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RESUMO N2 – NOTA 2 - DIREITO EMPRESARIAL

 Há um sistema de proteção ao nome


empresarial, lei 8.934/94, arts. 33 e 34
c/c arts. 1.155 e segs. do CC; trazem a
Aspectos Iniciais
premissa - Princípios da Veracidade e da
1) Elementos de Identificação da Empresa:
Novidade;
(Nome comercial, de empresa ou  Art. 33, Lei 8.934/94. A proteção ao nome
empresarial, marcas de produto ou
empresarial decorre automaticamente do
serviço, expressões ou sinais de
arquivamento dos atos constitutivos de
propaganda);
firma individual e de sociedades, ou de
2) Elementos do Exercício da Empresa: (Fundo
suas alterações.
de Comércio ou estabelecimento  Art. 34, Lei 8.934/94. O nome empresarial
comercial, título de estabelecimento,
obedecerá aos princípios da veracidade e
invenção, modelo de utilidade, desenho
da novidade.
industrial);
 A importância de ser ter uma
1) Elementos de Identificação da Empresa:
designação que a separa das demais.
 Código Civil: Tít. I ----- Tít. IV, Capítulo II (Do  É o nome que vai à nota fiscal.
nome empresarial). Natureza Jurídica:
 Legislação Esparsa: lei 9.279/96 (Lei de  Discussão doutrinária: expressão que se
Propriedade Industrial), lei 8.934/94 refere ao empresário (ponto de vista
(Registro Público de Empresas Mercantis subjetivo) ou a atividade de empresa
e Atividades Afins); IN n. 53/69 e 97/03 (ponto de vista objetivo); direito
do DNRC; personalíssimo, inalienável (CC, art. 1.164)
Conceito. Firma individual e firma social. ou direito patrimonial, alienável
Denominação. Exclusividade do nome. (penhorável).
Registro. Título de estabelecimento.  Art. 1.164,CC. O nome empresarial não
 Conceito: o nome empresarial é tido a
pode ser objeto de alienação.
firma individual, a firma ou razão social ou
Espécies:
a denominação, com as quais se faz a
 Firma do empresário (firma individual): é a
identificação das empresas mercantis no
do empresário que comercia isolado, ou
país.

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o signo diferenciador do elemento  Observações:

pessoal da empresa (documento); a) registro da firma, razão social ou


 Nome (gênero): Firma Social; é o nome denominação ocorre automaticamente
sob o qual o comerciante ou sociedade com a inscrição dos atos constitutivos na
exerce o comércio e assina-se nos atos a Junta Comercial, (proteção estadual)
ele referentes; é o da pessoa jurídica conforme as assinaturas constantes dos
assim considerada como sociedade instrumentos, ficando dispensadas
comercial regular. quaisquer formalidades;
 Denominação: é o nome utilizado paras as b) deixou de existir a antiga declaração
sociedades que não podem compor de firma, que seguia documento de
firma ou razão social, adotam uma registro, onde eram inseridas as
denominação, em geral constituída por assinaturas do declarante (IN n. 2/86 do
nome fantasia. DNRC);
 Ex.: sociedades anônimas. c) não há exigência do reconhecimento
 Art. 1.156 do CC: empresário individual - O de firma em declarações individuais
empresário opera sob firma constituída prestadas após órgãos de registro do
por seu nome, completo ou abreviado, comércio, bem como em todos os
aditando-lhe, se quiser, designação mais demais atos levados a arquivamento, salvo
precisa da sua pessoa ou do gênero de quanto às procurações; a partir do
atividade. momento que eu abri a firma não
precioso autenticar.
 Art. 1.157 do CC: sociedade empresária; Sistemas Legislativos:
patronímico dos sócios - A sociedade em  Há três sistemas no ordenamento jurídico
que houver sócios de responsabilidade internacional:
ilimitada operará sob firma, na qual 1) veracidade ou autenticidade;
somente os nomes daqueles poderão 2) o da plena liberdade;
figurar, bastando para formá-la aditar ao 3) eclético ou misto;
nome de um deles a expressão "e
companhia" ou sua abreviatura.

