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AULA 09
PROPRIEDADE INDUSTRIAL
Sum‡rio
Sum‡rio ................................................................................................. 1
1 Ð Considera•›es Iniciais......................................................................... 3
2 Ð Introdu•‹o. Direito de Propriedade Intelectual X Direito de Propriedade
Industrial ............................................................................................... 3
2.1. Introdu•‹o .................................................................................... 3
2.2. Aspectos hist—ricos ......................................................................... 4
3 Ð Disposi•›es constitucionais .................................................................. 4
4 Ð A Lei n. 9.279/1996 Ð Lei de Propriedade Industrial ................................ 5
5 Ð Instituto Nacional da Propriedade Intelectual Ð INPI................................ 7
6 Ð Patentes ........................................................................................... 8
6.1. Defini•›es b‡sicas .......................................................................... 8
6.2. Requisitos e patenteabilidade ........................................................... 9
6.3. Pedido de patente .........................................................................12
6.4. An‡lise dos requisitos ....................................................................15
6.5. Concess‹o da patente ....................................................................17
6.6. Vig•ncia da patente .......................................................................18
6.7. Prote•‹o conferida pela patente ......................................................18
6.8. Nulidade da patente ......................................................................20
6.9. Cess‹o de patente .........................................................................21
6.10. Licenciamento de patente .............................................................22
6.11. Patente de interesse da defesa nacional..........................................26
6.12. Retribui•‹o anual.........................................................................26
6.13. Extin•‹o da patente .....................................................................27
6.14. Adi•‹o de inven•‹o ......................................................................27
6.15. Patentes pipeline .........................................................................28
7 Ð Desenho Industrial ............................................................................29
7.1. Conceito de desenho industrial ........................................................29
7.2. Requisitos de registrabilidade..........................................................29
7.3. Procedimento de registro................................................................30
1
Esse entendimento Ž adotado por diversos doutrinadores, entre eles AndrŽ Luiz Santa Cruz
Ramos e Edilson Enedino das Chagas.
3 Ð Disposi•›es constitucionais
Quase todas as concep•›es brasileiras, ao logo da hist—ria, concederam privilŽgio
ao inventor para explora•‹o de seus inventos. A Constitui•‹o Federal de 1988
trata da propriedade industrial na parte dos direitos e garantias individuais.
Art. 5¼ Todos s‹o iguais perante a lei, sem distin•‹o de qualquer natureza, garantindo-se
aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no Pa’s a inviolabilidade do direito ˆ vida, ˆ
liberdade, ˆ igualdade, ˆ seguran•a e ˆ propriedade, nos termos seguintes:
[...]
XXIX - a lei assegurar‡ aos autores de inventos industriais privilŽgio tempor‡rio para sua
utiliza•‹o, bem como prote•‹o ˆs cria•›es industriais, ˆ propriedade das marcas, aos nomes
de empresas e a outros signos distintivos, tendo em vista o interesse social e o
desenvolvimento tecnol—gico e econ™mico do Pa’s;
Podemos dizer, portanto que s‹o quatro os bens protegidos pelo direito de
propriedade industrial: a inven•‹o e o modelo de utilidade (protegidos mediante
patente), e a marca e o desenho industrial (protegidos por meio de registro).
AlŽm disso, o direito de propriedade industrial tambŽm reprime as falsas
indica•›es geogr‡ficas e a concorr•ncia desleal.
De inven•‹o
Patente
De modelo de utilidade
Concess‹o de
De marca
Registro
De desenho industrial
PROTE‚ÌO Ë PROPRIEDADE
INDUSTRIAL Repress‹o ˆs falsas
indica•›es geogr‡ficas
Repress‹o ˆ concorr•ncia
desleal
Processual civil. Recurso especial. A•‹o na qual o INPI figura como parte. Foro competente
para julgamento. O foro competente para julgamento de a•‹o em que o INPI figure como
parte Ž o de sua sede, a princ’pio. Contudo, o C—digo de Processo Civil faculta que o autor
ajuize a a•‹o no foro do domic’lio do outro demandado na hip—tese de pluralidade de rŽus,
se assim preferir. Intelig•ncia do art. 94, ¤ 4.¼, do CPC.
REsp 346.628/SP, Rel. Min. Nancy Andrighi, 3a Turma, j. 13.11.2001, DJ 04.02.2002, p.
355.
6 Ð Patentes
A patente, instrumentalizada pela chamada carta-patente, Ž o instrumento
jur’dico de prote•‹o da inven•‹o e do modelo de utilidade.
Art. 9¼ ƒ patente‡vel como modelo de utilidade o objeto de uso pr‡tico, ou parte deste,
suscet’vel de aplica•‹o industrial, que apresente nova forma ou disposi•‹o, envolvendo ato
inventivo, que resulte em melhoria funcional no seu uso ou em sua fabrica•‹o.
Por outro lado, o art. 10 da Lei de Propriedade Industrial determina o que n‹o
pode ser considerado como modelo de utilidade.
Art. 11. A inven•‹o e o modelo de utilidade s‹o considerados novos quando n‹o
compreendidos no estado da tŽcnica.
O estado da tŽcnica Ž tudo que est‡ acess’vel ao pœblico antes da data de dep—sito
do pedido de patente, por descri•‹o escrita ou oral, por uso ou qualquer outro
meio, no Brasil ou no exterior. O requisito da novidade, portanto, ser‡
preenchido quando a inven•‹o ou modelo de utilidade for algo desconhecido atŽ
mesmo para a comunidade cient’fica especializada.
A atividade inventiva, aqui descrita como um outro requisito, ser‡ atendida
quando, para um tŽcnico no assunto, a inven•‹o n‹o decorrer da maneira —bvia
do estado da tŽcnica, e o modelo de utilidade n‹o decorrer de maneira evidente
ou vulgar do estado da tŽcnica. Em outras palavras, Ž preciso demonstrar que
inventor chegou a um resultado novo, como consequ•ncia de um ato de cria•‹o.
Nesse sentido, a inten•‹o deve ser diferenciada da mera descoberta. Os norte-
americanos chamam esses requisito de non-obviousness.
A aplica•‹o industrial, terceiro requisito de patenteabilidade, Ž preenchido
quando a inven•‹o ou o modelo de utilidade possam ser adotados por qualquer
tipo de indœstria. O invento, portanto, precisa ser œtil e fact’vel. Se alguŽm queria
algo novo, mas que n‹o Ž poss’vel produzir industrialmente, n‹o poder‡ haver
patente.
O Outro requisito Ž a licitude ou desimpedimento, objeto do art. 18 da Lei de
Propriedade Industrial.
Outra controvŽrsia que merece men•‹o espec’fica Ž a que diz respeito ˆ patente
de biotecnologia. A Conven•‹o sobre Diversidade Biol—gica da ONU define
biotecnologia como Òqualquer aplica•‹o tecnol—gica que utilize sistemas
biol—gicos, organismos vivos, ou seus derivados, para fabricar ou modificar
produtos ou processos para utiliza•‹o espec’ficaÓ. Essas tŽcnicas t•m diversas
aplica•›es hoje, a exemplo da produ•‹o de medicamentos, lavouras e
combust’veis.
A controvŽrsia aqui gira em torno do atendimento, ou n‹o, do requisito da
inventividade. Muitos dizem, por exemplo, que n‹o se pode patentear uma
sequ•ncia ou segmentos de DNA, pois isso configuraria mera descoberta, e n‹o
invento. Nos Estados Unidos, porŽm, o Escrit—rio de Patentes e Marcas tem
concedido patentes de DNA.
O Acordo TRIPS prev• situa•›es em que os pa’ses-membros poder‹o negar a
patente nessa ‡rea:
a)! MŽtodos diagn—sticos, terap•uticos e cirœrgicos para o tratamento de seres
humanos ou de animais;
O pedido de prote•‹o dever‡ ser feito ao INPI pelo pr—prio autor da inven•‹o ou
modelo de utilizado, ou ainda pelos herdeiros ou sucessores, pelo cession‡rio ou
por aquele a quem a lei ou o contrato de trabalho ou de presta•‹o de servi•os
determinar que perten•a a titularidade.
Se houver mais de um inventor, o pedido poder‡ ser feito por todos em conjunto
ou por qualquer um deles isoladamente, desde que indique os nomes dos demais.
ƒ pr‡tica comum nas empresas que se dedicam a pesquisa que haja acordos que
preveem participa•‹o percentual do empregado na explora•‹o da sua inven•‹o
ou modelo de utilidade, nas condi•›es que estamos estudando. A Lei de
Propriedade Industrial traz previs‹o espec’fica nesse sentido, determinando ainda
que essa participa•‹o n‹o se incorpora ao sal‡rio do empregado.
Por outro lado, o art. 90 prev• o caso em que o invento pertencer‡
exclusivamente ao empregador. Isso ocorrer‡ quando a inven•‹o ou o modelo de
utilidade n‹o tiver qualquer vincula•‹o com o contrato de trabalho e n‹o decorrer
da utiliza•‹o de recursos, meios, dados, materiais, instala•›es ou equipamentos
do empregador.
Art. 19. O pedido de patente, nas condi•›es estabelecidas pelo INPI, conter‡:
I - requerimento;
II - relat—rio descritivo;
III - reivindica•›es;
IV - desenhos, se for o caso;
V - resumo; e
VI - comprovante do pagamento da retribui•‹o relativa ao dep—sito.
Art. 22. O pedido de patente de inven•‹o ter‡ de se referir a uma œnica inven•‹o ou a um
grupo de inven•›es inter-relacionadas de maneira a compreenderem um œnico conceito
inventivo.
Art. 23. O pedido de patente de modelo de utilidade ter‡ de se referir a um œnico modelo
principal, que poder‡ incluir uma pluralidade de elementos distintos, adicionais ou variantes
construtivas ou configurativas, desde que mantida a unidade tŽcnico-funcional e corporal
do objeto.
Por fim, o autor do pedido deve tambŽm apresentar no relat—rio descritivo suas
reivindica•›es e fundament‡-las detalhadamente, definindo de modo claro o
objeto de prote•‹o.
Essa regra tem por finalidade evitar que o depositante do pedido o retire durante
e seu per’odo de sigilo e logo depois o deposite novamente, prolongando, dessa
forma, o per’odo de prote•‹o. Como o pedido retirado ou abandonado Ž
necessariamente publicado, passa automaticamente a integrar o Òestado da
tŽcnicaÓ, e um novo dep—sito ent‹o padeceria do requisito da novidade.
Art. 30. O pedido de patente ser‡ mantido em sigilo durante 18 (dezoito) meses contados
da data de dep—sito ou da prioridade mais antiga, quando houver, ap—s o que ser‡
publicado, ˆ exce•‹o do caso previsto no art. 75.
Art. 31. Publicado o pedido de patente e atŽ o final do exame, ser‡ facultada a
apresenta•‹o, pelos interessados, de documentos e informa•›es para subsidiarem o exame.
Par‡grafo œnico. O exame n‹o ser‡ iniciado antes de decorridos 60 (sessenta) dias da
publica•‹o do pedido.
[...]
Art. 33. O exame do pedido de patente dever‡ ser requerido pelo depositante ou por
qualquer interessado, no prazo de 36 (trinta e seis) meses contados da data do dep—sito,
sob pena do arquivamento do pedido.
Par‡grafo œnico. O pedido de patente poder‡ ser desarquivado, se o depositante assim o
requerer, dentro de 60 (sessenta) dias contados do arquivamento, mediante pagamento de
uma retribui•‹o espec’fica, sob pena de arquivamento definitivo.
Art. 37. Conclu’do o exame, ser‡ proferida decis‹o, deferindo ou indeferindo o pedido de
patente.
Art. 40. A patente de inven•‹o vigorar‡ pelo prazo de 20 (vinte) anos e a de modelo de
utilidade pelo prazo 15 (quinze) anos contados da data de dep—sito.
