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Legislação Especial – Lei de Execução Penal 1

Lei nº 7.210, de 11 de julho de 1984.


SUMÁRIO
LEI DE EXECUÇÃO PENAL LEI Nº 7.210/84 ................................................................................4
1. DO OBJETO E DA APLICAÇÃO DA LEI DE EXECUÇÃO PENAL ...........................................4
2. DO CONDENADO E DO INTERNADO ...............................................................................5
2.1 Assistência ................................................................................................................5
2.2 Deveres E Direitos.....................................................................................................9
2.3 Da Disciplina............................................................................................................12
2.4 Sanções E Recompensas .........................................................................................15
3. DOS ÓRGÃOS DA EXECUÇÃO PENAL .............................................................................16
3.1 Do Conselho Nacional De Política Criminal E Penitenciária ..................................17
3.2 Do Juízo Da Execução .............................................................................................18
3.3 Do Ministério Público .............................................................................................19
3.4 Do Conselho Penitenciário .....................................................................................20
3.5 Do Departamento Penitenciário Nacional .............................................................20
3.6 Do Departamento Penitenciário Local ...................................................................21
3.7 Do Patronato...........................................................................................................22
3.8 Do Conselho Da Comunidade.................................................................................22
3.9 Da Defensoria Pública.............................................................................................23
4. DOS ESTABELECIMENTOS PENAIS .................................................................................24
4.1 Da Penitenciária ......................................................................................................26
4.2 Da Colônia Agrícola, Industrial Ou Similar .............................................................27
4.3 Da Casa Do Albergado ............................................................................................27
4.4 Do Centro De Observação ......................................................................................27
4.5 Do Hospital De Custódia E Tratamento Psiquiátrico .............................................28
4.6 Da Cadeia Pública ...................................................................................................28
5. DA EXECUÇÃO DAS PENAS EM ESPÉCIE ........................................................................28
5.1 Das Penas Privativas De Liberdade ........................................................................28
5.2 Dos Regimes............................................................................................................29
5.3 Das Autorizações De Saída .....................................................................................32
5.4 Da Remição .............................................................................................................34

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5.5 Do Livramento Condicional ....................................................................................35
5.6 Da Monitoração Eletrônica ....................................................................................38
6. DAS PENAS RESTRITIVAS DE DIREITOS ..........................................................................38
6.1 Da Pena De Multa ...................................................................................................40
7. DA EXECUÇÃO DAS MEDIDAS DE SEGURANÇA ............................................................41
7.1 Da Cessação Da Periculosidade ..............................................................................42
8. DOS INCIDENTES DE EXECUÇÃO ...................................................................................42
8.1 Das Conversões .......................................................................................................42
8.2 Do Excesso Ou Desvio .............................................................................................43
8.3 Da Anistia E Do Indulto ...........................................................................................44
9. DO PROCEDIMENTO JUDICIAL ......................................................................................44
10. DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS ...............................................................45
QUESTÕES ................................................................................................................................46
GABARITO ................................................................................................................................63

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LEI DE EXECUÇÃO PENAL LEI Nº 7.210/84

1. DO OBJETO E DA APLICAÇÃO DA LEI DE EXECUÇÃO PENAL

Art. 1º A execução penal tem por objetivo efetivar as disposições de


sentença ou decisão criminal e proporcionar condições para a harmônica
integração social do condenado e do internado.
✓ Efetivar as disposições de sentença ou decisão criminal
✓ Proporcionar condições para a harmônica integração social
✓ Atinge o condenado e o internado
Foi adotada pela LEP a teoria mista ou eclética: a pena é retributiva e busca prevenir e
humanizar.
Art. 2º A jurisdição penal dos Juízes ou Tribunais da Justiça ordinária, em
todo o Território Nacional, será exercida, no processo de execução, na
conformidade desta Lei e do Código de Processo Penal.

Parágrafo único. Esta Lei aplicar-se-á igualmente ao preso provisório e ao


condenado pela Justiça Eleitoral ou Militar, quando recolhido a
estabelecimento sujeito à jurisdição ordinária.
A LEP será aplicada tanto na jurisdição penal ORDINÁRIA, justiça estadual ou federal, como
na jurisdição penal ESPECIAL, provisório ou ao condenado pela Justiça Eleitoral ou
Militar, quando recolhido a estabelecimento sujeito à jurisdição ordinária

Súmula 192 do STJ: Compete ao Juízo das Execuções Penais do Estado a


execução das penas impostas a sentenciados pela Justiça Federal, Militar
ou Eleitoral, quando recolhidos a estabelecimentos sujeitos a
Administração Estadual. (Súmula 192, TERCEIRA SEÇÃO, julgado em
25/06/1997, DJ 01/08/1997)
Caso seja condenado pela Justiça Estadual e cumpra pena em presídio federal, a
competência será do Juízo de Execuções Penais Federal.
Art. 3º Ao condenado e ao internado serão assegurados todos os direitos
não atingidos pela sentença ou pela lei.
Parágrafo único. Não haverá qualquer distinção de natureza racial, social,
religiosa ou política.

Art. 4º O Estado deverá recorrer à cooperação da comunidade nas


atividades de execução da pena e da medida de segurança.

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2. DO CONDENADO E DO INTERNADO

Classificação do condenado
• Serão classificados segundo seus antecedentes e personalidade
o Serve para orientar a individualização da execução penal
• Feita por Comissão Técnica de Classificação (CTC)
o Quando a pena for de privativa de liberdade, a composição da CTC será:
▪ Presidente: Diretor Penitenciário e composta, no mínimo:
▪ por 2 chefes de serviço
▪ 1 psiquiatra
▪ 1 psicólogo
▪ 1 assistente social, quando se tratar de condenado à pena privativa de
liberdade
o Nos demais casos, a Comissão atuará junto ao Juízo da Execução e será
integrada por fiscais do serviço social
• Identificação por DNA: condenados por crime doloso com violência de natureza
grave contra pessoa ou hediondos

Art. 5º Os condenados serão classificados, segundo os seus antecedentes


e personalidade, para orientar a individualização da execução penal.
Art. 6o A classificação será feita por Comissão Técnica de Classificação que
elaborará o programa individualizador da pena privativa de liberdade
adequada ao condenado ou preso provisório.
Art. 7º A Comissão Técnica de Classificação, existente em cada
estabelecimento, será presidida pelo diretor e composta, no mínimo, por 2
(dois) chefes de serviço, 1 (um) psiquiatra, 1 (um) psicólogo e 1 (um)
assistente social, quando se tratar de condenado à pena privativa de
liberdade.

Parágrafo único. Nos demais casos a Comissão atuará junto ao Juízo da


Execução e será integrada por fiscais do serviço social.

2.1 ASSISTÊNCIA

A assistência penitenciaria é dever do Estado e estende-se ao egresso.


Art. 26. Considera-se egresso para os efeitos desta Lei:

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I - o liberado definitivo, pelo prazo de 1 (um) ano a contar da saída do
estabelecimento;
II - o liberado condicional, durante o período de prova.

TIPOS DE ASSISTÊNCIA

• Material: alimentação, vestuário e instalações higiênicas


• Saúde: médico, farmacêutico e odontológico (não prevê psicológico)
• Jurídica: constituir advogado para os sem recursos financeiros
• Educacional: instrução escolar (1º grau obrigatório) e a formação profissional
• Social: finalidade amparar e preparar para o retorno à liberdade
• Religiosa: a participação nos serviços organizados no estabelecimento penal, bem
como a posse de livros de instrução religiosa

ASSISTÊNCIA AO EGRESSO

• Orientação e apoio para reintegrá-lo à vida em liberdade


• Se necessário, concessão de alojamento e alimentação, em estabelecimento
adequado, pelo prazo de 2 meses (pode ser prorrogado uma única vez).