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1. Veracidade: que puderem ser acrescidas não devem


 Ordenamento jurídico brasileiro, art. 34 da conduzir a erro; exigência só no
lei 8.934/94, IN n. 104/07 do DNRC e arts. momento da criação da firma, podendo
1.156, 1.157 e 1.158 do CC; ser posteriormente modificado.
 Impõe que a firma seja instituída sob o Por que tenho que registrar o nome?
patronímico do empresário individual e Exclusividade do uso do nome empresarial:
quanto à firma social, sob os dos sócios  Direito à exclusividade é inerente ao
que a compõem. nome comercial; não deve haver
 Empresário Individual: deve adotar o seu homônimo ou homófono;
nome civil, podendo abreviá-lo ou  Arts. 11 da IN 104/2007 c/c 1.166 do CC,
acrescê-lo de um elemento distintivo ou estabelecem que a proteção ao nome
característico. Elemento distintivo ou compete à Junta Comercial da localidade;
característico, tem haver com a caso haja filiais em outras cidades há a
modalidade de empresário. necessidade de arquivamento e registro
 Não posso utilizar expressões na junta respectiva; proteção nacional há
estrangeiras. a necessidade arquivamento de certidão
 Sociedade Empresária: firma social será junto ao INPI, lei n. 9.279/96;

constituída com o nome de um dos  Não há prazo para existência do nome

sócios seguido da designação de empresarial, existindo enquanto perdurar

sociedade ou abreviado na forma usual a personalidade jurídica ou a empresa

(& Cia). (art. 1.168 CC); enquanto durar a


personalidade jurídica o nome terá
2. Liberdade Plena:
vigência.
 É adotado pela Inglaterra e Estados
 O nome empresarial perde a proteção e
Unidos, onde o comerciante individual ou
a exclusividade quando expirado o prazo
as sociedades podem adotar o nome que
de duração da sociedade ou quando ela
bem desejarem.
entrar em liquidação; até mesmo quando
3. Eclético:
a sociedade ou o empresário individual
 É germânico e suíço, onde os nomes na
ficar inativo por mais de 10 anos (arts. 59
firma contidos devem pertencer
e 60 da Lei 8.934/94 e 1.168 do CC);
realmente ao titular da firma, e as adições
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Alienabilidade do nome empresarial: transmissível por qualquer título a


 Indagação: pode o nome empresarial ser terceiros.
alienado, dada a sua característica de ser
um direito personalíssimo?
 Resposta: necessários dois enfoques:
a) Direito Estrangeiro;

b) Direito Brasileiro;

a) considera o nome empresarial cessível, Conceito


integrado a empresa ou ao  Observação: essa matéria deve ser lida
estabelecimento; havendo doutrina no juntamente com a Lei 9.279/96.
sentido de que são coisas distintas dada  Link:
ao seu caráter patrimonial; http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l92
b) depende do objeto da transferência: 79.htm
b.1) firma individual ou firma social: é nome  É o sinal distintivo de determinado
civil, inalienável e intransferível, pois não produto, mercadoria ou serviço;
constitui bem imaterial, é um direito  É garantia fundamental protegida pela
apenas; atributo da personalidade; arts. CRFB/88, art. 5º, XXIX; livre iniciativa é
1.164 e 1.165 do CC; adquirente deve limitada, não é absoluta.
exercitar a atividade em seu nome  Lei de propriedade industrial: 9.279/96
pessoal, informando sua qualidade de (Título III). Tratado de Cooperação em
sucessor. Princípios da Veracidade e da Matéria de Patentes (PCT), promulgado
Autenticidade. pelo Dec. N. 81.742/78;
b.2) denominação: não se traduz em direito  Art. 129 da Lei 9.279/96. “É garantida no
personalíssimo, pois são pertencentes às território nacional a propriedade da marca
sociedades anônimas e sociedades e o seu uso exclusivo àquele que obtiver
limitadas, que se utilizam de nomes o registro conforme os ditames da Lei”.
independentes do nome civil dos sócios,  Divisão: marca de produto ou serviço, de
nomes fantasias. Pode ser alienável e certificação (INMETRO, ISO) e coletiva

