Você está na página 1de 91

Aula 01

Direito Empresarial p/ OAB 1ª Fase XXIV Exame - Com videoaulas

Professor: Paulo Guimarães

13297049677 - Carine Vieira Marques


DIREITO EMPRESARIAL Ð XXIV EXAME DE ORDEM UNIFICADO
Teoria e Quest›es
Aula 01 Ð Prof. Paulo Guimar‹es

AULA 01
NOME EMPRESARIAL. ESTABELECIMENTO EMPRESARIAL.

Sum‡rio
Sum‡rio ................................................................................................. 1
1 Ð Considera•›es Iniciais......................................................................... 2
2 Ð Nome Empresarial .............................................................................. 2
2.1. Aspectos introdut—rios .................................................................... 2
2.2. EspŽcies de nome empresarial ......................................................... 5
2.3. Princ’pios relacionados ˆ forma•‹o do nome empresarial e sua prote•‹o 9
2.4. Alienabilidade do nome empresarial .................................................14
2.5. Perda do nome .............................................................................14
3 Ð Estabelecimento Empresarial ..............................................................15
3.1. Aspectos introdut—rios ...................................................................15
3.2. Natureza jur’dica do estabelecimento empresarial ..............................17
3.3. Contrato de trespasse ....................................................................17
3.4. Sucess‹o empresarial ....................................................................18
3.5. Cl‡usula de n‹o concorr•ncia ..........................................................19
3.6. Ponto de neg—cio...........................................................................21
4 Ð Quest›es .........................................................................................31
4.1. Quest›es sem coment‡rios .............................................................31
4.2. Gabarito ......................................................................................32
4.3. Quest›es comentadas ....................................................................49
5 - Resumo da Aula ................................................................................81
6 Ð Jurisprud•ncia Aplic‡vel .....................................................................86
7 - Considera•›es Finais ..........................................................................90

13297049677 - Carine Vieira Marques


DIREITO EMPRESARIAL Ð XXIV EXAME DE ORDEM UNIFICADO
Teoria e Quest›es
Aula 01 Ð Prof. Paulo Guimar‹es

AULA 01 - NOME EMPRESARIAL.


ESTABELECIMENTO EMPRESARIAL.
1 Ð Considera•›es Iniciais
Ol‡, futuro advogado!
Na aula de hoje estudaremos temas important’ssimos para a sua prova de
Direito Empresarial. Os temas nome empresarial e estabelecimento empresarial
aparecem com muita frequ•ncia em todos os tipos de provas de concurso que
cobram conhecimento em Direito Empresarial, e certamente tambŽm poder‹o
aparecer no exame de ordem.
Chamo sua aten•‹o especialmente para os detalhes acerca do estabelecimento
empresarial, como a a•‹o renovat—ria de contrato de loca•‹o, a loca•‹o sui
generis em shopping center, entre outros aspectos.
Se tiver alguma considera•‹o n‹o deixe de me procurar, ok!? J
Bons estudos!

2 Ð Nome Empresarial
2.1. Aspectos introdut—rios
N‹o h‡ uma defini•‹o legal de nome empresarial, mas para esclarecer nosso
entendimento podemos buscar a defini•‹o adotada pelo Departamento de
Registro Empresarial e Integra•‹o (antigo Departamento Nacional de Registro
do ComŽrcio), que estabelece, no art. 1o de sua Instru•‹o Normativa n.
15/2013, que Ònome empresarial Ž aquele sob o qual o empres‡rio individual, a
empresa individual de responsabilidade limitada Ð EIRELI, as sociedades
empres‡rias, as cooperativas exercem suas atividades e se obrigam nos atos a
elas pertinentesÓ.
ƒ uma no•‹o bem simples, mas podemos tra•ar um paralelo entre o nome
empresarial e o nome civil: da mesma forma que cada um de n—s tem um
nome, pelo qual somos conhecidos e com base no qual negociamos, o
empres‡rio (seja empres‡rio individual, EIRELI ou sociedade empres‡ria)
tambŽm precisa ser conhecido por um nome.
A import‰ncia do nome empresarial Ž t‹o grande, que a Doutrina o reconhece
como um direito personal’ssimo1. AlŽm disso, o STJ j‡ decidiu que a
mudan•a no nome empresarial torna necess‡ria a outorga de nova procura•‹o

1
RAMOS, AndrŽ Luiz Santa Cruz. Direito Empresarial Esquematizado. 6. Ed. S‹o Paulo: MŽtodo,
2016, p. 97. A prote•‹o do nome (tanto civil quanto empresarial) Ž assegurada pelo C—digo
Civil em seus arts. 16, 52 e 1.164.

13297049677 - Carine Vieira Marques


DIREITO EMPRESARIAL Ð XXIV EXAME DE ORDEM UNIFICADO
Teoria e Quest›es
Aula 01 Ð Prof. Paulo Guimar‹es

aos mandat‡rios da sociedade, t‹o importante o nome empresarial para a


identidade do empres‡rio.

AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. NOVA


DENOMINA‚ÌO. FALTA DE COMPROVA‚ÌO DA ALTERA‚ÌO SOCIAL. FALTA DE
INSTRUMENTO PROCURATîRIO. SòMULA 115/STJ.
1. Havendo altera•‹o na denomina•‹o social da pessoa jur’dica antes da interposi•‹o do
recurso, compete ˆ parte trazer aos autos documentos comprobat—rios da mudan•a social,
assim como instrumento de mandato com poderes outorgados pela nova denomina•‹o
social. Precedentes.
2. ƒ cedi•o nesta Corte Superior que o recurso apresentado por advogado sem poderes de
representar a parte recorrente Ž inexistente (Sœmula 115/STJ).
3. AlŽm disso, Ž firme o entendimento de que a regularidade de representa•‹o processual
deve ser aferida no instante da interposi•‹o do recurso, sendo incab’vel, ap—s esse
momento, qualquer dilig•ncia para suprir a falta de instrumento de procura•‹o. Isso
porque n‹o se aplica o art. 13 do CPC, nesta inst‰ncia especial.
4. Agravo regimental n‹o conhecido.
AgRg no AREsp 557063 SC 2014/0193205-0, Rel. Min. Luis Felipe Salom‹o, DJ
11.11.2014.

O nome empresarial possui basicamente duas fun•›es: a primeira, de ordem


subjetiva, Ž a de identificar o empres‡rio enquanto sujeito capaz de titularizar
direitos e obriga•›es. A segunda, de ordem objetiva, Ž garantir ao empres‡rio
fama, renome e reputa•‹o.
ƒ importante ainda esclarecer que o nome empresarial n‹o Ž o œnico elemento
identificador do empres‡rio. A Doutrina aponta ainda mais alguns elementos,
que voc• deve tomar cuidado para n‹o confundir com o nome empresarial.

Marca

Nome de fantasia, t’tulo


de estabelecimento ou
ELEMENTOS DE ins’gnia
IDENTIFICA‚ÌO DO
EMPRESçRIO
Nome de dom’nio

Sinais de propaganda

13297049677 - Carine Vieira Marques


DIREITO EMPRESARIAL Ð XXIV EXAME DE ORDEM UNIFICADO
Teoria e Quest›es
Aula 01 Ð Prof. Paulo Guimar‹es

Explicarei, a grosso modo, o que Ž cada um desses elementos, e como voc•


pode diferenci‡-los do nome empresarial.
A marca Ž um sinal distintivo que identifica os produtos e servi•os do
empres‡rio. Ela Ž composta basicamente por elementos visuais que s‹o criados,
no ‰mbito do design, para ÒrepresentarÓ a empresa em diversas ocasi›es, a
exemplo das campanhas publicit‡rias e das embalagens de produtos.
O nome de fantasia Ž a express‹o que identifica o t’tulo do estabelecimento2.
Alguns autores dizem que poderia ser algo semelhante ao que representa o
apelido em rela•‹o ao nome civil. Eu particularmente considero essa ideia um
tanto exagerada, j‡ que a grande maioria das pessoas naturais Ž conhecida
pelo seu nome, e n‹o por um apelido. O empres‡rio, por outro lado, na
esmagadora maioria dos casos, Ž conhecido entre seus stakeholders pelo nome
de fantasia, apesar de, nas rela•›es formais, utilizar sempre o nome
empresarial3.
O nome de dom’nio Ž o endere•o eletr™nico do s’tio do empres‡rio na
internet. Nos œltimos anos esses ambientes virtuais adquiriram grande
import‰ncia, de forma que h‡ empres‡rios que hoje trabalham exclusivamente
por meio de s’tios eletr™nicos, e l‡ contratam fornecedores, oferecem seus
produtos, fazem suas vendas, etc.
Cabe aqui mencionar decis‹o do STJ, segundo a qual o fato de empres‡rio ou
sociedade empres‡ria ter registrado um nome empresarial que contenha
determinada express‹o n‹o significa que ele tenha automaticamente o direito
exclusivo de usar essa express‹o como nome de dom’nio.

DIREITO EMPRESARIAL. RECURSO ESPECIAL. COLIDæNCIA ENTRE MARCAS.


DIREITO DE EXCLUSIVA. LIMITA‚ÍES. EXISTæNCIA DE DUPLO REGISTRO.
IMPUGNA‚ÌO. AUSæNCIA. TêTULO DE ESTABELECIMENTO. DIREITO DE
PRECEDæNCIA. INAPLICABILIDADE. NOME DE DOMêNIO NA INTERNET.
PRINCêPIO "FIRST COME, FIRST SERVED". INCIDæNCIA.
1. Demanda em que se pretende, mediante oposi•‹o de direito de exclusiva, afastar a
utiliza•‹o de termos constantes de marca registrada do recorrente.
2. O direito de preced•ncia, assegurado no art. 129, ¤ 1¼, da Lei n. 9.729/96, confere ao
utente de marca, de boa-fŽ, o direito de reivindicar para si marca similar apresentada a
registro por terceiro, situa•‹o que n‹o se amolda a dos autos.
3. O direito de exclusiva, conferido ao titular de marca registrada sofre limita•›es,
impondo-se a harmoniza•‹o do princ’pio da anterioridade, da especialidade e da
territorialidade.

2
F‡bio Ulhoa Coelho diz que o t’tulo do estabelecimento identifica o ponto, e n‹o exatamente o
empres‡rio (COELHO, F‡bio Ulhoa. Manual de direito comercial: direito de empresa. 28 ed. S‹o
Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2016, p. 83.
3
No nosso ordenamento n‹o h‡ previs‹o espec’fica de prote•‹o do nome de fantasia, o que Ž
lastim‡vel, pois este nome em geral representa verdadeiro patrim™nio para a empresa. Para
evitar situa•›es de mau uso de t’tulo de estabelecimento, a conduta terminou sendo
criminalizada pela Lei n. 9.279/1996 (Lei de Propriedade Industrial).

13297049677 - Carine Vieira Marques


DIREITO EMPRESARIAL Ð XXIV EXAME DE ORDEM UNIFICADO
Teoria e Quest›es
Aula 01 Ð Prof. Paulo Guimar‹es

4. "No Brasil, o registro de nomes de dom’nio na internet Ž regido pelo princ’pio 'First
Come, First Served', segundo o qual Ž concedido o dom’nio ao primeiro requerente que
satisfizer as exig•ncias para o registro". Precedentes.
5. Apesar da legitimidade do registro do nome do dom’nio poder ser contestada ante a
utiliza•‹o indevida de elementos caracter’sticos de nome empresarial ou marca
devidamente registrados, na hip—tese ambos os litigantes possuem registros vigentes,
aplicando-se integralmente o princ’pio "First Come, First Served".
6. Recurso especial desprovido.
REsp 1238041 SC 2011/0035484-1, Rel. Min. Marco AurŽlio Belizze, Terceira Turma, DJe
17.04.2015.

Por fim, temos os sinais de propaganda, que n‹o se destinam propriamente a


identificar o empres‡rio, mas exercem a importante fun•‹o de chamar a
aten•‹o dos consumidores para o produto ou servi•o oferecido4.
Na maioria das vezes, opta-se, por conveni•ncia econ™mica ou estratŽgia
mercadol—gica, pela ado•‹o de express›es id•nticas ou semelhantes. Do ponto
de vista jur’dico, isso n‹o tem nenhuma relev‰ncia, pois cada um dos
elementos de identifica•‹o continuam distintos, recebendo tratamentos jur’dicos
diferentes, sob diferentes n’veis de prote•‹o legal.

2.2. EspŽcies de nome empresarial


O C—digo Civil, em seu art. 1.155, faz distin•‹o entre duas espŽcies de nome
empresarial: a firma e a denomina•‹o.

Art. 1.155. Considera-se nome empresarial a firma ou a denomina•‹o adotada, de


conformidade com este Cap’tulo, para o exerc’cio de empresa.

A firma pode ser individual ou social. ƒ uma espŽcie de nome formada pelo
nome civil do pr—prio empres‡rio (no caso da firma individual), do titular (no
caso de EIRELI), ou de um ou mais s—cios (no caso da firma social). O
importante aqui Ž lembrar que o nœcleo da firma Ž sempre um nome civil.

Art. 1.156. O empres‡rio opera sob firma constitu’da por seu nome, completo ou
abreviado, aditando-lhe, se quiser, designa•‹o mais precisa da sua pessoa ou do g•nero
de atividade.

4
A legisla•‹o anterior permitia o registro desses sinais junto ao Instituto Nacional da
Propriedade Industrial (INPI), mas essa possibilidade n‹o existe na reda•‹o da Lei n.
9.2789/1996, como existe para o caso da marca, por exemplo. De qualquer forma, a lei ainda
prev• uma prote•‹o penal espec’fica para os sinais de propaganda.

13297049677 - Carine Vieira Marques


DIREITO EMPRESARIAL Ð XXIV EXAME DE ORDEM UNIFICADO
Teoria e Quest›es
Aula 01 Ð Prof. Paulo Guimar‹es

Perceba que a parte final do art. 1.156 autoriza ainda que seja adicionada ˆ
firma a designa•‹o do g•nero de atividade. Imagine, por exemplo, que este
humilde professor resolvesse operar empresa de consultoria empresarial. A
firma poderia ser Paulo Guimar‹es Consultoria Empresarial, ou, ainda P.
Guimar‹es Consultoria Empresarial. Lembre-se de que isso Ž uma faculdade, e
n‹o uma obrigatoriedade, ok!?
A denomina•‹o, por sua vez, pode ser usada por certas sociedades ou, ainda,
pela EIRELI, j‡ que o empres‡rio individual somente pode operar sob firma. A
denomina•‹o pode ser formada por qualquer express‹o lingu’stica (que alguns
doutrinadores chamam de elemento fantasia), e neste caso a men•‹o ao objeto
social Ž obrigat—ria, conforme regra do art. 1.158, ¤2o, bem como pelos arts.
1.160 e 1.161 do C—digo Civil. S‹o diversos dispositivos porque cada um deles
trata de uma espŽcie diferente de sociedade empres‡ria.

Art. 1.158. Pode a sociedade limitada adotar firma ou denomina•‹o, integradas pela
palavra final "limitada" ou a sua abreviatura.
¤ 1o A firma ser‡ composta com o nome de um ou mais s—cios, desde que pessoas f’sicas,
de modo indicativo da rela•‹o social.
¤ 2o A denomina•‹o deve designar o objeto da sociedade, sendo permitido nela figurar o
nome de um ou mais s—cios.
[...]
Art. 1.160. A sociedade an™nima opera sob denomina•‹o designativa do objeto social,
integrada pelas express›es "sociedade an™nima" ou "companhia", por extenso ou
abreviadamente.
Par‡grafo œnico. Pode constar da denomina•‹o o nome do fundador, acionista, ou
pessoa que haja concorrido para o bom •xito da forma•‹o da empresa.
Art. 1.161. A sociedade em comandita por a•›es pode, em lugar de firma, adotar
denomina•‹o designativa do objeto social, aditada da express‹o "comandita por a•›es".

O entendimento da Doutrina dominante, portanto, Ž no sentido de que a firma Ž


privativa de empres‡rios individuais e sociedades de pessoas, enquanto a
denomina•‹o Ž privativa de sociedades de capital. A exce•‹o fica por conta da
EIRELI, que Ž por excel•ncia um tipo empresarial mais flex’vel, e que pode
adotar tanto firma quanto denomina•‹o.
Em outras palavras, a firma Ž usada, em regra, pelos empres‡rios individuais e
pelas sociedades em que haja s—cios com responsabilidade ilimitada (sociedade
em nome coletivo, sociedade em comandita simples e sociedade em comandita
por a•›es), enquanto a denomina•‹o Ž usada, em regra, pelas sociedades em
que todos os s—cios respondem de forma limitada (sociedade limitada e
sociedade an™nima).
Facultativamente, a sociedade limitada tambŽm pode usar firma social,
conforme previs‹o do art. 1.158.
Ainda em rela•‹o ˆ sociedade an™nima, perceba que ela deve usar
denomina•‹o, e, alŽm disso, seu nome deve conter as express›es "sociedade

13297049677 - Carine Vieira Marques


DIREITO EMPRESARIAL Ð XXIV EXAME DE ORDEM UNIFICADO
Teoria e Quest›es
Aula 01 Ð Prof. Paulo Guimar‹es

an™nima" ou "companhia", por extenso ou abreviadamente. Normalmente as


que utilizam a express‹o ÒS.A.Ó o fazem ao final do nome, enquanto as que
usam ÒcompanhiaÓ preferem colocar no in’cio da denomina•‹o.
A seguir um quadro esquem‡tico contendo as principais informa•›es acerca das
espŽcies de nome empresarial, que voc• precisa conhecer para a sua prova.
Voc• pode estar sentindo falta da sociedade em conta de participa•‹o, n‹o Ž
mesmo? Isso ocorre porque, de acordo com a regra do art. 1.162 do C—digo
Civil, a sociedade em conta de participa•‹o n‹o pode ter firma ou denomina•‹o.

Empres‡rio Individual
Firma Sociedade em nome coletivo
Sociedade em comandita simples

Denomina•‹o Sociedade an™nima

NOME
EMPRESARIAL Sociedade limitada (somente firma
Firma ou social)
Denomina•‹o Sociedade em comandita por a•›es
EIRELI

N‹o pode ter firma e


Sociedade em conta de participa•‹o
nem denomina•‹o

De acordo com a regra do art. 1.162 do C—digo Civil, a


sociedade em conta de participa•‹o n‹o pode ter firma
ou denomina•‹o.

Uma quest‹o que j‡ levantou alguma pol•mica diz respeito ao nome adotado
pelas sociedades simples, lembrando que neste caso Ž inadequado falar em
nome empresarial, j‡ que n‹o estamos nos referindo a sociedades empres‡rias.
A pol•mica gira em torno do disposto no inciso II do art. 997 do C—digo Civil.

Art. 997. A sociedade constitui-se mediante contrato escrito, particular ou pœblico, que,
alŽm de cl‡usulas estipuladas pelas partes, mencionar‡:
[...]
II - denomina•‹o, objeto, sede e prazo da sociedade;

Houve Žpoca em que se dizia que o dispositivo levava ˆ conclus‹o de que a


sociedade simples n‹o poderia utilizar firma, mas a doutrina aponta equ’voco,

13297049677 - Carine Vieira Marques


DIREITO EMPRESARIAL Ð XXIV EXAME DE ORDEM UNIFICADO
Teoria e Quest›es
Aula 01 Ð Prof. Paulo Guimar‹es

tendo sido aprovado inclusive o Enunciado 213 da Jornada de Direito Civil do


CJF, segundo o qual Òo art. 997, II, n‹o exclui a possibilidade de sociedade
simples utilizar firma ou raz‹o socialÓ.
H‡ ainda mais uma distin•‹o acerca das espŽcies de nome empresarial que
merece ser feita. A firma, alŽm de identificar quem exerce a atividade
econ™mica, tem tambŽm a fun•‹o de assinatura do empres‡rio ou da sociedade
empres‡ria. A denomina•‹o, por outro lado, n‹o exerce essa fun•‹o, servindo
apenas como elemento identificador.

A firma, alŽm de identificar quem exerce a atividade


econ™mica, tem tambŽm a fun•‹o de assinatura do
empres‡rio ou da sociedade empres‡ria. A denomina•‹o,
por outro lado, n‹o exerce essa fun•‹o, servindo apenas
como elemento identificador.

Por essa raz‹o o empres‡rio individual deve assinar a sua firma individual
quando estiver tratando das suas rela•›es empresariais (por exemplo, P.
Guimar‹es Consultoria Empresarial), e n‹o o seu nome civil (Paulo Guimar‹es
simplesmente). Por estranho que pare•a, a mesma l—gica se aplica ao
administrador de sociedade que adota firma social. Este deve assinar a firma
social como descrita no ato constitutivo. Se a sociedade utiliza denomina•‹o, o
administrador assina seu nome civil sob a denomina•‹o social impressa ou
escrita.

FIRMA DENOMINAÇÃO

Deve conter o nome Pode adotar o nome


civil do empresário civil ou qualquer
ou dos sócios outra expressão

Pode conter o ramo Deve designar o


de atividade objeto da empresa

Não serve como


Serve de assinatura
assinatura do
do empresário
empresário

13297049677 - Carine Vieira Marques


DIREITO EMPRESARIAL Ð XXIV EXAME DE ORDEM UNIFICADO
Teoria e Quest›es
Aula 01 Ð Prof. Paulo Guimar‹es

2.3. Princ’pios relacionados ˆ forma•‹o do nome


empresarial e sua prote•‹o
Voltamos aqui a mencionar a Lei n. 8.934/1994, que trata do registro de
empresas.

Art. 34. O nome empresarial obedecer‡ aos princ’pios da veracidade e da novidade.

Enxergo esse dispositivo com especial interesse para quest›es de concurso. Se


eu fosse o examinador, elaboraria uma quest‹o cobrando o conhecimento
desses princ’pios aplic‡veis especificamente ˆ forma•‹o do nome empresarial,
talvez atŽ numa quest‹o discursiva em que pediria ao candidato para explicar
do que se trata cada um desses princ’pios.
O princ’pio da veracidade Ž aquele segundo o qual o nome empresarial n‹o
poder‡ conter informa•›es falsas. Esse Ž um fator importante para dar
seguran•a ˆs negocia•›es feitas com aquele empres‡rio. H‡ dispositivos no
C—digo Civil que determinam, por exemplo, que a aus•ncia da palavra
ÒlimitadaÓ na firma ou denomina•‹o importa na responsabilidade solid‡ria e
ilimitada dos administradores que assim empregarem a forma ou denomina•‹o
da sociedade (art. 1.158, ¤3o do C—digo Civil), e que o nome do s—cio que
falecer, for exclu’do da sociedade ou dela se retirar n‹o pode ser mantido na
firma social (art. 1.165 do C—digo Civil).
Por outro lado, tambŽm h‡ algumas situa•›es legalmente previstas em que a
altera•‹o do nome empresarial Ž obrigat—ria:
a)! Quando se provar, posteriormente ao registro, a coexist•ncia do nome
registrado com outro que j‡ exista nos assentamentos da Junta
Comercial;
b)! Quando ocorrer a morte ou a sa’da de s—cio cujo nome conste da firma da
sociedade;
c)! Quando houver transforma•‹o, incorpora•‹o, fus‹o ou cis‹o da
sociedade, entre outras situa•›es espec’ficas.

O princ’pio da novidade, por sua vez, est‡ relacionado ˆ proibi•‹o de


registrar um nome empresarial id•ntico ou muito parecido com outro que j‡
tenha sido registrado. Ocorrer‡ a identidade de nomes ocorrer‡ quando forem
hom—grafos. Quando forem hom—fonos ser‡ o caso de semelhan•a5.

5
Este Ž o entendimento de Waldo Fazzio Junior acerca de identidade e semelhan•a: FAZZIO
Junior, Waldo. Manual de Direito Comercial Ð 17 ed. S‹o Paulo: Atlas, 2016, p. 64.

13297049677 - Carine Vieira Marques


DIREITO EMPRESARIAL Ð XXIV EXAME DE ORDEM UNIFICADO
Teoria e Quest›es
Aula 01 Ð Prof. Paulo Guimar‹es

o nome empresarial n‹o poder‡


Princ’pio da veracidade conter informa•›es falsas.

PRINCêPIOS
APLICçVEIS AO NOME
EMPRESARIAL
n‹o pode ser registrado um
nome empresarial id•ntico ou
Princ’pio da novidade muito parecido com outro que j‡
tenha sido registrado.

Aqui vale lembrar o art. 5o, XXIX da Constitui•‹o, que estabelece a prote•‹o ao
nome empresarial, bem como alguns dispositivos do C—digo Civil.

CF, art. 5o, XXIX - a lei assegurar‡ aos autores de inventos industriais privilŽgio
tempor‡rio para sua utiliza•‹o, bem como prote•‹o ˆs cria•›es industriais, ˆ propriedade
das marcas, aos nomes de empresas e a outros signos distintivos, tendo em vista o
interesse social e o desenvolvimento tecnol—gico e econ™mico do Pa’s;

No dispositivo que trata da prote•‹o ˆ propriedade intelectual, a Constitui•‹o


tambŽm menciona o nome empresarial, apesar de, neste caso, a prote•‹o ser
assegurada pelo registro na Junta Comercial, n‹o sendo necess‡rio o
procedimento junto ao INPI.
Veja o que diz o C—digo Civil sobre o assunto.

Art. 1.163. O nome de empres‡rio deve distinguir-se de qualquer outro j‡ inscrito no


mesmo registro.
[...]
Art. 1.166. A inscri•‹o do empres‡rio, ou dos atos constitutivos das pessoas jur’dicas, ou
as respectivas averba•›es, no registro pr—prio, asseguram o uso exclusivo do nome nos
limites do respectivo Estado.
Par‡grafo œnico. O uso previsto neste artigo estender-se-‡ a todo o territ—rio nacional,
se registrado na forma da lei especial.

Perceba, porŽm, que a prote•‹o do art. 1.163 apenas se estende Òao mesmo
registroÓ, enquanto o art. 1.166 Ž ainda mais claro no sentido de que a
prote•‹o ao nome empresarial no que se refere ao princ’pio da novidade Ž
restrita ao territ—rio do Estado da Junta Comercial em que o empres‡rio se
registrou.
O par‡grafo œnico do art. 1.166 traz uma exce•‹o ˆ essa regra restrita,
prevendo a possibilidade de um registro especial que asseguraria ao empres‡rio

13297049677 - Carine Vieira Marques


DIREITO EMPRESARIAL Ð XXIV EXAME DE ORDEM UNIFICADO
Teoria e Quest›es
Aula 01 Ð Prof. Paulo Guimar‹es

a exclusividade no uso do nome empresarial em todo o territ—rio nacional. Essa


prote•‹o nacional poder‡ ser requerida pelo empres‡rio ao DREI nos termos de
instru•‹o normativa pr—pria.

A inscri•‹o no registro pr—prio assegura o uso exclusivo


do nome empresarial nos limites do respectivo Estado.
Essa exclusividade pode ainda estender-se-‡ a todo o
territ—rio nacional, se o nome empresarial for registrado na forma da lei
especial.

Ainda no que tange ˆ prote•‹o ao nome empresarial, temos um interessante


julgado do STF, segundo o qual tal prote•‹o n‹o Ž absoluta, visando apenas,
diante da semelhan•a ou identidade de nomes, prevenir preju’zos para quem
detŽm o registro. Ainda que se trate de uma decis‹o bastante antiga, vale a
pena conhecer.

NOME COMERCIAL. EXCLUSIVIDADE. ART. 153, PAR. 24, DA C.F. DE 1967/1969.


1. Segundo o disposto no paragrafo 24 do art. 153 da e.c. n. 1/69, a lei assegurara a
exclusividade do nome comercial.
2. N‹o incide em ofensa direta a essa norma da constitui•‹o, ac—rd‹o que, interpretando a
lei infraconstitucional nela referida, conclui que a prote•‹o ao nome comercial n‹o e
absoluta, mas relativa, pois o que visa e, diante da semelhan•a ou identidade de nomes
de competidores, evitar preju’zos para quem tem o registro, os quais, todavia, na
hip—tese, n‹o teriam ficado demonstrados, operando, quanto a esse ponto, a sœmula 279.
R.e. n‹o conhecido.
RE 115820, Relator(a): Min. SYDNEY SANCHES, Primeira Turma, julgado em 26/02/1991,
DJ 19-02-1993 PP-02037 EMENT VOL-01692-05 PP-00861

S‹o muito comuns nos tribunais as disputas judiciais acerca do uso de nomes
empresariais. Trago aqui alguns exemplos que aparecem em obras de autores
conhecidos, e servem para ilustrar alguns entendimentos desenvolvidos
principalmente pelo STJ.
Um dos julgados diz respeito ˆ semelhan•a entre os nomes Best Way
Importa•‹o e Exporta•‹o Ltda. e The Best Way Inform‡tica Ltda. Neste caso o
STJ decidiu que os nomes s‹o colidentes, assegurando o direito de uso ˆ
primeira sociedade registrada.

COMERCIAL E PROCESSUAL CIVIL. ACîRDAO ESTADUAL. NULIDADE NAO


CONFIGURADA. NOME COMERCIAL. REGISTRO. ANTERIORIEDADE. CONJUGA‚AO
DE PALAVRAS INGLESAS (ÒBEST WAYÓ). ATIVIDADES SEMELHANTES. AUSæNCIA
DE EXPRESSAO COMUM. IDENTIFICA‚AO PRîPRIA. USO DESAUTORIZADO.
PROTE‚AO LEGAL. LEI N. 8.934/1994, ARTS. 33 E 35, V.
I. A conjuga•‹o de palavras corriqueiras, mas que, conjugadas, criam express‹o que traz
significado pr—prio e identifica•‹o espec’fica para quem a emprega em seu nome (ÒBest

13297049677 - Carine Vieira Marques


DIREITO EMPRESARIAL Ð XXIV EXAME DE ORDEM UNIFICADO
Teoria e Quest›es
Aula 01 Ð Prof. Paulo Guimar‹es

WayÓ), constitui marca a que a lei confere prote•‹o a partir do registro da empresa na
Junta Comercial, de sorte que se afigura ileg’tima a utiliza•‹o, por outra, da mesma
denomina•‹o, notadamente quando ainda exercem atividades sociais semelhantes, caso
dos autos.
II. Recurso especial conhecido e provido.
REsp 267.541 - SP (2000/0071836-0). Rel Min. Aldir Passarinho Junior, 4a Turma. j.
22.08.2006, DJ 16.10.2006, p. 376.