Art. 25. A assistência ao egresso consiste:


I - na orientação e apoio para reintegrá-lo à vida em liberdade;

II - na concessão, se necessário, de alojamento e alimentação, em


estabelecimento adequado, pelo prazo de 2 (dois) meses.

Parágrafo único. O prazo estabelecido no inciso II poderá ser prorrogado


uma única vez, comprovado, por declaração do assistente social, o
empenho na obtenção de emprego.

Art. 27.O serviço de assistência social colaborará com o egresso para a


obtenção de trabalho.

TRABALHO

• Finalidade educativa e produtiva.


• Remunerado, mediante prévia tabela, não podendo ser inferior a 3/4 do salário
mínimo.
• Prestação de serviço à comunidade não será remunerada.

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Art. 28. O trabalho do condenado, como dever social e condição de
dignidade humana, terá finalidade educativa e produtiva.
§ 1º Aplicam-se à organização e aos métodos de trabalho as precauções
relativas à segurança e à higiene.
§ 2º O trabalho do preso não está sujeito ao regime da Consolidação das
Leis do Trabalho.

Art. 29. O trabalho do preso será remunerado, mediante prévia tabela, não
podendo ser inferior a 3/4 (três quartos) do salário mínimo.

§ 1° O produto da remuneração pelo trabalho deverá atender:


a) à indenização dos danos causados pelo crime, desde que determinados
judicialmente e não reparados por outros meios;

b) à assistência à família;
c) a pequenas despesas pessoais;
d) ao ressarcimento ao Estado das despesas realizadas com a manutenção
do condenado, em proporção a ser fixada e sem prejuízo da destinação
prevista nas letras anteriores.
§ 2º Ressalvadas outras aplicações legais, será depositada a parte restante
para constituição do pecúlio, em Caderneta de Poupança, que será
entregue ao condenado quando posto em liberdade.
Art. 30. As tarefas executadas como prestação de serviço à comunidade
não serão remuneradas.

TRABALHO INTERNO

• Condenado à pena privativa de liberdade está obrigado ao trabalho na medida de


suas aptidões e capacidade.
• Para o preso provisório, o trabalho não é obrigatório e só poderá ser executado no
interior do estabelecimento.
• Os órgãos da Administração Pública adquirirão, com dispensa de concorrência
pública, os bens ou produtos do trabalho prisional, sempre que não for possível ou
recomendável realizar-se a venda a particulares.

Art. 31. O condenado à pena privativa de liberdade está obrigado ao


trabalho na medida de suas aptidões e capacidade.

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Parágrafo único. Para o preso provisório, o trabalho não é obrigatório e só
poderá ser executado no interior do estabelecimento.
Art. 32. Na atribuição do trabalho deverão ser levadas em conta a
habilitação, a condição pessoal e as necessidades futuras do preso, bem
como as oportunidades oferecidas pelo mercado.
§ 1º Deverá ser limitado, tanto quanto possível, o artesanato sem
expressão econômica, salvo nas regiões de turismo.
§ 2º Os maiores de 60 (sessenta) anos poderão solicitar ocupação
adequada à sua idade.
§ 3º Os doentes ou deficientes físicos somente exercerão atividades
apropriadas ao seu estado.

Art. 33. A jornada normal de trabalho não será inferior a 6 (seis) nem
superior a 8 (oito) horas, com descanso nos domingos e feriados.
Parágrafo único. Poderá ser atribuído horário especial de trabalho aos
presos designados para os serviços de conservação e manutenção do
estabelecimento penal.
Art. 34. O trabalho poderá ser gerenciado por fundação, ou empresa
pública, com autonomia administrativa, e terá por objetivo a formação
profissional do condenado.
§ 1o. Nessa hipótese, incumbirá à entidade gerenciadora promover e
supervisionar a produção, com critérios e métodos empresariais,
encarregar-se de sua comercialização, bem como suportar despesas,
inclusive pagamento de remuneração adequada.

§ 2o Os governos federal, estadual e municipal poderão celebrar convênio


com a iniciativa privada, para implantação de oficinas de trabalho
referentes a setores de apoio dos presídios.

Art. 35. Os órgãos da Administração Direta ou Indireta da União, Estados,


Territórios, Distrito Federal e dos Municípios adquirirão, com dispensa de
concorrência pública, os bens ou produtos do trabalho prisional, sempre
que não for possível ou recomendável realizar-se a venda a particulares.
Parágrafo único. Todas as importâncias arrecadadas com as vendas
reverterão em favor da fundação ou empresa pública a que alude o artigo
anterior ou, na sua falta, do estabelecimento penal.

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TRABALHO EXTERNO

• Será admissível para os presos em regime fechado somente em serviço ou obras


públicas realizadas por órgãos da Administração Direta ou Indireta, ou entidades
privadas, desde que tomadas as cautelas contra a fuga e em favor da disciplina.
Art. 36. O trabalho externo será admissível para os presos em regime
fechado somente em serviço ou obras públicas realizadas por órgãos da
Administração Direta ou Indireta, ou entidades privadas, desde que
tomadas as cautelas contra a fuga e em favor da disciplina.

§ 1º O limite máximo do número de presos será de 10% (dez por cento) do


total de empregados na obra.
§ 2º Caberá ao órgão da administração, à entidade ou à empresa
empreiteira a remuneração desse trabalho.
§ 3º A prestação de trabalho à entidade privada depende do
consentimento expresso do preso.

Art. 37. A prestação de trabalho externo, a ser autorizada pela direção do


estabelecimento, dependerá de aptidão, disciplina e responsabilidade,
além do cumprimento mínimo de 1/6 (um sexto) da pena.

Parágrafo único. Revogar-se-á a autorização de trabalho externo ao preso


que vier a praticar fato definido como crime, for punido por falta grave, ou
tiver comportamento contrário aos requisitos estabelecidos neste artigo.

2.2 DEVERES E DIREITOS

DEVERES

Cumpre ao condenado, além das obrigações legais inerentes ao seu estado, submeter-se às
normas de execução da pena.

Art. 39. Constituem deveres do condenado:


I - comportamento disciplinado e cumprimento fiel da sentença;
II - obediência ao servidor e respeito a qualquer pessoa com quem deva
relacionar-se;
III - urbanidade e respeito no trato com os demais condenados;

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IV - conduta oposta aos movimentos individuais ou coletivos de fuga ou de
subversão à ordem ou à disciplina;
V - execução do trabalho, das tarefas e das ordens recebidas;

VI - submissão à sanção disciplinar imposta;


VII - indenização à vitima ou aos seus sucessores;
VIII - indenização ao Estado, quando possível, das despesas realizadas com
a sua manutenção, mediante desconto proporcional da remuneração do
trabalho;

IX - higiene pessoal e asseio da cela ou alojamento;


X - conservação dos objetos de uso pessoal.
Parágrafo único. Aplica-se ao preso provisório, no que couber, o disposto
neste artigo.

