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RESUMO N2 – DIREITO PENAL III

30/04/21 - Rixa – art. 137

 Conceito: é a briga de todos contra todos, você não identifica quem começou. É a participação por você está no local do fato.

 Rixa é uma luta tumultuosa e confusa que travam entre si três ou mais pessoas, acompanhada de vias de fato ou violências
recíprocas.
 3 elementos para identificar a rixa:
 Quem começou?
 Onde começou?
 Local que começou?

 São as brigas de filme – faroeste, briga no bar com garrafas de cervejas.

 Briga de torcida não é rixa – é briga de torcida.

 Posso alegar legítima defesa? Sim, porém pode ser que não caiba nesse caso.

 Art. 137 - Participar de rixa, salvo para separar os contendores:


 Pena - detenção, de quinze dias a dois meses, ou multa. – para os rixosos.
 Parágrafo único - Se ocorre morte ou lesão corporal de natureza grave, aplica-se, pelo fato da participação na rixa, a pena de
detenção, de seis meses a dois anos.

14/05/21 – Dos Crimes Contra a Honra-

Calúnia

 Três crimes contra a honra:


 Difamação e calúnia: trabalha a honra objetiva (aquilo que as pessoas pensam sobre você);
 Injúria: trabalha a honra subjetiva (aquilo que você pensa de si próprio , foro íntimo).
 Ex.: injúria - você está gorda pra caramba.

 Art. 138 - Caluniar alguém, imputando-lhe falsamente fato definido como crime:
 Calúnia: é acusar alguém de ter cometido um crime que você sabe que ele não cometeu. É atribuição de um fato que é crime e você
sabe que não é verdade.
 Na calúnia tem que ser crime.

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 Ex.: eu falo que a Viviane furtou um telefone - eu não vi, mas por não gostar dela eu atribuí a ela um crime.
 Pena - detenção, de 6 meses a 2 anos, e multa.
 § 1º - Na mesma pena incorre quem, sabendo falsa a imputação, a propala ou divulga.
 Ex.: João também não gosta da Viviane e começa a falar na rádio corredor que foi a Viviane que furtou o celular.
 § 2º - É PUNÍVEL a calúnia contra os mortos.
 Calúnia é crime, é imputar um crime certo contra a pessoa.

 Exceção da verdade

 § 3º - Admite-se a prova da verdade, salvo:


 I - se, constituindo o fato imputado crime de ação privada, o ofendido não foi condenado por sentença irrecorrível;
 II - se o fato é imputado ao Presidente da República ou chefe de governo estrangeiro;
 III - se do crime imputado, embora de ação pública, o ofendido foi absolvido por sentença irrecorrível.
 Exceção da verdade: é um prazo que o juiz concede para a pessoa provar que é verdade.

Difamação

 Art. 139 - Difamar alguém, imputando-lhe fato ofensivo à sua reputação:


 Difamação: não atribui um crime.

 Ex.: Vi o André lá na rua do ouvidor fingindo ser surdo e mudo e pegando dinheiro das pessoas.
 Pena - detenção, de 3 meses a 1 ano, e multa.

 Exceção da verdade
 Parágrafo único - A exceção da verdade somente se admite se o ofendido é funcionário público e a ofensa é relativa
ao exercício de suas funções.
 Aqui a exceção da verdade é reduzida.

Injúria

 Agente ofende, insulta, ou seja, fala mal alguém utilizando elementos relacionados com a sua raça, cor, etnia, religião,

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origem ou a condição de pessoa idosa ou portadora de deficiência.


 A ofensa é praticada contra uma pessoa determinada ou um grupo determinado de indivíduos (exs: cinco amigos
negros, árabes etc.).

 A intenção do agente é atacar a honra subjetiva de uma pessoa ou de um grupo determinado de pessoas, utilizando
os elementos já mencionados.

 Exs. Jogar uma banana para o cara, chamar a pessoa de macaco não é racismo é injuria racial.
 Racismo: lei 7716/89 – art.20

 Art. 20. Praticar, induzir ou incitar a discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional.
 Pena: reclusão de um a três anos e multa.

 O agente visa a atingir um número indeterminado de pessoas (todos que compõem aquela coletividade).
 Ex.: Tenho um restaurante e coloco uma placa proibindo a entrada de negros.
 Ex.: Proibido a entrada de japonês – racismo.
 Uso de palavras de baixo calão.

 Art. 140 - Injuriar alguém, ofendendo-lhe a dignidade ou o decoro:


 Injúria: ofender a dignidade de uma pessoa.

