Economia Do Turismo II

Economia do Turismo II
Rui Gonçalves
Turismo na Economia Mundial
• É um dos fenómenos mais marcantes da
história recente
• Como fenómeno social reflete os avanços e

conquistas da humanidade
• Como ato voluntário determina e caracteriza o

modo de vida das sociedades
• As deslocações temporárias sempre existiram,
mas o turismo como fenómeno económico é
recente, mas já com dimensão que ultrapassa
as maioria das atividades tradicionais
• Foi nas economias de mercado que primeiro

se começou a sentir o desenvolvimento do
turismo. Posteriormente seguidos pelos países
socialistas
• Todos os países aderiam a este fenómeno, e
nenhum apresenta politicas a ele contrárias
– China em 30 anos passou de nada a número 1
• As organizações internacionais vêm o turismo

como um meio para:
– expansão económica
– Paz e prosperidade
– Observância dos direitos e das liberdades
fundamentais
• O turismo interno representa um volume
muito superior ao internacional
– 70,5% interno; 29,5% internacional
• A distribuição da importância do turismo

doméstico nos diversos países é bastante
desigual
– Pag. 50 livro
• A importância do turismo interno suscita cada
vez mais interesse em virtude dos benefícios
que podem trazer, mas é o turismo externo
que continua a determinar as politicas e ações
mais importantes
• A maior das pessoas faz férias dentro dos
respectivos países
• Só uma parcela reduzida da população

mundial tem direito a férias pagas
• E destes menos de 10% faz férias

internacionais
• A crescente facilidade nas viagens e as
diferenças de preços entre países emissores e
receptores contribuem para o aumento
constante da internacionalização do turismo
1970 2011
165 milhões de chegadas 982 milhões de chegadas
Faturação aumento 57 vezes de 18 milhões para 1 Bilião de dólares

• Apesar de as chegadas terem aumento x39
em 60 anos, é de esperar um abrandamento
no crescimento, apesar de se manter. Razões:
– Terrorismo, ameaças de pandemias, catástrofes
naturais(2003); crises financeiras(2008)
• Universalidade do turismo
– A europa perde importância
– Ganham África, Ásia oriental e Pacifico
• A Europa
– Absorve 45% das receitas do turismo internacional
– 55% dos turistas noutros países são europeus
– Representa 50% das despesas turísticas mundiais
• União europeia recebe pouco menos de

metade do turismo mundial
• Porque cresceram as outras regiões:
– Desenvolvimento do transporte aéreo
– Menor crescimento dos preços de destinos
longínquos face aos destinos de curta distância
– Reconhecimento da importância económica do
turismo por países menos desenvolvidos
– Crescimento de novas correntes turísticas
(especial Ásia)
– Saturação turística em países europeus
– Preços competitivos nos novos destinos
• 5 maiores países de origem:
– Alemanha, EUA, Reino Unido, China e França
– 32% das despesas mundiais
• 5 principais destinos:
– EUA, França, Itália, Espanha e China
– Recebiam cerca de 31,2% das receitas mundiais
• Deixou de ser um fenómeno de procura de sol
e mar
– A europa central passou de 3,4% para 19,4%
• Hoje o maior contributo para o crescimento

do turismo provém da Ásia e Oceânia
• Apesar de se esperar um contínuo crescimento
do turismo a nível mundial, certos fatores
podem retrair a procura turística:
– Crises económicas e desemprego
– Instabilidade nas taxas de câmbio
– Saturação das vias de comunicação, especialmente
espaço aéreo
– Alterações nos hábitos de viagem e no ambiente
• O que pode ajudar a crescer:
– Melhoria da situação económica mundial
– Redução dos entraves à circulação de pessoas
– Progresso das economias emergentes
– Resolução de problemas políticos em países de
África e Ásia
• Para 2030 a OMT prevê:
– Taxa média de crescimento em todos os países de 3,3%
– 1,8 mil milhões de chegadas
• Regiões mais beneficiadas:

– Ásia e pacifico (+162,3%)
– Médio oriente (+144,7%)
– Américas (+65%)
– Europa continuará a ser o principal destino