A tese aqui, como voc• pode observar, Ž no sentido de que a conjuga•‹o das
duas palavras (ÒBest WayÓ) possui identidade pr—pria, permitindo a
individualiza•‹o do titular do nome, n‹o se podendo afirmar que se trata de
nome corriqueiro e comum.
Em outra oportunidade o STJ julgou disputa referente ao uso do nome
Odebrecht.

EMBARGOS DE DECLARA‚ÌO Ð OMISSÌO Ð CARACTERIZA‚ÌO Ð EFEITOS


MODIFICATIVOS Ð POSSIBILIDADE Ð PRIMEIROS ACLARATîRIOS Ð OMISSÌO E
CONTRADI‚ÌO EM ARESTO DESLINDADOR DE AGRAVO REGIMENTAL NO
RECURSO ESPECIAL Ð CONFIGURA‚ÌO Ð SOCIEDADES COMERCIAIS Ð
DENOMINA‚ÍES SOCIAIS Ð EXCLUSIVIDADE Ð LIMITA‚ÌO GEOGRçFICA Ð
MARCAS Ð PATRONêMICO DOS FUNDADORES DE AMBAS AS LITIGANTES Ð
PRINCêPIO DA ESPECIFICIDADE Ð APLICA‚ÌO Ð CONFUSÌO AO CONSUMIDOR
AFASTADA PELAS INSTåNCIAS ORDINçRIAS Ð REEXAME DE PROVAS - VALIDADE
DO REGISTRO DAS MARCAS DA EMBARGANTE Ð DECLARATîRIOS ACOLHIDOS Ð
RECURSO ESPECIAL DESPROVIDO.
[...] 4. A prote•‹o legal da denomina•‹o de sociedades empres‡rias, consistente na
proibi•‹o de registro de nomes iguais ou an‡logos a outros anteriormente inscritos,
restringe-se ao territ—rio do Estado em que localizada a Junta Comercial encarregada do
arquivamento dos atos constitutivos da pessoa jur’dica.
5. N‹o se h‡ falar em extens‹o da prote•‹o legal conferida ˆs denomina•›es de
sociedades empres‡rias nacionais a todo o territ—rio p‡trio, com fulcro na Conven•‹o da
Uni‹o de Paris, porquanto, conforme interpreta•‹o sistem‡tica, nos moldes da lei
nacional, mesmo a tutela do nome comercial estrangeiro somente ocorre em ‰mbito
nacional mediante registro complementar nas Juntas Comerciais de todos os Estados-
membros.
6. A an‡lise da identidade ou semelhan•a entre duas ou mais denomina•›es integradas
por nomes civis (patron’micos) e express›es de fantasia comuns deve considerar a
composi•‹o total do nome, a fim de averiguar a presen•a de elementos diferenciais
suficientes a torn‡-lo inconfund’vel.
7. A prote•‹o de denomina•‹o social e nome civil em face do registro posterior de marca
id•ntica ou semelhante encontra previs‹o dentre as veda•›es legais previstas ao registro
marc‡rio (art. 65, V e XII, da Lei n¼ 5.772/71, aplic‡vel, in casu).
8. Conquanto objetivando tais proibi•›es a prote•‹o de nomes comerciais ou civis,
mencionada tutela encontra-se prevista como t—pico da legisla•‹o marc‡ria, pelo que o
exame de eventual colid•ncia n‹o pode ser dirimido exclusivamente com base no critŽrio
da anterioridade, subordinando-se, em aten•‹o ˆ interpreta•‹o sistem‡tica, aos preceitos
legais condizentes ˆ reprodu•‹o ou imita•‹o de marcas, Ž dizer, aos arts. 59 e 65, XVII,
da Lei n¼ 5.772/71, consagradores do princ’pio da especificidade. Precedentes.

13297049677 - Carine Vieira Marques


DIREITO EMPRESARIAL Ð XXIV EXAME DE ORDEM UNIFICADO
Teoria e Quest›es
Aula 01 Ð Prof. Paulo Guimar‹es

9. Especificamente no que tange ˆ utiliza•‹o de nome civil (patron’mico) como marca,


verifica-se a absoluta desnecessidade de autoriza•‹o rec’proca entre hom™nimos, alŽm da
inviabilidade de exig•ncia, ante a aus•ncia de previs‹o legal, de sinais distintivos ˆ marca
do hom™nimo que proceder posteriormente ao registro, tambŽm submetendo-se eventual
conflito ao princ’pio da especificidade.
10. Consoante o princ’pio da especificidade, o INPI agrupa os produtos ou servi•os em
classes e itens, segundo o critŽrio da afinidade, de modo que a tutela da marca registrada
Ž limitada aos produtos e servi•os da mesma classe e do mesmo item. Outrossim, sendo
tal princ’pio corol‡rio da necessidade de se evitar erro, dœvida ou confus‹o entre os
usu‡rios de determinados produtos ou servi•os, admite-se a extens‹o da an‡lise quanto ˆ
imita•‹o ou ˆ reprodu•‹o de marca alheia ao ramo de atividade desenvolvida pelos
respectivos titulares.
11. Ë caracteriza•‹o de "marca not—ria" (art. 67, caput, da Lei n¼ 5.772/71), a gozar de
tutela especial impeditiva do registro de marcas id•nticas ou semelhantes em todas as
demais classes e itens, perfaz-se imprescind’vel a declara•‹o de notoriedade pelo INPI,
com a concess‹o do registro em aludida categoria especial.
12. Diversas as classes de registro e o ‰mbito das atividades desempenhadas pela
embargante (comŽrcio e beneficiamento de cafŽ, milho, arroz, cereais, frutas, verduras e
legumes, e exporta•‹o de cafŽ) e pela embargada (arquitetura, engenharia, geof’sica,
qu’mica, petroqu’mica, prospec•‹o e perfura•‹o de petr—leo), e n‹o se cogitando da
configura•‹o de marca not—ria, n‹o se vislumbra impedimento ao uso, pela embargante,
da marca Odebrecht como designativa de seus servi•os, afastando-se qualquer afronta,
seja ˆ denomina•‹o social, seja ˆs marcas da embargada. Precedentes.
13. Possibilidade de confus‹o ao pœblico consumidor dos produtos e servi•os das litigantes
expressamente afastada pelas inst‰ncias ordin‡rias, com base no exame do contexto
f‡tico-probat—rio, do qual s‹o absolutamente soberanas. Inviabilidade de revis‹o de
mencionado entendimento nesta seara especial, nos termos da Sœmula 07/STJ.
Precedentes [...].
EDcl nos EDcl no AgRg no REsp 653.609/RJ, Rel. Min. Jorge Scartezzini, 4a Turma, j.
19.05.2005, DJ 27.06.2005, p. 408.

A controvŽrsia aqui, como voc• pode observar, girou em torno do uso do nome
Odebrecht para a famosa construtora da Bahia (Odebrecht S/A), e para outra
sociedade chamada Odebrecht CafŽ, oriunda do Paran‡. Vale ressaltar que
neste caso n‹o havia ocorrido a extens‹o da prote•‹o do nome para todo o
territ—rio nacional.
Considerando esse fato e a distin•‹o feita em raz‹o do uso de palavras que
individualizam as denomina•›es sociais e os ramos em que cada uma das
sociedades atua, o STJ afastou a possibilidade de confus‹o neste caso.

Com esses dois exemplos voc• deve ter percebido que a principal quest‹o
enfrentada pelo Poder Judici‡rio diz respeito ˆ possibilidade de os diferentes
nomes empresariais causarem confus‹o entre consumidores.

13297049677 - Carine Vieira Marques


DIREITO EMPRESARIAL Ð XXIV EXAME DE ORDEM UNIFICADO
Teoria e Quest›es
Aula 01 Ð Prof. Paulo Guimar‹es

2.4. Alienabilidade do nome empresarial


Em rela•‹o ˆ alienabilidade do nome empresarial, diante do princ’pio da
veracidade, Ž claro que, tratando-se de firma ou raz‹o social, se o nome for
constitu’do pelos nomes civis dos s—cios, n‹o ser‡ poss’vel sua aliena•‹o. A
regra geral do C—digo Civil, porŽm, Ž no sentido de proibir a aliena•‹o de
qualquer nome empresarial.

Art. 1.164. O nome empresarial n‹o pode ser objeto de aliena•‹o.


Par‡grafo œnico. O adquirente de estabelecimento, por ato entre vivos, pode, se o
contrato o permitir, usar o nome do alienante, precedido do seu pr—prio, com a
qualifica•‹o de sucessor.

Parte da doutrina defende que, quanto ˆ denomina•‹o, nada impede que seja
transmitida a outra pessoa, seja como elemento integrante da empresa, seja de
forma aut™noma6.
O par‡grafo œnico do art. 1.166 prev• a possibilidade de aliena•‹o do nome
empresarial juntamente com o estabelecimento, o que ocorre por meio do
contrato de trespasse. Seguindo essa l—gica, a aliena•‹o s— ser‡ poss’vel por
ato inter vivos.

2.5. Perda do nome


Voltamos aqui a mencionar a Lei n. 8.934/1994, mais precisamente seu art. 59
e seguintes.

Art. 59. Expirado o prazo da sociedade celebrada por tempo determinado, esta perder‡ a
prote•‹o do seu nome empresarial.
Art. 60. A firma individual ou a sociedade que n‹o proceder a qualquer arquivamento no
per’odo de dez anos consecutivos dever‡ comunicar ˆ junta comercial que deseja manter-
se em funcionamento.

No caso da sociedade celebrada por tempo determinado, essa perder‡ a


prote•‹o ao seu nome empresarial.
Outra hip—tese de perda da prote•‹o ao nome Ž a que atinge a empresa que
passa 10 anos consecutivos sem fazer qualquer arquivamento. Neste caso a
empresa deve informar ˆ Junta Comercial que deseja manter-se em
funcionamento, caso contr‡rio ser‡ notificada pela Junta e, se ficar omissa, ser‡

6
Para fins de concurso pœblico, este posicionamento Ž adotado claramente por AndrŽ Santa
Cruz Ramos, mas a imensa maioria das quest›es de prova n‹o cobra nada alŽm do conteœdo do
art. 1.164 do C—digo Civil.

13297049677 - Carine Vieira Marques


DIREITO EMPRESARIAL Ð XXIV EXAME DE ORDEM UNIFICADO
Teoria e Quest›es
Aula 01 Ð Prof. Paulo Guimar‹es

considerada inativa. A Junta Comercial ent‹o promover‡ o cancelamento do


registro, com a perda autom‡tica da prote•‹o ao nome empresarial.
Por fim, extingue-se o nome empresarial pela cessa•‹o do comŽrcio (por
qualquer causa), pela liquida•‹o (no caso da sociedade empres‡ria) ou peal
transforma•‹o societ‡ria.

3 Ð Estabelecimento Empresarial
3.1. Aspectos introdut—rios
Se voc• perguntar a um leigo o que Ž o estabelecimento empresarial,
provavelmente essa pessoa responderia, intuitivamente, que se trata do local
onde o empres‡rio desenvolve suas atividades. Essa no•‹o, obviamente, n‹o
corresponde ao sentido tŽcnico-jur’dico que precisamos conhecer aqui.
Na defini•‹o de Oscar Barreto Filho, estabelecimento empresarial ÒŽ o complexo
de bens materiais e imateriais que constituem o instrumento utilizado pelo
comerciante para a explora•‹o de determinada atividade mercantilÓ. Essa Ž
basicamente a mesma defini•‹o trazida pelo art. 1.142 do C—digo Civil.

Art. 1.142. Considera-se estabelecimento todo complexo de bens organizado, para


exerc’cio da empresa, por empres‡rio, ou por sociedade empres‡ria.

O estabelecimento empresarial Ž o complexo de bens,


materiais e imateriais, que o empres‡rio utiliza no exerc’cio
de sua atividade. Podemos dizer que o estabelecimento Ž a
proje•‹o patrimonial da empresa.

Voltando ˆ no•‹o geral e intuitiva, portanto, podemos dizer que o local onde o
empres‡rio exerce suas atividades Ž um dos elementos que comp›e o
estabelecimento comercial, mas n‹o o œnico ou necessariamente o principal
deles.
Por outro lado, o estabelecimento n‹o se confunde com a empresa. Lembre-se
sempre de que empresa Ž atividade, enquanto estabelecimento Ž um conjunto
de bens. Da mesma forma, o estabelecimento tambŽm n‹o se confunde com o
empres‡rio, j‡ que este Ž a pessoa natural ou jur’dica que explora a atividade
empresarial.

13297049677 - Carine Vieira Marques


DIREITO EMPRESARIAL Ð XXIV EXAME DE ORDEM UNIFICADO
Teoria e Quest›es
Aula 01 Ð Prof. Paulo Guimar‹es

Pessoa que explora a


Empres‡rio
atividade empresarial

Empresa Atividade em si

Estabelecimento Complexo de bens


empresarial materiais e imateriais

ƒ importante ainda fazer uma distin•‹o importante, entre o estabelecimento


empresarial e o patrim™nio do empres‡rio. Veja bem, o patrim™nio Ž
composto por quaisquer bens que perten•am a uma pessoa f’sica ou jur’dica e
seja suscet’vel de aprecia•‹o econ™mica. Para que seja considerado parte do
estabelecimento empresarial, porŽm, esse bem deve guardar rela•‹o com o
exerc’cio da atividade empresarial.
A doutrina italiana aponta dois elementos importantes na no•‹o de
estabelecimento empresarial: o complexo de bens e a organiza•‹o. O
estabelecimento Ž composto por bens que assumem um car‡ter marcadamente
instrumental para o exerc’cio da atividade empresarial, e essa
instrumentalidade est‡ relacionada justamente ˆ organiza•‹o, ou seja, esses
bens constituem um todo articulado pelo empres‡rio para o exerc’cio de sua
atividade.

Mercadorias
Instala•›es
Bens corp—reos Equipamentos
Ve’culos
etc.
ESTABELECIMENTO
EMPRESARIAL
Marcas
Patentes
Bens incorp—reos Direitos
Ponto
etc.

13297049677 - Carine Vieira Marques


DIREITO EMPRESARIAL Ð XXIV EXAME DE ORDEM UNIFICADO
Teoria e Quest›es
Aula 01 Ð Prof. Paulo Guimar‹es

3.2. Natureza jur’dica do estabelecimento


empresarial
Das teorias j‡ mencionadas para explicar o estabelecimento empresarial,
merecem destaque as chamadas teorias universalistas. O que essas teorias
t•m de comum Ž que consideram o estabelecimento empresarial como uma
universalidade, que nada mais Ž do que um conjunto de elementos que, quando
reunidos, podem ser concebidos como coisa unit‡ria, ou seja, algo novo e
distinto que n‹o representa a mera jun•‹o dos elementos componentes.
O ponto de diverg•ncia entre essas teorias diz respeito ˆ natureza dessa
universalidade, seria uma universalidade de direito ou uma universalidade de
fato.
Na universalidade de direito a reuni‹o dos bens que a comp›em Ž
determinada pela lei (a exemplo da massa falida e do esp—lio), enquanto na
universalidade de fato a reuni‹o dos bens Ž determinada por um ato de
vontade (a exemplo de uma biblioteca ou rebanho de animais).

A doutrina brasileira majorit‡ria Ž no sentido de que o


estabelecimento empresarial Ž uma universidade de fato, j‡
que os elementos formam uma coisa em raz‹o da
destina•‹o que o empres‡rio lhes d‡.

3.3. Contrato de trespasse


Este Ž um tema que aparece com muita frequ•ncia em provas de concursos
pœblicos. O contrato de trespasse Ž um tipo espec’fico de rela•‹o por meio da
qual se pode negociar a aliena•‹o do estabelecimento empresarial como
conjunto. Vamos come•ar analisando o art. 1.143 do C—digo Civil.

Art. 1.143. Pode o estabelecimento ser objeto unit‡rio de direitos e de neg—cios jur’dicos,
translativos ou constitutivos, que sejam compat’veis com a sua natureza.

Neste dispositivo o C—digo Civil prev• a possibilidade de o estabelecimento


empresarial ser negociado como uma universalidade de fato, ou seja, como um
todo unit‡rio. O contrato de trespasse, portanto, nada mais Ž do que o contrato
oneroso de transfer•ncia do estabelecimento empresarial.

O contrato de trespasse Ž o contrato oneroso de


transfer•ncia do estabelecimento empresarial.

13297049677 - Carine Vieira Marques


DIREITO EMPRESARIAL Ð XXIV EXAME DE ORDEM UNIFICADO
Teoria e Quest›es
Aula 01 Ð Prof. Paulo Guimar‹es

Art. 1.144. O contrato que tenha por objeto a aliena•‹o, o usufruto ou arrendamento do
estabelecimento, s— produzir‡ efeitos quanto a terceiros depois de averbado ˆ margem da
inscri•‹o do empres‡rio, ou da sociedade empres‡ria, no Registro Pœblico de Empresas
Mercantis, e de publicado na imprensa oficial.

O registro do contrato de trespasse na Junta Comercial, ˆ margem do registro


do empres‡rio ou da sociedade empres‡ria, Ž condi•‹o de efic‡cia do contrato
perante terceiros. AlŽm disso, o contrato precisa ser publicado na imprensa
oficial, mas essa regra conta com exce•›es, como Ž o caso das microempresas
e empresas de pequeno porte (art. 71 da Lei Complementar n. 123/2006).
Existe ainda uma peculiaridade do contrato de trespasse que diz respeito ˆ
rela•‹o do empres‡rio que est‡ alienando o estabelecimento com seus
credores.

Art. 1.145. Se ao alienante n‹o restarem bens suficientes para solver o seu passivo, a
efic‡cia da aliena•‹o do estabelecimento depende do pagamento de todos os credores, ou
do consentimento destes, de modo expresso ou t‡cito, em trinta dias a partir de sua
notifica•‹o.

Simplificando a reda•‹o do dispositivo, podemos dizer que o empres‡rio que


pretende alienar o estabelecimento tem duas op•›es: conservar bens
suficientes para pagar todas as suas d’vidas perante terceiros, ou obter o
consentimento dos credores.
Esse consentimento, porŽm, pode ser expresso ou t‡cito. Cabe ao empres‡rio
notificar os credores e, se estes n‹o se manifestarem no prazo de 30 dias,
haver‡ consentimento t‡cito e a venda poder‡ ser realizada.
Este fator Ž t‹o importante que a Lei n. 11.101/2005, conhecida como Lei de
Fal•ncias e Recupera•‹o Judicial, considera a aliena•‹o irregular do
estabelecimento empresarial como ato de fal•ncia, fundamentando o pedido
para decreta•‹o da ÒquebraÓ do empres‡rio.

3.4. Sucess‹o empresarial


Agora falaremos sobre os efeitos do trespasse em rela•‹o ˆ sucess‹o
empresarial.

Art. 1.146. O adquirente do estabelecimento responde pelo pagamento dos dŽbitos


anteriores ˆ transfer•ncia, desde que regularmente contabilizados, continuando o devedor
primitivo solidariamente obrigado pelo prazo de um ano, a partir, quanto aos crŽditos
vencidos, da publica•‹o, e, quanto aos outros, da data do vencimento.

Do dispositivo podemos depreender que o adquirente do estabelecimento


empresarial responde pelas d’vidas existentes, desde que devidamente

13297049677 - Carine Vieira Marques


DIREITO EMPRESARIAL Ð XXIV EXAME DE ORDEM UNIFICADO
Teoria e Quest›es
Aula 01 Ð Prof. Paulo Guimar‹es

contabilizadas. Isso significa que quem compra o estabelecimento assume as


d’vidas, desde que estas tenham sido regularmente escrituradas, pois a
escritura•‹o Ž o que d‡ seguran•a a quem decide adquirir um estabelecimento
empresarial.
Normalmente o trespasse Ž precedido por uma fase em que s‹o levantadas
diversas informa•›es sobre o estabelecimento, conhecida como due diligence,
que Ž, na realidade, uma ampla investiga•‹o sobre a real situa•‹o econ™mica
do empres‡rio alienante.
Mas tenha muita aten•‹o com essa regra, pois, embora o adquirente assuma
essas d’vidas devidamente contabilizadas, o alienante fica solidariamente
respons‡vel por elas durante o prazo de 1 ano. Se a d’vida j‡ estiver
vencida, esse prazo ser‡ contado a partir da publica•‹o do contrato de
trespasse; se a d’vida for vincenda, o prazo ser‡ contado de seu vencimento.
d
Embora o adquirente do estabelecimento empresarial
assuma todas as d’vidas devidamente contabilizadas, o
alienante fica solidariamente respons‡vel por elas durante o
prazo de 1 ano. Se a d’vida j‡ estiver vencida, esse
prazo ser‡ contado a partir da publica•‹o do contrato de trespasse; se a d’vida
for vincenda, o prazo ser‡ contado de seu vencimento.

Aten•‹o! Estamos falando sobre a sucess‹o empresarial, e essa l—gica de


assun•‹o de d’vidas se aplica ˆs obriga•›es assumidas em rela•›es diretamente
ligadas ao exerc’cio da atividade empresarial. D’vidas trabalhistas e tribut‡rias,
por exemplo, est‹o sujeitas a regramento pr—prio.

Vale ainda mencionar nova regra trazida pela Lei n. 11.101/2005, segunda a
qual a aliena•‹o de estabelecimento empresarial feita em processo de fal•ncia
ou recupera•‹o judicial de empresas n‹o acarreta nenhum ™nus para o
adquirente. Neste caso espec’fico, portanto, o adquirente n‹o responder‡ pelas
d’vidas anteriores, inclusive as tribut‡rias e trabalhistas.
Nesses termos, o produto da aliena•‹o ser‡ usado para saldas as d’vidas, ao
mesmo tempo em que a regra deixa mais f‡cil e mais atrativa a venda dos
ativos da empresa falida ou em recupera•‹o.

3.5. Cl‡usula de n‹o concorr•ncia


O art. 1.147 do C—digo Civil trouxe para a legisla•‹o brasileira a chamada
cl‡usula de n‹o concorr•ncia, tambŽm chamada de cl‡usula de n‹o
restabelecimento ou cl‡usula de interdi•‹o da concorr•ncia, sempre muito
cobrada em concursos pœblicos.

13297049677 - Carine Vieira Marques


DIREITO EMPRESARIAL Ð XXIV EXAME DE ORDEM UNIFICADO
Teoria e Quest›es
Aula 01 Ð Prof. Paulo Guimar‹es

Art. 1.147. N‹o havendo autoriza•‹o expressa, o alienante do estabelecimento n‹o pode
fazer concorr•ncia ao adquirente, nos cinco anos subsequentes ˆ transfer•ncia.

A cl‡usula de n‹o concorr•ncia foi constru’da na jurisprud•ncia brasileira j‡


desde o in’cio do sŽculo XX, no sentido de que, mesmo na aus•ncia de
cl‡usula contratual expressa, o alienante tem a obriga•‹o contratual
impl’cita de n‹o fazer concorr•ncia ao adquirente do estabelecimento
empresarial.
Essa mesma l—gica foi positivada pelo dispositivo do C—digo Civil de 2002, como
decorr•ncia da aplica•‹o do princ’pio da boa-fŽ objetiva ˆs rela•›es contratuais.
Se alguŽm adquire o estabelecimento comercial de outrem, deve-se ao menos
supor que a clientela da empresa Òvenha juntoÓ. Se o alienante desvia essa
clientela, estar‡ agindo de m‡-fŽ.
A obriga•‹o estabelecida pelo C—digo 1Civil se estende pelo prazo de 5 anos a
partir da transfer•ncia do estabelecimento, durante os quais o alienante n‹o
deve fazer concorr•ncia ao adquirente. A œnica exce•‹o Ž a possibilidade de
autoriza•‹o expressa no contrato, que inverte a l—gica da autonomia da
vontade, estabelecendo uma presun•‹o que somente pode ser elidida por
disposi•‹o contratual expressa.
A discuss‹o ent‹o se move adiante, passando da dimens‹o tempo ˆ dimens‹o
espa•o. Qual seria o ‰mbito territorial de aplica•‹o da cl‡usula de n‹o
concorr•ncia!?
De acordo com a melhor doutrina, essa quest‹o n‹o comporta uma resposta
genŽrica e plenamente aplic‡vel a qualquer caso. O julgador dever‡, analisando
as circunst‰ncias f‡ticas do caso concreto, verificar se o eventual
restabelecimento do alienante configura, de fato, concorr•ncia ao adquirente.
Essa decis‹o depender‡, por exemplo, na envergadura do neg—cio objeto do
trespasse. Se estivermos falando de um neg—cio online de alcance nacional, por
exemplo, o alienante n‹o poderia estabelecer empreendimento semelhante que
tambŽm funcionasse nos mesmos termos.

Se n‹o houver autoriza•‹o expressa no contrato, o


alienante do estabelecimento empresarial n‹o pode fazer
concorr•ncia ao adquirente nos 5 anos subsequentes ˆ
transfer•ncia. N‹o h‡ previs‹o legal, porŽm, acerca da abrang•ncia territorial
dessa proibi•‹o.

Art. 1.148. Salvo disposi•‹o em contr‡rio, a transfer•ncia importa a sub-roga•‹o do


adquirente nos contratos estipulados para explora•‹o do estabelecimento, se n‹o tiverem
car‡ter pessoal, podendo os terceiros rescindir o contrato em noventa dias a contar da
publica•‹o da transfer•ncia, se ocorrer justa causa, ressalvada, neste caso, a
responsabilidade do alienante.

13297049677 - Carine Vieira Marques


DIREITO EMPRESARIAL Ð XXIV EXAME DE ORDEM UNIFICADO
Teoria e Quest›es
Aula 01 Ð Prof. Paulo Guimar‹es

O art. 1.148 prev• a sub-roga•‹o do adquirente nos contratos firmados com o


alienante, com exce•‹o daqueles que tenham car‡ter pessoal. Os contratos
pessoais s‹o aqueles em que a presta•‹o pessoal Ž parte essencial do acordo
de vontades. Se um conhecido consultor empresarial especialista em
determinada matŽria decide alienar seu estabelecimento, Ž razo‡vel imaginar
que haja contratos com ele firmados em raz‹o de seu curr’culo e experi•ncia, e
n‹o faria sentido que tais contratos fossem assumidos pelo adquirente do
estabelecimento, n‹o Ž mesmo!?
Uma discuss‹o interessante a esse respeito Ž a que diz respeito ao contrato de
loca•‹o. Grande parte da doutrina entende (e j‡ entendia mesmo antes do
C—digo Civil de 2002) que este tipo de contrato se mantŽm vigente ap—s a
realiza•‹o do trespasse, mas h‡ pol•mica acerca do car‡ter pessoal ou n‹o
desse tipo de contrato. Mais recentemente o entendimento que parece dominar
Ž o de que o contrato de loca•‹o Ž contrato de car‡ter pessoal, e por isso
depende de anu•ncia do locador do f im—vel para que o adquirente do
estabelecimento suceda o alienante na condi•‹o de locat‡rio.

Art. 1.149. A cess‹o dos crŽditos referentes ao estabelecimento transferido produzir‡


efeito em rela•‹o aos respectivos devedores, desde o momento da publica•‹o da
transfer•ncia, mas o devedor ficar‡ exonerado se de boa-fŽ pagar ao cedente.

Da mesma forma que o adquirente assume as d’vidas do alienante, assume


tambŽm todo o ativo contabilizado. Por isso, a partir do registro do trespasse,
cabe aos devedores pagar ao adquirente do estabelecimento. Por outro lado,
caso esses devedores paguem de boa-fŽ ao antigo titular do estabelecimento,
ficar‹o livres da responsabilidade pela d’vida, cabendo ao adquirente, neste
caso, cobrar do alienante, que recebeu os valores de forma indevida.

3.6. Ponto de neg—cio


A defini•‹o de ponto de neg—cio Ž muito simples: o ponto Ž o local onde o
empres‡rio exerce sua atividade, onde se encontra sua clientela. Essa defini•‹o
n‹o deve ser restrita ao ambiente f’sico, j‡ que hoje h‡ diversos neg—cios que
funcionam principalmente, ou mesmo apenas, em ambientes virtuais. O ponto,
portanto, pode ser um local f’sico ou mesmo um website por meio do qual os
clientes possam encontrar o empres‡rio.
O ponto de neg—cio Ž um dos mais relevantes elementos do estabelecimento
empresarial, influenciando MUITO o desenvolvimento dos neg—cios do
empres‡rio. Por essa raz‹o o ordenamento jur’dico assegura especial prote•‹o
a esse elemento, notadamente quando as instala•›es s‹o alugadas.
Basicamente a legisla•‹o confere ao empres‡rio a possibilidade de permanecer
no im—vel locado mesmo contra a vontade do locador. Trata-se da renova•‹o
compuls—ria do contrato de aluguel. O tema Ž tratado pela Lei n.
8.245/1991.

13297049677 - Carine Vieira Marques


DIREITO EMPRESARIAL Ð XXIV EXAME DE ORDEM UNIFICADO
Teoria e Quest›es
Aula 01 Ð Prof. Paulo Guimar‹es

Art. 51. Nas loca•›es de im—veis destinados ao comŽrcio, o locat‡rio ter‡ direito a
renova•‹o do contrato, por igual prazo, desde que, cumulativamente:
I - o contrato a renovar tenha sido celebrado por escrito e com prazo determinado;
II - o prazo m’nimo do contrato a renovar ou a soma dos prazos ininterruptos dos
contratos escritos seja de cinco anos;
III - o locat‡rio esteja explorando seu comŽrcio, no mesmo ramo, pelo prazo m’nimo e
ininterrupto de tr•s anos.

O art. 51 confere ao locat‡rio o direito de renovar o contrato, quando forem


preenchidos tr•s requisitos: um formal (contrato escrito e por prazo
determinado), um temporal (m’nimo de 5 anos de rela•‹o contratual cont’nua)
e outro material (m’nimo de 3 anosd na explora•‹o de atividade no mesmo
ramo).
Quanto ao requisito temporal, o per’odo de 5 anos exigido pela legisla•‹o n‹o
precisa necessariamente ter sido obtido por meio de um œnico contrato,
podendo ser alcan•ado tambŽm pela soma dos prazos de v‡rios contratos
escritos, desde que a rela•‹o contratual n‹o tenha sofrido interrup•‹o.
Aqui vale mencionar ainda a Sœmula 482 do STF.

