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Professor: Giovane Moraes Porto

 Desenvolvimento Histórico.

 Comerciante x Empresário; Sociedade Mercantil x Sociedade Empresarial


LIVRO II
Do Direito de Empresa
TÍTULO I
Do Empresário
CAPÍTULO I
Da Caracterização e da Inscrição
 Art. 966. Considera-se empresário quem exerce profissionalmente atividade econômica organizada
para a produção ou a circulação de bens ou de serviços.
 Parágrafo único. Não se considera empresário quem exerce profissão intelectual, de natureza
científica, literária ou artística, ainda com o concurso de auxiliares ou colaboradores, salvo se o
exercício da profissão constituir elemento de empresa.
D – M (FT + MP) ... P ... D’ – M’
 Atividade Econômica - Produção e circulação com fins
lucrativos

 Atividade Organizada - Fatores de produção de uma


empresa:
a) Mão-de-obra
b) Capital
c) Matéria prima
d) Tecnologia
e) Habitualidade
 Pessoa Física e Pessoa Jurídica

 Sociedade:
 Atividade Econômica Organizada – Empresário – Sociedade Simples – Junta Comercial
 Profissão intelectual – Sociedade Simples - CRCPJ
Artigo 972 CC

“Podem exercer a atividade de


empresário os que estiverem em
pleno gozo da capacidade civil e não
forem legalmente impedidos”
 Sociedade empresarial – Absolutamente e relativamente incapaz (Art. 3° e 4° CC)

 Requisitos:
 Representado ou Assistido
 Autorização Judicial
 Comunicação à Junta Comercial
 O falido não reabilitado
 Funcionários Públicos, Magistrados e Membros do Ministério Público
 Devedores do INSS
 O Estrangeiro com visto temporário
 Os militares na ativa das 3 forças armadas e das polícias militares
 Médicos – simultaneamente empresa farmacêutica ou laboritorial
 Leiloeiros, corretores de seguro e os condenados por crime falimentar
 Cônjuges em regime universal ou separação obrigatória
 Elaboração do contrato social ou requerimento
 Registro Público de Empresas (Junta comercial) – NIRE
 Inscrição Estadual
 Alvará de Funcionamento - Prefeitura
 Nome Empresarial

 Título de Estabelecimento e Insígnia

 Marca
 Dispositivo legal – Art. 1155 ao 1168 do CC.
 Conceito
 É a firma ou a denominação adotada, sobre o qual o empresário e a sociedade empresária
exerce a atividade empresarial e se obriga aos atos a ela pertinente
 Espécies de Nome Empresarial
 Firma Individual – É um nome adotado obrigatoriamente pelo empresário individual, sendo
composto pelo seu nome civil ou parte dele, aditando, se quiser, ou quando já existir nome
idêntico, a designação da atividade ou a cidade em que explora a atividade.
 Firma Social/Razão Social – É o nome adotado por sociedades empresárias sendo composto
pelos nomes cíveis dos sócios ou parte de seus nomes, de um, alguns ou todos os sócios, não
podendo ser acrescida da atividade empresarial
 Denominação
 É o nome empresarial adotado por sociedades empresárias formadas por expressões
linguísticas, conhecida como “elemento fantasia” acrescidas do objeto social (atividade
empresarial)
 Princípio da Veracidade
 Proíbe a adoção que transmita informações falsas sobre o empresário ou a atividades

 Princípio da Novidade
 É aquele que impede a adoção de nome igual ou semelhante ao de outro empresário,
assegurando a exclusividade ao uso do nome empresarial

 Colidência
 Título de estabelecimento
 Também conhecido por “nome fantasia”, corresponde a designação dada pelo
empresário ao local em que desenvolve a atividade
 Insígnia
 Emblema, figura ou sinal utilizado para identificar o estabelecimento
 Conceito
 É o sinal distintivo visualmente perceptível que identifica e diferencia produtos e
serviços de outros, iguais ou semelhantes

 Classificação das marcas


 Marca de produto ou serviço: É aquela usada para distinguir produto ou serviço de outro
idêntico ou semelhante, de origem diversa ou da mesma origem
 Marca de certificação: É aquela usada para atestar a conformidade de um produto ou
serviço com determinadas normas e especificações técnicas, notadamente quanto à
qualidade, natureza do material utilizado e tecnologia empregada
 Marca Coletiva: É aquela usada para identificar produtos ou serviços provindos de uma
determinada entidade.
 Quanto à Forma
 Nominativa: É aquela formada exclusivamente por palavra(s) que não possui uma
preocupação estética ou visual, pois o interesse restringe-se somente ao nome.
 Figurativa: É aquela constituída por desenho, logotipo, figura ou emblema
 Mista: É aquela que apresenta as características das duas anteriores, constituída por
palavra(s) escrita(s) com letras especiais ou inseridas em logotipos.
 Tridimensional: É aquela constituída por forma especial e incomum dada diretamente ao
produto ou ao seu recipiente.

