Você está na página 1de 8

EXCELENTÍSSIMO SENHOR MINISTRO PRESIDENTE DO SUPREMO

TRIBUNAL FEDERAL

“E veio um dos sete anjos que tinham as sete taças e falou


comigo, dizendo-me: Vem, mostrar-te-ei a condenação da
grande prostituta que está assentada sobre muitas águas,
com a qual se prostituíram os reis da terra; e os que habitam
na terra se embebedaram com o vinho da sua prostituição”
Apocalipse 17:1

URGENTE – MEDIDA LIMINAR

MARIEL MÁRLEY MARRA, brasileiro, casado, teólogo, advogado, nascido em


06/06/1980, portador da Cédula Identidade: 8767978, CPF: 045.734.836-40,
com endereço na Rua Ouro Preto, 581, Sl 604, Barro Preto, Belo Horizonte/MG,
subscrevendo esta petição ainda como advogado inscrito sob o nº 157240
OAB/MG (Doc 1), vem impetrar o seguinte

MANDADO DE SEGURANÇA COM PEDIDO DE


MEDIDA LIMINAR

contra ato da MESA DA CÂMARA DOS DEPUTADOS, praticado pelo


Presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cosentino Da Cunha, Deputado
Federal, nascido na cidade do Rio de Janeiro em 29/09/1958, CPF: 504.479.717-
00, RG: 3811353, com endereço funcional na Praça dos Três Poderes, Câmara
dos Deputados, Anexo IV, Gabinente 510, Brasília/DF, pelas razões fáticas e
jurídicas abaixo perfiladas.
I. DA CONDUTA DA AUTORIDADE COATORA
A autoridade coatora recebeu em 21 de dezembro de 2015 uma denúncia por
crime de responsabilidade em face do Vice-Presidente da República, Sr.
MICHEL MIGUEL ELIAS TEMER LULIA (Doc 2), em razão dele, no exercício da
Presidência da República ter realizado conduta típica idêntica à de Dilma
Rousseff nos dias 26/05/2015 e 07/07/2015, o qual assinou 04 decretos não
numerados com inobservância consciente e volitiva de prescrição da Lei
13.115/15 (LOA/15), a qual em seu artigo 4º autoriza a abertura de créditos
suplementares, mas desde que as alterações promovidas “sejam compatíveis
com a obtenção da meta de resultado primário estabelecida para o exercício de
2015 e sejam observados o disposto no parágrafo único do Art 8º da LRF” (Doc
4).
Ocorre que, a despeito dos indícios de autoria e prova da materialidade que
estavam suficientemente comprovados na inicial, em 05 de janeiro de 2016 a
autoridade coatora julgou inepta a denúncia, deixando de recebe-la sob o
argumento que nenhum dos apontados decretos fora assinado pelo Vice-
Presidente após a formalização do não atingimento da meta de superávit, razão
pela qual, segundo o Presidente da Câmara dos Deputados, não haveria infração
ao art. 4° da LOA/2015 ou ao artigo 9º da Lei de Responsabilidade Fiscal (Doc
3).
É inadmissível que o Presidente da Câmara julgue inepta uma denúncia que
descreve clara e suficientemente o fato criminoso e suas circunstâncias,
identifica o acusado e indica a classificação penal, em consonância como o
disposto no art. 41 do CPP, a qual não é inepta e não ofende os princípios do
devido processo legal, contraditório, ampla defesa, ou mesmo da dignidade da
pessoa humana.
II – DA JURISPRUDÊNCIA SOBRE O JUÍZO PRELIMINAR NO PROCESSO
DE IMPEACHMENT
De início faz-se necessário pontuar que o presente Mandado de Segurança não
questiona a competência da autoridade coatora para realizar juízo
preliminar de questões FORMAIS e SUBSTANCIAIS, tais como tipicidade e
indícios mínimos de autoria e materialidade.
Este impetrante tem pleno conhecimento da jurisprudência firmada no Supremo
Tribunal Federal, a qual encontra-se materializada, dentre outros julgados, no
Agravo Regimental no Mandado de Segurança n. 30.672, Rel. Min. Ricardo
Lewandowski, Plenário, DJe 18.10.2011; Mandado de Segurança n. 23.885, Rei.
Min. Carlos Velloso, Plenário, DJ 20.9.2002; Mandado de Segurança n. 20.941,
Red. p/ acórdão Min. Sepúlveda Pertence, Plenário, DJ 31.8.1992.
Sabe-se que o Supremo Tribunal Federal, quando do julgamento do Mandado
de Segurança nº 20941-DF, interposto pelo Senador José Ignácio e outros, tendo
como autoridade coatora o Presidente do Senado, decidiu:
“Competência do Presidente da Câmara dos Deputados,
no processo de “impeachment”, para o exame liminar da
idoneidade da denúncia popular, que não se reduz à
verificação das formalidades extrínsecas, mas se pode
estender, segundo os votos vencedores, à rejeição
imediata da acusação patentemente inepta ou despida
de justa causa” (grifo nosso) (RTJ, vol. 142, pag. 88/157)