SòMULA 482 DO STF


O locat‡rio, que n‹o for sucessor ou cession‡rio do que o precedeu na loca•‹o, n‹o pode
somar os prazos concedidos a este, para pedir a renova•‹o do contrato, nos termos do
Decreto n¡ 24.150.

Perceba que subsiste a prote•‹o ao sucessor do locat‡rio, mas ele n‹o pode,
para fins de atendimento ao requisito temporal, somar seu tempo de loca•‹o ao
do anterior, para fins de renova•‹o de contrato.
Voltando ˆ renova•‹o compuls—ria do contrato de loca•‹o imobili‡ria, Ž
importante saber que a a•‹o renovat—ria deve ser ajuizada nos 6 primeiros
meses do œltimo ano do contrato de aluguel. No œltimo ano do contrato deve o
empres‡rio procurar o titular do im—vel para negociar a renova•‹o da rela•‹o
contratual. Caso o locador manifeste o desejo de retomar o im—vel, o locat‡rio
dever‡ tomar as provid•ncias para propositura da a•‹o.

13297049677 - Carine Vieira Marques


DIREITO EMPRESARIAL Ð XXIV EXAME DE ORDEM UNIFICADO
Teoria e Quest›es
Aula 01 Ð Prof. Paulo Guimar‹es

contrato escrito e por


Formal
prazo determinado

m’nimo de 5 anos de
Requisitos para a•‹o
Temporal rela•‹o contratual
renovat—ria de aluguel cont’nua

m’nimo de 3 anos na
Material explora•‹o de atividade
no mesmo ramo

c
Art. 71. AlŽm dos demais requisitos exigidos no art. 282 do Código de Processo Civil, a
peti•‹o inicial da a•‹o renovat—ria dever‡ ser instru’da com:
I - prova do preenchimento dos requisitos dos incisos I, II e III do art. 51;
II - prova do exato cumprimento do contrato em curso;
III - prova da quita•‹o dos impostos e taxas que incidiram sobre o im—vel e cujo
pagamento lhe incumbia;
IV - indica•‹o clara e precisa das condi•›es oferecidas para a renova•‹o da loca•‹o;
V Ð indica•‹o do fiador quando houver no contrato a renovar e, quando n‹o for o mesmo,
com indica•‹o do nome ou denomina•‹o completa, nœmero de sua inscri•‹o no MinistŽrio
da Fazenda, endere•o e, tratando-se de pessoa natural, a nacionalidade, o estado civil, a
profiss‹o e o nœmero da carteira de identidade, comprovando, desde logo, mesmo que
n‹o haja altera•‹o do fiador, a atual idoneidade financeira;
VI - prova de que o fiador do contrato ou o que o substituir na renova•‹o aceita os
encargos da fian•a, autorizado por seu c™njuge, se casado for;
VII - prova, quando for o caso, de ser cession‡rio ou sucessor, em virtude de t’tulo
opon’vel ao propriet‡rio.

Primeiramente, o art. 282 mencionado pelo dispositivo corresponde ao art. 319


do C—digo de Processo Civil de 2015. Os demais requisitos se referem ˆs provas
das circunst‰ncias que ser‹o alegadas por ocasi‹o da propositura da a•‹o.
O STJ j‡ decidiu que a renova•‹o deve ser feita pelo mesmo prazo do œltimo
contrato e que o prazo m‡ximo de renova•‹o Ž de 5 anos.

A‚ÌO RENOVATîRIA DE LOCA‚ÌO. PRAZO DO CONTRATO RENOVADO. ARTIGO


51 DA LEI 8.245/91.
1. O prazo da prorroga•‹o de contrato de loca•‹o estabelecido por for•a de a•‹o
renovat—ria deve ser igual ao do ajuste anterior, observado o limite m‡ximo de cinco
anos. Intelig•ncia do artigo 51 da Lei n¼ 8.245/91.
2. Recurso conhecido e provido.
REsp 182713-RJ, Rel. Min. Hamilton Carvalhido, j. 17.08.1999, Informativo 28/1999.

13297049677 - Carine Vieira Marques


DIREITO EMPRESARIAL Ð XXIV EXAME DE ORDEM UNIFICADO
Teoria e Quest›es
Aula 01 Ð Prof. Paulo Guimar‹es

ÒMas professor, esse direito ˆ renova•‹o compuls—ria Ž absoluto?Ó


De acordo com a Doutrina, n‹o. Se assim fosse, o direito do locat‡rio
aniquilaria completamente o direito ˆ propriedade do locador, e n‹o Ž esse o
sentido do nosso ordenamento. ƒ por isso que a pr—pria Lei n. 8.245/1991
estabelece alguns casos em que o locat‡rio, mesmo tendo preenchido os
requisitos que lhe asseguram, em tese, o direito de iner•ncia ao ponto, n‹o ter‡
assegurado o direito ˆ renova•‹o do contrato de aluguel.
O nome do instituto Ž exce•‹o de retomada, e as possibilidades de seu
manejo est‹o previstas nos arts. 52 e 72 da Lei n. 8.245/1991. Vejamos as
hip—teses uma a uma.

Art. 72. A contesta•‹o do locador, alŽm da defesa de direito que possa caber, ficar‡
adstrita, quanto ˆ matŽria de fato, ao seguinte:
[...]
II - n‹o atender, a proposta do locat‡rio, o valor locativo real do im—vel na Žpoca da
renova•‹o, exclu’da a valoriza•‹o trazida por aquele ao ponto ou lugar;

Esta primeira hip—tese diz respeito ao valor da loca•‹o. Aqui o locat‡rio fez
uma proposta insuficiente para renova•‹o do contrato, mediante compara•‹o
com o real valor locativo do im—vel. Se o locador, mesmo preenchendo os
requisitos do art. 52, fizer uma proposta abaixo do valor real de loca•‹o do
bem, o locador n‹o ser‡ obrigado a renovar o contrato. Nessa situa•‹o, o
locador dever‡ apresentar, em contraproposta, as condi•›es de loca•‹o que
considere compat’veis com o valor locativo real do im—vel.

Art. 72. A contesta•‹o do locador, alŽm da defesa de direito que possa caber, ficar‡
adstrita, quanto ˆ matŽria de fato, ao seguinte:
[...]
III - ter proposta de terceiro para a loca•‹o, em condi•›es melhores;

A segunda hip—tese est‡ relacionada a uma proposta de contrato feita por


terceiro, mais interessante do que a proposta do locat‡rio. Nesse caso o
locador dever‡ juntar prova documental da proposta do terceiro, subscrita por
este e por duas testemunhas, com clara indica•‹o do ramo a ser explorado, que
n‹o poder‡ ser o mesmo do locat‡rio. O locat‡rio, por sua vez, ter‡ a
oportunidade de aceitar as condi•›es para obter a renova•‹o do contrato.
Nessa hip—tese a lei prev• ainda, juntamente com a possibilidade de retomada
do ponto pelo locador, a obriga•‹o de indenizar o locat‡rio pela perda do ponto.
Essa indeniza•‹o ser‡ arbitrada pelo juiz para ressarcir os preju’zos e os lucros
cessantes que o locat‡rio tiver que arcar com mudan•a, perda do lugar e
desvaloriza•‹o do estabelecimento empresarial.

13297049677 - Carine Vieira Marques


DIREITO EMPRESARIAL Ð XXIV EXAME DE ORDEM UNIFICADO
Teoria e Quest›es
Aula 01 Ð Prof. Paulo Guimar‹es

Art. 52. O locador n‹o estar‡ obrigado a renovar o contrato se:


I - por determina•‹o do Poder Pœblico, tiver que realizar no im—vel obras que importarem
na sua radical transforma•‹o; ou para fazer modifica•›es de tal natureza que aumente o
valor do neg—cio ou da propriedade;

A terceira hip—tese Ž a do locador estar obrigado a promover obras no


im—vel, Òpor determina•‹o do Poder PœblicoÓ ou Òpara fazer modifica•›es de tal
natureza que aumente o valor do neg—cio ou da propriedadeÓ. O locador neste
caso tem obriga•‹o de comprovar a determina•‹o do Poder Pœblico ou
apresentar relat—rio pormenorizado das obras a serem realizadas e da
estimativa de valoriza•‹o do im—vel, assinado por engenheiro devidamente
habilitado.

Art. 52. O locador n‹o estar‡ obrigado a renovar o contrato se:


[...]
II - o im—vel vier a ser utilizado por ele pr—prio ou para transfer•ncia de fundo de
comŽrcio existente h‡ mais de um ano, sendo detentor da maioria do capital o locador,
seu c™njuge, ascendente ou descendente.

Aqui temos a quarta e a quinta hip—teses. A quarta Ž a da retomada do im—vel


para uso do pr—prio locador, e a quinta Ž a retomada para transfer•ncia de
estabelecimento empresarial existe h‡ mais de 1 ano, cuja maioria do
capital social seja de sua titularidade ou de seu c™njuge, ascendente ou
descendente.
Nestas duas œltimas hip—teses, o im—vel retomado n‹o poder‡ ser utilizado para
desenvolver atividade empresarial no mesmo ramo do locat‡rio. Alguns
autores, com destaque para F‡bio Ulhoa Coelho, apontam a
inconstitucionalidade dessa regra, pois estabeleceria uma limita•‹o exagerada
ao direito de propriedade do locador. Por outro lado, caso o locador queira
explorar o im—vel exercendo empresa no mesmo ramo de atividade do
locat‡rio, dever‡ indeniz‡-lo pela perda do ponto.

Veja bem, nas tr•s œltimas hip—teses (reforma substancial, uso pr—prio ou
transfer•ncia de estabelecimento empresarial), o locador tem 3 meses, a partir
da entrega do im—vel, para dar a este o destinado alegado ou iniciar as obras.
Se isso n‹o ocorrer, o locador ter‡ o dever de indenizar o locat‡rio pelos
preju’zos e lucros cessantes referentes ˆ mudan•a, perda do lugar e
desvaloriza•‹o do estabelecimento empresarial.
O STJ entende ainda que o locat‡rio tem direito a ser indenizado caso o locador
d• ao bem destina•‹o diferente do que for declaro por ocasi‹o da a•‹o
renovat—ria.

13297049677 - Carine Vieira Marques


DIREITO EMPRESARIAL Ð XXIV EXAME DE ORDEM UNIFICADO
Teoria e Quest›es
Aula 01 Ð Prof. Paulo Guimar‹es

RECURSO ESPECIAL. LOCA‚AO. RETOMADA DEFERIDA EM RENOVATîRIA.


DESVIO DE USO. INDENIZA‚AO. POSSIBILIDADE. ART. 52, 1¼, DA LEI 8.245/91.
TRANSFERæNCIA DO FUNDO DE COMƒRCIO JUNTAMENTE COM A LOCA‚AO.
PREQUESTIONAMENTO. AUSæNCIA. SòMULAS 282 E 356/STF. REEXAME DE
MATƒRIA FçTICO-PROBATîRIA. IMPOSSIBILIDADE. SòMULA 7/STJ. RECURSO
ESPECIAL CONHECIDO E IMPROVIDO.
1. ƒ firme a jurisprud•ncia do Superior Tribunal de Justi•a no sentido de que, nos termos
do art. 52, 3¼, da Lei 8.245/91, Ž assegurado ao locat‡rio o direito de ressarcimento por
eventuais danos causados pelo locador que, utilizando-se indevidamente da prerrogativa
legal insculpida no art. 52, II, da Lei do Inquilinato, empregando-a como subterfœgio
especulativo, confere ao im—vel destina•‹o diversa daquela declarada na a•‹o renovat—ria.
[...]
REsp 594.637-SP, Rel. Min. Arnaldo Esteves Lima, 5a Turma, j. 09.05.2006, DJ
29.05.2006, p. 286

3.7. O caso espec’fico dos shopping centers


Imagino que todos os leitores sabem o que Ž um shopping center, mas n‹o
custa nada definir: trata-se de um espa•o especialmente dedicado ao comŽrcio
e ˆ presta•‹o de servi•os, que oferecem, por meio de loca•‹o, espa•os
aut™nomos a empres‡rios interessados em desenvolver suas atividades naquele
local.
Como consequ•ncia desse modelo de neg—cios, desenvolveu-se ao longo dos
anos uma interessante discuss‹o acerca da natureza jur’dica do contrato de
loca•‹o em shopping center. Para os maiores doutrinadores, trata-se de um
contrato de loca•‹o sui generis. N‹o podemos dizer que se trata de contrato de
outra natureza, atŽ porque a pr—pria Lei n. 8.245/1991 prev• a exist•ncia
desses contratos de loca•‹o espec’ficos.

Art. 54. Nas rela•›es entre lojistas e empreendedores de shopping center, prevalecer‹o
as condi•›es livremente pactuadas nos contratos de loca•‹o respectivos e as disposi•›es
procedimentais previstas nesta lei.

O aspecto mais interessante do contrato de loca•‹o em shopping center Ž a


forma de remunera•‹o, que se d‡ por meio de aluguel percentual, ou seja, o
lojista entrega parte do valor do seu faturamento. O prop—sito principal nesse
tipo de contrato Ž o estabelecimento de uma rela•‹o associativa entre
empreendedor e lojistas, que p›em em pr‡tica um plano estratŽgico que
mistura produtos e servi•os, com vista a um bem comum: rentabilidade pela
venda de mercadorias, da qual participam ambos7.
Essa ÒmisturaÓ entre bens e servi•os j‡ foi reconhecida pela jurisprud•ncia do
STJ.

7
Esta defini•‹o Ž dada pela Ministra Eliana Calmon, que foi relatora no julgamento do REsp
178.908.

13297049677 - Carine Vieira Marques


DIREITO EMPRESARIAL Ð XXIV EXAME DE ORDEM UNIFICADO
Teoria e Quest›es
Aula 01 Ð Prof. Paulo Guimar‹es

TRIBUTçRIO - SHOPPING CENTER - FATURAMENTO MENSAL - COFINS: NÌO-


INCIDæNCIA.
1. O fato gerador da COFINS Ž o faturamento mensal pela venda de mercadorias, de
mercadorias e servi•os e servi•os de qualquer natureza.
2. O resultado econ™mico pela loca•‹o de coisas ou de bens escapa ˆ incid•ncia da
contribui•‹o questionada (LC n. 70/1991, art. 2¼).
3. Os contratos de loca•‹o de espa•os em shopping center s‹o contratos at’picos,
ensejando loca•‹o de bens e servi•os.
4. Recurso especial provido.
REsp 178.908-CE, Rel. Min. Eliana Calmon, 2a Turma, j. 12.09.2000, DJ 11.12.2000, p.
187.

ƒ muito comum, em especial quando o aluguel Ž contratado em percentual do


faturamento do lojista, que haja cl‡usula que preveja a fiscaliza•‹o das
contas do lojista. A doutrina n‹o tem apontado problemas nisso.
Devemos ainda destacar que Ž admitida nesses contratos a propositura de a•‹o
renovat—ria.

Art. 52. O locador n‹o estar‡ obrigado a renovar o contrato se:


I - por determina•‹o do Poder Pœblico, tiver que realizar no im—vel obras que importarem
na sua radical transforma•‹o; ou para fazer modifica•›es de tal natureza que aumente o
valor do neg—cio ou da propriedade;
II - o im—vel vier a ser utilizado por ele pr—prio ou para transfer•ncia de fundo de
comŽrcio existente h‡ mais de um ano, sendo detentor da maioria do capital o locador,
seu c™njuge, ascendente ou descendente.
¤ 1¼ Na hip—tese do inciso II, o im—vel n‹o poder‡ ser destinado ao uso do mesmo ramo
do locat‡rio, salvo se a loca•‹o tambŽm envolvia o fundo de comŽrcio, com as instala•›es
e pertences.
¤ 2¼ Nas loca•›es de espa•o em shopping centers, o locador n‹o poder‡ recusar a
renova•‹o do contrato com fundamento no inciso II deste artigo.

Perceba que, no caso do contrato de loca•‹o em shopping center, n‹o se


admite a retomada por parte do locador para uso pr—prio do im—vel, nem para
transfer•ncia de estabelecimento empresarial constitu’do h‡ mais de 1 ano cuja
maioria do capital seja de titularidade do locador ou de seu c™njuge,
ascendente ou descendente.

No caso do contrato de loca•‹o em shopping center,


n‹o se admite a retomada por parte do locador para uso
pr—prio do im—vel, nem para transfer•ncia de
estabelecimento empresarial constitu’do h‡ mais de 1 ano cuja maioria do
capital seja de titularidade do locador ou de seu c™njuge, ascendente ou
descendente.

13297049677 - Carine Vieira Marques


DIREITO EMPRESARIAL Ð XXIV EXAME DE ORDEM UNIFICADO
Teoria e Quest›es
Aula 01 Ð Prof. Paulo Guimar‹es

ƒ comum tambŽm que apare•a nesse tipo de contrato a cl‡usula de raio, que
pro’be que o lojista se instale tambŽm em shopping center concorrente durante
a vig•ncia do contrato. A discuss‹o aqui gira em torno da potencial lesividade
dessa cl‡usula em rela•‹o aos consumidores, pois restringiria a livre
concorr•ncia, posicionamento j‡ adotado pelo Conselho Administrativo de
Defesa Econ™mica (CADE) em pelo menos uma ocasi‹o.
O STJ analisou a quest‹o no julgamento do REsp 1.535.727-RS.

Em tese, n‹o Ž abusiva a previs‹o, em normas gerais de empreendimento de shopping


center ("estatuto"), da denominada "cl‡usula de raio", segundo a qual o locat‡rio de um
espa•o comercial se obriga - perante o locador - a n‹o exercer atividade similar ˆ
praticada no im—vel objeto da loca•‹o em outro estabelecimento situado a um
determinado raio de dist‰ncia contado a partir de certo ponto do terreno do shopping
center.
REsp 1.535.727-RS, Rel. Min. Marco Buzzi, 4a Turma, j. 10.05.2016 (Informativo STJ 585)

A cl‡usula de raio foi definida no julgado como aquela em que "o locat‡rio de
um espa•o comercial se obriga, perante o locador, a n‹o exercer atividade
similar ˆ praticada no im—vel objeto da loca•‹o em outro estabelecimento
situado a um determinado raio de dist‰ncia daquele im—vel".

A cl‡usula de raio nos contratos de loca•‹o em shopping


center, considerada legal pelo STJ, Ž definida como aquela
em que o locat‡rio de um espa•o comercial se obriga,
perante o locador, a n‹o exercer atividade similar ˆ praticada no im—vel objeto
da loca•‹o em outro estabelecimento situado a um determinado raio de
dist‰ncia daquele im—vel.

13297049677 - Carine Vieira Marques


DIREITO EMPRESARIAL Ð XXIV EXAME DE ORDEM UNIFICADO
Teoria e Quest›es
Aula 01 Ð Prof. Paulo Guimar‹es

forma de aluguel percentual, ou seja, o lojista


remunera•‹o entrega parte do valor do seu faturamento

rela•‹o associativa
entre empreendedor
e lojistas
n‹o se admite a retomada para uso pr—prio
do im—vel, nem para transfer•ncia de
estabelecimento empresarial constitu’do h‡
restri•›es ˆ retomada
mais de 1 ano cuja maioria do capital seja
de titularidade do locador ou de seu
c™njuge, ascendente ou descendente.
Contrato de loca•‹o em
shopping center

cl‡usula de possibilidade a fiscaliza•‹o das contas do


fiscaliza•‹o lojista por parte do empreendedor

o locat‡rio se obriga a n‹o exercer


atividade similar em outro estabelecimento
situado a um determinado raio de dist‰ncia
cl‡usula de raio

admitida pelo STJ (Informativo 585)

3.8. Aviamento e clientela


O termo aviamento se refere ˆ aptid‹o que um determinado estabelecimento
empresarial possui para gerar lucros. ƒ uma qualidade, um atributo do
estabelecimento, que vai influenciar notadamente seu valor do ponto de vista
econ™mico.
Para exemplificar a import‰ncia do aviamento, Gladston Mamede menciona o
caso da Microsoft, que atingiu em 1999 o valor de mercado de US$ 507,5
bilh›es, enquanto seu patrim™nio, composto pelos ativos reais, era de ÒapenasÓ
US$ 11 bilh›es. A diferen•a entre o patrim™nio e o valor real do
estabelecimento corresponde justamente ˆ sua aptid‹o para gerar lucros, ou
seja, ao aviamento.
A clientela, por sua vez, se refere ao conjunto de pessoas que mantŽm
rela•›es constantes com o empres‡rio. Nesse sentido a clientela seria uma
manifesta•‹o externa do aviamento, que tambŽm goza de prote•‹o jur’dica,
notadamente pelas normas de prote•‹o da concorr•ncia e da livre iniciativa.

13297049677 - Carine Vieira Marques


DIREITO EMPRESARIAL Ð XXIV EXAME DE ORDEM UNIFICADO
Teoria e Quest›es
Aula 01 Ð Prof. Paulo Guimar‹es

A clientela e o aviamento n‹o s‹o considerados pela doutrina como elementos


do estabelecimento empresarial, mas apenas como atributos ou qualidades.

¥ Aptid‹o que um determinado estabelecimento


AVIAMENTO empresarial possui para gerar lucros.

¥ Conjunto de pessoas que mantŽm rela•›es


CLIENTELA jur’dicas constantes com o empres‡rio

3.9. Penhora do estabelecimento empresarial


O C—digo de Processo Civil de 2015 manteve a previs‹o, j‡ existente no CPC de
1973, de penhora do estabelecimento empresarial.

Art. 862. Quando a penhora recair em estabelecimento comercial, industrial ou agr’cola,


bem como em semoventes, planta•›es ou edif’cios em constru•‹o, o juiz nomear‡
administrador-deposit‡rio, determinando-lhe que apresente em 10 (dez) dias o plano de
administra•‹o.

De acordo com o dispositivo, uma vez que a penhora recaia sobre


estabelecimento empresarial, o juiz dever‡ nomear administrador-deposit‡rio,
que, por sua vez, dever‡ apresentar seu plano de administra•‹o no prazo de 10
dias.
Apresentado o referido o plano, caber‡ ao juiz ouvir as partes e decidir, sendo
l’cito ˆs partes ajustar a forma de administra•‹o e escolher o deposit‡rio, caso
em que o juiz homologar‡ a indica•‹o.
ƒ importante, contudo, salientar que a penhora de estabelecimento empresarial
Ž medida excepcional, que somente deve ser decretada quando n‹o houver
outro meio eficaz para efetiva•‹o do crŽdito. Neste caso o regramento do CPC
nada mais faz do que confirmar o que j‡ dizia a jurisprud•ncia do STJ.
Por fim, cabe mencionar a Sœmula 451 do STJ, segundo a qual, alŽm da
penhora do estabelecimento como um todo, admite-se tambŽm a penhora do
im—vel em que funciona a sede do estabelecimento.

Sœmula 451 do STJ


ƒ leg’tima a penhora da sede do estabelecimento comercial.

13297049677 - Carine Vieira Marques


DIREITO EMPRESARIAL Ð XXIV EXAME DE ORDEM UNIFICADO
Teoria e Quest›es
Aula 01 Ð Prof. Paulo Guimar‹es

4 Ð Quest›es
Agora resolveremos algumas quest›es sobre os temas que estudamos na aula
de hoje. Em minhas aulas costumo colocar tanto quest›es do tipo certo ou
errado quando quest›es de mœltipla escolha. Tenha certeza de que coloquei o
maior nœmero de quest›es que me foi poss’vel encontrar.
Primeiramente voc• vai encontrar a lista das quest›es sem coment‡rios, para
que voc• possa praticar, e em seguida temos a lista com as mesmas quest›es
adicionadas dos meus coment‡rios, para ajuda-lo a saber melhor em que voc•
est‡ indo bem e no que pode melhorar.
Eventualmente podem surgir quest›es que contenham alternativas acerca de
temas que n‹o tratamos na aula de hoje. Se isso acontecer n‹o se preocupe,
pois ao final do nosso curso voc• ser‡ capaz de responder qualquer quest‹o! J

4.1. Quest›es sem coment‡rios


QUESTÌO 1. OAB Ð XIII Exame de Ordem Unificado Ð 2014 Ð
FGV.
Ananias Targino consulta sua advogada para saber as provid•ncias que
deve tomar para publicizar o trespasse do estabelecimento da Empresa
Individual de Responsabilidade Limitada (EIRELI) por ele constitu’da e
enquadrada como microempresa, cuja firma Ž Ananias Targino EIRELI ME.
A advogada corretamente respondeu que:
a) Ž dispens‡vel qualquer publiciza•‹o ou arquivamento do contrato de
trespasse do estabelecimento por ser a EIRELI enquadrada como
microempresa.
b) Ž dispens‡vel o arquivamento do contrato de trespasse no Registro
Pœblico de Empresas Mercantis, mas ele dever‡ ser publicado na imprensa
oficial.
c) Ž dispens‡vel o arquivamento do contrato de trespasse no Registro
Pœblico de Empresas Mercantis, mas ele dever‡ ser publicado na imprensa
oficial e em jornal de grande circula•‹o.
d) Ž dispens‡vel a publica•‹o do contrato de trespasse na imprensa oficial,
mas ele dever‡ ser arquivado no Registro Pœblico de Empresas Mercantis.

QUESTÌO 2. OAB Ð XII Exame de Ordem Unificado Ð 2013 Ð


FGV.
No contrato de aliena•‹o do estabelecimento da sociedade empres‡ria
Chaves & Cia Ltda., com sede em Theobroma, ficou pactuado que n‹o
haveria sub-roga•‹o do adquirente nos contratos celebrados pelo
alienante, em vigor na data da transfer•ncia, relativos ao fornecimento de
matŽria-prima para o exerc’cio da empresa. Um dos s—cios da sociedade
empres‡ria consulta sua advogada para saber se a estipula•‹o Ž v‡lida.

13297049677 - Carine Vieira Marques


DIREITO EMPRESARIAL Ð XXIV EXAME DE ORDEM UNIFICADO
Teoria e Quest›es
Aula 01 Ð Prof. Paulo Guimar‹es

Consoante as disposi•›es legais sobre o estabelecimento, assinale a


afirmativa correta.
a) A estipula•‹o Ž nula, pois o contrato de aliena•‹o do estabelecimento
n‹o pode afastar a sub-roga•‹o do adquirente nos contratos celebrados
anteriormente para sua explora•‹o.
b) A estipula•‹o Ž v‡lida, pois o contrato de aliena•‹o do estabelecimento
pode afastar a sub-roga•‹o do adquirente nos contratos celebrados
anteriormente para sua explora•‹o.
c) A estipula•‹o Ž anul‡vel, podendo os terceiros rescindir seus contratos
com a sociedade empres‡ria em atŽ 90 (noventa) dias a contar da
publica•‹o da transfer•ncia.
d) A estipula•‹o Ž considerada n‹o escrita, por desrespeitar norma de
ordem pœblica que imp›e a solidariedade entre alienante e adquirente
pelas obriga•›es referentes ao estabelecimento.

QUESTÌO 3. OAB Ð X Exame de Ordem Unificado Ð 2013 Ð


FGV.
Lavanderias Roupa Limpa Ltda. (ÒRoupa LimpaÓ) alienou um de seus
estabelecimentos comerciais, uma lavanderia no bairro do Jacintinho, na
cidade de Macei—, para Caio da Silva, empres‡rio individual. O contrato de
trespasse foi omisso quanto ˆ possibilidade de restabelecimento da ÒRoupa
LimpaÓ, bem como nada disp™s a respeito da responsabilidade de Caio da
Silva por dŽbitos anteriores ˆ transfer•ncia do estabelecimento.
Nesse cen‡rio, assinale a afirmativa correta.
a) O contrato de trespasse ser‡ opon’vel a terceiros, independentemente
de qualquer registro na Junta Comercial ou publica•‹o.
b) Caio da Silva n‹o responder‡ por qualquer dŽbito anterior ˆ
transfer•ncia, exceto os que n‹o estiverem devidamente escriturados.
c) Na omiss‹o do contrato de trespasse, Roupa Limpa poder‡ se
restabelecer no bairro do Jacintinho e fazer concorr•ncia a Caio da Silva.
d) N‹o havendo autoriza•‹o expressa, ÒRoupa LimpaÓ n‹o poder‡ fazer
concorr•ncia a Caio da Silva, nos cinco anos subsequentes ˆ transfer•ncia.

QUESTÌO 4. TJ-RJ Ð Juiz de Direito Ð 2011 Ð VUNESP.


Quanto ao nome empresarial, assinale a alternativa correta.
a) Nas sociedades limitadas, os administradores que omitirem a palavra
ÒlimitadaÓ no uso da firma ou denomina•‹o social ser‹o respons‡veis
solidariamente, desde que ajam com dolo comprovado e assumam
obriga•›es com valor superior a 10 sal‡rios m’nimos vigentes no pa’s.
b) A inscri•‹o do empres‡rio, ou dos atos constitutivos das pessoas
jur’dicas, ou as respectivas averba•›es, no registro pr—prio, asseguram o

13297049677 - Carine Vieira Marques


DIREITO EMPRESARIAL Ð XXIV EXAME DE ORDEM UNIFICADO
Teoria e Quest›es
Aula 01 Ð Prof. Paulo Guimar‹es

uso exclusivo do nome nos limites do territ—rio nacional,


independentemente de registro na forma da lei especial.
c) ƒ de 4 (quatro) anos o prazo para o prejudicado intentar a•‹o para
anular a inscri•‹o do nome empresarial feita com viola•‹o da lei ou do
contrato.
d) Equipara-se ao nome empresarial, para efeitos de prote•‹o legal, a
denomina•‹o das sociedades simples, associa•›es e funda•›es.

QUESTÌO 5. TJ-MA Ð Titular de Servi•os de Notas e de


Registros Ð 2016 Ð IESES.
Sobre o nome empresarial, pode-se afirmar:
I. No ‰mbito da junta comercial ser‹o aceitos os atos de empresas
mercantis com nome id•ntico ou semelhante a outro j‡ existente.
II. O nome empresarial obedecer‡ aos princ’pios da veracidade e da
novidade.
III. A prote•‹o ao nome empresarial decorre automaticamente do
arquivamento dos atos constitutivos de firma individual e de sociedades,
ou de suas altera•›es.
IV. O princ’pio da insignific‰ncia Ž aplicado ao nome empresarial.

