhar quota no tráfego comercial –


num contexto de quebra global do sector, as LCCs registaram fortes
crescimentos em passageiros e capacidade mantendo ocupação
Evolução da actividade das Companhias Low Cost Europeias
Evolução do número de passageiros transportados Número de voos diários
[2006-2009; milhões de passageiros] [situação em Dezembro de cada ano; # voos]

+68% +73%

136 150 146 163 3.042 3.410 3.205 3.815


97 106 116 121 2.211 2.331 2.749 2.886

2006 2007 2008 2009 2006 2007 2008 2009


Average Load Factor Número de aviões na frota
[2006-2009; %] [situação em Dezembro de cada ano; # aviões]
Taxa de ocupação constante no período
+93%
83,0% 82,0% 81,5% 82,0%

533 612 601 693


360 402 470 495

2006 2007 2008 2009 2006 2007 2008 2009


1)
Amostra constante no período (9 Cª) Total membros ELFAA

1) Constituição dos membros variou ao longo dos anos com fusões, falências e novas entradas; Dados 2009 incluem Myair e Sky Europe que cessaram
actividade durante esse ano
Fonte: ELFAA; Análise Equipa de Projecto 20
DOCUMENTO DE TRABALHO
5 ii LOW COST EXEMPLO: PORTUGAL

A título ilustrativo, o tráfego low-cost já representa 34% do tráfego


aéreo em Portugal, tendo vindo a ganhar importância face aos
voos tradicionais e, principalmente, aos voos Charter

Evolução de Passageiros Desembarcados Evolução Tráfego Companhias Aéreas Low Cost nos
[M; CAGR; %] Aeroportos ANA [milhões pax]1)

CAGR
3,9% 06-10 % Pax
20,1% 24,7% 30,0% 30,4% 34,1%
ANA
13,9
13,4
13,0 13,0 0,9 -12,8%
11,9 1,3 1,0
1,5
Charters 1,6 4,73
4,7 18,7%
3,2 4,0 3,9
Low Cost 2,4 4,01 3,95

3,20

2,39

Tradicionais 7,9 8,2 8,0 8,0 8,2 0,9%

2006 2007 2008 2009 2010 2006 2007 2008 2009 2010

1) Inclui somente passageiros desembarcados


Fonte: ANA, Terminal A; Análise Equipa de Projecto 21
DOCUMENTO DE TRABALHO
5 iii CONSUMIDOR

O enfoque na experiência e diversidade, o desenho de programas


de férias pelo próprio turista e a importância do value for money
têm vindo a acentuar-se
Principais tendências estruturais do sector – padrão da procura
Tendência Descrição
Cliente no driver • Clientes são cada vez mais informados e exigentes, fruto da maior liberdade de escolha e
seat transparência da oferta
• Maior importância da qualidade e serviço personalizado; menor brand loyalty
Value for money • Turistas procuram rentabilizar os seus gastos de viagens, mas sem que para isso signifique
estarem disponíveis para aceitar destinos, produtos e serviços de menor qualidade – reforço do
preço enquanto factor de decisão
• Sintomas desta tendência são a maior procura por viagens de curta duração (short breaks e o
conceito emergente de nano-férias) e a busca de oportunidades last minute (shopping around)
Diversificação e • Maior diversificação das motivações para viajar e novos segmentos de mercado
especialização • Maior enfoque em oferta customizada e especializada

Enfoque na • Substituição do tradicional enfoque no destino pelo enfoque na experiência


experiência • Turistas procuram experiências mais autênticas e actividades criativas no destino

Alterações • Envelhecimento da população nos principais mercados emissores – mas "over 50s" vão
demográficas e pensar e agir de forma mais jovem
individualização • Maior número de "singletons" e maior individualização da sociedade

Turismo • Turismo sustentável deverá passar de 1% para 5% dos viajantes nos próximos 20 anos
sustentável • Crescimento deve-se à maior consciência ambiental e cultural dos viajantes, e à maior
vontade de interagir com culturas locais criando benefícios sustentáveis
Fonte: Análise Equipa de Projecto 22
DOCUMENTO DE TRABALHO
5 iii CONSUMIDOR

O desenvolvimento da internet e das Low Cost potenciaram


comportamentos de escolha assentes na oportunidade do momento

Comportamento de reserva – Comparação

Tradicional LCC
Consultar a
1. disponibilidade do voo • Os destinos tendem a
1. DESTINO LCC
ser convertíveis

2. Destino
• Os sites das
2. Selecção do hotel companhias aéreas são
o ponto de acesso
3. Reserva Online favorito na marcação de
Consultar a viagens
3.
disponibilidade do avião
Consultar a • Aumento na reserva de
4.
disponibilidade do hotel complementos(voo,
hotel, carro, etc.)
Reserva de
4. complementos ou Reserva através do • Factor de sucesso para
5.
Pacotes de Viagem site do hotel os sites: Grande
diversidade na oferta/
MOTIVADO PELO MOTIVADO PELA
DESEJO OPORTUNIDADE
Conteúdo

Fonte: Análise Equipa de Projecto 23


DOCUMENTO DE TRABALHO
5 iii CONSUMIDOR INDICATIVO

O crescimento do Turismo deverá passar cada vez mais por


produtos especializados e de nicho – o Turismo de Natureza está a
ganhar importância
Experiência de férias durante os últimos 5 anos vs Planos Futuros para os próximos 5
anos1) [% das Respostas]

52
48 48 47

32
30 30

21 21 20 20
19

12 13
11 10
9 8 7 6
5 4 3 2

Praia Cidade Pacote de Acampar Activa Cruzeiros Com guia Spa/ Natureza/ Desportos Baseados Radicais
Actividades Saúde Vida de Neve em Água
selvagem

1) Para o Reino Unido Últimos 5 anos (Experiência) Próximos 5 anos (Planos Futuros)
Fonte: Traveltainment; Análise Equipa de Projecto 24
DOCUMENTO DE TRABALHO
5 iii CONSUMIDOR

Segurança, facilidade de acesso e qualidade da hotelaria são


factores básicos para a selecção do destino turístico

Factores de escolha do destino

Factores qualificadores
> Segurança
FÉRIAS > Qualidade das infra-estruturas hoteleiras
> Facilidade de acesso - existência de voos directos
Factores diferenciadores
> Hospitalidade
> Qualidade dos serviços e o nível de formação dos recursos
> Capacidade organizadora de grandes e Mega Eventos
> Possibilidade de oferta programática para Pré e pós eventos
> Qualidade da gastronomia e herança histórica
> Informações e destaque na internet
> Relação qualidade/preço
> Preservação do destino
> Genuinidade e autenticidade da oferta turística
> Diversidade da oferta
> Imagem do destino de qualidade, identidade e autenticidade
- o “único” (na oferta e na procura)

Fonte: Análise Equipa de Projecto 25


DOCUMENTO DE TRABALHO
6 PRINCIPAIS PRODUTOS PARA PAÍSES EUROPEUS

Os principais produtos para os consumidores Europeus são Sol &


Mar, Turismo Cultural, City Breaks e Turismo de Natureza – os City
Breaks deverão apresentar o maior crescimento até 2015
Principais produtos turísticos para os mercados emissores europeus
[milhões de Viagens; %]
# Viagens em 2015
# viagens em 2004 e % total de viagens de lazer (estimado) CAGR 2004-2015

Sol & Mar 69,0 30% 80 1,4%

Cultural 44,0 19% 88 6,5%

City Break 34,0 15% 121 12,2%

Natureza 22,0 10% 30 2,9%


Saúde e
3,0 1,3% 7 8,0%
Bem-estar
Naútico 2,8 1,2% 7 8,7%

Residencial 1,2 0,5% 3 8,0%

Golfe 1,0 0,4% 2 6,5%

Gastronomia 0,6 0,3% 1 6,5%

Fonte: "10 produtos estratégicos para o desenvolvimento do turismo em Portugal"; Entrevistas com players do sector; Análise da Equipa de Projecto
26
DOCUMENTO DE TRABALHO
6 PRINCIPAIS PRODUTOS PARA PAÍSES EUROPEUS – SOL & MAR

O Sol & Mar é a principal motivação turística na Europa

Importância do produto Sol & Mar

Número de viagens originadas na Europa


[milhões]

• O Sol & Mar é a principal motivação de viagens de


+16% 80 turismo na Europa

69 • O crescimento do produto é suportado pelo


segmento upscale (11%/ano contra 1,8% no
segmento regular), que em 2004 representou 5
milhões de viagens
• Os principais mercados emissores são a Alemanha
e o Reino Unido (40% do total) sendo também
relevantes Escandinávia, Holanda, França, Itália e
Espanha
• O gasto médio diário varia entre € 80 (segmento
regular) e € 600 (segmento upscale)
2004 2015E
x% Crescimento total previsto para o período

Fonte: "10 produtos estratégicos para o desenvolvimento do turismo em Portugal"; Entrevistas com players do sector; Análise da Equipa de Projecto
27
DOCUMENTO DE TRABALHO
6 PRINCIPAIS PRODUTOS PARA PAÍSES EUROPEUS – CULTURAL

O Turismo Cultural origina cerca de 44 M de viagens na Europa,


sendo motivação secundária de 88 M

Importância do Turismo Cultural

Dimensão do mercado Europeu


[milhões de viagens]

88 • O Turismo Cultural é uma das principais


motivações de viagens de turismo na Europa
• Os principais mercados emissores são:
- Itália (18,5%)
44 - França (17,3%)
- Alemanha (14,8%)
- Reino Unido (12,3%)
- Escandinávia (7,1%)
• O gasto médio diário ascende a € 110
Motivação Motivação
Primária Secundária

Fonte: "10 produtos estratégicos para o desenvolvimento do turismo em Portugal"; Entrevistas com players do sector; Análise da Equipa de Projecto
28
DOCUMENTO DE TRABALHO
6 PRINCIPAIS PRODUTOS PARA PAÍSES EUROPEUS – CITY BREAK

O City Break é uma importante motivação de viagem na Europa,


apresentando uma taxa de crescimento bastante elevada

Importância do produto City Break

Número de viagens originadas na Europa


[milhões]

+255%
• O City Break é uma das principais motivações de
viagens na Europa
121
• A taxa de crescimento anual até 2015 deverá ficar
em cerca de 12% a 15%
• O crescimento do produto é suportado pelo forte
aumento da importância das Low Cost no
transporte aéreo e do consequente crescimento do
número de ligações entre cidades e respectiva
34
redução do custo
• Os principais mercados emissores na Europa são:
Reino Unido (16,5%), Alemanha (14,8%), Espanha
2004 2015E (13,4%), Escandinávia (9,1%) e Holanda (7,7%)
x% Crescimento total previsto para o período

Fonte: "10 produtos estratégicos para o desenvolvimento do turismo em Portugal"; Entrevistas com players do sector; Análise da Equipa de Projecto
29
DOCUMENTO DE TRABALHO
6 PRINCIPAIS PRODUTOS PARA PAÍSES EUROPEUS – NATUREZA

O Turismo de Natureza é uma das principais motivações de viagem


na Europa – 9% do total

Importância do Turismo de Natureza

Dimensão do mercado Europeu


[milhões de viagens; 2004]

30 • Motivação primária para cerca de 22 milhões de


viagens em 2004 (9% do total) e secundária para 30
milhões
22 • Os principais mercados emissores são:
- Alemanha (24,5%)
- Holanda (20,5%)
- Reino Unido (8,8%)
- Escandinávia (5,7%)
- França (4,8%)
• O gasto médio diário varia entre EUR 60 e EUR 250
dependendo das actividades desenvolvidas
Motivação Motivação
Primária Secundária • 85% das viagens são superiores a 4 noites

Fonte: "10 produtos estratégicos para o desenvolvimento do turismo em Portugal"; Entrevistas com players do sector; Análise da Equipa de Projecto
30
DOCUMENTO DE TRABALHO
6 PRINCIPAIS PRODUTOS PARA PAÍSES EUROPEUS – SAÚDE & BEM-ESTAR

O Turismo de Saúde e Bem-estar motiva mais de 10 milhões de


viagens anuais, 63% das quais a partir da Alemanha

Importância do Turismo de Saúde e Bem-estar

Dimensão do mercado Europeu


[milhões de viagens; 2004]

7 • Motivação primária para cerca de 3 milhões de


viagens em 2004 (esperando-se um crescimento anual
entre 5% e 10% até 2015) e secundária para 7
milhões
• Os principais mercados emissores são:
- Alemanha (63,4%)
3
- Escandinávia (6,9%)
- Espanha (3,0%)
- Reino Unido (2,7%)
- Itália (2,1%)

Motivação Motivação • O gasto médio diário varia entre EUR 100 e EUR 400
Primária Secundária • 87% das viagens são superiores a 4 noites

Fonte: "10 produtos estratégicos para o desenvolvimento do turismo em Portugal"; Entrevistas com players do sector; Análise da Equipa de Projecto
31
DOCUMENTO DE TRABALHO
6 PRINCIPAIS PRODUTOS PARA PAÍSES EUROPEUS – NÁUTICO

O Turismo Náutico apresenta um gasto médio potencialmente


elevado – Alemanha, Escandinávia e Reino Unido são os principais
emissores
Importância do Turismo Náutico

Dimensão do mercado Europeu


[milhões de viagens; 2004]

7,0 • Motivação primária para cerca de 3 milhões de


viagens em 2004, esperando-se que ascendam a 6,6
milhões em 2015 e secundária para 7 milhões
• Os principais mercados emissores são:
- Alemanha (24,3%)
- Escandinávia (15,1%)
2,8 - Reino Unido (8,9%)
- Holanda (7,1%)
- França (6,4%)
• O gasto médio diário varia entre EUR 80 e EUR 500 -
em função das actividades realizadas (clientes de
Motivação Motivação marinas têm gasto elevado por dia)
Primária Secundária

Fonte: "10 produtos estratégicos para o desenvolvimento do turismo em Portugal"; Entrevistas com players do sector; Análise da Equipa de Projecto
32
DOCUMENTO DE TRABALHO
6 PRINCIPAIS PRODUTOS PARA PAÍSES EUROPEUS – RESIDENCIAL

O Turismo Residencial proporciona alojamento turístico a cerca de


30 M de turistas na Europa, havendo 4 M com casa de férias no
estrangeiro
Importância do Turismo Residencial e de Resorts Integrados

Europeus com alojamento turístico no


estrangeiros [milhões; 2004]
• Em 2005, cerca de 30 milhões de turistas passaram
férias em Resorts Integrados
2,8 • Antes da crise financeira, o mercado cresceu a cerca de
10% ao ano
• O Turismo Residencial foi dos produtos mais afectados
pela crise financeira, com grande parte dos projectos a
serem suspensos
1,2 • Os principais mercados emissores são:
- Alemanha (24%)
- Escandinávia (15%)
- Reino Unido (9%)
- Holanda (7%)
• O gasto médio diário varia entre EUR 50 e EUR 800 em
Em Resort Outras
função das actividades realizadas - clientes de marinas
Integrado
têm gasto mais elevado
Fonte: "10 produtos estratégicos para o desenvolvimento do turismo em Portugal"; Entrevistas com players do sector; Análise da Equipa de Projecto
33
DOCUMENTO DE TRABALHO
6 PRINCIPAIS PRODUTOS PARA PAÍSES EUROPEUS – GOLFE

O Golfe é um produto procurado principalmente por turistas com


elevado poder de compra

Importância do produto Golfe

Número de viagens originadas na Europa


[milhões]

• O Golfe é uma importante motivação de viagens


na Europa (motivação primária de 1 milhão de
2 viagens e secundária de 1,2 milhões em 2004) e está
+100% tipicamente associado a um segmento afluente da
procura turística
• A procura ao logo do ano é contra-cíclica com o
1 Sol & Mar, concentrando-se nos meses de Março a
Maio e Setembro a Outubro
• Os principais mercados emissores na Europa são
o Reino Unido (25%) a Alemanha (23%) Suécia
(20%) e França (9%)
• O gasto médio diário ascende a €260, variando
2004 2015E
entre €100 e €600
x% Crescimento total previsto para o período

Fonte: "10 produtos estratégicos para o desenvolvimento do turismo em Portugal"; Entrevistas com players do sector; Análise da Equipa de Projecto
34
DOCUMENTO DE TRABALHO
6 PRINCIPAIS PRODUTOS PARA PAÍSES EUROPEUS – GASTRONÓMICO

A Gastronomia gera muito poucas viagens por si só, assumindo


um papel importante como motivação complementar

Importância do Turismo Gastronómico

Dimensão do mercado Europeu


[milhões de viagens; 2004]

20,0 • Motivação primária para cerca de 600 mil viagens, a


gastronomia assume-se principalmente como
motivação complementar que enriquece a
experiência do turista
• Os principais mercados emissores são:
- França (16,0%)
- Holanda (15,2%)
- Reino Unido (10,5%)
0,6
- Itália (9,2%)
Motivação Motivação - Alemanha (7,7%)
Primária Secundária
• O gasto médio diário varia entre EUR 150 e EUR 450

Fonte: "10 produtos estratégicos para o desenvolvimento do turismo em Portugal"; Entrevistas com players do sector; Análise da Equipa de Projecto
35
DOCUMENTO DE TRABALHO
6 PRINCIPAIS PRODUTOS PARA PAÍSES EUROPEUS – NEGÓCIOS

A realização de reuniões associativas gerou US$ 11,8 mil milhões


em 2009 – mais de metade das reuniões realizaram-se na Europa

Importância do Turismo de Negócios


Reuniões associativas internacionais1) por Reuniões associativas internacionais1) por
geografia [2008; #] sector de actividade [2008; #]
Austrália África
Medicina
América Latina 3% Total de 7.475
reuniões 18%
9% associativas
América do Norte
11% 3% Outros 47%
14% Tecnologia
55% Europa 7%
19% 13%
Ásia e Médio Oriente Ciências
Indústria

Número de reuniões associativas realizadas por


dimensão [2008; #]2) Gasto dos participantes em reuniões
associativas em 2009 (dados globais):
3.958
73 64 • Gasto total de US$ 11,8 mil milhões
• US$ 2.487 por reunião, dos quais US$ 547 na
1.635 inscrição

50-249 250-499 500-999 1000- 3000- > 5000 Total • US$ 691 por dia
2999 4999
1) Reuniões periódicas organizadas por associados ICCA com rotação por 3 ou mais países
2) Repartição reflecte somente parte do total de reuniões associativas realizadas na Europa
Fonte: ICCA; Análise da Equipa de Projecto 36
DOCUMENTO DE TRABALHO

B. Benchmark da estratégia de 9 países na área do Turismo

37
DOCUMENTO DE TRABALHO

Os países emergentes no Turismo enfocam a oferta geograficamente


e em produto – a abertura ao exterior, as acessibilidades e a
promoção externa são drivers de crescimento (1/2)

11. O Vietname é um caso de sucesso na passagem de uma economia de guerra para um


destino turístico apreciado internacionalmente, tendo aumentado em 10 vezes o número
de turistas nos 6 anos após a abertura ao exterior

22. O Brasil tem aproveitado o seu forte potencial turístico através de uma aposta no
mercado doméstico que origina quase 200 milhões de viagens por ano

33. A diversificação de mercados emissores e o alargamento da oferta permitiram à Turquia


crescer o número de turistas internacionais 10% ao ano entre 2006 e 2010

44. Os turistas estrangeiros em Marrocos cresceram 9% ano, em resultado de uma aposta


enfocada no Sol & Mar e no Turismo Cultural - quase metade são Marroquinos a residir
no estrangeiro

55. O turismo Cabo-Verdiano cresceu 12% ao ano, assente numa oferta de Sol & Mar,
Cultura e Natureza – 30% dos turistas estrangeiros são de origem Cabo-Verdiana

38
DOCUMENTO DE TRABALHO

Os países emergentes no Turismo enfocam a oferta geograficamente


e em produto – a abertura ao exterior, as acessibilidades e a
promoção externa são drivers de crescimento (2/2)

61. O turismo nacional gera dois terços das dormidas da África do Sul, no entanto o
crescimento que se tem verificado decorre do turismo externo. As actividade turísticas
estão concentradas em 3 das 9 províncias, as quais geram 80% das receitas totais
72. O Botswana tem um posicionamento premium com uma oferta enfocada em Turismo de
Natureza, sobretudo na zona norte do país com mais de 90% das visitas e receitas
geradas
83. O Quénia é um caso de sucesso na captação de turistas de mercados longínquos,
através da abertura de ligações aéreas directas e de actividades de promoção e
distribuição nesses mercados

94. A visão 2025 para o turismo em Moçambique pretende reforçar as ligações e a


integração entre países da África Austral e alargar a diversidade oferta que hoje se
concentra excessivamente nos produtos Sol & Mar e Natureza

39
DOCUMENTO DE TRABALHO
1 VIETNAME

O Vietname é um caso de sucesso na passagem de uma economia


de guerra para um destino turístico apreciado internacionalmente

i.i A oferta do Vietname enfoca-se em 4 produtos principais – Natureza, Turismo


Ecológico, História e Cultura – complementados com actividades desportivas e de
entretenimento

ii.
ii Apesar de a grande maioria dos turistas externos no Vietname serem originários da
região, 3 dos seus 10 maiores mercados emissores são de outros continentes

iii.
iii Embora o número de turistas domésticos tenha sido estimado em 25 milhões, a
acção governamental continua mais enfocada na dinamização dos mercados
internacionais

iv
iv. O desenvolvimento do Turismo do Vietname resultou da abertura do país ao
exterior, do estímulo da iniciativa privada e do fomento ao investimento externo e
às parcerias com players globais

