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CURSO PROFISSIONAL DE

TÉCNICO DE TURISMO

PROVA DE APTIDÃO PROFISSIONAL

12ºano

André Paquete

2018/2019

Apartado 2094 - Praia da Granja 4406 - 801 S Félix da Marinha Telefone 227626240 Fax 227626215 esarc@mail.telepac.pt
Escola S/3 Arquiteto Oliveira Ferreira
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CURSO PROFISSIONAL DE TÉCNICO DE TURISMO

PROVA DE APTIDÃO PROFISSIONAL

Roteiro pelas Obras do Arquiteto Oliveira Ferreira

Nome do Formando – André Filipe Oliveira Paquete

Nome do Professor Orientador – Graça Heleno

Data –

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Agradecimentos

Em primeiro lugar, agradeço ao Sr. Diretor Luciano Ribeiro da Escola S/3 Arquitecto
Oliveira Ferreira que, com o seu discurso motivador e perseverante e com todos os seus
esforços e apoio, permitiu que cada aluno de Turismo crescesse a nível académico e
desenvolvesse competências pessoais, permitindo-nos melhorar cada vez mais como
cidadãos, contribuindo para a construção de uma verdadeira Escola. É importante
salientar que o lema da escola “Mais competência, mais Cidadania” é por ele
sistematicamente defendido e trabalhado, de forma a dar mais humanismo à escola.

Depois, agradeço à minha orientadora, professora Graça Heleno, e também ao Professor


António Carrito, Diretor do Curso Profissional Técnico de Turismo, pelo apoio e toda a
ajuda prestada.
Não posso deixar de agradecer também às empresas que me proporcionaram a minha
Formação em Contexto de Trabalho: 1º ano de formação - Cockburn's Port Lodge; 2º ano
Porto Lounge Hostel & Guesthouse .
Por me “acolherem” e por me ter ensinado os valores de entreajuda, de partilha, de
solidariedade de cooperação, acreditando nas minhas capacidades e competências.

Por último, mas não menos importante agradeço aos meus colegas de turma e familiares
que me acompanharam na realização do meu projeto e todo o apoio que me deram.

A todos, o meu sincero agradecimento!

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Resumo

A minha Prova de Aptidão Profissional pretende dar a conhecer um pouco da história do


Arquiteto Francisco de Oliveira Ferreira e das suas obras realizadas nas cidades do Porto
e de Vila Nova de Gaia.
Sendo Francisco de Oliveira Ferreira o patrono da escola onde fiz toda a minha formação
e, desde sempre, conhecer algumas das suas obras arquitetónicas, algumas das quais se
encontram abandonadas e em estado de degradação, penso que este era o mote ideal
para pensar em algo que desse a conhecer melhor este homem a sua obra. Por outro
lado, julgo que é uma excelente forma de dinamizar o turismo da região, atraindo mais
turistas, através de um itinerário diferente, cultural e que não existe ainda como oferta
turística.

Assim, esta PAP é a criação de um roteiro pelas obras de Francisco de Oliveira Ferreira,
abrangendo Porto e Vila Nova de Gaia, destinado não só a especialistas e a turistas
interessados pela arquitetura, mas também a um público que goste de algo diferente em
termos culturais.

São vários os prémios que a arquitetura portuguesa, nomeadamente a portuense tem tido
e, por isso, o interesse por este tipo de roteiros é cada vez maior. A cidade tem arquitetos
de renome internacional que são muito procurados pelas suas obras, pelo que é
pertinente oferecer cada vez mais tudo o que de bom a região tem, para além dos ícones
habituais.

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Índice

Conteúdo
AGRADECIMENTOS....................................................................................................................................................................................................................................................... 4

RESUMO.......................................................................................................................................................................................................................................................................... 5

ÍNDICE............................................................................................................................................................................................................................................................................. 6

INTRODUÇÃO................................................................................................................................................................................................................................................................. 7

PARTE I - ENQUADRAMENTO TEÓRICO...................................................................................................................................................................................................................... 8

1. Definições importantes................................................................................................................................................................................................................................. 9
1.1 Definição de Turismo....................................................................................................................................................................................................................... 9
1.2 Definição de Turista, Viajante, Visitante e Excursionista.................................................................................................................................................................. 9
1.3 Definição de Oferta/Procura turística.............................................................................................................................................................................................. 11
2. Classificação do turismo............................................................................................................................................................................................................................. 12
Evolução do Turismo em Portugal........................................................................................................................................................................................................................... 14

2.1DEFINIÇÃO DE ITINERÁRIO, CIRCUITO, VISITA, ROTA E FORFAIT..................................................................................................................................................................... 15

2.2Tipos de Itinerário............................................................................................................................................................................................................................................ 16
2.3Regras de Concepção de um itinerário.......................................................................................................................................................................................................... 16
Recursos Da Informação......................................................................................................................................................................................................................................... 17

PARTE II – PORTO: CIDADE DE ARQUITETOS........................................................................................................................................................................................................... 19

A REVISTA AL EMÃ HÄUSER, DEDICADA À ARQUIT ETURA MODERNA E AO DE SIG N, DIRIGIDA A ARQ UI TE TO S, DE SIG NE RS E DES IG NE RS DE
I NTERI ORES, COM DI ST RI BUIÇÃO DE 45 MIL DI STRIBUÍ DO S EM TODA A E UROPA, CARACTE RI ZO U O PORTO DE ‘CAP ITAL PO RT UG UE SA DA
ARQ UI TET URA’ EM 2013, SALI ENTANDO AINDA MAIS O POT ENCI AL DA CI DADE A EST E NÍV EL. ............................................................................................ 19

Álvaro Siza Vieira.................................................................................................................................................................................................................................................. 19

PRÉMIOS....................................................................................................................................................................................................................................................................... 26

João Luís Carrilho da Graça................................................................................................................................................................................................................................. 27

PRÉMIOS....................................................................................................................................................................................................................................................................... 28

VIDA E OBRAS DE FRANCISCO DE OLIVEIRA FERREIRA....................................................................................................................................................................................... 31

ENTREVISTA................................................................................................................................................................................................................................................................. 36

PARTE III....................................................................................................................................................................................................................................................................... 38

Itinerário pelas obras de Francisco Oliveira Ferreira............................................................................................................................................................................................... 38


Público-alvo........................................................................................................................................................................................................................................................... 39
Patrocínios............................................................................................................................................................................................................................................................. 39
Meios de Divulgação............................................................................................................................................................................................................................................. 40
Custos..................................................................................................................................................................................................................................................................... 41
Logística................................................................................................................................................................................................................................................................ 41
O que é necessário para ser um Animador Turístico......................................................................................................................................................................................... 41
Descrição do Itinerário......................................................................................................................................................................................................................................... 49
Recursos Humanos/Materiais................................................................................................................................................................................................................................. 50
Recursos Da Informação......................................................................................................................................................................................................................................... 50
Explicações dadas em cada paragem/visita............................................................................................................................................................................................................ 51