Par‡grafo œnico. O prazo de vig•ncia n‹o ser‡ inferior a 10 (dez) anos para a patente de
inven•‹o e a 7 (sete) anos para a patente de modelo de utilidade, a contar da data de
concess‹o, ressalvada a hip—tese de o INPI estar impedido de proceder ao exame de mŽrito
do pedido, por pend•ncia judicial comprovada ou por motivo de for•a maior.
Art. 42. A patente confere ao seu titular o direito de impedir terceiro, sem o seu
consentimento, de produzir, usar, colocar ˆ venda, vender ou importar com estes
prop—sitos:
I - produto objeto de patente;
Uma vez concedida a patente, seu detentor ter‡ direito de explora•‹o econ™mica
exclusiva, e diante de explora•‹o indevida por terceiros, poder‡ ingressar com
a•‹o judicial para obter indeniza•‹o.
Essa prote•‹o, porŽm, n‹o Ž absoluta. H‡ casos espec’ficos em que a explora•‹o
da o invento ou modelo de utilidade Ž permitida, a exemplo da finalidade
acad•mica ou meramente experimental, bem como da explora•‹o n‹o comercial,
conforme previs‹o do art. 43. d
Outra exce•‹o Ž a explora•‹o de boa-fŽ por conta de terceiro que a iniciou antes
do dep—sito do pedido de patente. Nesse caso a Lei de Propriedade Industrial
assegura o direito de continuar a explora•‹o, nos termos do art. 45.
Art. 45. Ë pessoa de boa fŽ que, antes da data de dep—sito ou de prioridade de pedido de
patente, explorava seu objeto no Pa’s, ser‡ assegurado o direito de continuar a explora•‹o,
sem ™nus, na forma e condi•‹o anteriores.
¤ 1¼ O direito conferido na forma deste artigo s— poder‡ ser cedido juntamente com o
neg—cio ou empresa, ou parte desta que tenha direta rela•‹o com a explora•‹o do objeto
da patente, por aliena•‹o ou arrendamento.
¤ 2¼ O direito de que trata este artigo n‹o ser‡ assegurado a pessoa que tenha tido
conhecimento do objeto da patente atravŽs de divulga•‹o na forma do art. 12, desde que
o pedido tenha sido depositado no prazo de 1 (um) ano, contado da divulga•‹o.
Perceba que o art. 50 n‹o determina que o INPI necessite de provoca•‹o para
declarar a nulidade de patente quando estiverem presentes os requisitos
necess‡rios. Na realidade, o processo de nulidade poder‡ ser instaurado de of’cio
ou mediante requerimento de qualquer pessoa com leg’timo interesse, desde que
seja observado o prazo de 6 meses contados da concess‹o da patente.
O par‡grafo œnico do art. 50 determina ainda que o processo de nulidade
prosseguir‡ ainda que extinta a patente. Isso ocorre porque, mesmo que j‡ tenha
Art. 52. O titular ser‡ intimado para se manifestar no prazo de 60 (sessenta) dias.
Art. 53. Havendo ou n‹o manifesta•‹o, decorrido o prazo fixado no artigo anterior, o INPI
emitir‡ parecer, intimando o titular e o requerente para se manifestarem no prazo comum
de 60 (sessenta) dias.
Art. 54. Decorrido o prazo fixado no artigo anterior, mesmo que n‹o apresentadas as
manifesta•›es, o processo ser‡ decidido pelo Presidente do INPI, encerrando-se a inst‰ncia
administrativa.
f
Quanto ˆ possibilidade de ajuizamento da a•‹o de nulidade, esta poder‡ ser
proposta a qualquer tempo da vig•ncia da patente, pelo INPI ou por qualquer
pessoa com leg’timo interesse. ƒ poss’vel tambŽm a declara•‹o incidental da
nulidade quando esta for tomada como matŽria de defesa em outra a•‹o judicial,
ou, ainda, a suspens‹o cautelar dos efeitos da patente, atendidos os requisitos
processuais pr—prios.
Quando o INPI n‹o for autor da a•‹o de nulidade, dever‡ obrigatoriamente
intervir no feito. Por isso a a•‹o de nulidade deve ser proposta perante a Justi•a
Federal, como j‡ mencionamos anteriormente. Lembre-se ainda de que, em
regra, a compet•ncia Ž da se•‹o judici‡ria do Rio de Janeiro, a n‹o ser que haja
outro rŽu, caso em que a a•‹o tambŽm poder‡ ser proposta no domic’lio deste.
Art. 57. A a•‹o de nulidade de patente ser‡ ajuizada no foro da Justi•a Federal e o INPI,
quando n‹o for autor, intervir‡ no feito.
¤ 1¼ O prazo para resposta do rŽu titular da patente ser‡ de 60 (sessenta) dias.
¤ 2¼ Transitada em julgado a decis‹o da a•‹o de nulidade, o INPI publicar‡ anota•‹o, para
ci•ncia de terceiros.
Art. 58. O pedido de patente ou a patente, ambos de conteœdo indivis’vel, poder‹o ser
cedidos, total ou parcialmente.
Art. 61. O titular de patente ou o depositante poder‡ celebrar contrato de licen•a para
explora•‹o.
Par‡grafo œnico. O licenciado poder‡ ser investido pelo titular de todos os poderes para
agir em defesa da patente.
Art. 64. O titular da patente poder‡ solicitar ao INPI que a coloque em oferta para fins de
explora•‹o.
Este Ž o caso em que o titular da patente n‹o deseja negociar diretamente o seu
licenciamento, delegando ao INPI a compet•ncia para promover uma oferta
pœblica de licenciamento. Essa publica•‹o da oferta ser‡ feita por meio da Revista
da Propriedade Intelectual.
Na falta de acordo entre o titular e o licenciado, as partes poder‹o requerer ao
INPI o arbitramento da remunera•‹o, cque poder‡ ser revista decorrido 1 ano da
sua fixa•‹o.
Por fim, o titular da patente poder‡ requerer o cancelamento da licen•a se o
licenciado n‹o der in’cio ˆ explora•‹o efetiva dentro de 1 ano da concess‹o,
interromper a explora•‹o por prazo superior a 1 ano, ou, ainda, se n‹o forem
obedecidas as condi•›es para a explora•‹o.
Art. 68. O titular ficar‡ sujeito a ter a patente licenciada compulsoriamente se exercer os
direitos dela decorrentes de forma abusiva, ou por meio dela praticar abuso de poder
econ™mico, comprovado nos termos da lei, por decis‹o administrativa ou judicial.
¤ 1¼ Ensejam, igualmente, licen•a compuls—ria:
I - a n‹o explora•‹o do objeto da patente no territ—rio brasileiro por falta de fabrica•‹o ou
fabrica•‹o incompleta do produto, ou, ainda, a falta de uso integral do processo patenteado,
ressalvados os casos de inviabilidade econ™mica, quando ser‡ admitida a importa•‹o; ou
II - a comercializa•‹o que n‹o satisfizer ˆs necessidades do mercado.
¤ 2¼ A licen•a s— poder‡ ser requerida por pessoa com leg’timo interesse e que tenha
capacidade tŽcnica e econ™mica para realizar a explora•‹o eficiente do objeto da patente,
que dever‡ destinar-se, predominantemente, ao mercado interno, extinguindo-se nesse
caso a excepcionalidade prevista no inciso I do par‡grafo anterior.
¤ 3¼ No caso de a licen•a compuls—ria ser concedida em raz‹o de abuso de poder
econ™mico, ao licenciado, que prop›e fabrica•‹o local, ser‡ garantido um prazo, limitado ao
estabelecido no art. 74, para proceder ˆ importa•‹o do objeto da licen•a, desde que tenha
sido colocado no mercado diretamente pelo titular ou com o seu consentimento.
¤ 4¼ No caso de importa•‹o para explora•‹o de patente e no caso da importa•‹o prevista
no par‡grafo anterior, ser‡ igualmente admitida a importa•‹o por terceiros de produto
fabricado de acordo com patente de processo ou de produto, desde que tenha sido colocado
no mercado diretamente pelo titular ou com o seu consentimento.
¤ 5¼ A licen•a compuls—ria de que trata o ¤ 1¼ somente ser‡ requerida ap—s decorridos 3
(tr•s) anos da concess‹o da patente.
Art. 69. A licen•a compuls—ria n‹o ser‡ concedida se, ˆ data do requerimento, o titular:
I - justificar o desuso por raz›es leg’timas;
II - comprovar a realiza•‹o de sŽrios e efetivos preparativos para a explora•‹o; ou
III - justificar a falta de fabrica•‹o ou comercializa•‹o por obst‡culo de ordem legal.
Neste caso as tr•s condi•›es devem ser observadas cumulativamente para que
a licen•a compuls—ria seja concedida. Essa modalidade Ž chamada por alguns
doutrinadores de licen•a de depend•ncia.
Art. 71. Nos casos de emerg•ncia nacional ou interesse pœblico, declarados em ato do Poder
Executivo Federal, desde que o titular da patente ou seu licenciado n‹o atenda a essa
necessidade, poder‡ ser concedida, de of’cio, licen•a compuls—ria, tempor‡ria e n‹o
exclusiva, para a explora•‹o da patente, sem preju’zo dos direitos do respectivo titular.
Par‡grafo œnico. O ato de concess‹o da licen•a estabelecer‡ seu prazo de vig•ncia e a
possibilidade de prorroga•‹o.
Esta Ž a chamada licen•a por interesse pœblico, que ocorre diante de situa•›es
de emerg•ncia ou interesse pœblico. Esta modalidade de licen•a ganhou
notoriedade em um caso no qual se discutia o licenciamento compuls—rio para
uso do medicamento Efavirenz, empregado no tratamento dos portadores do
v’rus HIV.
A Òquebra da patenteÓ foi determinada pelo Decreto n. 6.108/2007, que garantiu
o licenciamento compuls—rio para uso pœblico n‹o comercial do medicamento,
prevendo inclusive o pagamento de royalties ao laborat—rio titular da patente.
Por outro lado, a medida sofreu cr’ticas de institui•›es ligadas ˆ pesquisa, sob o
argumento de que afugentaria empresas que investem em pesquisa tecnol—gica
de ponta.
Art. 73. O pedido de licen•a compuls—ria dever‡ ser formulado mediante indica•‹o das
condi•›es oferecidas ao titular da patente.
¤ 1¼ Apresentado o pedido de licen•a, o titular ser‡ intimado para manifestar-se no prazo
de 60 (sessenta) dias, findo o qual, sem manifesta•‹o do titular, ser‡ considerada aceita a
proposta nas condi•›es oferecidas.
¤ 2¼ O requerente de licen•a que invocar abuso de direitos patent‡rios ou abuso de poder
econ™mico dever‡ juntar documenta•‹o que o comprove.
¤ 3¼ No caso de a licen•a compuls—ria ser requerida com fundamento na falta de explora•‹o,
caber‡ ao titular da patente comprovar a explora•‹o.
¤ 4¼ Havendo contesta•‹o, o INPI poder‡ realizar as necess‡rias dilig•ncias, bem como
designar comiss‹o, que poder‡ incluir especialistas n‹o integrantes dos quadros da
autarquia, visando arbitrar a remunera•‹o que ser‡ paga ao titular.
¤ 5¼ Os —rg‹os e entidades da administra•‹o pœblica direta ou indireta, federal, estadual e
municipal, prestar‹o ao INPI as informa•›es solicitadas com o objetivo de subsidiar o
arbitramento da remunera•‹o.
¤ 6¼ No arbitramento da remunera•‹o, ser‹o consideradas as circunst‰ncias de cada caso,
levando-se em conta, obrigatoriamente, o valor econ™mico da licen•a concedida.
¤ 7¼ Instru’do o processo, o INPI decidir‡ sobre a concess‹o e condi•›es da licen•a
compuls—ria no prazo de 60 (sessenta) dias.
