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Nome empresarial

É um dos elementos de identificação da empresa. Outro elemento de identificação é a


marca. Das expressões ou sinais de propaganda. Elementos de propaganda:

Nome empresarial

Marca

Expressões ou sinais de propaganda.

Os dois últimos dizem respeito a propriedade industrial, temas tratado pelo Lei 9279/96:
trata da propriedade industrial. 80% das demandas envolvendo propriedade industrial ....
Nome empresarial não se confunde com marca, nem com o titulo do estabelecimento, são
coisas completamente distintas, o nome empresarial vai ser aquilo que vai identificar o
empresário ou a sociedade empresaria, é através do nome empresarial, no caso individual,
pessoa física, se relacional, marca, não, marca é aquilo que remete a uma atividade, a uma
sociedade empresária, as vezes há uma correspondência, muitas vezes, não, Cia Vale do
Rio Doce é um nome empresarial, pode ser uma marca protegida, mas é um nome!,
Petrobrás é uma marca, se assinar um contrato, é Petróleo Brasileiro S/A. Também não se
confunde com o título do estabelecimento, pode haver uma identidade, Casa & Vídeo,
provavelmente não é o nome empresarial, pelo na sua íntegra, porque o nome empresarial
exige alguns elementos adicionais, se é uma marca não sei, não consultei o INPI, mas é
aquilo que a gente visualiza quando ingressa no estabelecimento comercial. Quando digo
que o título também é uma marca, passa a ser protegida pela Lei 9279/96, o titulo do
estabelecimento por si só não possui uma proteção tão forte quanto aquele assegurada pela
marca. Ler artigo 195, inciso V, da Lei 9279/96:

Art. 195. Comete crime de concorrência desleal


quem:

V - usa, indevidamente, nome comercial, título de


estabelecimento ou insígnia alheios ou vende, expõe
ou oferece à venda ou tem em estoque produto com
essas referências;

Se a pessoa colocar um titulo de estabelecimento que já utilizado por outra pessoa, ele está
praticando concorrência desleal, é crime. Há um problema de quem usou primeiro. Quem
registra primeiramente é fácil identificar. A proteção do nome empresarial independe da
classe, se açougue, perfumaria, etc. Ninguém pode ter um nome igual ao outro. O que é
importante é o nome empresarial ou a marca, mais esta. O nome empresarial é gênero do
qual são espécies a firma – pode ser individual, empresarial – , razão social e denominação,
também muito conhecida. A firma individual é utilizada pelo empresário indivídual. Razão
social da sociedade empresária – e não da empresa, porque esta é atividade – tanto a razão
social e a firma individual são nomes que devem guardar uma relação com as pessoas dos
sócios. José e Compania Ltda, o nome do sócio está lá, eu não posso botar pessoa que não
diga respeito a sociedade na razão social. Há uma vinculação entre o nome que é
empregado e os sócios que integram aquela sociedade empresária. Não pode fazer parte da
razão social espécie de nome empresarial pessoa que não tenha qualquer relação com a
sociedade. E a terceira espécie, denominação ou nome de fantasia, é um nome empresarial
que não se exige uma menção ao nome dos sócios da sociedade empresária. Artigos de
Flores Ltda,fica assim, nome de fantasia. Não precisa botar João, José. A sociedade
empresária vai se relacionar juridicamente com outras pessoas, com base em um nome
desvinculado dos nomes dos sócios, fantasia porque não existe essa relação. A sociedade
anônima somente pode admitir a denominação. De acordo com o tipo societário será
exigido um determinado tipo de nome.

Em relação ao nome empresarial:

Sistema da liberdade plena, adotado no EUA, sistema liberal.

Sistema misto ou eclético, existe uma rigidez inicial na escolha do nome empresarial.
Numa razão social é preciso haver uma correspondência entre o nome do sócio e dos sócios
que figuram na sociedade empresaria. Daí que depois dessa fase inicial, o nome pode ser
transferido, causa mortis ou inter vivos, por sucessão hereditária, o filho recebe o nome
que veio lá da sociedade do pai, ou pelo contrato, eu estou comprando tudo inclusive seu
nome, no inicio há essa vinculação, depois não.