A sequ•ncia correta Ž:
a) Apenas a assertiva I est‡ correta.
b) Apenas as assertivas I, III e IV est‹o corretas.
c) Apenas as assertivas II e III est‹o corretas.
d) As assertivas I, II, III e IV est‹o corretas.

QUESTÌO 6. TJ-MG Ð Titular de Servi•os de Notas e de


Registros Ð 2016 Ð Consulplan.
Assinale a alternativa correta, cujo enunciado contenha nome comercial
que est‡ em conformidade com o C—digo Civil:
a) Ant™nio Santos e Francisco Lacerda s‹o s—cios em uma sociedade em
conta de participa•‹o, cujo nome empresarial Ž Santos & Lacerda,
ComŽrcio de Pedras Preciosas Ltda.
b) M‡rcia Flores e Adriana Dias s‹o s—cias em uma sociedade limitada, cujo
objeto social Ž o comŽrcio de roupas e sua denomina•‹o Ž Floricultura
Flores e Dias Ltda.
c) Roberto Carlos e Carlos Roberto s‹o s—cios de uma sociedade limitada,
cujo objeto Ž a compra e venda de ve’culos automotivos, sendo sua
denomina•‹o Roberto & Carlos Ltda.

13297049677 - Carine Vieira Marques


DIREITO EMPRESARIAL Ð XXIV EXAME DE ORDEM UNIFICADO
Teoria e Quest›es
Aula 01 Ð Prof. Paulo Guimar‹es

d) Ana Silveira e Maria Andrade s‹o acionistas da companhia cuja


denomina•‹o Ž Tecelagem Santa Clara S.A.

QUESTÌO 7. TJ-MG Ð Titular de Servi•os de Notas e de


Registros Ð 2016 Ð Consulplan.
A respeito do nome empresarial e ˆ luz do C—digo Civil brasileiro, Ž correto
afirmar:
a) A sociedade em que houver s—cios de responsabilidade ilimitada operar‡
sob firma e denomina•‹o, na qual somente o nome daqueles poder‹o
figurar, bastando para form‡-la aditar ao nome de um deles, a express‹o
Òe companhiaÓ ou sua abreviatura.
b) Pode a sociedade limitada adotar firma ou denomina•‹o, integradas pela
palavra final ÒlimitadaÓ ou a sua abreviatura.
c) A sociedade cooperativa funciona sob firma integrada pelo voc‡bulo
ÒcooperativaÓ.
d) A sociedade em conta de participa•‹o funciona sob firma ou
denomina•‹o, integrada pela palavra final Òem conta de participa•‹oÓ.

QUESTÌO 8. Prefeitura de Niter—i-RJ Ð Fiscal de Tributos Ð


2015 Ð FGV.
O empres‡rio e a sociedade empres‡ria devem adotar um nome para o
exerc’cio da empresa, de acordo com o C—digo Civil. Esse instituto,
conhecido como nome empresarial, possui regras para sua forma•‹o e
utiliza•‹o. A afirmativa que revela corretamente uma regra para
utiliza•‹o/forma•‹o do nome empresarial Ž:
a) a sociedade em nome coletivo dever‡ adotar firma como nome
empresarial, que incluir‡ o nome de pelo menos um dos s—cios, sendo
facultativo o aditivo & Companhia, caso todos os s—cios sejam nominados;
b) a denomina•‹o social Ž uma espŽcie de nome empresarial, tambŽm
conhecida como Ònome de fantasiaÓ, porque nela n‹o se inclui nome
patron’mico, apenas palavras ou express›es designativas do objeto social;
c) nas sociedades cujo capital Ž dividido em a•›es, Ž proibido o uso da
firma social como nome empresarial, somente sendo permitido o uso da
denomina•‹o com a indica•‹o do objeto social;
d) o adquirente de estabelecimento por ato entre vivos ou causa mortis,
pode usar a firma do alienante ou do de cujus, precedida de sua pr—pria,
com a qualifica•‹o de sucessor;
e) na sociedade em conta de participa•‹o a espŽcie de nome empresarial Ž
firma, exclusivamente, formada pelo nome patron’mico do s—cio ostensivo
seguida do aditivo & Companhia, por extenso ou abreviado.

13297049677 - Carine Vieira Marques


DIREITO EMPRESARIAL Ð XXIV EXAME DE ORDEM UNIFICADO
Teoria e Quest›es
Aula 01 Ð Prof. Paulo Guimar‹es

QUESTÌO 9. TJ-SE Ð Juiz Substituto Ð 2015 Ð FCC.


Considere as proposi•›es abaixo acerca do nome empresarial.
I. A sociedade em que houver s—cios de responsabilidade ilimitada operar‡
sob denomina•‹o social.
II. A sociedade an™nima poder‡ adotar firma ou denomina•‹o social.
III. O nome de s—cio que vier a falecer pode ser conservado na firma
social.
IV. O nome empresarial n‹o pode ser objeto de compra e venda.
V. A sociedade em conta de participa•‹o n‹o pode ter firma ou
denomina•‹o.

Est‡ correto o que se afirma APENAS em:


a) II e V.
b) I e III.
c) II e III.
d) I e IV.
e) IV e V.

QUESTÌO 10. SAEB-BA Ð Analista de Registro de ComŽrcio Ð


2015 Ð IBFC.
Considere as disposi•›es do c—digo civil brasileiro sobre o nome
empresarial e assinale a alternativa correta.
a) A omiss‹o da palavra ÒlimitadaÓ determina a responsabilidade solid‡ria e
ilimitada dos s—cios, administradores ou n‹o.
b) A sociedade em comandita por a•›es Ž obrigada a adotar denomina•‹o
como nome empresarial.
c) A sociedade em conta de participa•‹o pode ter firma ou denomina•‹o.
d) Equipara-se ao nome empresarial, para os efeitos da prote•‹o da lei, a
denomina•‹o das sociedades simples, associa•›es e funda•›es.
e) O nome empresarial pode, livremente, ser objeto de aliena•‹o em
conjunto ou separado.

QUESTÌO 11. TJ-PE Ð Juiz de Direito Ð 2015 Ð FCC.


Acerca do nome empresarial, Ž correto afirmar:
a) O nome de s—cio que vier a falecer pode ser conservado na firma social.
b) ƒ vedada a aliena•‹o do nome empresarial.

13297049677 - Carine Vieira Marques


DIREITO EMPRESARIAL Ð XXIV EXAME DE ORDEM UNIFICADO
Teoria e Quest›es
Aula 01 Ð Prof. Paulo Guimar‹es

c) A inscri•‹o do nome empresarial somente ser‡ cancelada a


requerimento do seu titular, mesmo quando cessado o exerc’cio da
atividade para que foi adotado.
d) Independentemente de previs‹o contratual, o adquirente de
estabelecimento, por ato entre vivos, pode usar o nome empresarial do
alienante, precedido do seu pr—prio, com a qualifica•‹o de sucessor.
e) A sociedade em conta de participa•‹o pode ter firma ou denomina•‹o.

QUESTÌO 12. SEFAZ-PE Ð Julgador Administrativo Tribut‡rio


Ð 2015 Ð FCC.
Quanto ao nome empresarial, Ž correto afirmar:
a) Equipara-se ao nome empresarial, para os efeitos da prote•‹o da lei, a
denomina•‹o das sociedades simples, associa•›es e funda•›es.
b) Todas as sociedades empres‡rias podem utilizar-se de firma ou
denomina•‹o.
c) O nome da empresa pode ser objeto de aliena•‹o, porque comp›e seu
fundo de comŽrcio.
d) O nome do s—cio que vier a falecer, for exclu’do ou retirar-se, pode ser
conservado na firma social.
e) A omiss‹o da palavra "limitada" no nome da sociedade limitada
determina a responsabilidade subsidi‡ria dos administradores que assim
empregarem a firma ou a denomina•‹o da sociedade.

QUESTÌO 13. TJ-MG Ð Titular de Servi•os de Notas e de


Registros Ð 2015 Ð Consulplan.
A respeito do nome empresarial e com base no C—digo Civil (Lei n¼ 10.406,
de 10 de janeiro de 2002), assinale a afirmativa correta:
a) Pode a sociedade limitada adotar firma ou denomina•‹o, integradas pela
palavra final ÒlimitadaÓ ou a sua abreviatura.
b) O empres‡rio opera somente sob denomina•‹o constitu’da por seu
nome, completo ou abreviado, aditando-lhe, se quiser, designa•‹o mais
precisa da sua pessoa ou do g•nero de atividade.
c) A sociedade em que houver s—cios de responsabilidade ilimitada
somente operar‡ sob denomina•‹o, na qual poder‹o figurar tambŽm os
nomes dos s—cios de responsabilidade limitada, bastando para form‡-la
aditar ao nome de um deles a express‹o Òe companhiaÓ ou sua
abreviatura.
d) A omiss‹o da palavra ÒlimitadaÓ Ž irrelevante para determinar a
responsabilidade solid‡ria e ilimitada dos administradores que assim
empregarem a firma ou denomina•‹o da sociedade.

13297049677 - Carine Vieira Marques


DIREITO EMPRESARIAL Ð XXIV EXAME DE ORDEM UNIFICADO
Teoria e Quest›es
Aula 01 Ð Prof. Paulo Guimar‹es

QUESTÌO 14. TRT 18a Regi‹o Ð Juiz do Trabalho Ð 2014 Ð


FCC.
Quanto ˆ natureza e espŽcies do nome empresarial, considere:
I. No tocante ˆ estrutura, a firma s— pode ter por base nome civil, do
empres‡rio individual ou dos s—cios da sociedade empresarial, enquanto a
denomina•‹o deve designar o objeto da empresa e pode adotar por base
nome civil ou qualquer outra express‹o lingu’stica.
II. O empres‡rio individual ao se obrigar juridicamente, e o representante
legal da sociedade empres‡ria que adota firma, ao obrig‡-la juridicamente,
devem ambos assinar o respectivo instrumento n‹o com o seu nome civil,
mas com o empresarial.
III. Quanto ˆ fun•‹o, os nomes empresariais se diferenciam na medida em
que a denomina•‹o, alŽm de identidade do empres‡rio, Ž tambŽm a sua
assinatura, enquanto a firma Ž exclusivamente elemento de identifica•‹o
do exercente da atividade empresarial, n‹o prestando a outra fun•‹o.
Est‡ correto o que consta APENAS em
a) II e III.
b) I e II.
c) I e III.
d) II.
e) III.

QUESTÌO 15. C‰mara dos Deputados Ð Analista Legislativo Ð


2014 Ð Cespe.
Jo‹o, empres‡rio individual, planeja constituir empresa individual de
responsabilidade limitada. Para tanto, ele pretende integralizar o capital
com bem im—vel de sua propriedade e deseja mudar o nome que ora utiliza
no exerc’cio de sua atividade (J. B. Leite e Derivados ME) para Da Serra Ñ
Leite e Derivados Ltda.
Considerando essa situa•‹o hipotŽtica, julgue o item seguinte.
Jo‹o n‹o poder‡ usar a denomina•‹o pretendida, j‡ que, pela forma
empresarial a ser adotada, s— Ž poss’vel a utiliza•‹o de firma, acrescida da
palavra Eireli ou Limitada ao final.

QUESTÌO 16. C‰mara dos Deputados Ð Analista Legislativo Ð


2014 Ð Cespe.
De acordo com o C—digo Civil, o nome empresarial poder‡ ser objeto de
aliena•‹o, cabendo ao adquirente de estabelecimento realizar as devidas
altera•›es contratuais e seu respectivo registro na junta comercial.

13297049677 - Carine Vieira Marques


DIREITO EMPRESARIAL Ð XXIV EXAME DE ORDEM UNIFICADO
Teoria e Quest›es
Aula 01 Ð Prof. Paulo Guimar‹es

QUESTÌO 17. C‰mara dos Deputados Ð Analista Legislativo Ð


2014 Ð Cespe.
Na composi•‹o do nome empresarial de uma empresa individual de
responsabilidade limitada, n‹o se pode utilizar firma, mas apenas
denomina•‹o, que deve ser sempre acompanhada da express‹o EIRELI.

QUESTÌO 18. TJ-BA Ð Titular de Servi•os de Notas e de


Registros Ð 2013 Ð Cespe.
Assinale a op•‹o correta acerca de nome empresarial.
a) O nome de s—cio que vier a falecer, for exclu’do ou se retirar de uma
sociedade, pode ser conservado na firma social dessa sociedade.
b) Para os efeitos legais, o nome empresarial n‹o se equipara ˆ
denomina•‹o das sociedades simples, associa•›es e funda•›es.
c) A sociedade com s—cios de responsabilidade ilimitada deve operar sob
denomina•‹o, na qual os nomes desses s—cios podem figurar com
exclusividade, bastando, para form‡-la, a adi•‹o da express‹o Òe
companhiaÓ ou sua abreviatura ao nome de um deles.
d) A sociedade cooperativa funciona sob denomina•‹o acrescida do
voc‡bulo ÒcooperativaÓ.
e) A sociedade em conta de participa•‹o pode ter firma ou denomina•‹o.

QUESTÌO 19. TJ-RS Ð Titular de Servi•os de Notas e de


Registros Ð 2013 Ð TJ-RS.
Quanto ao nome empresarial, assinale a alternativa correta.
a) O nome empresarial obedecer‡ aos princ’pios da veracidade e novidade.
b) A prote•‹o ao nome empresarial decorrer‡ do seu registro no Instituto
Nacional de Propriedade Industrial.
c) O nome empresarial pode ser objeto de aliena•‹o.
d) A sociedade em conta de participa•‹o pode ter firma ou denomina•‹o.

QUESTÌO 20. TJ-RS Ð Titular de Servi•os de Notas e de


Registros Ð 2013 Ð TJ-RS.
Assinale a alternativa correta.
a) A firma e a denomina•‹o s‹o espŽcies de nome empresarial.
b) T’tulo de estabelecimento e nome empresarial s‹o express›es
sin™nimas.
c) O nome empresarial pode ser objeto de aliena•‹o, pois comp›e o pleno
universal do estabelecimento comercial.
d) O nome empresarial e a marca se reportam aos mesmos objetos
sem‰nticos.

13297049677 - Carine Vieira Marques


DIREITO EMPRESARIAL Ð XXIV EXAME DE ORDEM UNIFICADO
Teoria e Quest›es
Aula 01 Ð Prof. Paulo Guimar‹es

QUESTÌO 21. TRT 1a Regi‹o (RJ) Ð Juiz do Trabalho Ð 2012 Ð


FCC.
Em rela•‹o ao nome empresarial, Ž correto afirmar que
a) a inscri•‹o do nome empresarial ser‡ cancelada, a requerimento de
qualquer interessado, quando cessar o exerc’cio da atividade para que foi
adotado, ou quando findar a liquida•‹o da sociedade que o inscreveu.
b) o nome empresarial pode ser objeto de aliena•‹o.
c) o nome do s—cio que vier a falecer, for exclu’do ou se retirar, pode ser
conservado na firma social, se houver a concord‰ncia dos demais s—cios
remanescentes.
d) a sociedade em conta de participa•‹o pode ter firma ou denomina•‹o,
integrada pela palavra final Òsociedade participativaÓ ou sua abreviatura.
e) cabe a qualquer interessado, no prazo de um ano, a•‹o para nulificar a
inscri•‹o do nome empresarial feita com viola•‹o da lei ou do contrato.

QUESTÌO 22. PGFN Ð Procurador da Fazenda Nacional Ð 2012


Ð ESAF.
Em rela•‹o ao nome empresarial, marque a op•‹o correta.
a) O nome empresarial n‹o pode ser objeto de aliena•‹o.
b) Pode a sociedade limitada adotar firma ou denomina•‹o, integradas pela
palavra inicial ou final "limitada" ou a sua abreviatura.
c) A sociedade em conta de participa•‹o pode ter firma ou denomina•‹o.
d) A sociedade cooperativa funciona sob firma integrada pelo voc‡bulo
"cooperativa".
e) O nome de s—cio que vier a falecer, for exclu’do ou se retirar, pode ser
conservado na firma social.

QUESTÌO 23. TJ-PI Ð Juiz de Direito Ð 2012 Ð Cespe.


Assinale op•‹o correta acerca do nome empresarial.
a) Por expressa disposi•‹o legal, a sociedade em conta de participa•‹o
deve operar sob firma ou denomina•‹o.
b) ƒ vedado ao adquirente de estabelecimento usar o nome do alienante
precedido do seu pr—prio, com a qualifica•‹o de sucessor, mediante ato
entre vivos e autoriza•‹o contratual, visto que o nome empresarial n‹o
pode ser objeto de aliena•‹o.
c) O C—digo Civil determina que se aplique ˆs pessoas jur’dicas, no que
couber, a prote•‹o dos direitos da personalidade, sendo entendimento
pac’fico da doutrina brasileira que o nome empresarial deve ser
compreendido como direito da personalidade do empres‡rio.

13297049677 - Carine Vieira Marques


DIREITO EMPRESARIAL Ð XXIV EXAME DE ORDEM UNIFICADO
Teoria e Quest›es
Aula 01 Ð Prof. Paulo Guimar‹es

d) A firma deve ser composta com o nome de um ou mais s—cios, desde


que sejam pessoas f’sicas, de modo indicativo da rela•‹o social, podendo
ser adotada nas sociedades limitadas, nas sociedades em comandita por
a•›es e nas sociedades an™nimas.
e) A inscri•‹o do nome empresarial deve ser cancelada, a requerimento de
qualquer interessado, quando cessar o exerc’cio da atividade para a qual
tenha sido adotado o nome, ou quando se ultimar a liquida•‹o da
sociedade que o tenha inscrito.

QUESTÌO 24. TCE-BA Ð Procurador Ð 2010 Ð Cespe.


De acordo com o C—digo Civil, considera-se nome empresarial a firma ou a
denomina•‹o adotada para o exerc’cio de empresa; dessa forma, a
sociedade em conta de participa•‹o pode ter firma ou denomina•‹o.

QUESTÌO 25. AGU Ð Advogado da Uni‹o Ð 2009 Ð Cespe.


Considere que Lena seja s—cia comanditada de certa sociedade em
comandita simples, e Jo‹o, s—cio comandit‡rio. Nessa hip—tese, a raz‹o
social deve ser composta apenas com o nome de Lena, que possui
responsabilidade solid‡ria e ilimitada pelas obriga•›es sociais.

QUESTÌO 26. AGU Ð Advogado da Uni‹o Ð 2009 Ð Cespe.


Segundo a doutrina majorit‡ria nacional, o direito ao nome empresarial Ž
um direito personal’ssimo.

QUESTÌO 27. TJ-RJ Ð Juiz de Direito Ð 2016 Ð VUNESP.


Assinale a alternativa correta no que respeita ao estabelecimento
empresarial.
a) A efic‡cia da aliena•‹o do estabelecimento, se ao alienante n‹o
restarem bens suficientes para solver o passivo, depender‡ do pagamento
de todos os credores, ou do consentimento destes, que se admite de modo
expresso ou t‡cito, no prazo de 30 dias contados de sua notifica•‹o.
b) Por consistir no complexo de bens organizado para o exerc’cio da
empresa, o estabelecimento n‹o pode ser objeto unit‡rio de neg—cios
jur’dicos constitutivos, ainda que compat’veis com a sua natureza.
c) O contrato que tenha por objeto o trespasse do estabelecimento
produzir‡ efeitos quanto a terceiros a partir da data de sua assinatura.
d) O adquirente do estabelecimento responde pessoalmente pelo
pagamento dos dŽbitos anteriores ˆ transfer•ncia, independentemente de
estarem contabilizados, exonerando-se o devedor primitivo quanto aos
crŽditos vencidos.
e) O alienante, em raz‹o de expressa previs‹o legal, n‹o poder‡ fazer
concorr•ncia ao adquirente, nos 5 anos subsequentes ˆ assinatura do

13297049677 - Carine Vieira Marques


DIREITO EMPRESARIAL Ð XXIV EXAME DE ORDEM UNIFICADO
Teoria e Quest›es
Aula 01 Ð Prof. Paulo Guimar‹es

contrato de trepasse, n‹o sendo admitida autoriza•‹o expressa em sentido


contr‡rio.

QUESTÌO 28. TJ-SP Ð Juiz de Direito Ð 2015 Ð VUNESP.


Sobre aliena•‹o dos estabelecimentos empresariais, Ž correto afirmar:
a) exige que o alienante ceda, separada e individualmente, ao adquirente
cada um dos contratos estipulados para a explora•‹o do estabelecimento.
b) permite que o alienante se restabele•a de imediato se assim desejar,
continuando a explora•‹o da mesma atividade, caso n‹o haja expressa
veda•‹o contratual no contrato de trespasse.
c) o contrato de aliena•‹o de estabelecimento produzir‡ efeitos imediatos
entre as partes e perante terceiros, salvo se alienante e adquirente
exercerem o mesmo ramo de atividades, quando a opera•‹o ficar‡ na
depend•ncia da aprova•‹o da autoridade de defesa da concorr•ncia.
d) a aliena•‹o implica a responsabilidade do adquirente pelos dŽbitos
anteriores ˆ transfer•ncia, desde que regularmente contabilizados, sem
preju’zo da obriga•‹o solid‡ria do devedor primitivo na forma da lei.

QUESTÌO 29. TJ-MS Ð Juiz de Direito Ð 2015 Ð VUNESP.


Assinale a alternativa correta acerca do estabelecimento, conforme
disciplinado pelo C—digo Civil.
a) O adquirente do estabelecimento responde pelo pagamento dos dŽbitos
anteriores ˆ transfer•ncia, desde que regularmente contabilizados,
continuando o devedor primitivo solidariamente respons‡vel, quanto aos
crŽditos vencidos, pelo prazo de dois anos a partir da publica•‹o do
trespasse.
b) N‹o restando ao alienante bens suficientes para solver seu passivo, a
efic‡cia da aliena•‹o do estabelecimento depender‡ do pagamento de
todos os credores, ou do consentimento expresso destes, no prazo de
sessenta dias a partir da notifica•‹o.
c) O contrato que tenha por objeto a aliena•‹o, usufruto ou arrendamento
do estabelecimento, produzir‡ efeitos quanto a terceiros a partir da data
em que se realize o trespasse.
d) No caso de arrendamento do estabelecimento, n‹o havendo autoriza•‹o
expressa, o arrendante n‹o poder‡ fazer concorr•ncia ao arrendat‡rio, nos
cinco anos subsequentes ao arrendamento, independentemente do prazo
do contrato.
e) A cess‹o dos crŽditos referentes ao estabelecimento transferido
produzir‡ efeito em rela•‹o aos respectivos devedores, desde o momento
da publica•‹o da transfer•ncia, mas o devedor ficar‡ exonerado se de boa-
fŽ pagar ao cedente.

13297049677 - Carine Vieira Marques


DIREITO EMPRESARIAL Ð XXIV EXAME DE ORDEM UNIFICADO
Teoria e Quest›es
Aula 01 Ð Prof. Paulo Guimar‹es

QUESTÌO 30. TJ-RJ Ð Juiz de Direito Ð 2014 Ð VUNESP.


Considera-se complexo de bens organizado para o exerc’cio da empresa,
por empres‡rio ou sociedade empres‡ria:
a) atividade econ™mica desenvolvida profissionalmente.
b) estabelecimento.
c) patente.
d) ponto.

QUESTÌO 31. TJ-RJ Ð Juiz de Direito Ð 2012 Ð VUNESP.


Na transfer•ncia do estabelecimento empresarial, Ž correto afirmar que
a) desde que determinado no contrato, as partes poder‹o acordar que a
transfer•ncia n‹o importar‡ a sub-roga•‹o do adquirente nos contratos
estipulados para a explora•‹o do estabelecimento.
b) o adquirente do estabelecimento n‹o responde pelo pagamento dos
dŽbitos anteriores ˆ transfer•ncia, ainda que contabilizados.
c) no caso de arrendamento do estabelecimento, Ž poss’vel,
independentemente de autoriza•‹o expressa, que o arrendador concorra
com o arrendat‡rio.
d) a cess‹o dos crŽditos referentes ao estabelecimento transferido
produzir‡ efeito em rela•‹o aos respectivos devedores, desde o momento
da realiza•‹o do contrato.

QUESTÌO 32. TJ-MS Ð Titular de Servi•os de Notas e de


Registros Ð 2009 Ð VUNESP.
O contrato de trespasse produzir‡ efeitos perante terceiros quando
a) publicado na imprensa oficial e noticiado aos credores.
b) registrado perante a Junta Comercial e depois de efetivada comunica•‹o
aos credores para que remetam por escrito sua aceita•‹o.
c) registrado no Registro Civil de Pessoa Jur’dica e averbado na Junta
Comercial.
d) averbado ˆ margem da inscri•‹o do empres‡rio ou da sociedade
empres‡ria, no Registro Pœblico de Empresas Mercantis e publicado na
imprensa oficial.
e) o estabelecimento for objeto unit‡rio de direitos e de neg—cios jur’dicos,
translativos ou constitutivos, que sejam compat’veis com a sua natureza.

QUESTÌO 33. TJ-AL Ð Juiz de Direito Ð 2015 Ð FCC.


Relativamente ao estabelecimento empresarial, considere:
I. O contrato que tenha por objeto a aliena•‹o, o usufruto ou
arrendamento do estabelecimento, s— produzir‡ efeitos quanto a terceiros

13297049677 - Carine Vieira Marques


DIREITO EMPRESARIAL Ð XXIV EXAME DE ORDEM UNIFICADO
Teoria e Quest›es
Aula 01 Ð Prof. Paulo Guimar‹es

depois de averbado ˆ margem da inscri•‹o do empres‡rio, ou da sociedade


empres‡ria, no Registro Pœblico de Empresas Mercantis, e de publicado na
Imprensa Oficial.
II. Se ao alienante n‹o restarem bens suficientes para solver o seu
passivo, a efic‡cia da aliena•‹o do estabelecimento depende do pagamento
de todos os credores, ou do consentimento destes, somente de modo
expresso, em trinta dias a partir de sua notifica•‹o.
III. O adquirente do estabelecimento responde pelo pagamento dos dŽbitos
anteriores ˆ transfer•ncia, desde que regularmente contabilizados,
continuando o devedor primitivo solidariamente obrigado pelo prazo de um
ano, a partir, quanto aos crŽditos vencidos, da publica•‹o, e, quanto aos
outros, da data do vencimento.
IV. N‹o havendo autoriza•‹o expressa, o alienante do estabelecimento n‹o
pode fazer concorr•ncia ao adquirente, nos tr•s anos subsequentes ao
registro da transfer•ncia.
V. ƒ leg’tima a penhora da sede do estabelecimento comercial.
Est‡ correto o que se afirma APENAS em
a) II, III e IV.
b) II, III, IV e V.
c) I, III e V.
d) I, II, IV e V.
e) I, III, IV e V.

QUESTÌO 34. TJ-SC Ð Juiz de Direito Ð 2015 Ð FCC.


Ricardo, empres‡rio do ramo de m—veis, alienou o seu estabelecimento
para Alexandre, que ali deu continuidade ˆ explora•‹o da mesma
atividade. No contrato de trespasse, foram regularmente contabilizadas
todas as d’vidas relativas ao estabelecimento, algumas delas j‡ vencidas e
outras por vencer. Nesse caso, Ricardo
a) n‹o responde pelas d’vidas do estabelecimento, ainda que anteriores ˆ
sua transfer•ncia.
b) responde com exclusividade por todas as d’vidas do estabelecimento
anteriores ˆ sua transfer•ncia.
c) responde com exclusividade apenas pelas d’vidas j‡ vencidas por
ocasi‹o da transfer•ncia do estabelecimento.
d) responde solidariamente com Alexandre, durante determinado prazo,
por todas as d’vidas anteriores ˆ transfer•ncia do estabelecimento.
e) responde solidariamente com Alexandre apenas pelas d’vidas j‡
vencidas por ocasi‹o da transfer•ncia do estabelecimento.

13297049677 - Carine Vieira Marques


DIREITO EMPRESARIAL Ð XXIV EXAME DE ORDEM UNIFICADO
Teoria e Quest›es
Aula 01 Ð Prof. Paulo Guimar‹es

QUESTÌO 35. SEFAZ-PE Ð Julgador Administrativo Tribut‡rio


do Tesouro Estadual Ð 2015 Ð FCC.
Quanto ao estabelecimento empresarial, Ž correto afirmar:
a) O conceito de estabelecimento empresarial confunde-se com o da
sociedade empres‡ria, como sujeito de direito, e com o de empresa, como
atividade econ™mica.
b) O estabelecimento empresarial Ž composto apenas por elementos
materiais, como as mercadorias do estoque, os mobili‡rios, utens’lios,
ve’culos, maquinaria, clientela etc.
c) Na classifica•‹o geral dos bens, conforme C—digo Civil, o
estabelecimento empresarial Ž uma universalidade de fato, por encerrar
um conjunto de bens pertinentes ao empres‡rio e destinados ˆ mesma
finalidade, de servir ˆ explora•‹o de empresa.
d) Ao estabelecimento empresarial imputam-se as obriga•›es e
asseguram-se os direitos relacionados com a empresa, j‡ que passou o
estabelecimento a possuir personalidade jur’dica.
e) A sociedade empres‡ria s— pode ser titular de um œnico estabelecimento
empresarial, dado o princ’pio da unicidade.

QUESTÌO 36. DPE-CE Ð Defensor Pœblico Ð 2014 Ð FCC.