¤ 8¼ O recurso da decis‹o que conceder a licen•a compuls—ria n‹o ter‡ efeito suspensivo.
Art. 74. Salvo raz›es leg’timas, o licenciado dever‡ iniciar a explora•‹o do objeto da
patente no prazo de 1 (um) ano da concess‹o da licen•a, admitida a interrup•‹o por igual
prazo.
¤ 1¼ O titular poder‡ requerer a cassa•‹o da licen•a quando n‹o cumprido o disposto neste
artigo.
¤ 2¼ O licenciado ficar‡ investido de todos os poderes para agir em defesa da patente.
¤ 3¼ Ap—s a concess‹o da licen•a compuls—ria, somente ser‡ admitida a sua cess‹o quando
realizada conjuntamente com a cess‹o, aliena•‹o ou arrendamento da parte do
empreendimento que a explore.
Art. 75. O pedido de patente origin‡rio do Brasil cujo objeto interesse ˆ defesa nacional
ser‡ processado em car‡ter sigiloso e n‹o estar‡ sujeito ˆs publica•›es previstas nesta Lei.
¤ 1¼ O INPI encaminhar‡ o pedido, de imediato, ao —rg‹o competente do Poder Executivo
para, no prazo de 60 (sessenta) dias, manifestar-se sobre o car‡ter sigiloso. Decorrido o
prazo sem a manifesta•‹o do —rg‹o competente, o pedido ser‡ processado normalmente.
¤ 2¼ ƒ vedado o dep—sito no exterior de pedido de patente cujo objeto tenha sido
considerado de interesse da defesa nacional, bem como qualquer divulga•‹o do mesmo,
salvo expressa autoriza•‹o do —rg‹o competente.
¤ 3¼ A explora•‹o e a cess‹o do pedido ou da patente de interesse da defesa nacional est‹o
condicionadas ˆ prŽvia autoriza•‹o do —rg‹o competente, assegurada indeniza•‹o sempre
que houver restri•‹o dos direitos do depositante ou do titular.
Par‡grafo œnico. No processo de nulidade, o titular poder‡ requerer que a matŽria contida
no certificado de adi•‹o seja analisada para se verificar a possibilidade de sua subsist•ncia,
sem preju’zo do prazo de vig•ncia da patente.
Art. 230. Poder‡ ser depositado pedido de patente relativo ˆs subst‰ncias, matŽrias ou
produtos obtidos por meios ou processos qu’micos e as subst‰ncias, matŽrias, misturas ou
produtos aliment’cios, qu’mico-farmac•uticos e medicamentos de qualquer espŽcie, bem
como os respectivos processos de obten•‹o ou modifica•‹o, por quem tenha prote•‹o
garantida em tratado ou conven•‹o em vigor no Brasil, ficando assegurada a data do
primeiro dep—sito no exterior, desde que seu objeto n‹o tenha sido colocado em qualquer
mercado, por iniciativa direta do titular ou por terceiro com seu consentimento, nem tenham
sido realizados, por terceiros, no Pa’s, sŽrios e efetivos preparativos para a explora•‹o do
objeto do pedido ou da patente.
[...]
Art. 231. Poder‡ ser depositado pedido de patente relativo ˆs matŽrias de que trata o artigo
anterior, por nacional ou pessoa domiciliada no Pa’s, ficando assegurada a data de
divulga•‹o do invento, desde que seu objeto n‹o tenha sido colocado em qualquer mercado,
por iniciativa direta do titular ou por terceiro com seu consentimento, nem tenham sido
realizados, por terceiros, no Pa’s, sŽrios e efetivos preparativos para a explora•‹o do objeto
do pedido.
7 Ð Desenho Industrial
Enquanto a prote•‹o do invento e do modelo de utilidade se d‡ mediante
concess‹o de patente, a prote•‹o do desenho industrial se d‡ mediante registro,
da mesma forma que ocorre com as marcas.
Art. 101. O pedido de registro, nas condi•›es estabelecidas pelo INPI, conter‡:
I - requerimento;
II - relat—rio descritivo, se for o caso;
III - reivindica•›es, se for o caso;
IV - desenhos ou fotografias;
V - campo de aplica•‹o do objeto; e
VI - comprovante do pagamento da retribui•‹o relativa ao dep—sito.
Par‡grafo œnico. Os documentos que integram o pedido de registro dever‹o ser
apresentados em l’ngua portuguesa.
Como voc• j‡ deve ter percebido, os requisitos para o pedido de registro s‹o os
mesmos exigidos para a patente. Da mesma forma, o pedido de registro do
desenho industrial deve ser, em seguida, submetido a exame formal preliminar,
conforme art. 102 da Lei de Propriedade Industrial. O INPI, por sua vez, poder‡
receber o pedido mesmo que contenha pequenas irregularidades, determinando,
neste caso, que as exig•ncias formais sejam cumpridas no prazo de 5 dias, nos
termos do art. 103.
De forma semelhante ao que j‡ estudamos, o desenho industrial deve
representar clara e suficientemente objeto e suas varia•›es, se houver, de modo
a possibilitar sua reprodu•‹o por tŽcnico no assunto (art. 104, par‡grafo œnico).
Art. 106. Depositado o pedido de registro de desenho industrial e observado o disposto nos
arts. 100, 101 e 104, ser‡ automaticamente publicado e simultaneamente concedido o
registro, expedindo-se o respectivo certificado.
Art. 108. O registro vigorar‡ pelo prazo de 10 (dez) anos contados da data do dep—sito,
prorrog‡vel por 3 (tr•s) per’odos sucessivos de 5 (cinco) anos cada.
Art. 110. Ë pessoa que, de boa fŽ, antes da data do dep—sito ou da prioridade do pedido
de registro explorava seu objeto no Pa’s, ser‡ assegurado o direito de continuar a
explora•‹o, sem ™nus, na forma e condi•‹o anteriores.
¤ 1¼ O direito conferido na forma deste artigo s— poder‡ ser cedido juntamente com o
neg—cio ou empresa, ou parte deste, que tenha direta rela•‹o com a explora•‹o do objeto
do registro, por aliena•‹o ou arrendamento.
¤ 2¼ O direito de que trata este artigo n‹o ser‡ assegurado a pessoa que tenha tido
conhecimento do objeto do registro atravŽs de divulga•‹o nos termos do ¤ 3¼ do art. 96,
desde que o pedido tenha sido depositado no prazo de 6 (seis) meses contados da
divulga•‹o.
Art. 114. O titular ser‡ intimado para se manifestar no prazo de 60 (sessenta) dias
contados da data da publica•‹o.
Art. 115. Havendo ou n‹o manifesta•‹o, decorrido o prazo fixado no artigo anterior, o INPI
emitir‡ parecer, intimando o titular e o requerente para se manifestarem no prazo comum
de 60 (sessenta) dias.
Art. 116. Decorrido o prazo fixado no artigo anterior, mesmo que n‹o apresentadas as
manifesta•›es, o processo ser‡ decidido pelo Presidente do INPI, encerrando-se a inst‰ncia
administrativa.
Art. 117. O processo de nulidade prosseguir‡, ainda que extinto o registro.
Art. 118. Aplicam-se ˆ a•‹o de nulidade de registro de desenho industrial, no que couber,
as disposi•›es dos arts. 56 e 57.
Art. 120. O titular do registro est‡ sujeito ao pagamento de retribui•‹o quinquenal, a partir
do segundo quinqu•nio da data do dep—sito.
8 Ð Marca
8.1. Conceitos b‡sicos
A marca tambŽm um bem protegido pelo regime jur’dico da propriedade
industrial. A defini•‹o est‡ no art. 122 da Lei de Propriedade Industrial.
Art. 122. S‹o suscet’veis de registro como marca os sinais distintivos visualmente
percept’veis, n‹o compreendidos nas proibi•›es legais.
IV - designa•‹o ou sigla de entidade ou —rg‹o pœblico, quando n‹o requerido o registro pela
pr—pria entidade ou —rg‹o pœblico;
V - reprodu•‹o ou imita•‹o de elemento caracter’stico ou diferenciador de t’tulo de
estabelecimento ou nome de empresa de terceiros, suscet’vel de causar confus‹o ou
associa•‹o com estes sinais distintivos;
VI - sinal de car‡ter genŽrico, necess‡rio, comum, vulgar ou simplesmente descritivo,
quando tiver rela•‹o com o produto ou servi•o a distinguir, ou aquele empregado
comumente para designar uma caracter’stica do produto ou servi•o, quanto ˆ natureza,
nacionalidade, peso, valor, qualidade e Žpoca de produ•‹o ou de presta•‹o do servi•o, salvo
quando revestidos de suficiente forma distintiva;
VII - sinal ou express‹o empregada apenas como meio de propaganda;
VIII - cores e suas denomina•›es, salvo se dispostas ou combinadas de modo peculiar e
distintivo;
IX - indica•‹o geogr‡fica, sua imita•‹o suscet’vel de causar confus‹o ou sinal que possa
falsamente induzir indica•‹o geogr‡fica;
X - sinal que induza a falsa indica•‹o quanto ˆ origem, proced•ncia, natureza, qualidade ou
utilidade do produto ou servi•o a que a marca se destina;
XI - reprodu•‹o ou imita•‹o de cunho oficial, regularmente adotada para garantia de padr‹o
de qualquer g•nero ou natureza;
XII - reprodu•‹o ou imita•‹o de sinal que tenha sido registrado como marca coletiva ou de
certifica•‹o por terceiro, observado o disposto no art. 154;
XIII - nome, pr•mio ou s’mbolo de evento esportivo, art’stico, cultural, social, pol’tico,
econ™mico ou tŽcnico, oficial ou oficialmente reconhecido, bem como a imita•‹o suscet’vel
de criar confus‹o, salvo quando autorizados pela autoridade competente ou entidade
promotora do evento;
XIV - reprodu•‹o ou imita•‹o de t’tulo, ap—lice, moeda e cŽdula da Uni‹o, dos Estados, do
Distrito Federal, dos Territ—rios, dos Munic’pios, ou de pa’s;
XV - nome civil ou sua assinatura, nome de fam’lia ou patron’mico e imagem de terceiros,
salvo com consentimento do titular, herdeiros ou sucessores;
XVI - pseud™nimo ou apelido notoriamente conhecidos, nome art’stico singular ou coletivo,
salvo com consentimento do titular, herdeiros ou sucessores;
XVII - obra liter‡ria, art’stica ou cient’fica, assim como os t’tulos que estejam protegidos
pelo direito autoral e sejam suscet’veis de causar confus‹o ou associa•‹o, salvo com
consentimento do autor ou titular;
XVIII - termo tŽcnico usado na indœstria, na ci•ncia e na arte, que tenha rela•‹o com o
produto ou servi•o a distinguir;
XIX - reprodu•‹o ou imita•‹o, no todo ou em parte, ainda que com acrŽscimo, de marca
alheia registrada, para distinguir ou certificar produto ou servi•o id•ntico, semelhante ou
afim, suscet’vel de causar confus‹o ou associa•‹o com marca alheia;
XX - dualidade de marcas de um s— titular para o mesmo produto ou servi•o, salvo quando,
no caso de marcas de mesma natureza, se revestirem de suficiente forma distintiva;
XXI - a forma necess‡ria, comum ou vulgar do produto ou de acondicionamento, ou, ainda,
aquela que n‹o possa ser dissociada de efeito tŽcnico;
XXII - objeto que estiver protegido por registro de desenho industrial de terceiro; e
XXIII - sinal que imite ou reproduza, no todo ou em parte, marca que o requerente
evidentemente n‹o poderia desconhecer em raz‹o de sua atividade, cujo titular seja sediado
ou domiciliado em territ—rio nacional ou em pa’s com o qual o Brasil mantenha acordo ou
que assegure reciprocidade de tratamento, se a marca se destinar a distinguir produto ou
comuns, este sinal comercial ter‡ que conviver no mercado com outros signos comerciais
semelhantes a ele, pois a vantagem de incorporar ˆ marca caracter’stica descritiva do objeto
comercializado atrai, em contra partida, o ™nus de se criar um sinal distintivo fraco, sem
originalidade marcante ou criatividade exuberante.
