O STF julgou o RE 603.616 sobre provas obtidas sem mandado em domicílio. A Corte firmou a tese de que a entrada forçada em domicílio só é lícita à noite com justificativa posterior de flagrante delito ou situação que o indique, sob pena de nulidade e responsabilidade. O relator usou direito comparado e a Constituição permite exceções como flagrante ou socorro.
O STF julgou o RE 603.616 sobre provas obtidas sem mandado em domicílio. A Corte firmou a tese de que a entrada forçada em domicílio só é lícita à noite com justificativa posterior de flagrante delito ou situação que o indique, sob pena de nulidade e responsabilidade. O relator usou direito comparado e a Constituição permite exceções como flagrante ou socorro.
O STF julgou o RE 603.616 sobre provas obtidas sem mandado em domicílio. A Corte firmou a tese de que a entrada forçada em domicílio só é lícita à noite com justificativa posterior de flagrante delito ou situação que o indique, sob pena de nulidade e responsabilidade. O relator usou direito comparado e a Constituição permite exceções como flagrante ou socorro.
O Recurso Extraordinário (RE) 603.616, foi julgado pelo Supremo Tribunal
Federal pelo relator Gilmar Mendes, é o tema são as provas obtidas em domicílio sem mandado de busca e apreensão, em que possui um impasse com respaldo constitucional do artigo 5º, inciso XI da Constituição Federal. O STF firmou a tese de que a entrada forçada em domicílio sem mandado judicial só é lícita, em período noturno, quando amparada em fundadas razões, devidamente justificadas a posteriormente, que indiquem que dentro da casa ocorre situação de flagrante delito, sob pena de responsabilidade disciplinar, civil e penal do agente ou da autoridade e de nulidade dos atos praticados.
O relator Gilmar Mendes, utiliza-se do direito comparado para embasar seu
voto que tratam acerca do tema como por exemplo a Convenção Americana de Direitos Humanos, Constituição Alemã e Constituição Portuguesa. Salientando que a carta magna, abrange as exceções ao direito de inviolabilidade que são: flagrante delito ou desastre, ou para prestar socorro, ou, durante o dia, por determinação judicial. O próprio relator afirmou que é uma metida extremamente evasiva e passível de arbitrariedade, entretanto necessária para a repressão à prática de crimes e para a investigação criminal, e que geralmente as comunidades por estarem em uma situação de vulnerabilidade social se encontram vítimas dessas arbitrariedades principalmente pelas autoridades policiais. Ademais, o juiz poderá considerar que a invasão do domicílio não foi justificada em elementos suficientes, mas isso não poderá gerar a responsabilização do policial, salvo em caso de abuso.
Além disso, o Recurso Extraordinário (RE) 603.616, obteve provocação
contra a decisão do Tribunal de Justiça do Estado de Rondônia, que ao julgar a apelação 101.501.2007.004483-5, em que rejeitaram a preliminar de obtenção de prova por meio ilícito, sendo a ausência de mandado de busca e apreensão para entrada na residência de um dos acusados, entendendo tratar-se de prática de crime permanente, ou seja, as autoridades policiais poderiam entrar na residência sem que houvesse mandado judicial de busca e apreensão. O entendimento majoritário do Plenário, e nos termos do artigo 33 da Lei de Drogas (Lei 11.343/2006), ter entorpecentes em depósito constitui crime permanente, caracterizando, portanto, a condição de flagrante delito a que se refere o dispositivo constitucional. Contudo, durante a sessão do recurso o ministro Marco Aurélio divergiu do relator Gilmar Mendes para dar provimento ao recurso e absolver o condenado, por entender não caracterizado o crime permanente, e por discordar da tese. Entretanto com a fixação da tese como o próprio relator afirmou será crucial para a garantia constitucional da inviolabilidade de domicílio.
Durante a sessão observa-se que o acompanhamento processual respeitou os
requisitos estabelecidos pela legislação, com a abertura da sessão, seguida da sustentação do relator, e os ministros podem acompanhar integralmente o relator; acompanhar com ressalva de entendimento; divergir; ou acompanhar a divergência.
Da não violação ao princípio constitucional da presunção de inocência (art. 5º, LVII, CF/88) em face da execução provisória da pena após condenação em segunda instância