Jo‹o, titular de estabelecimento comercial do ramo de confeitaria, alienou-
o para Paulo, que continuou explorando a mesma atividade no local. Dois
anos depois da transfer•ncia, Jo‹o decidiu alugar o im—vel vizinho, no qual
estabeleceu nova confeitaria, passando a competir diretamente com Paulo.
Nesse caso, e considerando que o contrato de trespasse nada previa acerca
da proibi•‹o de concorr•ncia, Ž correto afirmar:
a) Jo‹o tem direito de fazer concorr•ncia a Paulo, dado que o contrato
nada previa a esse respeito.
b) ƒ requisito de validade do contrato de trespasse a estipula•‹o, por
escrito, acerca do direito de concorr•ncia por parte do alienante do
estabelecimento.
c) Nem mesmo com autoriza•‹o expressa de Paulo seria l’cito a Jo‹o fazer-
lhe concorr•ncia, por se tratar de direito irrenunci‡vel, que visa a impedir o
comportamento empresarial predat—rio, prejudicial ao desenvolvimento
sustent‡vel da ordem econ™mica.
d) Jo‹o tem direito de explorar a mesma atividade no im—vel vizinho
amparado no princ’pio constitucional da liberdade de concorr•ncia,
reputando-se nulas quaisquer conven•›es que o proibissem de competir
com Paulo.
e) Na omiss‹o do contrato, Jo‹o n‹o poder‡ fazer concorr•ncia a Paulo nos
cinco anos subsequentes ˆ transfer•ncia do estabelecimento.

13297049677 - Carine Vieira Marques


DIREITO EMPRESARIAL Ð XXIV EXAME DE ORDEM UNIFICADO
Teoria e Quest›es
Aula 01 Ð Prof. Paulo Guimar‹es

QUESTÌO 37. TJ-AP Ð Juiz de Direito Ð 2014 Ð FCC.


Realizado o trespasse do estabelecimento, Ž correto afirmar:
a) O nome empresarial do titular do estabelecimento pode ser inclu’do na
aliena•‹o do estabelecimento.
b) N‹o havendo autoriza•‹o expressa, o alienante n‹o pode fazer
concorr•ncia ao adquirente, nos 5 anos subsequentes ˆ transfer•ncia.
c) O adquirente n‹o responde pelo pagamento dos dŽbitos anteriores ˆ
transfer•ncia que estejam regularmente contabilizados.
d) A efic‡cia quanto a terceiros independe de averba•‹o no Registro
Pœblico de Empresas Mercantis e de publica•‹o na imprensa oficial.
e) O adquirente que continua a explora•‹o do estabelecimento adquirido,
n‹o responde pelos tributos relativos ao estabelecimento adquirido,
devidos atŽ a data do ato.

QUESTÌO 38. TRT 4a Regi‹o (RS) Ð Juiz do Trabalho Ð 2012 Ð


FCC.
Se ao alienante n‹o restarem bens suficientes para solver o seu passivo, a
efic‡cia da aliena•‹o do estabelecimento depende
a) somente do consentimento expresso dos credores trabalhistas e
tribut‡rios.
b) do consentimento expresso ou t‡cito de todos os credores, em 60
(sessenta) dias de sua notifica•‹o.
c) do pagamento de todos os credores, ou do consentimento destes, de
modo expresso ou t‡cito, em 30 (trinta) dias a partir de sua notifica•‹o.
d) apenas do pagamento de todos os credores trabalhistas e tribut‡rios.
e) exclusivamente do consentimento expresso dos credores com garantia
real.

QUESTÌO 39. PC-PE Ð Delegado de Pol’cia Ð 2016 Ð Cespe.


A respeito de estabelecimento empresarial, aviamento e clientela, assinale
a op•‹o correta.
a) Estabelecimento empresarial corresponde a um complexo de bens
corp—reos organizados ao exerc’cio de determinada empresa.
b) O estabelecimento empresarial n‹o Ž suscet’vel de avalia•‹o econ™mica
e, por consequ•ncia, n‹o pode ser alienado.
c) Aviamento refere-se ˆ aptid‹o que determinado estabelecimento
empresarial possui para gerar lucros.
d) De acordo com a doutrina, aviamento e clientela s‹o sin™nimos.
e) Na legisla•‹o vigente, n‹o h‡ mecanismos de prote•‹o legal ˆ clientela.

13297049677 - Carine Vieira Marques


DIREITO EMPRESARIAL Ð XXIV EXAME DE ORDEM UNIFICADO
Teoria e Quest›es
Aula 01 Ð Prof. Paulo Guimar‹es

QUESTÌO 40. AGU Ð Advogado da Uni‹o Ð 2015 Ð Cespe.


O im—vel no qual se localize o estabelecimento da empresa Ž
impenhor‡vel, inclusive por d’vidas fiscais.

QUESTÌO 41. C‰mara dos Deputados Ð Analista Legislativo Ð


2014 Ð Cespe.
Para que tenha efic‡cia a venda do estabelecimento comercial, o
empres‡rio alienante deve pagar a seus credores ou deve deles colher
aquiesc•ncia da venda, expressa ou t‡cita, salvo se existirem, em seu
patrim™nio, outros bens que sejam suficientes para a solv•ncia do passivo.

QUESTÌO 42. AGU Ð Advogado da Uni‹o Ð 2012 Ð Cespe.


Suponha que a pessoa jur’dica Alfa Alimentos Ltda. adquira o
estabelecimento empresarial da Beta Indœstria Aliment’cia Ltda. Nessa
situa•‹o, a adquirente responder‡ pelo pagamento de todos os dŽbitos
anteriores ˆ transfer•ncia, incluindo-se os trabalhistas e tribut‡rios, desde
que regularmente contabilizados.

QUESTÌO 43. TRF 1a Regi‹o Ð Juiz Federal Ð 2011 Ð Cespe.


Assinale a op•‹o correta com rela•‹o a estabelecimento comercial.
a) Caso o locat‡rio, no momento da propositura da a•‹o renovat—ria,
apresente valor locativo compat’vel com o valor de mercado, o locador
dever‡ renovar a loca•‹o, ainda que ele receba proposta mais vantajosa de
terceiro.
b) A loca•‹o empresarial submete-se ao regime jur’dico da renova•‹o
compuls—ria, de acordo com o qual a loca•‹o deve ser contratada por
tempo determinado de, no m’nimo, cinco anos, admitida a soma dos
prazos de contratos escritos, sucessivamente renovados, podendo esse
c‡lculo ser feito pelo sucessor ou cession‡rio do locat‡rio.
c) N‹o havendo previs‹o contratual, o adquirente de estabelecimento pode
usar o nome do alienante, precedido do seu pr—prio, com qualifica•‹o de
sucessor, por ato entre vivos.
d) A cess‹o de crŽditos referentes a estabelecimento transferido n‹o
produz efeitos em rela•‹o aos devedores.
e) O estabelecimento comercial comp›e o patrim™nio do empres‡rio, que
possui livre disponibilidade para alien‡-lo, sem a necessidade de
concord‰ncia dos credores.

QUESTÌO 44. TJ-AM Ð Juiz de Direito Ð 2016 Ð Cespe.


Acerca da teoria do estabelecimento comercial, assinale a op•‹o correta.
a) Se n‹o houver veda•‹o expressa no contrato de trespasse, o alienante
poder‡ constituir nova sociedade para explorar o mesmo ramo de atividade
imediatamente ap—s a aliena•‹o do estabelecimento.

13297049677 - Carine Vieira Marques


DIREITO EMPRESARIAL Ð XXIV EXAME DE ORDEM UNIFICADO
Teoria e Quest›es
Aula 01 Ð Prof. Paulo Guimar‹es

b) A a•‹o renovat—ria de loca•‹o Ž uma prote•‹o especial ao


estabelecimento comercial e ser‡ julgada procedente mesmo que o locador
n‹o queira a renova•‹o, desde que o locat‡rio tenha no m‡ximo um m•s
de inadimpl•ncia no contrato cuja renova•‹o deseja.
c) O estabelecimento empresarial, por ser o local onde o empres‡rio exerce
sua atividade empresarial, Ž impenhor‡vel.
d) ƒ condi•‹o de efic‡cia perante terceiros o registro do contrato de
trespasse na junta comercial e sua posterior publica•‹o.
e) O adquirente do estabelecimento comercial Ž respons‡vel pelos dŽbitos
anteriores ˆ transfer•ncia que n‹o estejam contabilizados, pois estes
seguem a coisa (in propter rem).

13297049677 - Carine Vieira Marques


DIREITO EMPRESARIAL Ð XXIV EXAME DE ORDEM UNIFICADO
Teoria e Quest›es
Aula 01 Ð Prof. Paulo Guimar‹es

4.2. Gabarito
1. D 23. E

2. B 24. ERRADO

3. D 25. CERTO

4. D 26. CERTO

5. C 27. A

6. D 28. D

7. B 29. E

8. A 30. D

9. E 31. A

10. D 32. D

11. B 33. C

12. A 34. D

13. A 35. C

14. B 36. E

15. ERRADO 37. B

16. ERRADO 38. C

17. CERTO 39. C

18. D 40. ERRADO

19. A 41. CERTO

20. A 42. ERRADO

21. A 43. B

22. A 44. D

13297049677 - Carine Vieira Marques


DIREITO EMPRESARIAL Ð XXIV EXAME DE ORDEM UNIFICADO
Teoria e Quest›es
Aula 01 Ð Prof. Paulo Guimar‹es

4.3. Quest›es comentadas


QUESTÌO 1. OAB Ð XIII Exame de Ordem Unificado Ð 2014 Ð
FGV.
Ananias Targino consulta sua advogada para saber as provid•ncias que
deve tomar para publicizar o trespasse do estabelecimento da Empresa
Individual de Responsabilidade Limitada (EIRELI) por ele constitu’da e
enquadrada como microempresa, cuja firma Ž Ananias Targino EIRELI ME.
A advogada corretamente respondeu que:
a) Ž dispens‡vel qualquer publiciza•‹o ou arquivamento do contrato de
trespasse do estabelecimento por ser a EIRELI enquadrada como
microempresa.
b) Ž dispens‡vel o arquivamento do contrato de trespasse no Registro
Pœblico de Empresas Mercantis, mas ele dever‡ ser publicado na imprensa
oficial.
c) Ž dispens‡vel o arquivamento do contrato de trespasse no Registro
Pœblico de Empresas Mercantis, mas ele dever‡ ser publicado na imprensa
oficial e em jornal de grande circula•‹o.
d) Ž dispens‡vel a publica•‹o do contrato de trespasse na imprensa oficial,
mas ele dever‡ ser arquivado no Registro Pœblico de Empresas Mercantis.

Coment‡rios:
Na aula de hoje voc• aprendeu que, como regra geral, o contrato de trespasse
deve ser arquivado na Junta Comercial e tambŽm publicado na imprensa oficial,
nos termos do art. 1.144 do C—digo Civil. A necessidade de publica•‹o, porŽm,
Ž excepcionada pela Lei Complementar n. 123/2006 no que se refere ˆs
microempresas e empresas de pequeno porte.
GABARITO: D

QUESTÌO 2. OAB Ð XII Exame de Ordem Unificado Ð 2013 Ð


FGV.
No contrato de aliena•‹o do estabelecimento da sociedade empres‡ria
Chaves & Cia Ltda., com sede em Theobroma, ficou pactuado que n‹o
haveria sub-roga•‹o do adquirente nos contratos celebrados pelo
alienante, em vigor na data da transfer•ncia, relativos ao fornecimento de
matŽria-prima para o exerc’cio da empresa. Um dos s—cios da sociedade
empres‡ria consulta sua advogada para saber se a estipula•‹o Ž v‡lida.
Consoante as disposi•›es legais sobre o estabelecimento, assinale a
afirmativa correta.
a) A estipula•‹o Ž nula, pois o contrato de aliena•‹o do estabelecimento
n‹o pode afastar a sub-roga•‹o do adquirente nos contratos celebrados
anteriormente para sua explora•‹o.

13297049677 - Carine Vieira Marques


DIREITO EMPRESARIAL Ð XXIV EXAME DE ORDEM UNIFICADO
Teoria e Quest›es
Aula 01 Ð Prof. Paulo Guimar‹es

b) A estipula•‹o Ž v‡lida, pois o contrato de aliena•‹o do estabelecimento


pode afastar a sub-roga•‹o do adquirente nos contratos celebrados
anteriormente para sua explora•‹o.
c) A estipula•‹o Ž anul‡vel, podendo os terceiros rescindir seus contratos
com a sociedade empres‡ria em atŽ 90 (noventa) dias a contar da
publica•‹o da transfer•ncia.
d) A estipula•‹o Ž considerada n‹o escrita, por desrespeitar norma de
ordem pœblica que imp›e a solidariedade entre alienante e adquirente
pelas obriga•›es referentes ao estabelecimento.

Coment‡rios:
Para responder corretamente ˆ nossa quest‹o precisamos entender o art. 1.148
do C—digo Civil.
Art. 1.148. Salvo disposi•‹o em contr‡rio, a transfer•ncia importa a sub-roga•‹o do
adquirente nos contratos estipulados para explora•‹o do estabelecimento, se n‹o tiverem
car‡ter pessoal, podendo os terceiros rescindir o contrato em noventa dias a contar da
publica•‹o da transfer•ncia, se ocorrer justa causa, ressalvada, neste caso, a
responsabilidade do alienante.

O art. 1.148 prev• a sub-roga•‹o do adquirente nos contratos firmados com o


alienante, com exce•‹o daqueles que tenham car‡ter pessoal. Os contratos
pessoais s‹o aqueles em que a presta•‹o pessoal Ž parte essencial do acordo
de vontades. Se um conhecido consultor empresarial especialista em
determinada matŽria decide alienar seu estabelecimento, Ž razo‡vel imaginar
que haja contratos com ele firmados em raz‹o de seu curr’culo e experi•ncia, e
n‹o faria sentido que tais contratos fossem assumidos pelo adquirente do
estabelecimento, n‹o Ž mesmo!?
GABARITO: B

QUESTÌO 3. OAB Ð X Exame de Ordem Unificado Ð 2013 Ð


FGV.
Lavanderias Roupa Limpa Ltda. (ÒRoupa LimpaÓ) alienou um de seus
estabelecimentos comerciais, uma lavanderia no bairro do Jacintinho, na
cidade de Macei—, para Caio da Silva, empres‡rio individual. O contrato de
trespasse foi omisso quanto ˆ possibilidade de restabelecimento da ÒRoupa
LimpaÓ, bem como nada disp™s a respeito da responsabilidade de Caio da
Silva por dŽbitos anteriores ˆ transfer•ncia do estabelecimento.
Nesse cen‡rio, assinale a afirmativa correta.
a) O contrato de trespasse ser‡ opon’vel a terceiros, independentemente
de qualquer registro na Junta Comercial ou publica•‹o.
b) Caio da Silva n‹o responder‡ por qualquer dŽbito anterior ˆ
transfer•ncia, exceto os que n‹o estiverem devidamente escriturados.
c) Na omiss‹o do contrato de trespasse, Roupa Limpa poder‡ se
restabelecer no bairro do Jacintinho e fazer concorr•ncia a Caio da Silva.

13297049677 - Carine Vieira Marques


DIREITO EMPRESARIAL Ð XXIV EXAME DE ORDEM UNIFICADO
Teoria e Quest›es
Aula 01 Ð Prof. Paulo Guimar‹es

d) N‹o havendo autoriza•‹o expressa, ÒRoupa LimpaÓ n‹o poder‡ fazer


concorr•ncia a Caio da Silva, nos cinco anos subsequentes ˆ transfer•ncia.

Coment‡rios:
O art. 1.147 do C—digo Civil trouxe para a legisla•‹o brasileira a chamada
cl‡usula de n‹o concorr•ncia, tambŽm chamada de cl‡usula de n‹o
restabelecimento ou cl‡usula de interdi•‹o da concorr•ncia, sempre muito
cobrada em concursos pœblicos.
Art. 1.147. N‹o havendo autoriza•‹o expressa, o alienante do estabelecimento n‹o pode
fazer concorr•ncia ao adquirente, nos cinco anos subsequentes ˆ transfer•ncia.

A cl‡usula de n‹o concorr•ncia foi constru’da na jurisprud•ncia brasileira j‡


desde o in’cio do sŽculo XX, no sentido de que, mesmo na aus•ncia de
cl‡usula contratual expressa, o alienante tem a obriga•‹o contratual
impl’cita de n‹o fazer concorr•ncia ao adquirente do estabelecimento
empresarial.
Essa mesma l—gica foi positivada pelo dispositivo do C—digo Civil de 2002, como
decorr•ncia da aplica•‹o do princ’pio da boa-fŽ objetiva ˆs rela•›es contratuais.
Se alguŽm adquire o estabelecimento comercial de outrem, deve-se ao menos
supor que a clientela da empresa Òvenha juntoÓ. Se o alienante desvia essa
clientela, estar‡ agindo de m‡-fŽ.
A obriga•‹o estabelecida pelo C—digo Civil se estende pelo prazo de 5 anos a
partir da transfer•ncia do estabelecimento, durante os quais o alienante n‹o
deve fazer concorr•ncia ao adquirente. A œnica exce•‹o Ž a possibilidade de
autoriza•‹o expressa no contrato, que inverte a l—gica da autonomia da
vontade, estabelecendo uma presun•‹o que somente pode ser elidida por
disposi•‹o contratual expressa.
Se n‹o houver autoriza•‹o expressa no contrato, portanto, o alienante do
estabelecimento empresarial n‹o pode fazer concorr•ncia ao adquirente nos 5
anos subsequentes ˆ transfer•ncia.
GABARITO: D

QUESTÌO 4. TJ-RJ Ð Juiz de Direito Ð 2011 Ð VUNESP.


Quanto ao nome empresarial, assinale a alternativa correta.
a) Nas sociedades limitadas, os administradores que omitirem a palavra
ÒlimitadaÓ no uso da firma ou denomina•‹o social ser‹o respons‡veis
solidariamente, desde que ajam com dolo comprovado e assumam
obriga•›es com valor superior a 10 sal‡rios m’nimos vigentes no pa’s.
b) A inscri•‹o do empres‡rio, ou dos atos constitutivos das pessoas
jur’dicas, ou as respectivas averba•›es, no registro pr—prio, asseguram o
uso exclusivo do nome nos limites do territ—rio nacional,
independentemente de registro na forma da lei especial.

13297049677 - Carine Vieira Marques


DIREITO EMPRESARIAL Ð XXIV EXAME DE ORDEM UNIFICADO
Teoria e Quest›es
Aula 01 Ð Prof. Paulo Guimar‹es

c) ƒ de 4 (quatro) anos o prazo para o prejudicado intentar a•‹o para


anular a inscri•‹o do nome empresarial feita com viola•‹o da lei ou do
contrato.
d) Equipara-se ao nome empresarial, para efeitos de prote•‹o legal, a
denomina•‹o das sociedades simples, associa•›es e funda•›es.

Coment‡rios:
A alternativa A est‡ incorreta porque a omiss‹o da palavra ÒlimitadaÓ determina
a responsabilidade solid‡ria e ilimitada dos administradores que assim
empregarem a firma ou denomina•‹o, nos termos do art. 1.158, ¤3o do C—digo
Civil.
A alternativa B est‡ incorreta porque o registro assegura o uso exclusivo do
nome nos limites da jurisdi•‹o da Junta Comercial, ou seja, nos limites do
Estado. A exclusividade em ‰mbito nacional depende de um procedimento
espec’fico, que hoje Ž previsto em instru•‹o normativa pr—pria do DREI. A regra
consta no art. 1.166 do C—digo Civil.
A alternativa C est‡ incorreta porque a a•‹o para anular a inscri•‹o do nome
empresarial que viole lei ou contrato pode ser ajuizada a qualquer tempo, nos
termos do art. 1.167 do C—digo Civil.
A alternativa D Ž a nossa resposta. O nome empresarial Ž a firma ou
denomina•‹o adotada para o exerc’cio da empresa. A denomina•‹o das
sociedades simples, associa•›es e funda•›es, que, diga-se de passagem, n‹o
t•m car‡ter empresarial, tambŽm obedece ˆs mesmas regras que estamos
estudando na aula de hoje, por for•a do par‡grafo œnico do art. 1.155 do
C—digo Civil.
GABARITO: D

QUESTÌO 5. TJ-MA Ð Titular de Servi•os de Notas e de


Registros Ð 2016 Ð IESES.
Sobre o nome empresarial, pode-se afirmar:
I. No ‰mbito da junta comercial ser‹o aceitos os atos de empresas
mercantis com nome id•ntico ou semelhante a outro j‡ existente.
II. O nome empresarial obedecer‡ aos princ’pios da veracidade e da
novidade.
III. A prote•‹o ao nome empresarial decorre automaticamente do
arquivamento dos atos constitutivos de firma individual e de sociedades,
ou de suas altera•›es.
IV. O princ’pio da insignific‰ncia Ž aplicado ao nome empresarial.

A sequ•ncia correta Ž:
a) Apenas a assertiva I est‡ correta.

13297049677 - Carine Vieira Marques


DIREITO EMPRESARIAL Ð XXIV EXAME DE ORDEM UNIFICADO
Teoria e Quest›es
Aula 01 Ð Prof. Paulo Guimar‹es

b) Apenas as assertivas I, III e IV est‹o corretas.


c) Apenas as assertivas II e III est‹o corretas.
d) As assertivas I, II, III e IV est‹o corretas.

Coment‡rios:
A assertiva I est‡ incorreta. Na realidade, a simples leitura soa absurda, pois
n‹o faria sentido pensar que a Junta Comercial iria simplesmente aceitar
registros de empresas com o mesmo nome ou nomes semelhantes.
A assertiva II est‡ correta. Os grandes princ’pios que orientam a atribui•‹o do
nome empresarial s‹o justamente a veracidade e a novidade.

o nome empresarial n‹o


Princ’pio da veracidade poder‡ conter informa•›es
falsas.
PRINCêPIOS
APLICçVEIS AO
NOME EMPRESARIAL
n‹o pode ser registrado um
nome empresarial id•ntico ou
Princ’pio da novidade muito parecido com outro que
j‡ tenha sido registrado.

A assertiva III tambŽm est‡ correta. A prote•‹o do nome empresarial n‹o


depende de registro pr—prio junto ao INPI ou ˆ Junta Comercial. Na realidade o
pr—prio registro do empres‡rio ou da sociedade empres‡ria j‡ confere
automaticamente prote•‹o ao nome empresarial. A œnica exce•‹o aqui Ž o
registro espec’fico que Ž necess‡rio para que essa prote•‹o tenha abrang•ncia
nacional.
A assertiva IV est‡ incorreta. Os dois princ’pios mais celebrados e reconhecidos
pela doutrina no que se refere ao nome empresarial s‹o a veracidade e a
novidade. O princ’pio da insignific‰ncia (muito aplicado principalmente no
Direito Penal) n‹o tem muita rela•‹o com o assunto...
GABARITO: C

QUESTÌO 6. TJ-MG Ð Titular de Servi•os de Notas e de


Registros Ð 2016 Ð Consulplan.
Assinale a alternativa correta, cujo enunciado contenha nome comercial
que est‡ em conformidade com o C—digo Civil:
a) Ant™nio Santos e Francisco Lacerda s‹o s—cios em uma sociedade em
conta de participa•‹o, cujo nome empresarial Ž Santos & Lacerda,
ComŽrcio de Pedras Preciosas Ltda.
b) M‡rcia Flores e Adriana Dias s‹o s—cias em uma sociedade limitada, cujo
objeto social Ž o comŽrcio de roupas e sua denomina•‹o Ž Floricultura
Flores e Dias Ltda.

13297049677 - Carine Vieira Marques


DIREITO EMPRESARIAL Ð XXIV EXAME DE ORDEM UNIFICADO
Teoria e Quest›es
Aula 01 Ð Prof. Paulo Guimar‹es

c) Roberto Carlos e Carlos Roberto s‹o s—cios de uma sociedade limitada,


cujo objeto Ž a compra e venda de ve’culos automotivos, sendo sua
denomina•‹o Roberto & Carlos Ltda.
d) Ana Silveira e Maria Andrade s‹o acionistas da companhia cuja
denomina•‹o Ž Tecelagem Santa Clara S.A.

Coment‡rios:
A alternativa A est‡ incorreta porque a sociedade em conta de participa•‹o n‹o
conta com nome empresarial, devido ˆ veda•‹o expressa no art. 1.162 do
C—digo Civil.
A alternativa B est‡ incorreta porque, se o objeto social Ž o comŽrcio de roupas,
o nome empresarial n‹o pode conter o termo ÒfloriculturaÓ, em raz‹o do
princ’pio da veracidade.
A alternativa C est‡ incorreta porque na denomina•‹o deve sempre constar o
ramo de atua•‹o da empresa. Importante lembrar que na firma isso n‹o Ž
obrigat—rio.
A alternativa D est‡ correta e Ž a nossa resposta. No caso da sociedade
an™nima, o uso da denomina•‹o Ž obrigat—rio.
GABARITO: D

QUESTÌO 7. TJ-MG Ð Titular de Servi•os de Notas e de


Registros Ð 2016 Ð Consulplan.
A respeito do nome empresarial e ˆ luz do C—digo Civil brasileiro, Ž correto
afirmar:
a) A sociedade em que houver s—cios de responsabilidade ilimitada operar‡
sob firma e denomina•‹o, na qual somente o nome daqueles poder‹o
figurar, bastando para form‡-la aditar ao nome de um deles, a express‹o
Òe companhiaÓ ou sua abreviatura.
b) Pode a sociedade limitada adotar firma ou denomina•‹o, integradas pela
palavra final ÒlimitadaÓ ou a sua abreviatura.
c) A sociedade cooperativa funciona sob firma integrada pelo voc‡bulo
ÒcooperativaÓ.
d) A sociedade em conta de participa•‹o funciona sob firma ou
denomina•‹o, integrada pela palavra final Òem conta de participa•‹oÓ.

Coment‡rios:
A alternativa A est‡ incorreta porque a sociedade em que houver s—cios de
responsabilidade ilimitada operar‡ sob firma, na qual somente os nomes
daqueles poder‹o figurar, bastando para form‡-la aditar ao nome de um deles a
express‹o "e companhia" ou sua abreviatura (art. 1.157 do C—digo Civil).

13297049677 - Carine Vieira Marques


DIREITO EMPRESARIAL Ð XXIV EXAME DE ORDEM UNIFICADO
Teoria e Quest›es
Aula 01 Ð Prof. Paulo Guimar‹es

A alternativa B est‡ correta e Ž a nossa resposta. A sociedade limitada


realmente Ž uma exce•‹o, podendo adotar firma (somente a firma social) ou
denomina•‹o, desde que ao final conste a palavra ÒlimitadaÓ.
A alternativa C est‡ incorreta porque a cooperativa funciona sob denomina•‹o
(e n‹o firma) integrada pela palavra ÒcooperativaÓ, nos termos do art. 1.159 do
C—digo Civil.
A alternativa D est‡ incorreta porque a sociedade em conta de participa•‹o n‹o
pode ter firma ou denomina•‹o, de acordo com o art. 1.162 do C—digo Civil.
GABARITO: B

QUESTÌO 8. Prefeitura de Niter—i-RJ Ð Fiscal de Tributos Ð


2015 Ð FGV.
O empres‡rio e a sociedade empres‡ria devem adotar um nome para o
exerc’cio da empresa, de acordo com o C—digo Civil. Esse instituto,
conhecido como nome empresarial, possui regras para sua forma•‹o e
utiliza•‹o. A afirmativa que revela corretamente uma regra para
utiliza•‹o/forma•‹o do nome empresarial Ž:
a) a sociedade em nome coletivo dever‡ adotar firma como nome
empresarial, que incluir‡ o nome de pelo menos um dos s—cios, sendo
facultativo o aditivo & Companhia, caso todos os s—cios sejam nominados;
b) a denomina•‹o social Ž uma espŽcie de nome empresarial, tambŽm
conhecida como Ònome de fantasiaÓ, porque nela n‹o se inclui nome
patron’mico, apenas palavras ou express›es designativas do objeto social;
c) nas sociedades cujo capital Ž dividido em a•›es, Ž proibido o uso da
firma social como nome empresarial, somente sendo permitido o uso da
denomina•‹o com a indica•‹o do objeto social;
d) o adquirente de estabelecimento por ato entre vivos ou causa mortis,
pode usar a firma do alienante ou do de cujus, precedida de sua pr—pria,
com a qualifica•‹o de sucessor;
e) na sociedade em conta de participa•‹o a espŽcie de nome empresarial Ž
firma, exclusivamente, formada pelo nome patron’mico do s—cio ostensivo
seguida do aditivo & Companhia, por extenso ou abreviado.

Coment‡rios:
A alternativa A est‡ correta. Na sociedade em nome coletivo temos todos os
s—cios com responsabilidade ilimitada, e por isso ela deve adotar firma, e n‹o
denomina•‹o. Se o nome de todos os s—cios constar na firma, n‹o Ž preciso
utilizar a express‹o Òe companhiaÓ.
A alternativa B est‡ incorreta porque, apesar de a denomina•‹o realmente ser
uma espŽcie de nome empresarial, o Ònome fantasiaÓ Ž aquele utilizado no dia a
dia da empresa, que n‹o corresponde necessariamente ao nome empresarial.
Este, por sua vez, Ž utilizado nas rela•›es formais do empres‡rio ou da
sociedade empres‡ria.

13297049677 - Carine Vieira Marques


DIREITO EMPRESARIAL Ð XXIV EXAME DE ORDEM UNIFICADO
Teoria e Quest›es
Aula 01 Ð Prof. Paulo Guimar‹es

A alternativa C est‡ incorreta porque a sociedade an™nima Ž obrigada a adotar


denomina•‹o, mas a sociedade em comandita por a•›es pode adotar firma.
A alternativa D est‡ incorreta porque quem recebe o estabelecimento por
sucess‹o causa mortis n‹o pode manter o uso da firma. A regra mencionada
pela alternativa somente se aplica ˆ sucess‹o inter vivos em raz‹o de
trespasse.
Art. 1.164. O nome empresarial n‹o pode ser objeto de aliena•‹o.
Par‡grafo œnico. O adquirente de estabelecimento, por ato entre vivos, pode, se o
contrato o permitir, usar o nome do alienante, precedido do seu pr—prio, com a
qualifica•‹o de sucessor.

A alternativa E est‡ incorreta porque a sociedade em conta de participa•‹o n‹o


pode ter firma ou denomina•‹o.
GABARITO: A

QUESTÌO 9. TJ-SE Ð Juiz Substituto Ð 2015 Ð FCC.