– Segue-se Ásia e pacifico
• Para que este cenário se concretize são
necessárias as seguintes condições:
– Criação de novos produtos e serviços e
diversificados para garantir a diferenciação
– A participação das comunidades locais no
planeamento e exploração
– O investimento na valorização do ambiente e do
património existentes lutando contra práticas
nocivas e encorajando ações de preservação e
proteção
• Para que este cenário se concretize são
necessárias as seguintes condições:
– Investimento na formação dos profissionais
turísticos e na informação das pessoais
– Desenvolvimento de ações de marketing e
promoção orientadas em função de objetivos
concretos e visando a solução de problemas reais,
tais como a concentração e a sazonalidade
• A “questão” ambiental pode provocar
alterações económicas e sociais estruturais
que irão ter um enorme impacto na evolução
do turismo
• Globalmente o turismo o quarto lugar nas
transações comerciais depois dos combustíveis,
produtos químicos e produtos automóveis
• As receitas turísticas representam cada vez mais

uma percentagem mais elevada das exportações
• Em determinados países é a importante fonte de

divisas
• Recentemente a economia do turismo –
atividades associadas ao turismo (ex.
transportes):
– contribuía com 9,2% do produto interno bruto
mundial
– Dava emprego a 235,7 milhões de pessoas – 8,1%
do total do emprego mundial
• Em 2020:
– PIB gerado pelo turismo duplique
– Emprego passe para 303 milhões – o que equivale
à criação de 6,8 empregos a cada ano, ou seja 19
mil a cada dia
Turismo em Portugal
• 3 principais regiões turísticas em Portugal
– Algarve
– Madeira
– Lisboa
• Estas 3 regiões representam:

– 65% da capacidade hoteleira
– 72,4% das dormidas totais
Turismo em Portugal
• Concorrentes do turismo nacional no espaço
mundial:
– Croácia, Bulgária e Turquia
Motivações Turísticas
• O sucesso de um negócio turístico depende,

em grande parte, da sua capacidade de
resposta às necessidades e preferências dos
consumidores
• As necessidades dos indivíduos variam por
diversos fatores:
– Idade
– Género
– Personalidade
– Meio social
– Cultura
– Profissão
– ....
• Motivo é um fator interno que desperta, dirige e
integra o comportamento das pessoas, levando-as a
agir até que as necessidades sejam satisfeitas e,
portanto, a motivação turística é um processo
dinâmico de fatores que geram um estado de tensão
ou desequilíbrio que impelem à deslocação para fora
do ambiente normal de vida.
• Motivações e objetos (produtos) de satisfação

de necessidades são conceitos diferentes
– Motivação: desenho de encontro com a natureza
– produto: golfe, turismo rural,...

• No estudo das motivações é fundamental

averiguar porque é que certos grupos de
pessoas escolhem certas experiencias de
viagens
– Fatores conhecidos: conferencias
– Fatores complexos: viagens em tempos livres

Teorias do conteúdos
• Colocam o acento tónico na compreensão dos

fatores internos da pessoa para explicar os
seus comportamentos de satisfação,
insatisfação e frustração.
• Pirâmide das necessidades de Maslow
• Teoria dos fatores motivadores e higiénicos
– Higiénicos – Fatores de insatisfação
– Motivadores – fatores de satisfação
• Teoria das necessidades – considera que as

pessoas são motivadas pelas necessidades de
realização, poder e de afiliação
• Os estudos iniciais indicam os seguintes
motivos para viajar:
– Busca de conhecimento
– Repouso
– Cura
– Religião
– Ver paisagens diferentes
– Viagem por prazer
• Fenómenos coletivos de moda ou de imitação:

– Fatores colectivos que influenciam fatores
individuais
– Ex.: Termas, sol, neve

• A compreensão do consumidor está no centro do
negócio das atividades turísticas e é importante
compreender os visitantes e o seu comportamento
para a competitividade turística global
• É necessário compreender no que se baseia a escolha

do consumidor para a aquisição de uma viagem em vez
de outra alternativa de compra
• Razões para compreensão dos motivos dos visitantes:
• 1. O conhecimento das motivações é a chave para definir a oferta: a identificação das
necessidades dos visitantes é um pré-requisito para desenvolver os elementos de
uma oferta;
• 2. Compreender melhor os motivos na sua estreita relação com a satisfação: não faz
sentido estudar a satisfação isolada das motivações e para monitorizar a satisfação é
necessário um melhor conhecimento das necessidades, porque os motivos ocorrem
antes da experiência e a satisfação depois dela
• 3. A identificação dos motivos é um ingrediente-chave para compreender o processo
de decisão dos visitantes: nessa medida facilita a eficácia das atividades de marketing.
Teorias Justificativas e Competitividade do
Turismo Internacional
• O turismo é uma das atividades mais relevantes nas
relações internacionais ultrapassando, em alguns
casos, o comércio internacional, as remessas de
emigrantes e os movimentos de capitais que se
estabelecem entre os países
• Quando são ultrapassados cenos níveis de rendimento, os
nacionais dos países mais desenvolvidos são mais propensos a
viajar para fora do seu próprio país.
• Sendo que maior parte das necessidades turísticas pode ser