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(representam um valor, um princípio, ex.:  Órgão: Instituto Nacional de Propriedade


GREENPEACE) (art. 123, I da Lei 9.279/96). Industrial INPE (Autarquia Federal ligada ao
 Devem ser usadas diretamente no Ministério do Desenvolvimento, Indústria e
produto ou nas mercadorias, recipientes, Comércio Exteiror).
rótulos, ou etiquetas; as marcas de  Art. 122 da Lei 9.279/96: sinais distintivos: são
serviço devem ser utilizadas somente em palavras, denominações, monogramas,
material de propagando; emblemas, símbolos, figuras e quaisquer
Natureza Jurídica outros que não sejam vedados pela lei,
 Início: apenas indicar a origem ou a art. 124;
procedência da mercadoria;  Olhar para o art. 124 para ver se aquele
 Atualmente (duplo aspecto): resguardar o símbolo está adequado.
trabalho e a clientela do empresário e  Doutrina: requisitos essenciais
proteger os interesses do consumidor a) originalidade (marca não deve
(interesse público e privado); no sentido apresentar anterioridades, mas ser
de informar o consumidor. diferente de qualquer outra já criada e
 É direito patrimonial, sobre bens registrada);
incorpóreos; o que se protege é mais do b) novidade (a marca deve ser formada de
que a representação material da marca; a elementos inconfundíveis de outras, já
origem é a ocupação, decorrendo do apropriadas; não pode apresentar
direito natural que assegura a todos o colidências na mesma “classe”);
fruto do trabalho; c) licitude (não deve afetar a moral e aos

bons costumes, art. 124, III; ofendam a


Registro das Marcas honra ou a imagem de pessoas ou
 Sistemas de registro: Declarativo e Atributivo (ou atentem contra a liberdade de
constitutivo): você é dono de algo e isso consciência, crença, culto religioso ou
constitui que você pode explorar. ideia e sentimento dignos de respeito e
 Direito Brasileiro: sistema atributivo: é veneração).
proprietário e titular do direito aquele que  Processo: tramitação administrativa pleiteada
primeiro a registra. frente à Diretoria de Marcas do INPI

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(requerimento dirigido ao Presidente do aos bons costumes ou que ofenda a


Instituto); busca prévia para saber se a honra ou imagem de pessoas ou atente
marca já existe. contra liberdade de consciência, crença,
 Arts. 155 e seguintes da Lei 9.279/96; culto religioso ou idéia e sentimento
dignos de respeito e veneração;
Prazo de Vigência
 IV - designação ou sigla de entidade ou
 Caráter temporário: 10 (dez) anos, art. 133 da
órgão público, quando não requerido o
Lei 9.279/96, podendo ser prorrogável
registro pela própria entidade ou órgão
por períodos de igual tempo,
público;
sucessivamente; quer dizer
 V - reprodução ou imitação de elemento
permanentemente.
característico ou diferenciador de título
Modalidades de Uso
de estabelecimento ou nome de
 A proteção a marca abrange o seu uso
empresa de terceiros, suscetível de
em papéis, impressos, documentos
causar confusão ou associação com
relativos à atividade de seu titular;
estes sinais distintivos;
utilizadas também de modo aderente
 VI - sinal de caráter genérico, necessário,
sobre produtos e mercadorias;
comum, vulgar ou simplesmente
instrumentos de informação e publicidade.
descritivo, quando tiver relação com o
Sinais Não Registráveis produto ou serviço a distinguir, ou aquele
 Art. 124. Não são registráveis como marca: empregado comumente para designar
 I - brasão, armas, medalha, bandeira, uma característica do produto ou serviço,
emblema, distintivo e monumento oficiais, quanto à natureza, nacionalidade, peso,
públicos, nacionais, estrangeiros ou valor, qualidade e época de produção ou
internacionais, bem como a respectiva de prestação do serviço, salvo quando
designação, figura ou imitação; revestidos de suficiente forma distintiva;
 II - letra, algarismo e data, isoladamente,  VII - sinal ou expressão empregada
salvo quando revestidos de suficiente apenas como meio de propaganda;
forma distintiva;  VIII - cores e suas denominações, salvo se
 III - expressão, figura, desenho ou dispostas ou combinadas de modo
qualquer outro sinal contrário à moral e peculiar e distintivo;