Considere as proposi•›es abaixo acerca do nome empresarial.
I. A sociedade em que houver s—cios de responsabilidade ilimitada operar‡
sob denomina•‹o social.
II. A sociedade an™nima poder‡ adotar firma ou denomina•‹o social.
III. O nome de s—cio que vier a falecer pode ser conservado na firma
social.
IV. O nome empresarial n‹o pode ser objeto de compra e venda.
V. A sociedade em conta de participa•‹o n‹o pode ter firma ou
denomina•‹o.
Est‡ correto o que se afirma APENAS em:
a) II e V.
b) I e III.
c) II e III.
d) I e IV.
e) IV e V.

Coment‡rios:
A assertiva I est‡ incorreta porque quando houver s—cios de responsabilidade
ilimitada ser‡ adotada firma com os nomes desses s—cios, n‹o denomina•‹o.
A assertiva II est‡ incorreta porque a sociedade an™nima Ž obrigada a adotar
denomina•‹o, n‹o sendo poss’vel neste caso a ado•‹o de firma.
A assertiva III est‡ incorreta porque a firma deve, salvo poucas exce•›es,
refletir a composi•‹o do quadro social. Por isso o nome do s—cio que falecer, for
exclu’do ou se retirar n‹o pode ser conservado na firma social.

13297049677 - Carine Vieira Marques


DIREITO EMPRESARIAL Ð XXIV EXAME DE ORDEM UNIFICADO
Teoria e Quest›es
Aula 01 Ð Prof. Paulo Guimar‹es

A assertiva IV est‡ correta. O art. 1.164 do C—digo Civil pro’be, como regra
geral, a aliena•‹o do nome empresarial. Isso somente Ž poss’vel como parte da
aliena•‹o de todo o estabelecimento empresarial (contrato de trespasse).
A assertiva V est‡ correta. O art. 1.162 do C—digo Civil pro’be que a sociedade
em conta de participa•‹o adote firma ou denomina•‹o.
GABARITO: E

QUESTÌO 10. SAEB-BA Ð Analista de Registro de ComŽrcio Ð


2015 Ð IBFC.
Considere as disposi•›es do c—digo civil brasileiro sobre o nome
empresarial e assinale a alternativa correta.
a) A omiss‹o da palavra ÒlimitadaÓ determina a responsabilidade solid‡ria e
ilimitada dos s—cios, administradores ou n‹o.
b) A sociedade em comandita por a•›es Ž obrigada a adotar denomina•‹o
como nome empresarial.
c) A sociedade em conta de participa•‹o pode ter firma ou denomina•‹o.
d) Equipara-se ao nome empresarial, para os efeitos da prote•‹o da lei, a
denomina•‹o das sociedades simples, associa•›es e funda•›es.
e) O nome empresarial pode, livremente, ser objeto de aliena•‹o em
conjunto ou separado.

Coment‡rios:
A alternativa A est‡ incorreta porque a omiss‹o do termo ÒlimitadaÓ implica em
responsabilidade solid‡ria e ilimitada dos administradores que utilizarem dessa
forma a firma ou denomina•‹o da sociedade, nos termos do ¤3o do art. 1.158
do C—digo Civil.
A alternativa B est‡ incorreta porque a sociedade em comandita por a•›es,
assim como a sociedade limitada e a EIRELI, pode adotar firma ou
denomina•‹o. Caso adote denomina•‹o designativa do objeto social, esta
dever‡ ser seguida da express‹o Òcomandita por a•›esÓ, de acordo com o art.
1.161 do C—digo Civil.
A alternativa C est‡ incorreta porque, de acordo com o art. 1.162 do C—digo
Civil, a sociedade em conta de participa•‹o n‹o pode ter firma e nem
denomina•‹o.
A alternativa D est‡ correta e Ž a nossa resposta. A alternativa transcreve a
regra do art. 1.155, par‡grafo œnico.
A alternativa E est‡ incorreta porque o C—digo Civil, em seu art. 1.164, pro’be
que o nome empresarial seja objeto de aliena•‹o. Isso somente pode acontecer
por meio do contrato de trespasse, em que se transfere todo o estabelecimento
empresarial, e n‹o apenas o nome.
GABARITO: D

13297049677 - Carine Vieira Marques


DIREITO EMPRESARIAL Ð XXIV EXAME DE ORDEM UNIFICADO
Teoria e Quest›es
Aula 01 Ð Prof. Paulo Guimar‹es

QUESTÌO 11. TJ-PE Ð Juiz de Direito Ð 2015 Ð FCC.


Acerca do nome empresarial, Ž correto afirmar:
a) O nome de s—cio que vier a falecer pode ser conservado na firma social.
b) ƒ vedada a aliena•‹o do nome empresarial.
c) A inscri•‹o do nome empresarial somente ser‡ cancelada a
requerimento do seu titular, mesmo quando cessado o exerc’cio da
atividade para que foi adotado.
d) Independentemente de previs‹o contratual, o adquirente de
estabelecimento, por ato entre vivos, pode usar o nome empresarial do
alienante, precedido do seu pr—prio, com a qualifica•‹o de sucessor.
e) A sociedade em conta de participa•‹o pode ter firma ou denomina•‹o.

Coment‡rios:
A alternativa A est‡ incorreta porque o C—digo Civil determina, em seu art.
1.165, que o nome do s—cio que falecer, for exclu’do ou se retirar n‹o pode
permanecer na firma socialÓ. Lembre-se do princ’pio da veracidade! J
A alternativa B est‡ correta, reproduzindo a regra geral do art. 1.164 do C—digo
Civil.
A alternativa C est‡ incorreta porque, de acordo com o art. 1.168, a inscri•‹o
do nome empresarial ser‡ cancelada, a requerimento de qualquer interessado,
quando cessar o exerc’cio da atividade ou quando for conclu’da a liquida•‹o da
sociedade que o inscreveu.
A alternativa D est‡ incorreta porque a possibilidade de uso do nome
empresarial do alienante pelo adquirente do estabelecimento empresarial
depende de previs‹o contratual, nos termos do par‡grafo œnico do art. 1.164.
A alternativa E est‡ incorreta porque a sociedade em conta de participa•‹o n‹o
pode ter firma e nem denomina•‹o, nos termos do art. 1.162.
GABARITO: B

QUESTÌO 12. SEFAZ-PE Ð Julgador Administrativo Tribut‡rio


Ð 2015 Ð FCC.
Quanto ao nome empresarial, Ž correto afirmar:
a) Equipara-se ao nome empresarial, para os efeitos da prote•‹o da lei, a
denomina•‹o das sociedades simples, associa•›es e funda•›es.
b) Todas as sociedades empres‡rias podem utilizar-se de firma ou
denomina•‹o.
c) O nome da empresa pode ser objeto de aliena•‹o, porque comp›e seu
fundo de comŽrcio.
d) O nome do s—cio que vier a falecer, for exclu’do ou retirar-se, pode ser
conservado na firma social.

13297049677 - Carine Vieira Marques


DIREITO EMPRESARIAL Ð XXIV EXAME DE ORDEM UNIFICADO
Teoria e Quest›es
Aula 01 Ð Prof. Paulo Guimar‹es

e) A omiss‹o da palavra "limitada" no nome da sociedade limitada


determina a responsabilidade subsidi‡ria dos administradores que assim
empregarem a firma ou a denomina•‹o da sociedade.

Coment‡rios:
Nossa resposta Ž a alternativa A, que invoca o par‡grafo œnico do art. 1.155 do
C—digo Civil. O dispositivo equipara ao nome empresarial, para os efeitos da
prote•‹o da lei, a denomina•‹o das sociedades simples, associa•›es e
funda•›es.
A alternativa B est‡ incorreta porque a utiliza•‹o de uma outra modalidade de
nome empresarial depende da modalidade de empres‡rio ou sociedade
empres‡ria. Vamos relembrar!?

Empres‡rio Individual
Firma Sociedade em nome coletivo
Sociedade em comandita simples

Denomina•‹o Sociedade an™nima

NOME
EMPRESARIAL Sociedade limitada (somente firma
Firma ou social)
Denomina•‹o Sociedade em comandita por a•›es
EIRELI

N‹o pode ter firma e


Sociedade em conta de participa•‹o
nem denomina•‹o

A alternativa C est‡ incorreta porque, como regra geral, o nome empresarial


n‹o pode ser objeto de aliena•‹o. Esse tipo de aliena•‹o s— Ž poss’vel como
parte da aliena•‹o de todo o estabelecimento empresarial, o que pode ocorrer
por meio do contrato de trespasse.
A alternativa D est‡ incorreta porque a regra do art. 1.165 Ž justamente o
contr‡rio: o nome de s—cio que vier a falecer, for exclu’do ou se retirar, n‹o
pode ser conservado na firma social.
A alternativa E est‡ incorreta porque, de acordo com o art. 1.158, ¤3o, a
responsabilidade que decorre da omiss‹o da palavra ÒlimitadaÓ Ž solid‡ria e
ilimitada.
GABARITO: A

13297049677 - Carine Vieira Marques


DIREITO EMPRESARIAL Ð XXIV EXAME DE ORDEM UNIFICADO
Teoria e Quest›es
Aula 01 Ð Prof. Paulo Guimar‹es

QUESTÌO 13. TJ-MG Ð Titular de Servi•os de Notas e de


Registros Ð 2015 Ð Consulplan.
A respeito do nome empresarial e com base no C—digo Civil (Lei n¼ 10.406,
de 10 de janeiro de 2002), assinale a afirmativa correta:
a) Pode a sociedade limitada adotar firma ou denomina•‹o, integradas pela
palavra final ÒlimitadaÓ ou a sua abreviatura.
b) O empres‡rio opera somente sob denomina•‹o constitu’da por seu
nome, completo ou abreviado, aditando-lhe, se quiser, designa•‹o mais
precisa da sua pessoa ou do g•nero de atividade.
c) A sociedade em que houver s—cios de responsabilidade ilimitada
somente operar‡ sob denomina•‹o, na qual poder‹o figurar tambŽm os
nomes dos s—cios de responsabilidade limitada, bastando para form‡-la
aditar ao nome de um deles a express‹o Òe companhiaÓ ou sua
abreviatura.
d) A omiss‹o da palavra ÒlimitadaÓ Ž irrelevante para determinar a
responsabilidade solid‡ria e ilimitada dos administradores que assim
empregarem a firma ou denomina•‹o da sociedade.

Coment‡rios:
Nossa resposta Ž a alternativa A. Voc• j‡ est‡ cansado de saber que a
sociedade limitada tem a flexibilidade de adotar firma ou denomina•‹o, mas em
qualquer caso deve utilizar o termo ÒlimitadaÓ ou sua abreviatura, nos termos
do art. 1.158.
A alternativa B est‡ incorreta porque o empres‡rio individual deve operar sob
firma, e n‹o sob denomina•‹o, nos termos do art. 1.156.
A alternativa C est‡ incorreta porque, quando houver s—cios de
responsabilidade ilimitada, a sociedade deve operar sob firma, na qual somente
os nomes desses s—cios poder‹o figurar, bastando para form‡-la aditar ao
nome de um deles a express‹o "e companhia" ou sua abreviatura.
A alternativa D est‡ incorreta porque a omiss‹o da palavra ÒlimitadaÓ importa
na responsabiliza•‹o ilimitada e solid‡ria dos administradores que assim
utilizarem a firma ou denomina•‹o da sociedade.
GABARITO: A

QUESTÌO 14. TRT 18a Regi‹o Ð Juiz do Trabalho Ð 2014 Ð


FCC.
Quanto ˆ natureza e espŽcies do nome empresarial, considere:
I. No tocante ˆ estrutura, a firma s— pode ter por base nome civil, do
empres‡rio individual ou dos s—cios da sociedade empresarial, enquanto a
denomina•‹o deve designar o objeto da empresa e pode adotar por base
nome civil ou qualquer outra express‹o lingu’stica.

13297049677 - Carine Vieira Marques


DIREITO EMPRESARIAL Ð XXIV EXAME DE ORDEM UNIFICADO
Teoria e Quest›es
Aula 01 Ð Prof. Paulo Guimar‹es

II. O empres‡rio individual ao se obrigar juridicamente, e o representante


legal da sociedade empres‡ria que adota firma, ao obrig‡-la juridicamente,
devem ambos assinar o respectivo instrumento n‹o com o seu nome civil,
mas com o empresarial.
III. Quanto ˆ fun•‹o, os nomes empresariais se diferenciam na medida em
que a denomina•‹o, alŽm de identidade do empres‡rio, Ž tambŽm a sua
assinatura, enquanto a firma Ž exclusivamente elemento de identifica•‹o
do exercente da atividade empresarial, n‹o prestando a outra fun•‹o.
Est‡ correto o que consta APENAS em
a) II e III.
b) I e II.
c) I e III.
d) II.
e) III.

Coment‡rios:
A assertiva I est‡ correta. A firma Ž constitu’da pelo nome civil do empres‡rio
individual ou dos s—cios, podendo ou n‹o conter indica•‹o do ramo de atividade
da empresa, enquanto a denomina•‹o pode ser formada por quaisquer
express›es, podendo inclusive adotar o nome de um ou mais s—cios, devendo
haver ainda a indica•‹o do ramo de atividade.
A assertiva II tambŽm est‡ correta. Na aula de hoje voc• aprendeu que a firma,
alŽm de identificar quem exerce a atividade econ™mica, tem tambŽm a fun•‹o
de assinatura do empres‡rio ou da sociedade empres‡ria.
A assertiva III est‡ incorreta justamente porque confunde as duas modalidades
de nome empresarial no que se refere a essa fun•‹o de assinatura.
GABARITO: B

QUESTÌO 15. C‰mara dos Deputados Ð Analista Legislativo Ð


2014 Ð Cespe.
Jo‹o, empres‡rio individual, planeja constituir empresa individual de
responsabilidade limitada. Para tanto, ele pretende integralizar o capital
com bem im—vel de sua propriedade e deseja mudar o nome que ora utiliza
no exerc’cio de sua atividade (J. B. Leite e Derivados ME) para Da Serra Ñ
Leite e Derivados Ltda.
Considerando essa situa•‹o hipotŽtica, julgue o item seguinte.
Jo‹o n‹o poder‡ usar a denomina•‹o pretendida, j‡ que, pela forma
empresarial a ser adotada, s— Ž poss’vel a utiliza•‹o de firma, acrescida da
palavra Eireli ou Limitada ao final.

13297049677 - Carine Vieira Marques


DIREITO EMPRESARIAL Ð XXIV EXAME DE ORDEM UNIFICADO
Teoria e Quest›es
Aula 01 Ð Prof. Paulo Guimar‹es

Coment‡rios:
Esta quest‹o cria confus‹o em v‡rios n’veis. Primeiro ela diz que Jo‹o poderia
constituir EIRELI com nome empresarial que contenha a palavra ÒlimitadaÓ ao
final. Obviamente isso n‹o faz nenhum sentido. Outro erro est‡ em dizer que a
EIRELI somente poderia adotar firma, j‡ que ela, assim como a sociedade
limitada, pode adotar tanto firma quanto denomina•‹o.
GABARITO: ERRADO

QUESTÌO 16. C‰mara dos Deputados Ð Analista Legislativo Ð


2014 Ð Cespe.
De acordo com o C—digo Civil, o nome empresarial poder‡ ser objeto de
aliena•‹o, cabendo ao adquirente de estabelecimento realizar as devidas
altera•›es contratuais e seu respectivo registro na junta comercial.

Coment‡rios:
O art. 1.164 estabelece como regra a veda•‹o ˆ aliena•‹o do nome
empresarial. Lembre-se de que a doutrina reconhece o nome empresarial como
direito personal’ssimo, e a’ est‡ a l—gica de proibir sua aliena•‹o, a n‹o ser
quando todo o estabelecimento empresarial Ž alienado, o que ocorre por meio
do contrato de trespasse.
GABARITO: ERRADO

QUESTÌO 17. C‰mara dos Deputados Ð Analista Legislativo Ð


2014 Ð Cespe.
Na composi•‹o do nome empresarial de uma empresa individual de
responsabilidade limitada, n‹o se pode utilizar firma, mas apenas
denomina•‹o, que deve ser sempre acompanhada da express‹o EIRELI.

Coment‡rios:
A EIRELI, assim como a sociedade limitada, podem adotar tanto firma quanto
denomina•‹o, seguidas, respectivamente, dos termos ÒEIRELIÓ ou ÒlimitadaÓ,
admitindo-se tambŽm a abreviatura ÒltdaÓ.
GABARITO: CERTO

QUESTÌO 18. TJ-BA Ð Titular de Servi•os de Notas e de


Registros Ð 2013 Ð Cespe.
Assinale a op•‹o correta acerca de nome empresarial.
a) O nome de s—cio que vier a falecer, for exclu’do ou se retirar de uma
sociedade, pode ser conservado na firma social dessa sociedade.
b) Para os efeitos legais, o nome empresarial n‹o se equipara ˆ
denomina•‹o das sociedades simples, associa•›es e funda•›es.

13297049677 - Carine Vieira Marques


DIREITO EMPRESARIAL Ð XXIV EXAME DE ORDEM UNIFICADO
Teoria e Quest›es
Aula 01 Ð Prof. Paulo Guimar‹es

c) A sociedade com s—cios de responsabilidade ilimitada deve operar sob


denomina•‹o, na qual os nomes desses s—cios podem figurar com
exclusividade, bastando, para form‡-la, a adi•‹o da express‹o Òe
companhiaÓ ou sua abreviatura ao nome de um deles.
d) A sociedade cooperativa funciona sob denomina•‹o acrescida do
voc‡bulo ÒcooperativaÓ.
e) A sociedade em conta de participa•‹o pode ter firma ou denomina•‹o.

Coment‡rios:
A alternativa A est‡ incorreta porque esses s‹o justamente os casos em que o
nome do s—cio deve ser retirado da firma.
A alternativa B est‡ incorreta porque a denomina•‹o das sociedades simples,
associa•›es e funda•›es Ž equiparado por lei ao nome empresarial.
A alternativa C est‡ incorreta porque a sociedade na qual haja s—cios de
responsabilidade ilimitada deve operar sempre sob firma que contenha os
nomes desses s—cios, ou o nome de pelo menos um deles seguido da express‹o
Òe companhiaÓ.
A alternativa D est‡ correta e Ž a nossa resposta. Esta Ž a reprodu•‹o do
conteœdo do art. 1.159 do C—digo Civil.
A alternativa E est‡ incorreta porque a sociedade em conta de participa•‹o n‹o
pode ter firma e nem denomina•‹o.
GABARITO: D

QUESTÌO 19. TJ-RS Ð Titular de Servi•os de Notas e de


Registros Ð 2013 Ð TJ-RS.
Quanto ao nome empresarial, assinale a alternativa correta.
a) O nome empresarial obedecer‡ aos princ’pios da veracidade e novidade.
b) A prote•‹o ao nome empresarial decorrer‡ do seu registro no Instituto
Nacional de Propriedade Industrial.
c) O nome empresarial pode ser objeto de aliena•‹o.
d) A sociedade em conta de participa•‹o pode ter firma ou denomina•‹o.

Coment‡rios:
Os princ’pios da veracidade e da novidade s‹o aplic‡veis ˆ designa•‹o do nome
empresarial, como voc• teve a oportunidade de aprender na aula de hoje. Por
isso a alternativa A Ž a nossa resposta.
A alternativa B est‡ incorreta porque n‹o Ž necess‡rio registrar o nome
empresarial junto ao INPI. A prote•‹o do nome empresarial decorre do pr—prio
registro do empres‡rio ou da sociedade empres‡ria na Junta Comercial. A partir
da’ o nome estar‡ automaticamente protegido nos limites do Estado, e essa

13297049677 - Carine Vieira Marques


DIREITO EMPRESARIAL Ð XXIV EXAME DE ORDEM UNIFICADO
Teoria e Quest›es
Aula 01 Ð Prof. Paulo Guimar‹es

prote•‹o, como voc• j‡ sabe, poder‡ ser estendida para todo territ—rio nacional
por meio de procedimento especial.
A alternativa C est‡ incorreta porque, como regra geral, o nome empresarial
n‹o pode ser alienado, j‡ que se trata de um direito personal’ssimo.
A alternativa D est‡ incorreta porque a sociedade em conta de participa•‹o n‹o
pode ter firma e nem denomina•‹o.
GABARITO: A

QUESTÌO 20. TJ-RS Ð Titular de Servi•os de Notas e de


Registros Ð 2013 Ð TJ-RS.
Assinale a alternativa correta.
a) A firma e a denomina•‹o s‹o espŽcies de nome empresarial.
b) T’tulo de estabelecimento e nome empresarial s‹o express›es
sin™nimas.
c) O nome empresarial pode ser objeto de aliena•‹o, pois comp›e o pleno
universal do estabelecimento comercial.
d) O nome empresarial e a marca se reportam aos mesmos objetos
sem‰nticos.

Coment‡rios:
Nossa resposta Ž a alternativa A. Realmente firma e denomina•‹o s‹o as
espŽcies de nome empresarial que estudamos na aula de hoje.
A alternativa B est‡ incorreta porque t’tulo de estabelecimento nada mais Ž do
que o nome fantasia, ou seja, o nome que o empres‡rio usa nas rela•›es
informais, normalmente associado ˆ sua marca.
A alternativa C est‡ incorreta porque, como regra geral, o nome empresarial
n‹o pode ser objeto de aliena•‹o, apesar de isso poder acontecer quando todo
o estabelecimento empresarial Ž alienado.
A alternativa D est‡ incorreta porque a marca Ž um sinal que identifica produtos
ou servi•os do empres‡rio. A marca e o nome empres‡rio n‹o se referem aos
mesmos objetos sem‰nticos, sendo inclusive regulamentados por regimes
diferentes, j‡ que a marca deve ser registrada junto ao Instituto Nacional da
Propriedade Intelectual.
GABARITO: A

QUESTÌO 21. TRT 1a Regi‹o (RJ) Ð Juiz do Trabalho Ð 2012 Ð


FCC.
Em rela•‹o ao nome empresarial, Ž correto afirmar que
a) a inscri•‹o do nome empresarial ser‡ cancelada, a requerimento de
qualquer interessado, quando cessar o exerc’cio da atividade para que foi
adotado, ou quando findar a liquida•‹o da sociedade que o inscreveu.

13297049677 - Carine Vieira Marques


DIREITO EMPRESARIAL Ð XXIV EXAME DE ORDEM UNIFICADO
Teoria e Quest›es
Aula 01 Ð Prof. Paulo Guimar‹es

b) o nome empresarial pode ser objeto de aliena•‹o.


c) o nome do s—cio que vier a falecer, for exclu’do ou se retirar, pode ser
conservado na firma social, se houver a concord‰ncia dos demais s—cios
remanescentes.
d) a sociedade em conta de participa•‹o pode ter firma ou denomina•‹o,
integrada pela palavra final Òsociedade participativaÓ ou sua abreviatura.
e) cabe a qualquer interessado, no prazo de um ano, a•‹o para nulificar a
inscri•‹o do nome empresarial feita com viola•‹o da lei ou do contrato.

Coment‡rios:
A alternativa A est‡ correta. De acordo com o art. 1.168 do C—digo Civil, a
inscri•‹o do nome empresarial ser‡ cancelada, a requerimento de qualquer
interessado, quando cessar o exerc’cio da atividade para que foi adotado, ou
quando ultimar-se a liquida•‹o da sociedade que o inscreveu.
A alternativa B est‡ incorreta. O nome empresarial n‹o pode ser objeto de
aliena•‹o, nos termos do art. 1.164 do C—digo Civil.
A alternativa C est‡ incorreta. Nos termos do art. 1.165 do C—digo Civil, n‹o
pode ser conservado na firma social o nome de s—cio que vier a falecer, for
exclu’do ou se retirar.
A alternativa D est‡ correta. De acordo com o art. 1.162, a sociedade em conta
de participa•‹o n‹o pode ter firma ou denomina•‹o.
A alternativa E est‡ incorreta. Cabe ao prejudicado, a qualquer tempo, ajuizar
a•‹o para anular a inscri•‹o do nome empresarial feita com viola•‹o da lei ou
do contrato, nos termos do art. 1.167 do C—digo Civil.
GABARITO: A

QUESTÌO 22. PGFN Ð Procurador da Fazenda Nacional Ð 2012


Ð ESAF.
Em rela•‹o ao nome empresarial, marque a op•‹o correta.
a) O nome empresarial n‹o pode ser objeto de aliena•‹o.
b) Pode a sociedade limitada adotar firma ou denomina•‹o, integradas pela
palavra inicial ou final "limitada" ou a sua abreviatura.
c) A sociedade em conta de participa•‹o pode ter firma ou denomina•‹o.
d) A sociedade cooperativa funciona sob firma integrada pelo voc‡bulo
"cooperativa".
e) O nome de s—cio que vier a falecer, for exclu’do ou se retirar, pode ser
conservado na firma social.

13297049677 - Carine Vieira Marques


DIREITO EMPRESARIAL Ð XXIV EXAME DE ORDEM UNIFICADO
Teoria e Quest›es
Aula 01 Ð Prof. Paulo Guimar‹es

Coment‡rios:
Nossa resposta Ž a alternativa A, pois, como voc• j‡ est‡ cansado de saber,
como regra geral o nome empresarial n‹o pode ser alienado, j‡ que se trata de
um direito personal’ssimo.
A alternativa B est‡ incorreta porque a palavra ÒlimitadaÓ, ou sua abreviatura,
deve estar no final do nome da sociedade limitada, n‹o podendo constar no
in’cio.
A alternativa C est‡ incorreta porque a sociedade em conta de participa•‹o n‹o
pode ter firma ou denomina•‹o.
A alternativa D est‡ incorreta porque a cooperativa opera sob denomina•‹o,
seguida da palavra ÒcooperativaÓ.
A alternativa E est‡ incorreta porque o nome do s—cio falecido, exclu’do ou que
tenha se retirado do quadro social n‹o pode ser mantido na firma.
GABARITO: A

QUESTÌO 23. TJ-PI Ð Juiz de Direito Ð 2012 Ð Cespe.


Assinale op•‹o correta acerca do nome empresarial.
a) Por expressa disposi•‹o legal, a sociedade em conta de participa•‹o
deve operar sob firma ou denomina•‹o.
b) ƒ vedado ao adquirente de estabelecimento usar o nome do alienante
precedido do seu pr—prio, com a qualifica•‹o de sucessor, mediante ato
entre vivos e autoriza•‹o contratual, visto que o nome empresarial n‹o
pode ser objeto de aliena•‹o.
c) O C—digo Civil determina que se aplique ˆs pessoas jur’dicas, no que
couber, a prote•‹o dos direitos da personalidade, sendo entendimento
pac’fico da doutrina brasileira que o nome empresarial deve ser
compreendido como direito da personalidade do empres‡rio.
d) A firma deve ser composta com o nome de um ou mais s—cios, desde
que sejam pessoas f’sicas, de modo indicativo da rela•‹o social, podendo
ser adotada nas sociedades limitadas, nas sociedades em comandita por
a•›es e nas sociedades an™nimas.
e) A inscri•‹o do nome empresarial deve ser cancelada, a requerimento de
qualquer interessado, quando cessar o exerc’cio da atividade para a qual
tenha sido adotado o nome, ou quando se ultimar a liquida•‹o da
sociedade que o tenha inscrito.

Coment‡rios:
A alternativa A est‡ incorreta porque, como voc• j‡ est‡ cansado de saber, a
sociedade em conta de participa•‹o n‹o pode ter firma e nem denomina•‹o.
A alternativa B est‡ incorreta porque existe a possibilidade de sucess‹o no
nome empresarial neste caso, em que pese a proibi•‹o geral de aliena•‹o do

13297049677 - Carine Vieira Marques


DIREITO EMPRESARIAL Ð XXIV EXAME DE ORDEM UNIFICADO
Teoria e Quest›es
Aula 01 Ð Prof. Paulo Guimar‹es

nome empresarial. Esta exce•‹o se aplica justamente ˆ aliena•‹o do


estabelecimento empresarial, por meio do famoso contrato de trespasse.
A alternativa C est‡ incorreta porque alguns doutrinadores consideram o nome
empresarial como direito personal’ssimo, mas n‹o podemos dizer que esse
entendimento Ž pac’fico na doutrina nacional.
A alternativa D est‡ incorreta porque a sociedade an™nima opera
necessariamente sob denomina•‹o.
A alternativa E est‡ correta, reproduzindo o conteœdo do art. 1.168 do C—digo
Civil.
GABARITO: E

QUESTÌO 24. TCE-BA Ð Procurador Ð 2010 Ð Cespe.


De acordo com o C—digo Civil, considera-se nome empresarial a firma ou a
denomina•‹o adotada para o exerc’cio de empresa; dessa forma, a
sociedade em conta de participa•‹o pode ter firma ou denomina•‹o.

Coment‡rios:
A assertiva est‡ correta ao dizer que o nome empresarial comporta as
modalidades firma e denomina•‹o, mas a sociedade em conta de participa•‹o Ž
uma exce•‹o, sendo proibida pelo C—digo Civil de adotar nome empresarial.
GABARITO: ERRADO

QUESTÌO 25. AGU Ð Advogado da Uni‹o Ð 2009 Ð Cespe.


Considere que Lena seja s—cia comanditada de certa sociedade em
comandita simples, e Jo‹o, s—cio comandit‡rio. Nessa hip—tese, a raz‹o
social deve ser composta apenas com o nome de Lena, que possui
responsabilidade solid‡ria e ilimitada pelas obriga•›es sociais.

Coment‡rios:
A sociedade em comandita simples Ž uma das modalidades sociais em que h‡
s—cios com responsabilidade ilimitada, e por isso dever‡ adotar firma, que
conter‡ os nomes desses s—cios.
GABARITO: CERTO

QUESTÌO 26. AGU Ð Advogado da Uni‹o Ð 2009 Ð Cespe.


Segundo a doutrina majorit‡ria nacional, o direito ao nome empresarial Ž
um direito personal’ssimo.

Coment‡rios:
Podemos dizer que a doutrina majorit‡ria encara o nome empresarial como um
direito personal’ssimo, mas n‹o podemos dizer que esse entendimento Ž
pac’fico na doutrina, ok!? J

13297049677 - Carine Vieira Marques


DIREITO EMPRESARIAL Ð XXIV EXAME DE ORDEM UNIFICADO
Teoria e Quest›es
Aula 01 Ð Prof. Paulo Guimar‹es

GABARITO: CERTO

QUESTÌO 27. TJ-RJ Ð Juiz de Direito Ð 2016 Ð VUNESP.