40
DOCUMENTO DE TRABALHO
1 VIETNAME

A oferta turística do Vietname assenta em 2 produtos – Natureza e


Cultura – tendo o desenvolvimento resultado da abertura do país ao
exterior, à iniciativa privada e ao fomento ao investimento externo
Produtos Turísticos do Vietname

Turismo Cultural Turismo de Natureza


História Natureza
• Património e conteúdos históricos • Reservas e parques naturais
• Palácios, pagodes, templos, • Lagos e cursos de água
torres, museus… • Montanhas
• Locais associados à guerra

Cultura Turismo Ecológico


• Festivais regionais • Jardins e casas típicos
• Mercados • Observação de aves
• Locais arqueológicos • Resorts e SPAs integrados
• Cidades históricas e aldeias típicas na natureza

Produtos complementares
• Golfe
• Wellness e SPA

41
DOCUMENTO DE TRABALHO
1 ii MERCADOS EMISSORES

A grande maioria dos turistas Vietnamitas tem origem nos países


da região, deslocando-se ao país de avião e por motivos de lazer

Caracterização dos turistas estrangeiros no Vietname


[2010; milhares de turistas; %]

País de origem Razão da viagem Meio de Transporte

China 905
Coreia do Sul 496
Carro/
Japão 442 autocarro
Negócio
EUA 431 20% 19%
Barco
Taiwan 334 1%
Vis. Amigos
Australia 278 e Familiares
11%
Cambodja 255 62%
Lazer
Tailandia 223 7%
Outros 80%
Malasia 211 Avião
França 199
Outros 1.275

Fonte: Turismo do Vietname; análise da equipa de projecto 42


DOCUMENTO DE TRABALHO
1 ii TURISMO NO VIETNAME

O Turismo é um sector importante na economia do Vietname,


pesando 12% no PIB, e 10% no emprego e no investimento…

Breve descrição – Vietname

Divisão política do Vietname Indicadores sócio-económicos [2010]


2010
Hanoi
População [Milhões habitantes] 88,3

PIB1) per capita [USD $] 3.123

Crescimento real do PIB [%] 6,50%

Contribuição do Turismo para o PIB [%] 12,4%

Contribuição do Turismo para o emprego 9,90%


Ho Chi Minh (Saigão) [%]

Peso do Turismo no investimento [%] 10,2%


1) Em paridade de poder de compra
Fonte: Fundo Monetário Internacional; World Travel & Tourism Council; Análise Equipa de Projecto 43
DOCUMENTO DE TRABALHO
1 ii TURISMO NO VIETNAME

…estimando-se que as receitas anuais a ele associadas possam


praticamente triplicar até 2020, criando 1 milhão de empregos

Contributo do turismo na economia nacional – Vietname

Receitas associadas ao Turismo Emprego associado ao Turismo


[2005-2020F; Milhões de USD] [2005-2020E; '000 Empregados]

Δ% 34% 32% 30% -13% 2% 11% % 11% 14% -4% -12% -1% 2%

36.227

5.651
5.394
12.674 5.195
4.727 4.576 4.539

14.909 3.438 3.855


12.956 13.184 3.651
11.470 5.013 4.340 4.614 Indirecto 3.212
3.584
1.411 3.164 3.142
4.621 1.378
1.356
1.066
8.670 20.115
Outros
3.216
Negócios 935 1.743 1.611 1.795
8.485 7.261 7.193 Directo 1.516 1.412 1.397
Lazer 4.519 5.784

2006 2007 2008 2009P 2010E 2020E 2006 2007 2008 2009P 2010E 2020E

P – Previsto; E - Estimado
Fonte: World Travel & Tourism Council; Análise Equipa de Projecto 44
DOCUMENTO DE TRABALHO
1 iii TURISMO DOMÉSTICO

Apesar do maior enfoque do governo sobre o turismo internacional,


o Vietname terá cerca de 25 M de turistas domésticos – Preferência
por viagens de curtas e carro como principal meio de transporte

Meio de Transporte Duração da visita em dias


Comentários [2005; %] [2005; %]
• Estimativas em 2005 apontavam para uma
evolução de 15 milhões para cerca de 25
milhões de turistas domésticos em 2010
Aéreo 4a7
• O mercado deverá continuar a crescer
12,6% 15,7%
devido ao desenvolvimento económico
8 a 14
• Governo mais enfocado no turismo Comboio 1,4% > 14
11,4% 0,5%
internacional
• Alguns esforços governamentais têm 2,2% Barco
tentado fomentar o turismo doméstico:
8,6%
65,2% Outros
– Melhoria das infra-estruturas de Carro
transporte e na sua inter-modalidade 82,4%
– Incentivar agências e operadores a 1a3
criarem pacotes especiais no segmento
doméstico
– Criação de tarifas promocionais nas
passagens aéreas

Fonte: General Statistics Office of Vietname - "Tourism Expenditure Survey in 2005"; Impensa 45 4
DOCUMENTO DE TRABALHO
1 ORGANIZAÇÃO

A organização do Turismo encontra-se sob a alçada do Ministério


da Cultura, Desporto e Turismo – Outras actividades contempladas
incluem a recolha e análise de dados e os veículos de informação

Organização do sector

Ministério da Cultura,
Desporto e Turismo

Administração Nacional
do turismo

Industria Cooperação Organização Outras


Viagens Financeiro Marketing
Hoteleira internacional Pessoal Organizações

Centro de tecnologias de
informação

Departamentos Instituto de investigação

Vietname Tourist Review

Jornal de turismo

Fonte: Turismo do Vietname 46


DOCUMENTO DE TRABALHO
1 iv VIETNAME

O Turismo do Vietname passou por 4 fases de desenvolvimento –


sendo de destacar o período 1988-94 com um crescimento
superior a 10 vezes, passando de 100 mil para 1 milhão de turistas

Desenvolvimento do turismo no Vietname


[Milhares de Turistas; 1980-2010]

Isolamento externo Abertura ao exterior Diversificação, Melhoria do serviço e reforço da experiência


e desenvolvimento qualificação e do cliente
de joint-ventures forte crescimento
da oferta
5.050
+10%
4.254

3.772
+12% 2.628

+49% 1.716 2.429


~0% 1.018
1.520
250 300 440 670
93

1980 1982 1984 1986 1988 1990 1992 1994 1996 1998 2000 2002 2004 2006 2008 2010
x% Taxa média anual de crescimento
Fonte: Turismo do Vietname; análise da equipa de projecto 47
DOCUMENTO DE TRABALHO
1 iv FASES DE DESENVOLVIMENTO

Na fase de isolamento do país face ao exterior, a oferta hoteleira


era de baixa qualidade e o turismo externo inexpressivo

Caracterização da fase de isolamento externo


[anterior a 1986]

Contexto Político Oferta Hoteleira


• O regime vigente promovia o colectivismo, sendo • Hotéis antiquados e degradados em resultado do
os meios produtivos propriedade do Estado período de guerra
• Isolamento externo e dificultava a entrada de • Os hotéis eram na totalidade detidos pelo Estado,
estrangeiros, excepto de países alinhados com a e os seus gestores pouco qualificados
União Soviética

Turismo do Vietname
no período
anterior a 1986

• Oferta de baixa qualidade • Turistas estrangeiros oriundos principalmente da


• Preços praticados eram muito baixos de modo a Europa de Leste, com nível de exigência reduzido
manter alguns clientes e incapazes de pagar preços elevados

Posicionamento Perfil de clientes


48
DOCUMENTO DE TRABALHO
1 iv FASES DE DESENVOLVIMENTO

Em 1986 o Governo Vietnamita abriu o país ao exterior e fomentou


joint-ventures com players internacionais para modernizar o
Turismo
Caracterização do período após a abertura ao exterior
[1986-1994]

1986 – Reforma • "Doi-Moi" – O Governo lançou um programa de reformas do Estado, tornando possível a
do sistema propriedade privada e motivando o desenvolvimento de parcerias entre os hotéis estatais e as
político principais cadeias internacionais abdicando assim do anterior monopólio

• A oferta hoteleira existente foi reforçada mas continuou a ser insuficiente para fazer face à procura, em
Escassez de particular de quartos com standards de qualidade internacionais, e nas maiores cidades
oferta • Preços por quarto e taxas de ocupação muito elevados (nas maiores cidades oscilavam entre 80% e
100%)

• Os privados (incluindo pequenos empresários locais) investiram no sector, quer em renovação de


Peso crescente unidades existentes, quer na construção de novos hotéis
dos privados • Em 1992, metade dos hotéis eram privados, na maioria de pequena dimensão e direccionados
ao segmento baixo, em particular os backpackers

• O interesse por viajar para o Vietname cresceu, quer por parte de turistas em férias quer por
Procura viajantes de negócio
• As cadeias internacionais que investiram no país atraíram os seus clientes fidelizados dada a
garantia de qualidade de serviço associada à marca

49
DOCUMENTO DE TRABALHO
1 iv FASES DE DESENVOLVIMENTO

O crescimento verificado entre 1995 e 2004 deveu-se em grande


parte à qualificação e diversificação da oferta

Fase de qualificação da oferta


[1995-2004]

Número de Turistas
1 Sistema de classificação dos hotéis e pricing sazonal
• Implementação de um sistema de estrelas para
classificação da oferta hoteleira
• Implementação de diferenciação sazonal de preços de
+12% modo a optimizar a ocupação e rentabilidade
1.716 1.782
2 Modernização dos hotéis estatais
• Remodelação das instalações e aceitação de cartões de
1.520 crédito
1.018 Crise • Criação de departamentos de marketing e vendas, e
asiática rebranding adoptando nomes internacionais
• Maior enfoque nos turistas estrangeiros

3 Diversificação e especialização da oferta


• Desenvolvimento, nas maiores cidades, das cadeias
internacionais enfocadas nos segmentos empresarial e lazer
de maior valor
1994 1995 1996 1997 1998 1999 • Expansão dos pequenos hotéis por todo o país, associados
ao turismo de natureza e em particular aos backpakers

50
DOCUMENTO DE TRABALHO
1 iv FASES DE DESENVOLVIMENTO

A melhoria dos serviços oferecidos e o aumento da capacidade


registados durante a última década, permitiram um crescimento de
10% ao ano
Fase de reforço da capacidade de atracção de turistas internacionais
[1999-2010]
Nível de serviços e diversificação Desenvolvimento de capacidade
Melhoria da qualidade dos serviços Aumento do número de quartos
• Hotéis de 4 e 5 estrelas apostaram + 10% a.a. • No ano 2000 havia 55.760 quartos
na qualificação da mão-de-obra e capazes de acolher turistas
na estandardização dos serviços 5.050 internacionais , sendo que este
prestados de forma a equivaler a sua número deverá ter crescido para
qualidade com os padrões internacionais 130.000 em 2010
Número de serviços disponíveis ao Atracção de investimento privado
cliente • Aposta em cadeias internacionais
• Instalações hoteleiras reforçaram a sua de hotéis enfocadas em
oferta disponibilizando novos serviços instalações de 4 a 5 estrelas
(e.g. centros de bem-estar e massagens) reconhecidas internacionalmente
e rentabilizando os seus espaços com 1.782 pela qualidade estandardizada dos
lojas complementares (e.g. agências seus serviços
de viagens e lojas de artigos de luxo) • Facilitação de investimentos
Aposta no Turismo de Negócios através da criação de Joint-
• Foram criadas infra-estruturas e Venture entre investidores
promovidos de eventos destinados internacionais e empresas
1999 2010
ao segmento Negócios estatais

51
DOCUMENTO DE TRABALHO
2 BRASIL

O turismo brasileiro está enfocado no mercado doméstico, sendo


dinamizado através da diversidade de oferta, facilitação do
transporte aéreo e criação de roteiros temáticos

i. i O Brasil tem uma oferta diversificada dirigida quer ao mercado de massas quer a
nichos de mercado, sendo o Sol & Mar e o Ecoturismo as principais motivações de
viagem

ii.ii O turismo de estrangeiros representa apenas 5 milhões de viagens ao Brasil, com 46%
das viagens a terem origem na América do Sul

iii.
iii A estratégia para o Turismo doméstico assenta em 65 pólos de desenvolvimento a
nível nacional e na criação de roteiros turísticos temáticos

iv.
iv O Governo brasileiro está a apostar no desenvolvimento de infra-estruturas
complementares de suporte ao turismo, na dinamização das ligações aéreas internas e
num programa de captação e formação de jovens em Turismo

52
DOCUMENTO DE TRABALHO
2 i BRASIL

O Brasil possui uma oferta bastante diversificada capaz de


satisfazer tanto o turismo de massas como os mais diferenciados
nichos de mercado
Produtos turísticos

Cidades Eventos Gastronomia

Cultura

Negócios
História

Aventura

Sol & Mar


Desporto

Natureza

53
DOCUMENTO DE TRABALHO
2 i MOTIVOS DE ESCOLHA

O Sol & Mar é a grande motivação para viajar no território


brasileiro – A maioria dos turistas assume escolher os seus
destinos baseados em recomendações de pessoas conhecidas

Destinos eleitos Motivos de escolha de viagem

Recomendação de
36,8%
Outras parentes e amigos
Desportos de
11,1% Procura na
Aventura 28,1%
Internet
Festas 4,4%
Populares Agências de
5,0% Sol & Mar 16,3%
40,4% Viagens

Compras 7,7%
Artigos 5,7%

Feiras 5,1%
14,2%
Turismo
Televisão e
Cultural 4,2%
Publicidade
17,2%
Ecoturismo Guias
3,8%
Turísticos

Fonte: Ministério do Turismo - Projecto "Cores do Brasil" 54


DOCUMENTO DE TRABALHO
2 ii PESO NA ECONOMIA

O sector do turismo no Brasil contribuí-o para 9,1% do PIB e


assegura cerca de 8% do emprego do país

Breve descrição – Brasil


Brasil Indicadores sócio-económicos [2011]

2011

População [Milhões de habitantes] 191,5

PIB1) per capita [USD $] 8.220

Crescimento real do PIB [%] 5,5%


Brasília
Contribuição do Turismo para o PIB [%] 9,1%
Rio de Janeiro
Contribuição do Turismo para o emprego
8,3%
São Paulo [%]

Peso do Turismo no investimento [%] 5,8%

1) Em paridade de poder de compra


Fonte: Fundo Monetário Internacional; World Travel & Tourism Council; Análise Equipa de Projecto 55
DOCUMENTO DE TRABALHO
2 ii TURISMO INTERNACIONAL

Ao contrário dos seus países vizinhos, o Brasil não tem registado


uma evolução positiva do número de visitantes internacionais

Número de Turistas internacionais


[Milhões; 1999-2009]

15,7 15,7
15,1
13,8
12,9
11,4

Outros países da 10,0 9,9 9,8 9,6


América do Sul 8,9

5,1 5,3 5,4 5,0 5,0 5,1


4,8 4,8 4,8
3,8 4,1

Brasil

1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009

Fonte: Ministério do Turismo 56


DOCUMENTO DE TRABALHO
2 ii TURISMO INTERNACIONAL

A maioria dos turistas internacionais chega por via aérea, sendo a


América do Sul responsável por quase metade do volume

Chegadas de turistas internacionais


[%; 2009] Mercados emissores

Principais
Mercados Emissores
Maritima Fluvial
Paraguai
2% Oceânia África 180.373
América América 183.697 Portugal
1%
Central do 189.412 Uruguai
Terrestre 1% Norte
26% 1% 16% 205.860 França
2% 215.595 Alemanha
253.545 Itália
América
do 46%
603.674 EUA
Sul
35%
70% Europa
Aérea

1.211.159 Argentina

Fonte: Ministério do Turismo 57


DOCUMENTO DE TRABALHO
2 iii TURISMO DOMÉSTICO

O governo brasileiro tem-se enfocado no turismo doméstico


devido à sua dimensão, potencial de crescimento e de atrair
turistas para zonas mais alargadas do seu território

Turismo Doméstico e Internacional


[Milhões de turistas; 2009] Estratégia de Desenvolvimento

• Procura largamente superior ao potencial imediato de mercados


internacionais

Racional
Turistas Internacionais
• Economia em forte crescimento e a impulsionar o rendimento médio e
4,8
consumo
(3%)
• Emergência de uma nova classe média com poder de comprar a hábitos
de consumo diversificados

• Identificação de mais de 200 regiões turísticas, tendo-se prioritizado a


actuação e 65 destinos turísticos para servirem de pólos de
desenvolvimento e garantirem padrões de qualidade internacional
• Enfoque no desenvolvimento de infra-estruturas complementares, na
Desenvolvimento

formação de pessoas e na certificação de profissionais, empresas e


Factores de

175,4 empreendimentos
(97%)
• Criação de roteiros turísticos para as diferentes regiões com grande
Viagens Domésticas potencial turístico
• Investimento na promoção interna subiu de 22,8 Milhões de reais em
2004 para 58,1 Milhões em 2009
O Turismo Doméstico representa a • Incentivos ao sector do transporte aéreo doméstico duplicou o número de
quase totalidade das viagens em Assentos-Quilómetros oferecidos entre 2004 e 2009 e reduziu o preço
território Brasileiro médio dos bilhetes de 501 para 321 reais (i.e. - 36%)
58
DOCUMENTO DE TRABALHO
2 iv ORGANIZAÇÃO

O Ministério do Turismo, responsável pela definição da estratégia


para o sector, tem no EMBRATUR um órgão responsável pela
execução da Política Nacional de Turismo
Organograma do Ministério do Turismo
Ministério do
Turismo

Entidade Vinculada
Órgãos Colegiado
EMBRATUR Consultoria Secretaria
Conselho Nacional de Gabinete do Ministro
Instituto Brasileiro do Jurídica Executiva
Turismo
Turismo

Secretaria Nac. de Directoria de


Secretaria Nac. de
Programas de Gestão
Politicas de Turismo
Desenv. do Turismo Estratégica

Planeamento e Avaliação do Programas Regionais de


Turismo Desenv. do Turismo Directoria de
Gestão Interna

Estudos e Pesquisas Infra-Estruturas Turístico

Estruturação, Articulação e Financiamento e Promoção


Ordenamento Turístico de Investimentos no Turismo

Qualificação, Certificação e
Relações Internacionais do
de Produção Associada ao
Turismo
Turismo

Promoção e Marketing
Nacional
59
DOCUMENTO DE TRABALHO
2 iv ORGANIZAÇÃO

Órgãos associados ao Ministério do Turismo

EMBRATUR • Órgão responsável pela execução da Política Nacional de Turismo no que diz respeito a promoção,
marketing e apoio à comercialização dos destinos, serviços e produtos turísticos apenas no mercado
internacional
Conselho Nacional • Assessorar o ministro do Turismo na formulação e a aplicação da Política Nacional de Turismo. O
de Turismo Conselho é hoje integrado por 71 conselheiros de instituições públicas e entidades privadas do sector

Gabinete do • Assiste o ministro na sua representação política e social, ocupando-se das relações públicas e na
Ministro preparação e despacho do seu expediente pessoal. Promove também a articulação entre o Ministério e os
órgãos que compõem a Presidência da República.