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 IX - indicação geográfica, sua imitação terceiros, salvo com consentimento do


suscetível de causar confusão ou sinal titular, herdeiros ou sucessores;
que possa falsamente induzir indicação  XVI - pseudônimo ou apelido
geográfica; notoriamente conhecidos, nome artístico
 X - sinal que induza a falsa indicação singular ou coletivo, salvo com
quanto à origem, procedência, natureza, consentimento do titular, herdeiros ou
qualidade ou utilidade do produto ou sucessores;
serviço a que a marca se destina;  XVII - obra literária, artística ou científica,
 XI - reprodução ou imitação de cunho assim como os títulos que estejam
oficial, regularmente adotada para garantia protegidos pelo direito autoral e sejam
de padrão de qualquer gênero ou suscetíveis de causar confusão ou
natureza; associação, salvo com consentimento do
 XII - reprodução ou imitação de sinal que autor ou titular;
tenha sido registrado como marca  XVIII - termo técnico usado na indústria,
coletiva ou de certificação por terceiro, na ciência e na arte, que tenha relação
observado o disposto no art. 154; com o produto ou serviço a distinguir;
 XIII - nome, prêmio ou símbolo de evento  XIX - reprodução ou imitação, no todo
esportivo, artístico, cultural, social, político, ou em parte, ainda que com acréscimo,
econômico ou técnico, oficial ou de marca alheia registrada, para distinguir
oficialmente reconhecido, bem como a ou certificar produto ou serviço idêntico,
imitação suscetível de criar confusão, semelhante ou afim, suscetível de causar
salvo quando autorizados pela autoridade confusão ou associação com marca
competente ou entidade promotora do alheia;
evento;  XX - dualidade de marcas de um só
 XIV - reprodução ou imitação de título, titular para o mesmo produto ou serviço,
apólice, moeda e cédula da União, dos salvo quando, no caso de marcas de
Estados, do Distrito Federal, dos mesma natureza, se revestirem de
Territórios, dos Municípios, ou de país; suficiente forma distintiva;
 XV - nome civil ou sua assinatura, nome  XXI - a forma necessária, comum ou
de família ou patronímico e imagem de vulgar do produto ou de

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acondicionamento, ou, ainda, aquela que Modelo de Utilidade e Desenho Industrial


não possa ser dissociada de efeito  Elementos do exercício de empresa:
técnico; 1. Invenção
 XXII - objeto que estiver protegido por  Modelo de utilidade e desenho industrial
registro de desenho industrial de terceiro; (Lei 9.279/96 – Tít. I)
e  Invenção empresarial; primeiro elemento de
 XXIII - sinal que imite ou reproduza, no exercício da empresa.
todo ou em parte, marca que o  Distinção entre
requerente evidentemente não poderia
 a) descoberta e
desconhecer em razão de sua atividade,
 b) invenção;
cujo titular seja sediado ou domiciliado em
 a) Descoberta: se faz quase
território nacional ou em país com o qual
inesperadamente, pela revelação ou
o Brasil mantenha acordo ou que
encontro casual de processo ou produto
assegure reciprocidade de tratamento, se
existente, real, mas desconhecido;
a marca se destinar a distinguir produto
trabalha por intermédio de ciência.
ou serviço idêntico, semelhante ou afim,
 É o ato de anunciar ou revelar um
suscetível de causar confusão ou
princípio científico desconhecido, mas
associação com aquela marca alheia.
preexistente na ordem natural;
Nulidade de Registro
 b) Invenção: é mais a ação ou o processo
 Cancelamento administrativo pelo INPE ou
de inventar do que o invento;
ação de nulidade.
 É dar aplicação prática ou técnica ao
 Para cancelar o registro (arts. 165 e 173 da
princípio científico, no sentido de criar
Lei 9.279/96); caso de marcas idênticas.
algo novo, aplicável no aperfeiçoamento
 Por ser um bem eu posso: Cessão,
ou na criação industrial; dar serventia
transferência e contrato de licença de
aquele invento.
uso da marca:
 Deve ser algo original e novo, suscetível
 arts. 134 e seguintes da Lei 9.279/96;
de utilização industrial;