CONCLUSÃO................................................................................................................................................................................................................................................................ 58

NETGRAFIA................................................................................................................................................................................................................................................................... 59

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Introdução

No âmbito do curso Profissional Técnico de Turismo, faz parte a realização de uma Prova
de Aptidão Profissional (PAP), como trabalho final, em que a teoria e a prática durante
estes três anos de curso se devem aliar na elaboração de um projeto com viabilidade para
ser implementado.
Num projeto desta natureza é importante fazer uma abordagem geral e uma
contextualização de algumas noções relacionadas com o Turismo. Vários foram as
temáticas e os assuntos abordados ao longo dos últimos três anos de formação
académica, pelo que seria exaustivo estar a explorá-los a todos neste trabalho final. Nem
é esse o objetivo deste trabalho. Assim, apenas abordarei as noções mais gerais e outras
que me parecem pertinentes atendendo ao meu projeto. Tentei sempre dar uma vertente
mais prática a este trabalho, através da realização de inquéritos e entrevistas de modo a
clarificar certas questões e a torná-lo mais interessante.
Como tal o meu projeto tem como objetivo aprofundar as temáticas do Turismo de
Cultural/Arquitetónico, pois consiste na proposta de um itinerário pelas obras
arquitetónicas do mesmo.
De certa forma, a minha proposta é uma homenagem a um artista que dá nome à minha
escola e que tem, quanto a mim, obras muito bonitas que valem a pena serem
conhecidas.
Buhalis (2006), ao fazer uma análise sobre o futuro da indústria do Turismo, em 2006,
refere que as tendências dos consumidores, que atualmente são muito mais informados e
exigentes, procuram experiências mais sofisticadas e inovadoras. Assim, a minha
proposta parece-me responder também a estas novas exigências do mercado turístico.
Para elaborar este projeto, numa 1ª fase, houve a pesquisa de forma a elaborar um
enquadramento teórico onde serão esclarecidos alguns conceitos gerais e específicos
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relativos ao turismo e mais concretamente aos itinerários turísticos, que permitirá um


melhor entendimento sobre o projeto aqui proposto; a 2ª fase, consistiu na conceção do
itinerário propriamente dito.

PARTE I - Enquadramento teórico

1. Definições importantes

1.1 Definição de Turismo

A definição de turismo é muito subjetiva e tem sofrido algumas alterações ao longo do


tempo, fruto da evolução da própria atividade turística e do mundo em geral. Podemos
encontrar várias definições, conforme os autores e a época em que foram elaboradas.
Em 1942, os professores da Universidade de Berna, W. Hunziker e K. Krapf, definiam o
turismo como: “A soma dos fenómenos e de relações que surgem das viagens e das
estâncias dos não residentes, desde que não estejam ligados a uma residência
permanente nem a uma atividade remunerada”. Esta definição integra o conceito de
visitante mas não faz ainda a separação entre turistas e excursionistas, no entanto,
destaca vários elementos de interesse, a saber:
• O turismo é um conjunto de relações e fenómenos;
• Exige a deslocação para fora da residência habitual;
• Não pode ser utilizada a deslocação para o exercício de uma atividade lucrativa
principal.
Mathienson e Wall (1982), por sua vez, utilizaram uma definição muito semelhante à
anterior, mas introduzindo algumas modificações. Assim, apresentaram a seguinte
definição: “Turismo é o movimento provisório das pessoas, por períodos inferiores
a um ano, para destinos fora do lugar de residência e de trabalho, as atividades
empreendidas durante a estada e as facilidades que são criadas para satisfazer as
necessidades dos turistas”. Como se pode observar, esta destaca o caráter temporário
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da atividade turística ao introduzir o termo “período inferior a um ano”. Esta definição


salienta também a complexidade da atividade turística e as relações que ela envolve.
A definição adotada pela OMT em 1995 e que permanece até a atualidade é: “O turismo
compreende as atividades que realizam as pessoas durante suas viagens e estadas
em lugares diferentes do seu ambiente habitual, por um período consecutivo
inferior a um ano, com finalidade de lazer, negócios ou outras”.

1.2 Definição de Turista, Viajante, Visitante e Excursionista

Associado à noção de turismo, importa distinguir outros conceitos importantes. Assim, há


que fazer a distinção entre turista, viajante, visitante, excursionista.

Ilustração 1 - Esquema simples da relação entre viajante, visitante, turista e excursionista


Fonte:

Embora sejam termos que são utilizados muitas vezes indiscriminadamente, são conceitos
diferentes e que importa distinguir numa abordagem deste tipo.
Para efeitos estatísticos, a expressão visitante internacional designa toda pessoa que viaja por um
período não superior a 12 meses, para um país diferente daquele em que reside, fora de seu
ambiente habitual e cujo motivo principal não seja exercer uma atividade remunerada no país
visitado.
Os visitantes internacionais incluem:
TURISTAS (visitantes que pernoitam) - Um visitante que permanece pelo menos uma
noite em um meio de alojamento coletivo ou privado no país visitado.

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EXCURSIONISTAS (visitantes de um dia) - Um visitante que não pernoita num


alojamento coletivo ou privado do país visitado. Essa definição inclui os passageiros de
cruzeiros, que são pessoas que chegam a um país num barco de cruzeiro e que voltam à
noite a bordo de seu barco para pernoitar, ainda que este permaneça no porto durante
vários dias.
A expressão visitante interno designa toda pessoa que reside num país e que viaja, por um tempo
não superior a 12 meses, para um lugar dentro de seu próprio país, diferente do seu ambiente
habitual e cujo motivo principal não seja o de exercer uma atividade remunerada no lugar visitado.

Os visitantes internos incluem:


TURISTAS (visitantes que pernoitam) - Visitantes que permanecem em um meio
de alojamento coletivo ou privado uma noite pelo menos.
EXCURSIONISTAS (visitantes de um dia) - Visitantes que não pernoitam num
alojamento coletivo ou privado no lugar visitado.

Em suma, pode-se concluir que:


Turista – é toda pessoa, sem discriminação de etnia, sexo ou religião entra em um
território diferente do local de residência, com um prazo superior a 24 horas e inferior a 12
meses com o objetivo de lazer, desporto, saúde, motivos familiares, estudos,
peregrinação religiosa ou negócio.
Viajante – é qualquer pessoa que viaje entre dois ou mais países e entre duas ou mais
localidades no seu país de residência habitual.
Visitante – são as pessoas que se deslocam para um lugar diferente de onde mora. O
tempo de permanência deve ser inferior a 12 meses.
Excursionista – é todo o individuo que em sua viagem permanece um tempo inferior a 24
horas fora do local em que residência, mas sem pernoitar.