Secretaria • Define directrizes e políticas no âmbito da Política Nacional de acordo com as propostas do Conselho
Nacional. Supervisiona e coordena as actividades das secretarias integrantes da estrutura do Ministério e
Executiva
da Embratur

Secretaria Nacional • Auxilia na formulação, elaboração e no controlo da Política Nacional, de acordo com as directrizes e os
de Políticas de subsídios fornecidos pelo Conselho Nacional. Implementa o modelo de gestão descentralizada, alinhando
as acções do Ministério com o Conselho Nacional, o Fórum Nacional dos Secretários e Dirigentes Estaduais
Turismo
de Turismo e os Fóruns/Conselhos Estaduais de Turismo das 27 regiões
Secretaria Nacional • Subsidia a formulação dos planos, programas e acções destinados ao desenvolvimento e ao
de Programas de fortalecimento do turismo. Estabelece e acompanha os programas de desenvolvimento regional de turismo
e a promoção do apoio técnico, institucional e financeiro necessário ao fortalecimento da execução e da
Desenvolvimento participação dos Estados, do Distrito Federal e dos municípios nesses programas
do Turismo
60
DOCUMENTO DE TRABALHO
2 iv ESTRATÉGIA DE DESENVOLVIMENTO

A nova estratégia para o sector prevê o enfoque em 8 novos eixos


estratégicos de forma a melhorar a oferta existente

Planeamento Informação Estruturação da oferta Crescimento


• Promover integração dos • Recolher estatísticas e • Diversificar a oferta apostando • Promover acessos ao
diversos agentes na realizar estudos de análise da na especialização através de crédito através da facilitação
delineação das linhas de informação politicas de regionalização de informação e
desenvolvimento do sector • Criar grupos de trabalho para disponibilização de fundos(ex.
• Fomentar a descentralização estudo de nichos de micro-crédito e criação de
do processo da tomada de mercado avais de garantia)
decisão e da responsabilidade • Incentivar o investimento nas • Criar portfolio de
da sua execução várias fases cadeia de valor oportunidades
• Controlar e avaliar progressos • Desonerar equipamentos
realizados importados

EIXOS ESTRATÉGICOS: 2011 a 2014

Qualificação Infra-estrutura Logistica de transportes Apoio à comercialização


• Desenvolver a formação dos • Conservar e recuperar • Estimular aviação regionais • Elaborar campanhas e
Recursos Humanos património histórico e cultural e voos com outros países da promover a marca Brasil,
• Disseminar o conceito e • Programas de sinalização América do Sul das suas regiões e/ou de
importância da hospitalidade turística • Melhorar acessos aos locais específicos
• Fomentar parcerias com o • Desenvolver rede de pontos turísticos através do • Aplicar 2% das receitas na
sector privado aeroportos regionais, com investimento em eixos promoção externa com foco
• Solidificar procedimentos e gestão privada ou mista rodoviários, ferroviários, fluvial em campanhas online,
meios na classificação e e marítimo eventos e escritórios físicos
certificação de meios de
hospedagem
Fonte: Ministério do Turismo 61
DOCUMENTO DE TRABALHO
2 iv PROGRAMAS PARA O DESENVOLVIMENTO - ROTEIRIZAÇÃO

O "Programa de Roteirização" tem como objectivo a definição de


roteiros de forma a publicitar e dinamizar os principais pontos de
interesse turístico dispersos por todo o território brasileiro

Programa de Roteirização

• Estratégias do Ministério do Turismo para


diversificar a oferta turística e promover o
turismo em todas as regiões
• Identificação e elaboração novos roteiros turísticos
de forma a estruturar a oferta dos territórios e
transformá-la em produto rentável e
comercialmente viável
• Desde a sua criação, foram estabelecidos mais de
90 roteiros divididos por 11 temas distintos ou, por
vezes, integrados
• Baseado na construção de diversas parcerias em
âmbito municipal, regional, estadual, nacional e
internacional
• Plano de comunicação inclui campanhas
publicitárias internas e a promoção efectiva do
canal online

Fonte: Ministério do Turismo 62


DOCUMENTO DE TRABALHO
2 iv PROGRAMAS PARA O DESENVOLVIMENTO - ROTEIRIZAÇÃO EXEMPLO

Roteiro do Sol e da Moqueca integra diversos motivos de atracção


de turística, combinando uma oferta focada no Sol & Mar, Cultura,
Saúde e Gastronomia
Programa de Roteirização – Exemplo Roteiro do Sol e da Moqueca
Vitória, é a capital e o
centro cosmopolita do
Estado de Espírito Santo
Guarapi ou “Cidade Saúde”
é publicitada pelas Várias vilas em redor
reconhecidas de Vitória destacam-
propriedades medicinais se pelo seu
de suas areias património
monazíticas histórico-cultural

Praia
Região famosa pelos
O Parque Estadual Cultura sua gastronomia
Pedra Azul, destaca- Saúde tradicional, incluindo
se num valioso Gastronomia a famosa Moqueca
conjunto de recursos
naturais
Grande
diversidade de
praias exóticas
Fonte: Ministério do Turismo 63
DOCUMENTO DE TRABALHO
2 iv PROGRAMAS PARA O DESENVOLVIMENTO - ROTEIRIZAÇÃO EXEMPLO

Roteiro Integrado do Iguaçu promove a cooperação entre 3 países


que partilham entre si valiosos recursos naturais

Programa de Roteirização – Exemplo Roteiro Integrado do Iguaçu


Roteiro Turístico
• Engloba parte das cataratas fo Iguaçu
• Outras atracções turísticas contempladas
Brasil no roteiros incluem o Parque das Aves e
as históricas ruínas de São Miguel das
Brasil Missões Abriga e a catedral de Santo
Ângelo

Paraguaí • Abriga parte das cataratas do Iguaçu


• Outras atracções turísticas contempladas
Argentina no roteiros incluem as cidades de Puerto
Iguazú, San Ignácio e Posadas

Cataratas do Iguaçu
Argentina • Abriga parte das cataratas do Iguaçu
• Outras atracções turísticas contempladas
Paraguai no roteiros incluem as ruínas de igrejas
Jesuítas e as cidades de Misiones e
Encarnación

Em torno de um ponto turístico comum, as Cataratas do Iguaçu, foi desenvolvido um roteiro que engloba
atracções turísticas de 3 países
Fonte: Ministério do Turismo 64
DOCUMENTO DE TRABALHO
2 iv PROGRAMAS PARA O DESENVOLVIMENTO – VIAJA MAIS MELHOR IDADE

O programa Viaja Mais Melhor Idade promove a inclusão social


através da concessão de descontos e criação de produtos
específicos para os sectores etários mais elevados
Programa Viaja Mais - Melhor Idade

• Promover a inclusão social e fortalecer o


turismo doméstico de Brasileiros com
mais de 60 anos e durante as épocas de
baixa ocupação

• Criação constante de pacotes turísticos


customizado

• Descontos de 50% durante a época baixa


em hotéis e pousadas em mais de 580
destinos no Brasil

• Desconto de 35% em viagens aéreas dentro


do território Brasileiro em rotas operadas
pelas parceiras institucionais

65
DOCUMENTO DE TRABALHO
2 iv PROGRAMAS PARA O DESENVOLVIMENTO – TRILHA JOVEM

O programa Trilha Jovem foca-se desenvolvimento do turismo


sustentável apoiando o ensino e formação de jovens para o sector
do Turismo
Programa de formação – Trilha Jovem

• Programa de desenvolvimento do turismo


sustentável focado no ensino e formação de
jovens para o sector do Turismo

• Programa inteiramente gratuito

• Disponível em várias regiões

• Introdução ao mundo do trabalho potenciado por


formação on the job e estágios profissionais

• Sucesso evidenciado pelo baixo índice de


abandono e os altos índices de inclusão
profissional e satisfação dos empresários do
sector do Turismo

66
DOCUMENTO DE TRABALHO
3

A diversificação de mercados emissores e o alargamento da


oferta permitiram à Turquia crescer o número de turistas
internacionais 10% ao ano entre 2006 e 2010

i.i Após uma fase inicial de enfoque no Sol & Mar de massas, a Turquia tem vindo a apostar na
diversificação da oferta, potenciando toda a riqueza do seu património natural,
histórico e cultural
iiii. A diversificação de mercados emissores permitiu aumentar o número de turistas
recebidos em 10% ao ano entre 2006 e 2010, apesar do contexto de crise internacional, e
ambicionar multiplicar este número 2,4 vezes até 2023, entrando no grupo restrito dos 5
maiores mercados a nível global
iii
iii. A Turquia criou ofertas específicas para o turismo doméstico, de modo a dinamizar este
segmento e atenuar a sazonalidade
iv.
iv O sector é gerido pelo Ministério da Cultura e Turismo com o apoio de conselhos
consultivos nacional e regionais, que estruturou um plano desenvolvimento do Turismo
até 2023 assente no desenvolvimento de novas infra-estruturas hoteleiras e de
transporte, na potenciação do património histórico-cultural e na alocação de 1% da
receita ao plano de promoção, entre outras medidas chave

67
DOCUMENTO DE TRABALHO
3 TURQUIA

Após enfoque inicial em Sol & Mar, a Turquia tem apostado na


diversificação da oferta, potenciando o seu património natural,
histórico e cultural
Produtos turísticos

Cidades Gastronomia

Cultura

História
Diversidade

OFERTA
COMPETITIVA

Sol & Mar


Comércio

Natureza

68
DOCUMENTO DE TRABALHO
3 ii MERCADOS EMISSORES

O país tem um elevado número de mercados emissores de


dimensão relevante – nenhum mercado pesa isoladamente mais
do que 15%
Turistas por mercado emissor
[Milhões de turistas; 2010]

Peso 15,3% 10,9% 9,3% 6,6% 5,0% 3,9% 3,7% 3,2% 42,0%
[%]
12,0 28,6

0,9
1,1
1,1
1,4
1,9
2,7
3,1
4,4

Alemanha Rússia R.U. Irão Bulgária Geórgia Holanda França Outros Total

Fonte: Ministério do Turismo 69


DOCUMENTO DE TRABALHO
3 ii TURQUIA

A nível Europeu, e apesar da crise económica global, a Turquia e


Marrocos apresentam-se como casos de sucesso no crescimento
da actividade turística

Turistas estrangeiros nos principais mercados da Bacia do Mediterrâneo


[Milhões]
Var.
CAGR Turistas
60 [06-09; M]
[06-09; %]
55
Espanha
-2,4% -5,3
50
35
Turquia 13,6% 13,2
30
25
20 -1,4% -0,9
Grécia
15 Portugal 1,8% 0,8

10 Croácia 5,2% 1,9


Marrocos
5 6,4% 1,9
Tunísia
1,5% 0,4
0
2006 2007 2008 2009 2010
Fonte: Institutos de Estatística dos países; Análise da Equipa de Projecto 70
DOCUMENTO DE TRABALHO
3 ii EVOLUÇÃO DO SECTOR

O número de turistas internacionais tem vindo a crescer a um


ritmo de 10% ao ano – os acessos aéreos são fundamentais para o
crescimento dada a distância para os mercados emissores

Número de Turistas Internacionais Meio de transporte utilizado pelo turistas


[Milhões de Turistas] internacionais[%]

Barco Comboio
+10%
28,6 6%
26,3 27,1
0%
23,3
19,8 Carro/Autocarro
29%

65%
Avião

2006 2007 2008 2009 2010E

Fonte: Ministério do Turismo 71


DOCUMENTO DE TRABALHO
3 ii PESO NA ECONOMIA

Em 2010, o sector do turismo na Turquia deverá ter contribuído


para 10% do PIB e ter assegurado cerca de 8% do emprego do país

Breve descrição – Turquia

Divisão política da Turquia Indicadores sócio-económicos [2011]

População [Milhões habitantes] 71,4

PIB1) per capita [USD $] 9.950


Istambul
Ancara
Crescimento real do PIB [%] 4,6%

Contribuição do Turismo para o PIB [%] 10,0%

Antália
Contribuição do Turismo para o emprego
8,1%
[%]

Peso do Turismo no investimento [%] 6,4%

1) Em paridade de poder de compra


Fonte: Fundo Monetário Internacional; World Travel & Tourism Council; Análise Equipa de Projecto 72
DOCUMENTO DE TRABALHO
3 ii PESO NA ECONOMIA

O Turismo na Turquia representa mais de 1,8 milhões de empregos


e receitas de cerca de USD 70 mil milhões

Peso do Turismo na economia Turca


[2005-2010]

Emprego directo e indirecto gerado pelo sector Contribuição do sector para o PIB
['000] [USD mil milhões]1)
CAGR CAGR
05-10 05-10
69,5 Directo e
61,8 61,2 indirecto
1.794 1.774 1.834
1.747 1.710 1.756 54,0 7,1%
49,3 51,3
0,5%

Indirecto 1.320 1.252 1.295 1.315 1.357


1.269
26,3 27,9
24,3 Directo
19,9 21,6
18,1
9,0%

Directo 474 495 441 461 459 477 0,1%

2005 2006 2007 2008 2009 2010E 2005 2006 2007 2008 2009 2010E

1) convertido à taxa de câmbio TRY/ USD de Março/2011 = 0,63

Fonte: WTCC; World Economic Outlook Database; Análise Equipa de Projecto 73


DOCUMENTO DE TRABALHO
3 iii TURISMO DOMÉSTICO

O país aposta no desenvolvimento do Turismo doméstico através


da criação de uma oferta específica e adaptada a este segmento

Turismo doméstico

Desenvolver produtos turísticos alternativos de qualidade


Estratégia
aceitável e acessível a vários grupos da sociedade

• Fomentar interesse na história, cultura e natureza através de eventos


e campanhas de sensibilização a nível local e nacional
• Crescimento da capacidade hoteleira
Linhas de • Melhoria da qualidade de transportes
Acção • Desenvolver produtos turísticos para satisfazer diferentes
necessidades
• Desenvolver o Turismo Social para grupos desfavorecidos (e.g. grupos
empobrecidos, pessoas com deficiências, jovens, entre outros)

• Incentivos a empresas para colocarem quotas para o turismo


doméstico a preços reduzidos
• Suportar agências de viagem que ofereçam pacotes turísticos
Principais enfocados no mercado doméstico
Medidas • Desenvolver programas específicos de apoio a estudantes e idosos

Fonte: Ministério do Turismo 74


DOCUMENTO DE TRABALHO
3 iv ORGANIZAÇÃO

O Ministério da Cultura e do Turismo, responsável pela definição


da estratégia para o sector e implementação de medidas, tem no
Conselho Nacional do Turismo um órgão consultivo
Organização do Ministério da Cultura e do Turismo

Ministério da Cultura Conselhos Consultivos


e do Turismo

Conselho Nacional do
Turismo

Conselhos de Turismo
das Cidades

Conselhos de Turismo a
nível local
Direcções
Gerais

Investimentos e Investigação e Relações


Promoção e Marketing
Estabelecimentos Educação Internacionais

Fonte: Ministério do Turismo 75


DOCUMENTO DE TRABALHO
3 iv ORGANIZAÇÃO

O Conselho Nacional tem como principal função a apresentação de


estratégias e linhas de desenvolvimento para o Turismo – a descen-
tralização processa-se com conselho a nível regional e local

Conselho Nacional de Turismo Conselho de Turismo das Cidades / Locais


Principais • Apresentar informação e recomendações • Recolher informação sobre necessidades e
Funções úteis para assessorar o Ministério expectativas das regiões onde se situam as
• Desenvolver marca à escala nacional, cidades para o Conselho Nacional de Turismo
regional e local • Formular sugestões para políticas de
• Coordenar esforços no marketing desenvolvimento com enfoque na região
associada
• Definir standards mínimos de qualidade das
instalações hoteleiras • Representar todos os shareholders das
Cidades para desenvolver o turismo ao nível
• Promover a diversificação e melhoria de
regional
qualidade
• Desenvolver plataforma de conhecimento
• Criar guia prático de actuação face a cenários
técnico para disponibilizar às PMEs
de crise

• 15 a 20 membros que representem todos os • Estrutura variável mas onde os diversos


Composi-
shareholders da indústria stakeholders deverão estar representados
ção
• Permite membros temporários face a • Permite membros temporários face a
necessidade de desenvolver grupos de necessidade de desenvolver grupos de
trabalho com fins específicos trabalho com fins específicos

Fonte: Ministério do Turismo 76


DOCUMENTO DE TRABALHO
3 iv ESTRATÉGIA DE DESENVOLVIMENTO

O plano estratégico do turismo da Turquia para 2023 pretende


posicionar este destino no TOP 5 de países com mais turistas e
receitas a nível mundial
Estratégia de Turismo da Turquia – Plano 2023

Problemas estruturais Plano de desenvolvimento 2007 a 2023 – Visão para o sector

Aposta no Turismo de Massas:


• Concentração de investimentos
e especulação imobiliária nas
zonas costeiras atingiu o ponto
de saturação
• Falta de planeamento distorceu
desenvolvimento urbano
sustentável e a qualidade de
vida e serviços
• Tendo como orientação o desenvolvimento sustentável, o sector de
• Deficiência de infra-estruturas
viagens e turismo deverá assumir uma posição de liderança devido
complementares
ao emprego e desenvolvimento regional que promove e assegurará
• Criação de problemas
que a Turquia se torna numa marca de turismo com
ambientais
reconhecimento mundial e um destino no top 5 de países com
maior número de turistas e de receitas turísticas em 2023

77
DOCUMENTO DE TRABALHO
3 iv ESTRATÉGIA DE DESENVOLVIMENTO

A Turquia é hoje uma potência mundial do turismo ocupando a 7ª


posição no ranking por turistas recebidos em 2009

Top 10 mercados receptores de turistas


[Milhões de turistas; 2009]

74,2

63,0 Objectivo 2023

52,5 51,7
45,5
+ 2,4 x
37,5

28,4
23,4 23,3 21,6

26,7

França EUA Espanha China Itália Reino Turquia Alemanha Malásia México
Unido

Fonte: UNWTO, World Tourism Barometer 78


DOCUMENTO DE TRABALHO
3 iv ESTRATÉGIA DE DESENVOLVIMENTO

A Turquia definiu um plano estratégico para o período de 2007 a


2023 com 16 eixos estratégicos – actuação prevista deverá
proporcionar um crescimento anual de 6%
Estratégias do plano para o Turismo de 2007-2023

Serviços a Desenvolver Desenvolvimento enfocado na oferta

•I Planeamento •A City Branding


+ 6% a.a.
• II Investimento •B Cidades de Turismo
63,0
•III Infra-Estruturas e Transportes •C Diversificação

•IV Marketing e Promoção •D Reabilitação do Património

•V Educação •E Zonas de Desenvolvimento


28,6
•VI Qualidade de Serviço •F Corredores de Desenvolvimento

•VII Investigação e Desenvolvimento •G Zonas de EcoTurismo

•VIII Organização •H Turismo Doméstico


2010 2023
Número de Turistas
Fonte: Ministério do Turismo 79
DOCUMENTO DE TRABALHO
3 iv ESTRATÉGIA DE DESENVOLVIMENTO

O plano estratégico identifica um conjunto de serviço a


desenvolver para qualificar a oferta turística…

Planeamento Educação
• Exibir uma abordagem faseada que suporte o • Introduzir e implementar no turismo um
crescimento económico e reflicta o princípio do programa educacional que promova resultados
desenvolvimento sustentável do turismo mensuráveis e valiosos

Investimento Qualidade de Serviço


• Concepção de esquemas de incentivos que • Activar programas de Gestão de Qualidade em
potenciem a viabilidade económica de todos os agentes integrantes da indústria do
projectos no sector turismo
SERVIÇOS
Infra-estruturas e Transportes Investigação e Desenvolvimento
A
• Suprimir problemas de transporte e de infra- • Assegurar a prioritização dos esforços de
estruturas de centros turísticos em forte Investigação e Desenvolvimento entre organismos
crescimento e com elevada densidade DESENVOLVER públicos, privados e organizações de turismo
populacional

Marketing e Promoção Organização


• Complementar o marketing e promoção nacional • Assegurar o processo de institucionalização
com actividades em cada destino de forma a através de conselhos estabelecidos ao nível
criar uma marca própria e reconhecível a nível nacional, regional e local que asseguram a
nacional, regional e local participação de todos os stakeholders nos
processos de decisão

Fonte: Ministério do Turismo 80


DOCUMENTO DE TRABALHO
3 iv ESTRATÉGIA DE DESENVOLVIMENTO

… e identifica prioridades em produtos que permitem um equilíbrio


entre crescimento rápido e sustentável

City Branding Zonas de desenvolvimento

• Gerir e promover imagem de marca de cidades • Utilizar o turismo como ferramenta essencial
com valioso património histórico e cultural no desenvolvimento local e regional em áreas
que detenham mais que uma cidade passível
de ser transformada num destino de eleição

Cidades de Turismo Corredores


• Apostar na promoção de cidades com forte • Desenvolver rotas para os turistas baseadas
potencial turístico e torná-la marcas em temas específicos através da reabilitação e
reconhecidas globalmente DESENVOLVIMENTO promoção do património histórico, cultural e
natural
ENFOCADO NA
Diversificação Zonas de Ecoturismo
• Desenvolver meios para novos tipos de turismo OFERTA • Desenvolver o turismo em regiões com recursos
com especial enforque nos sectores da saúde, naturais ricos e capazes de atrair turistas dos
termal, inverno, golf, náutico, ecoturismo e de mais variados mercados emissores
negócios

Reabilitação em áreas turisticas Turismo Doméstico


• Reabilitar infra-estruturas para acolher a actual • Desenvolver produtos turísticos alternativos
procura turística, promover o seu crescimento de qualidade aceitável e acessível a vários
e atenuar a sazonalidade grupos da sociedade

Fonte: Ministério do Turismo 81


DOCUMENTO DE TRABALHO
3 iv II ESTRATÉGIA DE DESENVOLVIMENTO

A criação de incentivos deverá ser feita numa base anual e


descentralizada

Fomento do investimento

Concepção de esquemas de incentivos que potenciem a


Estratégia
viabilidade económica de projectos no sector

• Criar incentivos gerais à industria de forma a estimular o seu contributo


à economia
• Criar incentivos fiscais não só para hotéis mas também a agências de
viagens e operadores
Linhas de
• Desenvolver meios para fomentar o investimento directo estrangeiro
Acção
• Eliminar barreiras burocráticas, através de posto único para novas
licenças
• Definir incentivos numa base anual e capacitar entidades a promover
incentivos numa base regional/local

• Definir incentivos numa base anual


• Capacitar entidades pública de meios e autoridade para promover
incentivos numa base regional e/ou local
Principais
• Facilitar empréstimo de longo prazo com juros bonificados para
Medidas investidores

Fonte: Ministério do Turismo 82


DOCUMENTO DE TRABALHO
3 iv III ESTRATÉGIA DE DESENVOLVIMENTO

O forte investimento necessário na renovação ou criação de novas


infra-estruturas leva o governo turco a promover a iniciativa
privada através de parcerias e Joint-Ventures
Infra-Estruturas e Transportes

Suprimir problemas de transporte e de infra-estruturas de


Estratégia centros turísticos em forte crescimento e com elevada
densidade populacional