3. ƒ not—rio que o contraste estabelecido pela superposi•‹o da cor preta sobre a amarela
tem o efeito de destacar as informa•›es inseridas em texto assim formatado. N‹o Ž de hoje
que esta tŽcnica Ž usada por revistas, jornais e demais peri—dicos, sobretudo quando se
destina a anœncios comerciais, pois d‡ maior legibilidade ˆ publica•‹o, favorecendo a
concentra•‹o do leitor. 3.1. Embora a recorrente alegue ser pioneira na utiliza•‹o deste tipo
de recurso gr‡fico para vincula•‹o de not’cias, n‹o Ž poss’vel obstar a cria•‹o e o registro
de outras marcas semelhantes, pois os signos marc‡rios em an‡lise s‹o compostos por
elementos comuns, cujo uso Ž imposs’vel vedar ou dar exclusividade, da’ que n‹o h‡ como
conceder tutela ˆ pretens‹o que objetiva a apropria•‹o de coisa inexoravelmente comum.
4. Proibir o registro e a utiliza•‹o da marca "CLASSIFICADAS AMARELAS", segundo a
pretens‹o da recorrente, prejudicaria a livre concorr•ncia, pois a recorrida e, de maneira
reflexa, todos os demais empres‡rios que comercializam anœncios em folhas de cor amarela
teriam grandes dificuldades para inserirem seus produtos no mercado, uma vez que a
express‹o "AMARELAS" designa caracter’stica essencial do objeto comercializado 5. Aponte-
se, ainda, a sufici•ncia da distintividade das marcas em an‡lise. Os elementos "PçGINAS"
e "LISTAS" possuem conteœdo fonŽtico e gr‡fico aptos a se distinguir da express‹o
"CLASSIFICADAS", raz‹o pela qual os sinais distintivos "PçGINAS AMARELAS" e "LISTAS
AMARELAS" podem conviver com a marca "CLASSIFICADAS AMARELAS". 6. Ademais, n‹o
se vislumbra confus‹o apta a conduzir o consumidor a erro, pois os s’mbolos marc‡rios em
quest‹o t•m distinguibilidade pr—pria, uma vez que a utiliza•‹o das express›es "PçGINAS",
"LISTAS" e "CLASSIFICADAS" mostra-se satisfat—ria para discriminar os empres‡rios
fornecedores de servi•os cong•neres, bem como possuem habilidade suficiente a
particularizar cada produto posto no mercado. 7. Recurso especial desprovido.
REsp 1.107.588/RJ, Rel. Min. Marco Buzzi, 4a Turma, j. 01.10.2013, DJe 06.11.2013.
No art. 124 h‡ ainda a veda•‹o ao registro de marca que colida com nome
empresarial. Por outro lado, temos precedentes do STJ no sentido de que isso Ž
permitido quando estivermos diante de ramos de atividade distintos.
2. No Brasil, o registro de nomes de dom’nio na internet Ž regido pelo princ’pio "First Come,
First Served", segundo o qual Ž concedido o dom’nio ao primeiro requerente que satisfizer
as exig•ncias para o registro.
3. A legitimidade do registro do nome do dom’nio obtido pelo primeiro requerente pode ser
contestada pelo titular de signo distintivo similar ou id•ntico anteriormente registrado - seja
nome empresarial, seja marca.
4. Tal pleito, contudo, n‹o pode prescindir da demonstra•‹o de m‡-fŽ, a ser aferida caso a
caso, podendo, se configurada, ensejar inclusive o cancelamento ou a transfer•ncia do
dom’nio e a responsabilidade por eventuais preju’zos.
5. No caso dos autos, n‹o Ž poss’vel identificar nenhuma circunst‰ncia que constitua sequer
ind’cio de m‡-fŽ na utiliza•‹o do nome pelo primeiro requerente do dom’nio.
6. A demonstra•‹o do diss’dio jurisprudencial pressup›e a ocorr•ncia de similitude f‡tica
entre o ac—rd‹o atacado e os paradigmas.
7. Recurso especial n‹o provido.
REsp 594.404, Rel. Min. Ricardo Villas B™as Cueva, 3a Turma, j. 05.09.2013, DJe
11.09.2013.
Marca de produto ou
servi•o
Classifica•‹o das
Marca de certifica•‹o
marcas, segundo a lei
Marca coletiva
Marcas nominativas
Marcas figurativas
Classifica•‹o das
marcas, segundo a
form,a de apresenta•‹o
Marcas mistas
Marcas tridimensionais
Art. 129. A propriedade da marca adquire-se pelo registro validamente expedido, conforme
as disposi•›es desta Lei, sendo assegurado ao titular seu uso exclusivo em todo o territ—rio
nacional, observado quanto ˆs marcas coletivas e de certifica•‹o o disposto nos arts. 147 e
148.
Art. 129, ¤ 1¼ Toda pessoa que, de boa fŽ, na data da prioridade ou dep—sito, usava no
Pa’s, h‡ pelo menos 6 (seis) meses, marca id•ntica ou semelhante, para distinguir ou
certificar produto ou servi•o id•ntico, semelhante ou afim, ter‡ direito de preced•ncia ao
registro.
Art. 155. O pedido dever‡ referir-se a um œnico sinal distintivo e, nas condi•›es
estabelecidas pelo INPI, conter‡:
I - requerimento;
AlŽm dos elementos previstos no art. 155, quando se tratar de registro de marca
coletiva Ž preciso ainda que sejam apresentadas as seguintes informa•›es:
a)! as caracter’sticas do produto ou servi•o objeto de certifica•‹o; e
b)! as medidas de controle que ser‹o adotadas pelo titular.
Apresentado o pedido, este ser‡ submetido a exame formal preliminar e, se
devidamente instru’do, ser‡ protocolizado, considerada a data de dep—sito a da
sua apresenta•‹o. Aqui h‡ tambŽm a possibilidade j‡ mencionada de o INPI
estabelecer exig•ncias formais, que dever‹o ser cumpridas no prazo de 5 dias.
Recebido o pedido, passa-se ao seu exame, que se inicia com a sua publica•‹o.
Esta possibilita que os interessados, se houver, possam apresentar oposi•‹o no
prazo de 60 dias.
Encerrado este prazo, ser‡ feito o exame, durante o qual poder‹o ser formuladas
exig•ncias, que dever‹o ser respondidas no prazo de 60 dias. Ap—s o exame do
pedido, o INPI dever‡ ent‹o indeferir ou deferir o registro, conferindo o certificado
ao titular do registro da marca.
Do certificado dever‹o constar a marca, o nœmero e data do registro, nome,
nacionalidade e domic’lio do titular, os produtos ou servi•os, as caracter’sticas do
registro e a prioridade estrangeira.
Art. 133. O registro da marca vigorar‡ pelo prazo de 10 (dez) anos, contados da data da
concess‹o do registro, prorrog‡vel por per’odos iguais e sucessivos.
1. Pretens‹o da autora de anular o ato do INPI que indeferiu o registro da marca TIC TAC
para a distin•‹o de biscoitos recheados.
2. Marca nominativa que configura reprodu•‹o de marca j‡ registrada, TIC TAC, distintiva
de bala.
3. Produtos que guardam rela•‹o de afinidade, pois se inserem no mesmo nicho comercial,
visando a um pœblico consumidor semelhante e utilizando os mesmo canais de
comercializa•‹o.
4. Aplica•‹o do princ’pio da especialidade que n‹o deve se ater de forma mec‰nica ˆ
Classifica•‹o Internacional de Produtos e Servi•os, podendo extrapolar os limites de uma
classe sempre que, pela rela•‹o de afinidade dos produtos, houver possibilidade de se gerar
dœvida no consumidor.
5. Caso concreto em que a concess‹o do registro pleiteado pela autora ensejaria, no
consumidor, uma prov‡vel e inver’dica associa•‹o dos biscoitos recheados com as pastilhas
TIC TAC comercializadas pelas rŽs.
6. Indeferimento do registro que deve ser mantido, ˆ luz do art. 124, XIX, da Lei n.
9.279/96.
7. RECURSOS ESPECIAIS PROVIDOS.
REsp 1.340.933/SP, Rel. Min. Paulo de Tarso Sanseverino, 3a Turma, j. 10.03.2015, DJe
17.03.2015.
Art. 125. Ë marca registrada no Brasil considerada de alto renome ser‡ assegurada
prote•‹o especial, em todos os ramos de atividade.
Art. 126. A marca notoriamente conhecida em seu ramo de atividade nos termos do art.
6¼ bis (I), da Conven•‹o da Uni‹o de Paris para Prote•‹o da Propriedade Industrial, goza
de prote•‹o especial, independentemente de estar previamente depositada ou registrada
no Brasil.
¤ 1¼ A prote•‹o de que trata este artigo aplica-se tambŽm ˆs marcas de servi•o.
¤ 2¼ O INPI poder‡ indeferir de of’cio pedido de registro de marca que reproduza ou imite,
no todo ou em parte, marca notoriamente conhecida.
Goza de prote•‹o em
qualquer ramo de atividade,
Marca de alto renome n‹o se submetendo ao
princ’pio da especialidade.
O STJ entende tambŽm que o uso indevido da marca pode resultar na condena•‹o
por danos morais, quando houver prova de vulgariza•‹o da marca registrada
que est‡ sendo indevidamente utilizada por terceiro.
Por fim, Ž importante mencionar outro entendimento do STJ, segundo o qual a
simples contrafa•‹o (simula•‹o) da marca j‡ Ž suficiente para gerar o direito ˆ
indeniza•‹o por danos materiais, ainda que o produto ÒfalsificadoÓ n‹o seja
vendido.
Neste caso o titular licencia o uso da marca, mas mantŽm certo controle sobre a
forma como essa marca ser‡ utilizada. O licenciado poder‡ ser investido pelo
titular de todos os poderes para agir em defesa da marca, sem preju’zo dos seus
pr—prios direitos.
Por fim, para que seja eficaz, o contrato de licen•a dever‡ obrigatoriamente
averbado no INPI. Essa averba•‹o, alŽm de fazer o licenciamento produzir efeitos
erga omnes, permite a remessa de royalties para o exterior e autoriza dedu•‹o
fiscal dos valores pagos pelo licenciado.
Art. 168. A nulidade do registro ser‡ declarada administrativamente quando tiver sido
concedida com infring•ncia do disposto nesta Lei.
Art. 169. O processo de nulidade poder‡ ser instaurado de of’cio ou mediante requerimento
de qualquer pessoa com leg’timo interesse, no prazo de 180 (cento e oitenta) dias contados
da data da expedi•‹o do certificado de registro.
Art. 170. O titular ser‡ intimado para se manifestar no prazo de 60 (sessenta) dias.
Art. 171. Decorrido o prazo fixado no artigo anterior, mesmo que n‹o apresentada a
manifesta•‹o, o processo ser‡ decidido pelo Presidente do INPI, encerrando-se a inst‰ncia
administrativa.
Art. 172. O processo de nulidade prosseguir‡ ainda que extinto o registro.
Art. 173. A a•‹o de nulidade poder‡ ser proposta pelo INPI ou por qualquer pessoa com
leg’timo interesse.
Par‡grafo œnico. O juiz poder‡, nos autos da a•‹o de nulidade, determinar liminarmente
a suspens‹o dos efeitos do registro e do uso da marca, atendidos os requisitos processuais
pr—prios.
Art. 174. Prescreve em 5 (cinco) anos a a•‹o para declarar a nulidade do registro, contados
da data da sua concess‹o.
Art. 175. A a•‹o de nulidade do registro ser‡ ajuizada no foro da justi•a federal e o INPI,
quando n‹o for autor, intervir‡ no feito.