 Ex.: Tu é mesmo um fedorento, asqueroso – eu ofendi ele.


 Ex.: Seu gordo , seu bicha.
 Pena - detenção, de 1 a 6 meses, ou multa.
 § 1º - O juiz pode DEIXAR DE APLICAR A PENA:
 I - quando o ofendido, de forma reprovável, provocou diretamente a injúria;
 Ex.: Eu provoco a Poliana e ela não gosta e começa a me provocar também - Eu provoquei a Poliana, eu que comecei.
 II - no caso de retorsão imediata, que consista em outra injúria.
 Ex.: Eu xingo e a pessoa me xinga, eu xingo e a pessoa me xinga.
 § 2º – INJÚRIA REAL: Se a injúria consiste em violência ou vias de fato (empurrão, cuspir), que, por sua natureza ou pelo meio
empregado, se considerem aviltantes:
 Pena - detenção, de 3 meses a 1 ano, e multa, além da pena correspondente à violência.
 § 3º . Se a injúria consiste na utilização de elementos referentes a raça, cor, etnia, religião, origem ou a condição de
 pessoa idosa ou portadora de deficiência:
 Pena - reclusão de 1 a 3 anos e multa.

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Disposições comuns

 Art. 141 - As penas cominadas neste Capítulo aumentam-se de 1/3, se qualquer dos crimes é cometido:
 I - contra o Presidente da República, ou contra chefe de governo estrangeiro;
 II - contra funcionário público, em razão de suas funções;
 Qualquer repartição pública.

 III - na presença de várias pessoas, ou por meio que facilite a divulgação da calúnia, da difamação ou da injúria.
 IV – contra pessoa maior de 60 anos ou portadora de deficiência, exceto no caso de injúria.
 §1°. Se o crime é cometido mediante paga ou promessa de recompensa, aplica-se a pena em dobro.
 Se você divulgou isso por dinheiro – pena em dobro.
 §2°. Se o crime é cometido ou divulgado em quaisquer modalidades das redes sociais da rede mundial de computadores, aplica-se
em triplo a pena (LEI 13964/19).

Exclusão do crime

 Art. 142 - Não constituem injúria ou difamação punível:

 I - a ofensa irrogada em juízo, na discussão da causa, pela parte ou por seu procurador; advogado x advogado.
 II - a opinião desfavorável da crítica literária, artística ou científica, salvo quando inequívoca a intenção de injuriar ou
 difamar;
 III - o conceito desfavorável emitido por funcionário público, em apreciação ou informação que preste no cumprimento
 de dever do ofício.
 Parágrafo único - Nos casos I e III, responde pela injúria ou pela difamação quem lhe dá publicidade.

Retratação

 Art. 143 - O querelado que, antes da sentença, se retrata cabalmente da CALÚNIA ou da DIFAMAÇÃO, fica isento de
 pena.
 Parágrafo único. Nos casos em que o querelado tenha praticado a calúnia ou a difamação utilizando-se de meios de co -
municação, a retratação dar-se-á, se assim desejar o ofendido, pelos mesmos meios em que se praticou a ofensa.

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 Art. 144 - Se, de referências, alusões ou frases, se infere calúnia, difamação ou injúria, quem se julga ofendido pode pedir
explicações em juízo. Aquele que se recusa a dá-las ou, a critério do juiz, não as dá satisfatórias, responde pela ofensa.

 Art. 145 - Nos crimes previstos neste Capítulo somente se procede mediante queixa (ação penal privada), salvo quando,
no caso do art. 140, § 2º, da violência resulta lesão corporal.

Constrangimento ilegal

 Art. 146 - Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, ou depois de lhe haver reduzido, por qualquer
 outro meio, a capacidade de resistência, a não fazer o que a lei permite, ou a fazer o que ela não manda (pagar agiota):
 A violência ou a grave ameaça deve estar presente para o constrangimento ilegal.

 Pena - detenção, de 3 meses a 1 ano, ou multa.


 Aumento de pena
 § 1º - As penas aplicam-se cumulativamente e em dobro, quando, para a execução do crime, se reúnem mais de 3
 pessoas, ou há emprego de armas.
 § 2º - Além das penas cominadas, aplicam-se as correspondentes à violência.
 § 3º - Não se compreendem na disposição deste artigo:
 I - a intervenção médica ou cirúrgica, sem o consentimento do paciente ou de seu representante legal, se justificada
 por iminente perigo de vida;
 Ex.: uma mãe levou um filho para o hospital que tem problema nos testículos. A pediatra arrancou os testículos sem o
consentimento da mãe porque senão a criança iria morrer. É causa de excludente de ilicitude.
 II - a coação exercida para impedir suicídio.
 O cara quer se jogar e vc coloca uma arma e diz que se ele se jogar, vai matar o filho dele.