DIREITOS

Art. 40 - Impõe-se a todas as autoridades o respeito à integridade física e


moral dos condenados e dos presos provisórios.
Art. 41 - Constituem direitos do preso:
I - alimentação suficiente e vestuário;

II - atribuição de trabalho e sua remuneração;


III - Previdência Social;
IV - constituição de pecúlio;

V - proporcionalidade na distribuição do tempo para o trabalho, o


descanso e a recreação;
VI - exercício das atividades profissionais, intelectuais, artísticas e
desportivas anteriores, desde que compatíveis com a execução da pena;
VII - assistência material, à saúde, jurídica, educacional, social e religiosa;
VIII - proteção contra qualquer forma de sensacionalismo;

IX - entrevista pessoal e reservada com o advogado;

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X - visita do cônjuge, da companheira, de parentes e amigos em dias
determinados;
XI - chamamento nominal;

XII - igualdade de tratamento salvo quanto às exigências da


individualização da pena;
XIII - audiência especial com o diretor do estabelecimento;

XIV - representação e petição a qualquer autoridade, em defesa de direito;


XV - contato com o mundo exterior por meio de correspondência escrita,
da leitura e de outros meios de informação que não comprometam a moral
e os bons costumes.
XVI – atestado de pena a cumprir, emitido anualmente, sob pena da
responsabilidade da autoridade judiciária competente.
Parágrafo único. Os direitos previstos nos incisos V, X e XV poderão ser
suspensos ou restringidos mediante ato motivado do diretor do
estabelecimento.
Mediante ato motivado do diretor penitenciário, poderão ser suspensos ou restringidos:
• Proporcionalidade na distribuição do tempo para o trabalho, o descanso e a
recreação;
• Visita do cônjuge, da companheira, de parentes e amigos em dias determinados;
• Contato com o mundo exterior por meio de correspondência escrita, da leitura e de
outros meios de informação que não comprometam a moral e os bons costumes.
Art. 42 - Aplica-se ao preso provisório e ao submetido à medida de
segurança, no que couber, o disposto nesta Seção.
Art. 43 - É garantida a liberdade de contratar médico de confiança pessoal
do internado ou do submetido a tratamento ambulatorial, por seus
familiares ou dependentes, a fim de orientar e acompanhar o tratamento.
Parágrafo único. As divergências entre o médico oficial e o particular serão
resolvidas pelo Juiz da execução.

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2.3 DA DISCIPLINA

Estão sujeitos à disciplina o condenado à pena privativa de liberdade ou restritiva de


direitos e o preso provisório. Não haverá falta nem sanção disciplinar sem expressa e
anterior previsão legal ou regulamentar (Princípio da Anterioridade e Reserva Legal)
As sanções não poderão colocar em perigo a integridade física e moral do condenado. É
vedado o emprego de cela escura e sanções coletivas (aplicadas a vários presos
indistintamente).
O condenado será cientificado das normas disciplinares. Cabendo o poder disciplinar à
autoridade administrativa conforme as disposições regulamentares.
Nas faltas graves, a autoridade representará ao Juiz da execução nos casos:
Art. 118. [...] I - praticar fato definido como crime doloso ou falta grave;
Art. 125. O benefício será automaticamente revogado quando o condenado
praticar fato definido como crime doloso, for punido por falta grave,
desatender as condições impostas na autorização ou revelar baixo grau de
aproveitamento do curso.

Art. 127. Em caso de falta grave, o juiz poderá revogar até 1/3 (um terço)
do tempo remido, observado o disposto no art. 57, recomeçando a
contagem a partir da data da infração disciplinar.

Art. 181. [...]§ 1º A pena de prestação de serviços à comunidade será


convertida quando o condenado:
a) não for encontrado por estar em lugar incerto e não sabido, ou
desatender a intimação por edital;
d) praticar falta grave;
e) sofrer condenação por outro crime à pena privativa de liberdade, cuja
execução não tenha sido suspensa.
§ 2º A pena de limitação de fim de semana será convertida quando o
condenado não comparecer ao estabelecimento designado para o
cumprimento da pena, recusar-se a exercer a atividade determinada pelo
Juiz ou se ocorrer qualquer das hipóteses das letras "a", "d" e "e" do
parágrafo anterior.

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FALTAS GRAVES

As faltas disciplinares classificam-se em leves, médias e graves. A legislação local


especificará as leves e médias, bem assim as respectivas sanções.
A tentativa é punida com a sanção correspondente à falta consumada.

Falta grave cometidas pelo CONDENADO À PENA PRIVATIVA de liberdade e pelo PRESO
PROVISÓRIO:
I - incitar ou participar de movimento para subverter a ordem ou a disciplina;
II - fugir;
III - possuir, indevidamente, instrumento capaz de ofender a integridade física de outrem;
IV - provocar acidente de trabalho;
V - descumprir, no regime aberto, as condições impostas;
VI - inobservar os deveres previstos nos incisos II e V, do artigo 39, desta Lei.
Art. 39. Constituem deveres do condenado: [...]
II - obediência ao servidor e respeito a qualquer pessoa com quem deva
relacionar-se; [...]
V - execução do trabalho, das tarefas e das ordens recebidas;
VII – tiver em sua posse, utilizar ou fornecer aparelho telefônico, de rádio ou similar, que
permita a comunicação com outros presos ou com o ambiente externo.
VIII - recusar submeter-se ao procedimento de identificação do perfil genético.

Falta grave cometida pelo o CONDENADO À PENA RESTRITIVA DE DIREITOS:


I - descumprir, injustificadamente, a restrição imposta;
II - retardar, injustificadamente, o cumprimento da obrigação imposta;

III - inobservar os deveres previstos nos incisos II e V, do artigo 39, desta


Lei.
Atualizações importantes trazidas pelo Pacote Anticrime
A prática de fato previsto como crime doloso constitui falta grave e, quando ocasionar
subversão da ordem ou disciplina internas (rebelião), sujeitará o preso provisório, ou
condenado, nacional ou estrangeiro, sem prejuízo da sanção penal, ao regime disciplinar
diferenciado (RDD), com as seguintes características:

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I - duração máxima do RDD de até 2 anos, sem prejuízo de repetição da sanção por nova
falta grave de mesma espécie
II - recolhimento em cela individual
III - visitas quinzenais, de 2 pessoas por vez, com duração de 2 horas
• Realizadas em instalações equipadas para impedir o contato físico e a passagem de
objetos.
• A visita será gravada em sistema de áudio ou de áudio e vídeo e, com autorização
judicial, fiscalizada por agente penitenciário.
• Após os primeiros 6 meses, o preso que não receber a visita poderá, após prévio
agendamento, ter contato telefônico, que será gravado, com uma pessoa da família,
2 vezes por mês e por 10 minutos.
IV - saída da cela por 2 horas diárias para banho de sol, em grupos de até 4 presos, desde
que não haja contato com presos do mesmo grupo criminoso
V - entrevistas sempre monitoradas, exceto aquelas com seu defensor
• Em instalações equipadas para impedir o contato físico e a passagem de objetos,
salvo expressa autorização judicial em contrário.
VI - fiscalização do conteúdo da correspondência
VII - participação em audiências judiciais preferencialmente por videoconferência,
garantindo-se a participação do defensor no mesmo ambiente do preso.
O RDD também será aplicado aos presos provisórios ou condenados, nacionais ou
estrangeiros:
I - que apresentem alto risco para a ordem e a segurança do estabelecimento penal ou da
sociedade;
II - sob os quais recaiam fundadas suspeitas de envolvimento ou participação, a qualquer
título, em organização criminosa, associação criminosa ou milícia privada,
independentemente da prática de falta grave.