¤ 1¼ O prazo para resposta do rŽu titular do registro ser‡ de 60 (sessenta) dias.
¤ 2¼ Transitada em julgado a decis‹o da a•‹o de nulidade, o INPI publicar‡ anota•‹o, para
ci•ncia de terceiros.
Art. 151. AlŽm das causas de extin•‹o estabelecidas no art. 142, o registro da marca
coletiva e de certifica•‹o extingue-se quando:
I - a entidade deixar de existir; ou
II - a marca for utilizada em condi•›es outras que n‹o aquelas previstas no regulamento
de utiliza•‹o.
Art. 143 - Caducar‡ o registro, a requerimento de qualquer pessoa com leg’timo interesse
se, decorridos 5 (cinco) anos da sua concess‹o, na data do requerimento:
I - o uso da marca n‹o tiver sido iniciado no Brasil; ou
II - o uso da marca tiver sido interrompido por mais de 5 (cinco) anos consecutivos, ou se,
no mesmo prazo, a marca tiver sido usada com modifica•‹o que implique altera•‹o de seu
car‡ter distintivo original, tal como constante do certificado de registro.
Outro julgado interessante do STJ sobre o assunto Ž o que diz respeito ˆ produ•‹o
de bens voltados ˆ exporta•‹o. Segundo o entendimento do Tribunal, simples
fato de o produto elaborado e fabricado no Brasil ser destinado ao mercado
externo n‹o demonstra a caducidade do registro de marca por desuso.
IV - Ocorre que a recorrida, em suas contrarraz›es, aduz outro argumento capaz de superar
a viola•‹o de lei invocada pela recorrente, o de que n‹o houve comprova•‹o do uso efetivo
da marca. V - In casu, o volume de vendas do produto da marca em discuss‹o, nas
exporta•›es comprovadas, Ž inexpressivo dentro da magnitude das opera•›es bilion‡rias
realizadas pela recorrente, insuficiente, portanto, para configurar e comprovar o uso efetivo
da marca apto a afastar a caducidade por desuso. VI - Recurso especial desprovido.
REsp 1.236.218/RJ, Rel. Min. Raul Araœjo, 4a Turma, j. 05.02.2015, DJe 11.06.2015.
9 Ð Indica•›es Geogr‡ficas
Direito Civil. Direito Empresarial. Recurso especial. Nome empresarial. Lei 8.934/94.
Prote•‹o. Nome previamente registrado. Termo que remete a localiza•‹o geogr‡fica.
Aus•ncia de direito de uso exclusivo. Marca. Lei 9.279/96. LPI. CDC. CF. CC/02. Nome
geogr‡fico. Possibilidade de registro como sinal evocativo. Impossibilidade de causar
confus‹o ou levar o pœblico consumidor a erro. Aus•ncia de viola•‹o ao direito de uso
exclusivo da marca. Diss’dio jurisprudencial. Cotejo anal’tico. Aus•ncia.
- O registro de termo que remete a determinada localiza•‹o geogr‡fica no nome
empresarial, por se referir a lugar, n‹o confere o direito de uso exclusivo desse termo.
- ƒ permitido o registro de marca que utiliza nome geogr‡fico, desde que esse nome seja
utilizado como sinal evocativo e que n‹o constitua indica•‹o de proced•ncia ou denomina•‹o
de origem.
- A prote•‹o da marca tem um duplo objetivo. Por um lado, garante o interesse de seu
titular. Por outro, protege o consumidor, que n‹o pode ser enganado quanto ao produto
que compra ou ao servi•o que lhe Ž prestado.
- Para que haja viola•‹o ao art. 129 da LPI e seja configurada a reprodu•‹o ou imita•‹o de
marca prŽ-registrada, Ž necess‡rio que exista efetivamente risco de ocorr•ncia de dœvida,
erro ou confus‹o no mercado, entre os produtos ou servi•os dos empres‡rios que atuam no
mesmo ramo.
- O diss’dio jurisprudencial deve ser comprovado mediante o cotejo anal’tico entre ac—rd‹os
que versem sobre situa•›es f‡ticas id•nticas. Recurso especial n‹o provido.
REsp 989.105/PR, Rel. Min. Nancy Andrighi, 3a Turma, j. 08.09.2009, DJe 28.09.2009.
11 Ð Quest›es
11.1. Quest›es sem Coment‡rios
1. OAB Ð XVI Exame de Ordem Unificado Ð 2015 Ð FGV.
A respeito dos legitimados, assinale a op•‹o que indica aspessoas que podem
requerer patente de inven•‹o ou modelo de utilidade, de acordo com a Lei
n¼ 9.279/96.
a) O pr—prio autor, se maior de 18 anos, os herdeiros ou sucessores do autor,
o cession‡rio ou o empregador ou tomador de servi•os, no caso de patente
desenvolvida por empregado ou prestador de servi•o.
b) O pr—prio autor, os herdeiros ou sucessores do autor, o cession‡rio ou
aquele a quem a lei ou o contrato de trabalho ou de presta•‹o de servi•os
determinar que perten•a a titularidade da patente ou do modelo de utilidade.
c) O pr—prio autor, pessoa natural ou sociedade empres‡ria, o cession‡rio
da patente ou aquele a quem a lei ou o contrato de trabalho ou de presta•‹o
de servi•os determinar que perten•a a titularidade da patente ou do modelo
de utilidade.
d) O pr—prio autor, os herdeiros ou sucessores do autor atŽ 5 (cinco) anos
da data do —bito, o cession‡rio ou o empregador ou tomador de servi•os, no
caso de patente desenvolvida por empregado ou prestador de servi•o.
d) aquele que provar o dep—sito mais antigo ter‡ direito a obter a patente.
11.2. Gabarito
1. B 16. ERRADA
2. D 17. CERTA
3. B 18. CERTA
4. C 19. CERTA
5. A 20. CERTA
6. D 21. CERTA
7. D 22. A
8. CERTA 23. D
9. B 24. A
10. E 25. B
11. B 26. A
15. CERTA
Coment‡rios:
O pedido de prote•‹o dever‡ ser feito ao INPI pelo pr—prio autor da inven•‹o ou
modelo de utilizado, ou ainda pelos herdeiros ou sucessores, pelo cession‡rio ou
por aquele a quem a lei ou o contrato de trabalho ou de presta•‹o de servi•os
determinar que perten•a a titularidade, nos termos do art. 6o, ¤2o da Lei de
Propriedade Industrial.
GABARITO: B
Coment‡rios:
A alternativa A est‡ incorreta. De acordo com o art. 98 da Lei de Propriedade
Industrial, n‹o se considera desenho industrial qualquer obra de car‡ter
puramente art’stico. As obras puramente art’sticas s‹o protegidas pelo direito
autoral, e n‹o pelo regime de propriedade industrial.
A alternativa B est‡ incorreta. Nos termos do art. 108, o registro vigorar‡ pelo
prazo de 10 anos contados da data do dep—sito, prorrog‡vel por 3 per’odos
sucessivos de 5 anos cada.
A alternativa C est‡ incorreta. De acordo com o art. 57, a a•‹o de nulidade de
patente ser‡ ajuizada no foro da Justi•a Federal e o INPI, quando n‹o for autor,
intervir‡ no feito.
A alternativa D est‡ correta. Nos termos do art. 103, o pedido que n‹o atender
formalmente ao disposto no art. 101, mas que contiver dados suficientes relativos
ao depositante, ao desenho industrial e ao autor, poder‡ ser entregue, mediante
recibo datado, ao INPI, que estabelecer‡ as exig•ncias a serem cumpridas, em 5
dias, sob pena de ser considerado inexistente.
GABARITO: D
Coment‡rios:
Art. 68. O titular ficar‡ sujeito a ter a patente licenciada compulsoriamente se exercer os
direitos dela decorrentes de forma abusiva, ou por meio dela praticar abuso de poder
econ™mico, comprovado nos termos da lei, por decis‹o administrativa ou judicial.
¤ 1¼ Ensejam, igualmente, licen•a compuls—ria:
I - a n‹o explora•‹o do objeto da patente no territ—rio brasileiro por falta de fabrica•‹o ou
fabrica•‹o incompleta do produto, ou, ainda, a falta de uso integral do processo patenteado,
ressalvados os casos de inviabilidade econ™mica, quando ser‡ admitida a importa•‹o; ou
II - a comercializa•‹o que n‹o satisfizer ˆs necessidades do mercado.
Coment‡rios:
A alternativa A est‡ incorreta. A marca de alto renome Ž aquela que goza de
prote•‹o em qualquer ramo de atividade, n‹o se submetendo ao princ’pio da
especialidade. Na jurisprud•ncia temos entendimentos interessante sobre o
tema, como, por exemplo, o reconhecimento pelo STJ do renome da marca Ford,
enquanto a Corte negou a prote•‹o ˆ marca Yahoo!.
Outro conceito importante, que devemos conhecer, Ž de marca notoriamente
conhecida. Esta goza de prote•‹o especial no ramo de atividade do seu titular,
independentemente de estar registrada no Brasil. Nesses casos o INPI poder‡
inclusive negar o registro.
A alternativa B est‡ incorreta. Nos termos do art. 133, o registro da marca
vigorar‡ pelo prazo de 10 anos, contados da data da concess‹o do registro,
prorrog‡vel por per’odos iguais e sucessivos.
A alternativa C est‡ correta. O pedido de registro e o registro poder‹o ser cedidos,
desde que o cession‡rio atenda aos requisitos legais para requerer tal registro,
nos termos do art. 134.
A alternativa D est‡ incorreta. O conceito trazido pela alternativa Ž o de marca
coletiva.
A marca de produto ou servi•o Ž a ideia geral de marca que as pessoas
normalmente t•m, que s‹o usadas pelos empres‡rios para identificar produtos
ou servi•os. Esta marca Ž registrada pelo pr—prio empres‡rio que ir‡ utiliz‡-la.
A marca de certifica•‹o serve para atestar a qualidade de determinado produto
ou servi•o conforme normas tŽcnicas estabelecidas por institutos especializados.
Esta marca Ž registrada pela institui•‹o certificadora.
Coment‡rios:
A alternativa A est‡ correta e Ž a nossa resposta, nos termos do art. 8¼ da Lei de
Propriedade Industrial.
Art. 8¼ ƒ patente‡vel a inven•‹o que atenda aos requisitos de novidade, atividade
inventiva e aplica•‹o industrial.
A alternativa B est‡ incorreta. A defini•‹o trazida aqui Ž a de modelo de utilidade,
que tambŽm Ž patente‡vel.
Art. 9¼ ƒ patente‡vel como modelo de utilidade o objeto de uso pr‡tico, ou parte
deste, suscet’vel de aplica•‹o industrial, que apresente nova forma ou disposi•‹o,
envolvendo ato inventivo, que resulte em melhoria funcional no seu uso ou em
sua fabrica•‹o.
As alternativas C, D e E est‹o incorretas. O art. 10 da Lei de Propriedade
Industrial traz as limita•›es de patenteabilidade, que voc• deve conhecer para
acertar as quest›es da sua prova.
Art. 10. N‹o se considera inven•‹o nem modelo de utilidade:
I - descobertas, teorias cient’ficas e mŽtodos matem‡ticos;
II - concep•›es puramente abstratas;
III - esquemas, planos, princ’pios ou mŽtodos comerciais, cont‡beis, financeiros,
educativos, publicit‡rios, de sorteio e de fiscaliza•‹o;
IV - as obras liter‡rias, arquitet™nicas, art’sticas e cient’ficas ou qualquer cria•‹o estŽtica;
V - programas de computador em si;
VI - apresenta•‹o de informa•›es;
VII - regras de jogo;
GABARITO: A
Coment‡rios:
A alternativa A est‡ incorreta. Essa possibilidade se refere ˆ patente de inven•‹o
da qual participar‹o duas ou mais pessoas, mas a quest‹o se refere ˆ situa•‹o
em que duas pessoas chegaram ˆ mesma inven•‹o independentemente uma da
outra.