Sistema da veracidade, o nome empresarial deve guardar uma relação, é preciso que o
nome corresponda as pessoas do sócios, eu posso vender o nome empresarial no Brasil, não
pode o Brasil proíbe. Art 1164 do CC, ler, isso afeta até a natureza jurídica do nome, se
agente olha para o art a gente conclui que o direito brasileiro quis dar ao nome empresarial,
veja, gênero, não falou de razão social, a natureza de um direito no intuito persone, algo
que decorre da personalidade, que são inalienáveis ou indisponíveis. Há uma exceção que
se aproxima muito pouco do sistema alemão, parágrafo único, do artigo, Jose das Coves
Bijuteria Ltda. Ele pode designar o objeto da atividade, não poderia botar o objeto, José das
Coves Ltda. Quem vai comprar a bijuteria, pode colocar, fulano de tal, sucessor de José das
Coves Ltda. É isso que permite...precedido com a qualificação de sucessor. Na Alemanha o
nome tem um valor patrimonial para a sociedade, para os empresários o nome vale mais do
que a marca.

A Lei 8934 no seu artigo 34: O nome empresarial obedecerá aos princípios da veracidade e
da novidade.

Veracidade nós vimos, eu não posso dizer que um açougue é uma bijoteria. Dizendo que o
João que não é sócio está, mas não figura na sociedade empresária.

Novidade vai ter registrar o nome atual.

Art. 33. A proteção ao nome empresarial decorre automaticamente do arquivamento dos


atos constitutivos de firma individual e de sociedades, ou de suas alterações.
A partir do arquivamento o nome já é protegido.

Ler Instrução Normativa nº 104/2007 e 53/1996


(revogada)

DNRC - Instrução Normativa nº 104/2007 (vigora)


22/5/2007
 
INSTRUÇÃO NORMATIVA DNRC Nº 104, DE 30 DE ABRIL DE 2007
 
DOU 22.05.2007
 
Dispõe sobre a formação de nome empresarial, sua proteção e dá outras providências.
 
O DIRETOR DO DEPARTAMENTO NACIONAL DE REGISTRO DO COMÉRCIO - DNRC , no uso das
atribuições que lhe confere o artigo 4º da Lei nº 8.934, de 18 de novembro de 1994, o art. 61, §
2º e art. 62, § 3º do Decreto nº 1.800, de 30 de janeiro de 1996;e
CONSIDERANDO as disposições contidas no art. 5º, inciso XXIX, da Constituição Federal; nos
arts. 33, 34 e 35, incisos III e V, da Lei nº 8.934, de 18 de novembro de 1994; nos arts. 3º, 267
e 271 da Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976; na Lei n° 10.406, de 10 de janeiro de 2002;
na Lei nº 11.101, de 9 de fevereiro de 2005; no Decreto nº 619, de 29 de julho de 1992; e
CONSIDERANDO as simplificações e desburocratização dos referenciais para a análise dos atos
apresentados ao Registro Público de Empresas Mercantis e Atividades Afins, no que se refere ao
nome empresarial, introduzidas pelo art. 72 da Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro de
2006, resolve:
 