RDD obrigatoriamente cumprido em estabelecimento prisional federal:


✓ indícios de liderança em organização criminosa, associação criminosa ou milícia
privada; ou
✓ atuação criminosa em 2 ou mais Estados da Federação

Na hipótese anteriores, o RDD poderá ser prorrogado sucessivamente, por períodos de 1


ano, existindo indícios de que o preso:

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I - continua apresentando alto risco para a ordem e a segurança do estabelecimento penal
de origem ou da sociedade
II - mantém os vínculos com organização criminosa, associação criminosa ou milícia
privada, considerados também o perfil criminal e a função desempenhada por ele no grupo
criminoso, a operação duradoura do grupo, a superveniência de novos processos criminais
e os resultados do tratamento penitenciário.
O RDD na Penitenciária Federal deverá contar com alta segurança interna e externa,
principalmente no que diz respeito à necessidade de se evitar contato do preso com
membros de sua organização criminosa, associação criminosa ou milícia privada, ou de
grupos rivais.

2.4 SANÇÕES E RECOMPENSAS

São sanções disciplinares:


I - advertência verbal
II - repreensão;
III - suspensão ou restrição de direitos (artigo 41, parágrafo único);
IV - isolamento na própria cela, ou em local adequado, nos estabelecimentos que possuam
alojamento coletivo, observado o disposto no artigo 88 desta Lei.
V - inclusão no RDD (prévio e fundamentado despacho do juiz competente.)
As sanções serão aplicadas por ato motivado do diretor do estabelecimento e no caso de
RDD, por prévio e fundamentado despacho do juiz competente.
A autorização para a inclusão do preso em regime disciplinar (não confundir com RDD)
dependerá de requerimento circunstanciado elaborado pelo diretor do estabelecimento ou
outra autoridade administrativa.
A decisão judicial sobre inclusão de preso em regime disciplinar (não confundir com RDD)
será precedida de manifestação do Ministério Público e da defesa e prolatada no prazo
máximo de 15 dias.

As recompensas têm em vista o bom comportamento reconhecido em favor do condenado,


de sua colaboração com a disciplina e de sua dedicação ao trabalho.
São recompensas:
I - o elogio;
II - a concessão de regalias.

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A legislação local e os regulamentos estabelecerão a natureza e a forma de concessão de
regalias.

DA APLICAÇÃO DAS SANÇÕES

Na aplicação das sanções disciplinares, levar-se-ão em conta:


• a natureza do fato
• os motivos
• as circunstâncias
• conseqüências do fato
• a pessoa do faltoso
• tempo de prisão
Nas faltas graves, aplicam-se as sanções:
✓ suspensão ou restrição de direitos
✓ isolamento na própria cela, ou em local adequado, nos estabelecimentos que
possuam alojamento coletivo
✓ inclusão no RDD
O isolamento, a suspensão e a restrição de direitos não poderão exceder a 30 dias, exceto
na hipótese do RDD. O isolamento será sempre comunicado ao Juiz da execução.

DO PROCEDIMENTO DISCIPLINAR

Praticada a falta disciplinar, deverá ser instaurado o procedimento para sua apuração. A
decisão do procedimento de apuração da falta será motivada pela autoridade competente.
A autoridade administrativa poderá decretar o isolamento preventivo do faltoso
pelo prazo de até 10 dias. A inclusão do preso no RDD dependerá de despacho do juiz
competente.
O tempo de isolamento ou inclusão preventiva no RDD será computado no período de
cumprimento da sanção disciplinar.

3. DOS ÓRGÃOS DA EXECUÇÃO PENAL

São órgãos da execução penal:


• Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária (CNPCP);
• Juízo da Execução;

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• Ministério Público;
• Conselho Penitenciário;
• Departamentos Penitenciários;
• Patronato;
• Conselho da Comunidade.
• Defensoria Pública

3.1 DO CONSELHO NACIONAL DE POLÍTICA CRIMINAL E PENITENCIÁRIA

O Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária é subordinado ao Ministério da


Justiça e tem sede na Capital da República.
Membros do Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária
➢ São 13 membros
➢ São designados por ato do Ministério da Justiça
o Dentre professores e profissionais da área do Direito Penal, Processual Penal,
Penitenciário e ciências correlatas;
o Representantes da comunidade; e
o Ministérios da área social.
O mandato dos membros do Conselho terá duração de 2 anos, renovado 1/3 em cada ano.
As incumbências do Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária, no exercício de
suas atividades, em âmbito federal ou estadual, são:
• propor diretrizes da política criminal quanto à prevenção do delito, administração
da Justiça Criminal e execução das penas e das medidas de segurança;
• contribuir na elaboração de planos nacionais de desenvolvimento, sugerindo as
metas e prioridades da política criminal e penitenciária;
• promover a avaliação periódica do sistema criminal para a sua adequação às
necessidades do País;
• estimular e promover a pesquisa criminológica;
• elaborar programa nacional penitenciário de formação e aperfeiçoamento do
servidor;
• estabelecer regras sobre a arquitetura e construção de estabelecimentos penais e
casas de albergados;
• estabelecer os critérios para a elaboração da estatística criminal;
• inspecionar e fiscalizar os estabelecimentos penais, bem assim informar-se,
mediante relatórios do Conselho Penitenciário, requisições, visitas ou outros meios,
acerca do desenvolvimento da execução penal nos Estados, Territórios e Distrito
Federal, propondo às autoridades dela incumbida as medidas necessárias ao seu
aprimoramento;

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• representar ao Juiz da execução ou à autoridade administrativa para instauração de
sindicância ou procedimento administrativo, em caso de violação das normas
referentes à execução penal;
• representar à autoridade competente para a interdição, no todo ou em parte, de
estabelecimento penal.

3.2 DO JUÍZO DA EXECUÇÃO

A execução penal competirá ao Juiz indicado na lei local de organização judiciária e, na sua
ausência, ao da sentença.
Art. 66. Compete ao Juiz da execução:
I - aplicar aos casos julgados lei posterior que de qualquer modo favorecer
o condenado;
II - declarar extinta a punibilidade;
III - decidir sobre:

a) soma ou unificação de penas;


b) progressão ou regressão nos regimes;

c) detração e remição da pena;


d) suspensão condicional da pena;
e) livramento condicional;

f) incidentes da execução.
IV - autorizar saídas temporárias;
V - determinar:

a) a forma de cumprimento da pena restritiva de direitos e fiscalizar sua


execução;
b) a conversão da pena restritiva de direitos e de multa em privativa de
liberdade;
c) a conversão da pena privativa de liberdade em restritiva de direitos;
d) a aplicação da medida de segurança, bem como a substituição da pena
por medida de segurança;

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e) a revogação da medida de segurança;
f) a desinternação e o restabelecimento da situação anterior;
g) o cumprimento de pena ou medida de segurança em outra comarca;

h) a remoção do condenado na hipótese prevista no § 1º, do artigo 86, desta


Lei.
VI - zelar pelo correto cumprimento da pena e da medida de segurança;

VII - inspecionar, mensalmente, os estabelecimentos penais, tomando


providências para o adequado funcionamento e promovendo, quando for o
caso, a apuração de responsabilidade;
VIII - interditar, no todo ou em parte, estabelecimento penal que estiver
funcionando em condições inadequadas ou com infringência aos
dispositivos desta Lei;
IX - compor e instalar o Conselho da Comunidade.
X – emitir anualmente atestado de pena a cumprir.

