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Art. 144 - Se, de referências, alusões ou frases, se infere calúnia, difamação ou injúria,
quem se julga ofendido pode pedir explicações em juízo. Aquele que se recusa a dá-las
ou, a critério do juiz, não as dá satisfatórias, responde pela ofensa.
O Autor desconhece o local em que foi praticada a infração penal, motivo pelo
qual a competência territorial para processar e julgar a presente demanda deve observar a regra
insculpida no artigo 73, do Código de Processo Penal (CPP), que assevera que “nos casos de
exclusiva ação privada, o querelante poderá preferir o foro de domicílio ou da residência do réu,
ainda quando conhecido o lugar da infração”.
Ademais, inobstante o Código de Processo Penal (CPP) não prever o rito que
deverá ser adotado para tramitação da Interpelação Judicial, a melhor doutrina entende que, por
força de seu artigo 3º, as regras do Código de Processo Civil – mais precisamente os artigos 726
e seguintes – têm aplicação subsidiária.
II – DOS FATOS
III – DO DIREITO
Ainda assim, o artigo em questão vincula-se à dubiedade de referências que uma pessoa
faz à outra, sem evidenciar, com clareza, o seu intuito. Estaríamos diante de um crime
camuflado ou de um flagrante equívoco. Se a frase foi emitida sem qualquer maldade ou
intenção de ofender, inexiste o fato típico: caso tenha sido proferida com vontade de
caluniar, difamar ou injuriar, há crime. O sujeito se sente ultrajado, mas não tem certeza
da intenção do autor, pode pedir explicações em juízo.
No mesmo passo é a lição de Cleber Rogério Masson (em “Direito Penal”, Ed.
Método, 2014):
A presente demanda tem natureza cautelar, uma vez que, caso o Interpelado
não dê explicações convincentes sobre as ilações lançadas em desfavor do Requerente e seu
Movimento, poderá responder na forma da lei pela prática dos crimes de calúnia, difamação e
injúria.
Vejamos:
Art. 138 – Caluniar alguém, imputando-lhe falsamente fato definido como crime:
Pena – detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa.
IV – DOS PEDIDOS
c) Requer que todas as publicações em Diário Oficial sejam realizadas em nome dos
patronos do Requerente, sob pena de nulidade: RUBENS ALBERTO GATTI NUNES,
OAB/SP 306.540 e PAULO HENRIQUE FRANCO BUENO, OAB/SP 312.410.
Termos em que,
Pede deferimento.
De São Paulo para o Rio de Janeiro, 03 de novembro de 2021.