Art. 1º Nome empresarial é aquele sob o qual o empresário e a sociedade empresária
exercem suas atividades e se obrigam nos atos a elas pertinentes.
Parágrafo único. O nome empresarial compreende a firma e a denominação. (voltando a
decisão, fundamentou na instrução normativa que trata da colidência de nomes e o resultado foi o
seguinte: “aplica-se pois o artigo tal da ... tal, vez que existem nos nomes empresariais em
questão o uso da mesma expressão de fantasia em comum em ENGEPAR que devida a fortes
condicionantes existentes pode ser causadora de alegada colidez”. Veja os nomes eram distintos..
não eram iguais, mas o nome ENGEPAR é um nome incomum, esse é um dos critérios usados
pelos critérios usados pelo junta Comercial, as vezes aquele nome é tão forte que se aquela
pessoa usar o nome dentro da sociedade empresarial maior vai dá problema. Aqui a Junta
Comercial não arquivou, não deixou arquivar, o recurso foi aceito.
Outro exemplo: BERGAMILLE COMÉRCIO VIRTUAL LTDA e SUPERMERCADOS BERGAMILLE LTDA.
Será que pode arquivar BERGAMILLE COMÉRCIO VIRTUAL LTDA? ..decido pela inexistência de
identidade ou semelhança dos nomes empresariais por inteiro. Não são iguais por não serem
homógrafos, e não são semelhantes, por não ser homófonos.
DNE – DN Eletrônica Ltda. e DNE – DN Eletrônica da Amazônia Ltda.
....decido pela inexistência de identidade ou semelhança.
A proteção do nome empresarial não se restringe a classe da atividade a que ele se refere, se é
uma padaria, você pode impedir uma vídeo-lacadora com o mesmo nome. Art 1155, ler, você já
sabe o porque do parágrafo único, a associação não desempenha atividade com fins lucrativos,
não é atividade empresarial, mesmo aqueles que não exerce uma atividade de empresa, 1156,
cuidado que Chico não é abreviatura de Franscisco, na sua parte do artigo pode, Chico em vez
de Francisco, não precisa como regra geral, acrescentar a atividade, 1157, responsabilidade
ilimitada é – quer dizer que não existe separação? Se uma dívida for contraída pela sociedade de
500 mil reais o sócio de responsabilidade ilimitada .... antão tem separação, é um sócio que não
responde de forma limitada, quando responde de forma ilimitada, responde com todo o seu
patrimônio, subsidiariamente, limitada, não, no limite da sua cota, ou da sua participação no
capital, operará sob firma, sociedade em nome coletivo, responde com todo o seu patrimônio, não
pode , só firma, não pode figurar denominação, na qual somente os nomes daqueles poderão
firgurare, no caso da sociedade em nome coletivo, todos respondem ilimitadamente, fica difícil
explicar, mas existem sociedades, sociedade comandita simples, existem sócios que respondem
ilimitadamente e outros que respondem limitadamente, se acontecer isso, apenas poderá figurar
na firma... ou razão social, o nome daqueles sócios que respondem ilimitadamente, quem está
com na razão social responde ilimitadamente, isso não acontece no caso da sociedade limitada,
porque porque está no final limitada, parágrafo único, para substituir os nomes dos sócios que
foram omitidos Cia no começo do nome empresarial, o nome do sócio que figurar por ignorância
ou por outra razão, figura com responde ilimitadamente, embora responda limitdamente. 1168,
 
Art. 2º Firma é o nome utilizado pelo empresário, pela sociedade em que houver sócio
de responsabilidade ilimitada e, de forma facultativa, pela sociedade limitada.
 
Art. 3º Denominação é o nome utilizado pela sociedade anônima e cooperativa e, em caráter
opcional, pela sociedade limitada e em comandita por ações.
 
Art. 4º O nome empresarial atenderá aos princípios da veracidade e da novidade e identificará,
quando assim exigir a lei, o tipo jurídico da sociedade.
Parágrafo único. O nome empresarial não poderá conter palavras ou expressões que sejam
atentatórias à moral e aos bons costumes.
 