• Integração de vários modos de transporte (terrestre, marítimo e aéreo)


de forma a facilitar movimento dentro do vasto território turco
• Desenvolver rede ferroviária inter-regional, rede de aeroportos
secundários e terciários e criar infra-estruturas marítimas para
Linhas de cruzeiros e outros barcos
Acção • Projecto de gestão de infra-estrutura na costa turca, através do
planeamento urbanístico e qualificando-a com instalações básicas
como centrais de tratamento de água e de resíduos, redes de esgotos
e água potável
• Incentivar parcerias com entidades privadas

• Facilitar financiamento através de uniões com governo, poder local,


instituições financeiras e entidades privadas
Principais • Modelos de financiamento que minimizem investimento público (e.g.
Joint-Venture e parcerias em regime BOT1) ou BLOT2))
Medidas

1) Build-Transfer-Operate; 2) Build-Lease-Operate-Transfer
Fonte: Ministério do Turismo 83
DOCUMENTO DE TRABALHO
3 iv IV ESTRATÉGIA DE DESENVOLVIMENTO

A Turquia irá reservar 1% das receitas para promover a sua marca


nos países identificados como estratégicos

Marketing e Promoção em mercados internacionais

Complementar o marketing e promoção em mercados interna-


Estratégia cionais com actividades de forma a criar uma marca própria e
reconhecível da Turquia e das suas regiões e cidades
• Comunicar valores modernos ,dissuadindo imagem da região,
tradicionalmente associada a instabilidade política e desrespeito dos
direitos humanos
• Apostar na imagem de predominância da Turquia enquanto destino
Linhas de turístico sobre os outros países do Mediterrâneo
Acção • Esforços comerciais deverão ser customizados para determinados
produtos em vez de apostar no mass market
• Organização de eventos internacionais e promoção da indústria
cinematográfica como ferramenta de promoção do país
• Monitorização constante de tendências globais e nacionais

• Reservar 1% das receitas totais para desenvolver esforços


promocionais
• Enfocar novas campanhas em mercados asiáticos emergentes (Índia e
Principais
China) e, noutros mercados emissores tradicionais (nomeadamente,
Medidas Médio Oriente e Irão)
• Fomentar cooperação entre governo e sector privado no investimento
em promoção e no uso de novas tecnologias

Fonte: Ministério do Turismo 84


DOCUMENTO DE TRABALHO
3 iv D ESTRATÉGIA DE DESENVOLVIMENTO

A reabilitação de áreas turísticas focar-se-á na criação de serviços


complementares e na melhoria infra-estruturas adequadas na
envolvente das atracções turísticas
Reabilitação em áreas turísticas

Reabilitar infra-estruturas para acolher a actual procura


Estratégia turística, promover o seu crescimento e atenuar a
sazonalidade

• Implementar serviços complementares para aumentar o share-of-


wallet e contribuir para a atractividade de zonas turísticas durante os
12 meses do ano
• Melhorar envolvente dos centros turísticos (e.g. sistemas de
Linhas de iluminação, passeios pedestres, pavimentos adequados às
Acção movimentações dos turistas e criação de ciclo vias)
• Criação de centros de entretenimento e parques temáticos
• Construção de centros comerciais de elevada qualidade

• Fomentar o investimento de privados em actividades turísticas


complementares (e.g. golfe, health & fitness e outras áreas
Principais desportivas)
Medidas

Fonte: Ministério do Turismo 85


DOCUMENTO DE TRABALHO
3 iv F ESTRATÉGIA DE DESENVOLVIMENTO

A Turquia aposta na criação de corredores temáticos que


alavanquem a história do país para potenciar percursos turísticos

Estratégia de Turismo da Turquia - 2023

CONCEITO

• Criação de 7 corredores de
desenvolvimento turístico
(cujo objectivo é organizar a
oferta criando todas as infra-
estruturas de transporte
necessárias)
• Corredor da Azeitona (enfoque
na saúde e gastronomia)
• Corredor do Inverno (enfoque
no desenvolvimento de oferta
turística para o inverno)
• Corredor da Fé (enfoque no
desenvolvimento do turismo
religioso)
• Corredor da Seda (enfoque no
desenvolvimento do turismo
cultural e de natureza)
• Corredor do Mar Negro (enfoque no desenvolvimento da cultura, sol e mar e natureza)
• Corredor Plateau (enfoque no turismo de natureza – actividades)
• Corredor Cultural (enfoque no turismo cultural)

Fonte: "Tourism Strategy of Turkey – 2023" 86


DOCUMENTO DE TRABALHO
3 iv F ESTRATÉGIA DE DESENVOLVIMENTO EXEMPLO – CORREDOR CULTURAL

O Corredor cultural1) será desenvolvido em torno do património


histórico e cultural da região de Marmana, em particular o das
cidades de Edirne, Kiklareli e Tekirdag
Exemplo - Corredor Cultural
PRINCIPAIS DESTAQUES

EDIRNE (Adrianople)
• Segunda capital do Império
Otomano, possuiu um largo
número de mesquitas
• Vestígios da presença romana
– a cidade foi reconstruída pelo
Imperador Adriano Mesquita Selimiye

KIRKLARELI
• Património histórico de grande
riqueza desde o tempo dos
romanos e bizantinos
• Banhos turcos datados de 1683

TEKIRDAG
• Cidade fundada no século 7
A.C. no domínio Grego (com o
nome Bisanthe) com presença
romana, otomana e russa

1) Corredor de Thrace onde se localizavam tribos tracianas desde pelo menos 600 anos A.C.
Fonte: "Tourism Strategy of Turkey – 2023" 87
DOCUMENTO DE TRABALHO
4

Os turistas estrangeiros em Marrocos cresceram 9% ano, em


resultado de uma aposta enfocada no Sol & Mar e no Turismo
Cultural - quase metade são Marroquinos a residir no estrangeiro

i.i O desenvolvimento do turismo marroquino assentou no enfoque na oferta de Sol & Mar - o
país pretende tornar-se um destino de referência neste produto, estando a desenvolver 6
novos resorts de grande dimensão. Complementarmente, Marrocos está a apostar no
Turismo Cultural, recuperando e qualificando o património histórico e aumentando a sua
capacidade hoteleira

ii.
ii O número de turistas estrangeiros em Marrocos aumentou 9% ao ano entre 2001 e 2008.
Quase metade dos turistas vindos do exterior são marroquinos não residentes no país

iii.
iii Marrocos aposta no Turismo doméstico através do desenvolvimento de ofertas de
alojamento específicas, e do lançamento de promoções fora da época alta

iv
iv. O Governo liberalizou o espaço aéreo e potenciou a criação de duas companhias
aéreas de baixo custo com ligações a vários mercados emissores europeus

88
DOCUMENTO DE TRABALHO
4 i ESTRATÉGIA DE DESENVOLVIMENTO

Marrocos definiu linhas de desenvolvimento, apostando na qualifi-


cação e nos segmentos Sol & Mar e Cultural – Apesar de
ambiciosas, as metas estavam perto de serem realizadas já em 2008
Turismo em Marrocos
Pilares e linhas de desenvolvimento Objectivos 2010 v.s 2008
• Lançamento de novas estações balneares
• Reposicionamento do produto cultural Turistas 7,0
Produto • Desenvolvimento do turismo rural e outros nichos Internacionais +13%
• Promoção do turismo doméstico
[Milhões]
• Criação de sistema de motivação do pessoal 7,9
• Reforçar a formação em Turismo permitindo um nível de serviço
Formação elevado

• Liberalização do transporte aéreo 160


Número de
Transporte Aéreo Camas -4%
adicionais
[Milhares] 153
• Aumentar os budgets promocionais
Marketing e • Reestruturação da promoção
comunicação

• Melhoria postos de turismo Postos de 600


• Melhoria dos transportes terrestres trabalho
Ambiente turístico • Comercialização de produtos de artesanato gerados -39%
[Milhares] 368
• Melhorar a rentabilidade dos investimentos turísticos em Marrocos
Organização • Redefinir o sistema fiscal de modo a cooperar com a estratégia
Institucional definida para o turismo
• Definição de empresa turística Objectivo para 2010 Performance em 2008

Fonte: Turismo em Marrocos; Análise da Equipa de Projecto 89


DOCUMENTO DE TRABALHO
4 i ESTRATÉGIA DE DESENVOLVIMENTO

O forte crescimento ambicionado foi suporte com empreendimen-


tos de grande escala – O Plan Azur lançou a construção de 6
novos grandes resorts ao longo da costa Marroquina
Investimentos contemplados no Plan Azur

Saidia • Investimento: USD 1.440 Milhões Taghazout • Investimento: USD 1.200 Milhões
• 7.000.000 m2 • Hóteis de 4 e 5 estrelas
• 2.000 apartamentos e 183 vilas • 21.000 camas
• Hotéis de 4 e 5 estrelas • Centros de conferências, campos de
• Marina com 750 docas individuais golfe, SPA e clínicas
• Golfe, centro de bem-estar, parques
aquáticos e clínicas privadas

Port Lixus • Investimento: USD 1.000 Milhões Plage Blanche • Investimento: USD 740 Milhões
• 4.620.000 m2 • 4.620.000 m2
• Hotéis de 4 e 5 estrelas • Hóteis de 4 e 5 estrelas
• Marina com 700 docas individuais • 80.000 camas
• Centro equestre, campos de golfe e • Centro equestre, campos de golfe e
expedições de pesca expedições de pesca

Mogador • Investimento: USD 624 Milhões Mazagan • Investimento: USD 756 Milhões
• 5.700.000 m2 • 15 km de extensão
• 2.000 apartamentos e 183 vilas • Hóteis de 4 e 5 estrelas
• Hotéis de 4 e 5 estrelas • Casino, centro de conferências,
• Complexo de vilas de luxo golfe e oceanário

90
DOCUMENTO DE TRABALHO
4 i ESTRATÉGIA DE DESENVOLVIMENTO

Os resorts desenvolvidos ao abrigo do Plan Azur apostam no seg-


mento Sol & Mar mas privilegiaram localizações próximas de cidades
turísticas para poderem complementar a oferta aos seus visitantes
Localização dos investimentos contemplados no Plan Azur
Mazagan Port Lixus
Tanger
Saidia

Rabat
Mogador
Casablanca

Taghazout Marraquexe

Agadir

Sítio Arqueológico
Plage Blanche de Tan Tan

91
DOCUMENTO DE TRABALHO
4 i ESTRATÉGIA DE DESENVOLVIMENTO

Adicionalmente, Marrocos fomentou o turismo cultural, enfocando-


se principalmente no desenvolvimento das condições de recepção
dos turistas nas cidades com maior património histórico-cultural
Turismo cultural

Aproveitamento do património histórico

• Aposta no desenvolvimento do
Turismo nas Cidades
• Aumentar a capacidade hoteleira nas
cidades em cerca de 15.000 quartos
• Constituição de Programas de
Posicionar os produtos históricos e culturais à Desenvolvimento Regional do
escala global e aumentar a contribuição da Turismo
cada turista • Lançamento de programas de
reabilitação e renovação nas cidades
• Criação de escritórios de consultoria em
cada região para proceder à análise de
mercado, ao planeamento do
reaproveitamento urbanístico e à
identificação e priorização de medidas a
adoptar

92
DOCUMENTO DE TRABALHO
4 ii EVOLUÇÃO DO SECTOR

O número de turistas internacionais tem vindo a crescer a um


ritmo de 8,3% ao ano – os acessos aéreos são fundamentais para
o crescimento dada a distância para os mercados emissores

Número de Turistas Internacionais Turistas por mercado emissor


[Milhões de Turistas] [Milhões de turistas; 2010]

Others
8,3
7,9 1,1
7,4 Itália (14%)
+ 8,3%
Bélgica
6,6
Alemanha
5,8 0,2 0,2 Nacionais
5,5 R.U. 0,3 (2%) (2%) 0,2 3,7
(3%) Não Residentes
4,8 (2%) (47%)
4,4 4,5 0,6
Espanha (8%)

1,7
(22%)

França

2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 20091)

1) Estimativa do World Tourism Organization


Fonte: Ministério do Turismo; World Tourism Organization 93
DOCUMENTO DE TRABALHO
4 ii MARROCOS

Em 2010, o sector do turismo em Marrocos deverá ter contribuído


para cerca de 20% do PIB e ter assegurado de 17,3% do emprego
do país
Breve descrição – Marrocos

Marrocos Indicadores sócio-económicos [2011]


2011

Casablanca População [Milhões habitantes] 31,7

Rabat PIB1) per capita [USD $] 2.864

Marraquexe Crescimento real do PIB [%] 1,3%


Agadir
Contribuição do Turismo para o PIB [%] 19,5%

Contribuição do Turismo para o emprego


17,3%
[%]

Peso do Turismo no investimento [%] 11,4%


1) Em paridade de poder de compra
Fonte: Fundo Monetário Internacional; World Travel & Tourism Council; Análise Equipa de Projecto 94
DOCUMENTO DE TRABALHO
4 ii PESO NA ECONOMIA

Em 2010, o turismo contribuiu para o PIB com cerca de USD 18 mil


milhões e garantiu 1,9 milhões de postos de trabalho

Peso do Turismo na economia de Marrocos


[2005-2010]

Emprego directo e indirecto gerado pelo sector Contribuição do sector para o PIB
['000] [USD mil milhões]1)
CAGR CAGR
05-10 05-10

18,0 17,8 18,0 Directo e


2.090 17,1 8,3%
1.995 indirecto
1.899 1.912 1.902 14,9
4,2%
1.627
12,1
1.126
990 1.097 1.062 1.040
Indirecto 847 8,0 8,2 8,0 8,3
7,3 Directo 7,0%
5,9
2,0%
909 964 899 850 862
Directo 780

2005 2006 2007 2008 2009 2010E 2005 2006 2007 2008 2009 2010E

1) convertido à taxa de câmbio x / USD de Março/2011 = 0,63

Fonte: WTCC; World Economic Outlook Database; análise Equipa de Projecto 95


DOCUMENTO DE TRABALHO
4 iii ESTRATÉGIA DE DESENVOLVIMENTO

A aposta no turismo doméstico foi sustentada na promoção, no


desenvolvimento de alojamento próprio e na criação de produtos
específicos e de tarifas promocionais
Turismo doméstico

Principais acções Objectivos


• Estudo sobre o comportamento dos turistas • Aumentar o número de turistas
Marroquinos domésticos de cerca de 1,2
• Identificação e promoção dos recursos de cada região milhões em 2000 para 2 milhões
Distribuição • Campanhas internas e direccionadas para o turismo em 2010
e promoção doméstico
• Incentivos às agências de viagens que desenvolvam
produtos destinados a turistas nacionais

• Incentivos ao desenvolvimento de instalações focados • Investir em cerca de 30.000


no sector doméstico através de mecanismos de camas, 19.000 das quais em
cooperação com o sector privado, cabendo ao Estado o parque de campismo
desenvolvimento de infra-estruturas complementares
Desenvolvi-
• Reabilitação urbana e de espaços históricos
mento de
• Desenvolvimento de produtos específicos para o
produtos
mercado doméstico (e.g. enfoque nos fins-de-semana e
campanha fora das épocas altas)
• Sistemas de tarifas promocionais para cidades
nacionais
96
DOCUMENTO DE TRABALHO
4 iv ORGANIZAÇÃO

A estrutura do Ministério do Turismo é complementada por


organizações institucionais que visam integrar diversos agentes
na definição de estratégias a nível nacional e regional

Estrutura Organizacional do
Ministério do Turismo Organizações Institucionais Complementares

• Autoridade para coordenação do sector que incorpora os Ministros


Comissão
Ministro Estratégica do Turismo, do Interior e da Economia e Finanças de forma a
assegurar uma implementação universal das linhas de
desenvolvimento definidas
Secretaria Inspecção
Geral Geral • Composto por 184 membros dos vários agentes do sector (indústria
Federações
hoteleira, agências de viagem, transportadoras e restaurantes) tem
Nacionais
Planeamento & como objectivo fomentar a sua representação na Administração
Investimentos Pública

Administração & • Presentes em todas as regiões têm como missão o planeamento e


Conselhos
Financeira
Regionais posicionamento turístico de cada região, a definição de
investimentos ou infra-estruturas a realizar e criar condições para
Empresas e extrair investimento privado usando fundos locais e soberanos
Actividades turísticas

Centros • Centros de apoio à formação de empresas e apoio a actuais


Formação & Regionais de investidores através da disponibilização de informação e de
Cooperação serviços de consultoria no processo de obtenção de autorizações
Investimento
Estratégia &
Coordenação da Observatório • Organização responsável pela captação, desenvolvimento e
promoção publicação de informação sobre o turismo

97
DOCUMENTO DE TRABALHO
4 iv ESTRATÉGIA DE DESENVOLVIMENTO

A abertura do espaço aéreo, o fomento da competitividade dos


aeroportos e a atracção e criação de linhas Low-Cost
proporcionaram um forte crescimento do número de passageiros
Iniciativas realizadas para fomentar o transporte aéreo

Resultados

Reestruturação • Liberalização do espaço aéreo


do sector • Abertura a companhias aéreas 2008 42
estrangeiras Número de
companhias +38%
• Criação de parcerias com operadores aéreas
turísticos integrados dos principais 2006 22
mercados emissores de forma a
potenciar o número de voos

2008 136.071
Movimentos
Competitividade • Criação de Low-Costs: Atlas Blue1) e +22%
comerciais
Jet 4 You 2006 91.300
• Novas politicas de preços nas taxas
aeroportuárias
• Descida de preços dos serviços de
2008 11,3
Handling e abertura à concorrência Passageiros
através do licenciamento de transportados +33%
operadores privados [Milhões]
2006 6,4

1) integrada na Royal Air Maroc em 2009


98
DOCUMENTO DE TRABALHO
4 iv OBJECTIVOS DE CRESCIMENTO

O sucesso das iniciativas passadas reforça a ambição expressa no


novo plano turístico definido para o período até 2020

Visão 2020

Tornar Marrocos um destino entre o Top-20 mundial e


impor-se como um destino de referência em matéria
de desenvolvimento sustentável em todo o
Mediterrâneo, continuando a fazer do Turismo um
dos principais motores de desenvolvimento
económico, social e cultural de Marrocos, através da:

– Modernização e integração do país no processo


de globalização
– Criação de riqueza económica das regiões para
Visão 2020 melhorar o bem-estar de toda a população
– Preservação, valorização e racionalização do
património cultural e natural

99
DOCUMENTO DE TRABALHO
4 iv ESTRATÉGIA DE DESENVOLVIMENTO

Com tudo constante e para alcançar o objectivo proposto na Visão


2020, Marrocos teria que adicionar 3,6 milhões aos actuais 8,3
milhões de turistas que visitam o seu território
Top 10 mercados receptores de turistas
[Milhões de turistas; 2009]

74,2

11,9
10,9 10,4 9,9 +43%
9,3 9,1
8,3 8,3 8,0 7,8 7,5

França Polónia Arábia Macau Holanda Croácia Hungria Marrocos Suíça Irlanda Coreia Singapura
#1 Saúdita do Sul
#20 #21 #22 #23 #24 #25 #26 #27 #28 #29 #30

Fonte: UNWTO, World Tourism Barometer 100


DOCUMENTO DE TRABALHO
5

O turismo Cabo-Verdiano cresceu 12% ao ano, assente numa oferta


de Sol & Mar, Cultura e Natureza – 30% dos turistas estrangeiros
são de origem Cabo-Verdiana

i.i Cabo Verde desenvolveu a oferta turística de Sol & Mar, Cultura e Natureza, tendo enfocado
cada ilha numa das ofertas

ii.ii A grande maioria dos turistas estrangeiros de Cabo Verde são originários da Europa,
sendo que cerca de 30% do total são de ascendência Cabo-Verdiana - os turistas
estrangeiros aumentaram 12% ao ano desde 2006

iii.
iii Em Cabo Verde o Turismo doméstico não tem expressão nem foi alvo de qualquer política
de desenvolvimento

iv
iv. O Governo liberalizou o espaço aéreo, contribuindo assim para o aumento do número de
ligações aos mercados europeus e para o crescimento do sector. A estratégia futura passa
pelo alargar da actividade ao conjunto das ilhas, melhorando as infra-estruturas turísticas
e de apoio, aumentando as ligações aéreas, reforçando a promoção e potenciando a
sustentabilidade, entre outras medidas

101
DOCUMENTO DE TRABALHO
5 i ESTRATÉGIA DE MARKETING E PROMOÇÃO

O reposicionamento estratégico constante no plano de marketing


de 2010-2011 potencia sinergias através da agregação em grupos
de ilhas capazes de atrair diferentes segmentos de mercado

Posicionamento tradicional Reposicionamento segundo o Plano de Marketing 2010-2011


• Aposta em produtos âncora
no Sol & Mar
• Desenvolvimento de
actividades relacionadas com Ilhas do Sol
o segmento (e.g. Desportos "Apaixone-se"
náuticos e animação cultural pelas ilhas do Sal,
e nocturna) Boavista e Maio

Posicionamento tradicional
Ilhas da Ilhas dos
• Concentração de turistas em Essência Sentidos
apenas 3 das 10 ilhas do "Envolva-se" "Surpreenda-se"
arquipélago pelas ilhas de pelas ilhas de
• Reduzida capacidade de Santiago e São Santa Antão,
Vicente Santa Luzia, São
captação de riqueza por Nicolau, Fogo e
parte da generalidade da Brava
população
• Elevada sazonalidade A necessidade de fomentar o turismo sustentável e o reconhecimento da falta
• Potencial para aumentar de capacidade de promover cada ilha de forma individualizada, levou
duração média de estadia 2010 Cabo Verde a agrupar ilhas, para direccionar cada conjunto para
segmentos de mercado específicos