1.3 Definição de Oferta/Procura turística

A atividade turística é um conjunto muito complexo de inter-relações de diferentes fatores


que devem ser considerados conjuntamente e sobre uma ótica sistémica, ou seja, um
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conjunto de elementos inter-relacionados que evoluem de forma dinâmica e em que cada


parte interfere no funcionamento do todo, embora o todo seja mais do que a soma das
partes. Assim, distinguem-se quatro elementos básicos no conceito de atividade turística:
 Procura: formada por um conjunto de consumidores – ou possíveis
consumidores – de bens e serviços turísticos.
 Oferta: composta pelo conjunto de produtos, serviços e organizações
envolvidas ativamente na experiência turística.
 Espaço geográfico: Base física na qual tem lugar a conjunção ou o
encontro entre a oferta e a procura e em que se situa a população residente, que,
se não é em si mesma um elemento turístico, é considerada um importante fator de
coesão ou desagregação, conforme é levada em conta ou não na hora de planear
a atividade turística.
 Operadores de mercado: Empresas e organismos cuja principal função é
facilitar a inter-relação entre a oferta e a procura. Aqui se enquadram as agências
de viagens, as companhias de transporte regular e aqueles órgãos públicos e
privados que, mediante seu trabalho profissional, são artífices da organização e/ou
promoção do turismo.

Para explicar o turismo em toda sua extensão, não nos podemos limitar à análise da
procura, é necessário ver o outro lado e abarcar conceitualmente a oferta turística. Do ponto
de vista da procura, levando-se em conta a direção dos fluxos ou correntes turísticas,
podemos determinar diferentes formas de turismo, que nos pontos seguintes passo a definir.

2. Classificação do turismo

Fazer uma classificação da atividade turística também não é tarefa simples pois a
diversidade e a abrangência das atividades turísticas é altamente complexa. Assim, fazer
classes de turismo, subdividindo-o em diferentes tipos pode assentar em critérios muito
diversos.
O lugar de origem dos turistas e o destino escolhido por eles permitem distinguir entre:
 Turismo doméstico: residentes visitando o seu próprio país.

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 Turismo recetivo: não residentes procedentes de um determinado país.


 Turismo emissor: residentes do próprio país que se dirigem a outros países.
Essas três formas de turismo podem combinar-se:
 Turismo interior: doméstico e recetivo.
 Turismo nacional: doméstico e emissor.
 Turismo internacional: emissor e recetivo.
Pode-se ainda classificar o turismo tendo por base as suas causas e influências e
atendendo aos fatores que interferem nas deslocações das pessoas, tais como a sua
origem, os meios de transporte utilizados, o grau de liberdade administrativa, a época da
deslocação.
Deste modo, o turismo pode classificar-se:
 Segundo a origem dos visitantes – turismo interior, nacional e internacional;
 Segundo a duração da permanência – turismo de passagem ou de permanência;
 Segundo as repercussões na balança de pagamentos – turismo de importação
e de exportação;
 Segundo a organização da viagem – turismo individual ou turismo coletivo ou de
grupo;
 Segundo a qualidade e caracterização socioeconómica – turismo de minorias
ou de massas;
 Segundo a natureza dos meios de viagem utilizados – turismo terrestre, náutico
e aéreo;
 Segundo o grau de liberdade administrativa – turismo dirigido ou livre;
 Segundo as motivações (diferentes tipos de turismo).

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Ilustração 2

Fonte: https://bit.ly/2WR6kvw

Ilustração 3 - Turismo Internacional

Fonte: https://bit.ly/2Z2ana8

Não pretendendo ser exaustivo, apenas saliento o turismo cultural e arquitectónico, uma
vez que é este que está subjacente à minha proposta.
A motivação cultural é sem dúvida das mais importantes motivações associadas ao
turismo e que tem dado origem a itinerários temáticos muito interessantes e diversificados

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baseados nas especificidades de cada região. Dentro deste grande grupo, a que se
chama Turismo Cultural, podemos então distinguir itinerários:

- Históricos: podem-se encontrar fios condutores históricos que dão origem a rotas
interessantes, recorrendo a lugares frequentados por pessoas de reconhecido valor,
evocando personalidades e revivendo as respetivas épocas históricas.
- Literários: rotas que tenham por base alguma personagem – escritor, poeta ou corrente
literária concreta.
- Artísticos: a arte atrai muitas pessoas. É possível, por exemplo, unir monumentos do
mesmo estilo que permitam dar uma ideia global do mesmo.
- Folclore: representações folclóricas, festivais, festas, jogos populares, bailes e festas
tradicionais.
- Artesanato: as artes e ofícios tradicionais podem ser o fio condutor na concepção de
uma rota.
- Gastronómicos: baseados nas tradições gastronómicas de cada região, este tipo de
itinerário salienta os pratos típicos e produtos alimentares de cada região assim como os
vinhos.
- Educacionais: nesta categoria estão incluídas todas as viagens organizadas com
objectivo de aprender sobre uma temática relacionada com conteúdos curriculares e/ou
questões profissionais
- Arquitetónicos: suscitam um grande interesse as formas e modos de viver de cada
região, refletidos nas construções e conjuntos de edifícios mais representativos. Também
há cada vez mais interesse pelas obras de arquitetos de renome, não só por parte de um
público especializado na área, mas pelo público em geral, que cada vez é mais
conhecedor do valor real das coisas. Surge, assim, um nicho de mercado que importa
explorar, dando a conhecer nomes da arquitetura da região, através das suas obras.

Evolução do Turismo em Portugal

A evolução do turismo tem sido contínua nas últimas décadas, quer a nível mundial, quer
sobretudo em Portugal e a diversidade parece ser a palavra de ordem. É o sector que
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regista maior crescimento em todo o mundo, e estima-se que seja o 3º maior empregador
do planeta, logo a seguir aos sectores do retalho e da agricultura.
O turismo tem-se afirmado como um dos motores da economia nacional. Portugal tem um
plano definido até 2027, para atingir receitas turísticas de 26 mil milhões e 80 milhões de
dormidas, o que é um grande acréscimo.

Ilustração 4 - Evolução do Turismo com o passar dos anos

Fonte: https://bit.ly/2SKiJ68

2.1Definição de Itinerário, circuito, visita, rota e forfait

Uma vez que o meu trabalho se centra na proposta de um itinerário Cultural/Arquitetónico,


é importante esclarecer alguns conceitos e aspetos relativos a itinerários turísticos. Assim:

ITINERÁRIO: é a descrição de um caminho ou de uma rota especificando os lugares de


passagem e propondo uma série de actividades e serviços durante a sua duração.
(Gomez e Quijano)
Definição que poderá englobar Circuito, Visita e Rota.

