Você está na página 1de 19

Guia do Advogado Empreendedor 1

SUMÁRIO
Para você, advogado, o que significa empreender? 3
A partir de agora vamos colocar o seu sonho em prática! 5
Sociedade de advogados 6
A sociedade unipessoal de advocacia 8
Mas o que é uma Sociedade Unipessoal de Advocacia 9
Advogado autônomo 10
A tributação para advogados 11
Tributação para advogado autônomo 12
A “fórmula do sucesso” para atrair o seu cliente 13
Utilize a função fática e teste o canal! 17
Conclusão 18

Guia do Advogado Empreendedor 2


Para você, advogado, o que significa empreender?

Ser advogado vai muito além de fazer valer as leis, é, para a grande
maioria, a realização de um sonho, é alcançar um objetivo que,
muitas vezes, foi pensado durante toda uma vida, é encontrar
um caminho para seguir até alcançar sucesso e depois continuar
seguindo, porque o que realmente move um profissional não é
somente a vontade de ser bem sucedido, mas a necessidade de
evoluir constantemente e alcançar um alto nível de excelência.

Contudo, em dados momentos, a advocacia é tratada somente como


uma atividade comercial, deixando de lado toda a questão humana
envolvida - afinal, ajudar as pessoas a resolverem seus problemas é
uma das atividades mais humanas e empáticas possíveis.

Sendo assim, antes de pensar em qualquer aspecto do seu negócio,


trate a sua profissão como o sonho que ela sempre representou para
você. Porém, é preciso ter em mente que para realizar um sonho, é
necessário definir caminhos a serem seguidos e, logo após, colocar
em prática as estratégias que esse caminho te apresenta, sempre
focando nos melhores resultados; e foi pensando exatamente
nessa questão que resolvemos criar este material. Ou seja, a nossa
motivação é o seu sonho! O intuito deste eBook é dar a você,
advogado, um norte para seguir com suas aspirações e alcançar os
objetivos que definiu para a sua vida.

Guia do Advogado Empreendedor 3


Mas… voltando a pergunta inicial…

Segundo o Dicionário Priberam, empreender é:

“Atitude de quem, por iniciativa própria, realiza ações ou


idealiza novos métodos com o objetivo de desenvolver e
dinamizar serviços, produtos ou quaisquer atividades de
organização e administração.”

Bom, nós já conhecemos a definição literal da palavra


“empreender”, mas o que é, realmente, a ação de
empreender?

Quando você, advogado, pensa em tornar-se um


empreendedor, tenho certeza que sua motivação é muito
mais do que apenas “realizar ações”. Afinal, como já
dissemos antes, o ato de empreender parte de um sonho e
todo sonho tem um motivo para existir.

Então, a partir de agora, passe a pensar no seu negócio


como a efetivação de algo que você sempre desejou,
almejou e buscou! Passe a pensar nele como sendo a
realização do seu sonho!

Guia do Advogado Empreendedor 4


A partir de agora vamos colocar o seu sonho em
prática!

Neste eBook você aprenderá sobre:

Sociedade de advogados;
A sociedade unipessoal de advocacia;
Advogado autônomo;
A tributação para advogados;
Tributação para Sociedade Unipessoal de Advocacia
Tributação para advogado autônomo;
A “fórmula do sucesso” para atrair o seu cliente.

Guia do Advogado Empreendedor 5


Sociedade de advogados
De acordo com o art. 15 do EAOAB, os advogados podem reunir-se em sociedade civil de prestação de serviço
de advocacia.

Contudo, no ordenamento jurídico, não existe mais a sociedade civil. Ou seja, devido ao fato de não ter caráter
empresarial (de acordo com o art. 16 do EAOAB), a sociedade advocatícia deve se caracterizar como sociedade
simples e seguir as regras dispostas no Código Civil, mais precisamente nos artigos 997 a 1038.

Destarte, somente poderão participar da sociedade simples de advocacia os profissionais devidamente


inscritos na OAB. Dessa forma, estagiários poderão ser contratados como funcionários, porém, de forma
alguma alguma poderão e deverão compor o corpo societário.

Guia do Advogado Empreendedor 6


Portanto, a sociedade simples de advocacia precisa,
necessariamente, estar inscrita no Conselho Seccional e não
no cartório, como muitos pensam.

É preciso, neste ponto, deixar claro que nenhum advogado


poderá compor mais de uma sociedade advocatícia, ou
integrar, simultaneamente, uma sociedade simples e uma
sociedade unipessoal de advocacia tendo sede ou filial no
mesmo território constituído pelo Conselho Seccional.

Para a sociedade de advogados, não são admitidas


as denominações fantasias, já que a mesma não é
caracterizada como sociedade empresarial, além de não
ser permitida a inclusão de sócio não inscrito no órgão
regulador responsável, a OAB.