102
DOCUMENTO DE TRABALHO
5 i ESTRATÉGIA DE MARKETING E PROMOÇÃO

As Ilhas do Sol apresentam como produto âncora o Sol & Mar


complementando a oferta com desportos náuticos – Descanso,
relaxe, resorts e turismo residencial são alvos preferenciais

103
DOCUMENTO DE TRABALHO
5 i ESTRATÉGIA DE MARKETING E PROMOÇÃO

As Ilhas da Essência promovem o património cultural e as suas


cidades focando-se nas viagens de negócios, eventos e em
turistas de ascendência Cabo-Verdiana

104
DOCUMENTO DE TRABALHO
5 i ESTRATÉGIA DE MARKETING E PROMOÇÃO

As Ilhas dos Sentidos agregam territórios com "natureza insólita e


exótica" – Promoção complementada com eventos culturais e
fomento de actividades desportivas para nichos de mercado

105
DOCUMENTO DE TRABALHO
5 ii MERCADOS EMISSORES

A proximidade com a Europa torna-a o maior mercado emissor,


salientando-se que 29% dos turistas internacionais são
expatriados ou descendentes de Cabo-Verdianos

Turistas internacionais por mercado de


origem [%; 2009] Turistas de ascendência cabo verdiana

1%
Outros 1% Alemanha
4%
16% Portugal Reino Unido
Turistas de
25% 22% Itália
ascendência
Espanha Cabo-Verdiana E.U.A.
5%
29%
Alemanha 7%
29% França
71%
7% 16% Outros turistas
E.U.A. internacionais
Itália
10%
Reino Unido 13% 43% Portugal
França

Fonte: Instituto Nacional de Estatística de Cabo Verde 106


DOCUMENTO DE TRABALHO
5 ii TIPO DE TURISMO

93% dos turistas viajam por motivos de lazer, elegendo os resorts


como principal tipo de alojamento

Tipo de viagem Total de despesas efectuadas


[%; 2009] [%; 2009]

19% Organizado & All Inclusive Despesas


efectuadas
em Cabo Verde 40% Outros
23%
29% Organizado & não All Inclusive Actividade desportivas
2% Artesanato
5%
3% Rent-a-car
77% 4%
4% Comunicação
Despesas
Transporte entre ilhas
efectuadas 15%
antes de chegar Alojamento
52% Individual
a Cabo Verde
27% Alimentação e bebidas

Fonte: Instituto Nacional de Estatística de Cabo Verde 107


DOCUMENTO DE TRABALHO
5 ii EVOLUÇÃO DO SECTOR

Em 2010, Cabo Verde recebeu cerca de 383 mil turistas


internacionais – o rápido crescimento do número de turista tem
induzido o investimento em capacidade do sector
Crescimento do Turismo de Cabo Verde
[2006-2010]
Número de Turistas Internacionais Número de camas
['000] [Milhares]

382,83
+12%
323,49
285,14
267,19
241,74
+7%
11,72
10,19 10,61
9,77
8,83

2006 2007 2008 2009 2010 2006 2007 2008 2009 2010

Fonte: INE de Cabo Verde; Análise Equipa de Projecto 108


DOCUMENTO DE TRABALHO
5 ii CABO VERDE

Em 2010, o sector do turismo em Cabo Verde deverá ter contribuído


para quase metade do PIB e ter assegurado cerca de 40% do
emprego do país
Breve descrição – Cabo Verde

Cabo Verde Indicadores sócio-económicos [2011]


Santo Antão
2011

Sal
População [Milhares de habitantes] 513
São Vicente

São Nicolau PIB1) per capita [USD $] 3.445


Boa Vista

Crescimento real do PIB [%] 5%

Contribuição do Turismo para o PIB [%] 44,5%


Maio
Contribuição do Turismo para o emprego
39,5%
[%]
Brava Santiago
Fogo
Peso do Turismo no investimento [%] 25,1%

1) Em paridade de poder de compra


Fonte: Fundo Monetário Internacional; World Travel & Tourism Council; Análise Equipa de Projecto 109
DOCUMENTO DE TRABALHO
5 ii PESO NA ECONOMIA

O turismo contributo para o PIB estima-se em USD 423 milhões,


garantindo 19,4 mil de postos de trabalho

Peso do Turismo na economia de Cabo Verde


[2005-2010]

Emprego directo e indirecto gerado pelo sector Contribuição do sector para o PIB
['000] [USD milhões]
CAGR CAGR
05-10 05-10

478,4
25,0
23,4 412,6 423,1 Directo e
21,9 394,0 15,2%
indirecto
19,8 19,4
17,1 12,2 309,4
10,1 11,5
9,8 9,6 3,7% 239,1
Indirecto 8,0 208,3 207,1 195,0 210,2
164,5 Directo 14,0%
109,1
11,8 12,8 11,9
Directo 9,1 10,0 9,8 1,5%

2005 2006 2007 2008 2009 2010 2005 2006 2007 2008 2009 2010

Fonte: Statssa; WTCC; SA Tourism Annual Reports; World Economic Outlook Database; análise Equipa de Projecto 110
DOCUMENTO DE TRABALHO
5 iv TURISTAS INTERNACIONAIS

Cabo Verde registou um aumento do número de movimentos de


passageiro de 10,5% durante o período entre 2006 e 2008 – O
crescimento foi impulsionado pela abertura do espaço aéreo
Movimento de passageiros internacionais
[milhares; 2006-2008]

10,5%

688,0
620,3 2,9%
563,9
469,8
410,1 434,5
14,1%

200,3
153,8 150,0

53,2
0 0,5
Total A.I. Sal A.I. Praia A.I. Boavista

2006 2007 2008

Crescimento foi impulsionado pela abertura do espaço aéreo a novas linhas aéreas
e pela construção de novos aeroportos
111
DOCUMENTO DE TRABALHO
5 iv ESTRATÉGIA DE DESENVOLVIMENTO

No plano para o período de 2010 a 2013, Cabo Verde identificou


como prioridades a melhoria do nível de competitividade, o desen-
volvimento sustentável e a interiorização dos benefícios da indústria

Plano 2010 a 2013 – Prioridades

Melhoria do nível de competitividade de sector


1 • Reduzir custo de acesso por via aérea e marítima
• Centralizar e melhorar as campanhas de promoção turística
• Promover incentivos locais que dinamizem projectos sustentáveis
Competi- • Aumentar o número de turistas internacionais para 500.000 até 2013
tividade

Promoção da sustentabilidade do turismo


2 • Aumentar oferta e fiabilidade dos sistemas de fornecimento de águas, energia e
saneamento
• Promoção e gestão do turismo de forma a preservar o ambiente e a riqueza sócio-
Sustentabilidade cultural
• Criar Fundo de Sustentabilidade Social a partir de receitas do governo para reduzir
impactos negativos da actividade

3 Potenciar interiorização e democratização dos benefícios da indústria


• Desenvolver transportes inter-ilhas para diminuir concentração e aumentar a
estadia média
Interiorização e • Apostar na qualidade e diversificação da oferta, incentivando o
empreendedorismo de pequenas e médias empresas
Democratização
• Incentivar investimento em industrias de fornecimento de serviços e/ou
produtos ao sector hoteleiro

112
DOCUMENTO DE TRABALHO
5 iv ESTRATÉGIA DE DESENVOLVIMENTO

O Plano Estratégico do Turismo de Cabo Verde está suportado em


6 eixos de intervenção
Plano 2010 a 2013 – Eixos de intervenção
ACESSOS
• Modernização dos aeroportos e
desenvolvimento de ligações aéreas
MONITORIZAÇÃO INFRA-ESTRUTURA
ao exterior, e aéreas, marítimas e
• Aprofundar os mecanismos de rodoviárias internas GERAL
monitorização da actividade
• Implementar mecanismos de • Adequação dos meios de saúde
monitorização da satisfação do turista • Melhoria dos níveis de segurança
e aprofundamento do seu • Reforço da produção e distribuição de
conhecimento água e melhoria do saneamento
EIXOS DE • Melhoria das comunicações
INTERVENÇÃO DO
SUSTENTABILIDADE
TURISMO DE CABO
INFRA-ESTRUTURA TURÍSTICA
VERDE
• Redução do impacto do turismo no meio
ambiente, e promoção do ambiente • Aumento da capacidade hoteleira, e
enquanto produto turístico melhoria da qualidade da oferta
• Integração da cultura Cabo-Verdiana na • Melhorar a promoção externa do destino
oferta turística, promovendo o Cabo Verde
desenvolvimento das actividades ESTRUTURA INSTITUCIONAL • Adequar a política fiscal do sector
a ela associadas ao seu desenvolvimento sustentável
• Reforço da estrutura central do turismo
• Estimulo do empreendedo- • Adequação da legislação do sector
rismo associado ao turismo

113
DOCUMENTO DE TRABALHO
6 ÁFRICA DO SUL

A África do Sul tem uma oferta diversificada de produtos, cobrindo


a totalidade do território, no entanto ainda não consegue captar
grandes fluxos de fora de África

i.i A oferta turística da África do Sul é diversificada e geograficamente dispersa, no entanto,


3 das 9 províncias do país geram mais de 80% das receitas provindas de turistas
estrangeiros

ii.ii O turismo da África do Sul beneficia do peso económico do pais na região, o que resulta
num elevado número de turistas, mas muito concentrados nos países fronteiriços – os
cinco maiores mercados emissores da África do Sul fazem fronteira com o país e geram
75% dos turistas externos

iii.
iii O turismo nacional tem vindo a decrescer nos último anos, sendo menos concentrado
geograficamente que o Turismo externo

iv.
iv O turismo da África do Sul está dividido em 4 departamentos – Financeiro, Controlo e
Qualidade, Operações e Marketing. O departamento de marketing foi estruturado sobre
uma visão de produtos e mercados alvo

114
DOCUMENTO DE TRABALHO
6 i OFERTA

A África do Sul oferece um leque bastante diversificado de


produtos turísticos, experiências e conteúdos
Produtos turísticos

Aventura Cultura

Exótico

Desporto
Cozinha
UMA OFERTA

Sol & Mar


DIVERSIFICADA

Beleza Natural Aventura

Vida Selvagem Montanhas Cidades

A selecção dos produtos a desenvolver assentou em estudos aprofundados da procura


115
DOCUMENTO DE TRABALHO
6 i PESO NA ECONOMIA

O país é um dos mais desenvolvidos do continente africano – em


2010 o sector do turismo terá representado 7,7% do PIB e 13% do
investimento
Breve descrição – África do Sul

Divisão política da África do Sul Indicadores sócio-económicos [2010]


2010

População [Milhões habitantes] 49,9


Pretória
PIB1) per capita [USD $] 10.505
Joanesburgo
Crescimento real do PIB [%] 3,0%

Contribuição do Turismo para o PIB [%] 7,7%

Contribuição do Turismo para o emprego


Cidade do Cabo 6,9%
[%]

Peso do Turismo no investimento [%] 13,0%


1) Em paridade de poder de compra
Fonte: Fundo Monetário Internacional; World Travel & Tourism Council; Análise Equipa de Projecto 116
DOCUMENTO DE TRABALHO
6 i PESO NA ECONOMIA

O Turismo na África do Sul representa mais de 1 milhão de


empregos e receitas de USD 20,8 mil milhões

Peso do Turismo na economia Sul Africana


[2004-2008]

Emprego gerado directo e indirecto gerado pelo Contribuição do sector para o PIB
sector ['000] [USD mil milhões]1)
CAGR CAGR
04-08 04-08
1.042 20,8 Directo e
946 indirecto 16,5%
911 17,4
850
781 439 5,1% 14,9
410 412 12,9
392 11,3
Indirecto 360

7,8
6,1 6,7 Directo 13,5%
4,7 5,3
603
501 534 9,4%
Directo 421 458

2004 2005 2006 2007 2008 2004 2005 2006 2007 2008

1) convertido à taxa de câmbio ZAR/ USD de 31/Dez/2008 = 0,1043


Fonte: Statssa; WTCC; SA Tourism Annual Reports; World Economic Outlook Database; análise Equipa de Projecto 117
DOCUMENTO DE TRABALHO
6 i DISPERSÃO GEOGRÁFICA

Não obstante a diversidade de oferta e a cobertura do território, as


3 principais regiões turísticas do país captam mais de 80% da
receita gerada por turistas estrangeiros

Receita gerada e estada média por província – turistas estrangeiros

Distribuição das receitas geradas Duração média da estadia


[2009] [2009]

Limpopo
Outros 3,4
19%
Gauteng Mpumalanga
North West 6,1 3,6
43% Western Cape 3,2
KZN 11%
Free State
KwaZulu-Natal
Northen Cape 4,8
6,5
5,6

27% Eastern Cape


Gauteng 9,9
Western Cape
12,3

Fonte: South Africa Tourism 118


DOCUMENTO DE TRABALHO
6 ii TURISMO DE ESTRANGEIROS

Os turistas estrangeiros geram dois terços das dormidas do país e


são o motor do crescimento do sector

Evolução das dormidas de estrangeiros e de nacionais


[2005-2009]

Total de dormidas por tipo de mercado Evolução da dormida média de estrangeiros e


[milhões] nacionais

-2.3%
226 CAGR CAGR
224
215 05-09 8,2 05-09
196 8,0
Dormidas 68 Estrangeiros 7,9
60 75
estrangeiros
71
+4,2% 7,5 -1,6%
(36%)

4,5
4,4
Dormidas 4,3
155 158 149 Nacionais 4,2
nacionais 125 -5,2% -0,6%
(64%)

2005 2007 2008 2009 2005 2007 2008 2009


Fonte: Annual Tourism Report 119
DOCUMENTO DE TRABALHO
6 ii TURISMO DE ESTRANGEIROS

O crescimento dos turistas estrangeiros tem sido assente na


captação de novos mercados e de novos segmentos por parte da
África do Sul

Turismo de Estrangeiros

> Dormidas de estrangeiros cresceram a uma taxa média anual de 4,2%,


desde 2005
• Cerca de 71,2M de
> Lesoto, Zimbabué e Moçambique são os 3 principais mercados emissores
de turistas para África do Sul dormidas
• Estada média de
> Visitas de turistas estrangeiros representam 25% do número total de
turistas no país, mas cerca de 78% do total de receitas gerado
aproximadamente 7,5
noites
> Western Cape, Guateng e Kwazulu-Natal são as províncias sul africanas • Turistas estrangeiros
que mais turistas estrangeiros recebem
gastam em média
USD 150 por dia
> Cada turista estrangeiro, em média, visita 1,2 províncias por viagem

> 61,8% dos turistas estrangeiros têm entre 25 e 44 anos

Fonte: Análise Equipa de Projecto 120


DOCUMENTO DE TRABALHO
6 ii TURISMO DE ESTRANGEIROS – DIMENSÃO

O número de turistas estrangeiros atingiu 9,9 M em 2009, represen-


tando uma taxa de crescimento média anual de 7,8% desde 2005 –
crescimento deverá ser maior em 2010 devido ao Mundial de
Futebol
Performance dos turistas estrangeiros
[2005-2009]

Evolução do número de turistas e dormidas de Evolução da dormida média e do gasto médio diário
estrangeiros no pais [milhões] [#; USD]

CAGR CAGR
05-09 05-09
8,0 8,2 8,2
7,9
9,6 9,9 Dormida 7,5
9,1 +7,8% média -1,6%
8,4 157,6
Turistas 149,7
7,4 141,7
75,3 128,4
68,2 71,2
66,5
60,3 103,5

Gasto
Dormidas de +4,2% médio por -1,3%
estrangeiros dormida

2005 2006 2007 2008 2009 2005 2006 2007 2008 2009
Fonte: Annual Tourism Report 121
DOCUMENTO DE TRABALHO
6 ii MERCADOS EMISSORES

Os maiores mercados emissores para a África do Sul são os


países fronteiriços – os 5 maiores geram 73% das entradas

Principais mercados emissores de turistas para a África do Sul


['000; 2009]

Top 10 mercados emissores – países africanos, via


Top 10 mercados emissores - global aérea

Lesoto 2.098 Nigéria 45,5


Zimbabué 1.574 Angola 39,2 116,7

Moçambique 1.361 73%


RD Congo 32,0
Suazilândia 1.088
Quénia 28,2
Botswana 836
Tanzânia 16,5
Reino Unido 487
Mauricia 15,7
EUA 263
Uganda 14,0
Namibia 217

Alemanha 211 Gana 12,6

Zâmbia 164 Egipto 5,3


x% Peso no total de entradas na África do Sul

Fonte: South Africa Annual Tourism Report 122


DOCUMENTO DE TRABALHO
6 ii MERCADOS EMISSORES BACKUP

Reino Unido, Holanda e França são, entre os principais mercados


emissores de turistas globais, aqueles em que a África do Sul tem
uma quota de mercado mais elevada

Quota do destino África do Sul nos principais mercados emissores


[%; 2009]

0,8%
0,7%

0,5%
0,4% Quota média
0,41%
0,3% 0,3%
0,2%
0,1%

Alemanha EUA Reino França Itália Canadá Holanda China


Unido

Fonte: South Africa Annual Tourism Report 123


DOCUMENTO DE TRABALHO
6 iii TURISMO DOMÉSTICO

Os turistas domésticos têm vindo a diminuir o seu peso relativo no


sector durante os últimos anos

Turismo Doméstico

> Turismo doméstico foi fortemente afectado pela crise financeira


global, tendo decrescido 8% em 2009
• Aproximadamente
125,1M dormidas
> Turismo doméstico representa cerca de 64% do número de
dormidas do país e 22% das receitas geradas pelo sector • Dormida média de 4,2
noites
> Visita a amigos e familiares representa 76% das viagens de • Turistas domésticos
turistas nacionais gastam em média de
aproximadamente
> KWA Zulu Natal é a principal região de destino do mercado USD100 por dia
doméstico enquanto que Gauteng é a principal região emissora
de turistas

Fonte: Análise Equipa de Projecto 124


DOCUMENTO DE TRABALHO
6 iii TURISMO DOMÉSTICO

As províncias de Kwazulu Natal e Eastern Cape representaram


aproximadamente 50% do total de dormidas de turistas nacionais

Segmentação do mercado doméstico de turistas


[%; 2009]

Peso de cada Província no total de dormidas de


Número de turistas nacionais por motivo de visita turistas nacionais

Religioso Médico Northe West Northern Cape


Negócios 1,0% Free State 2,0%
6,2% 4,6% Mpumalanga 5,0% Kwazulu Natal
4,0%
Férias 6,0% 29,0%
12,0%
Limpopo
8,0%

12,0%
Western Cape
76,2% 20,0%
Visita a amigos 14,0%
Easterna Cape
e familiares
Gauteng

Fonte: Annual Tourism Report 125


DOCUMENTO DE TRABALHO
6 iii DESENVOLVIMENTO FUTURO – TURISMO DOMÉSTICO

A aposta no turismo doméstico passará pelo fomento dos


segmentos mais atractivos – jovens casais e idosos apresentam-
se como os sectores mais rentáveis
Mercado doméstico – sub-segmentos de turistas nacionais

Receita média diária


Segmento Idade
5.000
B A Jovens com propensão 18-35
4.500 para viajar
4.000 G
B "Jovens casais" com <50
3.500 disponibilidade financeira

3.000 C "Casais modernos" 31-50

2.500 C
D D Casais independentes >30
2.000
F
1.500 E Casais meia idade com
A E 31-50
pouco excedente
1.000 financeiro
500 F Casais mais velhos com >30
Dormida pouco dinheiro para férias
0
média
4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 G Idosos com propensão >30
para viajar
Dimensão de acordo com o # de pessoas no escalão etário respectivo

Fonte: South Africa Tourism Report 126


DOCUMENTO DE TRABALHO
6 iv PAPEL DO ESTADO

O turismo da África do Sul está dividido em 4 departamentos – O


departamento de marketing foi estruturado sobre uma visão de
produtos e mercados alvo

Organização do turismo
Conselho de
Administração

Dep. Dep. Controlo Dep. Dep.


