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AO JUIZO DA COMARCA DE FORTALEZA/CE

AÇÃO DE COMPENSAÇÃO POR DANOS MORAIS

CARLOS ROBERTO, brasileiro, solteiro, vice-presidente da fortaleza EC,


portador do RG no XXXXXXXX e CPF XXXXXXX, domiciliado XXXXXXXXX,
Fortaleza/CE, CEP: XXXXXXXX, sem whatsapp pessoal nem email, vem, por
intermédio de seus procuradores judiciais infra-assinados, ajuizar
AÇÃO DE COMPENSAÇÃO POR DANOS MORAIS
Em desfavor de Caio Mario, brasileiro, solteiro, XXXXXXXX, portador do RG no
XXXXXXXX e CPF XXXXXXX, domiciliado XXXXXXXXX, Fortaleza/CE, CEP:
XXXXXXXX, partir dos fundamentos fáticos e jurídicos a seguir esposados: 

GRATUIDADE JUDICIÁRIA

Requer, o Promovente, os benefícios da justiça gratuita, com fulcro no art. 98 do


CPC, tendo em vista que o mesmo não tem condição de assumir os gastos processuais,
sem prejuízo de arcar com as despesas familiares, pelo que solicita a concessão deste
pedido, a fim de que não lhe seja negado o direito constitucional de prestação
jurisdicional.

DOS FATOS

Ocorre que o requente junto com o requerido, com mais cinco colegas, são
membros de grupo privado de Whatsapp, em que discutem assuntos relacionados ao
Fortaleza EC. Sem autorização, Caio Mário divulga em redes sociais, bem como na
imprensa, mensagens enviadas ao grupo por Carlos Roberto, que ocupa a posição de
vice-presidente já qualificado nos autos. As mensagens emitidas por Carlos Roberto
veiculam críticas pessoais à gestão do Clube, bem como aos jogadores. Tendo em vista
o abalo sofrido em sua honra e em sua imagem, Carlos Roberto renúncia ao cargo de
vice-presidente. Caio Mário divulgou as mensagens com o mero intuito de expor as
opiniões de Carlos Roberto. Não houve pretensão de proteger direito próprio.
DO DIREITO
Lei 10.406 de janeiro de 2022 Art. 20 . Salvo se autorizadas, ou se necessárias à
administração da justiça ou à manutenção da ordem pública, a divulgação de
escritos, a transmissão da palavra, ou a publicação, a exposição ou a utilização
da imagem de uma pessoa poderão ser proibidas, a seu requerimento e sem
prejuízo da indenização que couber, se lhe atingirem a honra, a boa fama ou a
respeitabilidade, ou se se destinarem a fins comerciais.
Parágrafo único. Em se tratando de morto ou de ausente, são partes legítimas
para requerer essa proteção o cônjuge, os ascendentes ou os descendentes.
 Art. 21. A vida privada da pessoa natural é inviolável, e o juiz, a requerimento
do interessado, adotará as providências necessárias para impedir ou fazer cessar
ato contrário a esta norma.
DA FIXAÇÃO DO QUANTUM INDENIZATÓRIO

O dano moral tem duplo aspecto: compensatório para o ofendido e punitivo para o
ofensor. Dessa forma, com a indenização, o ofendido sente-se menos humilhado e mais
reconfortado, enquanto o ofensor desestimula-se a praticar a ofensa para com outras
pessoas.

“Há controvérsias a respeito da natureza jurídica da reparação do dano moral.


Tem prevalecido o entendimento dos que vislumbram, na hipótese, duplo
caráter: compensatório para a vítima e punitivo para o ofensor. Ao mesmo tempo
em que serve de lenitivo, de consolo, de uma espécie de compensação para
atenuar o sofrimento havido, atua como sanção ao lesante, como fator de
desestímulo, a fim de que não volte a praticar atos lesivos à personalidade de
outrem.”

Resta, portanto, indubitável a condenação do Promovido, ao pagamento de uma


indenização por danos morais, em face do constrangimento e afronta à honra do
Promovente.

DA CONCESSÃO DA TUTELA DE URGÊNCIA

Diante do exposto, requer se digne este d. juízo em acolher o pleito de Tutela de


Urgência, conforme disposto no art. 300 e seguintes, a fim de ser determinado, inaudita
altera pars, o
Art. 300.  A tutela de urgência será concedida quando houver elementos que
evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado
útil do processo.
§ 1º Para a concessão da tutela de urgência, o juiz pode, conforme o caso, exigir
caução real ou fidejussória idônea para ressarcir os danos que a outra parte possa
vir a sofrer, podendo a caução ser dispensada se a parte economicamente
hipossuficiente não puder oferecê-la.
§ 2º A tutela de urgência pode ser concedida liminarmente ou após justificação
prévia.
§ 3º A tutela de urgência de natureza antecipada não será concedida quando
houver perigo de irreversibilidade dos efeitos da decisão.

DA CONCLUSÃO E DOS PEDIDOS

Diante de todo o exposto, requer se digne este d. juízo em acolher os argumentos


trazidos pelo Promovente no sentido de:

Deferir o benefício da justiça gratuita, em conformidade com o art. 98, do NCPC;

Deferir a tutela de urgência;

Determinar a citação da promovidas para responder a presente ação, sob pena de lhe
serem aplicados os efeitos da revelia;

Julgar totalmente procedente a demanda autoral, condenando o promovido ao


pagamento de indenização por danos morais, haja vista a incidência do disposto no
art. 5º, V e X, da Constituição Federal e dos arts. 186 c/c 927 do Código Civil, no
importe indicativo de R$ 10.000,00 (dez mil reais);

Condenação em honorários sucumbenciais na base de 20% do valor da causa ou sobre


o proveito econômico, conforme preceitua o art. 20, § 3º, do CPC;

Dá-se a causa o valor de R $10.000,00 (dez mil reais), para efeitos processuais.

Nestes Termos.
Pede Deferimento.

12 de setembro de 2022, Fortaleza/CE.

FRANCISCO MARCOS CARVALHO


OAB/CE nº XX.XXX
marcoscarvalho.direito@gmail.com

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