Art. 5º Observado o princípio da veracidade:
I - o empresário só poderá adotar como firma o seu próprio nome, aditando, se quiser ou quando
já existir nome empresarial idêntico, designação mais precisa de sua pessoa ou de sua atividade;
II - a firma:
a) da sociedade em nome coletivo, se não individualizar todos os sócios, deverá conter o nome de
pelo menos um deles, acrescido do aditivo "e companhia", por extenso ou abreviado;
b) da sociedade em comandita simples deverá conter o nome de pelo menos um dos sócios
comanditados, com o aditivo "e companhia", por extenso ou abreviado;
c) da sociedade em comandita por ações só poderá conter o nome de um ou mais sócios diretores
ou gerentes, com o aditivo "e companhia", por extenso ou abreviado, acrescida da expressão
"comandita por ações", por extenso ou abreviada;
d) da sociedade limitada, se não individualizar todos os sócios, deverá conter o nome de pelo
menos um deles, acrescido do aditivo "e companhia" e da palavra "limitada", por extenso ou
abreviados;
III - a denominação é formada com palavras de uso comum ou vulgar na língua nacional ou
estrangeira e ou com expressões de fantasia, com a indicação do objeto da sociedade, sendo que:
a) na sociedade limitada, deverá ser seguida da palavra "limitada", por extenso ou abreviada;
b) na sociedade anônima, deverá ser acompanhada da expressão "companhia" ou "sociedade
anônima", por extenso ou abreviada, vedada a utilização da primeira ao final;
c) na sociedade em comandita por ações, deverá ser seguida da expressão "em comandita por
ações", por extenso ou abreviada;
d) para as sociedades enquadradas como microempresa ou empresa de pequeno porte, inclusive
quando o enquadramento se der juntamente com a constituição, é facultativa a inclusão do objeto
da sociedade;
e) ocorrendo o desenquadramento da sociedade da condição de microempresa ou empresa de
pequeno porte, é obrigatória a inclusão do objeto da sociedade empresária no nome empresarial,
mediante arquivamento da correspondente alteração contratual.
§ 1º Na firma, observar-se-á, ainda:
a) o nome do empresário deverá figurar de forma completa, podendo ser abreviados os
prenomes;
b) os nomes dos sócios poderão figurar de forma completa ou abreviada, admitida a supressão de
prenomes;
c) o aditivo "e companhia" ou "& Cia." poderá ser substituído por expressão equivalente, tal como
"e filhos" ou "e irmãos", dentre outras.
§ 2º O nome empresarial não poderá conter palavras ou expressões que denotem atividade não
prevista no objeto da sociedade.
 
Art. 6º Observado o princípio da novidade, não poderão coexistir, na mesma unidade federativa,
dois nomes empresariais idênticos ou semelhantes.
§ 1º Se a firma ou denominação for idêntica ou semelhante a de outra empresa já registrada,
deverá ser modificada ou acrescida de designação que a distinga.
§ 2º Será admitido o uso da expressão de fantasia incomum, desde que expressamente
autorizada pelos sócios da sociedade anteriormente registrada.
 
Art. 7° Não são registráveis os nomes empresariais que incluam ou reproduzam, em sua
composição, siglas ou denominações de órgãos públicos da administração direta ou indireta e de
organismos nacionais e internacionais.
 
Art. 8º Ficam estabelecidos os seguintes critérios para a análise de identidade e semelhança dos
nomes empresariais, pelos órgãos integrantes do Sistema Nacional de Registro de Empresas
Mercantis - SINREM:
I - entre firmas, consideram-se os nomes por inteiro, havendo identidade se homógrafos e
semelhança se homófonos;
II - entre denominações:
a) consideram-se os nomes por inteiro, quando compostos por expressões comuns, de fantasia,
de uso generalizado ou vulgar, ocorrendo identidade se homógrafos e semelhança se homófonos;
b) quando contiverem expressões de fantasia incomuns, serão elas analisadas isoladamente,
ocorrendo identidade se homógrafas e semelhança se homófonas.
 
Art. 9º Não são exclusivas, para fins de proteção, palavras ou expressões que denotem:
a) denominações genéricas de atividades;
b) gênero, espécie, natureza, lugar ou procedência;
c) termos técnicos, científicos, literários e artísticos do vernáculo nacional ou estrangeiro, assim
como quaisquer outros de uso comum ou vulgar;
d) nomes civis.
Parágrafo único. Não são suscetíveis de exclusividade letras ou conjunto de letras, desde que não
configurem siglas.
 
Art. 10. No caso de transferência de sede ou de abertura de filial de empresa com sede em outra
unidade federativa, havendo identidade ou semelhança entre nomes empresariais, a Junta
Comercial não procederá ao arquivamento do ato, salvo se:
I - na transferência de sede a empresa arquivar na Junta Comercial da unidade federativa de
destino, concomitantemente, ato de modificação de seu nome empresarial;
II - na abertura de filial arquivar, concomitantemente, alteração de mudança do nome
empresarial, arquivada na Junta Comercial da unidade federativa onde estiver localizada a sede.
 