Financeiro de Qualidade Operações Marketing Direcções
regionais

Recursos Humanos Ásia,


Operações Europa Américas e África
Estudos estratégicos Australásia

Sistemas de Informação Marketing & Advertising Alemanha Ásia Pacífico Doméstico e


SADC
Administração Eventos Holanda Índia
Relações
comerciais
Segmentos por Itália Austrália
produto Turismozde negócios

Produto França EUA

Reino Unido
E-Marketing
Country managers
Comunicações

Fonte: Annual Turism Report 127


DOCUMENTO DE TRABALHO
7 BOTSWANA

O Botswana tem um posicionamento premium com uma oferta


enfocada em Turismo de Natureza, sobretudo na zona norte do
país com mais de 90% das visitas e receitas geradas

i.i O Botswana tem um posicionamento premium e, apesar da diversidade e dispersão


dos parques naturais, gera mais de 90% das visitas e receita turísticas no norte do
país
ii.ii Cerca de 75% dos turistas estrangeiros são oriundos de apenas 2 países – África do
Sul e Zimbabwe – sendo que as Américas e Europa representam menos de 10%
iii.
iii O reconhecimento da importância dos recursos naturais como principal motor do
turismo implicou a necessidade de fomentar uma maior colaboração entre os
departamentos do Turismo e da Conservação do Ambiente, forçando a sua
colocação debaixo da alçada do mesmo ministério
iv.
iv Com a aposta no marketing, no fomento do investimento privado e no
desenvolvimento de uma oferta multi-produtos, o Governo pretende potenciar o
crescimento do sector para 4 milhões de turistas em 2020
128
DOCUMENTO DE TRABALHO
7 i SECTOR

No Botswana, o Turismo gera 6,7% do PIB e 3,5% do emprego

Breve descrição – Botswana

Divisão política do Botswana Indicadores sócio-económicos [2010]


2010
Chobe
População [Milhões habitantes] 1,86
Ngamiland

Northeast PIB1) per capita [USD $] 16.170


Central
Ghanzi
Crescimento real do PIB [%] 4,8%

Kweneng
Contribuição do Turismo para o PIB [%] 8,5%
Kgatleng
Kgalagadi
Southeast
Southern Contribuição do Turismo para o emprego 10,3%
[%]

Peso do Turismo no investimento [%] 4,9%


1) Em paridade de poder de compra
Fonte: Fundo Monetário Internacional; World Travel & Tourism Council; Análise Equipa de Projecto 129
DOCUMENTO DE TRABALHO
7 i DISPERSÃO GEOGRÁFICA

O país tem um posicionamento premium e concentra as


actividades turísticas na região do Chobe e do Delta do Okavango

Breve descrição das principais atracções turísticas

Chobe
National Park
> Posicionamento premium orientado aos turistas
Sul Africanos
> Enfoque do investimento e promoção turística em
Delta do
Okavango apenas alguns recursos levou a uma elevada
concentração da actividade turística
Deserto do – 95% das entradas e 91% das receitas
Kalahari Mashatu associadas aos parques naturais estão
Game concentradas apenas em dois: Chobe
Reserve
National Park e o Moremi, no Delta do
Okavango

> No entanto, existem muitos outros pontos de


interesse que só agora o Botswana parece
começar a querer explorar:
– Os demais parques naturais
– Pontos turísticos de interesse cultural e/ou
arqueológico

Fonte: Department of Wildlife 130


DOCUMENTO DE TRABALHO
7 ii TURISTAS INTERNACIONAIS

O número de turistas internacionais que elegem o Botswana como


destino de visita foi de quase 1,9 milhões em 2009, ultrapassando
o tamanho da população do próprio país
Evolução do número de turistas internacionais
[Milhares de turistas; 1994-2009]
CAGR
1.876 1994-2009
1.814
1.760
1.684 1.642 324
1.592 1.543 314 5,0%
210 305
1.451 1.485 187 20 216
211
257
1.124
1.028
940 201
196
764 190
1.523 1.474 1.553
620 656 158 1.406 1.426 1.455 1.500
Visitas 533
144 1.193 1.274 8,4%
156 12
de um dia 923
750 832
Visitas 521 607
463 512
Prolongadas

1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008F 2009F

Dada a dimensão do mercado externo e o posicionamento premium do sector hoteleiro, o Botswana tem-se
prestado pouca atenção ao turismo doméstico

Fonte: Departamento de Turismo 131


DOCUMENTO DE TRABALHO
7 ii MERCADOS EMISSORES

Cerca de 75% dos turistas estrangeiros são oriundos de apenas 2


países – África do Sul e Zimbabwe – sendo que as Américas e
Europa representam menos de 10%

Turistas por país de origem Meio de transporte utilizado pelo viajantes


[2005] [2005]

Outros Países Aéreo Outro


Africanos
4,4%
16% 0,2%
Outros
Outros 3% África do Sul
Europeus 40%
4%
Reino
Unido 2% 2%
Américas

33% 95,4%
Zimbabwe Estrada

Turismo ainda muito dependente dos países vizinhos, A dificuldade de obter acesso a directo ao país é um
principalmente por viagens associadas a visitas de dos principais constrangimentos à atracção de turistas
amigos e familiares estrangeiros
Fonte: Department of Tourism 132
DOCUMENTO DE TRABALHO
7 ii MERCADOS EMISSORES

Os mercados não Africanos têm gastos médios por viagem 3 a 4


vezes superiores aos dos países africanos

Despesa média diária por propósito de visita Despesa média por viagem
[2005; USD $] [2005; Mercados; USD $]

Por
% sobre total 4,2% 15,8% 21,1% 58,9% 110 133 124 118 66 64 45
dia
de turistas
1.036
84
73 784
661 644
Gasto médio: 54

33 Gasto médio:
294 178
168 154

n/a
Negócios Lazer Família & Outros Canadá E.U.A. Reino França Namíbia África Zâmbia
Amigos Unido do Sul

Fonte: Department of Tourism 133


DOCUMENTO DE TRABALHO
7 iii ORGANIZAÇÃO

O Botswana reconheceu a importância dos recursos naturais


como principal motor do turismo, colocando-o sob a alçada do
Ministério do Ambiente, Vida Selvagem e Turismo

Organização do sector

Ministério do Ambiente,
Vida Selvagem e Turismo

Gestão de
Vida Selvagem Florestas e
Nacional e Assuntos Resíduos e Serviços Gestão do
Turismo e dos Parques Recursos
Monumentos Ambientais Controlo de Meteorológicos Ministério
Nacionais Associados
Poluição

Departamentos

134
DOCUMENTO DE TRABALHO
7 iv DESENVOLVIMENTO FUTURO

O enfoque em segmentos de maior valor levou a uma grande


concentração em determinados produtos e geografias – nova
aposta enforcar-se-á na massificação da oferta turística
Evolução do conceito de Turismo
1966 – Independência 2000 – Novo Plano de Turismo

High value – low volume High volume – mixed price

> Durante a segunda metade do século XX, o Botswana > No ano de 2000, o governo do Botswana introduz o novo
apostou numa oferta turística enfocada nos segmentos de Tourism Master Plan, definindo novas linhas de orientação
valor mais elevado, o que permitiu: que visavam alargar o turismo nacional a um maior leque de
– Atracção de turistas com consumo médio por viagem mais segmentos
elevado > Uma maior massificação do sector do turismo visa:
– Controlo do número de turistas o que contribui para uma – Alargar os benefícios económicos associados ao turismo a
maior preservação do ambiente e para a garantia da um maior número de regiões
prestação de serviços com qualidade diferenciadora – Aumentar o envolvimento social, através da iniciativa
> No entanto, esta aposta limitava o crescimento do sector privada de um maior número de pessoas pelas diferentes
devido à: regiões
– Imagem de exclusividade que inibia a atracção de – Aproveitamento de parques naturais sub-explorados (e.g.
segmentos com menor poder de compra, limitando dessa Deserto do Kalahari)
forma, a procura doméstica e regional – Diversificação e promoção de diferentes pontos de
– Concentração do investimento e promoção turística em interesse turístico para incrementar a procura e combater a
apenas um tipo de oferta e restrita apenas a, sazonalidade existente (e.g. espaços culturais, etno-
principalmente, 2 parques naturais gráficos e arqueológicos)
– Efeito multiplicador da riqueza é menor devido à reduzida – Promover o turismo doméstico e regional com especial
atracção de turistas para o restante o território enfoque nos segmentos que viajam a pretexto de visitas
familiares ou de amigos
Fonte: Governo; Análise Equipa de Projecto 135
DOCUMENTO DE TRABALHO
7 iv DESENVOLVIMENTO FUTURO

Com a aposta no marketing, no fomento do investimento privado e


no desenvolvimento de uma oferta multi-produtos o Governo
pretende chegar a 4 milhões de visitantes já em 2016

Desenvolvimento de Aumento de Gestão ambiental e


produtos e estratégia capacidade e formação cultural
de diversificação de Recursos Humanos • Planeamento e
• Promover o • Criação de novas regulação da
empreendedorismo e infra-estruturas, actividade de forma
potenciar outros recur- incluindo escolas de a preservar o
sos com interesse formação hoteleira património natural e
turístico (e.g. minas, cultural do país +11%
4,0
grutas e museus)

Estratégias para o sector do Turismo


Promoção e Marketing Promoção do investimento
• Atracção internacional enfocada nos privado 1,9
países de maior retorno face ao • Aposta na redução de barreiras
investimento necessário burocráticas e criação de
• A captação de turistas alavancada incentivos fiscais
pela promoção de produtos • Fomento da colaboração de
destinados a pequenos períodos de instituições financeiras no suporte
tempo (e.g. fim de semana) técnico e financeiro a potenciais
2009 2016
investidores
xx% Taxa média anual de crescimento

136
DOCUMENTO DE TRABALHO
8 QUÉNIA

O Quénia potenciou o seu património natural / animal e as ligações


coloniais, complementado com uma oferta de praias, tendo se posi-
cionado como destino capaz de atrair turistas de outros continentes

i.i A oferta do Quénia é enfocada em dois produtos chave - Natureza e Sol & Mar - associados
aos seus principais recursos

ii.ii O Quénia é um caso de sucesso na captação de turistas de outros continentes, com Reino
Unido, Alemanha e Itália a originarem quase metade dos turistas que entram no país

iii
iii. O Quénia não adoptou qualquer estratégia de desenvolvimento do turismo doméstico –
todo o esforço tem sido no sentido de captar turistas estrangeiros

iv
iv. O Turismo do Quénia potenciou a captação de turistas estrangeiros através do
alargamento do número de ligações aéreas aos principais mercados emissores e a
criação de presença junto dos mercados. Actualmente encontra-se a desenvolver infra-
estruturas de apoio e promover actividades complementares à oferta tradicional para
potenciar o sector e combater a elevada sazonalidade

137
DOCUMENTO DE TRABALHO
8 i OFERTA

A oferta turística centra-se em dois produtos chave – actividades


associadas à vida animal e Sol & Mar

Principais produtos turísticos do Quénia

Reservas naturais e game


reserves registaram cerca
de 2,4 milhões de
visitantes em 2010

Enfoque da oferta turística nas vantagens competitivas já claramente


identificadas e publicitadas

Em 2010, o número de
dormidas em hotéis junto
à costa ultrapassou os 3
milhões, representando
cerca de 48% do número
total registado no Quénia

138
DOCUMENTO DE TRABALHO
8 ii MERCADOS EMISSORES

O Quénia aumentou o número de turistas 12% ao ano entre 2004 e


2007, tendo conseguido atrair turistas de mercados longínquos e
de maior valor, incluindo europeus e os E.U.A
Desenvolvimento do Turismo no Quénia
Turistas Turistas por país de origem
[2004-2009; # Chegadas] [2010; % Dormidas]

Clima de instabilidade e violência


pós-eleições de 2008

Nacionais 34% Reino Unido


+12% 1.686 Outros 22%
1.464 165 30%
1.399 1.392
130 150
1.199 150
1.141
Outros 67
96 2% 17%
África do Sul 2% 3% Alemanha
1.279
1.088 Estrangeiros 66% Escandinávia 3%
Holiday 886 1.063 1.061 Uganda 6% 9%
936 Suíça 6%
Itália
França E.U.A.

Business 246 206 226 242 181


109
2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010

Fonte: Ministério do Turismo; Análise Equipa de Projecto 139


DOCUMENTO DE TRABALHO
8 ii SECTOR

As receitas de turismo no Quénia cresceram 10% ao ano desde


2006, estimando-se que possam duplicar até 2020

Contributo do turismo na economia nacional – Quénia

Receitas associadas ao Turismo Emprego associado ao Turismo


[2005-2020F; Milhões de USD] [2005-2020E; '000 Empregados]

Δ% 20% 25% 0% 1% 17% 7% % 8,6% 9,1% 8,3% 7,3% 7,3% 8,0%

7.119

595
528
3.477 486 487
429 439
335
+10% 278
3.485 Indirecto 252 262
2.954 2.948 2.976 232 236
2.364 1.601
1.385 2.332
1.619 1.509
Outros 1.263
1.247 Directo 234 250 225 261
Negócios 886 946 1.054 197 202
709 1.311
Lazer 392 449 494 537 637

2006 2007 2008 2009P 2010E 2020E 2006 2007 2008 2009P 2010E 2020E

P – Previsto; E - Estimado
Fonte: World Travel & Tourism Council; Análise Equipa de Projecto 140
DOCUMENTO DE TRABALHO
8 ii SECTOR

O Turismo no Quénia gera 9% do PIB e do Investimento e 7% do


emprego

Breve descrição – Quénia

Divisão política do Quénia Indicadores sócio-económicos [2010]


2010

População [Milhões habitantes] 36,5

PIB1) per capita [USD $] 1.784

Crescimento real do PIB [%] 3,8%

Nairobi Contribuição do Turismo para o PIB [%] 9,0%


Maasai Mara

Contribuição do Turismo para o emprego 7,3%


Mombaça [%]

Peso do Turismo no investimento [%] 9%


1) Em paridade de poder de compra
Fonte: Fundo Monetário Internacional; World Travel & Tourism Council; Análise Equipa de Projecto 141
DOCUMENTO DE TRABALHO
8 iii TURISMO DOMÉSTICO

O enfoque nos turistas internacionais tem restringido o crescimento


do turismo doméstico – necessidade de reformar instituições,
ensino e construir uma oferta alargada a novos segmentos

Situação actual Medidas a aplicar para fomentar o turismo doméstico

• Enfoque claro no turismo • Criação de comissões regionais de turismo


internacional • Definição de objectivos claros para o turismo doméstico
Reforma das
• Forte dependência dos instituições • Criação de pelo menos um posto de turismo por
mercados internacionais tornou província
o sector mais vulnerável a
tendências sazonais e a outros • Introduzir temáticas sobre o turismo nos curriculums
factores de risco (e.g. escolares
flutuações das taxas de câmbio) Educação e
• Criar campanhas de promoção & marketing focadas no
conhecimento
• Reduzida aposta no turismo consumidor nacional
doméstico potenciou a falta de
informação disponível aos
quenianos e a generalização da • Promoção de pequenas e médias empresas focadas
percepção da inacessibilidade Desenvol- em clientes de diferentes classes sociais
aos serviços turísticos no vimento do • Envolver empresas e cidadãos na conservação do
Quénia devido aos seus comércio património do país
elevados custos

Fonte: Ministério do Turismo; Imprensa 142


DOCUMENTO DE TRABALHO
8 iv LIGAÇÕES AÉREAS E PROMOÇÃO EXTERNA

O sucesso na captação de turistas de mercados distantes resultou


da estratégia de criar ligações aéreas e na actividade promocional
e de venda junto dos principais mercados emissores

Países com ligações aéreas directas ao Quénia

Representações
Internacionais do Kenya
Tourism Board

• Londres
• Barcelona
• Milão
• Amesterdão
• Dusseldorf
• Paris
• Minneapolis

Representações Internacionais
Países com ligações aéreas directas ao Quénia
Fonte: Kenia Airways; Kenya Tourism Board 143
DOCUMENTO DE TRABALHO
8 iv ORGANIZAÇÃO

O Quénia dá lugar de destaque ao Ambiente, à Formação e à


Segurança, reconhecendo a importância destes factores na
captação de turistas e na capacidade de os satisfazer

Organização do sector

Departamento
do Turismo

Formação, Politica, Autoridade para Desenvolvi-


Marketing & Organização Pesquisa e
Ambiente Segurança & Planeamento e Hotéis & mento de
Comunicação Institucional Estatísticas
Gestão de Crise Estratégia Restaurantes produtos

144
DOCUMENTO DE TRABALHO
8 iv DESENVOLVIMENTO FUTURO

O desenvolvimento futuro do turismo Queniano passará pelo


reforço da potenciação dos recursos chave e pelo
desenvolvimento de infra-estruturas de apoio

Plano de Desenvolvimento do Turismo 2008-2012

> No plano de desenvolvimento do Turismo para Principais desafios para o Turismo Queniano
o período de 2008 a 2012, o governo definiu Aumentar receitas com o turismo de Ksh. 65 Bn (~USD
1
como objectivo o rápido crescimento de 800 M) em 2007 para Ksh. 200 (~USD 2.400M) até 2012
receitas associadas ao Turismo através do
2 Formular e implementar um quadro legal e político
aumento do número de viajantes adequado ao desenvolvimento do sector
internacionais, domésticos e da despesa média
efectuada por estes 3 Desenvolver novos produtos e diversificar mercados

> Para impulsionar o crescimento a curto/médio 4 Oferecer e serviços de qualidade reconhecida


prazo irão se potenciar as vantagens internacionalmente
competitivas já reconhecidas através do 5 Assegurar protecção e segurança aos turistas
investimento em projectos edificantes:
Facilitar acesso a recursos financeiros para fomento do
6
– Reaproveitamento de parques pouco investimento
explorados
7 Atrair, desenvolver e reter trabalhadores especializados
– Criação de 2 cidades resort na costa e uma
junto a parque natural 8
Promover políticas de conservação dos recursos
naturais

9 Divulgar e promover informação turística

145
DOCUMENTO DE TRABALHO
8 iv DESENVOLVIMENTO FUTURO

Para reduzir a sazonalidade, o Quénia aposta também em alguns


produtos complementares como turismo cultural, actividades
náuticas e negócios
Desenvolvimento complementar do Turismo no Quénia

Vantagens > Aposta nestes dois segmentos potencia o crescimento do turismo alavancado no
Estratégico

competitivas aproveitamento dos recursos naturais e do reconhecimento já existentes,


Enfoque

claras assegurando a eficácia de novos investimentos ou promoções

> Falta de diversidade de motivos de atracção torna o sector mais volátil


Diversificação e
> Turismo associado a estações do ano limitadas (e.g. Verão ou época das migrações dos
Sazonalidade animais selvagens) limita o aproveitamento dos recursos hoteleiros durante épocas baixas

O governo deverá fomentar o apoio ao desenvolvimento de actividades que possibilitem a diminuição da


sazonalidade e volatilidade associado ao turismo tradicional no Quénia, através da aposta em nichos de
mercado como o turismo cultural e viagens associadas a desportos de água ou a negócios
Complementar
Oferta

146
DOCUMENTO DE TRABALHO
9 MOÇAMBIQUE

Moçambique pretende apostar no desenvolvimento de infra-


estruturas para qualificação da oferta capaz de atrair e reter por
maiores períodos e geografias os turistas internacionais

i.i A oferta de Moçambique é enfocada em dois produtos chave - Natureza e Sol & Mar-
associados aos seus principais recursos
ii.ii O turistas internacionais provêm maioritariamente (83%) dos países fronteiriços e realizam
viagens de curta duração e usando transportes terrestres – apesar dos 3,1 milhões de turistas
internacionais, Moçambique apenas registou cerca de 237 mil hóspedes em 2009
iii.
iii Apesar da reduzida atenção prestada ao turismo doméstico, o número de hóspedes nacionais
é equivalente ao dos internacionais (246 mil)
iv.
iv O Ministério do Turismo em Moçambique tem como objectivo a direcção, planificação e
execução de políticas para o fomento das actividades turísticas, da indústria hoteleira e para
a conservação de áreas naturais
v.
v No Visão Estratégica para o sector até 2025, Moçambique pretende chegar aos 4 milhões de
turistas suportado pelo desenvolvimento de infra-estruturas sócio-economicas e pela
conservação e potenciação dos seus recursos naturais

147
DOCUMENTO DE TRABALHO
9 i OFERTA

Com 2.600 quilómetros de praias e uma diversidade de fauna e flora


assinalável, a oferta turística assenta nos produtos Sol & Mar e
Natureza - Complementada pela cultura e o turismo de negócios
Produtos turísticos

Praias Cultura Gastronomia

Ecoturismo

Cidades Vida Selvagem

Desporto

Natureza

148
DOCUMENTO DE TRABALHO
9 i PESO NA ECONOMIA

Apesar do forte potencial turístico do país, o sector apenas


contribui 5,6% para o PIB e 4,4% no emprego gerado dentro do
território Moçambicano
Breve descrição – Moçambique

Divisão política de Moçambique Indicadores sócio-económicos [2010E]

População [Milhões habitantes] 21,6

PIB1) per capita [USD $] 981

Parque da Gorongoza Crescimento real do PIB [%] 7,5%

Beira
Contribuição do Turismo para o PIB [%] 5,6%

Contribuição do Turismo para o emprego


4,4%
[%]
Maputo
Peso do Turismo no investimento [%] 8,0%

1) Em paridade de poder de compra


Fonte: Fundo Monetário Internacional; World Travel & Tourism Council; Análise Equipa de Projecto 149
DOCUMENTO DE TRABALHO
9 ii TURISMO INTERNACIONAL

Apesar dos 3,1 milhões de turistas, Moçambique apenas registou


cerca de 237 mil hóspedes internacionais em 2009 – Cerca de um
quarto dos visitantes tem Maputo como destino
Turismo Internacional
[2009]
Número de turistas estrangeiros Hóspedes estrangeiros
[Milhares] [Milhares]
África do Sul 1.288,8 41%