Ameaça

 A ameaça só é valida quando se consuma quando você vai na delegacia e registra queixa.
 Art. 147 - Ameaçar alguém, por palavra, escrito ou gesto, ou qualquer outro meio simbólico, de causar-lhe mal injusto
e grave:
 Pena - detenção, de 1 a 6 meses, ou multa.
 Parágrafo único - Somente se procede mediante representação.

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 Art. 147-A. Perseguir alguém, reiteradamente e por qualquer meio, ameaçando-lhe a integridade física ou psicológica,
restringindo-lhe a capacidade de locomoção (você deixa de sair) ou, de qualquer forma, invadindo ou perturbando sua
esfera de liberdade ou privacidade.
 A ameaça só é válida, quando você acredita. A consumação da ameaça só ocorre quando se acredita nela, quando vai a delegacia
registrar a ameaça.

Perseguição (“Stalking”) (LEI 1.4132/21)

 Vai se juntar a lei Maria da Penha.


 Perseguição por qualquer meio: drone, carro, helicóptero.

 Pena – reclusão, de 6 meses a 2 anos, e multa. (LEI 14132/21)


 § 1º A pena é aumentada de metade se o crime é cometido: (LEI 14132/21)
 I – contra criança, adolescente ou idoso; (LEI 14132/21)
 II – contra mulher por razões da condição de sexo feminino, nos termos do § 2º-A do art. 121 deste Código; (LEI 14132/21)
 III – mediante concurso de 2 ou mais pessoas ou com o emprego de arma. (LEI 14132/21)
 § 2º As penas deste artigo são aplicáveis sem prejuízo das correspondentes à violência. (LEI 14132/21)
 § 3º Somente se procede mediante representação (LEI 14132/21)

21/05/21 – Sequestro e Cárcere Privado

 Art. 148 - Privar alguém de sua liberdade, mediante sequestro ou cárcere privado:

 Aqui é privar a pessoa de fazer o que ela quer: passear, acordar a hora que quiser.

 I – se a vítima é ascendente, descendente, cônjuge ou companheiro do agente ou maior de 60 (sessenta) anos


 II - se o crime é praticado mediante internação da vítima em casa de saúde ou hospital;
 III - se a privação da liberdade dura mais de quinze dias.
 IV – se o crime é praticado contra menor de 18 (dezoito) anos;
 V – se o crime é praticado com fins libidinosos.
 § 2º - Se resulta à vítima, em razão de maus-tratos ou da natureza da detenção, grave sofrimento físico ou moral:

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Redução a Condição Análoga à de Escravo

 Art. 149. Reduzir alguém a condição análoga à de escravo, quer submetendo-o a trabalhos forçados ou a jornada
exaustiva, (tem hora pra começar e não tem hora para terminar) quer sujeitando-o a condições degradantes de trabalho, quer
restringindo, por qualquer meio, sua locomoção em razão de dívida contraída com o empregador ou preposto:
 Aqui se refere a jornada de trabalho exaustiva – ex.: motorista de ônibus, caminhoneiro – coação para cumprir uma carga horária.
 Não tem hora para começar e nem para terminar.

 Pena - reclusão, de 2 a 8 anos, e multa, além da pena correspondente à violência.


 § 1°. Nas mesmas penas incorre quem:
 I – cerceia o uso de qualquer meio de transporte por parte do trabalhador, com o fim de retê-lo no local de trabalho;
 II – mantém vigilância ostensiva no local de trabalho ou se apodera de documentos ou objetos pessoais do trabalhador,
com o fim de retê-lo no local de trabalho.
 § 2°. A pena é aumentada de metade, se o crime é cometido:
 I – contra criança ou adolescente;
 II – por motivo de preconceito de raça, cor, etnia, religião ou origem.