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2. Modelo de Utilidade Empresarial 4. Desenhos Industriais


 É toda disposição ou forma nova obtida  Conceito: é a forma plástica ornamental
ou introduzida em objetos conhecidos, de um objeto ou o conjunto de linhas e
desde que se preste a um trabalho ou cores que possa ser aplicado a um
uso prático; referem-se a instrumentos, produto, proporcionando resultado visual
ferramentas de trabalho ou utensílios que novo e original na sua configuração
nele são empregados para aumentar ou externa e que possa servir de tipo de
desenvolver a sua eficiência ou utilidade; fabricação industrial (art. 95 da Lei
 Conhecidos por serem “pequenas 9.279/96); certificado de registro.
invenções”; situam-se em posição  É combinação de linhas, de cores, de
intermediária entre as invenções forma dirigida a conseguir um novo
propriamente ditas e os modelos aspecto exterior de um produto,
industriais; segundas as dimensões de um plano;
 Ex.: esteira de supermercado, tela touch  Expede-se o “certificado de registro”, que
screen. vigorará por 10 (dez) anos a contar do
3. Patente depósito, prorrogável por três períodos
 Traduz-se num direito a ser assegurado sucessivos de cinco anos cada;
em razão da propriedade sobre a  Regras:
invenção ou o modelo de utilidade;
 Contrato um funcionário exclusivamente
 É concessão pública, conferida pelo
para criar algo na empresa: todos os
Estado, que garante ao seu titular a
direitos são da empresa.
exclusividade ao explorar comercialmente
 Se eu trabalho dentro da área de
a sua criação;
desenvolvimento, mas, não fui contratado
 Expede-se a “carta-patente”, que vigorará
diretamente para criar: divido com a
pelo prazo de 20 (vinte) anos, em se
empresa.
tratando de invenção e de 15 (quinze)
 Se eu não tenho nada haver com a
anos se modelo de utilidade, contados da
empresa, crio sozinho e aplico na
data do depósito data do registro;
empresa: o invento é todo meu.

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 Compõe-se de elementos corpóreos e


incorpóreos, que o empresário une para
o exercício da atividade comercial.
 Clientela tem aptidão abstrata. Maneira
pela qual se afia, introduz. É o que da
 Código Civil: Tít. I ----- Tít. III (arts. 1.142 a uma novidade ao negócio. É a mola
1.149 do CCB). propulsora.

Conceito  São os mais variados bens, que não

 Doutrina: é o instrumento da atividade do perdem sua singularidade, que se unem


para a formação de um novo e único
empresário, a base física da empresa;
bem;
 É um instrumento de empresa.
 Direito Francês: fonds de comerce Natureza Jurídica – Discussão Doutrinária
 1ª Corrente: é universitas júris (universalidade
 Direito Italiano: azienda - espaço da
de direito): não se constitui no direito
sede de onde praticava;
brasileiro por que a universalidade de
 Lei: art. 1.142/1.143 do CC;
direito só se constitui por força de lei;
“estabelecimento”.
 2ª Corrente: é parte do patrimônio do
 Função de empregar patrimônio.
indivíduo afetado ou destinado a
 Art. 1.142, CC. Considera-se estabelecimento
determinado fim, é patrimônio de
todo complexo de bens organizado, para
afetação ou patrimônio separado – não
exercício da empresa, por empresário,
se constitui no direito brasileiro;
ou por sociedade empresária.
 3ª Corrente (adotada no Brasil): é
 Art. 1.143, CC. Pode o estabelecimento ser
universalidade de fato, constitui-se como
objeto unitário de direitos e de negócios
sendo um conjunto de bens, que se
jurídicos, translativos ou constitutivos, que
mantém unidos, destinado a um fim, por
sejam compatíveis com a sua natureza.
vontade de determinação de seu
 É um bem móvel, infungível e
proprietário – é aplicada no direito
inconsumível; é objeto de direito de
brasileiro como sendo uma forma de
propriedade do empresário ou da
constatação, sem nada a explicar
sociedade empresária.
juridicamente;
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 4ª Corrente: é propriedade incorpórea, é vinculado ao estabelecimento principal, de