Portanto, in casu, sabe-se que a autoridade coatora tem a competência para


rejeitar preliminarmente denúncias patentemente ineptas, bem como aquelas
que não apresentam prova da materialidade do crime e indícios suficientes de
autoria.
Logo, a impugnação aqui funda-se sobre o argumento de que o Motivo do ato
praticado pela autoridade coatora é falso e inexistente, uma vez que a
autoridade julgou inepta uma denúncia apta, visto que ela descreve clara e
suficientemente o fato criminoso e suas circunstâncias, identifica o acusado e
indica a classificação penal, em consonância como o disposto no art. 41 do CPP,
merecendo, portanto, ser anulado por esta E. Corte Suprema, conforme será
demonstrado abaixo.
III. DO INTERESSE DE AGIR
Aponta-se no presente Mandado de Segurança vício no Motivo do ato praticado
pela autoridade coatora em razão do mesmo ser falso e inexistente. A denúncia
apresentada em face do Vice-Presidente não é inepta e o ato impugnado lesou
o direito do impetrante de participar de um procedimento, o qual pode culminar
no impeachment do Vice-Presidente da República, sendo este o interesse de
agir do impetrante.
Inegável também é a envergadura constitucional da presente ação, algo que
habilita esta Corte Suprema a manifestar-se sobre seu objeto, nos exatos termos
da norma disposta no inciso XXXV do art. 5º da Constituição da República, onde
está estabelecido que “a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão
ou ameaça a direito”.
Esse é o julgado precedente:
“MS 21689 / DF Relator(a): Min. CARLOS VELLOSO
Julgamento: 16/12/1993 Órgão Julgador: Tribunal Pleno
EMENTA: – CONSTITUCIONAL. “IMPEACHMENT”.
CONTROLE JUDICIAL. “IMPEACHMENT” DO
PRESIDENTE DA REPUBLICA. PENA DE INABILITAÇÃO
PARA O EXERCÍCIO DE FUNÇÃO PÚBLICA. C.F., art.
52, paragrafo único. Lei n. 27, de 07.01.1892; Lei n. 30, de
08.01.1892. Lei n. 1.079, de 1950. I. – Controle judicial do
“impeachment”: possibilidade, desde que se alegue lesão
ou ameaça a direito. C.F., art. 5., XXXV. Precedentes do
S.T.F.: MS n. 20.941-DF (RTJ 142/88); MS n. 21.564-DF e
MS n. 21.623-DF. (…)”

IV. DO ART. 38 DA LEI Nº 1079/50 E ART. 41 DO CÓDIGO DE PROCESSO


PENAL
A Lei no 1.079/1950 é o diploma legislativo que define os crimes de
responsabilidade e regula o respectivo processo de julgamento.
Embora seja bastante lacunosa, a própria lei estabelece os instrumentos para o
preenchimento daquilo que deixou de regular.
Assim, nos termos de seu art. 38 pode-se ler:
“no processo e julgamento do Presidente da República e
dos Ministros de Estado, serão subsidiários desta lei,
naquilo em que lhes forem aplicáveis, assim os regimentos
internos da Câmara dos Deputados e do Senado Federal,
como o Código de Processo Penal”. (grifei)