A alternativa B est‡ incorretas. Caso dois ou mais inventores pretendam a mesma
patente, o critŽrio utilizado para concess‹o da prote•‹o ser‡ a data do dep—sito.
Isso mesmo! N‹o importa quando houve o esfor•o de cria•‹o propriamente dito.
O que importa Ž quando o inventor procurou o INPI.
A alternativa C est‡ incorreta. A alternativa menciona o registro, que n‹o Ž
aplic‡vel ˆ inven•‹o.
Letra D - Lei 9.279/96- Art. 7¼ Se dois ou mais autores tiverem realizado a
mesma inven•‹o ou modelo de utilidade, de forma independente, o direito de
obter patente ser‡ assegurado ˆquele que provar o dep—sito mais antigo,
independentemente das datas de inven•‹o ou cria•‹o.
GABARITO: D
Coment‡rios:
A alternativa A est‡ incorreta. Nos termos do art. 133 da Lei de Propriedade
Industrial, o registro da marca vigorar‡ pelo prazo de 10 anos, contados da data
da concess‹o do registro, prorrog‡vel por per’odos iguais e sucessivos.
A alternativa B est‡ incorreta. O art. 132 da Lei de Propriedade Industrial traz
algumas proibi•›es impostas ao titular da marca, dentre elas a de impedir que
comerciantes ou distribuidores utilizem sinais distintivos que lhes s‹o pr—prios,
juntamente com a marca do produto, na sua promo•‹o e comercializa•‹o.
A alternativa C est‡ incorreta. A defini•‹o trazida pela alternativa Ž a de marca
de certifica•‹o.
A alternativa D est‡ correta e Ž a nossa resposta. Entre os direitos assegurados
ao titular da marca pelo art. 130 da Lei de Propriedade Industrial conta o de ceder
seu registro ou pedido de registro.
A alternativa E est‡ incorreta. As hip—teses de caducidade se encontram previstas
no art. 143 da Lei de Propriedade Industrial.
Art. 143 - Caducar‡ o registro, a requerimento de qualquer pessoa com leg’timo interesse
se, decorridos 5 (cinco) anos da sua concess‹o, na data do requerimento:
I - o uso da marca n‹o tiver sido iniciado no Brasil; ou
II - o uso da marca tiver sido interrompido por mais de 5 (cinco) anos consecutivos, ou se,
no mesmo prazo, a marca tiver sido usada com modifica•‹o que implique altera•‹o de seu
car‡ter distintivo original, tal como constante do certificado de registro.
¤ 1¼ N‹o ocorrer‡ caducidade se o titular justificar o desuso da marca por raz›es leg’timas.
¤ 2¼ O titular ser‡ intimado para se manifestar no prazo de 60 (sessenta) dias, cabendo-
lhe o ™nus de provar o uso da marca ou justificar seu desuso por raz›es leg’timas.
GABARITO: D
Coment‡rios:
Segundo entendimento corrente do STJ, o simples fato de a mercadoria ser
produzida para exporta•‹o n‹o justifica a caducidade da marca. Se o titular da
marca registrada no Brasil industrializa, fabrica, elabora o produto em territ—rio
nacional claramente inicia e faz uso da marca no Brasil, merecendo toda prote•‹o
legal, pois aqui empreende, gerando produ•‹o, empregos e riqueza, sendo
indiferente que a mercadoria aqui produzida seja destinada ao mercado interno
ou exclusivamente ao externo.
GABARITO: CERTA
Coment‡rios:
A alternativa A est‡ incorreta. No Brasil, o registro de nomes de dom’nio na
internet Ž regido pelo princ’pio ÒFirst Come, First ServedÓ, segundo o qual Ž
concedido o dom’nio ao primeiro requerente que satisfizer as exig•ncias para o
registro. De acordo com a jurisprud•ncia do STJ, a legitimidade do registro do
nome do dom’nio obtido pelo primeiro requerente pode ser contestada pelo titular
de signo distintivo similar ou id•ntico anteriormente registrado Ð seja nome
empresarial, seja marca. Tal pleito, contudo, depende da demonstra•‹o de m‡-
fŽ, a ser aferida caso a caso, podendo, se configurada, ensejar inclusive o
cancelamento ou a transfer•ncia do dom’nio e a responsabilidade por eventuais
preju’zos.
A alternativa B est‡ correta. A marca deve individualizar o produto ou servi•o,
diferenciando-o de outros. Por isso n‹o se admite o registro de marca que
contenha express‹o comum ou genŽrica (art. 124, VI). Nesse sentido, o STJ j‡
entendeu que o termo ÒBrasilÓ se enquadra nessa proibi•‹o de registro quando
for o principal elemento de nome empresarial.
Coment‡rio:
A alternativa A est‡ incorreta. Um conceito importante, que devemos conhecer,
Ž de marca notoriamente conhecida. Esta goza de prote•‹o especial no ramo de
atividade do seu titular, independentemente de estar registrada no Brasil. Nesses
casos o INPI poder‡ inclusive negar o registro.
A alternativa B est‡ incorreta. Aqui vale ressaltar ainda um importante
entendimento do TRF da 2a Regi‹o (que Ž especializado na matŽria de
Propriedade Industrial, pois sua jurisdi•‹o abrange o Rio de Janeiro, onde Ž
sediado o INPI). Segundo tal entendimento, n‹o cabe ao Poder Judici‡rio definir
o que Ž renome da marca e em que casos esse elemento estaria presente. Tal
prerrogativa cabe apenas ao INPI. H‡ tambŽm precedentes do STJ no mesmo
sentido.
Coment‡rios:
Essa foi f‡cil, n‹o Ž!? Depois da aula de hoje voc• j‡ est‡ cansado de saber que
a inven•‹o e o modelo de utilidade s‹o protegidos por meio de patente, enquanto
o desenho industrial e a marca se submetem a registro.
GABARITO: B
Coment‡rios:
Art. 68. O titular ficar‡ sujeito a ter a patente licenciada compulsoriamente se exercer os
direitos dela decorrentes de forma abusiva, ou por meio dela praticar abuso de poder
econ™mico, comprovado nos termos da lei, por decis‹o administrativa ou judicial.
¤ 1¼ Ensejam, igualmente, licen•a compuls—ria:
I - a n‹o explora•‹o do objeto da patente no territ—rio brasileiro por falta de fabrica•‹o ou
fabrica•‹o incompleta do produto, ou, ainda, a falta de uso integral do processo patenteado,
ressalvados os casos de inviabilidade econ™mica, quando ser‡ admitida a importa•‹o; ou
II - a comercializa•‹o que n‹o satisfizer ˆs necessidades do mercado.
¤ 2¼ A licen•a s— poder‡ ser requerida por pessoa com leg’timo interesse e que tenha
capacidade tŽcnica e econ™mica para realizar a explora•‹o eficiente do objeto da patente,
que dever‡ destinar-se, predominantemente, ao mercado interno, extinguindo-se nesse
caso a excepcionalidade prevista no inciso I do par‡grafo anterior.
¤ 3¼ No caso de a licen•a compuls—ria ser concedida em raz‹o de abuso de poder
econ™mico, ao licenciado, que prop›e fabrica•‹o local, ser‡ garantido um prazo, limitado ao
estabelecido no art. 74, para proceder ˆ importa•‹o do objeto da licen•a, desde que tenha
sido colocado no mercado diretamente pelo titular ou com o seu consentimento.
¤ 4¼ No caso de importa•‹o para explora•‹o de patente e no caso da importa•‹o prevista
no par‡grafo anterior, ser‡ igualmente admitida a importa•‹o por terceiros de produto
fabricado de acordo com patente de processo ou de produto, desde que tenha sido colocado
no mercado diretamente pelo titular ou com o seu consentimento.
¤ 5¼ A licen•a compuls—ria de que trata o ¤ 1¼ somente ser‡ requerida ap—s decorridos 3
(tr•s) anos da concess‹o da patente.
Art. 69. A licen•a compuls—ria n‹o ser‡ concedida se, ˆ data do requerimento, o titular:
I - justificar o desuso por raz›es leg’timas;
II - comprovar a realiza•‹o de sŽrios e efetivos preparativos para a explora•‹o; ou
III - justificar a falta de fabrica•‹o ou comercializa•‹o por obst‡culo de ordem legal.
¤ 1¼ Para os fins deste artigo considera-se patente dependente aquela cuja explora•‹o
depende obrigatoriamente da utiliza•‹o do objeto de patente anterior.
¤ 2¼ Para efeito deste artigo, uma patente de processo poder‡ ser considerada dependente
de patente do produto respectivo, bem como uma patente de produto poder‡ ser
dependente de patente de processo.
¤ 3¼ O titular da patente licenciada na forma deste artigo ter‡ direito a licen•a compuls—ria
cruzada da patente dependente.
Neste caso as tr•s condi•›es devem ser observadas cumulativamente para que
a licen•a compuls—ria seja concedida. Essa modalidade Ž chamada por alguns
doutrinadores de licen•a de depend•ncia.
GABARITO: ERRADA
Coment‡rios:
Neste caso a patente n‹o poder‡ ser concedida, pois n‹o se trata propriamente
de um invento, mas sim de um mŽtodo cirœrgico, tŽcnica que n‹o pode ser
considerada inven•‹o e nem modelo de utilidade, por for•a do art. 10 da Lei de
Propriedade Industrial.
Art. 10. N‹o se considera inven•‹o nem modelo de utilidade:
GABARITO: ERRADA
Coment‡rios:
Caso dois ou mais inventores pretendam a mesma patente, o critŽrio utilizado
para concess‹o da prote•‹o ser‡ a data do dep—sito. Isso mesmo! N‹o importa
quando houve o esfor•o de cria•‹o propriamente dito. O que importa Ž quando o
inventor procurou o INPI.
Esta Ž apontada pelos doutrinadores como a principal diferen•a entre a
propriedade industrial e o direito autoral. Este Ž conferido desde o momento da
cria•‹o da obra, tendo o seu registro efeito meramente declarat—rio. A
propriedade industrial, por outro lado, toma por marco a data do dep—sito, tendo
a patente ou registro efeito constitutivo da prote•‹o jur’dica.
GABARITO: ERRADA
Coment‡rios:
A Lei de Propriedade Industrial prev• expressamente essa possibilidade em seu
art. 16.
Art. 16. Ao pedido de patente depositado em pa’s que mantenha acordo com o Brasil, ou
em organiza•‹o internacional, que produza efeito de dep—sito nacional, ser‡ assegurado
direito de prioridade, nos prazos estabelecidos no acordo, n‹o sendo o dep—sito invalidado
nem prejudicado por fatos ocorridos nesses prazos.
¤ 1¼ A reivindica•‹o de prioridade ser‡ feita no ato de dep—sito, podendo ser suplementada
dentro de 60 (sessenta) dias por outras prioridades anteriores ˆ data do dep—sito no Brasil.
¤ 2¼ A reivindica•‹o de prioridade ser‡ comprovada por documento h‡bil da origem,
contendo nœmero, data, t’tulo, relat—rio descritivo e, se for o caso, reivindica•›es e
desenhos, acompanhado de tradu•‹o simples da certid‹o de dep—sito ou documento
equivalente, contendo dados identificadores do pedido, cujo teor ser‡ de inteira
responsabilidade do depositante.
GABARITO: CERTA
Coment‡rios:
Nos termos do art. 40 da Lei de Propriedade Industrial, a patente de inven•‹o
vigorar‡ pelo prazo de 20 anos e a de modelo de utilidade pelo prazo 15 anos
contados da data de dep—sito.
GABARITO: ERRADA
Coment‡rio:
O art. 18 da Lei de Propriedade Industrial estabelece algumas restri•›es ˆ
patenteabilidade, entre eles o todo ou parte dos seres vivos, exceto os
microorganismos transg•nicos que atendam aos tr•s requisitos de
patenteabilidade - novidade, atividade inventiva e aplica•‹o industrial - previstos
no art. 8¼ e que n‹o sejam mera descoberta.