3.3 DO MINISTÉRIO PÚBLICO

O Ministério Público fiscalizará a execução da pena e da medida de segurança, oficiando


no processo executivo e nos incidentes da execução.
Art. 68. Incumbe, ainda, ao Ministério Público:

I - fiscalizar a regularidade formal das guias de recolhimento e de


internamento;
II - requerer:

a) todas as providências necessárias ao desenvolvimento do processo


executivo;
b) a instauração dos incidentes de excesso ou desvio de execução;

c) a aplicação de medida de segurança, bem como a substituição da pena


por medida de segurança;
d) a revogação da medida de segurança;

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e) a conversão de penas, a progressão ou regressão nos regimes e a
revogação da suspensão condicional da pena e do livramento condicional;
f) a internação, a desinternação e o restabelecimento da situação anterior.

III - interpor recursos de decisões proferidas pela autoridade judiciária,


durante a execução.
Parágrafo único. O órgão do Ministério Público visitará mensalmente os
estabelecimentos penais, registrando a sua presença em livro próprio.

3.4 DO CONSELHO PENITENCIÁRIO

O é órgão consultivo e fiscalizador da execução da pena.


Membros do Conselho Penitenciário:
➢ Nomeados pelo Governador do Estado, do Distrito Federal e dos Territórios
➢ Dentre professores e profissionais da área do Direito Penal, Processual Penal,
Penitenciário e ciências correlatas, bem como por representantes da comunidade.
➢ A legislação federal e estadual regulará o seu funcionamento.
O mandato dos membros do Conselho Penitenciário terá a duração de 4 anos.

Art. 70. Incumbe ao Conselho Penitenciário:


I - emitir parecer sobre indulto e comutação de pena, excetuada a hipótese
de pedido de indulto com base no estado de saúde do preso;

II - inspecionar os estabelecimentos e serviços penais;


III - apresentar, no 1º trimestre de cada ano, ao Conselho Nacional de
Política Criminal e Penitenciária, relatório dos trabalhos efetuados no
exercício anterior;
IV - supervisionar os patronatos, bem como a assistência aos egressos.

3.5 DO DEPARTAMENTO PENITENCIÁRIO NACIONAL

O Departamento Penitenciário Nacional (DEPEN), subordinado ao Ministério da Justiça, é


órgão executivo da Política Penitenciária Nacional e de apoio administrativo e financeiro
do CNPCP.

Art. 72. São atribuições do Departamento Penitenciário Nacional:

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I - acompanhar a fiel aplicação das normas de execução penal em todo o
Território Nacional;
II - inspecionar e fiscalizar periodicamente os estabelecimentos e serviços
penais;
III - assistir tecnicamente as Unidades Federativas na implementação dos
princípios e regras estabelecidos nesta Lei;

IV - colaborar com as Unidades Federativas mediante convênios, na


implantação de estabelecimentos e serviços penais;

V - colaborar com as Unidades Federativas para a realização de cursos de


formação de pessoal penitenciário e de ensino profissionalizante do
condenado e do internado.

VI – estabelecer, mediante convênios com as unidades federativas, o


cadastro nacional das vagas existentes em estabelecimentos locais
destinadas ao cumprimento de penas privativas de liberdade aplicadas pela
justiça de outra unidade federativa, em especial para presos sujeitos a
regime disciplinar.
VII - acompanhar a execução da pena das mulheres beneficiadas pela
progressão especial de que trata o § 3º do art. 112 desta Lei, monitorando
sua integração social e a ocorrência de reincidência, específica ou não,
mediante a realização de avaliações periódicas e de estatísticas criminais.

§ 1º Incumbem também ao Departamento a coordenação e supervisão dos


estabelecimentos penais e de internamento federais.
§ 2º Os resultados obtidos por meio do monitoramento e das avaliações
periódicas previstas no inciso VII do caput deste artigo serão utilizados
para, em função da efetividade da progressão especial para a
ressocialização das mulheres de que trata o § 3º do art. 112 desta Lei,
avaliar eventual desnecessidade do regime fechado de cumprimento de
pena para essas mulheres nos casos de crimes cometidos sem violência ou
grave ameaça.

3.6 DO DEPARTAMENTO PENITENCIÁRIO LOCAL

A legislação local poderá criar Departamento Penitenciário ou órgão similar, que terá por
finalidade supervisionar e coordenar os estabelecimentos penais da Unidade da
Federação a que pertencer.

21
O Departamento Penitenciário Local realizará o acompanhamento da execução da pena
das mulheres beneficiadas pela progressão especial, monitorando sua integração social e
a ocorrência de reincidência, específica ou não, mediante a realização de avaliações
periódicas e de estatísticas criminais e encaminharão ao Departamento Penitenciário
Nacional os resultados obtidos.

DA DIREÇÃO E DO PESSOAL DOS ESTABELECIMENTOS PENAIS

O ocupante do cargo de diretor de estabelecimento deverá satisfazer os seguintes


requisitos:
• Ser portador de diploma de nível superior de Direito, ou Psicologia, ou Ciências
Sociais, ou Pedagogia, ou Serviços Sociais;
• Possuir experiência administrativa na área;
• Ter idoneidade moral e reconhecida aptidão para o desempenho da função.
O diretor deverá residir no estabelecimento, ou nas proximidades, e dedicará tempo
integral à sua função.
No estabelecimento para mulheres somente se permitirá o trabalho de pessoal do sexo
feminino, salvo quando se tratar de pessoal técnico especializado.

3.7 DO PATRONATO

O patronato é um órgão público ou particular de assistência ao condenado em regime


aberto (albergado) e ao liberado definitivo, pelo prazo de 1 ano a contar da saída do
estabelecimento, e ao egresso, durante o período de prova.
Art. 79. Incumbe também ao Patronato:

I - orientar os condenados à pena restritiva de direitos;


II - fiscalizar o cumprimento das penas de prestação de serviço à
comunidade e de limitação de fim de semana;

III - colaborar na fiscalização do cumprimento das condições da suspensão


e do livramento condicional.

3.8 DO CONSELHO DA COMUNIDADE

Haverá, em cada comarca, um Conselho da Comunidade composto, no mínimo, por:

22
• 1 representante de associação comercial ou industrial
• 1 advogado indicado pela Seção da Ordem dos Advogados do Brasil
• 1 Defensor Público indicado pelo Defensor Público Geral
• 1 assistente social escolhido pela Delegacia Seccional do Conselho Nacional de
Assistentes Sociais.
Na falta da representação prevista, ficará a critério do Juiz da execução a escolha dos
integrantes do Conselho.
Art. 81. Incumbe ao Conselho da Comunidade:
I - visitar, pelo menos mensalmente, os estabelecimentos penais existentes
na comarca;
II - entrevistar presos;
III - apresentar relatórios mensais ao Juiz da execução e ao Conselho
Penitenciário;
IV - diligenciar a obtenção de recursos materiais e humanos para melhor
assistência ao preso ou internado, em harmonia com a direção do
estabelecimento.