um direito sobre a propriedade onde recebe instruções;
incorpórea, um direito à clientela; não Cessão (transferência) do Estabelecimento –
adotada no direito brasileiro, somente no Contrato de Trespasse)
direito francês.  Por ser bem móvel e universalidade de
fato ou ainda bem incorpóreo, o
Estabelecimentos Principal, Sucursal e
Filial estabelecimento comercial pode ser
 Institutos que surgiram em razão das vendido, cedido, empenhado ou
grandes organizações empresariais. desapropriado (art. 1.143 do CC);
 Principal: conceitua-se como sendo  Não há a necessidade de instrumento

aquele em que se situa a chefia da solene, pode ocorrer por simples

empresa, onde efetivamente atua o instrumento particular ou público; em

empresário no governo ou no comando decorrência dos gastos que o contrato

de seus negócios, de onde emanam suas de Trespasse gera.

ordens e instruções, em que se procede  Art. 1.145, do CC: Se ao alienante não

às operações comerciais e financeiras de restarem bens suficientes para solver o


maior vulto e em massa; seu passivo, a eficácia da alienação do

 Observação: estabelecimento depende do pagamento


de todos os credores, ou do
 O estatuto da empresa pode determinar
consentimento destes, de modo
o estabelecimento principal como sendo
expresso ou tácito, em trinta dias a partir
o centralizador das atividades da empresa;
de sua notificação.
o estabelecimento principal pode ser de
→ Condições para a eficácia do
dimensões modestas, em cidades
contrato de alienação do
diferentes, etc.
estabelecimento; alterar ou
 Filiais sucursais ou agências: são usualmente
averbar na Junta Comercial;
utilizadas como sendo expressões
 Ex.: saíram os sócios A e B e entraram
sinônimas; constituem-se como sendo
os sócios C e D. Preciso averbar na Junta
estabelecimentos secundários, cujo
Comercial.
gerente tem certa autonomia, mas está

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 Art. 1.144 do CC: O contrato que tenha por  Art. 1.147 do CC: Não havendo autorização
objeto a alienação, o usufruto ou expressa, o alienante do estabelecimento
arrendamento do estabelecimento, só não pode fazer concorrência ao
produzirá efeitos quanto a terceiros adquirente, nos cinco anos subsequentes
depois de averbado à margem da à transferência.
inscrição do empresário, ou da sociedade → obrigação negativa do alienante
empresária, no Registro Público de em não concorrer com o
Empresas Mercantis, e de publicado na adquirente;
imprensa oficial. → Certidão Negativa de Débitos
→ Condições para a eficácia do (CND): adquirente solicita para não
contrato de alienação do assumir dívidas do dono anterior.
estabelecimento perante terceiros;  Art. 1.148, CC. Salvo disposição em
 Art. 1.146 do CC: O adquirente do contrário, a transferência importa a sub-
estabelecimento responde pelo rogação do adquirente nos contratos
pagamento dos débitos anteriores à estipulados para exploração do
transferência, desde que regularmente estabelecimento, se não tiverem caráter
contabilizados, continuando o devedor pessoal, podendo os terceiros rescindir o
primitivo solidariamente obrigado pelo contrato em noventa dias a contar da
prazo de um ano, a partir, quanto aos publicação da transferência, se ocorrer
créditos vencidos, da publicação, e, justa causa, ressalvada, neste caso, a
quanto aos outros, da data do responsabilidade do alienante.
vencimento.  Art. 1.149, CC. A cessão dos créditos
→ obrigação do alienante em referentes ao estabelecimento transferido
contabilizar as dívidas; e o produzirá efeito em relação aos
adquirente (quem está respectivos devedores, desde o
comprando) em assumi-las (o que momento da publicação da transferência,
está escrito no contrato de mas o devedor ficará exonerado se de
Trespasse); boa-fé pagar ao cedente.
→ transferências de contratos e
obrigações;
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Elementos do Fundo Empresarial: bens  São:


