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Conceito: é a briga de todos contra todos, você não identifica quem começou. É a participação por você está no local do fato.
Rixa é uma luta tumultuosa e confusa que travam entre si três ou mais pessoas, acompanhada de vias de fato ou violências
recíprocas.
3 elementos para identificar a rixa:
Quem começou?
Onde começou?
Local que começou?
Posso alegar legítima defesa? Sim, porém pode ser que não caiba nesse caso.
Calúnia
Art. 138 - Caluniar alguém, imputando-lhe falsamente fato definido como crime:
Calúnia: é acusar alguém de ter cometido um crime que você sabe que ele não cometeu. É atribuição de um fato que é crime e você
sabe que não é verdade.
Na calúnia tem que ser crime.
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RESUMO N2 – DIREITO PENAL III
Ex.: eu falo que a Viviane furtou um telefone - eu não vi, mas por não gostar dela eu atribuí a ela um crime.
Pena - detenção, de 6 meses a 2 anos, e multa.
§ 1º - Na mesma pena incorre quem, sabendo falsa a imputação, a propala ou divulga.
Ex.: João também não gosta da Viviane e começa a falar na rádio corredor que foi a Viviane que furtou o celular.
§ 2º - É PUNÍVEL a calúnia contra os mortos.
Calúnia é crime, é imputar um crime certo contra a pessoa.
Exceção da verdade
Difamação
Ex.: Vi o André lá na rua do ouvidor fingindo ser surdo e mudo e pegando dinheiro das pessoas.
Pena - detenção, de 3 meses a 1 ano, e multa.
Exceção da verdade
Parágrafo único - A exceção da verdade somente se admite se o ofendido é funcionário público e a ofensa é relativa
ao exercício de suas funções.
Aqui a exceção da verdade é reduzida.
Injúria
Agente ofende, insulta, ou seja, fala mal alguém utilizando elementos relacionados com a sua raça, cor, etnia, religião,
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RESUMO N2 – DIREITO PENAL III
A intenção do agente é atacar a honra subjetiva de uma pessoa ou de um grupo determinado de pessoas, utilizando
os elementos já mencionados.
Exs. Jogar uma banana para o cara, chamar a pessoa de macaco não é racismo é injuria racial.
Racismo: lei 7716/89 – art.20
Art. 20. Praticar, induzir ou incitar a discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional.
Pena: reclusão de um a três anos e multa.
O agente visa a atingir um número indeterminado de pessoas (todos que compõem aquela coletividade).
Ex.: Tenho um restaurante e coloco uma placa proibindo a entrada de negros.
Ex.: Proibido a entrada de japonês – racismo.
Uso de palavras de baixo calão.
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RESUMO N2 – DIREITO PENAL III
Disposições comuns
Art. 141 - As penas cominadas neste Capítulo aumentam-se de 1/3, se qualquer dos crimes é cometido:
I - contra o Presidente da República, ou contra chefe de governo estrangeiro;
II - contra funcionário público, em razão de suas funções;
Qualquer repartição pública.
III - na presença de várias pessoas, ou por meio que facilite a divulgação da calúnia, da difamação ou da injúria.
IV – contra pessoa maior de 60 anos ou portadora de deficiência, exceto no caso de injúria.
§1°. Se o crime é cometido mediante paga ou promessa de recompensa, aplica-se a pena em dobro.
Se você divulgou isso por dinheiro – pena em dobro.
§2°. Se o crime é cometido ou divulgado em quaisquer modalidades das redes sociais da rede mundial de computadores, aplica-se
em triplo a pena (LEI 13964/19).
Exclusão do crime
I - a ofensa irrogada em juízo, na discussão da causa, pela parte ou por seu procurador; advogado x advogado.
II - a opinião desfavorável da crítica literária, artística ou científica, salvo quando inequívoca a intenção de injuriar ou
difamar;
III - o conceito desfavorável emitido por funcionário público, em apreciação ou informação que preste no cumprimento
de dever do ofício.