Tráfico de Pessoas

 Art. 149-A. Agenciar, aliciar, recrutar, transportar, transferir, comprar, alojar ou acolher pessoa, mediante grave ameaça,
violência, coação, fraude ou abuso, com a finalidade de:
 I - remover-lhe órgãos, tecidos ou partes do corpo;
 II - submetê-la a trabalho em condições análogas à de escravo;
 III - submetê-la a qualquer tipo de servidão;
 IV - adoção ilegal; ou
 V - exploração sexual.
 Pena - reclusão, de 4 a 8 anos, e multa.
 § 1°. A pena é aumentada de 1/3 até a metade (1/2) se:
 I - o crime for cometido por funcionário público no exercício de suas funções ou a pretexto de exercê-las;
 II - o crime for cometido contra criança, adolescente ou pessoa idosa ou com deficiência;
 III - o agente se prevalecer de relações de parentesco, domésticas, de coabitação, de hospitalidade, de dependência
econômica, de autoridade ou de superioridade hierárquica inerente ao exercício de emprego, cargo ou função; ou
 IV - a vítima do tráfico de pessoas for retirada do território nacional.
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 § 2°. A pena é reduzida de 1/3 a 2/3 se o agente for primário e não integrar organização criminosa.

 É organização criminosa e não associação criminosa:


 Organização criminosa: é quando três ou mais pessoas se unem para cometer crime. União eventual para cometer somente
aquele crime.

 Art. 288. Associarem-se 3 (três) ou mais pessoas, para o fim específico de cometer crimes(crimes no plural):

 Quadrilha ou bando: era chamada assim.


 Associação criminosa: art. 288
 Lei 12.850 – lei da organização criminosa.

Dos Crimes Contra a Inviolabilidade do Domicílio –

Violação de Domicílio

 Art. 150 - Entrar ou permanecer, clandestina ou astuciosamente, ou contra a vontade expressa ou tácita de
quem de direito, em casa alheia ou em suas dependências:

 Violar: entrar sem ser convidado.

 Pena - detenção, de 1 a 3 meses, ou multa.


 § 1º - Se o crime é cometido durante a noite, ou em lugar ermo, ou com o emprego de violência ou de arma, ou
por 2 ou mais pessoas:
 Pena - detenção, de 6 meses a 2 anos, além da pena correspondente à violência.
 § 2 º - (REVOGADO PELA LEI 13869/19)
 § 3º - Não constitui crime a entrada ou permanência em casa alheia ou em suas dependências:
 Depende do local para ser considerado dia.
 I - durante o dia, com observância das formalidades legais, para efetuar prisão ou outra diligência; excludente de ilicitude.
 II - a qualquer hora do dia ou da noite, quando algum crime está sendo ali praticado ou na iminência de o ser.
 § 4º - A expressão "casa" compreende:
 I - qualquer compartimento habitado;
 Pessoa que reside em uma Kombi – é considerado casa.
 Pessoa que corre em flagrante – policial pode entrar dentro da Kombi, do contrário, só poderá entrar com mandado de busca e
apreensão.

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 II - aposento ocupado de habitação coletiva;


 III - compartimento não aberto ao público, onde alguém exerce profissão ou atividade.
 § 5º - NÃO se compreendem na expressão "casa":
 I - hospedaria, estalagem ou qualquer outra habitação coletiva, enquanto aberta, salvo a restrição do n.º II do
parágrafo anterior;
 II - taverna, casa de jogo e outras do mesmo gênero.

 Não vamos ver os crimes 151 a 154B

Dos crimes contra o Patrimônio – Do Furto

 Todo crime, grave ameaça, violência será contra o patrimônio – ex.: carro, celular.
 Não será julgado no tribunal do Júri é juízo singular.
 Crimes condenados no tribunal do júri são contra a vida – arts. 121 a 127 do CP – exceção homicídio culposo, por falta de previsão
legal.
 Ex.: quero roubar o telefone da Viviane. Percebo que ela vai reagir e mato ela. Ela morreu em razão do celular. Morreu porque ela
reagiu.
 Furto: não vê o cara levar, você da falta do seu patrimônio.
 Roubo: você vê o que esta acontecendo, há duas elementares: grave ameaça e violência.
 No furto não tem duas elementares que está no roubo, quais sejam: grave ameaça ou violência a pessoa.

 Art. 155 - Subtrair, para si ou para outrem, coisa alheia MÓVEL:


 Subtrai para você ou para outra pessoa coisa móvel, não pode furtar coisa imóvel.
 Coisa alheia.
 Não posso furtar meu próprio carro.
 Não existe furto na constituição do casamento.

 Pena - reclusão, de 1 a 4 anos, e multa.


 § 1º - A pena aumenta-se de 1/3, se o crime é praticado durante o repouso noturno (não é necessário que a casa
esteja habitada).

