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AO JUÍZO DE UMA DAS VARAS CRIMINAIS DA COMARCA DE ALFENAS- MG

Adriano, brasileiro, casado, aposentado, com endereço eletrônico (endereço de e-mail),


inscrito no CPF sob o n° (...) e RG (..), residente e domiciliado na rua (endereço completo),
no município de Alfenas – MG, vem por meio deste, através de advogado infra-assinado,
conforme procuração em anexo (doc_1), OAB xxx.xxx, perante este juízo oferecer

QUEIXA-CRIME POR CALÚNIA, NOS TERMOS DO ART. 30, CÓDIGO PROCESSO


PENAL E ART. 138, CÓDIGO PENAL

em face de Lúcio Chaves, brasileiro, solteiro, contabilista, com endereço eletrônico


(endereço de e-mail), inscrito no CPF sob o n° (...) e RG (..), residente e domiciliado na rua
(endereço completo), no município de Alfenas – MG, pelos fatos e fundamentos que se
seguem.

I. DOS FATOS

Adriano, ora Querelante, exerce o cargo de presidente da Associação dos


Piscicultores de Alfenas e Região, conforme estatuto social em anexo.
Lucio, ora Querelado, também faz parte da citada associação, conforme ata de
nomeação em anexo.
Ocorre que, no dia 15 de fevereiro de 2023, Lúcio publicou nota de esclarecimento
aos membros da Associação, advinda de uma reunião do Conselho Fiscal, onde alegou que
o querelante teria simulado inúmeras viagens em razão da Associação e emitiu diversas
“notas frias” e embolsando mais de R$20.000,00 (vinte mil reais), conforme cópia da nota
anexada.
O Querelante ficou estarrecido com a conduta mentirosa do querelado, considerando
que age de forma íntegra e ética em relação ao seu cargo e nunca cometeu atos como
emulação de notas a fim de obter vantagem ilícita através de sua função, razão que se deu a
presente queixa-crime.

II. DOS FUNDAMENTOS

Lúcio, com tal conduta, imputou falso crime de estelionato previsto no art. 171 do
Código Penal, ao Querelante, configurando no crime de calúnia, previsto no art. 138 do
citado código. Ainda, incidindo em causa de aumento de pena prevista no art 141, III do
Código Penal, por ter divulgado a calúnia entre os associados.
Em razão da pena “in abstrato” superar os dois anos previstos no art. 138 do Código
Penal, em virtude da causa de aumento de até ⅓ (um terço) da pena máxima, o
procedimento a ser seguido na presente ação é o sumário, conforme determina o art. 394,
§1º, inciso II do Código de Processo Penal.
Para tanto, a presente queixa está sendo proposta dentro do prazo de seis meses, a
contar da data do fato e do conhecimento de sua autoria no dia 15 de fevereiro de 2023.
Portanto, o Querelante deseja que a ação penal privada tenha seu processamento e
uma vez procedente, seja o Querelado devidamente punido por seu ato criminoso.

III. DOS PEDIDOS E REQUERIMENTOS

Diante do exposto, requer:

a) a designação de audiência de conciliação, nos termos do art. 519 do código penal,


notificando as partes para comparecimento

b) não havendo conciliação, requer o recebimento da queixa;

c) a citação do querelado para se ver processado e responder à acusação nos termos do


art. 396 e 396-a do CPP;

d) que seja julgado procedente o pedido da queixa-crime visando a condenação do


querelado nas penas do art. 138 e 141, III, ambos do Código Penal;

e)a produção de provas permitidas, especialmente documental e testemunhal, cujo o rol


segue anexo a presente;

f) intimação do Ministério Público como fiscal da ordem jurídica;

g) requer juntada de comprovante de pagamento de custas judiciais;

h) fixação de indenização mínima, conforme o disposto no art. 387, IV do


Código Processo Penal, em favor do Querelante;

i) condenação do Querelado ao pagamento das custas processuais e honorários


advocatícios sucumbenciais, em valor a ser arbitrado por este juízo;

Nesses termos, pede deferimento.

Alfenas, 31 de março de 2023.

Advogada/OAB
ROL DE TESTEMUNHAS:

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