corpóreos e incorpóreos a) Contratos: discussão doutrinária: são, a
 São os componentes do fundo do
rigor, elementos do exercício de
comércio que formam em conjunto o
empresa e não propriamente um
estabelecimento, dada a sua
elemento de fundo de comércio, um
universalidade;
bem.
 São eles: os bens corpóreos e bens
b) Ponto Comercial: (luva): discussão
incorpóreos;
doutrinária: É o lugar do comércio. Surge
 Bens corpóreos: caracterizam-se por
da localização da propriedade imóvel do
ocupar espaço no mundo exterior. Se
empresário. É protegido pelo contrato de
subdividem em:
locação, por ser uma fonte de direito que
a) mercadorias: produtos destinados ao
tutela o ponto comercial como sendo um
mercado e que estão preparados para o bem incorpóreo.
consumo; leia-se estoque. c) Créditos e Dívidas:
b) instalações: são as acomodações
 Créditos: constituem fundo do comércio,
montadas no estabelecimento para são bens, direitos.
apresentação da mercadoria e conforto  Dívidas ou débitos: não são bens
de sua clientela, chamariz - cadeira, pertencentes ao empresário, mas
freezer, armário, decoração; gravam o seu patrimônio, que por eles
c) máquinas e utensílios: são os responde.
aparelhos destinados à produção de  Podem ser também: direitos, geralmente
coisas ou serviços é o fogão que utiliza objetos da Lei da Propriedade Industrial
para cozinhar. (Lei 9.279/96), tais como invenção,
 Bens incorpóreos: são coisas imateriais, modelo de utilidade, modelo e desenho

que não ocupam espaço no mundo industriais.

físico. São ideias, frutos da elaboração  Observações:


abstrata da inteligência ou do  Não integram o fundo de comércio ou o
conhecimento humano. estabelecimento comercial o bem imóvel
em que se instala: não constitui o

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RESUMO N2 – NOTA 2 - DIREITO EMPRESARIAL

estabelecimento por ser um bem imóvel.  § 5º. Do direito a renovação decai aquele
É patrimônio e não fundo de comércio; que não propuser a ação no interregno

Ponto Empresarial: fundamentos e de um ano, no máximo, até seis meses,


pressupostos da Ação Renovatória no mínimo, anteriores à data da
 Também chamado de “propriedade finalização do prazo do contrato em
comercial”; vigor.
 É o local em que o empresário se  Prazo decadencial: de 1 ano e 6 meses
estabelece; antes do vencimento do prazo do
 É prestigiado pelo direito, merece contrato.
proteção especial;
 Lei de luvas de 1934 (é o valor que o
empresário antigo empregou no imóvel):
o comerciante ou o industrial que locasse
imóvel para a exploração de sua
atividade, por prazo determinado de no
mínimo 5 anos, e não tivesse mudado de
ramo nos últimos 3, podia pleitear a
renovação compulsória do vínculo
locatício;
 Ação renovatória: direito de inerência ao
ponto exercido pelo locatório, por meio
de medida judicial própria (§ 5º, art. 51 da
Lei 8.245/91); dono do imóvel reduzir o
valor do aluguel por meio de medida
judicial.
 Art. 51 da Lei n° 8.245/91. Nas locações de
imóveis destinados ao comércio, o
locatário terá direito a renovação do
contrato, por igual prazo, desde que,
cumulativamente:

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