satisfeita com a aquisição de bens e serviços turísticos
produzidos internamente, há que determinar as razões que a
tal conduzem ao aumento do turismo internacional.
• As causas fundamentais para o desenvolvimento

do turismo internacional baseiam-se na:
– Lei da vantagem comparativa
– Teoria das dotações fatoriais
– Teoria das vantagens competitivas
– Procura interna

– Procura interna
• Os países serão levados a especializar-se nas
produções em que há maior vantagem relativa
• Os países exportam os produtos em que têm

maior vantagem comparativa e importam aqueles
em que têm uma desvantagem comparativa
• A análise dos custos comparativos mostra que cada
país tem interesse em especializar-se na produção de
bens e serviços, nos quais se incluem os turísticos,
cujo custo relativo de produção é mais baixo do que
o estrangeiro. .
• Mesmo que um país esteja em condições de produzir
a totalidade dos bens e serviços que consome, é do
seu interesse limitar a sua produção aos bens e
serviços cujo custo de produção é relativamente
mais baixo do que o dos estrangeiros trocando a
parte não consumida destes bens pelos que são
produzidos no estrangeiro a custo relativamente
mais elevado.
• De acordo com esta teoria. se os custos relativos da produção
turística são mais baixos em Portugal do que no Reino Unido,
então Portugal terá vantagem em especializar-se a fornecer
serviços turísticos ao Reino Unido, em troca de bens e
serviços que este país produziria com custos relativos mais
baixos do que Portugal. Transforma a relação turística entre
dois países numa questão de custos mas no turismo intervêm
outros fatores que pesam na decisão da procura turística,
como sejam a curiosidade e a necessidade de diferenciação.
• No entanto, como já vimos nenhum produto

turístico é igual a outro. Assim, a análise não
se pode cingir à análise das componentes dos
custos (transportes, alojamento, refeições,...),
devendo também tomar em consideração a
diferenciação e a qualidade
• A evolução dos custos de transporte tem uma
influência determinante no custo dos produtos
turísticos, na medida em que o seu peso numa
viagem pode ser superior à do conjunto dos
restantes bens e serviços. Ex. Quanto mais curta a
estadia mais elevado é o custo relativo da viagem
• Assim, politicas que visem o abaixamento dos

custos de transporte podem ter como
consequência o aumento da participação de
um pais no turismo internacional
• No caso do alojamento, dada a sua

imobilidade e a impossibilidade de produzir
sem consumo direto, as empresas hoteleiras
ficam sujeitas às variações de preços das
outras componentes da oferta turística e
tendo de suportar parte dos custos destas
• Há assim a necessidade de atenuar os custos hoteleiras mediante:
– Adoção de tecnologias que reduzam os custos de construção e de

exploração
– Aumento dos ganhos de produtividade por forma a aumentar as vantagens

comparativas em termos de custos relativamente a outros destinos
– Adoção de esquemas e métodos de exploração que evitem o aumento de

custos
• Também os custos dos serviços turísticos,

como os serviços de acolhimento,
restaurantes, ocupação e tempos livres podem
reduzir o custo relativo da produção turística e
aumentar as vantagens competitivas ou
reduzi-las
• As politicas económicas e fiscais dos governos
podem influenciar significativamente os custos e
reduzir ou aumentar as vantagens comparativas:
– Política cambial
– Política de preços e salários
– Política de crédito
– Política fiscal
• Se o governo pretende estimular ou proteger o turismo mantendo
os custos comparativos em tempos de crise:
– Manutenção da paridade da moeda relativamente às moedas estrangeiras
– Redução dos impostos ou mesmo eliminação daqueles que incidem sobre a

procura (ex. IVA)
– Criação de sistemas de bonificação de taxas de juro para a construção e

exploração
– Estimulo à melhoria de condições da oferta com base em novas tecnologias