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CIRCUITO: é a viagem combinada em que intervêm vários serviços: transportes,


alojamento, guia, ..., que se realiza de acordo com um itinerário programado e com um
desenho circular sempre que seja possível (o ponto de partida e de chegada serão
coincidentes), de modo a que se passe por um caminho anteriormente percorrido (Picazo)
Conjunto de caminhos e visitas que se complementam constituindo um itinerário fechado,
que tem inicio e término no mesmo local.
VISITA: é o reconhecimento, exame ou inspeção de um lugar de paragem incluído num
itinerário. A visita representa cada uma das paragens que compõem um itinerário.
ROTA: é sinónimo de itinerário, em sentido restrito, em que a saída e a chegada não são
coincidentes no mesmo ponto.
O conceito de Rota e Itinerário podem ser considerados sinónimos embora seja de realçar
o facto de Rota estar associada a uma direcção, a um percurso dirigido. Por outro lado, o
conceito de Rota tem sido usado preferencialmente em termos institucionais e
promocionais. Relativamente ao conceito de Roteiro está quase sempre associado a uma
descrição, mais ou menos exaustiva, dos aspectos mais relevantes da viagem e,
particularmente, dos principais locais de interesse turístico.
FORFAIT: Nome técnico utilizado para um tipo de Itinerário organizado cujo preço inclui
todos os serviços. Dentro deste podemos distinguir Forfait para a Oferta – viagens
programadas para serem posteriormente vendidas pelos retalhistas – e Forfait para a
Procura – viagens organizadas à medida do cliente (Gomez e Quijano)

2.2Tipos de Itinerário

Na atualidade surgem cada vez mais itinerários, com objetivos e motivações muito
diferentes, sendo quase impossível classifica-los a todos da forma mais correta. No
entanto, podem-se fazer classes, atendendo à natureza dos mesmos. Assim, podemos
considerar:
 Itinerários Desportivos
 Itinerários Culturais
 Itinerários Históricos

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 Itinerários Literários
 Itinerários Artísticos
 Itinerários de Folclore
 Itinerários de Artesanato
 Itinerários Gastronómicos
 Itinerários de Arquitectura Popular
 Itinerários Educacionais
 Itinerários Ecológicos ou de Natureza
 Itinerários Religiosos
 Itinerários de Turismo e Saúde
 Itinerários de Aventura
 Itinerários de Turismo Social
 Itinerários de Férias ou de Lazer
 …

2.3Regras de Concepção de um itinerário

Embora exista cada vez mais liberdade para a concepção deste tipo de produto turístico,
há cuidados a ter com a elaboração de um itinerário são, das quais se salientam algumas:
 Evitar etapas longas
 Dar sempre um tempo de vago para o caso de acontecerem imprevistos
 Devemos ter em conta a velocidade com que chegamos ao destino
 Ter em conta os interesses dos clientes
 Verificar se as atividades propostas estão disponíveis
 Confirmar se o traçado é suficientemente interessante para para que os clientes
não percam o interesse no que irão ver…

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Recursos Da Informação

A construção dos percursos deve entender-se como um estudo que deverá compreender
reflexão e investigação sobre os factores que interactuam no espaço: clima, relevo, fauna,
flora, monumentos, etnografia, artes, …

Um dos pilares fundamentais da organização de itinerários é a informação. De preferência


os locais a incluir devem ser bem conhecidos pela entidade organizadora sendo mesmo
assim necessários vários recursos de informação que passamos a indicar;
 Mapas
 Guias de alojamento dos locais a visitar
 Tarifas dos meios de alojamento
 Manuais de transporte, tarifas, horários
 Tarifas de museus, monumentos, espectáculos, etc
 Guias / roteiros turísticos dos locais a visitar
 Agendas culturais dos locais a visitar
 CD Rom’s
 Vídeos
 Visitas ao local

Como é evidente, para além destes recursos de informação, o manancial de informação


disponível na internet é cada vez mais utilizado e constitui uma ferramenta de trabalho
essencial para os promotores de itinerários.

Por outro lado, as agências de viagens dispõem de complexos sistemas de


documentação informáticos que permitem também ter acesso a uma ampla rede de
informação permitindo também realizar reservas de quase todos os serviços (ex: Galileu,
Amadeus, Sabre).
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Para seleccionar a área de implementação de um percurso de interpretação é necessário


analisar algumas características que poderão constituir factores limitantes ou
valorizadores do mesmo.

PARTE II – Porto: cidade de arquitetos

A revista alemã Häuser, dedicada à arquitetura moderna e ao design, dirigida a


arquitetos, designers e designers de interiores, com distribuição de 45 mil distribuídos em
toda a Europa, caracterizou o Porto de ‘capital portuguesa da arquitetura’ em 2013,
salientando ainda mais o potencial da cidade a este nível.
O Porto tem atraído e criado muitos e excelentes arquitetos. Podemos ver na cidade e
região estruturas barrocas, góticas e românicas nas igrejas e catedrais, fachadas
neoclássicas em edifícios como o da Câmara Municipal, Hospital Geral de Santo
António e o Palácio da Bolsa, entre muitos outros.
Assim, importa fazer referência a alguns arquitetos de renome tais como:

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Álvaro Siza Vieira

Ilustração 5 - Alvaro Siza Vieira


Fonte: https://bit.ly/2CMqgbt

Nascido em Matosinhos, Álvaro Siza Vieira é filho de Júlio Siza Vieira e Cacilda Ermelinda
Camacho Carneiro. Do seu casamento, ele teve dois filhos, dos quais um também é
arquiteto: Álvaro Leite Siza Vieira.

Siza Vieira estudou, entre 1949 e 1955, na Escola Superior de Belas-Artes do Porto, onde
lecionou, de 1966 a 1969, voltando em 1976 (sempre como professor assistente).

Fortemente marcado pelas obras dos arquitetos Adolf Loos, Frank Lloyd Wright e Alvar
Aalto, cedo ele conseguiu desenvolver a sua própria linguagem, embebida não só nas
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referências modernistas internacionais como também na forte tradição construtiva


portuguesa, dos quais resultaram obras de grande requinte e detalhe no modernismo
português, dos quais se destaca a Casa de Chá da Boa Nova, em Leça da Palmeira. A
isto, não é alheio, o relacionamento muito próximo com o arquiteto Fernando Távora, seu
professor, e uma das principais referências da Escola do Porto, com quem colaborou de
1955 a 1958, desenvolvendo posteriormente forte amizade e cumplicidade criativa.

Ilustração 6 – Fundação Iberê Camargo

Fonte: https://bit.ly/2CMqgbt

Siza Vieira criou verdadeiros marcos na história da arquitetura portuguesa e internacional,


influenciando várias gerações de arquitetos. Vejam-se as Piscinas de Marés, o Museu de
Serralves, a igreja de Marco de Canaveses, ou mais recentemente, o museu para a
Fundação Iberê Camargo, em Porto Alegre, no Brasil, onde Álvaro Siza retorna a umas
das suas mais fortes influências de linguagem arquitetónica, Le Corbusier. E este será, o
principal talento de Siza, conseguir reinterpretar ou mesmo se redesenhar, procurando
uma linguagem que, até então, tinha vindo a mostrar em alguns apontamentos de obras
recentes complexidade formal aliada a uma aparente simplicidade do desenho.