3.9 DA DEFENSORIA PÚBLICA

A Defensoria Pública velará pela regular execução da pena e da medida de segurança,


oficiando, no processo executivo e nos incidentes da execução, para a defesa dos
necessitados em todos os graus e instâncias, de forma individual e coletiva.
O órgão da Defensoria Pública visitará periodicamente os estabelecimentos penais,
registrando a sua presença em livro próprio.
Art. 81-B. Incumbe, ainda, à Defensoria Pública:
I – requerer:

a) todas as providências necessárias ao desenvolvimento do processo


executivo;
b) a aplicação aos casos julgados de lei posterior que de qualquer modo
favorecer o condenado;
c) a declaração de extinção da punibilidade;
d) a unificação de penas;

23
e) a detração e remição da pena;
f) a instauração dos incidentes de excesso ou desvio de execução;
g) a aplicação de medida de segurança e sua revogação, bem como a
substituição da pena por medida de segurança;
h) a conversão de penas, a progressão nos regimes, a suspensão condicional
da pena, o livramento condicional, a comutação de pena e o indulto;

i) a autorização de saídas temporárias;


j) a internação, a desinternação e o restabelecimento da situação anterior;

k) o cumprimento de pena ou medida de segurança em outra comarca;


l) a remoção do condenado na hipótese prevista no § 1o do art. 86 desta Lei;
II - requerer a emissão anual do atestado de pena a cumprir;

III - interpor recursos de decisões proferidas pela autoridade judiciária ou


administrativa durante a execução;
IV - representar ao Juiz da execução ou à autoridade administrativa para
instauração de sindicância ou procedimento administrativo em caso de
violação das normas referentes à execução penal;
V - visitar os estabelecimentos penais, tomando providências para o
adequado funcionamento, e requerer, quando for o caso, a apuração de
responsabilidade;
VI - requerer à autoridade competente a interdição, no todo ou em parte,
de estabelecimento penal.

4. DOS ESTABELECIMENTOS PENAIS

Os estabelecimentos penais são destinados ao:


1. Condenado
2. Submetido à medida de segurança
3. Preso provisório
4. Egresso
Serão recolhidos, separadamente, a estabelecimento próprio e adequado à sua condição
pessoal: a mulher e o maior de 60 anos.

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Nada impede que o mesmo conjunto arquitetônico abrigue estabelecimentos destinados à
mulher e ao maior de 60 anos, desde que devidamente isolados.
O estabelecimento penal deverá contar em suas dependências com:
✓ áreas e serviços destinados a dar assistência, educação, trabalho, recreação e prática
esportiva.
✓ Instalação destinada a estágio de estudantes universitários.
✓ Estabelecimentos penais destinados a mulheres serão dotados de berçário, onde as
condenadas possam cuidar de seus filhos, inclusive amamentá-los, no mínimo, até 6
meses de idade. Esses estabelecimentos deverão possuir, exclusivamente, agentes do
sexo feminino na segurança de suas dependências internas.
✓ Salas de aulas destinadas a cursos do ensino básico e profissionalizante.
✓ Instalação destinada à Defensoria Pública.

Alguns serviços poderão ser objeto de execução indireta, mas realizados sob supervisão e
fiscalização do poder público:
• serviços de conservação, limpeza, informática, copeiragem, portaria, recepção,
reprografia, telecomunicações, lavanderia e manutenção de prédios, instalações e
equipamentos internos e externos, e serviços relacionados à execução de trabalho
pelo preso.

São funções indelegáveis nos estabelecimentos penais


A direção, chefia e coordenação no âmbito do sistema penal

As atividades que exijam o exercício do poder de polícia

Classificação de condenados

Aplicação de sanções disciplinares

Controle de rebeliões

Transporte de presos para órgãos do Poder Judiciário, hospitais e


outros locais externos aos estabelecimentos penais

PRESO PROVISÓRIO

O preso provisório ficará separado do condenado por sentença transitada em julgado. Essa
separação será de acordo com os seguintes critérios de acusados:
• de crimes hediondos ou equiparados

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• de crimes com violência ou grave ameaça à pessoa;
• pela prática de outros crimes ou contravenções diversos
O preso que, ao tempo do fato, era funcionário da Administração da Justiça Criminal ficará
em dependência separada.

PRESO CONDENADO

Serão separados de acordo com os seguintes critérios:


• condenados pela prática de crimes hediondos ou equiparados
• reincidentes condenados por crimes com violência ou grave ameaça à pessoa
• primários condenados por crimes com violência ou grave ameaça à pessoa
• demais condenados por outros crimes ou contravenções em situação diversa
O preso que tiver sua integridade física, moral ou psicológica ameaçada pela convivência
com os demais presos ficará separado em local próprio.
O estabelecimento penal deverá ter lotação compatível com a sua estrutura e finalidade,
cabendo ao CNPCP a determinação do o limite máximo de capacidade do estabelecimento.
As penas privativas de liberdade aplicadas pela Justiça de uma Unidade Federativa podem
ser executadas em outra unidade, em estabelecimento local ou da União.
➔ A União Federal poderá construir estabelecimento penal em local distante
➔ Poderão trabalhar os liberados ou egressos conforme a natureza do estabelecimento
➔ Caberá ao juiz competente, a requerimento da autoridade administrativa, definir o
estabelecimento prisional adequado para o preso provisório ou condenado

4.1 DA PENITENCIÁRIA

A penitenciária destina-se ao condenado à pena de reclusão, em regime fechado. É possível


que a União, os Estados, o Distrito Federal e os Territórios construam Penitenciárias
destinadas, exclusivamente, aos presos provisórios e condenados, em regime fechado,
sujeitos ao RDD.
O condenado será alojado em cela individual que conterá dormitório, aparelho sanitário e
lavatório.

REQUISITOS BÁSICOS DA CELA DO CONDENADO OU PROVISÓRIO

Salubridade do ambiente: aeração, insolação e condicionamento térmico adequado

Área mínima de 6m2

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Além dos requisitos anteriores, a penitenciária de mulheres será dotada de:
➔ seção para gestante e parturiente
➔ creche para abrigar crianças maiores de 6 meses e menores de 7 anos
São requisitos básicos da seção para gestante e parturiente e da creche:
❖ atendimento por pessoal qualificado
❖ horário de funcionamento garanta a melhor assistência à criança e à sua responsável

A penitenciária de homens será construída, em local afastado do centro urbano, à distância


que não restrinja a visitação.

4.2 DA COLÔNIA AGRÍCOLA, INDUSTRIAL OU SIMILAR

A Colônia Agrícola, Industrial ou Similar: pena em regime semi-aberto.


O condenado poderá ser alojado em compartimento coletivo, sendo requisitos básicos das
dependências coletivas:
• a seleção adequada dos presos
• o limite de capacidade máxima que atenda os objetivos de individualização da pena.

4.3 DA CASA DO ALBERGADO

A Casa do Albergado destina-se ao cumprimento de pena: em regime aberto e da pena de


limitação de fim de semana.
O prédio deverá situar-se em centro urbano, separado dos demais estabelecimentos, e
caracterizar-se pela ausência de obstáculos físicos contra a fuga.
Em cada região haverá, pelo menos, uma Casa do Albergado:
➔ Deverá conter os aposentos para os presos
➔ Local adequado para cursos e palestras.
➔ Instalações para os serviços de fiscalização e orientação dos condenados.

4.4 DO CENTRO DE OBSERVAÇÃO

No Centro de Observação serão realizados os exames gerais e o criminológico. O resultado


dos exames será encaminhado à Comissão Técnica de Classificação. Pode a CTC, na falta

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do Centro de Observação, realizar os exames. O Centro de Observação será instalado em
unidade autônoma ou em anexo a estabelecimento penal.