A interpretação dessa norma deve partir do pressuposto de que o


processamento por crime de responsabilidade constitui instrumento de natureza
político-administrativa com enorme repercussão nas estruturas democráticas do
país.
Diversas são as imbricações deste procedimento com os fundamentos de nossa
República, constituída por um Estado Democrático de Direito que tem alicerces
fincados na soberania, na cidadania e na dignidade da pessoa humana.
Por esses motivos, as regras que incidem sobre esse procedimento combinam
o que dispõe a lei no 1.079, de 1950, bem como os Regimentos Internos da
Câmara dos Deputados e do Senado Federal, além do Código de Processo
Penal.
Da análise sistemática das disposições em tela deve-se observar que o vetor
interpretativo a ser abraçado, de acordo com nosso marco constitucional, conduz
à necessidade de harmonização dos procedimentos adotados no processo de
apuração de crime de responsabilidade com as regras processuais penais; A
natureza política do processo de impeachment não tem o condão de afastar as
regras processuais penais deste Estado Democrático de Direito.
Nessa esteira, fica claro que, em face da sistemática processual penal, no
processamento por crime de responsabilidade deve-se respeitar o disposto no
artigo 41 do Código de Processo Penal no que diz respeito ao juízo preliminar
de inépcia da denúncia.
Sabido é que a denúncia só tem capacidade jurídica de instalar ação penal válida
e com potencialidade de produzir eficácia e efetividade quando contém os
elementos determinados pelo artigo 41 do Código de Processo Penal, a saber:
a) Descrição do fato, com todas as circunstâncias;
b) Qualificação do acusado ou fornecimento de dados que
possibilitem a sua identificação;
c) Classificação do crime;
d) Rol de testemunhas;
e) Pedido de condenação;
f) Endereçamento;
g) Nome e assinatura.
Ademais, a denúncia deve especificar fatos concretos, de modo a possibilitar ao
acusado a sua defesa, não podendo se limitar a afirmações de cunho vago.
O Poder Judiciário tem consagrado o entendimento, em homenagem ao devido
processo legal, que o réu se defende de fatos concretos que lhe são imputados
e não da tipificação jurídica que lhes é dada. Essa postura obriga que o Ministério
Público faça narrativa de fatos na denúncia que realmente aconteceram, a fim
de ser identificada a essência da tipificação do delito. No particular, deve o
Ministério Público descrever, com base em realidades acontecidas, os fatos,
podendo até fazê-lo de modo resumido.
O que se exige, contudo, é que a denúncia seja clara, direta, bem estruturada e
precisa, isto é, contendo descrição comedida dos acontecimentos, a fim de não
criar dificuldades para a defesa do acusado.
In Casu, nota-se que a denúncia por crime de responsabilidade do Vice-
presidente da República foi clara, bem estruturada e precisa ao narrar que a
assinatura de 04 (quatro) decretos não-numerados nos dias 26/05/2015 e
07/07/2015, amoldam-se a conduta típica dos no artigo 85, incisos VI e VII da
Constituição da República; nos artigos 4º, incisos VI e 10, números 4 e 6 da Lei
1.079/50, visto que tais decretos abriram crédito suplementar com inobservância
consciente e volitiva de prescrição da Lei 13.115/15 (LOA/15), a qual em seu
artigo 4º autoriza a abertura de créditos suplementares desde que haja
compatibilidade da abertura destes créditos com a obtenção da meta de
resultado primário estabelecida para o exercício de 2015 e sejam observados o
disposto no parágrafo único do Art 8º da LRF.
Se os referidos decretos foram assinados pelo Vice-Presidente antes ou depois
da formalização do não atingimento da meta de superávit, esta é uma análise
de mérito que não cabe à autoridade coatora realizar em seu juízo
preliminar, o qual, conforme jurisprudência assentada neste E. Tribunal, para o
exame liminar da idoneidade da denúncia popular, tal exame não se reduz à
verificação das formalidades extrínsecas, mas se pode estender, segundo os
votos vencedores, à rejeição imediata da acusação patentemente inepta ou
despida de justa causa”
Desnecessário, portanto, seria repetir aqui que a denúncia apresentada em
21/12/2015 não é patentemente inepta, uma vez que nela encontram-se
presentes TODOS os elementos determinados pelo artigo 41 do Código de
Processo Penal, que se aplica ao processamento de crime de
responsabilidade subsidiariamente por força do Art 38 da Lei 1079/50.
A autoridade coatora, portanto, apresentou motivo falso e inexistente para
justificar o Ato, vício insanável, sendo que agiu também com Excesso de Poder,
visto que não tem autorização para realizar um juízo de mérito da denúncia,
razões pelas quais seu Ato ser anulado por esta E. Corte Suprema.
V. DO EXAME DAS CONDIÇÕES NECESSÁRIAS AO RECEBIMENTO DA
DENÚNCIA - ART. 43 DO CÓDIGO DE PROCESSO PENAL
O conceituado Pontes de Miranda doutrina que os princípios que
regem a responsabilização do Presidente da República são princípios de direito
constitucional e princípios de direito processual. Ensina, ainda, que a natureza
da denúncia penal, é de pressuposto de admissibilidade da demanda penal,
como a caução às custas, e entra na classe dos “pressupostos jurídicos da ação
penal” de E. Beling, ou dos “pressupostos processuais de direito penal”, de
James Goldschmidt, ou dos “pressupostos de perseguibilidade” de
Wilhelm Sauer.
O art. 43 do Código de Processo Penal determina que a denúncia ou queixa será
rejeitada quando: I - O fato narrado evidentemente não constituir crime; II - Já
estiver extinta a punibilidade, pela prescrição ou outra causa; III - for manifesta
a ilegitimidade da parte ou faltar condição exigida pela lei para o exercício da
ação penal.
Ao comentar mencionada disposição legal, assim se expõe Hélio Tornaghi:
“O primeiro caso de rejeição previsto no art. 43 é aquele
em que o fato narrado na denúncia ou queixa não constitui
crime em tese. Refere-se a lei ao fato atípico, ao fato que
não se conforma com nenhuma figura de crime descrita
em lei. De acordo com o art. 1º do Cód. Penal - nullum
crimen sine lege - nenhum fato constitui crime se não está
descrito na lei como tal” (Comentários ao Código de
Processo Penal v. I, t. 2º, Edição Revista Forense, Rio de
Janeiro, 1956, p. 86)”.