 § 3º - Equipara-se à coisa móvel a energia elétrica ou qualquer outra que tenha valor econômico.
 Ex.: Gato net, água, luz. Pegar canais satélite não é furto.
 Tirar do satélite é nosso, tirar da sky, net, que seria crime.
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Furto Qualificado

 § 4º – A pena é de reclusão de 2 a 8 anos, e multa, se o crime é cometido:


 I - com destruição ou rompimento de obstáculo à subtração da coisa;
 II - com abuso de confiança, ou mediante fraude, escalada ou destreza;
 Art. 171 - Obter, para si ou para outrem, vantagem ilícita, em prejuízo alheio, induzindo ou mantendo alguém em erro (pessoa
que chega, ela acha que está vendo uma coisa e é outra), mediante artifício, ardil, ou qualquer outro meio fraudulento:

 Manter em erro: você percebe que a pessoa está errada, mas você fica quieta.
 Aqui no estelionato eu vou induzir, buscando o consentimento da vítima; no furto mediante fraude, você instiga a pessoa ao erro.
 Ex.: você durante a semana liga o “gato” e usa energia sem marcar, quando o marcador chega, você desliga o “gato” para consumir
a energia – furto mediante fraude.
 Furto mediante fraude: diminui a vigilância.
 Ex.: uma barraca na rua e o vendedor diz que instala algo no celular para a pessoa ficar conectada sem pagar, como um bônus;
alguém deixa o celular para instalar e vai tomar o café. Quando volta, a barraca sumiu – estelionato.
 No estelionato há sempre vantagem.
 Estelionato: você entrega de bom grado, por livre e espontânea vontade.
 Furto/roubo: você não vê o que acontece, mas há uma ameaça. Ex.: a pessoa se sente ameaçada pelo tamanho da pessoa.
 A pessoa passa e arranca o cordão da pessoa, machuca o pescoço.

18/06/21 – Furto de Coisa Comum (coisa de + de 1 pessoa)

 Art. 156 - Subtrair o condômino, coerdeiro ou sócio, para si ou para outrem, a quem legitimamente a detém, a coisa
comum:
 Pena - detenção, de 6 meses a 2 anos, ou multa.
 § 1º - Somente se procede mediante representação (representação do síndico).
 Coisa comum do condomínio – ex.: furto de banco, lixeira de condomínio.
 Roubo tem que ter duas elementares que o furto não tem: grave ameaça ou violência (agredir a pessoa).
 Furto mediante fraude (diminui a vigilância): uma pessoa com roupa da Light e crachá, entra na sua residência para fazer
uma inspeção no relógio. Você se distrai no quintal, ela pega o que encontra na varanda.
 Furto roubo: pessoa estranha, mal encarada que furta algo e a vitima se sente ameaçada pela aparência da pessoa.
 No roubo basta que a pessoa seja ameaçada. Redução da capacidade da vítima.

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Roubo

 Art. 157 - Subtrair coisa móvel alheia, para si ou para outrem, mediante grave ameaça ou violência a pessoa
ou depois de havê-la, por qualquer meio, reduzido à impossibilidade de resistência
 Pena - reclusão, de 4 a 10 anos, e multa.
 Ex.: boa noite cinderela.
 V - se o agente mantém a vítima em seu poder, restringindo sua liberdade.
 Sequestro relâmpago: coloca você no carro e roda pela cidade tirando o dinheiro no caixa eletrônico.

Extorsão

 Art. 158 - Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, e com o intuito de obter para si ou para outrem
indevida vantagem econômica, a fazer, tolerar que se faça ou deixar de fazer alguma coisa:
 Também há duas elementares: violência e grave ameaça.
 Ex.1 (Roubo): Meliante coloca Rogério no carro e roda com ele pela cidade. Meliante para nos bancos, vai até o caixa eletrônico
e retira o dinheiro de Rogério, enquanto o comparsa fica no carro apontando a arma para Rogério.
 Ex.2 (Extorsão): Mesma situação anterior, mas Rogério vai com o meliante ao caixa eletrônico para colocar a digital.

 Roubo: no roubo, mesmo que não queira , o agente vai conseguir o que quer, porque vai ameaçar, bater, até conseguir.
 Extorsão: você precisa ajudar o agente, senão ele não conseguir o que deseja.

Latrocínio

 LATROCÍNIO: roubo qualificado pela morte.