Art. 11. A proteção ao nome empresarial decorre, automaticamente, do ato de inscrição de
empresário ou do arquivamento de ato constitutivo de sociedade empresária, bem como de sua
alteração nesse sentido, e circunscreve-se à unidade federativa de jurisdição da Junta Comercial
que o tiver procedido.
§ 1º A proteção ao nome empresarial na jurisdição de outra Junta Comercial decorre,
automaticamente, da abertura de filial nela registrada ou do arquivamento de pedido específico,
instruído com certidão da Junta Comercial da unidade federativa onde se localiza a sede da
sociedade interessada.
§ 2º Arquivado o pedido de proteção ao nome empresarial, deverá ser expedida comunicação do
fato à Junta Comercial da unidade federativa onde estiver localizada a sede da empresa.
 
Art. 12. O empresário poderá modificar a sua firma, devendo ser observadas em sua composição,
as regras desta Instrução.
§ 1º Havendo modificação do nome civil de empresário, averbada no competente Registro Civil
das Pessoas Naturais, deverá ser arquivada alteração com a nova qualificação do empresário,
devendo ser, também, modificado o nome empresarial.
§ 2º Se a designação diferenciadora se referir à atividade, havendo mudança, deverá ser
registrada a alteração da firma.
 
Art. 13. A expressão "grupo" é de uso exclusivo dos grupos de sociedades organizados, mediante
convenção, na forma da Lei das Sociedades Anônimas.
Parágrafo único. Após o arquivamento da convenção do grupo, a sociedade de comando e as
filiadas deverão acrescentar aos seus nomes a designação do grupo.
 
Art. 14. As microempresas e empresas de pequeno porte acrescentarão à sua firma ou
denominação as expressões "Microempresa" ou "Empresa de Pequeno Porte", ou suas respectivas
abreviações, "ME" ou "EPP".
 
Art. 15. Aos nomes das Empresas Binacionais Brasileiro-Argentinas deverão ser aditadas
"Empresa Binacional Brasileiro-Argentinas", "EBBA" ou "EBAB" e as sociedades estrangeiras
autorizadas a funcionar no Brasil poderão acrescentar os termos "do Brasil" ou "para o Brasil" aos
seus nomes de origem.
 
Art. 16. Ao final dos nomes dos empresários e das sociedades empresárias que estiverem em
processo de liquidação, após a anotação no Registro de Empresas, deverá ser aditado o termo
"em liquidação".
 
Art. 17. Nos casos de recuperação judicial, após a anotação no Registro de Empresas, o
empresário e a sociedade empresária deverão acrescentar após o seu nome empresarial a
expressão "em recuperação judicial", que será excluída após comunicação judicial sobre a sua
recuperação.
 
Art. 18. Esta Instrução Normativa entra em vigor na data de sua publicação.
 
Art. 19. Fica revogada a Instrução Normativa N° 99, de 21 de dezembro de 2005.
 
LUIZ FERNANDO ANTONIO
 

INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 53, 06 DE MARÇO DE 1996 (revogada)


Dispõe sobre a formação de nome empresarial, sua
proteção e dá outras providências.

          O DIRETOR DO DEPARTAMENTO NACIONAL DE REGISTRO DO COMÉRCIO - DNRC,


no uso das atribuições que lhe confere o artigo 4º da Lei nº 8.934, de 18 de novembro de 1994, e