– Procura interna
• Visa explicar as trocas internacionais com base

na abundância ou escassez relativa dos vários
fatores de produção de que são dotados os
países
• No caso do turismo, as dotação fatoriais determina-se
pela importância dos recursos, isto é, dos fatores de
que dispõe um país para assegurar a produção dos
bens e serviços adquiridos por turistas estrangeiros. É a
abundância, a variedade e as características relativas
destes recursos que explicam a posição de
determinado país no turismo internacional
• Os países que dispõem de dotações fatoriais

abundantes são receptores de turismo e os
que delas não dispõem são emissores
• No turismo, as dotações fatoriais podem ser agrupadas em:
– Recursos naturais – Os recursos naturais constituem a base
essencial da maior parte das correntes turísticas, sendo o

fator de produção cuja distribuição internacional é mais
desigual. Grande parte das viagens internacionais
realizam-se para destinos onde existem diferenças de
recursos naturais em relação aos dos países de origem das
correntes turísticas: sol, neve, praias, montanhas, lagos,
florestas
– Recursos histórico-culturais - São todos os elementos criados pelo
homem e ligados à sua história que contêm atrativos capazes de
provocar a deslocação de pessoas. A sua importância é determinada
pela sua escassez e peculiaridade, o que leva a que os países que
deles dispõem detenham vantagens comparativas relativamente
aos restantes. O s países que deles dispõem possuem uma
vantagem comparativa relativamente a outros, porque não só
constituem, por si mesmos, um fator de atração como permitem a
criação de produtos turísticos neles centrados
– Recursos humanos - constituem um fator
fundamental para a exploração turística e
elemento essencial na determinação das
vantagens comparativas baseadas nos fatores,
podendo ser encarados sob duas óticas diferentes.
1) O elemento humano constitui o fator de trabalho que valoriza
ou permite a exploração de atividades turísticas pela
disponibilidade de qualificações e de capacidades profissionais.
Um país pode dispor de abundantes recursos naturais, mas ser
pobre em qualificações e capacidades profissionais e, neste caso,
não tem vantagem comparativa no fator trabalho. exigiam
qualificações mais elevadas. A qualidade do serviço prestado é
uma das vantagens comparativas mais importantes para o turismo
internacional, o que impõe formação profissional adequada.
2) Tem a ver com a maior ou menor aceitação que a
população de cada país revela para com os estrangeiros, isto
é o grau de hospitalidade dos povos. A qualidade de
acolhimento, a simpatia com que são recebidos, a facilidade
com que lhes é prestado auxilio são vantagens de um país
em relação a outros
– Recursos em capital – constituem um dos principais fatores da
produção turística em virtude da importância das
infraestruturas e dos equipamentos de que necessita: desde as
vias de comunicação, às instalações hoteleiras e meios de
transporte, saneamento básico e equipamentos desportivos e
recreativos. Sendo os equipamentos turísticos muito exigentes
em investimentos, quanto mais abundantes forem os capitais
maior será a vantagem comparativa

– Procura interna
• Porter (1993) - Considera que a competitividade supõe a
capacidade de alcançar benefícios superiores à média e
de os manter em circunstâncias de mudança. As
empresas ou os produtos são competitivos quando
tiverem a capacidade de alcançar benefícios superiores à
média num ou em vários nichos de mercado e de gerar
uma procura para as suas novas ofertas.
• Segundo a teoria de Porter, a competitividade não é
uma qualidade que possa ser atribuída a um país ou
a um sector: não há nações competitivas, mas
nações com produtos ou empresas competitivas, e
um produto ou uma empresa é competitivo quando
mantém uma alta capacidade de inovação e
constantemente garante a qualidade dos seus
produtos ou serviços
• Um país não consegue assegurar uma
competitividade turística, mas pode alcançar
competitividade em alguns produtos turísticos
• Um aglomerado ( cluster ) turístico é um conjunto de

actividades, entidades, cujas inter - relações
asseguram e reforçam a vantagem competitiva
• Cluster turístico é composto por infraestruturas,
equipamentos, informação, atracções turísticas, serviços e
organização, concentrados e relacionados , numa área
geográfica
• Os países turísticos não competem entre si, antes a

competição ocorre entre espaços localizados e entre produtos
turísticos concorrentes entre si
• O sucesso de um aglomerado turístico não depende
essencialmente das suas vantagens comparativas,
mas cada vez mais, da sua capacidade de inovação
ao nível dos processos, do produto e do serviço, da
gestão do destino, da qualidade do serviço, da
qualificação dos seus recursos humanos, da
sofisticação e exigência dos seus visitantes
• As políticas públicas de turismo devem ter como objectivo a
criação e / ou reforço da competitividade dos negócios
turísticos do país, criando um clima favorável à inovação e à I
& D nas empresas
• O Governo deve garantir níveis elevados de qualidade no