O eminente processualista em sua citada obra, coloca a necessidade da


narração dos fatos com todas as circunstâncias, devendo ser uma exposição
minuciosa não apenas do fato infringente da lei como também de todos os fatos
que o cercaram, não somente de seus acidentes, mas ainda das causas, efeitos,
condições, ocasião, antecedentes e consequentes.
O crime de responsabilidade pressupõe, em primeiro lugar, a denúncia do ato,
para permitir seu enquadramento, e, segundo a lei, a denúncia é ampla; Poderá
ser exercida por qualquer cidadão. Esta legitimidade processual para o exercício
da denúncia corresponde à iniciativa deflagradora do processo de
responsabilidade.
Ao se falar de denúncia ampla não se justifica a acolhida de qualquer denúncia.
Esta, no crime de responsabilidade, pressupõe o atendimento de requisitos
prévios, que a lei especifica, para evitar manifestações caprichosas, emulativas
ou estrepitosas.
Os que querem colher notoriedade através de denúncia não encontrarão aí seu
campo próprio. A denúncia deve ser instruída com documento e amparada pela
certeza do ato. Daí a impossibilidade de denúncia simulada ou fantasiosa, sem
apoio nos fatos.
Este é o primeiro ato do processo de responsabilidade. O segundo momento é
o do recebimento da denúncia, o qual não envolve qualquer juízo sobre o mérito.
A denúncia, entretanto, somente será apta se preencher os requisitos legais,
requisitos estes que são encontrados na denúncia protocolada em 21/12/2015
em face do Vice-Presidente da República, que no exercício da Presidência da
República realizou conduta típica de crime de responsabilidade.