4.5 DO HOSPITAL DE CUSTÓDIA E TRATAMENTO PSIQUIÁTRICO

São destinados aos inimputáveis e semi-imputáveis. Aplica-se ao hospital, no que couber,


a salubridade do ambiente e condicionamento térmico adequado, além de área mínima de
6m2.
O exame psiquiátrico e os demais exames necessários ao tratamento são obrigatórios para
todos os internados.
O tratamento ambulatorial será realizado no Hospital de Custódia e Tratamento
Psiquiátrico ou em outro local com dependência médica adequada.

4.6 DA CADEIA PÚBLICA

Destina-se ao recolhimento de presos provisórios. Cada comarca terá, pelo menos 1 cadeia
pública com a finalidade de:
• resguardar o interesse da Administração da Justiça Criminal
• permanência do preso em local próximo ao seu meio social e familiar.
• próximo de centro urbano, observando-se na construção as exigências mínimas

5. DA EXECUÇÃO DAS PENAS EM ESPÉCIE

5.1 DAS PENAS PRIVATIVAS DE LIBERDADE

Transitando em julgado a sentença que aplicar pena privativa de liberdade, se o réu estiver
ou vier a ser preso, o Juiz ordenará a expedição de guia de recolhimento para a execução.
O condenado a quem sobrevier doença mental será internado em Hospital de Custódia e
Tratamento Psiquiátrico.
Cumprida ou extinta a pena, o condenado será posto em liberdade, mediante alvará do
Juiz, se por outro motivo não estiver preso.

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Art. 106. A guia de recolhimento, extraída pelo escrivão, que a rubricará em
todas as folhas e a assinará com o Juiz, será remetida à autoridade
administrativa incumbida da execução e conterá:

I - o nome do condenado;
II - a sua qualificação civil e o número do registro geral no órgão oficial de
identificação;

III - o inteiro teor da denúncia e da sentença condenatória, bem como


certidão do trânsito em julgado;

IV - a informação sobre os antecedentes e o grau de instrução;


V - a data da terminação da pena;
VI - outras peças do processo reputadas indispensáveis ao adequado
tratamento penitenciário.
§ 1º Ao Ministério Público se dará ciência da guia de recolhimento.
§ 2º A guia de recolhimento será retificada sempre que sobrevier
modificação quanto ao início da execução ou ao tempo de duração da pena.
§ 3° Se o condenado, ao tempo do fato, era funcionário da Administração
da Justiça Criminal, far-se-á, na guia, menção dessa circunstância, para fins
do disposto no § 2°, do artigo 84, desta Lei.
Art. 107. Ninguém será recolhido, para cumprimento de pena privativa de
liberdade, sem a guia expedida pela autoridade judiciária.

§ 1° A autoridade administrativa incumbida da execução passará recibo da


guia de recolhimento para juntá-la aos autos do processo, e dará ciência dos
seus termos ao condenado.

§ 2º As guias de recolhimento serão registradas em livro especial, segundo


a ordem cronológica do recebimento, e anexadas ao prontuário do
condenado, aditando-se, no curso da execução, o cálculo das remições e de
outras retificações posteriores.

5.2 DOS REGIMES

O Juiz, na sentença, estabelecerá o regime no qual o condenado iniciará o cumprimento da


pena privativa de liberdade.

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➔ Condenação por mais de um crime: o regime de cumprimento será pelo resultado da
soma ou unificação das penas, observada a detração ou remição.
➔ Condenação no curso da execução da pena: somar-se-á a pena ao restante
A pena privativa de liberdade será executada em forma progressiva com a transferência
para regime menos rigoroso, a ser determinada pelo juiz, quando o preso tiver cumprido:
• 16% da pena: primário e crime sem violência à pessoa ou grave ameaça
• 20% da pena: reincidente em crime sem violência à pessoa ou grave ameaça
• 25% da pena: primário e crime com violência à pessoa ou grave ameaça
• 30% da pena: reincidente em crime com violência à pessoa ou grave ameaça
• 40% da pena: primário e crime hediondo ou equiparado
• 50% da pena se:
o primário e crime hediondo ou equiparado, com resultado morte, vedado o
livramento condicional
o exercer o comando, individual ou coletivo, de organização criminosa
estruturada para a prática de crime hediondo ou equiparado; ou
o crime de constituição de milícia privada
• 60% da pena: reincidente em crime hediondo ou equiparado
• 70% da pena: reincidente em crime hediondo ou equiparado com resultado morte,
vedado o livramento condicional.

Somente terá direito à progressão de regime: se ostentar boa conduta carcerária,


comprovada pelo diretor do estabelecimento.
A decisão do juiz que determinar a progressão de regime, livramento condicional, indulto e
comutação de penas:
• Será sempre motivada
• Precedida de manifestação do ministério público e do defensor
Os requisitos para progressão de regime para a mulher gestante ou que for mãe ou
responsável por crianças ou pessoas com deficiência são, cumulativamente:

Não ter cometido crime com violência ou grave ameaça a pessoa ou

Não ter cometido o crime contra seu filho ou dependente

Ter cumprido ao menos 1/8 da pena no regime anterior

Ser primária e ter bom comportamento carcerário

Não ter integrado organização criminosa.

O cometimento de novo crime doloso ou falta grave implicará a revogação do benefício

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Não se considera hediondo ou equiparado o crime de tráfico de drogas se o agente for
primário e de bons antecedentes não se dedique às atividades criminosas nem integre
organização criminosa.

Cometimento de falta grave durante a execução da pena:


➔ interrompe o prazo para a obtenção da progressão no regime
➔ o reinício da contagem terá como base a pena restante.

REGIME ABERTO DE PENA

O ingresso do condenado em regime aberto supõe a aceitação de seu programa e das


condições impostas pelo Juiz.
Art. 114. Somente poderá ingressar no regime aberto o condenado que:
I - estiver trabalhando ou comprovar a possibilidade de fazê-lo
imediatamente;
II - apresentar, pelos seus antecedentes ou pelo resultado dos exames a que
foi submetido, fundados indícios de que irá ajustar-se, com autodisciplina
e senso de responsabilidade, ao novo regime.
Poderão ser dispensadas de apresentar trabalho as pessoas:
➔ maior de 70 anos;
➔ acometido de doença grave;
➔ com filho menor ou deficiente físico ou mental;
➔ condenada gestante.
O Juiz poderá estabelecer condições especiais para a concessão de regime aberto. As
condições gerais e obrigatórias para concessão do regime aberto:
• permanecer no local designado, durante o repouso e nos dias de folga
• sair para o trabalho e retornar, nos horários fixados
• não se ausentar da cidade onde reside, sem autorização judicial
• comparecer em Juízo, para informar e justificar suas atividades, quando for
determinado
O Juiz poderá modificar as condições estabelecidas para a concessão do regime aberto.
Essas modificações podem ser de ofício, a requerimento do Ministério Público, da
autoridade administrativa ou do condenado, desde que as circunstâncias sejam necessárias
para o cumprimento da pena.

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Art. 117. Somente se admitirá o recolhimento do beneficiário de regime
aberto em residência particular quando se tratar de:
I - condenado maior de 70 (setenta) anos;

II - condenado acometido de doença grave;


III - condenada com filho menor ou deficiente físico ou mental;
IV - condenada gestante.
A execução da pena ficará sujeita à forma regressiva, com a transferência para qualquer
dos regimes mais rigorosos, quando o condenado:
• praticar fato definido como crime doloso ou falta grave
• sofrer condenação, por crime anterior, cuja pena, somada ao restante da pena em
execução, torne incabível o regime.