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Ilustração 7 - Casa de Chá da Boa Nova

Fonte: https://www.leca-palmeira.com/leca-da-palmeira-casa-de-cha-da-boa-nova/

As suas obras encontram-se por todo o mundo, da América à Ásia, passando por países
como Portugal, Espanha, Países Baixos, Bélgica, Brasil, Coreia do Sul, Estados Unidos,
entre outros. Nos Países Baixos, Siza Vieira dirigiu, de 1985 a 1989, o Plano de
Recuperação da Zona 5 de Schilderswijk, em Haia; em 1995, concluiu o projeto para os
blocos 6-7-8 de Ceramique Terrein, em Maastricht. É autor do plano de reconstrução da
zona do Chiado, em Lisboa, destruído por um incêndio em 1988. Elaborou, em Espanha,
o projeto para o Centro Meteorológico da Villa Olimpica em Barcelona; o do Centro
Galego de Arte Contemporânea, o da Faculdade de Ciências da Informação, em Santiago

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de Compostela, e também na Galiza o dum pavilhão polidesportivo na Ilha de Arousa e o


do Café Moderno em Pontevedra; a reitoria da Universidade de Alicante; o Edifício Zaida,
em Granada; e o Complexo Desportivo Ribero Serralo, em Cornellá de Llobregat.

Siza foi ainda professor visitante na Escola Politécnica Federal de Lausana, na


Universidade de Pensilvânia, na Universidade de Los Andes em Bogotá e na
Universidade de Harvard.

Prémios

1981 - Prémio da Associação Internacional dos Críticos de Arte/Secretaria de Estado da


Cultura AICA/SEC - Arquitectura;

1988 - Medalha de Ouro do Colégio de Arquitetos de Madrid;

1988 - Prémio de Arquitetura Contemporânea Mies van der Rohe;

1992 - Prémio Pritzker, da Fundação Hyatt, pelo pro jeto de renovação na zona do
Chiado, em Lisboa;

1993 - Prémio Nacional de Arquitetura;

1996 - Prémio Secil;

1998 - Medalha Alvar Aalto;

1998 - Prémio Príncipe de Gales da Universidade Harvard;

2000 - Prémio Secil;

2001 - Prémio Wolf de Artes (2001)

2002 - Golden Lion for the Best Project Bienal de Arquitetura de Veneza;

2005 - Urbanism Special Grand Prize of France;

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2006 - Prémio Secil;

Ilustração 6 – Museu de Serralves

Fonte: https://bit.ly/2CMqgbt

2008 - Royal Gold Medal for Architecture, do Instituto Real de Arquitetos Britânicos;

2009 - Medalha de Ouro 2009, do Royal Institute of British Architects;

2010 - Prémio Luso-Espanhol de Arte e Cultura;

2012 - Golden Lion for lifetime achievement, Bienal de Arquitetura de Veneza

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Eduardo de Souto Moura

Formado pela Escola Superior de Belas Artes do Porto, Eduardo Souto de Moura iniciou a
sua carreira colaborando no ateliê de Álvaro Siza Vieira.

Ilustração 7

Fonte: https://bit.ly/2CMqgbt

Em 1981, recém-formado, surpreendeu a comunidade dos arquitetos vencendo o


concurso para o importante projeto do Centro Cultural da Secretaria de Estado da Cultura
no Porto (1981-1991) que o viria a lançar, dentro e fora de Portugal, como um dos mais
importantes arquitetos da nova geração. O seu reconhecimento internacional viria a

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reforçar-se com a conquista do primeiro lugar no concurso para o projeto de um hotel na


zona histórica de Salzburgo, na Áustria, em 1987.

A partir da Casa em Cascais, realizada em 2002, começou a afastar-se da linguagem


miesziana que o definiu numa primeira fase da sua obra, começando a redesenhar a
forma de construir e criar arquitetura através da complexidade e dinamismo de formas,
mas sempre com o cuidado do desenho espacial habitual. Exemplo disso é o Estádio
Municipal de Braga, onde o imaginário de teatro e o cenário da pedreira, onde a obra foi
edificada, nada nos remetem às primeiras obras do arquiteto, mas muito mais a uma
segunda etapa que dá, agora, os primeiros passos.

Recentemente tem dado alguns passos no campo do design de produto.

Prémios

1992 - Prémio Secil de Arquitetura: 1º. Prémio para a construção de auditório e biblioteca
infantil da Biblioteca Pública Municipal do Porto

1995 - Prémio Internacional da Pedra na Arquitetura para a Casa em Braga, Verona, Itália

1996 - Prémio Anual da Secção Portuguesa da Associação Internacional de Críticos de


Arte

1998 - 1º. Prémio I Bienal Ibero-Americana com a Pousada de Santa Maria do Bouro.
Prémio Pessoa/98.

2001 - Recebeu a Medalha de Ouro Heinrich Tessenow, da fundação Heinrich Tessenow


Gesellschaft e V. (Alfred Toepfer Stiftung F.V.S.), Hamburgo, Alemanha

2004 - Prémio Secil de Arquitetura: 1º. Prémio para a construção do Estádio Municipal de
Braga.

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Ilustração 8 – Museu de Arte Paula Lego

Fonte: https://bit.ly/2CMqgbt

2011 - Prémio Pritzker

2011 - Prémio Secil de Arquitectura: 1º. Prémio para a construção da Casa das Histórias
Paula Rego

2013 - Prêmio Wolf de Artes

João Luís Carrilho da Graça

Licenciou-se em Arquitetura na Escola Superior de Belas-Artes de Lisboa em 1977 e,


desde então, dirige o seu próprio ateliê. Foi assistente na Faculdade de Arquitetura da
Universidade Técnica de Lisboa entre 1977 e 1992, onde lecionou, alternadamente, a
cadeira de projeto do primeiro e do último ano curricular.

É Professor convidado no Departamento de Arquitetura da Universidade Autónoma de


Lisboa desde 2001 e no Departamento de Arquitetura da Universidade de Évora desde
2005. Foi também Professor convidado na Escuela de Arquitetura da Universidade de
Navarra entre 2007 e 2010.
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Ilustração 9

Fonte: https://bit.ly/2CMqgbt

Foi professor convidado para seminários e conferências sobre o seu trabalho em diversas
universidades, nomeadamente em Barcelona, Sevilha, Lisboa, Roma, Milão, Turim,
Verona, Cidade do México, Viena, Aquisgrana (Alemanha) e Porto.

Prémios

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Em 1992 recebeu o Prémio da Associação Internacional de Críticos de Arte1 e, em 1994,


o Prémio Secil pelo Edifício da Escola Superior de Comunicação Social em Lisboa.
Em 1999 recebeu o Grande Prémio do Júri FAD pelo Pavilhão do Conhecimento dos
Mares em Lisboa
.Em 2004 recebeu o Prémio Luzboa.
Em 2008 foi galardoado com o Prémio Pessoa.
Em 2010 recebeu o Piranesi Prix de Rome pelo Núcleo Arqueológico do Castelo de São
Jorge em Lisboa.