A responsabilidade em uma sociedade de advocacia


é ilimitada tanto para o sócio quanto para o titular da
sociedade civil. Estes respondem completa e inteiramente
por quaisquer danos causados ao cliente advindos de suas
ações, bem como omissões.

Guia do Advogado Empreendedor 7


A sociedade unipessoal de advocacia
A Sociedade Unipessoal de Advocacia surgiu devido a uma reivindicação de profissionais da área jurídica
que advogavam pessoalmente, sem a existência de sócios. Essa necessidade dá-se ao fato de que estes
profissionais deveriam poder gozar de uma carga tributária mais branda, assim como para as sociedades
simples de advocacia.

Sendo assim, em 2016, fora criada essa modalidade advocatícia, modificando o Estatuto de Advocacia, mais
precisamente os artigos 15 a 17.

Guia do Advogado Empreendedor 8


Mas o que é uma Sociedade
Unipessoal de Advocacia
A Sociedade Unipessoal de Advocacia caracteriza-se pela existência de
uma “empresa” individual, portanto, com a existência e controle total de
apenas um sócio devidamente inscrito e disposto de suas faculdades
para que possa advogar.

Destarte, em relação a responsabilidade para com seus clientes,


o advogado e titular da sociedade deverá responder subsidiária e
ilimitadamente pelos danos causados no exercício da profissão.

Assim como em qualquer outra sociedade de advogados, de acordo


com o Art. 15, § 4º do Estatuto da Advocacia, o titular não poderá
compor mais de uma sociedade advocatícia ou unipessoal, ou integrar
as duas ao mesmo tempo caso tenham sede ou filial na mesma área
correspondente ao Conselho Seccional de registro.

A denominação da unipesoal deverá ser composta pelo nome do titular,


com o epíteto final “ Sociedade Individual de Advocacia”, de acordo com
o Art. 16, § 4º, Estatuto da Advocacia.

Guia do Advogado Empreendedor 9


Advogado autônomo

O advogado autônomo é o profissional que tem por característica


principal desempenhar o seu trabalho sem um vínculo
empregatício para com um escritório, empresa ou cliente.

Por mais complicado que possa parecer quando pensamos em


questões como a estabilidade, atuar como advogado profissional
liberal tem sido uma opção muito presente no dia-a-dia de
diversos juristas.

Destarte, para estes profissionais faz-se necessário, além de


compreender as questões legais, conseguir desenvolver-se em
diversos outros pontos que serão parte integrante do seu ofício,
tais quais a comunicação verbal e não verbal, controle financeiro
para administrar seus ganhos e gastos, entre muitos outros.

Para este tipo de profissional, podemos dizer que não há variação


quanto às responsabilidades incidentes a profissão, bem como
aos deveres a serem cumpridos. Exceto pelo fato de constituir
uma “empresa”, o advogado liberal não destoa da sociedade
unipessoal de advocacia.

Guia do Advogado Empreendedor 10


A tributação para advogados
Tributação para Sociedade Unipessoal
de Advocacia

A Lei 13.247/16 possibilitou aos advogados a constituição da


Sociedade Unipessoal de Advocacia. Esse tipo de pessoa
jurídica “sociedade” - semelhante a já conhecida EIRELI - é uma
excelente forma para o advogado reduzir a carga tributária de
seu escritório, pois permite a opção por um sistema de tributação
simplificado, o Simples Nacional, que lhe traz uma redução
burocrática considerável, além de visíveis vantagens financeiras.
A tributação para uma sociedade unipessoal de advocacia deve
ser analisada pelos advogados que optarem por constituir esse
tipo de Personalidade Jurídica, em conjunto com um o contador
especializado em contabilidade para sociedade de advogados,
buscando simular, dentre os regimes tributários, a opção mais
vantajosa.

Vamos analisar, neste tópico, as formas de tributação apresentadas


pela legislação para as atividades da advocacia, permitindo que
você, como profissional do Direito, possa encontrar a melhor forma
de trabalhar dentro da legislação e do correto recolhimento de
tributos.

Guia do Advogado Empreendedor 11


Tributação para advogado autônomo
O advogado autônomo está obrigado à escrituração do Livro Caixa onde identifica os clientes. Sujeita-se aos
seguintes impostos:

•ISS - Imposto sobre Serviços: entre 2% e 5% do faturamento - recolhimento mensal à Prefeitura de seu
município.
•IRPF - Imposto de Renda Pessoa Física: varia da isenção a 27,5 %- tributação determinada pela tabela
progressiva do Imposto de Renda Pessoa Física - recolhido mensalmente, através do carnê leão.