Zimbabwe 965,9 31%


250,2 257,3 257,0
Suazilândia 207,3 7% 238,4 236,7

Malawi 86,8 3%

Portugal 85,3 3% 161,9

Reino Unido 58,5 2%


Outros
Alemanha 43,3 1% Destinos

E.U.A. 38,7 1%
Cidade 35% 31%
Tanzânia 18,2 1% 39% 27% 28% 26%
Maputo
Outros 317,6 10%
2004 2005 2006 2007 2008 2009
Total de 3,1 milhões de turistas estrangeiros,
sendo que 83% provinham de países vizinhos
Fonte: Fundo Monetário Internacional; World Travel & Tourism Council; Análise Equipa de Projecto 150
DOCUMENTO DE TRABALHO
9 ii TURISMO INTERNACIONAL

A curta duração das viagens e o facto de 47% dos turistas entrarem


a pé no país indiciam o reduzido contributo para o sector
Turismo Internacional
[2009]
Meio de transporte utilizado
Duração média da estadia [Milhares]

Avião
mais de 29 dias
17%
16% (533)

47% A pé
45% 1 a 3 dias (1.474)
8 a 28 dias 18% 35%
(1.104)
Carro

20%
4 a 7 dias

Quase metade dos turistas permanecia em Cerca de 83% dos turistas atravessavam a fronteira
Moçambique por períodos inferiores a 3 dias por via terrestre

Fonte: Ministério do Turismo; Análise Equipa de Projecto 151


DOCUMENTO DE TRABALHO
9 ii TURISMO INTERNACIONAL

As viagens por motivo de lazer são tendencialmente as mais


compridas – Já os turistas de Resort são os que têm em média um
maior gasto efectuado durante a viagem
Turismo Internacional
[2009]
Turistas por motivo de viagem Gasto médio por turista
[Milhares] [1000 Mt]
1 a 3 dias 4 a 7 dias 8 a 28 dias > 29 dias
Por
3,05 1,29 1,53 1,03 0,22 1,14
dia
Lazer 28% 49% 21% 2%

7
6
1%
Negócios 43% 52%
4% 5 5 5
4
Visita a
Familiares 61% 16% 11% 12%
ou Amigos

0%
Conferências 64% 33%
3%
Hotel Resort Lodge Casa de Campismo Média
Conhecidos
Fonte: Ministério do Turismo; Análise Equipa de Projecto 152
DOCUMENTO DE TRABALHO
9 iii TURISMO DOMÉSTICO

O número de hóspedes nacionais é equivalente ao dos


internacionais e têm em média uma estadia de 1,8 noites

Turismo Doméstico

Hóspedes Nacionais Dormidas de hóspedes nacionais


[Milhares] [Milhares]

% Total # por
49% 50% 43% 46% 49% 51% 1,9 1,9 2,0 1,8 1,8 1,8
Hóspede

466,7
437,0 433,0
393,1
362,6

298,0
248,0 245,1 245,9
217,1
181,4
158,0

2004 2005 2006 2007 2008 2009 2004 2005 2006 2007 2008 2009

Fonte: Ministério do Turismo; Análise Equipa de Projecto 153


DOCUMENTO DE TRABALHO
9 iv ORGANIZAÇÃO

O Ministério do Turismo tem como objectivo a direcção, planificação


e execução de políticas para o fomento das actividades turísticas, da
indústria hoteleira e para a conservação de áreas naturais
Organograma

Ministério do
Turismo

Secretária Permanente

Dir. Nacional do Dir. Nacional das Áreas Dir. Planificação e Dir. de Promoção Inspecção Geral do
Turismo de Conservação Cooperação Turística Turismo

Dep. de Administração Dep. dos Recursos


Dep. Jurídico
e Finanças Humanos

Órgãos Locais Instituições de Tutela

Direcções ou Serviços Provinciais Fundo Nacional do Turismo

Direcções ou Serviços Distritais Hotel Escola Andalucia

Fonte: Ministério do Turismo; Análise Equipa de Projecto 154


DOCUMENTO DE TRABALHO
9 v DESENVOLVIMENTO FUTURO – VISÃO 2025

Na visão do sector para o ano 2025, o governo prevê chegar aos


4 milhões de visitantes anuais, suportado no crescimento do
turismo que deverá continuar associado às praias e à natureza

Visão 2025

“Até ao ano 2025, Moçambique será o destino turístico mais


vibrante, dinâmico e exótico de África, famoso pelas suas praias e
atracções litorais tropicais, produtos de eco-turismo excelentes, e pela
sua cultura intrigante, acolhendo mais de 4 milhões de turistas por
ano.
As áreas de conservação constituem parte integrante do produto
turístico e os seus benefícios darão um contributo significativo para o
PIB, trazendo riqueza e prosperidade para as comunidades do
país”

Fonte: Ministério do Turismo 155


DOCUMENTO DE TRABALHO
9 v DESENVOLVIMENTO FUTURO – FACTORES-CHAVE

Moçambique identificou 6 factores-chave ao desenvolvimento do


sector – A importância da criação de uma oferta comum entre
países da região faz parte das ambições do governo
Factores-Chave de Sucesso para Maximizar o Potencial do Turismo
Integração África Austral Mercados Emissores Prioritização de
• Promoção de iniciativas • Foco em mercados i) Investimentos
conjuntas com países mercados regionais, ii) • Definição de áreas
transfronteiriço na tentativa de mercados emissores para a prioritárias para o
criação de produtos turísticos África do Sul, iii) países com investimento, rotas turísticas
comuns, corredores para o sinergias culturais e iv) e aposta em áreas de
turismo e campanhas de nichos de mercado com forte conservação transfronteiriça
marketing partilhadas potencial
6 factores decisivos para o crescimento do Turismo em Moçambique
Eco-turismo Recursos do litoral Turismo Cultural
• Desenvolvimento duma oferta • Aposta no segmento • Desenvolver oferta cultural
suportada na exploração Sol & Mar e na promoção de como complemento aos
sustentável dos recursos da actividades que explorem a produtos tradicionais e
natureza e vida selvagem diversidade dos suportada na grande
ecossistemas marinhos (e.g. diversidade de influências
pesca ou mergulho) culturais registadas no seu
território
Fonte: Ministério do Turismo; Análise Equipa de Projecto 156
DOCUMENTO DE TRABALHO
9 v DESENVOLVIMENTO FUTURO – INFRA-ESTRUTURAS

Complementarmente, foram definidos os tipos de infra-estruturas


sócio-económicas a desenvolver para suportar o sector

Factores complementares a desenvolver

Recursos Humanos
• Aposta na formação
para melhorar a
qualidade do serviço
Infra-estruturas Organização
• Desenvolvimento de • Definição de leis,
acessibilidades e instituições e seu
equipamentos enquadramento legal
Infra-estruturas
Sócio-Económicas
a desenvolver

Recursos Financeiros Estabilidade e Segurança


• Criação de incentivos à • Promover coordenação de
reabilitação de infra- Conhecimento polícia, organizações civis
estruturas e comunidades
• Dados sobre turismo,
migração, o impacto
económico e tendências

Fonte: Ministério do Turismo; Análise Equipa de Projecto 157


DOCUMENTO DE TRABALHO
9 v DESENVOLVIMENTO FUTURO – LIGAÇÕES REGIONAIS

O planeamento de infra-estruturas a desenvolver reflecte a


necessidade de promover corredores entre pontos estratégicos
para o turismo – Especial enfoque nas ligações transfronteiriças

Corredores prioritários
• Desenvolvimento de corredores baseiam-se na
construção de acessibilidades rodoviárias
que constituam ligação entre os pontos
Nacala Descrição estratégicos
(Malawi) • Enfoque nas ligações transfronteiriças para
Tete fomento não só dos movimentos turísticos como
comerciais

Harare • Criação de acessos mais rápidos, cómodos e


(Zimbabué) seguros potencia o interesse de viajantes de
Beira países fronteiriços e turistas internacionais com
maior propensão para viagens cujo itinerário
inclua diversos países
• Possibilidade de maior desenvolvimento de
rotas turísticas que ligam a oferta Sol & Mar
Principais a produtos associados à Natureza
Joanesburgo Vantagens
Maputo • Capacidade de acesso a diferentes locais
(África do Sul)
potencia o desenvolvimento de regiões
afastadas dos principais pontos turísticos
• Capacidade de viajar dentro do território deverá
aumentar o tempo de estadia média
Moçambique identificou 6 corredores cuja
construção deverá ser prioritária

Fonte: Ministério do Turismo; Análise Equipa de Projecto 158


DOCUMENTO DE TRABALHO
B SÍNTESE DO BENCHMARK

Vários países fomentam o turismo doméstico desenvolvendo


ofertas específicas – as companhias low cost e a abertura do
espaço aéreo facilitam o desenvolvimento do turismo externo
Referências no Mundo África Subsariana
Vietname Brasil Turquia Marrocos Cabo Verde África do Sul Botswana Quénia Moçambique

Peso dos países de 97% 69%


58% 61%
28% 12%
outros continentes 10% 1) 1% 0%
Mercados

83% 97% 64%


Peso T. Doméstico 22% 34% 51%
19% 0% 0%
Ofertas específicas
p/ T. Doméstico
Liberal. espaço
Acessibilidades

aéreo
Captação de rotas
Companhias low
cost
Simplificação vistos
Parceria Parceria Represent.
Promoção e distribuição Grupos Operadores Mercados
Hoteleiros Turísticos Emissores
Desenvolvimento de
competências
Sustenta-
bilidade

Ambiental

Recuperação
Urbana
1) Para este efeito considerou-se que a Turquia se localiza nas regiões Europeia e Médio Oriente
Fonte: Addwise; Roland Berger 159
DOCUMENTO DE TRABALHO
B SÍNTESE DO BENCHMARK

A análise do sucesso obtido por um conjunto de países no


desenvolvimento do Turismo permite identificar algumas
características potenciadoras
Principais conclusões do Benchmark internacional de desenvolvimento do Turismo

Enfoque de esforços Gestão do Sector Turismo Interno

• A fase inicial de desenvolvimento • A existência de uma entidade • É fomentado com a promoção de


do turismo caracteriza-se pelo Gestora dedicada ao ofertas específicas dirigidas a
enfoque num número reduzido desenvolvimento e variados segmentos de clientes,
de produtos e regiões, dinamização da actividade incluindo ofertas de alojamento e
potenciados por projectos turística e à coordenação das transporte dirigidas à população
estruturantes partes envolvidas potencia os de menor rendimento
impactos positivos do Turismo
na economia e no emprego
Envolvimento dos privados Mercados internacionais

• O envolvimento dos privados, • Os principais factores


nomeadamente internacionais, potenciadores do turismo de
acelera o processo de estrangeiro incluem a facilitação
transferência de conhecimento / de vistos, o desenvolvimento de
melhores práticas e de ligações aéreas e um
crescimento da oferta investimento substancial em
promoção / marketing

Fonte: Análise Equipa de Projecto 160


DOCUMENTO DE TRABALHO

C. Contexto actual do Turismo em Angola

161
DOCUMENTO DE TRABALHO
CHEGADAS DE TURISTAS E PRINCIPAIS MERCADOS EMISSORES

Os nacionais representam dois terços do turismo angolano – 3


países não africanos (Portugal, China e Brasil) representam
metade dos turistas estrangeiros
Peso do turismo doméstico e internacional
[2009]

Hóspedes Dormidas nas unidades hoteleiras


[milhares; %] [milhares; %] Principais mercados emissores

Outros Portugal
22% 24%
261 1.074 1.088
(33%) 332 (36%) (36%) Cuba
(42%] Filipinas 2%
Índia 3% 1%
4% 14%
EUA
4% China
194 825 RU 6%
(25%) (28%) 7% 13%
França
África do Sul Brasil

Angolanos residentes Angolanos não residentes Estrangeiros

Fonte: MINHOTUR; Análise Equipa de Projecto 162


DOCUMENTO DE TRABALHO
CHEGADAS DE TURISTAS E PRINCIPAIS MERCADOS EMISSORES

De 2006 a 2009 verificou-se um crescimento constante da chegada


de turistas estrangeiros a Angola, sendo a Europa o principal
mercado emissor de turistas

Evolução da Chegada de Turistas Estrangeiros a Dependência de Mercados Emissores


Angola ['000; 2006-2009] [%; 2009]

Médio
TMCA1) (06-09): +44% Oriente Austrália
África 0,8%
13,2% 0,4%
366
24%
294
51%
60% 44,1% Europa
195
América 20,9%
121

2006 2007 2008 2009


20,8%

1) TMCA – Taxa Média de Crescimento Anual Ásia


Fonte: Serviço de Migração e Fronteiras 163
DOCUMENTO DE TRABALHO
MOTIVOS DE VIAGEM

Não obstante as viagens de negócios e serviços ainda serem o


principal motivo de visita a Angola, as viagens de férias foram as
que mais cresceram desde 2006

Motivos de viagem Motivos de viagem de férias face aos


['000; 2006-2009] restantes motivos ['000; 2006-2009]

• O Turismo de Serviço
154 211 (“os expatriados”) traduz
135 191 o fluxo de mão-de-obra
133
10% externa (37%)
112 154
140 • O Turismo de Negócios
91
(21%) reflecte o contexto
76 de oportunidades que o
64 87 91 70%
54 59 mercado apresenta
54
34 • Portugal representa
24 28 34 23,6% das entradas em
Angola

• Angola é o 7º emissor
2006 2007 2008 2009 2006 2007 2008 2009
turístico para Portugal
Serviço e Negócios Férias
Serviço Férias Negócios

Fonte: Serviço de Migração e Fronteiras 164


DOCUMENTO DE TRABALHO
PESO DO SECTOR

Nos últimos anos, Angola registou um forte crescimento do sector,


tendo as receitas ultrapassado os 45 mil milhões de AKZ em 2009 –
Cerca de 135 mil postos de trabalho estavam associados ao Turismo
Contributo do turismo na economia nacional – Angola
Receitas associadas ao Turismo Emprego associado ao Turismo
[2005-2009; Mil Milhões de AKZ] [2005-2009; Milhares de empregados]

Δ% 21% -9% -9% -9%


CAGR
45,3 07-09
0,9
6,3 134,6
34,5 +37% 9,9 83,2%
1,3
25,6 102,8
2,7 31,1 23,0%
0,5 14,5 7,9
2,5 6,7
72,1 19,7
8,3 12,6 Agências de Viagens
3,0 39,3 74,4%
Outras 0,6 0,6 e Turismo
6,2 20,5 26,6
Bebidas 0,7 1,1 13,0 Hotéis
15,2
Alimentação 1,8 2,5 Pensões e 12,9
8,5
Agências de Viagens 1,2 outros estabelecimentos
48,6 54,3
2,8 35,7 23,3%
10,6 Restaurantes e
7,9 8,6 Similares
Alojamento 4,0 5,6
2007 2008 2009
2005 2006 2007 2008 2009
P – Previsto; E - Estimado
Fonte: MINHOTUR; Análise Equipa de Projecto 165
DOCUMENTO DE TRABALHO
RESULTADOS ECONÓMICOS

A restauração, alimentação e bebidas foram os sectores que mais


cresceram no período, representando cerca de 46% da receita do
sector em 2009
Evolução global da receita e peso dos produtos/serviços
[MUSD; 2009]
505 TMCA
383 (06-09)
284
140 • Receitas de 500 MUSD
56,6%
em 2009
5% 2% 4% 2% Outros 41,7%
• Crescimento constante
23% 33% 29% Ag. Viagens 87,8% do sector da restauração
44%
9%
10% 14% Bebidas 89,4% • Maior controlo das
20% receitas da restauração
8%
24% Alimentação 91,7%
32% • Crescimento do volume
19%
de negócios das
44%
31% Alojamentos 24,7 %
agências de viagens
25% 23%
2005-2009 foi de 922%

2006 2007 2008 2009

Fonte: Direcções Provinciais da Hotelaria e Turismo, Boletim Estatístico MINHOTUR 2009 166
DOCUMENTO DE TRABALHO
REDE HOTELEIRA

Luanda destaca-se na oferta de alojamento - gerando cerca de 84%


da receita - seguida de Huíla e Benguela. As províncias interiores
têm uma oferta reduzida e consequentemente receitas menores

Distribuição geográfica da actividade turística


Oferta de alojamento, por tipologia, em cada Distribuição Geográfica das Receitas de Alojamento
província [número, 2009] [M AKZ; 2009]

Luanda 8.877 84%

Cabinda 342 3,2%

Benguela 320 3,0%

Huíla 289 2,7%

Zaire 210 2,0%

Huambo 195 1,8%

Malanje 67 0,6%
Moxico 56 0,5%
Kwanza Sul 52 0,5%

Namibe 51 0,5%

Kwanza Norte 47 0,4%

Outros 88 0,8%

Fonte: MINHOTUR; Análise Equipa de Projecto Fonte: UNWTO… 167


DOCUMENTO DE TRABALHO
REDE DE RESTAURAÇÃO

A oferta na restauração segue uma distribuição semelhante à oferta


de alojamento – Luanda destaca-se uma vez mais

Número de restaurantes e similares em cada província


[número, 2009]

• Luanda representa 36% da oferta


Cabinda
28
total na restauração, tal como se
Zaire Uíge verifica na oferta de alojamento
26
121

Kwanza
• Quer no alojamento quer na
Luanda Norte
Bengo 38 Malange
Lunda Norte restauração a oferta é mais
815
40
57
59
Lunda Sul elevada nas províncias do litoral
Kwanza Sul 24

102 • 82% da oferta na restauração está


Benguela Huambo Bié
Moxico concentrada nas províncias de:
43
207 34
16 • Luanda
Huila • Huíla
487 • Benguela
Namibe Kuando Kubango
Restaurantes e
similares
• Namibe
Cunene
129
-
45 • Uíge
• Kwanza Sul

Fonte: Direcções Provinciais da Hotelaria e Turismo, Boletim Estatístico MINHOTUR 2009 168
DOCUMENTO DE TRABALHO
ACESSIBILIDADES AÉREAS

Luanda assegura voos directos para 9 países fora do continente


africano, incluindo os 3 principais mercados emissores – há
espaço para o aumento das ligações e frequências de voos.

Voos directos para África e resto do Mundo Voos directos internos em Angola

Cabinda
Soyo Uíge

Londres Bruxelas
Paris Dundo
Frankfurt
Lisboa Luanda
Houston Pequim
Malange
Dubai Saurimo
Havana
Sal

Praia
Adis Abeba Luena
São Tomé e
Príncipe Nairobi
Kinshasa Catumbela Huambo Kuito
Luanda
Lusaka
Rio de Janeiro Harare
Windhoek Maputo
São Paulo Joanesburgo Lubango
Cidade do Cabo Namibe

Ondjiva Menongue

Aeroportos internacionais Ligações Internas Ligações para o Exterior Ligações Intercontinentais

Fonte: Skyscanner; Análises addWise/RolandBerger 169


DOCUMENTO DE TRABALHO
AGÊNCIAS DE VIAGENS E OPERADORES TURÍSTICOS

Em Angola existem 162 registos de alvarás de Agências de Viagem


e Turismo, sendo que 91% destes registos são em Luanda – oito
províncias não têm Agências de Viagem ou Operadores de Turismo

Número de agências de viagem e operadores turísticos


em cada província [número, Março 2011]

Zaire 1
Namibe 1

Moxico 1
Luanda Norte 3

Luanda 147
Kunene 1

Huíla 2
Huambo 1

Cabinda 2
Bié 3

Fonte: DNAT, MINHOTUR 170


DOCUMENTO DE TRABALHO
LACUNAS DO SECTOR

Adicionalmente, a falta de infra-estruturas, de serviços de apoio e


a falta de promoção do país enquanto destino turístico,
condicionam o rápido desenvolvimento do sector

1 Fraco desenvolvimento de Infra-Estruturas


• Gestão e recuperação do património
• Condições de acesso a locais de interesse
1 turístico
• Custos de transporte internacional
Infra -
Estruturas 2 Reduzido nível dos Serviços de Apoio
• Informação disponível ao turista
• Qualificação de RH
Lacunas do • Serviços complementares para assegurar
Sector do segurança e bem-estar
3 Turismo 2
3 Fraca imagem enquanto destino turístico
Promoção Serviços de • Desenvolvimento do turismo doméstico
de Imagem Apoio • Turismo internacional baseado na motivação
associada aos Negócios
• Oferta de actividades turísticas
complementares

171
DOCUMENTO DE TRABALHO
B SÍNTESE DO BENCHMARK

A importância do Turismo mede-se pelo seu peso PIB e é função da


estratégia de desenvolvimento do sector e do grau de estabilidade dos
mercados

Fonte: Análise Equipa de Projecto 172


DOCUMENTO DE TRABALHO
B SÍNTESE DO BENCHMARK

Angola apresenta uma oferta turística diversificada e com forte


potencial – Apenas a falta de qualificação e desenvolvimento a
oferta impede uma actividade turística com maior relevância
Referências no Mundo África Subsariana
Angola
Vietname Brasil Turquia Marrocos Cabo Verde África do Sul Botswana Quénia Moçambique

História
Gastronomia
Cultura

Religião
Música &
Dança
Outros
Vida
Natureza

Selvagem
Eco Turismo
Outros
Praia
Sol &
Mar

Desportos
Náuticos
City Breaks
Sports

Golfe
Outros
Reuniões e Eventos
Saúde & Bem Estar

Fonte: UNWTO, Tourism 2020 vision; Análise Equipa de projecto 173


DOCUMENTO DE TRABALHO

D. Visão do Turismo de Angola para 2020

174
DOCUMENTO DE TRABALHO
VISÃO

Angola poderá potenciar-se como o destino de diversão e


animação em África, alavancando o seu património cultural,
natural, de praias e desportivo
Visão do Turismo Angolano