Ilustração 10 – Pavilhão do Conhecimento

Roteiros pelo património

Preservar e dar a conhecer o património das regiões á cada vez mais importante,
havendo muita procura por locais em que essa oferta seja rica e diversa. Assim, a Área
Metropolitana do Porto (AMP) tem quatro roteiros temáticos pelo património que propõem
uma forma diferente de descobrir o território dos 17 municípios que integram a AMP. Partir
à descoberta dos “Ofícios e Industrias do “Barroco” do “Património dos Caminhos de
Santiago” e das “Artes e Arquitetura” são recentes desafios que a Área Metropolitana do
Porto coloca aos visitantes, dispondo de quatro guias práticos, com informação útil,
organizada de forma simples e intuitiva.

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Ilustração 11 – Roteiros do Património Cultural da AMP Ofícios e as Indústrias


Fonte: https://bit.ly/2uKnbnH

Organizados por etapas, os roteiros propõem um conjunto de viagens ao património


cultural dos 17 municípios, onde, em cada lugar, monumento ou museu, o visitante pode
conhecer e experienciar histórias, tradições seculares, saberes,
artes e memórias das diversas comunidades.

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Vida e Obras de Francisco de Oliveira Ferreira

Francisco de Oliveira Ferreira nasceu no Porto, na Rua de Belmonte nº 100-102, no dia


25 de Setembro de 1884, sendo o terceiro filho de Henrique Gomes e de Maria da
Anunciação de Oliveira Ferreira, tendo mantido ao longo da vida uma relação profissional
bastante próxima com o seu irmão, o escultor José de Oliveira Ferreira.

Ilustração 12 - Francisco de Oliveira Ferreira


Fonte: https://bit.ly/2JW07gt

Em 1888, entretanto, a família muda-se para Vila Nova de Gaia, mais precisamente para
o Candal, freguesia de Santa Marinha. Dois anos depois, nova mudança de residência,
agora para a Quinta da Beleza, situada na rua do Choupelo, na mesma freguesia de
Santa Marinha, tendo feito o seu percurso escolar em Gaia, termina em 1898 o Ensino
Técnico na Escola Industrial Passos Manuel, onde aprendeu desenho, e em 1901 conclui,
com distinção, a instrução primária elementar de 2º grau, com dezasseis valores.

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Nesse mesmo ano matricula-se no curso de arquitectura civil na Academia Portuense de


Belas Artes, onde teve como professores alguns arquitectos de grande renome como
José Sardinha, José Teixeira Lopes (irmão do escultor António Teixeira Lopes), Marques
de Oliveira e José de Brito. Termina o curso em 1906 e, depois, em data incerta, terá
frequentado a escola de Beaux-Arts, em Paris.

Ainda na primeira década do século XX concorre, juntamente com o seu irmão, ao


concurso para a elaboração, em Lisboa, do Monumento aos Heróis da Guerra Peninsular,
obtendo o primeiro lugar. Foi, sem dúvida, um início auspicioso para a sua ainda breve
carreira. O monumento, idealizado para celebrar a expulsão das tropas napoleónicas de
Portugal, foi inaugurado em 1933 e situa-se na Praça de Entrecampos.

Ilustração 13 - Monumento aos Heróis da Guerra Peninsular

Fonte: https://bit.ly/2JW07gt

De 1912 (ano do seu casamento com Leonor Berta Pereira) até 1915, Oliveira Ferreira
projecta diversas moradias em Gaia, entre as quais a Vila Felicidade (1912), situada no
gaveto entre a Rua José Teixeira Lopes com a Rua Egas Moniz, em Miramar, Arcozelo, a
casa Ayres de Gouveia Alcoforado (1913), localizada na Av. Sacadura Cabral, nº3180, na
Granja, São Félix da Marinha, entre outras entretanto demolidas como a casa de Afonso
Carlos Temudo Rangel (1912), que existia na Rua da Rasa, em Mafamude, ou o “Palacete

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Gomes” (1915), que se situava no ângulo entre a Rua José Teixeira Lopes com a Rua
Infante D. Henrique, em Miramar, Arcozelo.
A arquitectura residencial, foi uma das tipologias a que Francisco Oliveira Ferreira mais
atenção dedicou ao longo da sua carreira.

Ilustração 14 - Vila Felicidade

Fonte: https://bit.ly/2JW07gt

Fora de Gaia, mais precisamente na cidade do Porto, são de salientar dois trabalhos
significativos desta época: a Ourivesaria Cunha, situada na Rua de 31 de Janeiro, onde
contou com a colaboração do seu irmão para a realização da escultura da fachada
intitulada “grupo de amores”, projecto datado de 1914, o icónico café A Brasileira, este
datado do ano de 1915 e situado na Rua de Sá da Bandeira.

Ilustração 15 - A fachada da Ourivesaria Cunha

Fonte: https://bit.ly/2JW07gt
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Ilustração 16 - Escultura de autoria de José de Oliveira Ferreira

Fonte: https://bit.ly/2JW07gt

Ilustração 17 - Café " A Brasileira "


Fonte: https://bit.ly/2JW07gt

Em 1916 Francisco de Oliveira Ferreira projecta uma das suas obras mais conhecidas: o
Sanatório Marítimo do Norte, em Valadares, assim como o plano de arruamentos da praia
de Valadares, realizando no seguimento da construção daquela unidade hospitalar.

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Ilustração 18 - Centro de Reabilitação do Norte Dr. Ferreira Alves

Fonte: https://bit.ly/2JW07gt

Foi ainda em 1916 que o arquitecto Francisco de Oliveira Ferreira elaborou o projecto de
um dos edifícios mais importantes de Gaia, a Câmara Municipal ou Paços do Concelho.
Trata-se de um edifício que, tal como o Sanatório Marítimo do Norte, é composto por três
corpos: um central, por onde se faz o acesso ao edifício e o acesso aos restantes, e dois
corpos laterais simétricos que, neste caso, dão para duas ruas diferentes, resultado do
edifício estar localizado no gaveto entre a Av. da República e a Rua Álvares Cabral.

Ilustração 19 - Os paços de Concelho de Vila Nova de Gaia

Fonte: https://bit.ly/2JW07gt

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No ano de 1942 falece o escultor José de Oliveira Ferreira, até então residente na
chamada Casa-Oficina de Escultura (Miramar, Arcozelo), um espaço que havia sido
desenhado por si próprio e que, em 1945, após pedido de licenciamento à Câmara,
Francisco de Oliveira Ferreira haveria de finalizar, nela habitando os últimos 15 anos da
sua vida (falece a 30 de Dezembro de 1957).

Ilustração 20 - Aspecto atual da Casa-Oficina de Escultura

Fonte: https://bit.ly/2JW07gt

Ilustração 21 - Pormenor de uma janela da Casa-Oficina de Escultura

Fonte: https://bit.ly/2JW07gt

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De forma a conhecer melhor a pessoa do arquiteto Oliveira Ferreira, foi realizada uma
entrevista a uma neta, que a seguir se transcreve.