Assinale a alternativa correta no que respeita ao estabelecimento
empresarial.
a) A efic‡cia da aliena•‹o do estabelecimento, se ao alienante n‹o
restarem bens suficientes para solver o passivo, depender‡ do pagamento
de todos os credores, ou do consentimento destes, que se admite de modo
expresso ou t‡cito, no prazo de 30 dias contados de sua notifica•‹o.
b) Por consistir no complexo de bens organizado para o exerc’cio da
empresa, o estabelecimento n‹o pode ser objeto unit‡rio de neg—cios
jur’dicos constitutivos, ainda que compat’veis com a sua natureza.
c) O contrato que tenha por objeto o trespasse do estabelecimento
produzir‡ efeitos quanto a terceiros a partir da data de sua assinatura.
d) O adquirente do estabelecimento responde pessoalmente pelo
pagamento dos dŽbitos anteriores ˆ transfer•ncia, independentemente de
estarem contabilizados, exonerando-se o devedor primitivo quanto aos
crŽditos vencidos.
e) O alienante, em raz‹o de expressa previs‹o legal, n‹o poder‡ fazer
concorr•ncia ao adquirente, nos 5 anos subsequentes ˆ assinatura do
contrato de trepasse, n‹o sendo admitida autoriza•‹o expressa em sentido
contr‡rio.

Coment‡rios:
A alternativa A Ž a nossa resposta. O trespasse depende da anu•ncia dos
credores, a n‹o ser que o alienante tenha bens suficientes para pagar tudo que
deve, nos termos do art. 1.145 do C—digo Civil.
A alternativa B est‡ incorreta porque o estabelecimento empresarial pode ser
objeto unit‡rio de neg—cios jur’dicos, sejam eles translativos ou constitutivos,
desde que sejam compat’veis com sua natureza. O C—digo Civil prev• essa
possibilidade em seu art. 1.143.
A alternativa C est‡ incorreta porque o contrato de trespasse come•a a surtir
efeitos a partir de seu registro na Junta Comercial, e n‹o de sua assinatura, nos
termos do art. 1.144 do C—digo Civil.
A alternativa D est‡ incorreta porque o adquirente responde pelo pagamento de
d’vidas contabilizadas, continuando o alienante solidariamente obrigado pelo
prazo de 1 ano, de acordo com o art. 1.146 do C—digo Civil.
A alternativa E est‡ incorreta porque o art. 1.147 admite a possibilidade de o
contrato de trespasse trazer autoriza•‹o expressa para que o alienante fa•a
concorr•ncia ao adquirente.
GABARITO: A

13297049677 - Carine Vieira Marques


DIREITO EMPRESARIAL Ð XXIV EXAME DE ORDEM UNIFICADO
Teoria e Quest›es
Aula 01 Ð Prof. Paulo Guimar‹es

QUESTÌO 28. TJ-SP Ð Juiz de Direito Ð 2015 Ð VUNESP.


Sobre aliena•‹o dos estabelecimentos empresariais, Ž correto afirmar:
a) exige que o alienante ceda, separada e individualmente, ao adquirente
cada um dos contratos estipulados para a explora•‹o do estabelecimento.
b) permite que o alienante se restabele•a de imediato se assim desejar,
continuando a explora•‹o da mesma atividade, caso n‹o haja expressa
veda•‹o contratual no contrato de trespasse.
c) o contrato de aliena•‹o de estabelecimento produzir‡ efeitos imediatos
entre as partes e perante terceiros, salvo se alienante e adquirente
exercerem o mesmo ramo de atividades, quando a opera•‹o ficar‡ na
depend•ncia da aprova•‹o da autoridade de defesa da concorr•ncia.
d) a aliena•‹o implica a responsabilidade do adquirente pelos dŽbitos
anteriores ˆ transfer•ncia, desde que regularmente contabilizados, sem
preju’zo da obriga•‹o solid‡ria do devedor primitivo na forma da lei.

Coment‡rios:
A alternativa A est‡ incorreta por uma raz‹o muito simples: n‹o faria sentido
que a lei exigisse que o alienante precisa ceder separadamente cada um dos
contratos para explora•‹o do estabelecimento. Na realidade, de acordo com o
art. 1.148 do C—digo Civil, salvo disposi•‹o em contr‡rio, a transfer•ncia do
estabelecimento importa a sub-roga•‹o do adquirente nos contratos estipulados
para sua explora•‹o, se n‹o tiverem car‡ter pessoal.
A alternativa B est‡ incorreta porque, em regra, o alienante n‹o pode fazer
concorr•ncia ao adquirente nos 5 anos subsequentes ˆ aliena•‹o, nos termos
do art. 1.147 do C—digo Civil.
A alternativa C est‡ incorreta porque o contrato, em regra, s— produzir‡ efeitos
quanto a terceiros depois de averbado ˆ margem da inscri•‹o do empres‡rio,
ou da sociedade empres‡ria, no Registro Pœblico de Empresas Mercantis, e de
publicado na imprensa oficial.
A alternativa D Ž a nossa resposta, invocando os exatos termos do art. 1.146
do C—digo Civil.
Art. 1.146. O adquirente do estabelecimento responde pelo pagamento dos dŽbitos
anteriores ˆ transfer•ncia, desde que regularmente contabilizados, continuando o devedor
primitivo solidariamente obrigado pelo prazo de um ano, a partir, quanto aos crŽditos
vencidos, da publica•‹o, e, quanto aos outros, da data do vencimento.

GABARITO: D

QUESTÌO 29. TJ-MS Ð Juiz de Direito Ð 2015 Ð VUNESP.


Assinale a alternativa correta acerca do estabelecimento, conforme
disciplinado pelo C—digo Civil.
a) O adquirente do estabelecimento responde pelo pagamento dos dŽbitos
anteriores ˆ transfer•ncia, desde que regularmente contabilizados,
continuando o devedor primitivo solidariamente respons‡vel, quanto aos

13297049677 - Carine Vieira Marques


DIREITO EMPRESARIAL Ð XXIV EXAME DE ORDEM UNIFICADO
Teoria e Quest›es
Aula 01 Ð Prof. Paulo Guimar‹es

crŽditos vencidos, pelo prazo de dois anos a partir da publica•‹o do


trespasse.
b) N‹o restando ao alienante bens suficientes para solver seu passivo, a
efic‡cia da aliena•‹o do estabelecimento depender‡ do pagamento de
todos os credores, ou do consentimento expresso destes, no prazo de
sessenta dias a partir da notifica•‹o.
c) O contrato que tenha por objeto a aliena•‹o, usufruto ou arrendamento
do estabelecimento, produzir‡ efeitos quanto a terceiros a partir da data
em que se realize o trespasse.
d) No caso de arrendamento do estabelecimento, n‹o havendo autoriza•‹o
expressa, o arrendante n‹o poder‡ fazer concorr•ncia ao arrendat‡rio, nos
cinco anos subsequentes ao arrendamento, independentemente do prazo
do contrato.
e) A cess‹o dos crŽditos referentes ao estabelecimento transferido
produzir‡ efeito em rela•‹o aos respectivos devedores, desde o momento
da publica•‹o da transfer•ncia, mas o devedor ficar‡ exonerado se de boa-
fŽ pagar ao cedente.

Coment‡rios:
A alternativa A est‡ incorreta porque o prazo pelo qual o alienante fica
solidariamente obrigado em rela•‹o ˆs d’vidas anteriores ao trespasse Ž de 1
ano, nos termos do art. 1.146 do C—digo Civil.
A alternativa B est‡ incorreta porque o consentimento dos credores neste caso
poder‡ ser t‡cito. O art. 1.144 prev• a necessidade de o alienante notificar os
credores, e se estes n‹o se manifestarem no prazo de 30 dias, ser‡ considerado
seu consentimento.
A alternativa C est‡ incorreta porque o contrato de trespasse produz efeitos
apenas ap—s seu registro e publica•‹o na imprensa oficial, nos termos do art.
1.144.
A alternativa D est‡ incorreta porque, de acordo com o par‡grafo œnico do art.
1.147, no caso de arrendamento ou usufruto do estabelecimento, a proibi•‹o de
concorr•ncia persistir‡ durante o prazo do contrato.
A alternativa E est‡ correta, trazendo a regra prevista no art. 1.149 do C—digo
Civil. Aten•‹o ˆ possibilidade de o devedor de boa-fŽ exonerar-se de sua
obriga•‹o fazendo o pagamento ao alienante do estabelecimento!
GABARITO: E

QUESTÌO 30. TJ-RJ Ð Juiz de Direito Ð 2014 Ð VUNESP.


Considera-se complexo de bens organizado para o exerc’cio da empresa,
por empres‡rio ou sociedade empres‡ria:
a) atividade econ™mica desenvolvida profissionalmente.
b) estabelecimento.

13297049677 - Carine Vieira Marques


DIREITO EMPRESARIAL Ð XXIV EXAME DE ORDEM UNIFICADO
Teoria e Quest›es
Aula 01 Ð Prof. Paulo Guimar‹es

c) patente.
d) ponto.

Coment‡rios:
O complexo de bens que servem ao exerc’cio da atividade empresarial nada
mais Ž do que o estabelecimento, que Ž pela doutrina considerado como uma
universalidade de fato.
GABARITO: D

QUESTÌO 31. TJ-RJ Ð Juiz de Direito Ð 2012 Ð VUNESP.


Na transfer•ncia do estabelecimento empresarial, Ž correto afirmar que
a) desde que determinado no contrato, as partes poder‹o acordar que a
transfer•ncia n‹o importar‡ a sub-roga•‹o do adquirente nos contratos
estipulados para a explora•‹o do estabelecimento.
b) o adquirente do estabelecimento n‹o responde pelo pagamento dos
dŽbitos anteriores ˆ transfer•ncia, ainda que contabilizados.
c) no caso de arrendamento do estabelecimento, Ž poss’vel,
independentemente de autoriza•‹o expressa, que o arrendador concorra
com o arrendat‡rio.
d) a cess‹o dos crŽditos referentes ao estabelecimento transferido
produzir‡ efeito em rela•‹o aos respectivos devedores, desde o momento
da realiza•‹o do contrato.

Coment‡rios:
Nossa resposta Ž a alternativa A. A transfer•ncia do estabelecimento, em regra,
importa a sub-roga•‹o do adquirente nos contratos estipulados para explora•‹o
do estabelecimento, se n‹o tiverem car‡ter pessoal. Por outro lado, o pr—prio
art. 1.148 do C—digo Civil prev• a possibilidade de estipula•‹o contratual em
sentido contr‡rio.
A alternativa B est‡ incorreta porque os dŽbitos anteriores s‹o assumidos pelo
adquirente, desde que regularmente contabilizados, nos termos do art. 1.146
do C—digo Civil.
A alternativa C est‡ incorreta porque, de acordo com o par‡grafo œnico do art.
1.147, nos casos de arrendamento ou usufruto do estabelecimento, a proibi•‹o
de concorr•ncia persistir‡ durante o prazo do contrato.
A alternativa D est‡ incorreta porque a produ•‹o de efeitos do trespasse se d‡
com o registro e a publica•‹o do contrato, e n‹o com a sua celebra•‹o.
GABARITO: A

13297049677 - Carine Vieira Marques


DIREITO EMPRESARIAL Ð XXIV EXAME DE ORDEM UNIFICADO
Teoria e Quest›es
Aula 01 Ð Prof. Paulo Guimar‹es

QUESTÌO 32. TJ-MS Ð Titular de Servi•os de Notas e de


Registros Ð 2009 Ð VUNESP.
O contrato de trespasse produzir‡ efeitos perante terceiros quando
a) publicado na imprensa oficial e noticiado aos credores.
b) registrado perante a Junta Comercial e depois de efetivada comunica•‹o
aos credores para que remetam por escrito sua aceita•‹o.
c) registrado no Registro Civil de Pessoa Jur’dica e averbado na Junta
Comercial.
d) averbado ˆ margem da inscri•‹o do empres‡rio ou da sociedade
empres‡ria, no Registro Pœblico de Empresas Mercantis e publicado na
imprensa oficial.
e) o estabelecimento for objeto unit‡rio de direitos e de neg—cios jur’dicos,
translativos ou constitutivos, que sejam compat’veis com a sua natureza.

Coment‡rios:
O art. 1.444 do C—digo Civil Ž claro no sentido de que o contrato de trespasse
somente produzir‡ efeitos quanto a terceiros depois de averbado ˆ margem da
inscri•‹o do empres‡rio, ou da sociedade empres‡ria, no Registro Pœblico de
Empresas Mercantis, e de publicado na imprensa oficial.
GABARITO: D

QUESTÌO 33. TJ-AL Ð Juiz de Direito Ð 2015 Ð FCC.


Relativamente ao estabelecimento empresarial, considere:
I. O contrato que tenha por objeto a aliena•‹o, o usufruto ou
arrendamento do estabelecimento, s— produzir‡ efeitos quanto a terceiros
depois de averbado ˆ margem da inscri•‹o do empres‡rio, ou da sociedade
empres‡ria, no Registro Pœblico de Empresas Mercantis, e de publicado na
Imprensa Oficial.
II. Se ao alienante n‹o restarem bens suficientes para solver o seu
passivo, a efic‡cia da aliena•‹o do estabelecimento depende do pagamento
de todos os credores, ou do consentimento destes, somente de modo
expresso, em trinta dias a partir de sua notifica•‹o.
III. O adquirente do estabelecimento responde pelo pagamento dos dŽbitos
anteriores ˆ transfer•ncia, desde que regularmente contabilizados,
continuando o devedor primitivo solidariamente obrigado pelo prazo de um
ano, a partir, quanto aos crŽditos vencidos, da publica•‹o, e, quanto aos
outros, da data do vencimento.
IV. N‹o havendo autoriza•‹o expressa, o alienante do estabelecimento n‹o
pode fazer concorr•ncia ao adquirente, nos tr•s anos subsequentes ao
registro da transfer•ncia.
V. ƒ leg’tima a penhora da sede do estabelecimento comercial.

13297049677 - Carine Vieira Marques


DIREITO EMPRESARIAL Ð XXIV EXAME DE ORDEM UNIFICADO
Teoria e Quest›es
Aula 01 Ð Prof. Paulo Guimar‹es

Est‡ correto o que se afirma APENAS em


a) II, III e IV.
b) II, III, IV e V.
c) I, III e V.
d) I, II, IV e V.
e) I, III, IV e V.

Coment‡rios:
A assertiva I est‡ correta, reproduzindo a regra do art. 1.444 do C—digo Civil.
A assertiva II est‡ incorreta, pois o prazo de 30 dias se aplica justamente ˆ
possibilidade de consentimento t‡cito por parte dos credores do alienante, nos
termos do art. 1.145 do C—digo Civil.
A assertiva III est‡ correta, reproduzindo a regra acerca das d’vidas anteriores
ao trespasse, que constam no art. 1.146.
A assertiva IV est‡ incorreta, pois o prazo da veda•‹o ˆ concorr•ncia por parte
do alienante Ž, em regra, de 5 anos, e n‹o apenas 3.
A assertiva V est‡ correta, reproduzindo o conteœdo da Sœmula 451 do STJ,
segundo a qual Ž poss’vel n‹o apenas a penhora do estabelecimento comercial
como um todo, mas tambŽm do im—vel onde funciona a sua sede.
GABARITO: C

QUESTÌO 34. TJ-SC Ð Juiz de Direito Ð 2015 Ð FCC.


Ricardo, empres‡rio do ramo de m—veis, alienou o seu estabelecimento
para Alexandre, que ali deu continuidade ˆ explora•‹o da mesma
atividade. No contrato de trespasse, foram regularmente contabilizadas
todas as d’vidas relativas ao estabelecimento, algumas delas j‡ vencidas e
outras por vencer. Nesse caso, Ricardo
a) n‹o responde pelas d’vidas do estabelecimento, ainda que anteriores ˆ
sua transfer•ncia.
b) responde com exclusividade por todas as d’vidas do estabelecimento
anteriores ˆ sua transfer•ncia.
c) responde com exclusividade apenas pelas d’vidas j‡ vencidas por
ocasi‹o da transfer•ncia do estabelecimento.
d) responde solidariamente com Alexandre, durante determinado prazo,
por todas as d’vidas anteriores ˆ transfer•ncia do estabelecimento.
e) responde solidariamente com Alexandre apenas pelas d’vidas j‡
vencidas por ocasi‹o da transfer•ncia do estabelecimento.

13297049677 - Carine Vieira Marques


DIREITO EMPRESARIAL Ð XXIV EXAME DE ORDEM UNIFICADO
Teoria e Quest›es
Aula 01 Ð Prof. Paulo Guimar‹es

Coment‡rios:
O adquirente responde por todas as d’vidas regularmente contabilizadas, mas o
alienante Ž solidariamente respons‡vel pelo per’odo de 1 ano contado da
publica•‹o do contrato, quanto aos crŽditos vencidos, ou do vencimento da
d’vida, quanto ˆs d’vidas vincendas.
GABARITO: D

QUESTÌO 35. SEFAZ-PE Ð Julgador Administrativo Tribut‡rio


do Tesouro Estadual Ð 2015 Ð FCC.
Quanto ao estabelecimento empresarial, Ž correto afirmar:
a) O conceito de estabelecimento empresarial confunde-se com o da
sociedade empres‡ria, como sujeito de direito, e com o de empresa, como
atividade econ™mica.
b) O estabelecimento empresarial Ž composto apenas por elementos
materiais, como as mercadorias do estoque, os mobili‡rios, utens’lios,
ve’culos, maquinaria, clientela etc.
c) Na classifica•‹o geral dos bens, conforme C—digo Civil, o
estabelecimento empresarial Ž uma universalidade de fato, por encerrar
um conjunto de bens pertinentes ao empres‡rio e destinados ˆ mesma
finalidade, de servir ˆ explora•‹o de empresa.
d) Ao estabelecimento empresarial imputam-se as obriga•›es e
asseguram-se os direitos relacionados com a empresa, j‡ que passou o
estabelecimento a possuir personalidade jur’dica.
e) A sociedade empres‡ria s— pode ser titular de um œnico estabelecimento
empresarial, dado o princ’pio da unicidade.

Coment‡rios:
O estabelecimento empresarial Ž composto pelos bens, materiais e imateriais,
destinados ao exerc’cio da atividade empresarial, mas n‹o podemos confundi-lo
com a pr—pria sociedade empres‡ria. Na realidade, o estabelecimento Ž uma
universalidade de fato, e n‹o uma pessoa jur’dica.
GABARITO: C

QUESTÌO 36. DPE-CE Ð Defensor Pœblico Ð 2014 Ð FCC.


Jo‹o, titular de estabelecimento comercial do ramo de confeitaria, alienou-
o para Paulo, que continuou explorando a mesma atividade no local. Dois
anos depois da transfer•ncia, Jo‹o decidiu alugar o im—vel vizinho, no qual
estabeleceu nova confeitaria, passando a competir diretamente com Paulo.
Nesse caso, e considerando que o contrato de trespasse nada previa acerca
da proibi•‹o de concorr•ncia, Ž correto afirmar:
a) Jo‹o tem direito de fazer concorr•ncia a Paulo, dado que o contrato
nada previa a esse respeito.

13297049677 - Carine Vieira Marques


DIREITO EMPRESARIAL Ð XXIV EXAME DE ORDEM UNIFICADO
Teoria e Quest›es
Aula 01 Ð Prof. Paulo Guimar‹es

b) ƒ requisito de validade do contrato de trespasse a estipula•‹o, por


escrito, acerca do direito de concorr•ncia por parte do alienante do
estabelecimento.
c) Nem mesmo com autoriza•‹o expressa de Paulo seria l’cito a Jo‹o fazer-
lhe concorr•ncia, por se tratar de direito irrenunci‡vel, que visa a impedir o
comportamento empresarial predat—rio, prejudicial ao desenvolvimento
sustent‡vel da ordem econ™mica.
d) Jo‹o tem direito de explorar a mesma atividade no im—vel vizinho
amparado no princ’pio constitucional da liberdade de concorr•ncia,
reputando-se nulas quaisquer conven•›es que o proibissem de competir
com Paulo.
e) Na omiss‹o do contrato, Jo‹o n‹o poder‡ fazer concorr•ncia a Paulo nos
cinco anos subsequentes ˆ transfer•ncia do estabelecimento.

Coment‡rios:
Na situa•‹o descrita, Jo‹o somente poderia fazer concorr•ncia a Paulo se
houvesse autoriza•‹o expressa para tal no contrato. Caso contr‡rio, ele estaria
impedido pelo prazo de 5 anos, nos termos do art. 1.147.
GABARITO: E

QUESTÌO 37. TJ-AP Ð Juiz de Direito Ð 2014 Ð FCC.


Realizado o trespasse do estabelecimento, Ž correto afirmar:
a) O nome empresarial do titular do estabelecimento pode ser inclu’do na
aliena•‹o do estabelecimento.
b) N‹o havendo autoriza•‹o expressa, o alienante n‹o pode fazer
concorr•ncia ao adquirente, nos 5 anos subsequentes ˆ transfer•ncia.
c) O adquirente n‹o responde pelo pagamento dos dŽbitos anteriores ˆ
transfer•ncia que estejam regularmente contabilizados.
d) A efic‡cia quanto a terceiros independe de averba•‹o no Registro
Pœblico de Empresas Mercantis e de publica•‹o na imprensa oficial.
e) O adquirente que continua a explora•‹o do estabelecimento adquirido,
n‹o responde pelos tributos relativos ao estabelecimento adquirido,
devidos atŽ a data do ato.

Coment‡rios:
Esta quest‹o gerou muita pol•mica por causa da alternativa A, que, de acordo
com o gabarito oficial, est‡ incorreta. Voc• j‡ sabe que, em regra, o nome
empresarial Ž inalien‡vel, mas que ele pode ser cedido juntamente com o
estabelecimento empresarial no contrato de trespasse. Sinceramente n‹o
consigo entender exatamente por que a banca deu como errada a alternativa.
A alternativa B Ž a nossa resposta, que reproduz a regra de n‹o concorr•ncia
prevista no art. 1.147 do C—digo Civil.

13297049677 - Carine Vieira Marques


DIREITO EMPRESARIAL Ð XXIV EXAME DE ORDEM UNIFICADO
Teoria e Quest›es
Aula 01 Ð Prof. Paulo Guimar‹es

A alternativa C est‡ incorreta porque, desde que os dŽbitos estejam


regularmente contabilizados, o adquirente responder‡ por eles, nos termos do
art. 1.146.
A alternativa D est‡ incorreta porque a efic‡cia do contrato contra terceiros
depende de seu registro e da sua publica•‹o na imprensa oficial, de acordo com
o art. 1.144.
A alternativa E est‡ incorreta porque as d’vidas tribut‡rias, assim como as
demais, s‹o assumidas pelo adquirente do estabelecimento. Lembre-se apenas
de que essas d’vidas, assim como as trabalhistas, est‹o sujeitas a regime
jur’dico pr—prio.
GABARITO: B

QUESTÌO 38. TRT 4a Regi‹o (RS) Ð Juiz do Trabalho Ð 2012 Ð


FCC.
Se ao alienante n‹o restarem bens suficientes para solver o seu passivo, a
efic‡cia da aliena•‹o do estabelecimento depende
a) somente do consentimento expresso dos credores trabalhistas e
tribut‡rios.
b) do consentimento expresso ou t‡cito de todos os credores, em 60
(sessenta) dias de sua notifica•‹o.
c) do pagamento de todos os credores, ou do consentimento destes, de
modo expresso ou t‡cito, em 30 (trinta) dias a partir de sua notifica•‹o.
d) apenas do pagamento de todos os credores trabalhistas e tribut‡rios.
e) exclusivamente do consentimento expresso dos credores com garantia
real.

Coment‡rios:
De acordo com o art. 1.145 do C—digo Civil, se o alienante n‹o restarem bens
suficientes para solver o seu passivo, a efic‡cia da aliena•‹o do estabelecimento
depende do pagamento de todos os credores, ou do consentimento destes, de
modo expresso ou t‡cito, em trinta dias a partir de sua notifica•‹o.
GABARITO: C

QUESTÌO 39. PC-PE Ð Delegado de Pol’cia Ð 2016 Ð Cespe.


A respeito de estabelecimento empresarial, aviamento e clientela, assinale
a op•‹o correta.
a) Estabelecimento empresarial corresponde a um complexo de bens
corp—reos organizados ao exerc’cio de determinada empresa.
b) O estabelecimento empresarial n‹o Ž suscet’vel de avalia•‹o econ™mica
e, por consequ•ncia, n‹o pode ser alienado.

13297049677 - Carine Vieira Marques


DIREITO EMPRESARIAL Ð XXIV EXAME DE ORDEM UNIFICADO
Teoria e Quest›es
Aula 01 Ð Prof. Paulo Guimar‹es

c) Aviamento refere-se ˆ aptid‹o que determinado estabelecimento


empresarial possui para gerar lucros.
d) De acordo com a doutrina, aviamento e clientela s‹o sin™nimos.
e) Na legisla•‹o vigente, n‹o h‡ mecanismos de prote•‹o legal ˆ clientela.

Coment‡rios:
A alternativa A est‡ incorreta porque o estabelecimento empresarial Ž formado
por um conjunto de bens corp—reos e incorp—reos, que servem ao exerc’cio da
atividade empresarial.
A alternativa B est‡ incorreta porque o estabelecimento empresarial pode ser
alienado por meio do contrato de trespasse, e para isso Ž importante sua
avalia•‹o econ™mica, que Ž feita por meio de due diligence.
A alternativa C est‡ correta. O aviamento Ž um termo utilizado para referir-se ˆ
aptid‹o de determinado estabelecimento empresarial para gerar lucro.
A alternativa D est‡ incorreta porque a clientela se refere ao conjunto de
pessoas que mant•m rela•›es jur’dicas constantes com o empres‡rio. A
clientela est‡ muito relacionada ao aviamento, mas s‹o conceitos distintos.
A alternativa E est‡ incorreta porque h‡ diversos institutos jur’dicos, no ‰mbito
do direito concorrencial, que se prestam ˆ prote•‹o da clientela.
GABARITO: C

QUESTÌO 40. AGU Ð Advogado da Uni‹o Ð 2015 Ð Cespe.


O im—vel no qual se localize o estabelecimento da empresa Ž
impenhor‡vel, inclusive por d’vidas fiscais.

Coment‡rios:
J‡ houve muita discuss‹o sobre a possibilidade de penhora do estabelecimento
comercial e de sua sede, e hoje se entende que as duas medidas s‹o poss’veis.
Quanto Ž penhorabilidade da sede do estabelecimento, h‡ a Sœmula 451 do
STJ.
Sœmula 451 do STJ
ƒ leg’tima a penhora da sede do estabelecimento comercial.

GABARITO: ERRADO

QUESTÌO 41. C‰mara dos Deputados Ð Analista Legislativo Ð


2014 Ð Cespe.
Para que tenha efic‡cia a venda do estabelecimento comercial, o
empres‡rio alienante deve pagar a seus credores ou deve deles colher
aquiesc•ncia da venda, expressa ou t‡cita, salvo se existirem, em seu
patrim™nio, outros bens que sejam suficientes para a solv•ncia do passivo.

13297049677 - Carine Vieira Marques


DIREITO EMPRESARIAL Ð XXIV EXAME DE ORDEM UNIFICADO
Teoria e Quest›es
Aula 01 Ð Prof. Paulo Guimar‹es

Coment‡rios:
A assertiva traz a regra do art. 1.145 do C—digo Civil, apesar da reda•‹o n‹o
t‹o clara. Se ao alienante n‹o restarem bens suficientes para solver o seu
passivo, a efic‡cia da aliena•‹o do estabelecimento depende do pagamento de
todos os credores, ou do consentimento destes, de modo expresso ou t‡cito,
em trinta dias a partir de sua notifica•‹o.
GABARITO: CERTO

QUESTÌO 42. AGU Ð Advogado da Uni‹o Ð 2012 Ð Cespe.


Suponha que a pessoa jur’dica Alfa Alimentos Ltda. adquira o
estabelecimento empresarial da Beta Indœstria Aliment’cia Ltda. Nessa
situa•‹o, a adquirente responder‡ pelo pagamento de todos os dŽbitos
anteriores ˆ transfer•ncia, incluindo-se os trabalhistas e tribut‡rios, desde
que regularmente contabilizados.

Coment‡rios:
Esta Ž uma quest‹o pol•mica em que, na minha opini‹o, a banca Òperdeu a
m‹oÓ, elaborando uma assertiva obscura. De acordo com o art. 1.146 do
C—digo Civil, o adquirente responde pelas d’vidas regularmente contabilizadas,
mas a doutrina e a jurisprud•ncia dominantes entendem que as d’vidas
tribut‡rias e trabalhistas, sujeitas a regime jur’dico pr—prio, est‹o de fora dessa
regra, e, ao menos em princ’pio, s‹o assumidas pelo adquirente mesmo que
n‹o contabilizadas.
GABARITO: ERRADO

QUESTÌO 43. TRF 1a Regi‹o Ð Juiz Federal Ð 2011 Ð Cespe.


Assinale a op•‹o correta com rela•‹o a estabelecimento comercial.
a) Caso o locat‡rio, no momento da propositura da a•‹o renovat—ria,
apresente valor locativo compat’vel com o valor de mercado, o locador
dever‡ renovar a loca•‹o, ainda que ele receba proposta mais vantajosa de
terceiro.
b) A loca•‹o empresarial submete-se ao regime jur’dico da renova•‹o
compuls—ria, de acordo com o qual a loca•‹o deve ser contratada por
tempo determinado de, no m’nimo, cinco anos, admitida a soma dos
prazos de contratos escritos, sucessivamente renovados, podendo esse
c‡lculo ser feito pelo sucessor ou cession‡rio do locat‡rio.
c) N‹o havendo previs‹o contratual, o adquirente de estabelecimento pode
usar o nome do alienante, precedido do seu pr—prio, com qualifica•‹o de
sucessor, por ato entre vivos.
d) A cess‹o de crŽditos referentes a estabelecimento transferido n‹o
produz efeitos em rela•‹o aos devedores.