 No latrocínio eu quero facilidade para levar alguma coisa.
 Art. 157, § 3º
 VII - se a violência ou grave ameaça é exercida com emprego de arma branca;
 § 2º-A. A pena aumenta-se de 2/3:
 I – se a violência ou ameaça é exercida com emprego de arma de fogo;
 II – se há destruição ou rompimento de obstáculo mediante o emprego de explosivo ou de artefato análogo que
cause perigo comum.
 § 2º-B. Se a violência ou grave ameaça é exercida com emprego de arma de fogo de uso restrito ou proibido,
aplica-se em dobro a pena prevista no caput deste artigo. (LEI 13964/19)

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 § 3º . Se da violência resulta:
 I – lesão corporal grave, a pena é de reclusão de 7 a 18 anos, e multa;
 II – morte, a pena é de reclusão de 20 a 30 anos, e multa.

Extorsão mediante sequestro

 Art. 159 - Sequestrar pessoa com o fim de obter, para si ou para outrem, qualquer vantagem (econômica, sexual), como
condição ou preço do resgate: (crime permanente: aquele que se prolonga – ex. sequestro de 30 dias).
 Aqui não há somente extorsão e sim há também o sequestro, obter qualquer vantagem, não precisa ser só vantagem econômica,
pode ser qualquer vantagem, é um crime permanente – é o crime que se prolonga no tempo. Se ele sequestrar e ficar 30 dias
com o sequestrado durante todo esse tempo – se for pego, será flagrante delito.
 Mesmo se antes de receber o dinheiro o agente libertar o sequestrado, ele terá cometido o crime. Só não será mais flagrante
delito.

Observação

 Não existe mais bando ou quadrilha, o nome correto é associação criminosa.

 § 4º - Se o crime é cometido em concurso, o concorrente que o denunciar à autoridade, facilitando a libertação do


sequestrado, terá sua pena reduzida de 1/3 a 2/3.
 Delação premiada – primórdios da delação premiada.

Extorsão indireta

 Art. 160 - Exigir ou receber, como garantia de dívida, abusando da situação de alguém, documento que pode dar causa a
procedimento criminal contra a vítima ou contra terceiro:
 Ex.: não gosto do Jeferson. Regis tem um documento que pode incriminar Jeferso. Eu vou e estorço Regis para me dar o
documento.
 Se não cessar a busca está em flagrante delito.

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Da Usurpação (pegar para si)

 Alteração de limites
 Art. 161 - Suprimir ou deslocar tapume, marco, ou qualquer outro sinal indicativo de linha divisória, para apropriar-se,
no todo ou em parte, de coisa imóvel alheia:
 Ex.: Jeferson tem um cerca divisória com o Rogério. De madrugada, Jeferson vai lá e coloca a cerca para dentro do terreno do
Rogério, com a intenção do seu terreno ficar maior.
 Pena - detenção, de 1 a 6 meses, e multa.
 § 1º - Na mesma pena incorre quem:
 Usurpação de águas
 I - desvia ou represa, em proveito próprio ou de outrem, águas alheias;

Esbulho possessório

 Esbulho: ato de usurpação pela qual uma pessoa é privada ou espoliada, de coisa de que tenha propriedade ou posse.
 II - invade, com violência a pessoa ou grave ameaça, ou mediante concurso de mais de duas pessoas, terreno ou edifício
alheio, para o fim de esbulho possessório (pessoa que está na posse e não o dono do terreno).

Dano

 Art. 163 - Destruir, inutilizar ou deteriorar coisa alheia:


 Mulher que destrói o carro quebra tudo.
 Pena - detenção, de 1 a 6 meses, ou multa.
 Introdução ou abandono de animais em propriedade alheia.

Dano qualificado – grave ameaça

 Art. 164 - Introduzir ou deixar animais em propriedade alheia, sem consentimento de quem de direito, desde que o
fato resulte prejuízo:
 Pena - detenção, de 15 dias a 6 meses, ou multa.
 Dano em coisa de valor artístico, arqueológico ou histórico.
 Art. 165 - Destruir, inutilizar ou deteriorar coisa tombada pela autoridade competente em virtude de valor artístico,
arqueológico ou histórico:
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 Sempre que tem prejuízo no penal, tem indenização no civil.


 Alteração de local especialmente protegido.
 Art. 166 - Alterar, sem licença da autoridade competente, o aspecto de local especialmente protegido por lei:
 Pena - detenção, de 1 mês a 1 ano, ou multa.
 Ação penal
 Art. 167 - Nos casos do art. 163, do inciso IV do seu parágrafo e do art. 164, somente se procede mediante queixa.

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