Entrevista

1. Quem foi o seu avô? Conte-nos um pouco da sua história…


2. Quando e como nasceu a paixão, do seu avô Francisco de Oliveira Ferreira, pela
arquitetura?
3. O seu avô, para além das obras arquitetónicas mais conhecidas, fez outras que
ache que mereciam também ser conhecidas e estudadas?
4. Como é que olha para as obras que o seu avô realizou?
5. Sente-se orgulhosa da marca que seu avô deixou na arquitetura portuguesa?
6. O que lhe parece a conceção de um roteiro turísticos pelos edifícios mais
conhecidos e projetados pelo seu Avô na nossa região?
7. Que obras incluiria nesse roteiro?
8. Pensa que isso seria do agrado do arquiteto? Por quê?
9. O que gostaria que fosse transmitido aos turistas sobre a vida e/ou obra do seu
avô?

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Parte III
Itinerário pelas obras de Francisco Oliveira Ferreira

Justificação da proposta

A proposta que se apresenta surgiu pelo facto de frequentar a escola Arquiteto Oliveira
Ferreira e pelo facto de conhecer algumas das suas obras, embora não soubesse muito a
seu respeito. Por outro lado, algumas dos edifícios, que se considere recursos turísticos
de grande valor, estão algo degradados e, se houvesse um roteiro, talvez que chamasse
a atenção para a necessidade de serem intervencionados e recuperados, dando-lhes a
dignidade que merecem.
O itinerário será feito pelas obras do arquitecto Francisco Oliveira Ferreira que se situam
no Porto e na zona de Vila Nova de Gaia, com vários objetivos:
 Dar a conhecer as obras de Oliveira Ferreira
 Diversificar a oferta turística em termos de roteiros temáticos
 Dinamizar o turismo da região, sobretudo Vila Nova de Gaia, atraindo mais
visitantes, sobretudo um público mais exigente
 Dar visibilidade a edifícios de importante valor cultural e arquitetónico

Público-alvo

O itinerário tem como público-alvo pessoas com alguma cultura, que já conheçam ou não
obras deste arquitecto, de qualquer faixa etária, essencialmente da área da arquitetura.
Os grupos não deverão contemplar mais do que 25 pessoas.

Patrocínios
 União de Transportes dos Carvalhos

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Ilustração 22 - União de Transportes dos Carvalhos


Fonte: https://bit.ly/2TUghqj

Recursos Necessários

Humanos:
Os recursos humanos necessários são:
 Guias
 Motoristas

Materiais:
 Autocarros

Meios de Divulgação
Os meios de divulgação a utilizar serão todas as redes sociais, tais como instagram,
facebook, Youtube, folhetos distribuídos em pontos-chave como camara municipal de
Gaia, juntas de freguesia, pontos de turismo, faculdade de arquitetura do Porto, com toda
a informação necessária sobre a visita.

Ilustração 23 – Instagram
Fonte: https://glo.bo/2K7h7Ac

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Ilustração 24 – Facebook
Fonte: https://bit.ly/2UsVdeO

Ilustração 25 – Youtube
Fonte: https://bit.ly/2WKljat

Custos
Os custos são:

Guia – 100 euros


Transporte – 160 euros.
Flyers – 10 euros

Logística
A Logística é a organização e gestão de meios e materiais para uma actividade, para uma
acção ou para um evento.

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O que é necessário para ser um Animador Turístico.

Ilustração 26 - O que é necessário para ser um Animador Turístico


Fonte: https://bit.ly/2G7aFpw

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Ilustração 27
Fonte: https://bit.ly/2G7aFpw

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Ilustração 28
Fonte: https://bit.ly/2G7aFpw

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Ilustração 29
Fonte: https://bit.ly/2G7aFpw

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Ilustração 30
Fonte: https://bit.ly/2G7aFpw

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Ilustração 31
Fonte: https://bit.ly/2G7aFpw

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Ilustração 32
Fonte: https://bit.ly/2G7aFpw

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Descrição do Itinerário

Ilustração 33 - Itinerário

O circuito iniciar-se-á no Café “ A Brasileira “ e terá o seu fim na Casa “Vila da Cidade”
que se situa entre a Rua Egas Moniz e a Rua José Teixeira Lopes.

O meu itinerário terá início no Porto:


Onde os turistas reunir-se-ão no jardim da cordoaria às 9:15
Chegada ao Café “A Brasileira” às 9:30
Saída do Café “ A Brasileira “ às 9:55
Chegada ao Machado Joalheiro Loja 31 de Janeiro às 10:05

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Saída do Machado Joalheiro Loja de 31 de Janeiro às 10:25


Chegada a Camara Municipal de Vila Nova de Gaia às 10:45
Saída da Camara Municipal de Vila Nova de Gaia às 11:05
Chegada ao Centro de Reabilitação do Norte Dr. Ferreira Alves às 11:25
Saída do Centro de Reabilitação do Norte Dr. Ferreira Alves às 11:55
Chegada à Rua Egas Moniz às 12:05
Saída da Rua Egas Moniz às 12:35
Chegada ao jardim da cordoaria às 12:55

Explicações dadas em cada paragem/visita

1ª Paragem
O Café “A Brasileira” é a obra arquitectónica que iriamos visitar, é um projecto icónico na
cidade do Porto, este situa-se na Rua Sá da Bandeira, ou seja, na baixa da cidade do
Porto, é datado de 1915.

Ilustração 34 - Café "A Brasileira"

Fonte: https://bit.ly/2I5ss1c

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Ilustração 35 - Interior do Café "A Brasileira"

Fonte: https://bit.ly/2uFBrhI

De acordo com um projeto do arquiteto Francisco de Oliveira Ferreira, "A Brasileira" tem
uma notável fachada, com o excelente para-sol de ferro e vidro, um interior deslumbrante,
em que se sobressaem os cristais, os mármores e o mobiliário de couro gravado.
A chamada "sala pequena" foi, mais tarde, separada e explorada pela multinacional Caffè
di Roma. O restante espaço esteve encerrado durante vários anos, reabriu
como restaurante e voltou a fechar. O espaço comercial encontra-se encerrado desde o
início de 2013, quando se encontrava arrendado ao "Caffé di Roma" e foi reclamado
pelo Banco Português de Investimento (BPI) por causa de uma dívida do proprietário do
edifício.
O estabelecimento foi fundado por Adriano Soares Teles do Vale, nascido na Casa de
Cimo d'Aldeia, em Alvarenga (Arouca), no concelho de Arouca, na Área Metropolitana do
Porto. Ainda jovem, Adriano emigrou para o Brasil. Era pai de Inocêncio Galvão Teles. No
Brasil, dedicou-se ao negócio do café, com o que enriqueceu nos finais do século XIX.
Casou no Brasil com uma filha de fazendeiros no Estado de Minas Gerais, onde se
dedicou à fundação de um estabelecimento comercial inicialmente chamado "Ao preço
fixo", que incluía, também a casa de câmbios e à produção agrícola, em particular a de
café, que exportava para Portugal. Regressando a Portugal por motivos de saúde da
mulher, que acabaria por falecer cá, criou uma rede de pontos de venda do café que
produzia e importava do Brasil: as famosas "Brasileiras", espalhadas por Lisboa
(Chiado e Rossio), Porto, Braga, Aveiro, Coimbra e Sevilha. Adriano Teles foi, também,
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um homem de cultura, com interesse pela música e pela pintura. Fundou a Banda de
Alvarenga, financiando a compra dos seus primeiros instrumentos, e fez, da Brasileira do
Chiado, o primeiro museu de arte moderna em Lisboa. No Brasil, ainda no século XIX,
teve, ainda, passagem pela imprensa e pela política, tendo sido vereador da Câmara da
cidade onde casara e se estabelecera.
De regresso ao Porto, montou uma torrefacção e fundou "A Brasileira", inaugurada a 4 de
Maio de 1903, para servir café à chávena. Não havia na cidade o hábito de tomar café em
estabelecimentos públicos. Adriano Teles, para promover o seu produto, ofereceu, durante
os primeiros treze anos de "A Brasileira", o café à chávena de graça no seu
estabelecimento a quem comprasse um saquinho de grãos de café.
Numa visão do que, hoje, poderíamos chamar de marketing, Adriano Teles mandou pintar,
em várias paredes da cidade, o slogan que se tornaria famoso: O melhor café é o d'A
Brasileira.
Fechado em 2013 e depois de uma intervenção de reabilitação e reconstrução profunda
reabre com cafetaria, restaurante e hotel Pestana cinco estrelas a 23 de março de 2018.