Para não precisar recolher o IRPF sobre o valor total bruto de seus rendimentos, o advogado autônomo deverá
escriturar um livro caixa, onde, com a ajuda de um profissional contábil, serão lançados toda a sua receita
bruta e as despesas dedutíveis, reduzindo consideravelmente os valores tributados. As despesas dedutíveis são
subtraídas dos valores brutos recebidos, e o IRPF é apurado sobre o rendimento líquido.

Guia do Advogado Empreendedor 12


A “fórmula do sucesso” para
atrair o seu cliente
Com o advento da tecnologia, a interação humana tem
se tornado uma necessidade cada vez maior das pessoas.
Estamos vivendo em uma sociedade onde 90% das
ações são feitas de maneira digital, tirando totalmente
a humanidade de sentarmos com outras pessoas para
resolver problemas, falar de nossos sentimentos e, até
mesmo, para conseguir convencê-la de que podemos
ajudá-la - seja no trabalho ou na vida pessoal.

Dada essa realidade descrita por Bauman como “Sociedade


Líquida”, torna-se cada vez mais complicado para clientes
e prestadores de serviços estabelecer uma conexão que
demonstre empatia e prove que nos importamos de
verdade com as necessidades do outro.

Sendo assim, podemos definir a comunicação como sendo


a “fórmula do sucesso”, afinal, sem ela seria impossível nos
relacionarmos com outros seres humanos, mas isso não
se atém somente às relações pessoais. Quando falamos
na comunicação, estamos citando todas as formas dela,
inclusive as não verbais.

Guia do Advogado Empreendedor 13


Agora imagine a seguinte situação: seu cliente,
um homem de meia idade que trabalhou toda a
sua vida em uma metalúrgica e, ao final do seu
período de trabalho se deparou com problemas
provocados por más relações de trabalho com a
empresa em questão.

Para este caso, como você deveria conversar


com seu cliente? Além disso, como ele iria
compreender e interpretar o que você está
dizendo?

A comunicação é o que move o mundo e, se a


deixarmos de lado, ou ignorarmos as facilidades
e dificuldades das outras pessoas, torna-se
impossível estabelecer uma conexão clara e
efetiva.

Dessa forma, quero te dar algumas dicas de


como estabelecer essa conexão que realmente
gera resultados - não somente no campo
profissional, mas na sua vida pessoal.

Guia do Advogado Empreendedor 14


Seja claro!

Jargões jurídicos são ótimos para serem utilizados entre pessoas que o entendem. Imagine-se no lugar do
seu cliente, aquele mesmo que trabalhou a vida inteira em uma metalúrgica. Ele entenderia o que você está
dizendo? A informação seria passada de uma maneira simples para compreender?

Não importa se o seu cliente teve a melhor formação do mundo, caso ele não seja da área jurídica, converse
de maneira simplista. Assim não será necessário repetir as informações e você se fará entendível.
focando nos melhores resultados; e foi pensando exatamente nessa questão que resolvemos criar este
material. Ou seja, a nossa motivação é o seu sonho! O intuito deste eBook é dar a você, advogado, um norte
para seguir com suas aspirações e alcançar os objetivos que definiu para a sua vida.

Guia do Advogado Empreendedor 15


Seja Objetivo!

Explique ao seu cliente o que realmente é necessário a ele compreender. Não tente fazer com que ele tenha
a mesma visão que você que estudou infindáveis anos para compreender as questões jurídicas.

A objetividade na comunicação, além de ser muito benéfica por economizar tempo e diminuir a quantidade
de dúvidas, ainda pode simplificar a mensagem que deverá ser passada.

Guia do Advogado Empreendedor 16


Utilize a função fática
e teste o canal!
Ter clareza e objetividade em tudo o que
dizemos é uma necessidade básica, mas,
para muito além disso, é necessário saber
se a pessoa realmente está entendendo o
que você quer dizer; se ela realmente está te
escutando ou apenas ouvindo.

A função fática é utilizada para testar o canal


de comunicação, ou seja, saber se a pessoa
com a qual está falando consegue entender
sua mensagem. Por exemplo, quando você
atende o telefone e diz “alô”, significa que está
testando o canal e se certificando de que há
alguém do outro lado da linha.

Guia do Advogado Empreendedor 17


Conclusão
Bom, Dr.(a), agora que você já entende tudo sobre cada um dos tipos de sociedades de advocacia,
assim como as questões que envolvem a sua atuação como profissional liberal, a tributação
incidente e tem “a fórmula do sucesso” para atrair e conquistar os seus clientes, é hora de colocar a
mão na massa!

Esperamos que esse eBook tenha o ajudado a entender como funciona a profissão que você vai
seguir e, esperamos, também, que ele tenha sido esclarecedor em relação às suas dúvidas.

Lembre-se: sempre que precisar de apoio contábil, entre em contato conosco! É sempre um
grande prazer ajudar a realizar sonhos!

Guia do Advogado Empreendedor 18


Guia do Advogado Empreendedor 19

Você também pode gostar