O empresário adquire a propriedade e o direito ao uso exclusivo da marca com o registro no


Instituto Nacional de Propriedade Industrial – INPI
 Novidade Relativa
 Não é necessário criar uma palavra ou um signo novo, bastando utilizar pela 1ª vez para
identificação do produto ou serviço uma palavra ou signo já existente
 Não Colidência
 A marca não pode ser confundida com outra já existente
 Brasão, armas, medalhas, bandeira, emblemas, distintivos e monumentos oficiais
 Expressão, desenho, figura ou qualquer outro sinal que ofenda a moral ou os bons
costumes, ou, ainda, que ofenda a honra, a imagem de pessoas, cultos religiosos,
assim como os títulos que estejam protegidos pelo Direito Autoral, salvo com
consentimento do autor ou do seu titular
 O registro da marca tem a duração de dez anos contados da concessão do registro,
podendo ser prorrogado por períodos iguais e sucessivos, devendo o interessado
requerer a prorrogação sempre no último ano de vigência do contrato sob pena de
cair em domínio público (extinção da marca)

 Perda do prazo: Se o prazo de prorrogação for perdido, admite-se que seja


apresentado nos seis meses seguintes ao termo final do prazo de vigência,
mediante o pagamento de uma retribuição adicional
O titular da marca poderá celebrar um
contrato de licença de uso, para autorização
da utilização da marca, produto ou serviço, de
forma gratuita ou onerosa
 É o contrato de transferência do registro da marca
(propriedade) mediante uma remuneração, sendo
tal contrato regido pelas normas de “cessão de
direitos” previsto no Código Civil
 A LPI assegura ao titular da marca o direito de ceder o seu registro, licenciar o seu
uso e zelar pela sua integridade material e por sua reputação.

 Apreensão administrativa pelas autoridades alfandegárias de produtos com


marcas falsificadas
 Busca e apreensão na ocorrência de crime contra a marca (pirataria)
 Reparação de danos, que abrange os lucros cessantes por meio do critério mais
favorável ao prejudicado, considerando os benefícios que teria auferido se a
violação não tivesse ocorrida.

 Prazo: Prescreve em cinco anos a ação de perdas e danos pelo uso indevido da
marca
 Decurso do prazo de vigência sem a sua prorrogação
 Renúncia do seu titular
 Não pagamento da taxa legal devida ao INPI
 Cancelamento administrativo ou judicial
 Caducidade – A requerimento de qualquer pessoa com legítimo interesse, se
decorridos cinco anos de sua concessão, o uso da marca não tiver sido iniciado no
Brasil ou o uso da marca tiver sido interrompido por mais de 5 anos consecutivos
ou se, no mesmo prazo, a marca tiver sido usada com modificação que implique
alteração de seu caráter distintivo original
 Conceito legal – Artigo 1142 do CC: “Considera-se estabelecimento todo
complexo de bens organizado, para exercício da empresa, por empresário, ou por
sociedade empresária”.

 Complexo de bens

 Alienação – Contrato de Trespasse


 Anuência dos credores ou resguardar bens suficientes para garantia
 Arquivamento do Contrato de Trespasse na Junta Comercial
 Publicação na imprensa oficial
 Quando se compra o estabelecimento assumindo todas as dívidas vindas com ele.

 O adquirente do estabelecimento responde pelo pagamento dos débitos


anteriores à transferência, desde que, regularmente contabilizados, continuando o
devedor alienante solidariamente obrigado pelo prazo de 01 (um) ano quanto aos
créditos vencidos e quanto aos vincendos, contados do vencimento.

 Cláusula de não-restabelecimento – Quando o empresário alienante não poderá


restabelecer-se no mesmo ramo de atividade empresarial, para concorrer com o
adquirente, durante os 05 (cinco) anos subsequentes à alienação, exceto se
expressamente autorizado no contrato
 É o local em que se encontra o estabelecimento empresarial, sendo a base para o
empresário desenvolver atividade econômica, angariando clientela, também
conhecido como ponto de atração.

 Proteção do Ponto Comercial: Ação Renovatória

 Ação Renovatória: É uma ação judicial facultada ao locatário/empresário com a


finalidade de renovar o contrato de aluguel, mesmo contra a vontade do locador,
garantindo assim o seu ponto comercial
 O contrato de locação deve ser materializado em um contrato de locação
empresarial/comercial, com a finalidade de exercer atividade empresarial
 O contrato deve ser escrito e por prazo determinado
 O prazo mínimo do contrato a renovar ser de 5 anos ou a soma dos prazos
ininterruptos dos contratos escritos ser de 5 anos
 Que o locatário esteja explorando seu comércio, no mesmo ramo, pelo prazo
mínimo e ininterrupto nos 3 últimos anos.

Prazo: 1 ano, no máximo, até 6 meses, no mínimo, antes do vencimento do contrato,


sob pena de decadência
 Falência
 Recuperação Judicial
 Recuperação Extrajudicial

 Lei 11.101/05 – Lei de recuperação judicial, extrajudicial e a falência do


empresário e da sociedade empresária

 Princípio da preservação da empresa


 Função social da empresa
 Facilitar a recuperação de empresa com a
consequente manutenção de empregos e da
atividade produtiva

 Dar mais facilidade aos credores para reaver seus


bens e direitos
 Crise Econômica
 Crise Financeira
 Crise Patrimonial

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