Parágrafo único - Nos casos I e III, responde pela injúria ou pela difamação quem lhe dá publicidade.
Retratação
Art. 143 - O querelado que, antes da sentença, se retrata cabalmente da CALÚNIA ou da DIFAMAÇÃO, fica isento de
pena.
Parágrafo único. Nos casos em que o querelado tenha praticado a calúnia ou a difamação utilizando-se de meios de co -
municação, a retratação dar-se-á, se assim desejar o ofendido, pelos mesmos meios em que se praticou a ofensa.
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RESUMO N2 – DIREITO PENAL III
Art. 144 - Se, de referências, alusões ou frases, se infere calúnia, difamação ou injúria, quem se julga ofendido pode pedir
explicações em juízo. Aquele que se recusa a dá-las ou, a critério do juiz, não as dá satisfatórias, responde pela ofensa.
Art. 145 - Nos crimes previstos neste Capítulo somente se procede mediante queixa (ação penal privada), salvo quando,
no caso do art. 140, § 2º, da violência resulta lesão corporal.
Constrangimento ilegal
Art. 146 - Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, ou depois de lhe haver reduzido, por qualquer
outro meio, a capacidade de resistência, a não fazer o que a lei permite, ou a fazer o que ela não manda (pagar agiota):
A violência ou a grave ameaça deve estar presente para o constrangimento ilegal.
Ameaça
A ameaça só é valida quando se consuma quando você vai na delegacia e registra queixa.
Art. 147 - Ameaçar alguém, por palavra, escrito ou gesto, ou qualquer outro meio simbólico, de causar-lhe mal injusto
e grave:
Pena - detenção, de 1 a 6 meses, ou multa.
Parágrafo único - Somente se procede mediante representação.
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RESUMO N2 – DIREITO PENAL III
Art. 147-A. Perseguir alguém, reiteradamente e por qualquer meio, ameaçando-lhe a integridade física ou psicológica,
restringindo-lhe a capacidade de locomoção (você deixa de sair) ou, de qualquer forma, invadindo ou perturbando sua
esfera de liberdade ou privacidade.
A ameaça só é válida, quando você acredita. A consumação da ameaça só ocorre quando se acredita nela, quando vai a delegacia
registrar a ameaça.
Art. 148 - Privar alguém de sua liberdade, mediante sequestro ou cárcere privado:
Aqui é privar a pessoa de fazer o que ela quer: passear, acordar a hora que quiser.
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RESUMO N2 – DIREITO PENAL III
Art. 149. Reduzir alguém a condição análoga à de escravo, quer submetendo-o a trabalhos forçados ou a jornada
exaustiva, (tem hora pra começar e não tem hora para terminar) quer sujeitando-o a condições degradantes de trabalho, quer
restringindo, por qualquer meio, sua locomoção em razão de dívida contraída com o empregador ou preposto:
Aqui se refere a jornada de trabalho exaustiva – ex.: motorista de ônibus, caminhoneiro – coação para cumprir uma carga horária.
Não tem hora para começar e nem para terminar.
Tráfico de Pessoas
Art. 149-A. Agenciar, aliciar, recrutar, transportar, transferir, comprar, alojar ou acolher pessoa, mediante grave ameaça,
violência, coação, fraude ou abuso, com a finalidade de:
I - remover-lhe órgãos, tecidos ou partes do corpo;
II - submetê-la a trabalho em condições análogas à de escravo;
III - submetê-la a qualquer tipo de servidão;
IV - adoção ilegal; ou
V - exploração sexual.
Pena - reclusão, de 4 a 8 anos, e multa.
§ 1°. A pena é aumentada de 1/3 até a metade (1/2) se:
I - o crime for cometido por funcionário público no exercício de suas funções ou a pretexto de exercê-las;
II - o crime for cometido contra criança, adolescente ou pessoa idosa ou com deficiência;
III - o agente se prevalecer de relações de parentesco, domésticas, de coabitação, de hospitalidade, de dependência
econômica, de autoridade ou de superioridade hierárquica inerente ao exercício de emprego, cargo ou função; ou
IV - a vítima do tráfico de pessoas for retirada do território nacional.
