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ÍNDICE

INTRODUÇÃO.................................................................................................................2

Sinais e Distintivos do Comércio: a Firma e Marca..........................................................3

Firma..............................................................................................................................3

Princípios gerais (informadores) da constituição de firmas...........................................3

Composição da firma dos empresários comerciais (artigo 26.o CCom)........................4

Transmissão e alteração da firma (artigo 36.o CCom)...................................................5

Marcas............................................................................................................................6

O direito ao uso de marca e o seu carácter facultativo..................................................6

Transmissão de marcas..................................................................................................6

Garantias da marca.........................................................................................................7

Extinção do direito a marca...........................................................................................7

CONCLUSÃO...................................................................................................................8

BIBLIOGRAFIA...............................................................................................................9
INTRODUÇÃO
No presente trabalho da cadeira de Direito Comercial, de carácter individual, na qual
tem como tema principal Sinais e Distintivos do Comércio, na qual o foco principal será
discutido em torno da Firma e Marca, onde pretendo debruçar em torno dos mesmos,
falando sobre os seus conceitos e natureza jurídica, e como os mesmos actuais em torno
da Propriedade Industrial e, espero com o trabalho enriquecer o conhecimento sobre a
matéria.

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Sinais e Distintivos do Comércio: a Firma e Marca

Firma
O comércio é executado sob uma designação nominativa, que constitui a firma. Há,
porém, no direito comparado duas concepções diversas de firma: conceito objectivo e
conceito subjectivo.

 Conceito objectivo: Para o conceito objectivo, a firma é um sinal distintivo do


estabelecimento comercial. Daí decorrem, como corolários, a possibilidade de
tal designação ser composta livremente e ser transmitida com o estabelecimento,
independentemente de acordo expresso.
 Conceito subjectivo: Para o conceito subjectivo, a firma é um sinal distintivo do
comerciante – o nome que ele usa no exercício da sua empresa: é o nome
comercial do comerciante. Daí que, em relação ao comerciante individual, nesta
concepção, a firma deva ser formada, a partir do seu nome civil e, em princípio
intransmissível.
O art. 18º CCom está relacionado com o estatuto de comerciante. Considera-se a
firma o nome comercial do comerciante, sinal que os identifica ou individualiza
também o faz para alguns não comerciantes – sociedades civis não comerciais.

Princípios gerais (informadores) da constituição de firmas


A. Princípio da verdade (artigo 19.o CCom)
A firma deve corresponder à situação real do comerciante a quem pertence, não
podendo conter elementos susceptíveis de a falsear ou de provocar confusão,
quer quanto à identidade do comerciante em nome individual e ao objecto do seu
comércio, quer, no tocante às sociedades, quanto à identificação dos sócios, ao
tipo e natureza da sociedade, à (s) actividade (s) objecto do seu comércio e
outros aspectos a ele relativos.

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B. Princípio da novidade (artigo 20.o CCom)
Marca a prioridade da firma já registada ou licenciada procurando evitar surgir
outra firma com a mesma denominação da existente.
É aferida no âmbito da exclusividade, podendo haver firmas semelhantes se tiver
âmbito de exclusividade diferente, a racio legis, é não haver firmas iguais.
O juízo de confundabilidade (fundamentação de recurso) tem que ser de
fundamentação global, tem que atender aos elementos fundamentais da firma. É
o nome da firma que o juízo de valor tem-se de fundamentar.

C. Princípio da exclusividade (artigo 24.o CCom)


A firma goza dum âmbito territorial de protecção, não é necessariamente o
âmbito nacional.
No comerciante individual, se ele usar o seu nome, o âmbito de protecção é
correspondente territorial da conservatória onde está registado.
Se ele aditar ao nome uma expressão distintiva já pode ser reconhecida extensão
em todo o território nacional.
A firma das Sociedades Comerciais goza de um âmbito nacional de protecção,
estendem a outros empresários individuais a responsabilidade limitada as regras
fundamentais relativas ao comerciante individual.

Composição da firma dos empresários comerciais (artigo 26.o CCom)


1. A firma dos empresários comerciais pode ser composta:

a) Pelo seu nome civil, completo ou abreviado, consoante se torne necessário para a
perfeita identificação da sua pessoa, podendo aditar-lhe alcunha;

b) Pelo nome ou firma de um, alguns ou todos os sócios ou associados;

c) Por designação de fantasia;

d) Por expressões alusivas à actividade comercial desenvolvida ou a desenvolver; e)


pela conjugação dos elementos referidos nas alíneas anteriores.

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Mas, existe uma excepção em caso de a firma do empresário comercial, pessoa singular,
ser exclusivamente composta nos termos da alínea a) do número anterior, verificando-se
homonímia entre a firma a registar e outra já registada, deve o empresário, que pretende
registar a firma nova, alternativa ou conjuntamente, nos termos do n. o 2 do art. supra
citado:

a) Se a firma corresponde ao seu nome completo, usar o seu nome abreviado;

b) Se a firma corresponde ao seu nome abreviado, acrescer-lhe ou retirar-lhe um dos


seus nomes, próprio ou de família;

c) Aditar-lhe designação de fantasia ou expressão alusiva à actividade mercantil


desenvolvida ou a desenvolver.