Visão ANGOLA:
PAÍS JOVEM, ONDE A DIVERSÃO ACONTECE

Cultura Sol & Mar Natureza


• Festivais de • Praia • Passeios na
música/culturais • Actividades natureza
• Festividades náuticas • Safaris
Produtos regionais • Surf / windsurf • Observação de
estratégicos • Eventos e locais • Observação de vida animal
religiosos cetáceos • Descida de rios
• Competições
desportivas
• Gastronomia
• Rota dos escravos

Fonte: Análise Equipa de Projecto 175


DOCUMENTO DE TRABALHO
FACTORES DE DIFERENCIAÇÃO

O crescimento do Turismo em Angola deverá ser fundamentado na


identificação dos principais aspectos diferenciadores do país…

Factores de diferenciação do Turismo em Angola


Estado de desenvolvimento
História, > A cultura, através da música e da dança, • Atributo reconhecido como diferenciador pelos
Cultura e promovem o dinamismo do país turistas
Tradição > Cultura angolana e culturas tribais promovem • Faltam condições para maior difusão da cultura
não só a atracção de turistas como também • Pontos de interesse histórico necessitam de
Principais elementos diferenciadores

actividades complementares como o artesanato investimento na conservação e promoção de


> Passado histórico de relevo acessos (área candidata a património mundial)

Juventude, > País jovem e dinâmico • Diversas infra-estruturas desportivas de


Diversão, > População alegre e festiva qualidade internacional
Desporto e > Tradição em alguns desportos de grande • Experiência na organização de eventos
Dinamismo projecção internacional desportivos

Clima e > Temperatura média anual de 23 graus e pouca • Sector turístico pouco desenvolvido e capaz de
Luz precipitação fora da época do Inverno tirar partido do ambiente propício ao turismo em
> Elevado número de dias de sol e horas de luz apenas alguns pólos já explorados
> Diversidade de climas ao longo de todo o
território

Natureza
> Exotismo das paisagens • Atracções turísticas pouco desenvolvidas e
concentradas em apenas alguns pólos já
> Diversidade da fauna e flora
explorados

Fonte: Análise Equipa de Projecto 176


DOCUMENTO DE TRABALHO
QUALIFICAÇÃO DA OFERTA

… sendo estes potenciados através da criação de condições


envolventes favoráveis ao fomento da actividade turística

Proposta de Valor de Angola – fundamentos estratégicos

Condições necessárias ao desenvolvimento


Qualificam Angola para satisfazer as diferentes
necessidades dos turistas

Cultura, História e Tradição

Segurança e Tranquilidade Social

(Value for money da oferta turística)


Elementos

Acessibilidades, Informação e

Qualidade Urbana, Ambiental


Diferenciadores

infra-estruturas de apoio

Experiências Marcantes

Qualidade competitiva
Diferenciam Angola Juventude, Diversão, Desporto

e Paisagística

Diversidade e
de outros destinos e Dinamismo
mundiais na forma
como os recursos
turísticos dão
resposta às Clima e Luz
motivações daqueles
que os procuram

Natureza

Fonte: Análise da equipa de projecto 177


DOCUMENTO DE TRABALHO
VISÃO

O desenvolvimento do turismo angolano deverá ser enfocado e


faseado, quer relativamente ao desenvolvimento da oferta quer aos
mercados que endereça
1.ª Fase 2.ª Fase
Enfoque em Diversificação de 3.ª Fase
Pólos de Investimentos e Aposta no aumento de
Desenvolvimento Promoção competitividade global do sector
2011 2013 2015 2020

Segmentos prioritários
Doméstico
Turismo

- Turismo doméstico convencional


- Turismo doméstico social
- Estrangeiros a trabalhar em Angola
Regional
Turismo

Prioritização de países de maior proximidade


- Países fronteiriços
- Países não fronteiriços com maior potencial
Internacional

Prioritização de países de elevado interesse


Turismo

- Dimensão do mercado de Outbound


- Propensão para viajar para a África Subsaariana
- Valor médio de despesa

Fonte: Análise Equipa de Projecto 178


DOCUMENTO DE TRABALHO
PROJECÇÃO

O cenário PARTENON prevê que em 2020 Angola deverá captar cerca


de 4,5 milhões de turistas.
Projecções da evolução do número de turistas em Angola
[milhares de turistas; 2008-E2020]
CENÁRIO CAGR (%) 15% 26% 18%
PARTENON D (%) 50% 59% 125%
7 000 Cenário
1ª Fase 2ª Fase 3ª Fase
Aposta no Consolidação Consolidação e Optimista
6 192
6 000 Turismo do Turismo aposta no
Interno Interno, aposta Mercado
no Mercado Internacional Cenário
5 000 Regional PARTENON
4 553
Residentes
4 000

Residentes Não
3 000
Residentes

2 000
Não Cenário
Residentes 1 582
BAU*
822
1 000

0
2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 * business as usual

Fonte: Análise Equipa de Projecto 179


DOCUMENTO DE TRABALHO
OBJECTIVOS

Apesar do crescimento previsto face a 2010, a contribuição do turismo


para o PIB e Emprego, em 2020, revela ainda um grande potencial
de crescimento face a outros mercados.
Contribuição do Turismo para o PIB e Emprego, Angola e Mercados de Benchmark
[%; 2010]
Contribuição do Turismo para o PIB Contribuição do Turismo para o Emprego

Cerca de 4,6 BUSD de Em 2020 0,75% 0,78% Em 2020 Cerca de 950 mil
receitas no sector 3,21%* Angola 3,99%* empregos no sector
5,60% Moçambique 4,40%

7,70% África do Sul 6,90%

8,50% Botswana 10,30%

9,00% Quénia 7,30%

9,10% Brasil 8,30%

10,00% Turquia 8,10%

12,40% Vietname 9,90%

19,50% Marrocos 17,30% SADC

44,5% Cabo Verde 39,5% Outros


* Estimativa para 2020
Apesar do esforço projectado, Angola continuará abaixo dos padrões internacionais.

Fonte: Análise Equipa de Projecto 180


DOCUMENTO DE TRABALHO
PÓLOS DE DESENVOLVIMENTO

O esforço de desenvolvimento da oferta deverá enfocar-se num


conjunto de Pólos de Desenvolvimento Turístico seleccionados em
função do seu potencial de exploração turística a curto prazo
Pólos de desenvolvimento turístico
Cultural

• Prioridade: M’Banza Kongo


M'banza • Evolução: Luanda, M'banza Congo,
Kongo Muxima, Lubango, Soyo, Malange,
Benguela e Cunene
Luanda
Futungo de Belas P
Mussulo P Calandula
Sol & Mar
Cabo Ledo P Muxima
Kissama
• Prioridades: Cabo Ledo e Futungo de
Belas
Benguela/Lobito • Evolução: Mussulo, Benguela/ Lobito
e Namibe
Natureza
Lubango
Namibe • Prioridades: Calandula e Bacia do
Bacia do Okavango (e projecto Kaza)
P
Okavango • Evolução: Kissama
P Pólo Prioritário
Fonte: Análise Equipa de Projecto 181
DOCUMENTO DE TRABALHO
PÓLO DE DESENVOLVIMENTO PRIORITÁRIO

Pólo focado no Turismo Sol e Mar de qualidade superior,


junto da capital, Luanda

P
P Pólo do Futungo de Belas
P
P
• Localização: Município da Samba
• Área: 517 ha
• Atracção Baía do Mussulo
P

PERSPECTIVAS DE DESENVOLVIMENTO
• Pólo focado no Turismo Sol e Mar de qualidade • Num futuro próximo prevê-se a extensão deste pólo
superior. Deverão ser construídas infra-estruturas à Ilha do Mussulo o que conduzirá ao alargamento
no sentido de atingir este objectivo, tais como: da intervenção do pólo, nomeadamente:
• Hotéis de categoria superior;
• Marinas e Clubes Navais; • Melhoria das infra-estruturas de saneamento
• Condomínios de vivendas; básico, rede eléctrica e rede de abastecimento de
• Um Parque Temático e um Pavilhão Multiusos; água da Ilha do Mussulo;
• Infra-estruturas de apoio balnear de qualidade; • Melhoria das acessibilidades à Ilha do Mussulo,
• Parques e jardins. com a criação de um serviço de ligação à costa
em ferry-boat/speed-boat;
• Boas acessibilidades a partir da capital do País, a • Reformulação da mobilidade na através de uma
serem potenciadas com a nova Marginal. aposta em sistemas de transporte eco-friendly.

Fonte: Análise Equipa de Projecto 182


DOCUMENTO DE TRABALHO
PÓLO DE DESENVOLVIMENTO PRIORITÁRIO

A beleza ímpar das segundas maiores cataratas de África – as


Quedas de Kalandula – justificam o empenho prioritário do
governo no desenvolvimento deste pólo turístico
P Pólo Kalandula
P
P P • Localização: Município da
Kalandula, Província do Malanje
• Área: 1.977,49 ha
• Atracção Principal: Quedas de
P Água de Calandula

• As Quedas de Calandula, estão localizadas no rio Lucala,


o mais importante afluente do rio Kwanza e situam-se a
cerca de 80 Km da cidade de Malanje e a 420 Km de
Luanda

• Com uma extensão de 410m e uma altura de 105m, são as


segundas maiores de África, depois das quedas Victoria,
na fronteira entre a Zâmbia e o Zimbabwe

Fonte: Análise Equipa de Projecto 183


DOCUMENTO DE TRABALHO
PÓLO DE DESENVOLVIMENTO PRIORITÁRIO

P Pólo Kalandula
P
P P • Localização: Município da
Kalandula, Província do Malanje
• Área: 1.977,49 ha
• Atracção Principal: Quedas de
P Água de Calandula

PERSPECTIVAS DE DESENVOLVIMENTO
• Para potenciação das características Turísticas deste • Desassoreamento da base das quedas
pólo vai apostar-se no desenvolvimento do Agro-
Turismo, com a criação de oferta de visitas guiadas a • Redes de água, electricidade e saneamento
fazendas complementadas com a prática de
actividades hípicas. • Zonas de restauração e estacionamento

• A nível do alojamento prevê-se um significativo • Para melhoria das acessibilidades locais poderão
aumento da oferta, nomeadamente: criar-se serviços transfer para o aeroporto e Estação
• Hotel até 4 estrelas dos Caminhos-de-Ferro de Malange.
• 100 a 150 quartos em estalagens
• Pousada da Juventude • Passeios de Barco
• Parque da Campismo
• Serviços e Limpeza e Segurança comuns
• Miradouros e trilhos ao longo das margens

Fonte: Análise Equipa de Projecto 184


DOCUMENTO DE TRABALHO
PÓLO DE DESENVOLVIMENTO PRIORITÁRIO

A proximidade de Luanda e a riqueza natural das suas praias,


tornam Cabo Ledo num pólo de desenvolvimento Sol & Mar a
desenvolver com carácter prioritário
P Pólo Cabo Ledo

P • Localização: Município da
P Kissama
P
• Área: 1.390,3 ha
• Atracção Principal: Zona balnear
com 120 Km de extensão;
P Aproximadamente a 1h30 h de
Luanda

• O Cabo Ledo é uma larga enseada situada na província do


Bengo, em pleno Parque Nacional de Kissama

• A 120 km a sul da cidade de Luanda, a vastidão das praias


das suas águas límpidas e a beleza das imensas falésias
junto à extensa faixa de areia branca tornam este um local
deslumbrante

• Cabo Lebo dispõe de bares e apoios e é reconhecido por


ser propício à prática da pesca e do surf

Fonte: Análise Equipa de Projecto 185


DOCUMENTO DE TRABALHO
PÓLO DE DESENVOLVIMENTO PRIORITÁRIO

P Pólo Cabo Ledo

P • Localização: Município da
P Kissama
P
• Área: 1.390,3 ha
• Atracção Principal: Zona balnear
com 120 Km de extensão;
P Aproximadamente a 1h30 h de
Luanda

PERSPECTIVAS DE DESENVOLVIMENTO
• Este pólo complementa a oferta de Turismo Sol e • Fomento do turismo Jovem com o aumento da oferta
Mar com o Turismo Natureza, dada a proximidade do de animação, nomeadamente:
Parque da Kissama. • Discotecas;
• Escolas de surf, windsurf e natação;
• A nível do alojamento prevê-se um significativo • Oferta de desportos radicais;
aumento da oferta, nomeadamente: • Salas de jogo, possivelmente um Casino;
• 450 a 500 quartos de hotel (hotéis até 5 estrelas) • Organização de Eventos (ex.: concertos e
• Apartamentos turísticos festivais).
• Parque de Campismo
• Condomínios de Vivendas • Melhoria da sinalização rodoviária nos acessos
• Pousada da Juventude Luanda – Cabo Ledo e reforço da oferta de
transporte colectivo.
• Outras infra-estruturas:
• Estacionamentos e zonas de apoio a excursões • Mini-Autocarros para Aeroporto e Parque da Kissama
• Redes de água, electricidade e saneamento
• Serviços e Limpeza e Segurança comuns

Fonte: Análise Equipa de Projecto 186


DOCUMENTO DE TRABALHO
PÓLO DE DESENVOLVIMENTO PRIORITÁRIO

A bácia do Okavango é uma zona privilegiada para o fomento do


turismo de Natureza – o forte imagem e interesse turístico que
suscita justificam a classificação como pólo prioritário
P Pólo Bacia do Okavango

• Localização: Município Dirico


• Área: 11.972 ha
P • Atracção Principal: Área partilhada com o
P
P
projecto transfronteiriço “KAZA”

• O rio Okavango nasce nos planaltos do interior angolano e desagua


no maior delta interior do mundo, no Botswana. O delta forma um
pântano que se dispersa pelo deserto do Kalahari, próximo dos
pântanos temporários de Makgadikgadi, criando uma zona
privilegiada para a observação de animais em estado selvagem
• O delta cobre uma superfície entre 15 000 km² e 22 000 km²
durante as cheias
• Aqui existe a única população de leões nadadores – condição
inevitável numa região onde a água das cheias chega a cobrir 70%
do seu território natural
Fonte: Análise Equipa de Projecto 187
DOCUMENTO DE TRABALHO
PÓLO DE DESENVOLVIMENTO PRIORITÁRIO

P Pólo Bacia do Okavango

P • Localização: Município Dirico


P
P • Área: 11.972 ha
• Atracção Principal: Área
complementar ao projecto
transfronteiriço “KAZA”

PERSPECTIVAS DE DESENVOLVIMENTO
• Qualquer desenvolvimento turístico local terá ter • A nível do alojamento:
como base a desminagem. • 200 a 250 Quartos de Hotel (Resorts)
• Parque Campismo e Caravanismo
• Melhoria das acessibilidades com trilhos para
viaturas 4x4, com pontos para observação de • Redes de água, electricidade e saneamento
animais, e criação de Aeródromo. Ligação regular a autónomas.
Menonge.
• Serviços e Limpeza e Segurança comuns
• Neste pólo, o Turismo Natureza pode ser
complementado com o Turismo Cinegético e Turismo • Serviços de Manutenção auto
Étnico.
• Centro de formalidades (ex.: vistos no âmbito do
• Criação de infra-estruturas de apoio á observação da projecto KAZA)
fauna e flora.

Fonte: Análise Equipa de Projecto 188


DOCUMENTO DE TRABALHO
Projecto KAZA

Projecto KAZA

• Localização: Província do Kuando Kubango, nas bacias fluviais


do Okavango e Zambezi.
• Área: 87 000 km2, parte Angolana. O projecto Kaza abrange no
total 278 000 km2). Compreende quase todas as duas Reservas
Parciais de Luiana e Mavinga e as quatro Reservas Públicas
Protegidas de Luiana, Luengue, Longa Mavinga e Mucusso .
• Projecto: Integra cinco países da região Austral de África: Angola,
Zâmbia, Zimbabwe, Namíbia e Botswana e teve início em 2003.
• Investimento: A sua primeira fase está avaliada em mais de 24
milhões de dólares norte-americanos.
Angola 87 000km2

Botswana 50 000km2

Namíbia 18 000km2

• Objectivo: Implementação do turismo inter-fronteiriço Zâmbia 93 000km2

entre os Estados Constituintes, a fim de contribuir para o Zimbabwe 30 000km2

desenvolvimento socioeconómico e cultural da região


Austral, em particular de Angola. Vai ligar 14 áreas de
importância ecológica para protecção ambiental e pode vir
a tornar-se a maior área turística da África Austral.
• Atracção Principal: Maior população contígua de
elefantes no continente Africano. Abundância e
diversidade de espécies da vida selvagem. Flora
abundante com pelo menos 3 000 espécies, 100 das
quais são endémicas na sub-região. Mais de 600
espécies de aves que caracterizam as savanas da África
Austral, as zonas arborizadas e as zonas pantanosas.

Fonte: Projecto KAZA 189


DOCUMENTO DE TRABALHO
Projecto KAZA

Projecto KAZA

• Desenvolvimentos Futuros: No Futuro pretende-se que na região existam, diversos pontos de alojamento em parques de
campismo e/ou Lodges, bem como outras infra-estruturas de apoio ao Turismo (p.e. transportes).
• O eco-turismo, o Turismo Natureza e de Aventura, serão os principais targets da região.

Fonte: Projecto KAZA 190


DOCUMENTO DE TRABALHO
M'banza Kongo Candidatura a Património Cultural da Humanidade

A área histórica de M'banza Kongo, foi classificada em 1957, dada


a grande importância para o Património Cultural Angolano, para
África, e até mesmo para o Mundo.
M'banza Kongo
P
P
P • Província do Zaire
• Município de M'banza Kongo

• M'banza Kongo (capital da província do Zaire) foi um importante


P centro político e administrativo. Era a capital do reino do Kongo, e
aqui ocorreu, em 1490, o primeiro contacto dos Portugueses com
o rei do Kongo.
• Aqui foi implantada a diocese de Angola e do Kongo pelos Portugueses e um
importante número de edificações do século XVI são ainda visíveis, tais como: as
ruínas da velha Catedral; a residência dos reis do Kongo, actualmente Museu do
Reino do Kongo; o túmulo dos reis; entre outras edificações que constituem um
relato extraordinário do passado histórico, cultural, arqueológico, religioso e político.

• A área histórica de M'banza Kongo, foi classificada em 1957, dada a sua grande
importância para o Património Cultural Angolano, para o Continente Africano, para a
África Central, e até mesmo para o Mundo.

• É propriedade do Estado Angolano. O Ministério da Cultura, o Governo da Província


do Zaire e a Igreja Católica são responsáveis pela sua manutenção, preservação e
administração. Em Novembro de 1996 o Ministério da Cultura, Instituto Nacional do
Património Cultural apresentaram uma candidatura à UNESCO na categoria Cultural
(Ref. 920).

Fonte: Análise Equipa de Projecto 191


DOCUMENTO DE TRABALHO
EIXOS DE DESEVOLVIMENTO

… mas a capacitação do sector do turismo em Angola deverá


focar-se no desenvolvimento integrado e faseado e coerente de 6
eixos estratégicos, a saber:

Fonte: Análise Equipa de Projecto 192


DOCUMENTO DE TRABALHO
BENEFÍCIOS ECONÓMICOS

A potenciação dos benefícios gerados pelo Turismo aconselha a


existência de uma organização autónoma dedicada ao seu
desenvolvimento…

Principais Contributos do Turismo – não exaustivo

 Investimento produtivo
 Captação de divisas Necessária uma
organização autónoma
 Diversificação da Economia
especializada,
 Receita Fiscal dedicada ao
 Criação de emprego desenvolvimento do
Turismo para
 Igualdade de Género
maximizar os
 Inclusão Social benefícios gerados
 Combate à pobreza

Fonte: Análise Equipa de Projecto 193


DOCUMENTO DE TRABALHO
RESPONSABILIDADE E ENTIDADES PÚBLICAS

… que assegure a coordenação dos esforços de todos os


stakeholders envolvidos
Entidades Públicas com influência no Turismo – não exaustivo

CULTURA & JUVENTUDE E AMBIENTE & ENERGIA E EDUCAÇÂO & ADMINIST.


DESPORTO ÁGUAS PÚBLICA, EMPREGO E
• Manutenção e conservação de • Preservação e potenciação do
Monumentos e sítios históricos SEGURANÇA SOCIAL
Património Natural
• Cooperação cultural com outros • Formação profissional e criação
• Políticas ambientais & Energéticas
países e instituições congéneres de emprego.
• Eventos desportivos
DESENVOLVIMENTO
PLANEAMENTO DO TURISMO INTERIOR & RELAÇÕES
& FINANÇAS EXTERIORES
MINHOTUR • Facilitação da obtenção de
• Assegurar uma política fiscal
• Estratégia e Desenvolvimento da
incentivadora do investimento vistos de entrada para Turismo
actividade turística Nacional
no Turismo

AGRICULTURA,
DESENVOLVIMENTO RURAL TRANSPORTES
E DAS PESCAS URBANISMO E • Desenvolvimento e optimização de
• Integração dos produtos CONSTRUÇÃO serviços e infra-estruturas de transporte
angolanos na oferta gastronómica • Ordenamento do território nas (rodo, ferro, marítimo e aéreo)
zonas de interesse turístico
Fonte: Análise Equipa de Projecto 194

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