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RESUMO N2 – DIREITO PENAL III
§ 2°. A pena é reduzida de 1/3 a 2/3 se o agente for primário e não integrar organização criminosa.
Art. 288. Associarem-se 3 (três) ou mais pessoas, para o fim específico de cometer crimes(crimes no plural):
Violação de Domicílio
Art. 150 - Entrar ou permanecer, clandestina ou astuciosamente, ou contra a vontade expressa ou tácita de
quem de direito, em casa alheia ou em suas dependências:
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RESUMO N2 – DIREITO PENAL III
Todo crime, grave ameaça, violência será contra o patrimônio – ex.: carro, celular.
Não será julgado no tribunal do Júri é juízo singular.
Crimes condenados no tribunal do júri são contra a vida – arts. 121 a 127 do CP – exceção homicídio culposo, por falta de previsão
legal.
Ex.: quero roubar o telefone da Viviane. Percebo que ela vai reagir e mato ela. Ela morreu em razão do celular. Morreu porque ela
reagiu.
Furto: não vê o cara levar, você da falta do seu patrimônio.
Roubo: você vê o que esta acontecendo, há duas elementares: grave ameaça e violência.
No furto não tem duas elementares que está no roubo, quais sejam: grave ameaça ou violência a pessoa.
§ 3º - Equipara-se à coisa móvel a energia elétrica ou qualquer outra que tenha valor econômico.
Ex.: Gato net, água, luz. Pegar canais satélite não é furto.
Tirar do satélite é nosso, tirar da sky, net, que seria crime.
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RESUMO N2 – DIREITO PENAL III
Furto Qualificado
Manter em erro: você percebe que a pessoa está errada, mas você fica quieta.
Aqui no estelionato eu vou induzir, buscando o consentimento da vítima; no furto mediante fraude, você instiga a pessoa ao erro.
Ex.: você durante a semana liga o “gato” e usa energia sem marcar, quando o marcador chega, você desliga o “gato” para consumir
a energia – furto mediante fraude.
Furto mediante fraude: diminui a vigilância.
Ex.: uma barraca na rua e o vendedor diz que instala algo no celular para a pessoa ficar conectada sem pagar, como um bônus;
alguém deixa o celular para instalar e vai tomar o café. Quando volta, a barraca sumiu – estelionato.
No estelionato há sempre vantagem.
Estelionato: você entrega de bom grado, por livre e espontânea vontade.
Furto/roubo: você não vê o que acontece, mas há uma ameaça. Ex.: a pessoa se sente ameaçada pelo tamanho da pessoa.
A pessoa passa e arranca o cordão da pessoa, machuca o pescoço.
Art. 156 - Subtrair o condômino, coerdeiro ou sócio, para si ou para outrem, a quem legitimamente a detém, a coisa
comum:
Pena - detenção, de 6 meses a 2 anos, ou multa.
§ 1º - Somente se procede mediante representação (representação do síndico).
Coisa comum do condomínio – ex.: furto de banco, lixeira de condomínio.
Roubo tem que ter duas elementares que o furto não tem: grave ameaça ou violência (agredir a pessoa).
Furto mediante fraude (diminui a vigilância): uma pessoa com roupa da Light e crachá, entra na sua residência para fazer
uma inspeção no relógio. Você se distrai no quintal, ela pega o que encontra na varanda.
Furto roubo: pessoa estranha, mal encarada que furta algo e a vitima se sente ameaçada pela aparência da pessoa.
No roubo basta que a pessoa seja ameaçada. Redução da capacidade da vítima.
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RESUMO N2 – DIREITO PENAL III
Roubo
Art. 157 - Subtrair coisa móvel alheia, para si ou para outrem, mediante grave ameaça ou violência a pessoa
ou depois de havê-la, por qualquer meio, reduzido à impossibilidade de resistência
Pena - reclusão, de 4 a 10 anos, e multa.