GABARITO: CERTA
Coment‡rios:
A resposta nos Ž dada pelo art. 68 da Lei de Propriedade Industrial.
Art. 68. O titular ficar‡ sujeito a ter a patente licenciada compulsoriamente se exercer os
direitos dela decorrentes de forma abusiva, ou por meio dela praticar abuso de poder
econ™mico, comprovado nos termos da lei, por decis‹o administrativa ou judicial.
GABARITO: CERTA
Coment‡rios:
Para responder corretamente ˆ quest‹o voc• precisa conhecer a regra do art. 44
da Lei de Propriedade Industrial
Art. 44. Ao titular da patente Ž assegurado o direito de obter indeniza•‹o pela explora•‹o
indevida de seu objeto, inclusive em rela•‹o ˆ explora•‹o ocorrida entre a data da
publica•‹o do pedido e a da concess‹o da patente.
[...]
¤ 3¼ O direito de obter indeniza•‹o por explora•‹o indevida, inclusive com rela•‹o ao
per’odo anterior ˆ concess‹o da patente, est‡ limitado ao conteœdo do seu objeto, na forma
do art. 41.
GABARITO: CERTA
Coment‡rios:
De acordo com o art. 90 da Lei de Propriedade Industrial, pertencer‡
exclusivamente ao empregado a inven•‹o ou o modelo de utilidade por ele
desenvolvido, desde que desvinculado do contrato de trabalho e n‹o decorrente
da utiliza•‹o de recursos, meios, dados, materiais, instala•›es ou equipamentos
do empregador.
GABARITO: CERTA
Coment‡rios:
O art. 7o da Lei n. 9.610/1998 determina o que deve ser protegido por direitos
autorais.
Art. 7¼ S‹o obras intelectuais protegidas as cria•›es do esp’rito, expressas por qualquer
meio ou fixadas em qualquer suporte, tang’vel ou intang’vel, conhecido ou que se invente
no futuro, tais como:
I - os textos de obras liter‡rias, art’sticas ou cient’ficas;
II - as confer•ncias, alocu•›es, serm›es e outras obras da mesma natureza;
III - as obras dram‡ticas e dram‡tico-musicais;
IV - as obras coreogr‡ficas e pantom’micas, cuja execu•‹o c•nica se fixe por escrito ou por
outra qualquer forma;
V - as composi•›es musicais, tenham ou n‹o letra;
VI - as obras audiovisuais, sonorizadas ou n‹o, inclusive as cinematogr‡ficas;
VII - as obras fotogr‡ficas e as produzidas por qualquer processo an‡logo ao da fotografia;
VIII - as obras de desenho, pintura, gravura, escultura, litografia e arte cinŽtica;
GABARITO: CERTA
Coment‡rios:
Neste caso a patente n‹o poder‡ ser concedida, pois n‹o se trata propriamente
de um invento, mas sim de um mŽtodo cirœrgico, tŽcnica que n‹o pode ser
considerada inven•‹o e nem modelo de utilidade, por for•a do art. 10 da Lei de
Propriedade Industrial.
Art. 10. N‹o se considera inven•‹o nem modelo de utilidade:
VIII - tŽcnicas e mŽtodos operat—rios ou cirœrgicos, bem como mŽtodos terap•uticos ou de
diagn—stico, para aplica•‹o no corpo humano ou animal.
GABARITO: A
Coment‡rios:
Nossa resposta Ž dada pelo art. 30 da Lei de Propriedade Industrial.
Art. 30. O pedido de patente ser‡ mantido em sigilo durante 18 (dezoito) meses contados
da data de dep—sito ou da prioridade mais antiga, quando houver, ap—s o que ser‡
publicado, ˆ exce•‹o do caso previsto no art. 75.
Coment‡rios:
Mais uma vez temos uma quest‹o que invoca o art. 10 da Lei de Propriedade
Industrial, que traz uma lista de itens que n‹o s‹o considerados inven•›es e nem
modelos de utilidade, entre eles mŽtodos cirœrgicos.
Art. 10. N‹o se considera inven•‹o nem modelo de utilidade:
I - descobertas, teorias cient’ficas e mŽtodos matem‡ticos;
II - concep•›es puramente abstratas;
III - esquemas, planos, princ’pios ou mŽtodos comerciais, cont‡beis, financeiros,
educativos, publicit‡rios, de sorteio e de fiscaliza•‹o;
IV - as obras liter‡rias, arquitet™nicas, art’sticas e cient’ficas ou qualquer cria•‹o estŽtica;
V - programas de computador em si;
VI - apresenta•‹o de informa•›es;
VII - regras de jogo;
VIII - tŽcnicas e mŽtodos operat—rios ou cirœrgicos, bem como mŽtodos terap•uticos ou de
diagn—stico, para aplica•‹o no corpo humano ou animal; e
IX - o todo ou parte de seres vivos naturais e materiais biol—gicos encontrados na natureza,
ou ainda que dela isolados, inclusive o genoma ou germoplasma de qualquer ser vivo natural
e os processos biol—gicos naturais.
GABARITO: A
Coment‡rios:
Nos termos do art. 11, ¤ 2¼ da Lei de Propriedade Industrial, para fins de aferi•‹o
da novidade, o conteœdo completo de pedido depositado no Brasil, e ainda n‹o
publicado, ser‡ considerado estado da tŽcnica a partir da data de dep—sito, ou da
prioridade reivindicada, desde que venha a ser publicado, mesmo que
subsequentemente.
GABARITO: B
Coment‡rios:
A alternativa A est‡ correta. Normalmente a patente de inven•‹o dura 20 anos,
e a de modelo de utilidade dura 15 anos, sempre contados da data do dep—sito.
O legislador, porŽm, buscou garantir um per’odo m’nimo de vig•ncia a partir da
concess‹o, especialmente para os casos em que h‡ uma demora excessiva na
an‡lise do pedido sem que haja culpa do autor, determinando que esse prazo de
vig•ncia n‹o ser‡ inferior a 10 anos para a inven•‹o e 7 anos para o modelo de
utilidade, contados da data de concess‹o.
A alternativa B est‡ incorreta. De acordo com o art. 8o da Lei de Propriedade
Industrial, Ž patente‡vel a inven•‹o que atenda aos requisitos de novidade,
atividade inventiva e aplica•‹o industrial.
A alternativa C est‡ incorreta. Nos termos do art. 6o, ¤2o, a patente poder‡ ser
requerida em nome pr—prio, pelos herdeiros ou sucessores do autor, pelo
cession‡rio ou por aquele a quem a lei ou o contrato de trabalho ou de presta•‹o
de servi•os determinar que perten•a a titularidade. De acordo com o ¤ 3¼, quando
se tratar de inven•‹o ou de modelo de utilidade realizado conjuntamente por
duas ou mais pessoas, a patente poder‡ ser requerida por todas ou qualquer
delas, mediante nomea•‹o e qualifica•‹o das demais, para ressalva dos
respectivos direitos.
Coment‡rios:
A alternativa A est‡ incorreta. De acordo com o art. 123, marca de certifica•‹o Ž
aquela usada para atestar a conformidade de um produto ou servi•o com
determinadas normas ou especifica•›es tŽcnicas, notadamente quanto ˆ
qualidade, natureza, material utilizado e metodologia empregada.
A alternativa B est‡ correta. Nos termos do art. 5o, os direitos de propriedade
industrial s‹o considerados bens m—veis, e, de acordo com o art. 225 da Lei de
Propriedade Industrial, prescreve em 5 anos a a•‹o para repara•‹o de dano
causado ao direito de propriedade industrial.
A alternativa C est‡ incorreta. A marca notoriamente conhecida, como voc• j‡
sabe, fgoza de prote•‹o especial, independentemente de estar previamente
depositada ou registrada no Brasil. Nesse sentido, o INPI poder‡ indeferir de
of’cio pedido de registro de marca que reproduza ou imite, no todo ou em parte,
marca notoriamente conhecida.
Coment‡rios:
A alternativa A est‡ incorreta. Nos termos do art. 122 da Lei de Propriedade
Industrial, s‹o suscet’veis de registro como marca os sinais distintivos
visualmente percept’veis, n‹o compreendidos nas proibi•›es legais. N‹o se fala
nada sobre marcas olfativas.
A alternativa B est‡ incorreta. De acordo com o art. 133, o registro da marca
vigorar‡ pelo prazo de 10 anos, contados da data da concess‹o do registro,
prorrog‡vel por per’odos iguais e sucessivos.
A alternativa C est‡ incorreta. Nos termos do art. 176, constitui indica•‹o
geogr‡fica a indica•‹o de proced•ncia ou a denomina•‹o de origem.
A alternativa D est‡ incorreta. De acordo com o art. 99, aplicam-se ao pedido de
registro, no que couber, as disposi•›es do art. 16, exceto o prazo previsto no seu
¤ 3¼, que ser‡ de 90 dias. O art. 16, por sua vez, trata justamente o pedido de
prioridade.
Art. 16. Ao pedido de patente depositado em pa’s que mantenha acordo com o Brasil, ou
em organiza•‹o internacional, que produza efeito de dep—sito nacional, ser‡ assegurado
direito de prioridade, nos prazos estabelecidos no acordo, n‹o sendo o dep—sito invalidado
nem prejudicado por fatos ocorridos nesses prazos.
Coment‡rios:
A alternativa A est‡ incorreta. A patente Ž concedida no dia da publica•‹o do
respectivo ato, nos termos do art. 38, ¤3o da Lei de Propriedade Industrial.
A alternativa B est‡ correta. Vencida a fase de analise das condi•›es do pedido,
passa-se ent‹o ao processamento e exame. Uma vez feito e admitido o pedido,
caber‡ ao INPI manter seu sigilo durante o per’odo de 18 meses,
promovendo, ao fim desse prazo, a publica•‹o na Revista da Propriedade
Industrial, exceto quando se tratar de patente de interesse da defesa nacional,
conforme arts. 30 e 75 da Lei de Propriedade Industrial.
A alternativa C est‡ incorreta. De acordo com o art. 40, a patente de inven•‹o
vigorar‡ pelo prazo de 20 anos e a de modelo de utilidade pelo prazo 15 anos
contados da data de dep—sito.
D. Art. 40, Par‡grafo œnico. O prazo de vig•ncia n‹o ser‡ inferior a 10 (dez) anos
para a patente de inven•‹o e a 7 (sete) anos para a patente de modelo de
utilidade, a contar da data de concess‹o, ressalvada a hip—tese de o INPI estar
impedido de proceder ao exame de mŽrito do pedido, por pend•ncia judicial
comprovada ou por motivo de for•a maior.
A alternativa E est‡ incorreta Nos termos do art. 38, a patente ser‡ concedida
depois de deferido o pedido, e comprovado o pagamento da retribui•‹o
correspondente, expedindo-se a respectiva carta-patente. De acordo com o ¤1¼,
o pagamento da retribui•‹o e respectiva comprova•‹o dever‹o ser efetuados no
prazo de 60 dias contados do deferimento.