2ª Paragem
A joalharia Machado Joalheiro Loja de 31 de Janeiro mais precisamente na cidade do
Porto, é um dos trabalhos mais significativos desta época: a Ourivesaria Cunha, situada
na Rua de 31 de Janeiro, onde contou com a colaboração do seu irmão para a realização
da escultura da fachada intitulada grupo de amores, projecto datado de 1914.

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Ilustração 36 - Machado Joalheiro Loja de 31 de Janeiro

Fonte: https://bit.ly/2YFRcD5

Esta escultura foi realizada pelo irmão de Francisco, José de Oliveira Ferreira, que foi
intitulada como Grupo de Amores.

Ilustração 37 - " Grupo de Amores "

Fonte: https://bit.ly/2YFRcD5

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3ª Paragem
A Camara Municipal de Vila Nova de Gaia é mais uma das várias obras arquitectadas,
por Francisco de Oliveira Ferreira, na zona do Porto e na zona de Vila Nova de Gaia.
Foi aprovado o projecto de construção do edifício e adquirido o terreno para sua a sua
implantação; 1915, 25 de Julho - foi lançada a primeira pedra, ocupando nesta data a
presidência do Município Miguel Joaquim da Silva Leal Júnior; 1925, 29 de Janeiro - foi
celebrada a primeira sessão Municipal nos novos Paços do Concelho, sob a presidência
de Joaquim Francisco Pedrosa Júnior; 1930, 1 de Dezembro - inauguração do salão
nobre.

Ilustração 38 - Camara Municipal de Vila Nova de Gaia

Fonte: https://bit.ly/2CR9RlT

4ªParagem
O Centro de Reabilitação do Norte Dr. Ferreira Alves foi arquitectado em 1916 por
Francisco de Oliveira Ferreira esta que é uma das suas obras mais conhecidas, este
Centro de Reabilitação foi fundado tendo como missão o tratamento de diversas doenças,
nomeadamente a tuberculose, aproveitando para isso os efeitos terapêuticos da

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exposição solar (helioterapia), uma ciência que começava então a dar os seus primeiros
passos.
O edifício divide-se em três corpos, dois laterais, perfeitamente simétricos e
acompanhados, cada um deles, por uma varanda em toda a sua extensão, e um central,
com um programa arquitectónico de maior nobreza e distinção. A entrada no edifício era
originalmente feita pelo lado nascente do corpo central do edifício, ala onde também se
situavam os serviços administrativos e as áreas de atendimento ao público. O lado
poente, virado para o mar, era reservado para as enfermarias individuais (edifício central)
e colectivas (localizada nos edifícios laterais).

Ilustração 39 - Centro de Reabilitação do Norte Dr. Ferreira Alves

Fonte: https://bit.ly/2Ul84jb

Ilustração 40 - Centro de Reabilitação do Norte Dr. Ferreira Alves visto de cima

Fonte: https://bit.ly/2I5Pe9c

5ª Paragem

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Em último mas não menos importante, deixamos a “Vila Felicidade” que foi arquitectada
em 1912, ano do seu casamento com Leonor Berta Pereira, é uma das várias moradias
arquitectadas em Gaia entre os anos de 1912 até 1915, situada no gaveto entre a Rua
José Teixeira Lopes com a Rua Egas Moniz, em Miramar, Arcozelo.

Ilustração 41 - Vila Felicidade

Análise Swot
Análise SWOT ou Análise FOFA (Forças, Oportunidades, Fraquezas e Ameaças)
(em português) é uma ferramenta utilizada para fazer análise de cenário (ou análise de
ambiente), sendo usada como base para gestão e planeamento estratégico de
uma corporação ou empresa, mas podendo, devido a sua simplicidade, ser utilizada para
qualquer tipo de análise de cenário, desde a criação de um blog à gestão de
uma multinacional. Ela veio da escola de Design e é simples e informal.

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Ilustração 8 - Análise Swot

Fonte: https://bit.ly/2OZnjsZ

Oportunidades
 Dar a conhecer as obras realizadas, na área metropolitana do Porto, por este
arquitecto, a pessoas que tenham alguma cultura.
 Reabilitar algumas das suas obras.
 Dar a conhecer a breve carreira do mesmo.

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Ameaças
 Haver atrasos no percurso.
 Deixar para trás ou perder algum turista que faça parte do grupo.

Fraquezas
 Não poder entrar na ultima obra arquitectónica dele para verificarmos se a
estrutura inicial ainda lá está ou se já foi reestruturada.
 Não é necessário pagar para entrar nos locais onde pretendemos entrar.

Forças
 Arquitectou obras muito importantes e marcantes na área metropolitana do Porto.
 Foi um dos melhores arquitetos da cidade do Porto.
 É um itinerário nunca antes proposto nem planeado.
 É um itinerário onde dará também para vermos o café mais icónico do Porto.

Conclusão
A finalidade deste trabalho foi conceber um roteiro para dar a conhecer as obras
arquitectónicas de Francisco de Oliveira Ferreira e também para conhecer um pouco da
sua vida, pois foi um arquitecto que deixou uma grande marca na arquitetura do nosso
país.
Senti demasiadas dificuldades durante o trabalho pois, não sabia que informações
procurar, sobre este tema.
As dificuldades foram ultrapassadas com a ajuda da minha orientadora de PAP, a
professora Graça Heleno, pois orientou-me quando não sabia o que procurar e esclareceu
todas as minhas dúvidas.
Acho que poderia melhorar mais na parte prática, em algumas informações sobre a
história da Camara Municipal de Vila Nova de Gaia especificamente.

NETGRAFIA
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Escola S/3 Arquiteto Oliveira Ferreira
403337

CURSO PROFISSIONAL DE TÉCNICO DE TURISMO

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https://bitly.com/

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