Você está na página 1de 8

Índice

Introdução………………………………………………………………………………………2
Objetivos………………………………………………………………………….…………….2
Geral……………………………………………………………………………………...…….2
Específicos………………………………………………………………………………..…….2
Metodologia…………………………………………………………………………………….2
Sindicatos e negociação colectiva………………………………………………………….…..3
Origem e evolução do movimento sindical……………………………………………..…..….3
Deveres dos sindicatos………………………………………………………………...…….…3
Desafios enfrentados pelo Movimento Sindical………………………………………….……3
Como os sindicatos aumentam os salários…………………………………………….....…….4
Direito á liberdade de negociação colectiva……………………………………………..…….4
Impactos globais da sindicalização………………………………………………………....…..5
Negociação colectiva……………………………………………………………………...……5
Sindicatos e desemprego clássico……………………………………………………...........….5
Indeterminação teórica de negociação colectiva…………………………………….……....…5
Sindicatos e negociação colectiva em Moçambique………………………………………..….6
Conclusão………………………………………………………………………………...….…7
Referência bibliográfica…………………………………………………………………….…..8

1
Introdução
Os trabalhadores em Moçambique são organizados em 21 sindicatos nacionais em Moçambique,
dentre as quais 19 filiadas em duas centrais sindicais, nomeadamente a Organização dos
Trabalhadores de Moçambique-Central Sindical (OTM-CS)e Confederação dos Sindicatos
Independentes e Livres de Moçambique(CONSILMO). Os sindicatos SINTAF e SINTQUIAF
são filiados à OTM. Existem dois Sindicatos que não são filiados nem a OTM-CS nem a
CONSILMO: o Sindicato Nacional de Jornalistas (SNJ) e a Organização Nacional dos
Professores/Sindicato Nacional dos Professores (ONP/SNPM). Os sindicatos são organizados
por empresa, por outras palavras todas categorias de trabalhadores numa empresa pertencem ao
mesmo sindicato. Os trabalhadores da indústria florestal são membros do SINTAF ou o
Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Indústria de Construção Civil, Madeiras e
Minas(SINTICIM).

Objectivos
Geral:
 Avaliar os sindicatos e negociação colectiva em Moçambique

Específicos:

 Distinguir os desafios enfrentados pelo Movimento Sindical;


 Constatar os deveres dos sindicatos;
 Escrever sobre os impactos globais da sindicalização.

Metodologia
Para a elaboração do presente trabalho, recorri há consultas bibliográficas e via internet através
de livros e artigos publicados, websites, de forma a obter mais informações sobre o trabalho.

2
Sindicatos e negociação colectiva
Origem e evolução do movimento sindical

O movimento sindical teve a sua origem nos Conselhos de Produção criados pela FRELIMO
para defender os interesses dos trabalhadores em 1976. Em 1991 foi aprovado a Lei 23/91, Lei
da Liberdade Sindical, que garante aos "trabalhadores a liberdade de constituírem associações
sindicais da sua escolha.

A Constituição da República de Moçambique garante aos trabalhadores a liberdade de se


organizarem em associações profissionais ou em sindicatos, sua independência em relação ao
patronato, Estado, aos partidos políticos, às igrejas ou confissões religiosas e estabelece a forma
de organização e gestão.

Sindicato – é uma associação voluntária, de carácter permanente, destinada a defender os


interesses de trabalhadores assalariados de uma mesma profissão/ de uma mesma indústria.

Deveres dos sindicatos


De acordo com o art. 514 da Consolidação das Leis Trabalhistas, são deveres dos Sindicatos:

 Manter serviços de assistência judiciária para os associados;


 Sempre que possível, e de acordo com as suas possibilidades, manter no seu quadro de
pessoal, em convênio com entidades assistenciais ou por conta própria, um assistente
social com as atribuições específicas de promover a cooperação operacional na empresa e
a integração profissional na classe.
 Promover a fundação de cooperativas de consumo e de crédito;
 Fundar e manter escolas de alfabetização e pré-vocacionais.

Desafios enfrentados pelo Movimento Sindical


Conforme o estudo os desafios principais para o movimento sindical em Moçambique são:
 A fraca sustentabilidade financeira ligado a um baixo nível de sindicalismo (estima-se
que menos de metade dos trabalhadores no sector formal são membros dos sindicatos);

3
 Formações ad hoc dos membros;
 Comunicação interna deficiente e lenta;
 O fraco poder dos sindicatos nas negociações perante as empresas;
 A falta de acções concretas e visíveis para melhorar a imagem dos sindicatos na
sociedade geral;
 A falta de estratégias para atrair jovens.

Como os sindicatos aumentam os salários


Os sindicatos ganharam poder de mercado ao obterem monopólio legal de fornecerem
trabalhadores a uma empresa/sector de actividade. Usando este monopólio obrigam as empresas
a proporcionar salários, benefícios e condições de trabalho que estão acima de nível
concorrencial.

Direito á liberdade de negociação colectiva


Direito à negociação coletiva é reconhecida pelo Código do Trabalho. Os sindicatos têm o direito
de representar os trabalhadores na negociação e na assinatura de acordos coletivos de trabalho. O
acordo coletivo regulamenta a relação entre os sindicatos e os empregadores que aderem a ele.
São itens essenciais do acordo coletivo: o seu prazo de validade, o âmbito territorial onde se
aplica, quais os sindicatos, associações de empregadores incluídos. Os acordos coletivos vigoram
até serem modificados ou substituídos por outro acordo coletivo.
O acordo coletivo deve ser depositado no Ministério do Trabalho no prazo de 20 dias a partir da
data da assinatura, para o devido registro e verificação da observância das disposições legais.