13297049677 - Carine Vieira Marques


DIREITO EMPRESARIAL Ð XXIV EXAME DE ORDEM UNIFICADO
Teoria e Quest›es
Aula 01 Ð Prof. Paulo Guimar‹es

e) O estabelecimento comercial comp›e o patrim™nio do empres‡rio, que


possui livre disponibilidade para alien‡-lo, sem a necessidade de
concord‰ncia dos credores.

Coment‡rios:
Quest‹o interessante sobre o contrato de loca•‹o empresarial.
A alternativa A est‡ incorreta porque o recebimento de proposta mais
interessante do ponto de vista econ™mico Ž uma das raz›es de defesa do
locador na a•‹o renovat—ria. Nesse caso o locador dever‡ juntar prova
documental da proposta do terceiro, subscrita por este e por duas testemunhas,
com clara indica•‹o do ramo a ser explorado, que n‹o poder‡ ser o mesmo do
locat‡rio. O locat‡rio, por sua vez, ter‡ a oportunidade de aceitar as condi•›es
para obter a renova•‹o do contrato.
Nessa hip—tese a lei prev• ainda, juntamente com a possibilidade de retomada
do ponto pelo locador, a obriga•‹o de indenizar o locat‡rio pela perda do ponto.
Essa indeniza•‹o ser‡ arbitrada pelo juiz para ressarcir os preju’zos e os lucros
cessantes que o locat‡rio tiver que arcar com mudan•a, perda do lugar e
desvaloriza•‹o do estabelecimento empresarial.
A alternativa B est‡ correta e Ž a nossa resposta, reproduzindo a regra do art.
51 da Lei n. 8.245/1991.
Art. 51. Nas loca•›es de im—veis destinados ao comŽrcio, o locat‡rio ter‡ direito a
renova•‹o do contrato, por igual prazo, desde que, cumulativamente:
I - o contrato a renovar tenha sido celebrado por escrito e com prazo determinado;
II - o prazo m’nimo do contrato a renovar ou a soma dos prazos ininterruptos dos
contratos escritos seja de cinco anos;
III - o locat‡rio esteja explorando seu comŽrcio, no mesmo ramo, pelo prazo m’nimo e
ininterrupto de tr•s anos.
¤ 1¼ O direito assegurado neste artigo poder‡ ser exercido pelos cession‡rios ou
sucessores da loca•‹o; no caso de subloca•‹o total do im—vel, o direito a renova•‹o
somente poder‡ ser exercido pelo sublocat‡rio.

A alternativa C est‡ incorreta porque essa hip—tese de uso do nome empresarial


pelo adquirente, prevista no art. 1.164, par‡grafo œnico, do C—digo Civil, exige
previs‹o espec’fica no contrato.
A alternativa D est‡ incorreta porque a cess‹o de crŽditos no contrato de
trespasse obviamente produz efeitos em rela•‹o a terceiros, desde que o
contrato seja devidamente registrado na Junta Comercial e publicado na
imprensa oficial.
A alternativa E est‡ incorreta porque, se o empres‡rio n‹o tiver patrim™nio
suficiente para saldar todos os credores, a aliena•‹o do estabelecimento
depender‡ da anu•ncia de todos eles, que poder‡ ser expressa ou t‡cita, nos
termos do art. 1.145 do C—digo Civil.
GABARITO: B

13297049677 - Carine Vieira Marques


DIREITO EMPRESARIAL Ð XXIV EXAME DE ORDEM UNIFICADO
Teoria e Quest›es
Aula 01 Ð Prof. Paulo Guimar‹es

QUESTÌO 44. TJ-AM Ð Juiz de Direito Ð 2016 Ð Cespe.


Acerca da teoria do estabelecimento comercial, assinale a op•‹o correta.
a) Se n‹o houver veda•‹o expressa no contrato de trespasse, o alienante
poder‡ constituir nova sociedade para explorar o mesmo ramo de atividade
imediatamente ap—s a aliena•‹o do estabelecimento.
b) A a•‹o renovat—ria de loca•‹o Ž uma prote•‹o especial ao
estabelecimento comercial e ser‡ julgada procedente mesmo que o locador
n‹o queira a renova•‹o, desde que o locat‡rio tenha no m‡ximo um m•s
de inadimpl•ncia no contrato cuja renova•‹o deseja.
c) O estabelecimento empresarial, por ser o local onde o empres‡rio exerce
sua atividade empresarial, Ž impenhor‡vel.
d) ƒ condi•‹o de efic‡cia perante terceiros o registro do contrato de
trespasse na junta comercial e sua posterior publica•‹o.
e) O adquirente do estabelecimento comercial Ž respons‡vel pelos dŽbitos
anteriores ˆ transfer•ncia que n‹o estejam contabilizados, pois estes
seguem a coisa (in propter rem).

Coment‡rios:
A alternativa A est‡ incorreta porque, como regra geral, o adquirente do
estabelecimento est‡ protegido contra a concorr•ncia do alienante pelo prazo
de 5 anos, a n‹o ser que o contrato de trespasse traga previs‹o diferente.
A alternativa B est‡ incorreta porque, para que a•‹o renovat—ria seja julgada
procedente, Ž necess‡rio que o locat‡rio observe todos os requisitos do art. 51
da Lei n. 8.245/1991. No total temos tr•s requisitos diferentes. Vamos
relembrar!?
Art. 51. Nas loca•›es de im—veis destinados ao comŽrcio, o locat‡rio ter‡ direito a
renova•‹o do contrato, por igual prazo, desde que, cumulativamente:
I - o contrato a renovar tenha sido celebrado por escrito e com prazo determinado;
II - o prazo m’nimo do contrato a renovar ou a soma dos prazos ininterruptos dos
contratos escritos seja de cinco anos;
III - o locat‡rio esteja explorando seu comŽrcio, no mesmo ramo, pelo prazo m’nimo e
ininterrupto de tr•s anos.

A alternativa C est‡ incorreta porque o estabelecimento empresarial n‹o Ž


apenas o local onde o empres‡rio exerce suas atividades, mas todo o complexo
de bens utilizado para tal. AlŽm disso, como voc• j‡ sabe, o estabelecimento
empresarial pode ser penhorado.
A alternativa D Ž a nossa resposta. Realmente a produ•‹o de efeitos do
contrato de trespasse perante terceiros depende de seu registro na Junta
Comercial e posterior publica•‹o.
A alternativa E est‡ incorreta porque o adquirente Ž, em regra, respons‡vel
pelas d’vidas do alienante anteriores ao contrato, desde que tenham sido
devidamente contabilizadas. GABARITO: D

13297049677 - Carine Vieira Marques


DIREITO EMPRESARIAL Ð XXIV EXAME DE ORDEM UNIFICADO
Teoria e Quest›es
Aula 01 Ð Prof. Paulo Guimar‹es

5 Ð Resumo da Aula

Para finalizar o estudo da matŽria, trazemos um resumo dos


principais aspectos estudados ao longo da aula. Nossa sugest‹o Ž a
de que esse resumo seja utilizado nos dias que antecederem a prova
para ÒrefrescarÓ os principais pontos do conteœdo te—rico.

Marca

Nome de fantasia, t’tulo


de estabelecimento ou
ins’gnia
ELEMENTOS DE
IDENTIFICA‚ÌO DO
EMPRESçRIO
Nome de dom’nio

Sinais de propaganda

Empres‡rio Individual
Firma Sociedade em nome coletivo
Sociedade em comandita simples

Denomina•‹o Sociedade an™nima

NOME
EMPRESARIAL Sociedade limitada (somente firma
Firma ou social)
Denomina•‹o Sociedade em comandita por a•›es
EIRELI

N‹o pode ter firma e


Sociedade em conta de participa•‹o
nem denomina•‹o

13297049677 - Carine Vieira Marques


DIREITO EMPRESARIAL Ð XXIV EXAME DE ORDEM UNIFICADO
Teoria e Quest›es
Aula 01 Ð Prof. Paulo Guimar‹es

De acordo com a regra do art. 1.162 do C—digo Civil, a sociedade em conta


de participa•‹o n‹o pode ter firma ou denomina•‹o.

A firma, alŽm de identificar quem exerce a atividade econ™mica, tem tambŽm


a fun•‹o de assinatura do empres‡rio ou da sociedade empres‡ria. A
denomina•‹o, por outro lado, n‹o exerce essa fun•‹o, servindo apenas como
elemento identificador.

FIRMA DENOMINAÇÃO

Deve conter o nome Pode adotar o nome


civil do empresário civil ou qualquer
ou dos sócios outra expressão

Pode conter o ramo Deve designar o


de atividade objeto da empresa

Não serve como


Serve de assinatura
assinatura do
do empresário
empresário

o nome empresarial n‹o poder‡


Princ’pio da veracidade conter informa•›es falsas.

PRINCêPIOS
APLICçVEIS AO NOME
EMPRESARIAL
n‹o pode ser registrado um
nome empresarial id•ntico ou
Princ’pio da novidade muito parecido com outro que j‡
tenha sido registrado.

A inscri•‹o no registro pr—prio assegura o uso exclusivo do nome empresarial


nos limites do respectivo Estado. Essa exclusividade pode ainda estender-se-‡ a
todo o territ—rio nacional, se o nome empresarial for registrado na forma da lei
especial.

13297049677 - Carine Vieira Marques


DIREITO EMPRESARIAL Ð XXIV EXAME DE ORDEM UNIFICADO
Teoria e Quest›es
Aula 01 Ð Prof. Paulo Guimar‹es

O estabelecimento empresarial Ž o complexo de bens, materiais e


imateriais, que o empres‡rio utiliza no exerc’cio de sua atividade. Podemos
dizer que o estabelecimento Ž a proje•‹o patrimonial da empresa.

Pessoa que explora a


Empres‡rio
atividade empresarial

Empresa Atividade em si
==d1fdc==

Estabelecimento Complexo de bens


empresarial materiais e imateriais

Mercadorias
Instala•›es
Bens corp—reos Equipamentos
Ve’culos
etc.
ESTABELECIMENTO
EMPRESARIAL
Marcas
Patentes
Bens incorp—reos Direitos
Ponto
etc.

A doutrina brasileira majorit‡ria Ž no sentido de que o estabelecimento


empresarial Ž uma universidade de fato, j‡ que os elementos formam uma
coisa em raz‹o da destina•‹o que o empres‡rio lhes d‡.

O contrato de trespasse Ž o contrato oneroso de transfer•ncia do


estabelecimento empresarial.

13297049677 - Carine Vieira Marques


DIREITO EMPRESARIAL Ð XXIV EXAME DE ORDEM UNIFICADO
Teoria e Quest›es
Aula 01 Ð Prof. Paulo Guimar‹es

Embora o adquirente do estabelecimento empresarial assuma todas as d’vidas


devidamente contabilizadas, o alienante fica solidariamente respons‡vel por
elas durante o prazo de 1 ano. Se a d’vida j‡ estiver vencida, esse prazo
ser‡ contado a partir da publica•‹o do contrato de trespasse; se a d’vida for
vincenda, o prazo ser‡ contado de seu vencimento.

Se n‹o houver autoriza•‹o expressa no contrato, o alienante do


estabelecimento empresarial n‹o pode fazer concorr•ncia ao adquirente nos 5
anos subsequentes ˆ transfer•ncia. N‹o h‡ previs‹o legal, porŽm, acerca da
abrang•ncia territorial dessa proibi•‹o.

contrato escrito e por


Formal
prazo determinado

m’nimo de 5 anos de
Requisitos para a•‹o
Temporal rela•‹o contratual
renovat—ria de aluguel cont’nua

m’nimo de 3 anos na
Material explora•‹o de atividade
no mesmo ramo

No caso do contrato de loca•‹o em shopping center, n‹o se admite a


retomada por parte do locador para uso pr—prio do im—vel, nem para
transfer•ncia de estabelecimento empresarial constitu’do h‡ mais de 1 ano cuja
maioria do capital seja de titularidade do locador ou de seu c™njuge,
ascendente ou descendente.

A cl‡usula de raio nos contratos de loca•‹o em shopping center, considerada


legal pelo STJ, Ž definida como aquela em que o locat‡rio de um espa•o
comercial se obriga, perante o locador, a n‹o exercer atividade similar ˆ
praticada no im—vel objeto da loca•‹o em outro estabelecimento situado a um
determinado raio de dist‰ncia daquele im—vel.

13297049677 - Carine Vieira Marques


DIREITO EMPRESARIAL Ð XXIV EXAME DE ORDEM UNIFICADO
Teoria e Quest›es
Aula 01 Ð Prof. Paulo Guimar‹es

forma de aluguel percentual, ou seja, o lojista


remunera•‹o entrega parte do valor do seu faturamento

rela•‹o associativa
entre empreendedor
e lojistas
n‹o se admite a retomada para uso pr—prio
do im—vel, nem para transfer•ncia de
estabelecimento empresarial constitu’do h‡
restri•›es ˆ retomada
mais de 1 ano cuja maioria do capital seja
de titularidade do locador ou de seu
c™njuge, ascendente ou descendente.
Contrato de loca•‹o em
shopping center

cl‡usula de possibilidade a fiscaliza•‹o das contas do


fiscaliza•‹o lojista por parte do empreendedor

o locat‡rio se obriga a n‹o exercer


atividade similar em outro estabelecimento
situado a um determinado raio de dist‰ncia
cl‡usula de raio

admitida pelo STJ (Informativo 585)

¥ Aptid‹o que um determinado estabelecimento


AVIAMENTO empresarial possui para gerar lucros.

¥ Conjunto de pessoas que mantŽm rela•›es


CLIENTELA jur’dicas constantes com o empres‡rio

13297049677 - Carine Vieira Marques


DIREITO EMPRESARIAL Ð XXIV EXAME DE ORDEM UNIFICADO
Teoria e Quest›es
Aula 01 Ð Prof. Paulo Guimar‹es

6 Ð Jurisprud•ncia Aplic‡vel

AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. NOVA


DENOMINA‚ÌO. FALTA DE COMPROVA‚ÌO DA ALTERA‚ÌO SOCIAL. FALTA DE
INSTRUMENTO PROCURATîRIO. SòMULA 115/STJ.
1. Havendo altera•‹o na denomina•‹o social da pessoa jur’dica antes da interposi•‹o do
recurso, compete ˆ parte trazer aos autos documentos comprobat—rios da mudan•a social,
assim como instrumento de mandato com poderes outorgados pela nova denomina•‹o
social. Precedentes.
2. ƒ cedi•o nesta Corte Superior que o recurso apresentado por advogado sem poderes de
representar a parte recorrente Ž inexistente (Sœmula 115/STJ).
3. AlŽm disso, Ž firme o entendimento de que a regularidade de representa•‹o processual
deve ser aferida no instante da interposi•‹o do recurso, sendo incab’vel, ap—s esse
momento, qualquer dilig•ncia para suprir a falta de instrumento de procura•‹o. Isso
porque n‹o se aplica o art. 13 do CPC, nesta inst‰ncia especial.
4. Agravo regimental n‹o conhecido.
AgRg no AREsp 557063 SC 2014/0193205-0, Rel. Min. Luis Felipe Salom‹o, DJ
11.11.2014.

DIREITO EMPRESARIAL. RECURSO ESPECIAL. COLIDæNCIA ENTRE MARCAS.


DIREITO DE EXCLUSIVA. LIMITA‚ÍES. EXISTæNCIA DE DUPLO REGISTRO.
IMPUGNA‚ÌO. AUSæNCIA. TêTULO DE ESTABELECIMENTO. DIREITO DE
PRECEDæNCIA. INAPLICABILIDADE. NOME DE DOMêNIO NA INTERNET.
PRINCêPIO "FIRST COME, FIRST SERVED". INCIDæNCIA.
1. Demanda em que se pretende, mediante oposi•‹o de direito de exclusiva, afastar a
utiliza•‹o de termos constantes de marca registrada do recorrente.
2. O direito de preced•ncia, assegurado no art. 129, ¤ 1¼, da Lei n. 9.729/96, confere ao
utente de marca, de boa-fŽ, o direito de reivindicar para si marca similar apresentada a
registro por terceiro, situa•‹o que n‹o se amolda a dos autos.
3. O direito de exclusiva, conferido ao titular de marca registrada sofre limita•›es,
impondo-se a harmoniza•‹o do princ’pio da anterioridade, da especialidade e da
territorialidade.
4. "No Brasil, o registro de nomes de dom’nio na internet Ž regido pelo princ’pio 'First
Come, First Served', segundo o qual Ž concedido o dom’nio ao primeiro requerente que
satisfizer as exig•ncias para o registro". Precedentes.
5. Apesar da legitimidade do registro do nome do dom’nio poder ser contestada ante a
utiliza•‹o indevida de elementos caracter’sticos de nome empresarial ou marca
devidamente registrados, na hip—tese ambos os litigantes possuem registros vigentes,
aplicando-se integralmente o princ’pio "First Come, First Served".
6. Recurso especial desprovido.
REsp 1238041 SC 2011/0035484-1, Rel. Min. Marco AurŽlio Belizze, Terceira Turma, DJe
17.04.2015.

13297049677 - Carine Vieira Marques


DIREITO EMPRESARIAL Ð XXIV EXAME DE ORDEM UNIFICADO
Teoria e Quest›es
Aula 01 Ð Prof. Paulo Guimar‹es

NOME COMERCIAL. EXCLUSIVIDADE. ART. 153, PAR. 24, DA C.F. DE 1967/1969.


1. Segundo o disposto no paragrafo 24 do art. 153 da e.c. n. 1/69, a lei assegurara a
exclusividade do nome comercial.
2. N‹o incide em ofensa direta a essa norma da constitui•‹o, ac—rd‹o que, interpretando a
lei infraconstitucional nela referida, conclui que a prote•‹o ao nome comercial n‹o e
absoluta, mas relativa, pois o que visa e, diante da semelhanca ou identidade de nomes
de competidores, evitar prejuizos para quem tem o registro, os quais, todavia, na
hip—tese, n‹o teriam ficado demonstrados, operando, quanto a esse ponto, a sœmula 279.
R.e. n‹o conhecido.
RE 115820, Relator(a): Min. SYDNEY SANCHES, Primeira Turma, julgado em 26/02/1991,
DJ 19-02-1993 PP-02037 EMENT VOL-01692-05 PP-00861

COMERCIAL E PROCESSUAL CIVIL. ACîRDAO ESTADUAL. NULIDADE NAO


CONFIGURADA. NOME COMERCIAL. REGISTRO. ANTERIORIEDADE. CONJUGA‚AO
DE PALAVRAS INGLESAS (ÒBEST WAYÓ). ATIVIDADES SEMELHANTES. AUSæNCIA
DE EXPRESSAO COMUM. IDENTIFICA‚AO PRîPRIA. USO DESAUTORIZADO.
PROTE‚AO LEGAL. LEI N. 8.934/1994, ARTS. 33 E 35, V.
I. A conjuga•‹o de palavras corriqueiras, mas que, conjugadas, criam express‹o que traz
significado pr—prio e identifica•‹o espec’fica para quem a emprega em seu nome (ÒBest
WayÓ), constitui marca a que a lei confere prote•‹o a partir do registro da empresa na
Junta Comercial, de sorte que se afigura ileg’tima a utiliza•‹o, por outra, da mesma
denomina•‹o, notadamente quando ainda exercem atividades sociais semelhantes, caso
dos autos.
II. Recurso especial conhecido e provido.
REsp 267.541 - SP (2000/0071836-0). Rel Min. Aldir Passarinho Junior, 4a Turma. j.
22.08.2006, DJ 16.10.2006, p. 376.

EMBARGOS DE DECLARA‚ÌO Ð OMISSÌO Ð CARACTERIZA‚ÌO Ð EFEITOS


MODIFICATIVOS Ð POSSIBILIDADE Ð PRIMEIROS ACLARATîRIOS Ð OMISSÌO E
CONTRADI‚ÌO EM ARESTO DESLINDADOR DE AGRAVO REGIMENTAL NO
RECURSO ESPECIAL Ð CONFIGURA‚ÌO Ð SOCIEDADES COMERCIAIS Ð
DENOMINA‚ÍES SOCIAIS Ð EXCLUSIVIDADE Ð LIMITA‚ÌO GEOGRçFICA Ð
MARCAS Ð PATRONêMICO DOS FUNDADORES DE AMBAS AS LITIGANTES Ð
PRINCêPIO DA ESPECIFICIDADE Ð APLICA‚ÌO Ð CONFUSÌO AO CONSUMIDOR
AFASTADA PELAS INSTåNCIAS ORDINçRIAS Ð REEXAME DE PROVAS - VALIDADE
DO REGISTRO DAS MARCAS DA EMBARGANTE Ð DECLARATîRIOS ACOLHIDOS Ð
RECURSO ESPECIAL DESPROVIDO.
[...] 4. A prote•‹o legal da denomina•‹o de sociedades empres‡rias, consistente na
proibi•‹o de registro de nomes iguais ou an‡logos a outros anteriormente inscritos,
restringe-se ao territ—rio do Estado em que localizada a Junta Comercial encarregada do
arquivamento dos atos constitutivos da pessoa jur’dica.
5. N‹o se h‡ falar em extens‹o da prote•‹o legal conferida ˆs denomina•›es de
sociedades empres‡rias nacionais a todo o territ—rio p‡trio, com fulcro na Conven•‹o da
Uni‹o de Paris, porquanto, conforme interpreta•‹o sistem‡tica, nos moldes da lei
nacional, mesmo a tutela do nome comercial estrangeiro somente ocorre em ‰mbito
nacional mediante registro complementar nas Juntas Comerciais de todos os Estados-
membros.
6. A an‡lise da identidade ou semelhan•a entre duas ou mais denomina•›es integradas

13297049677 - Carine Vieira Marques


DIREITO EMPRESARIAL Ð XXIV EXAME DE ORDEM UNIFICADO
Teoria e Quest›es
Aula 01 Ð Prof. Paulo Guimar‹es

por nomes civis (patron’micos) e express›es de fantasia comuns deve considerar a


composi•‹o total do nome, a fim de averiguar a presen•a de elementos diferenciais
suficientes a torn‡-lo inconfund’vel.
7. A prote•‹o de denomina•‹o social e nome civil em face do registro posterior de marca
id•ntica ou semelhante encontra previs‹o dentre as veda•›es legais previstas ao registro
marc‡rio (art. 65, V e XII, da Lei n¼ 5.772/71, aplic‡vel, in casu).
8. Conquanto objetivando tais proibi•›es a prote•‹o de nomes comerciais ou civis,
mencionada tutela encontra-se prevista como t—pico da legisla•‹o marc‡ria, pelo que o
exame de eventual colid•ncia n‹o pode ser dirimido exclusivamente com base no critŽrio
da anterioridade, subordinando-se, em aten•‹o ˆ interpreta•‹o sistem‡tica, aos preceitos
legais condizentes ˆ reprodu•‹o ou imita•‹o de marcas, Ž dizer, aos arts. 59 e 65, XVII,
da Lei n¼ 5.772/71, consagradores do princ’pio da especificidade. Precedentes.
9. Especificamente no que tange ˆ utiliza•‹o de nome civil (patron’mico) como marca,
verifica-se a absoluta desnecessidade de autoriza•‹o rec’proca entre hom™nimos, alŽm da
inviabilidade de exig•ncia, ante a aus•ncia de previs‹o legal, de sinais distintivos ˆ marca
do hom™nimo que proceder posteriormente ao registro, tambŽm submetendo-se eventual
conflito ao princ’pio da especificidade.
10. Consoante o princ’pio da especificidade, o INPI agrupa os produtos ou servi•os em
classes e itens, segundo o critŽrio da afinidade, de modo que a tutela da marca registrada
Ž limitada aos produtos e servi•os da mesma classe e do mesmo item. Outrossim, sendo
tal princ’pio corol‡rio da necessidade de se evitar erro, dœvida ou confus‹o entre os
usu‡rios de determinados produtos ou servi•os, admite-se a extens‹o da an‡lise quanto ˆ
imita•‹o ou ˆ reprodu•‹o de marca alheia ao ramo de atividade desenvolvida pelos
respectivos titulares.
11. Ë caracteriza•‹o de "marca not—ria" (art. 67, caput, da Lei n¼ 5.772/71), a gozar de
tutela especial impeditiva do registro de marcas id•nticas ou semelhantes em todas as
demais classes e itens, perfaz-se imprescind’vel a declara•‹o de notoriedade pelo INPI,
com a concess‹o do registro em aludida categoria especial.
12. Diversas as classes de registro e o ‰mbito das atividades desempenhadas pela
embargante (comŽrcio e beneficiamento de cafŽ, milho, arroz, cereais, frutas, verduras e
legumes, e exporta•‹o de cafŽ) e pela embargada (arquitetura, engenharia, geof’sica,
qu’mica, petroqu’mica, prospec•‹o e perfura•‹o de petr—leo), e n‹o se cogitando da
configura•‹o de marca not—ria, n‹o se vislumbra impedimento ao uso, pela embargante,
da marca Odebrecht como designativa de seus servi•os, afastando-se qualquer afronta,
seja ˆ denomina•‹o social, seja ˆs marcas da embargada. Precedentes.
13. Possibilidade de confus‹o ao pœblico consumidor dos produtos e servi•os das litigantes
expressamente afastada pelas inst‰ncias ordin‡rias, com base no exame do contexto
f‡tico-probat—rio, do qual s‹o absolutamente soberanas. Inviabilidade de revis‹o de
mencionado entendimento nesta seara especial, nos termos da Sœmula 07/STJ.
Precedentes [...].
EDcl nos EDcl no AgRg no REsp 653.609/RJ, Rel. Min. Jorge Scartezzini, 4a Turma, j.
19.05.2005, DJ 27.06.2005, p. 408.

SòMULA 482 DO STF


O locat‡rio, que n‹o for sucessor ou cession‡rio do que o precedeu na loca•‹o, n‹o pode
somar os prazos concedidos a este, para pedir a renova•‹o do contrato, nos termos do
Decreto n¡ 24.150.

13297049677 - Carine Vieira Marques


DIREITO EMPRESARIAL Ð XXIV EXAME DE ORDEM UNIFICADO
Teoria e Quest›es
Aula 01 Ð Prof. Paulo Guimar‹es

A‚ÌO RENOVATîRIA DE LOCA‚ÌO. PRAZO DO CONTRATO RENOVADO. ARTIGO


51 DA LEI 8.245/91.
1. O prazo da prorroga•‹o de contrato de loca•‹o estabelecido por for•a de a•‹o
renovat—ria deve ser igual ao do ajuste anterior, observado o limite m‡ximo de cinco
anos. Intelig•ncia do artigo 51 da Lei n¼ 8.245/91.
2. Recurso conhecido e provido.
REsp 182713-RJ, Rel. Min. Hamilton Carvalhido, j. 17.08.1999, Informativo 28/1999.

RECURSO ESPECIAL. LOCA‚AO. RETOMADA DEFERIDA EM RENOVATîRIA.


DESVIO DE USO. INDENIZA‚AO. POSSIBILIDADE. ART. 52, 1¼, DA LEI 8.245/91.
TRANSFERæNCIA DO FUNDO DE COMƒRCIO JUNTAMENTE COM A LOCA‚AO.
PREQUESTIONAMENTO. AUSæNCIA. SòMULAS 282 E 356/STF. REEXAME DE
MATƒRIA FçTICO-PROBATîRIA. IMPOSSIBILIDADE. SòMULA 7/STJ. RECURSO
ESPECIAL CONHECIDO E IMPROVIDO.
1. ƒ firme a jurisprud•ncia do Superior Tribunal de Justi•a no sentido de que, nos termos
do art. 52, 3¼, da Lei 8.245/91, Ž assegurado ao locat‡rio o direito de ressarcimento por
eventuais danos causados pelo locador que, utilizando-se indevidamente da prerrogativa
legal insculpida no art. 52, II, da Lei do Inquilinato, empregando-a como subterfœgio
especulativo, confere ao im—vel destina•‹o diversa daquela declarada na a•‹o renovat—ria.
[...]
REsp 594.637-SP, Rel. Min. Arnaldo Esteves Lima, 5a Turma, j. 09.05.2006, DJ
29.05.2006, p. 286

TRIBUTçRIO - SHOPPING CENTER - FATURAMENTO MENSAL - COFINS: NÌO-


INCIDæNCIA.
1. O fato gerador da COFINS Ž o faturamento mensal pela venda de mercadorias, de
mercadorias e servi•os e servi•os de qualquer natureza.
2. O resultado econ™mico pela loca•‹o de coisas ou de bens escapa ˆ incid•ncia da
contribui•‹o questionada (LC n. 70/1991, art. 2¼).
3. Os contratos de loca•‹o de espa•os em shopping center s‹o contratos at’picos,
ensejando loca•‹o de bens e servi•os.
4. Recurso especial provido.
REsp 178.908-CE, Rel. Min. Eliana Calmon, 2a Turma, j. 12.09.2000, DJ 11.12.2000, p.
187.

Em tese, n‹o Ž abusiva a previs‹o, em normas gerais de empreendimento de shopping


center ("estatuto"), da denominada "cl‡usula de raio", segundo a qual o locat‡rio de um
espa•o comercial se obriga - perante o locador - a n‹o exercer atividade similar ˆ
praticada no im—vel objeto da loca•‹o em outro estabelecimento situado a um
determinado raio de dist‰ncia contado a partir de certo ponto do terreno do shopping
center.
REsp 1.535.727-RS, Rel. Min. Marco Buzzi, 4a Turma, j. 10.05.2016 (Informativo STJ 585)

13297049677 - Carine Vieira Marques


DIREITO EMPRESARIAL Ð XXIV EXAME DE ORDEM UNIFICADO
Teoria e Quest›es
Aula 01 Ð Prof. Paulo Guimar‹es

SòMULA 451 DO STJ


ƒ leg’tima a penhora da sede do estabelecimento comercial.

7 Ð Considera•›es Finais
Chegamos ao final da nossa aula de hoje! Espero que voc• esteja se sentindo
cada vez mais seguro para acertar TODAS as quest›es da prova de Direito
Empresarial!
Se ficar alguma dœvida n‹o deixe de me procurar, ok!? J

Grande abra•o!

Paulo Guimar‹es
professorpauloguimaraes@gmail.com

N‹o deixe de me seguir nas redes sociais!

www.facebook.com/profpauloguimaraes

@pauloguimaraesf

@profpauloguimaraes

(61) 99607-4477

13297049677 - Carine Vieira Marques

Você também pode gostar