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COMARCA DE MAMANGUAPE-PB
Em favor de
1 – FATOS
Acontece que no dia 30.05.2022, a paciente que é pobre na forma da lei, juntamente
com sua companheira, efetuaram a compra de uma máquina de papelaria como
ferramenta de sua labuta e manutenção das despesas do lar, uma SILOUETE CAMEO
3, no valor de R$ 1.300 (um mil e trezentos reais). A paciente teve de recorrer a um
empréstimo para compra do equipamento por estar passando por dificuldades
financeiras. A compra foi efetuada e o pagamento concluído em sua modalidade à vista,
apesar de seus pacos recursos, porém ao chegar em casa, Márcia constatou que a
máquina que havia acabado de comprar estava com defeito e impossibilitada de uso. Ao
procurar a Senhora Josiquele de Santana Soares, a mesma se negou a devolver o
dinheiro da mesma, mesmo tendo consciência que o objeto que havia vendido possuía
defeitos que tornava a máquina obsoleta para venda.
Ao procurar um expert para o conserto, conforme se encontram conversas do Whatsapp,
em anexo aos autos, tem-se demonstrado mediante prova documental a degradação,
funcionalidade do objeto vendido a paciente.
II- DO DIREITO
No caso do agente acreditar que aquela imputação é verdadeira, crendo no que está
falando, não poderá ser enquadrado no crime de calúnia, ocorrendo o erro do tipo, que
afastaria o dolo, tornando o FATO ATÍPICO.
Esclareça-se que em nenhum momento Márcia teve dolo em sua conduta, apenas
comunicando e narrando o ocorrido com ela, em face da nítida má-fé da parte contrária.
Desse modo, para a condenação pelo crime de calúnia, injúria e difamação, além da
necessidade de preenchimento dos três elementos citados (imputação de fato
determinado, qualificado como crime e que seja falsa a imputação), imperioso se
faz a comprovação de que o agente tinha consciência da falsidade da imputação.
No caso do agente acreditar que aquela imputação é verdadeira, crendo no que está
falando, não poderá ser enquadrado no crime de calúnia, ocorrendo o erro do tipo, que
afastaria o dolo, tornando o FATO ATÍPICO.
No caso dos autos, para a constatação do alegado nesse pedido não há necessidade de
aprofundado exame de provas, posto que existem todos os diálogo entre as partes, prova
documental demonstra prima facie a realidade fática.
A vista do exposto, pede-se em nome do bom direito, seja o presente pedido processado
na forma legal, para ser ao final concedida a ordem impetrada, determinando-se o
trancamento do Termo Circunstânciado, o que se pede como medida de Direito e de
inteira Justiça.
Termos que,
Pede deferimento.