(Art. 164-193 da Lei do Trabalho 2007)


Direito à greve é garantida pela Constituição (art. 87) e é regulada nos termos do Código do
Trabalho (art. 194-206). Os trabalhadores têm direito de fazer greve com o objetivo de promover
e proteger seus direitos laborais e sociais. A decisão de entrar em greve deve ser tomada pelos
sindicatos e associações representativas dos trabalhadores após consulta com seus membros.
O direito à greve não deve ser exercido antes que sejam tentados métodos alternativos de
resolução de disputas. Se há acordo coletivo de trabalho em vigor, os empregados não devem
entrar em greve, com exceção feita a graves violações por parte dos empregadores e após a
exaustão dos meios alternativos propostos pela lei para a resolução da disputa.

4
Trabalhadores em greve não devem obstruir os acessos aos edifícios da empresa contratante,
sendo-lhes vedado o recurso à violência, coação, intimidação ou qualquer outro meio fraudulento
visando forçar a adesão de outros trabalhadores à greve. Os empregadores também são proibidos
de realizar “locautes” , isto é, de adotar medidas que impeçam os empregados de exercer
normalmente suas atividades laborais. Fonte (Art. 194-206 da Lei do Trabalho de 2007).
Efeitos sobre os salários e o emprego
Os defensores dos sindicatos de trabalhadores sustentam que os sindicatos têm aumentado os
salários reais e têm beneficiado os trabalhadores. Os críticos argumentam que o resultado do
aumento dos salários é um desemprego elevado, inflação e uma alocação destorcida de recursos.

Impactos globais da sindicalização.


Admitamos que os sindicatos podem de facto aumentar os salários dos seus associados acima dos
níveis concorrenciais. Os economistas que estudam esta questão concluem que os sindicatos
redistribuem o rendimento dos trabalhadores não sindicalizados pelos trabalhadores
sindicalizados, isto é, se os sindicatos são bem-sucedidos no aumento dos salários acima dos
níveis de concorrência, os seus ganhos são a custa dos trabalhadores não sindicalizados.

Negociação colectiva
É o processo em que duas ou mais partes se encontrem para chegar a um acordo sobre
uso/distribuição de um determinado recurso.
Na maioria parte das negociações colectivas, os trabalhadores pressionam por salários elevados
sendo que as administrações pretendem menos custos com o pessoal.

Sindicatos e desemprego clássico.


Se os sindicatos não afectam o nível geral dos salários reais isto sugere que o seu impacto incide
principalmente sobre os salários relativos, isto é, os salários nos sectores sindicalizados
aumentariam relativamente aos dos sectores não sindicalizados. Alem disso, o emprego tenderia
a reduzir-se nos sectores sindicalizados e aumentar os não sindicalizados. Quando os sindicatos
poderosos aumentam salários reais para os níveis artificialmente elevado, o resultado é um
excesso de oferta de trabalho que se designa por desemprego clássico.

Indeterminação teórica de negociação colectiva.

5
Na maior parte das negociações colectivas os trabalhadores pressionam por salário mais
elevados, enquanto as administrações atem-se a menor custos de remunerações. Isto é uma
situação conhecida como monopólio bilateral, em que existe apenas um comprador e um
vendedor. O resultado do monopólio bilateral não pode ser previsto apenas pelas forcas
económicas dos custos da procura; depende também da psicologia, da política e de outros
inúmeros factores intangíveis.

Sindicatos e negociação colectiva em Moçambique


A negociação do salário nos pais desenvolve-se em duas vertentes
1a vertente: na vertente do salario mínimo nacional.
2a vertente: na vertente dos demais salarias para os restantes categorias profissionais,
resultantes da negociação cocletiva que se desenvolve a nível das empresas e sectores da
actividade.
A negociação é feita através do mecanismo tripartido:
Sindicatos- trabalhadores: defender os trabalhadores
Empresa- CTA: defende o interesse das empresas afiliadas
Governo-mediador: mediador

6
Conclusão

O reconhecimento efetivo do direito à negociação coletiva é um princípio e um direito


fundamental no trabalho. Constituiu, juntamente com a liberdade sindical, uma das quatro
categorias da Declaração da OIT relativa aos Princípios e Direitos Fundamentais no Trabalho. As
outras categorias são relativas à eliminação do trabalho forçado, à abolição efetiva do trabalho
infantil e à eliminação da discriminação em matéria de emprego e profissão. A negociação
coletiva também é considerada um direito facilitador da realização do trabalho digno e das
relações laborais sólidas. A negociação coletiva tem um longo histórico enquanto instituição de
governação dos locais de trabalho e dos mercados de trabalho. As recentes preocupações com a
crescente desigualdade e instabilidade laboral em diversos países enfatizaram o papel
desempenhado pela negociação coletiva: na igualdade na distribuição de salários; na redução das
barreiras enfrentadas por alguns trabalhadores devido a questões de género, deficiência ou etnia;
na promoção da inclusão; e na estabilização das relações laborais.

7
Referência bibliográfica

BIHALE, Domingos. Dinâmica Actual do Mercado de Trabalho e Desafios do Movimento


Sindical em Moçambique. Relatório de Pesquisa, OTM, 2012

BRANCO,Carlos Nuno,IESE, Apresentação no lançamento do livro "Desafios para


Moçambique, 2013 e Desafios Económicos em Moçambique" na Universidade Católica, Pemba,
25.10.13

Instituto Nacional de Estatísticas. Moçambique emnúmeros 2012

Ministério de Agricultura, Direcção Nacional de Terrase Florestas Estratégia para 0


Reflorestamento" Maputo, Julho, 2009.Morgan, Peter "The Concept of Capacity". ECDPM,
Maio2006

Você também pode gostar