          CONSIDERANDO as disposições contidas no art. 5º, inciso XXIX, da Constituição Federal;


nos arts. 33, 34 e 35, incisos III e V, da Lei nº 8.934/94; no art. 3º da Lei nº 6.404, de 15 de
dezembro de 1976; no Decreto nº 916, de 24 de outubro de 1890; e no Decreto nº 3.708, de 10 de
janeiro de 1919;
          CONSIDERANDO o disposto no art. 61, § 2º e art. 62, § 3º do Decreto nº 1.800, de 30 de
janeiro de 1996;
          CONSIDERANDO a necessidade de uniformizar e atualizar os critérios para o exame dos
atos submetidos ao Registro Público de Empresas Mercantis e Atividades Afins, no que se refere
ao nome empresarial; e
          CONSIDERANDO os estudos realizados pela Comissão constituída pela Portaria nº 295, de
25 de julho de 1995, da Ministra de Estado da Indústria, do Comércio e do Turismo,
          RESOLVE:
          Art. 1º Nome empresarial é aquele sob o qual a empresa mercantil exerce sua atividade e se
obriga nos atos a ela pertinentes.
          Parágrafo único. O nome empresarial compreende a firma individual, a firma ou razão social
e a denominação social.
          Art. 2º Firma individual é o nome utilizado pelo empresário mercantil individual.
          Art. 3º Firma ou razão social é o nome utilizado pelas sociedades em nome coletivo, de
capital e indústria e em comandita simples e, em caráter opcional, pelas sociedades por quotas de
responsabilidade limitada e em comandita por ações.
          Art. 4º Denominação social é o nome utilizado pelas sociedades anônimas e cooperativas e,
em caráter opcional, pelas sociedades por quotas de responsabilidade limitada e em comandita por
ações.
          Art. 5º O nome empresarial atenderá aos princípios da veracidade e da novidade e
identificará, quando assim o exigir a lei, o tipo jurídico da sociedade.
          Parágrafo único. O nome empresarial não poderá conter palavras ou expressões que sejam
atentatórias contra a moral e os bons costumes.
          Art. 6º Observado o princípio da veracidade:
          I - o empresário mercantil individual só poderá adotar como firma o seu próprio nome,
aditado, se quiser ou quando já existir nome empresarial idêntico, de designação mais precisa de
sua pessoa ou de sua atividade;
          II - a firma ou razão social de:
          a) sociedade em nome coletivo, se não individualizar todos os sócios, deverá conter o nome
de pelo menos um deles, acrescido do aditivo "e companhia", por extenso ou abreviado;
          b) sociedade em comandita simples deverá conter o nome de pelo menos um dos sócios
comanditados, com o aditivo "e companhia", por extenso ou abreviado;
          c) sociedade de capital e indústria não poderá conter o nome de sócio-indústria;
          d) sociedade em comandita por ações só poderá conter o nome de um ou mais sócios
diretores ou gerentes, com o aditivo "e companhia", por extenso ou abreviado, acrescida da
expressão "comandita por ações", por extenso ou abreviada;
          e) sociedade por quotas de responsabilidade limitada, se não individualizar todos os sócios,
deverá conter o nome de pelo menos um deles, acrescido do aditivo "e companhia", por extenso ou
abreviado, e da palavra "limitada", por extenso ou abreviada;
          III - a denominação social é formada com palavras de uso comum ou vulgar na língua
nacional ou estrangeira e ou com expressões de fantasia, facultando-se a indicação do objeto da
sociedade mercantil, sendo que:
          a) na sociedade por quotas, deverá ser seguida da expressão "Limitada", por extenso ou
abreviada;
          b) na sociedade anônima, deverá ser acompanhada das expressões "Companhia" ou
"Sociedade Anônima", por extenso ou abreviadas, vedada a utilização da primeira ao final;
          c) na sociedade em comandita por ações, deverá ser seguida da expressão "em comandita
por ações", por extenso ou abreviada.
          § 1º Na firma ou razão, observar-se-á, ainda:
          a) o nome do titular e dos sócios poderá figurar de forma completa ou abreviada, admitida a
supressão de prenomes;
          b) havendo mais de um patronímico, um deles não poderá ser abreviado ou suprimido;
          c) o aditivo "& Cia" poderá ser substituído por expressão equivalente, tal como "e filhos" ou
"e irmãos", dentre outras.