Ex.: boa noite cinderela.
V - se o agente mantém a vítima em seu poder, restringindo sua liberdade.
Sequestro relâmpago: coloca você no carro e roda pela cidade tirando o dinheiro no caixa eletrônico.
Extorsão
Art. 158 - Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, e com o intuito de obter para si ou para outrem
indevida vantagem econômica, a fazer, tolerar que se faça ou deixar de fazer alguma coisa:
Também há duas elementares: violência e grave ameaça.
Ex.1 (Roubo): Meliante coloca Rogério no carro e roda com ele pela cidade. Meliante para nos bancos, vai até o caixa eletrônico
e retira o dinheiro de Rogério, enquanto o comparsa fica no carro apontando a arma para Rogério.
Ex.2 (Extorsão): Mesma situação anterior, mas Rogério vai com o meliante ao caixa eletrônico para colocar a digital.
Roubo: no roubo, mesmo que não queira , o agente vai conseguir o que quer, porque vai ameaçar, bater, até conseguir.
Extorsão: você precisa ajudar o agente, senão ele não conseguir o que deseja.
Latrocínio
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RESUMO N2 – DIREITO PENAL III
§ 3º . Se da violência resulta:
I – lesão corporal grave, a pena é de reclusão de 7 a 18 anos, e multa;
II – morte, a pena é de reclusão de 20 a 30 anos, e multa.
Art. 159 - Sequestrar pessoa com o fim de obter, para si ou para outrem, qualquer vantagem (econômica, sexual), como
condição ou preço do resgate: (crime permanente: aquele que se prolonga – ex. sequestro de 30 dias).
Aqui não há somente extorsão e sim há também o sequestro, obter qualquer vantagem, não precisa ser só vantagem econômica,
pode ser qualquer vantagem, é um crime permanente – é o crime que se prolonga no tempo. Se ele sequestrar e ficar 30 dias
com o sequestrado durante todo esse tempo – se for pego, será flagrante delito.
Mesmo se antes de receber o dinheiro o agente libertar o sequestrado, ele terá cometido o crime. Só não será mais flagrante
delito.
Observação
Extorsão indireta
Art. 160 - Exigir ou receber, como garantia de dívida, abusando da situação de alguém, documento que pode dar causa a
procedimento criminal contra a vítima ou contra terceiro:
Ex.: não gosto do Jeferson. Regis tem um documento que pode incriminar Jeferso. Eu vou e estorço Regis para me dar o
documento.
Se não cessar a busca está em flagrante delito.
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RESUMO N2 – DIREITO PENAL III
Alteração de limites
Art. 161 - Suprimir ou deslocar tapume, marco, ou qualquer outro sinal indicativo de linha divisória, para apropriar-se,
no todo ou em parte, de coisa imóvel alheia:
Ex.: Jeferson tem um cerca divisória com o Rogério. De madrugada, Jeferson vai lá e coloca a cerca para dentro do terreno do
Rogério, com a intenção do seu terreno ficar maior.
Pena - detenção, de 1 a 6 meses, e multa.
§ 1º - Na mesma pena incorre quem:
Usurpação de águas
I - desvia ou represa, em proveito próprio ou de outrem, águas alheias;
Esbulho possessório
Esbulho: ato de usurpação pela qual uma pessoa é privada ou espoliada, de coisa de que tenha propriedade ou posse.
II - invade, com violência a pessoa ou grave ameaça, ou mediante concurso de mais de duas pessoas, terreno ou edifício
alheio, para o fim de esbulho possessório (pessoa que está na posse e não o dono do terreno).
Dano
Art. 164 - Introduzir ou deixar animais em propriedade alheia, sem consentimento de quem de direito, desde que o
fato resulte prejuízo:
Pena - detenção, de 15 dias a 6 meses, ou multa.
Dano em coisa de valor artístico, arqueológico ou histórico.
Art. 165 - Destruir, inutilizar ou deteriorar coisa tombada pela autoridade competente em virtude de valor artístico,
arqueológico ou histórico:
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