ensino, um bom ordenamento do território, uma boa
qualificação ambiental e excelência na preservação dos
recursos turísticos públicos
• Condições dos Fatores - Os fatores de

produção são os inputs básicos para a
concorrência e incluem a terra, o trabalho, o
capital, as infraestruturas, os recursos
naturais, os conhecimentos científicos.
• São condições relevantes dos fatores:
– Existência de conjuntos de aptidões, tecnologia e infraestruturas

altamente especializadas, bem como de capital disponível para
as empresas sejam permanentemente melhoradas;
– Pressões específicas criadas por desvantagens em fatores

básicos que incentivem à inovação, tal como se verificou em Las
Vegas onde a carência de recursos não impediu o
desenvolvimento de uma poderosa atividade turística.
• Condições da Procura - O sucesso internacional deriva da
existência de clientes locais entre os compradores mais
sofisticados e exigentes do mercado para produtos e
serviços específicos. Estes compradores sofisticados
proporcionam uma imagem das necessidades do cliente
exigente, pressionam as empresas a atingirem elevados
níveis e impelem-nas a inovar e a passar a segmentos
mais avançados.
• Indústrias Relacionadas e de Suporte - A competitividade de um
núcleo depende da existência e dinamismo das atividades conexas,
tanto horizontais como verticais. A existência de fornecedores
domésticos competitivos de inputs especializados, máquinas e
serviços podem estimular o progresso e a inovação. No turismo são
indústrias de suporte os operadores turísticos os restaurantes e
similares, atividades desportivas e recreativas, serviços
complementares, a formação profissional, fornecedores de
equipamentos e materiais de construção;
• Estratégia, Estrutura e Rivalidade Empresarial - as condições do
meio envolvente de uma região e das suas indústrias influenciam
fortemente a forma como as empresas são criadas e geridas. Um
contexto local que apoie a inovação e um ambiente regulamentar
baseado em leis e normas modernas encoraja a competitividade. A
competitividade também requer que tanto as empresas como os
indivíduos trabalhem num ambiente que encoraje o investimento
sustentado em aptidões, capacidades e ativos físicos. A existência
de rivalidade local é uma das condições ruais importantes para a
inovação e o dinamismo.
• Condições dos Factores
– Existência de recursos e atracções turísticas
– qualificados
– Boas, modernas e competitivas infraestruturas
– Níveis elevados de qualificação dos recursos
humanos
– Profundos conhecimentos técnicos
– Autenticidade e inovação no produto
• Condições da Procura
– Existência de uma base doméstica de
consumidores de
– turismo muito sofisticada
– Consumidores informados e exigentes a nível da
qualidade dos serviços turísticos
– Exigência permanente de monitorização da
qualidade dos destinos turísticos
• Indústrias Relacionadas e de Suporte
– Dinamismo e inovação nos operadores turistícos,
restaurantes, etc.
– Padrões elevados de qualidade nas actividades
conexas aviação civil, gestão aeroportuária,
construção civil, indústria de equipamentos,
serviços bancários, cuidados de saúde, etc.
– Padrões elevados de educaçao e formação
profissional
• Rivalidade Concorrencial e Intensidade
Competitiva
– Ausência de barreiras à entrada e saída de
empresas turísticas e conexas
– Existência de regulamentação das actividades das
empresas turísticas
– Competitividade entre destinos turísticos, na
criação de produtos, de serviço e de captação de
procura turística (interna e externa )
Diamante de M. Porter
Turismo Internacional - TVCtt -
Estratégias . Contexto local e regulação de

Impon- incentivo competitividade na base
deráveis Empresa, Estrutura investimento e melhorias constantes
e Rivalidade . Rivalidade competitiva local
. Clientes locais sofisticados

Condições Condições e exigentes
. Segmentos especializados
dos Factores da Procura
. Clientes com necessidades
. Quantidade e custo que antecipem tendências
dos factores
. Qualidade dos factores
. Especialização dos Indústrias
factores Relacionadas e Governo
de Suporte
. Presença e acesso a fornecedores . Criação de contexto
locais competitivos e relacionados favorável às empresas
. Presença de aglomerados ( clusters ) . Sistema educação exigente
e não de indústrias isoladas . Apoio I & D
Fonte : Porte, M. ( 1993 )