Transmissão e alteração da firma (artigo 36.o CCom)


O comerciante deve gerir a sua actividade sob uma única firma. O empresário individual
não pode usar mais do que uma firma.

E de acordo com o artigo 36.o CCom, estabelece que:

1. O adquirente, quer entre vivos, quer mortis causa, duma empresa comercial pode
continuar a geri-la sob a mesma firma, quando para tal seja autorizado, aditando-lhe ou
não a declaração de haver nela sucedido.

2. A autorização a que se refere o número anterior compete ao alienante, no caso de


transmissão por morte, e não tendo o de cujus disposto, por escrito, sobre o assunto, a
autorização será dada pela maioria dos herdeiros, independentemente de se tratar de
transmissão a terceiro ou a quem seja herdeiro.

3. Figurando, na firma do empresário comercial, pessoa colectiva, nome ou firma de


sócio ou associação, não é necessário o seu consentimento para a transmissão da firma,
salvo se de outro modo se tiver convencionado no acto constitutivo.

4. No caso previsto no número anterior, o sócio ou o associado deixa de ser responsável


pelas obrigações, contraídas na exploração da empresa transmitida, a partir do registo e
publicação do acto de transmissão.

5. Quem adquira o direito de temporariamente explorar a empresa comercial de outrem


pode utilizar a firma do proprietário independentemente de autorização.

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6. A transmissão da firma só é possível conjuntamente com a empresa comercial a que
se achar ligada e está sujeita a registo.

Marcas
De acordo com o n.o 1, al. i) do CPI (Código de Propriedade Industrial), Marca é sinal
distintivo manifestamente visível, audível ou, olfactivo, susceptível de representação
gráfica, que permite distinguir produtos ou serviços de uma determinada entidade, dos
produtos e serviços doutra entidade, composto, nomeadamente, por palavras, incluindo
nomes de pessoas, desenhos, letras, m1meros, forma do produto ou da respectiva
embalagem.

O direito ao uso de marca e o seu carácter facultativo


De acordo com o artigo 135.o, n.o 1 do CPI, o registo de marca confere ao seu titular o
direito de uso exclusivo da mesma; impedindo que terceiros, sem o seu consentimento,
utilizem no âmbito das operações comerciais sinais idênticos ou semelhantes para
produtos ou serviços idênticos ou semelhantes em relação aos quais a marca tiver sido
registada, quando essa utilização seja susceptível de originar confusão para o público.

Transmissão de marcas
De acordo com o art. 21.o, n.o 1, 2 e 3, do CPI:

Os direitos da propriedade industrial são transmissíveis inter-vivos e mortis causa.

A transmissão inter-vivos está sujeita à forma escrita, na qual conste o consentimento e


a assinatura do titular do direito objecto de transmissão.

A transmissão dos direitos, a co-titularidade, os encargos ou o ónus são averbados no


título ou certificado de registo

E também de acordo com o artigo 141.o do CPI:

1. O titular do registo pode celebrar contrato de licença para o uso da marca, sem
prejuízo do seu direito de exercer o controlo efectivo sobre as especificações, a natureza
e a qualidade dos respectivos produtos ou serviços.

2. O titular pode conferir ao licenciado os poderes para agir em defesa da marca, sem
prejuízo dos seus próprios direitos.

3. O contrato de licença deve ser averbado no IPI para que seja oponível a terceiros.

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Garantias da marca
A garantia de marca confere ao seu titular o direito de uso exclusivo da mesma;
impedindo que terceiros, sem o seu consentimento, utilizem no âmbito das operações
comerciais.

Extinção do direito a marca


Os direitos da propriedade industrial extinguem-se por:

a) Renúncia do titular (art. 23.o)

b) Anulabilidade (art. 24.o)

c) Nulidade (art. 25.o)

d) Caducidade (art. 26.o ambos do CPI).

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CONCLUSÃO
Chegado a este ponto do trabalho, pude constatar que, considera-se a firma o nome
comercial do comerciante, sinal que os identifica ou individualiza também o faz para
alguns não comerciantes – sociedades civis não comerciais, e quanto aos principais
princípios da firma, encontramos o principio da verdade, novidade e exclusividade, e
quanto a transmissão do direito da firma, pode ser entre vivos, quer mortis causa e
relativamente a marca é sinal distintivo manifestamente visível, audível ou, olfactivo,
susceptível de representação gráfica, que permite distinguir produtos ou serviços de uma
determinada entidade, dos produtos e serviços doutra entidade, composto,
nomeadamente, por palavras, incluindo nomes de pessoas, desenhos, letras, números,
forma do produto ou da respectiva embalagem, quanto a transmissão das marcas,
também é feito entre vivos, quer mortis causa e quanto a garantia de marca, confere ao
seu titular o direito de uso exclusivo da mesma; impedindo que terceiros, sem o seu
consentimento, utilizem no âmbito das operações comerciais.

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BIBLIOGRAFIA
República de Moçambique. Decreto-lei n.o 22/2005 de 27 de Dezembro – Código
Comercial.

República de Moçambique. Decreto n." 47/2015 de 31 de Dezembro – Código de


Propriedade Industrial.

CORREIA, Miguel Pupo. Direito Comercial. 14.a Edição.

https://inventa.com/pt/mz/noticias/artigo/344/os-direitos-sobre-sinais-distintivos-no-
direito-mocambicano

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