GABARITO: B
12 Ð Resumo da Aula
Dura•‹o de 20 anos
Inven•‹o
Cabe licen•a compuls—ria
Requisitos:
- Novidade
- Atividade inventiva
- Aplica•‹o industrial
- Licitude
Patente
Dura•‹o de 15 anos
Modelo de Utilidade
Cabe licen•a compuls—ria
Requisitos:
- Novidade
- Atividade inventiva
PROPRIEDADE - Aplica•‹o industrial
INDUSTRIAL - Licitude
Dura•‹o de 10 anos
Requisitos:
- Novidade
- Originalidade
- Licitude
Registro
Dura•‹o de 10 anos
Prorrog‡vel indefinidamente
(precisa ser requerida 1 ano
antes do tŽrmino)
Marca
N‹o admite licen•a
compuls—ria
Requisitos:
- Novidade relativa
- N‹o colid•ncia
- Licitude
De inven•‹o
Patente
De modelo de utilidade
Concess‹o de
De marca
Registro
De desenho industrial
PROTE‚ÌO Ë PROPRIEDADE
INDUSTRIAL Repress‹o ˆs falsas
indica•›es geogr‡ficas
Repress‹o ˆ concorr•ncia
desleal
Marca de produto ou
servi•o
Classifica•‹o das
Marca de certifica•‹o
marcas, segundo a lei
Marca coletiva
Marcas nominativas
Marcas figurativas
Classifica•‹o das
marcas, segundo a
form,a de apresenta•‹o
Marcas mistas
Marcas
tridimensionais
13 Ð Jurisprud•ncia Aplic‡vel
RECURSO ESPECIAL. PROPRIEDADE INDUSTRIAL. PRORROGA‚ÌO DO PRAZO DE
PATENTE CONCEDIDA NOS TERMOS DA LEI N. 5772/71 POR MAIS CINCO ANOS.
ACORDO TRIPS. VIGæNCIA NO BRASIL.
I - O Acordo Internacional TRIPS - inserido no ordenamento jur’dico brasileiro pelo Decreto
n. 1.355/94 -, na parte que prev• a prorroga•‹o do prazo de patente de 15 anos - nos
termos da Lei n. 5.772/71 - para 20 anos, n‹o tem aplica•‹o imediata, ficando submetida
a observ‰ncia de suas normas a pelo menos duas restri•›es, em se tratando de pa’ses em
desenvolvimento, como o caso do Brasil: a) prazo geral de um ano, a contar do in’cio da
vig•ncia do Acordo no pa’s (art. 65.1); b) prazo especial de mais quatro anos para os pa’ses
em desenvolvimento (art. 65.2), alŽm do prazo geral.
II - A aus•ncia de manifesta•‹o legislativa expressa, no sentido de postergar a vig•ncia do
Acordo no plano do direito interno por mais cinco anos (na modalidade 1 + 4), n‹o pode
ser interpretada como renœncia ˆ faculdade oferecida pelo art. 65 ˆs na•›es em
desenvolvimento, uma vez que n‹o havia nenhum dispositivo obrigando o pa’s a declarar
sua op•‹o pelo prazo de transi•‹o. Precedente: REsp 960.728/RJ, Rel». Min». NANCY
ANDRIGHI, DJ 17.3.09. Recurso Especial provido.
REsp 806.147/RJ, Rel. Min. Sidnei Benetti, 3a Turma, j. 15.12.2009, DJe 18.12.2009.
Processual civil. Recurso especial. A•‹o na qual o INPI figura como parte. Foro competente
para julgamento. O foro competente para julgamento de a•‹o em que o INPI figure como
parte Ž o de sua sede, a princ’pio. Contudo, o C—digo de Processo Civil faculta que o autor
ajuize a a•‹o no foro do domic’lio do outro demandado na hip—tese de pluralidade de rŽus,
se assim preferir. Intelig•ncia do art. 94, ¤ 4.¼, do CPC.
REsp 346.628/SP, Rel. Min. Nancy Andrighi, 3a Turma, j. 13.11.2001, DJ 04.02.2002, p.
355.
4. Os nomes de edif’cios ou de condom’nios fechados n‹o s‹o marcas nem s‹o atos
da vida comercial, mas, ao revŽs, s‹o atos da vida civil, pois promovem a
individualiza•‹o da coisa, n‹o podendo ser enquadrados como servi•os ou, ainda,
produtos, mesmo porque, para estes œltimos, a marca serve para distinguir sŽries
(de mercadorias) - e n‹o objetos singulares.
5. O fato de uma empresa construir um edif’cio ou um condom’nio fechado, ao
particularizar o empreendimento colocando-lhe um nome (que se mantŽm,
havendo comercializa•‹o ou n‹o de unidades habitacionais), n‹o torna o ato civil
em comercial, tampouco coloca em risco, por confus‹o, os efeitos jur’dicos de
marca registrada no ramo de servi•os, pois o signo protegido Ž restrito ˆ atividade,
n‹o repercutindo na nomea•‹o de coisas. Incid•ncia do princ’pio da especialidade.
6. Faz-se necess‡rio, para o exame do fen™meno da colis‹o de marcas, n‹o somente a
aferi•‹o do ramo de atividade comercial das empresas combatentes, mas deve-se apreciar
tambŽm a composi•‹o marc‡ria como um todo. ƒ que a prote•‹o da marca Ž limitada ˆ sua
forma de composi•‹o, porquanto as partes e/ou afixos de dado signo - ainda mais quando
essencialmente nominativo - podem ser destacados e combinados com outros sinais,
resultando em um outro conjunto simb—lico essencialmente distinto. ƒ o fen™meno da
justaposi•‹o ou aglutina•‹o de afixos em nomes, que podem constituir outras marcas
v‡lidas, no mesmo ramo de atividade econ™mica ( v.g. : Coca-Cola e Pepsi Cola).
7. Se o Tribunal estadual, examinando os elementos de fato e de prova dos autos, concluiu
pela aus•ncia de risco de erro, engano ou confus‹o entre as marcas pelo consumidor, n‹o
havendo tambŽm qualquer ato de concorr•ncia desleal praticado pela demandada, sendo
inexistente a m‡-fŽ, chegar a conclus‹o diversa encontra —bice na Sœmula 07 do STJ.
8. Recurso especial a que se nega provimento.
REsp 862.067/RJ, Rel. Min. Vasco Della Giustina (Desembargador convocado do TJ/RS), 3a
Turma, j. 26.04.2011, DJe 10.05.2011.
1. Por for•a do art. 124, VIII, da Lei n. 9.279/1996 (LPI), a identidade de cores de
embalagens, principalmente com varia•‹o de tons, de um produto em rela•‹o a outro, sem
constituir o conjunto da imagem ou trade dress da marca do concorrente - isto Ž, cores
"dispostas ou combinadas de modo peculiar e distintivo" -, n‹o Ž hip—tese legalmente
capitulada como concorr•ncia desleal ou parasit‡ria.
2. A simples cor da lata de cerveja n‹o permite nenhuma rela•‹o com a distin•‹o do produto
nem designa isoladamente suas caracter’sticas - natureza, Žpoca de produ•‹o, sabor, etc.
-, de modo que n‹o enseja a confus‹o entre as marcas, sobretudo quando suficiente o seu
principal e not—rio elemento distintivo, a denomina•‹o.
3. Para que se materialize a concorr•ncia desleal, alŽm de visar ˆ capta•‹o da clientela de
concorrente, causando-lhe danos e preju’zos ao seu neg—cio, Ž preciso que essa conduta se
traduza em manifesto emprego de meio fraudulento, voltado tanto para confundir o
consumidor quanto para obter vantagem ou proveito econ™mico.
4. O prop—sito ou tentativa de vincular produtos ˆ marca de terceiros, que se convencionou
denominar de associa•‹o parasit‡ria, n‹o se configura quando inexiste ato que denote o
uso por uma empresa da notoriedade e prest’gio mercadol—gico alheios para se destacar no
‰mbito de sua atua•‹o concorrencial.
5. A norma prescrita no inciso VIII do art. 124 da LPI - Se•‹o II, "Dos Sinais N‹o Registr‡veis
como Marca" - Ž bastante, por si s—, para elidir a pr‡tica de atos de concorr•ncia desleal
tipificados no art. 195, III e IV, do mesmo diploma, cujo alcance se arrefece ainda mais em
face da inexist•ncia de elementos f‡tico-jur’dicos caracterizadores de proveito parasit‡rio
que evidenciem que a empresa, por meio fraudulento, tenha criado confus‹o entre produtos
no mercado com o objetivo de desviar a clientela de outrem em proveito pr—prio.
6. Descaracterizada a concorr•ncia desleal, n‹o h‡ falar em ofensa ao direito de marca,
impondo-se o afastamento da condena•‹o indenizat—ria por falta de um dos elementos
essenciais ˆ constitui•‹o da responsabilidade civil - o dano. 7. Recurso especial conhecido
e provido.
REsp 1.376.264/RJ, Rel. Min. Jo‹o Ot‡vio de Noronha, 3a Turma, j. 09.12.2014, DJe
04.02.2015.
express‹o que constitui a marca registrada pelo outro, terceiro, de propriedade desse, sem
preju’zo da utiliza•‹o do seu nome comercial por inteiro.
REsp 119.998/SP, Rel. Min. S‡lvio de Figueiredo Teixeira, 4a Turma, j. 09.03.1999, DJ
10.05.1999, p. 177.
3. Produtos que guardam rela•‹o de afinidade, pois se inserem no mesmo nicho comercial,
visando a um pœblico consumidor semelhante e utilizando os mesmo canais de
comercializa•‹o.
4. Aplica•‹o do princ’pio da especialidade que n‹o deve se ater de forma mec‰nica ˆ
Classifica•‹o Internacional de Produtos e Servi•os, podendo extrapolar os limites de uma
classe sempre que, pela rela•‹o de afinidade dos produtos, houver possibilidade de se gerar
dœvida no consumidor.
5. Caso concreto em que a concess‹o do registro pleiteado pela autora ensejaria, no
consumidor, uma prov‡vel e inver’dica associa•‹o dos biscoitos recheados com as pastilhas
TIC TAC comercializadas pelas rŽs.
6. Indeferimento do registro que deve ser mantido, ˆ luz do art. 124, XIX, da Lei n.
9.279/96.
7. RECURSOS ESPECIAIS PROVIDOS.
REsp 1.340.933/SP, Rel. Min. Paulo de Tarso Sanseverino, 3a Turma, j. 10.03.2015, DJe
17.03.2015.
Direito Civil. Direito Empresarial. Recurso especial. Nome empresarial. Lei 8.934/94.
Prote•‹o. Nome previamente registrado. Termo que remete a localiza•‹o geogr‡fica.
Aus•ncia de direito de uso exclusivo. Marca. Lei 9.279/96. LPI. CDC. CF. CC/02. Nome
geogr‡fico. Possibilidade de registro como sinal evocativo. Impossibilidade de causar
confus‹o ou levar o pœblico consumidor a erro. Aus•ncia de viola•‹o ao direito de uso
exclusivo da marca. Diss’dio jurisprudencial. Cotejo anal’tico. Aus•ncia.
- O registro de termo que remete a determinada localiza•‹o geogr‡fica no nome
empresarial, por se referir a lugar, n‹o confere o direito de uso exclusivo desse termo.
- ƒ permitido o registro de marca que utiliza nome geogr‡fico, desde que esse nome seja
utilizado como sinal evocativo e que n‹o constitua indica•‹o de proced•ncia ou denomina•‹o
de origem.
- A prote•‹o da marca tem um duplo objetivo. Por um lado, garante o interesse de seu
titular. Por outro, protege o consumidor, que n‹o pode ser enganado quanto ao produto
que compra ou ao servi•o que lhe Ž prestado.
- Para que haja viola•‹o ao art. 129 da LPI e seja configurada a reprodu•‹o ou imita•‹o de
marca prŽ-registrada, Ž necess‡rio que exista efetivamente risco de ocorr•ncia de dœvida,
erro ou confus‹o no mercado, entre os produtos ou servi•os dos empres‡rios que atuam no
mesmo ramo.
- O diss’dio jurisprudencial deve ser comprovado mediante o cotejo anal’tico entre ac—rd‹os
que versem sobre situa•›es f‡ticas id•nticas. Recurso especial n‹o provido.
REsp 989.105/PR, Rel. Min. Nancy Andrighi, 3a Turma, j. 08.09.2009, DJe 28.09.2009.
14 Ð Considera•›es Finais
Chegamos ao final da nossa aula de hoje! Se tiver alguma dœvida estou dispon’vel
no nosso f—rum...! J
Paulo Guimar‹es
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