          § 2º O nome empresarial não poderá conter palavras ou expressões que denotem atividade
não prevista no objeto da empresa mercantil.
          Art. 7º Observado o princípio da novidade, não poderão coexistir, na mesma unidade
federativa, dois nomes empresariais idênticos ou semelhantes.
          Parágrafo único. Se a firma ou razão social for idêntica a de outra empresa já registrada,
deverá ser modificada ou acrescida de designação que a distinga.
          Art. 8º A inclusão de nome civil em denominação social será tratada como expressão de
fantasia e pressupõe, até prova em contrário, específica autorização de seu titular ou de seus
herdeiros.
          Art. 9 Não são registráveis os nomes empresariais que incluam ou reproduzam, em sua
composição, siglas ou denominações de órgãos públicos da administração direta ou indireta e de
organismos internacionais.
          Art. 10. Ficam estabelecidos os seguintes critérios para a análise de identidade e
semelhança dos nomes empresariais, pelos órgãos integrantes do Sistema Nacional de Registro
de Empresas Mercantis - SINREM:
          I - entre firmas ou razões sociais, consideram-se os nomes por inteiro, havendo identidade
se homógrafos e semelhança se homófonos;
          II - entre denominações sociais:
          a) consideram-se os nomes por inteiro, quando compostos por expressões comuns, de
fantasia, de uso generalizado ou vulgar, ocorrendo identidade se homógrafos e semelhança se
homófonos;
          b) quando contiverem expressões de fantasia incomuns, serão elas analisadas
isoladamente, ocorrendo identidade se homógrafas e semelhança se homófonas.
          Art. 11. Não são exclusivas, para fins de proteção, palavras ou expressões que denotem:
          a) denominações genéricas de atividades;
          b) gênero, espécie, natureza, lugar ou procedência;
          c) termos técnicos, científicos, literários e artísticos do vernáculo nacional ou estrangeiro,
assim como quaisquer outros de uso comum ou vulgar;
          d) nomes civis.
          Parágrafo único. Não são suscetíveis de exclusividade letras ou conjunto de letras, desde
que não configurem siglas.
          Art. 12. No caso de transferência de sede ou de abertura de filial de empresa com sede em
outra unidade federativa, havendo identidade ou semelhança entre nomes empresariais, a Junta
Comercial não procederá ao arquivamento do ato, salvo se:
          I - na transferência de sede a empresa arquivar na Junta Comercial da unidade federativa de
destino, concomitantemente, ato de modificação de seu nome empresarial;
          II - na abertura de filial arquivar, concomitantemente, alteração de mudança do nome
empresarial, arquivada na Junta Comercial da unidade federativa onde estiver localizada a sede.
          Art. 13. A proteção ao nome empresarial decorre, automaticamente, do arquivamento de ato
constitutivo de firma mercantil individual ou de sociedade mercantil, bem como de específica
alteração nesse sentido, e circunscreve-se à unidade federativa de jurisdição da Junta Comercial
que o tiver procedido.
          § 1º A proteção ao nome empresarial na jurisdição de outra Junta Comercial decorre,
automaticamente, da abertura de filial nela registrada ou do arquivamento de pedido específico,
instruído com certidão da Junta Comercial da unidade federativa onde se localiza a sede da
empresa mercantil interessada.
          § 2o Arquivado o pedido de proteção ao nome empresarial, deverá ser expedida
comunicação do fato à Junta Comercial da unidade federativa onde estiver localizada a sede da
empresa.
          Art. 14. O titular de firma mercantil individual poderá modificar o seu nome empresarial,
desde que observadas, em sua composição, as regras desta Instrução.
          Parágrafo único. Havendo modificação do nome civil de titular de firma mercantil individual,
averbada no competente Registro Civil das Pessoas Naturais, deverá ser arquivada alteração com
a nova qualificação do titular, podendo ser, também, modificado o nome empresarial.
          Art. 15. Esta Instrução entra em vigor na data de sua publicação.
          Art. 16. Fica revogada a Instrução Normativa Nº 28, de 10 de abril de 1991.
 
GERMÍNIO ZANARDO JÚNIOR

Publicada no D.O.U. de 15/3/1996

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