– Procura interna
• São as condições da procura interna que determinam
a especialização internacional dos países e as trocas
entre eles
• A troca de produtos entre países explicam - se pelos

comportamentos da procura interna
• A eficiência da produção é o resultado de um
conjunto de factores :
– Capacidade empresarial
– Vantagem no acesso às matérias primas
– Economias de escala
– Dotações factoriais
• A eficiência da produção, combinada com a procura interna,
determina as trocas internacionais
• As condições de produção não são independentes das condições

da procura interna, uma vez que quanto maior for a procura mais
eficiente poderá ser a produção. Além disso, se as empresas não
constatarem a existência de procura interna para um
determinado bem tenderão a não produzi - lo
• As empresas, de início, procuram responder às
necessidades da procura interna porque :
– Têm dela maior conhecimento
– Reduz o risco do negócio e a incerteza do mercado
– Os produtos exportáveis tendem a ser aqueles que já se

produzem no e para o mercado interno
• O volume de trocas entre países é tanto mais importante
quanto maiores forem as semelhanças entre as suas procuras
internas ( padrões de consumo, níveis de rendimento,
comportamentos, níveis de exigência )
• Quanto maior for a semelhança entre a procura interna de

dois países, maior será a semelhança dos seus sistemas
produtivos
• Turismo interno é a base essencial do desenvolvimento do
turismo internacional
• Turismo interno determina as bases da oferta turística e criam

as condições para a recepção do turismo internacional
• A existência de um turismo interno relevante determina a

especialização turística de um país
• Quanto maior for a semelhança entre a procura interna

turística de dois países, maior será a semelhança dos seus
produtos e serviços turísticos
ACTIVIDADES DO TURISMO
ACTIVIDADES ESPECÍFICAS DO TURISMO

Conjunto das actividades características do
turismo e das actividades conexas ao turismo
Actividades
Características Actividades
Conexas
. Acomodação
. Comércio local
. Restauração e Bebidas
. Serviços de Lazer
. Transportes
. Transportes públicos
. Agências de Viagens
. Actividades Recreativas
ACTIVIDADES CARACTERÍSTICAS do
TURISMO
• Actividades produtivas cuja produção principal é constituída por produtos
característicos do turismo e que servem os visitantes

– Alojamento ( hotéis e similares, residências secundárias utilizadas para fins turísticos por
conta própria ou gratuitas)
– Restauração ( alimentação e bebidas )
– Transportes de passageiros
– Serviços auxiliares aos transportes de passageiros
– Aluguer de equipamento de transporte de passageiro
– Agências de viagens, operadores turísticos e guias turísticos
– Serviços culturais e Recreação e lazer

ACTIVIDADES CONEXAS ao TURISMO
• Actividades produtivas em que uma parte da sua produção

principal é constituída por produtos ligados ao turismo (
produtos conexos ) e que servem os visitantes. Embora a
produção se dirija aos consumidores locais, boa parte dela
é consumida pelos turistas
– Restauração ( refeições e bebidas )
– Transportes de passageiros ( táxi, autocarro )
– Serviços Lazer ( centros comerciais )
– Outras ( banca, seguros, cabeleireiros )
ACTIVIDADES NÃO ESPECÍFICAS DO
TURISMO
• Actividades produtivas em que uma parte da
sua produção principal é constituída por
produtos não ligados ao turismo mas que
servem os visitantes
– Bens comprados pelo visitante
– Serviços adquiridos pelo visitante

PRODUTOS DO TURISMO
PRODUTOS ESPECÍFICOS DO TURISMO

Conjunto dos produtos característicos e dos
produtos conexos ao turismo
Produtos
Característi-
cos
Produtos
Conexos
. Serviço de Acomodação
. Serviços de refeições e bebidas . Serviços de transportes
. Serviços de transportes . Serviços de tradução
. Serviços de intermediação . Exploração de auto
. Serviços culturais estradas
. Serviços de recreação e lazer
. Outros serviços de turismo
Características dos Produtos
Específicos do Turismo
• Representam uma parte importante do Consumo
Turístico
• Dirigem-se aos próprios visitantes
• O consumo dos turistas representa uma levada
proporção do total da oferta turística
• O produto é essencial para a satisfação da procura
turística
PRODUTOS CARACTERÍSTICOS DO
TURISMO
• Produtos que, na maior parte dos países deixariam de existir em
quantidade significativa, ou cujo consumo seria consideravelmente
reduzido na inexistência de turismo
• Acomodação
– Hotéis e similares
– Residências secundárias por conta própria ou gratuitas
• Restauração e Bebidas
• Transportes de Passageiros
– Ferroviário, rodoviário, por água, aéreo, serviços auxiliares de transporte, aluguer de
equipamentos de transporte, serviços de manutenção e reparação

