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A FIRMA
Firma originária
Comerciante em nome individual
Em face do art.38º do Reg-RNPC, a firma do comerciante individual tem de
basear-se no seu nome civil, completo ou abreviado, não podendo reduzir-se a
um só vocábulo ( a menos que a adição de uma referência ao titulo académico,
profissional ou nobiliárquico a que tenha direito o torne completamente
individualizador). E os elementos que lhe aditar não podem consistir em simples
indicações de fantasia: só pode ser aditada uma alcunha por que o comerciante
seja conhecido ou uma expressão que designe ou sugira a espécie de comercio
exercida.
A firma do comerciante titular de um estabelecimento individual de
responsabilidade limitada é composta pelo nome do seu titular, acrescido ou não
de referência ao objecto de comercio nele exercido, e pelo aditamento
estabelecimento individual de responsabilidade limitada ou EIRL. Art. 40º nº1,
do Reg-RNPC.
Sociedades
O principio da verdade manifesta-se, quanto às sociedades, em que os elementos
constantes das respectivas firmas tem de corresponder à realidade, quanto aos
seguintes aspectos: identidade dos sócios; objecto da actividade social; tipo legal
de sociedade.
Assim: as firmas de sociedades, quando sejam firmas-nome, serão constituídas
por nomes ou firmas de todos, algum ou alguns dos sócios art10º nº2 CSC;
quando sejam firmas-denominação, podem ser nelas utilizadas siglas,
composições ou expressões de fantasia, mas sempre acompanhadas de
referencias ao objecto da sociedade art.10º nº3 CSC. Quando se trata de firmas-
mistas, será porque associam nomes de sócios com a indicação da actividade
social e, eventualmente, com uma expressão de fantasia.
E sempre que se trate de firmas-nome, firmas-denominação ou firmas mistas,
terão de incluir uma referencia ao tipo legal da sociedade:
- Sociedades em nome colectivo: devem ter uma firma-nome, que quando não
individualize todos os sócios, deverá conter o nome ou firma de um deles, com o
aditamento “e Companhia”, ou outro que indique a existência de outros sócios
art.177ºCSC. Por analogia com o art.38ºnº1 do RNPC, deve admitir-se que estas
sociedades adoptem firma-mista, ou seja, que a sua firma inclua uma alusão ao
objecto social, a apr dos elementos referidos no art.177 CSC.
comandita por acções art.467ºCSC. Podem também por adoptar firma mista, se a
firma, constituída nos termos acabados de referir, incluir uma alusão à espécie
de comércio.
“sociedade anónima ou a sigla S.A.”. E poderá ser uma firma nome se incluir o
menção do objecto social, incluir uma expressão de fantasia, ou uma firma mista
Sociedades por quotas: também estas sociedades podem adoptar uma firma
nome, ou uma firma denominação, ou uma firma mista, nos mesmos termos de
por quotas pode ser uma denominação contendo o nome de pessoas ex.
Sociedade de tecelagem João Silva, Lda. ; ou pode ser uma firma nome ou mista,
sociedade ex. João Silva – Tecelagem, Lda. . Em qualquer dos casos, a firma
pode conter uma sigla ou expressão de fantasia, mas não pode contê-la sem
arts. 11º 22º 23º DL nº102/94 de 20.4, e art.14º nº1, do código cooperativo.