VI. DA LIMINAR
Presente o fumus boni iuris, acima apresentado, cabe ressaltar a imperiosa
necessidade de concessão de medida liminar, em razão do periculum in mora.
O periculum in mora encontra-se materializado no fato que dentre os pedidos
da denúncia protocolada em 21/12/2015 encontrava-se o pedido para que ela a
denúncia em face do Vice-Presidente fosse apensada à denúncia já recebida em
face da Presidente Dilma Rousseff no dia 02/12/2015, haja vista conexão da
matéria e acervo probatório comum.
Portanto, considerando que processamento da denúncia em face de Dilma
Rousseff iniciou-se recentemente na Câmara dos Deputados, e que ainda há
tempo para que a denúncia em face de Michel Temer seja apensada a ela, para
que assim seja tudo analisado pela comissão especial da Câmara, bem como
posteriormente pelo plenário da Câmara, nota-se que o perigo na demora poderá
acarretar dois pedidos de impeachment tramitando na Câmara ao contrário de
apenas um, algo que sem dúvida não traz qualquer benefício para o país,
independentemente do desfecho.
Por isso, objetivando a celeridade do processo, máxima eficiência, economia
processual, e menor desgaste para o país, sem dúvida melhor será que os dois
pedidos de impeachment sejam processados e julgados juntos, haja vista
conexão da matéria e acervo probatório comum.
Desta forma, pede-se concessão de medida liminar suspendendo liminarmente
o processamento da denúncia que neste momento tramita em face da Presidente
da República na comissão especial da Câmara dos Deputados, enquanto estiver
pendente de decisão de mérito do presente Mandado de Segurança.
É difícil mensurar a magnitude do impacto político-econômico-social que a
instauração de um processo de impeachment acarreta. Com segurança, pela
experiência do país em 1992, sabe-se apenas que é enorme; Certamente o país
precisará de meses, senão anos, para recompor-se, independentemente do
desfecho do processo.
Por isso, cabe a esta Suprema Corte, diante da ilegalidade que configura o não
recebimento da uma denúncia perfeitamente apta como se ela fosse inepta,
lesando direito líquido e certo do impetrante, qual seja participar de um
procedimento, o qual pode culminar no impeachment do Vice-Presidente da
República, cabe a esta Suprema Corte atuar de maneira célere para que não
tenhamos no país dois processos de impeachment seguidos em tão curto espaço
de tempo.
Portanto, o mínimo que se exige, diante de tão extremo cenário, é parcimônia.

VII. DO PEDIDO
Pelo exposto, requer-se:
1. A concessão de medida liminar suspendendo o processamento da denúncia
que tramita na Câmara dos Deputados em face da Presidente da República até
o julgamento do mérito deste mandado de segurança, haja vista conexão da
matéria e acervo probatório comum, bem como a celeridade do processo,
máxima eficiência, economia processual, e menor desgaste para o país.
2. A notificação da autoridade impetrada para prestar informações no prazo legal;
3. A oitiva do representante do Ministério Público;
4. No mérito, a concessão da segurança para anular a decisão que se fundou
em motivo falso e inexistente para deixar de receber a denúncia por crime de
responsabilidade contra o Vice-Presidente da República, determinando que a
autoridade coatora realize juízo preliminar quanto a inépcia da denúncia nos
limites da lei, aplicando subsidiariamente ao processamento de crime de
responsabilidade da Lei 1079/50 o código de processo penal, nos termos do art.
38 da lei nº 1079/50 e art. 41 e 43 do código de processo penal.
Dá-se à causa o valor de R$ 108,00 (cento e oito reais) para efeitos fiscais.

Termos em que pede deferimento,


Belo Horizonte, 29 de março de 2016.

MARIEL MARLEY MARRA


OAB/MG 157.240

Você também pode gostar