PRODUTOS CARACTERÍSTICOS DO
TURISMO
• Operadores Turísticos, Agências de Viagens e Turismo e Guias
Turísticos
• Serviços Culturais
– Museus, artes (espectáculos), outros serviços culturais
• Recreação e Lazer
– Serviços desportivos e recreativos e outros de recreação
• Outros Serviços de Turismo
– Serviços financeiros, serviços de aluguer de bens, outros serviços
de turismo
PRODUTOS CONEXOS ao TURISMO
• Produtos que são consumidos pelo visitante em quantidades significativas,
mas que não estão incluídos na lista dos produtos característicos do
turismo
– Serviço de Transportes
– Circuitos em Aeronaves
– Exploração de Auto-estradas
– Manutenção Física e Sauna
– Venda a Retalho
– Serviços de Tradução
– Serviços de Interpretação
PRODUTOS NÃO ESPECÍFICAS DO
TURISMO
• Produtos que são consumidos pelo visitante,
mas que não estão incluídos na lista dos
produtos específicos do turismo
– Bens comprados pelo visitante
– Serviços adquiridos pelo visitante

Finalidades do Turismo
• SOCIAL
– Contributo para a melhoria das condições de vida das
populações locais
• ECONÓMICA
– Contributo para a dinamização da actividade económica
global
• TERRITORIAL
– Contributo para a atenuação das assimetrias regionais
Finalidades do Turismo
• PATRIMONIAL
– Contributo para a protecção e valorização ambiental e do
património cultural
• CULTURAL
– Contributo para a promoção e divulgação do património
histórico e cultural
• COESÃO
– Contributo para o reforço dos laços comuns da sociedade
Tipologia das Ferramentas de Avaliação
dos Efeitos Económicos do Turismo
• Agregados Macro – Económicos
– Investimento turístico
– Valor Acrescentado do turismo
– Emprego
• Quadro das Relações Inter – industriais
– Matriz de relações inter - industrial avaliando o efeito das
alterações de uma indústria em outras indústrias

Tipologia das Ferramentas de Avaliação
dos Efeitos Económicos do Turismo
• Conta Satélite do Turismo
– Consumo Turístico por produtos e tipos de turismo
– Contas de Produção dos ramos de actividades do turismo
– Oferta ( VA turismo, VA ramos turísticos, PIB turismo )
– Formação Bruta de Capital Fixo turístico
– Consumo Colectivo turístico

Tipologia dos Efeitos Económicos do Turismo
( âmbito económico )
• GLOBAIS
– Quando concorrem para a estratégia de desenvolvimento de um país
• PARCIAIS
– Quando concorrem para o crescimento dos sectores produtivos; para o equilíbrio
das contas externas; para a estabilidade dos preços; para a equidade do sistema;
para o ordenamento do território
• EXTERNOS
– Quando concorrem para a preservação, protecção e usufruição dos recursos
naturais; para a qualificação dos recursos humanos; para a acção sobre aspectos
sócio - culturais
Tipologia e Conexão dos Efeitos do Turismo
exemplos
OBJECTIVOS
TIPOLOGIA EFEITOS ECONÓMICOS
Macro - Económicos
GLOBAIS Estratégia de Desenvolvimento Sobre a economia nacional
PARCIAIS Desenvolvimento dos sectores Sobre a produção

produtivos
Equilíbrio Relações Externas Sobre a balança de pagamentos
Estabilidade dos Preços Efeito sobre a inflação
Equidade do Sistema Sobre distribuição de rendimentos
Ordenamento do Território Sobre o desenvolvimento regional
EXTERNOS Utilização dos Recursos Naturais Sobre o meio ambiente

Utilização dos Recursos Humanos Sobre a formação profissional
Monitorização actos socioculturais Sobre atitudes dos consumidores
Tipologia dos Efeitos Económicos do Turismo
( impacto nas variáveis macroeconómicas )
• DIRECTOS
– Repercussões do consumo turístico sobre as actividades específicas do turismo e sobre
as actividades fornecedoras de bens e serviços consumidos pelos turistas
• INDIRECTOS
– Repercussões do consumo turístico sobre os sectores produtivos fornecedores de bens
e serviços às actividades que permitem satisfazer directamente os consumos dos
visitantes
• INDUZIDOS
– Repercussões do consumo turístico resultantes dos pagamentos aos produtores dos
bens e serviços turísticos e aos seus colaboradores sob a forma de salários e rendas
Tipologia dos Efeitos Económicos do Turismo
exemplos
Sectores Produtivos
de Bens Intermédios
DIRECTOS INDIRECTOS
• Alojamento Compras
• Vestuário
• Restauração • Alimentos
• Transportes • Rendas de casas
• Intermediação • Outros
• Diversões
• Outros
Empresas e Famílias
INDUZIDOS
Remuneração aos
produtores • Construção civil
• Mobiliário
• Artigos de decoração
• Roupas e atoalhados
• Cutelaria
• Energia
• Produtos agrícolas
• Outros

Economia Do Turismo II

Enviado por

Dados do documento

Descrição original:

Direitos autorais

Formatos disponíveis

Compartilhar este documento

Compartilhar ou incorporar documento

Opções de compartilhamento

Você considera este documento útil?

Este conteúdo é inapropriado?

Direitos autorais:

Formatos disponíveis

Economia Do Turismo II

Enviado por

Direitos autorais:

Formatos disponíveis

Economia do Turismo II

• Como fenómeno social reflete os avanços e

• Como ato voluntário determina e caracteriza o

• Foi nas economias de mercado que primeiro

• As organizações internacionais vêm o turismo

• A distribuição da importância do turismo

• Só uma parcela reduzida da população

• E destes menos de 10% faz férias

Faturação aumento 57 vezes de 18 milhões para 1 Bilião de dólares

• União europeia recebe pouco menos de

• Hoje o maior contributo para o crescimento

• Regiões mais beneficiadas:

– Europa continuará a ser o principal destino

• As receitas turísticas representam cada vez mais

• Em determinados países é a importante fonte de

• Estas 3 regiões representam:

• O sucesso de um negócio turístico depende,

• Motivações e objetos (produtos) de satisfação

– produto: golfe, turismo rural,...

• No estudo das motivações é fundamental

– Fatores complexos: viagens em tempos livres

• Colocam o acento tónico na compreensão dos

• Teoria das necessidades – considera que as

• Fenómenos coletivos de moda ou de imitação:

– Ex.: Termas, sol, neve

• É necessário compreender no que se baseia a escolha

• 1. O conhecimento das motivações é a chave para definir a oferta: a identificação das

necessidades dos visitantes é um pré-requisito para desenvolver os elementos de

sentido estudar a satisfação isolada das motivações e para monitorizar a satisfação é

necessário um melhor conhecimento das necessidades, porque os motivos ocorrem

antes da experiência e a satisfação depois dela

• 3. A identificação dos motivos é um ingrediente-chave para compreender o processo

• Sendo que maior parte das necessidades turísticas pode ser

• As causas fundamentais para o desenvolvimento

– Teoria das dotações fatoriais

– Teoria das vantagens competitivas

• As causas fundamentais para o desenvolvimento

– Teoria das dotações fatoriais

– Teoria das vantagens competitivas

• Os países exportam os produtos em que têm

• No entanto, como já vimos nenhum produto

• Assim, politicas que visem o abaixamento dos

• No caso do alojamento, dada a sua

– Adoção de tecnologias que reduzam os custos de construção e de

– Aumento dos ganhos de produtividade por forma a aumentar as vantagens

– Adoção de esquemas e métodos de exploração que evitem o aumento de

• Também os custos dos serviços turísticos,

– Redução dos impostos ou mesmo eliminação daqueles que incidem sobre a

– Criação de sistemas de bonificação de taxas de juro para a construção e

– Estimulo à melhoria de condições da oferta com base em novas tecnologias

• As causas fundamentais para o desenvolvimento

– Teoria das dotações fatoriais

– Teoria das vantagens competitivas

• Visa explicar as trocas internacionais com base

• Os países que dispõem de dotações fatoriais

– Recursos naturais – Os recursos naturais constituem a base

essencial da maior parte das correntes turísticas, sendo o

• As causas fundamentais para o desenvolvimento

– Teoria das dotações fatoriais

– Teoria das vantagens competitivas

• Um aglomerado ( cluster ) turístico é um conjunto de

• Os países turísticos não competem entre si, antes a

• O Governo deve garantir níveis elevados de qualidade no