O condenado em regime aberto poderá regredir de regime se:


• praticar fato definido como crime doloso ou falta grave, ouvido o condenado.
• sofrer condenação, por crime anterior, cuja pena, somada ao restante da pena em
execução, torne incabível o regime.
• frustrar os fins da execução
• não pagar a multa cumulativamente imposta, desde que tenha possibilidade.
A legislação local poderá estabelecer normas complementares para o cumprimento da pena
privativa de liberdade em regime aberto.

5.3 DAS AUTORIZAÇÕES DE SAÍDA

DA PERMISSÃO DE SAÍDA

A permissão de saída alcança apenas os condenados que cumprem pena em regime fechado
ou semi-aberto e os presos provisórios. A saída do estabelecimento será mediante escolta
e quando ocorrer 1 dos seguintes fatos:
• falecimento ou doença grave: cônjuge, companheira, ascendente, descendente ou
irmão;
• necessidade de tratamento médico

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A permissão de saída será concedida pelo diretor do estabelecimento onde se encontra o
preso. A permanência do preso fora do estabelecimento terá a duração necessária à
finalidade da saída.

DA SAÍDA TEMPORÁRIA

Alcança os condenados que cumprem pena em regime semiaberto. Não terá direito o
condenado que cumpre pena por crime hediondo com resultado morte. A saída temporária
é sem vigilância direta, nos seguintes casos:
• Visita à família
• Frequência a curso na comarca do juízo da execução
o Supletivo profissionalizante ou instrução do 2º grau ou superior
o Pelo tempo necessário para o cumprimento das atividades discentes
• Participação em atividades que concorram para o retorno ao convívio social
A ausência de vigilância direta não impede a utilização de equipamento de monitoração
eletrônica pelo condenado, quando assim determinar o juiz da execução.

Art. 123. A autorização será concedida por ato motivado do Juiz da


execução, ouvidos o Ministério Público e a administração penitenciária e
dependerá da satisfação dos seguintes requisitos:

I - comportamento adequado;
II - cumprimento mínimo de 1/6 (um sexto) da pena, se o condenado for
primário, e 1/4 (um quarto), se reincidente;

III - compatibilidade do benefício com os objetivos da pena.


A autorização será concedida por prazo não superior a 7 dias, podendo ser renovada
por mais 4 vezes durante o ano. Concedida com prazo mínimo de 45 dias de
intervalo entre uma e outra.

Condições ao beneficiário da saída temporária:


✓ fornecimento do endereço onde reside a família a ser visitada ou onde poderá ser
encontrado durante a saída temporária.
✓ recolhimento à residência visitada, no período noturno
✓ proibição de frequentar bares, casas noturnas e estabelecimentos congêneres.

Benefício automaticamente revogado quando:


➔ praticar fato definido como crime doloso

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➔ punido por falta grave
➔ desatender as condições impostas na autorização
➔ revelar baixo grau de aproveitamento do curso

Recuperação do direito à saída temporária dependerá:


 Absolvição no processo penal
 Cancelamento da punição disciplinar
 Demonstração do merecimento do condenado.

5.4 DA REMIÇÃO

O condenado em regime fechado ou semiaberto poderá remir, por trabalho ou por estudo,
parte do tempo de execução da pena, também aplicada ao preso cautelar. A remição será
declarada pelo juiz da execução, ouvidos o Ministério Público e a defesa

1 dia a cada 12 horas de frequência escolar divididas, no mínimo, em 3 dias

1 dia a cada 3 dias de trabalho

As atividades de estudo poderão ser desenvolvidas de forma presencial ou por metodologia


de ensino a distância e deverão ser certificadas pelas autoridades educacionais
competentes dos cursos frequentados.
Para fins de cumulação de estudo e trabalho para remição, as horas diárias serão definidas
de forma a se compatibilizarem.
O preso impossibilitado, por acidente, de prosseguir no trabalho ou nos estudos continuará
a beneficiar-se com a remição.
Será acrescido 1/3 o tempo a remir das horas de estudo por conclusão do ensino
fundamental, médio ou superior
Que pode se beneficiar da remição pela frequência a curso de ensino regular ou de educação
profissional:
➔ O condenado em regime aberto ou semiaberto
➔ em liberdade condicional

Revogação de até 1/3 do tempo remido: cometimento de falta grave, recomeçando a


contagem a partir da data da infração disciplinar.

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A autoridade administrativa encaminhará mensalmente ao juízo da execução cópia do
registro de todos os condenados que estejam trabalhando ou estudando.
 O condenado autorizado a estudar fora do estabelecimento penal deverá comprovar
mensalmente a frequência e o aproveitamento escolar.
 Ao condenado será dada relação de seus dias remidos.
Constitui o crime declarar ou atestar falsamente prestação de serviço para fim de instruir
pedido de remição.
Falsidade ideológica

CP Art. 299 - Omitir, em documento público ou particular, declaração que


dele devia constar, ou nele inserir ou fazer inserir declaração falsa ou
diversa da que devia ser escrita, com o fim de prejudicar direito, criar
obrigação ou alterar a verdade sobre fato juridicamente relevante:

5.5 DO LIVRAMENTO CONDICIONAL

O livramento condicional poderá ser concedido pelo Juiz da execução, ouvidos o


Ministério Público e Conselho Penitenciário.
Art. 132. Deferido o pedido, o Juiz especificará as condições a que fica
subordinado o livramento.
§ 1º Serão sempre impostas ao liberado condicional as obrigações
seguintes:
a) obter ocupação lícita, dentro de prazo razoável se for apto para o
trabalho;
b) comunicar periodicamente ao Juiz sua ocupação;
c) não mudar do território da comarca do Juízo da execução, sem prévia
autorização deste.
§ 2° Poderão ainda ser impostas ao liberado condicional, entre outras
obrigações, as seguintes:
a) não mudar de residência sem comunicação ao Juiz e à autoridade
incumbida da observação cautelar e de proteção;
b) recolher-se à habitação em hora fixada;
c) não frequentar determinados lugares.

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Se for permitido residir fora da comarca do Juízo da execução, será enviada cópia da
sentença do livramento ao Juízo do lugar para onde ele se houver transferido e à
autoridade incumbida da observação cautelar e de proteção. O beneficiado pelo LC deverá
se apresentar imediatamente às autoridades de execução da pena e responsáveis por sua
observação cautelar.
Art. 137. A cerimônia do livramento condicional será realizada
solenemente no dia marcado pelo Presidente do Conselho Penitenciário,
no estabelecimento onde está sendo cumprida a pena, observando-se o
seguinte:
I - a sentença será lida ao liberando, na presença dos demais condenados,
pelo Presidente do Conselho Penitenciário ou membro por ele designado,
ou, na falta, pelo Juiz;
II - a autoridade administrativa chamará a atenção do liberando para as
condições impostas na sentença de livramento;
III - o liberando declarará se aceita as condições.
§ 1º De tudo em livro próprio, será lavrado termo subscrito por quem
presidir a cerimônia e pelo liberando, ou alguém a seu rogo, se não souber
ou não puder escrever.
§ 2º Cópia desse termo deverá ser remetida ao Juiz da execução.
Ao sair o beneficiado pelo LC do estabelecimento penal, ser-lhe-á entregue, o saldo de seu
pecúlio, seus pertences, e uma caderneta que exibirá à autoridade judiciária ou
administrativa, sempre que lhe for exigida. A caderneta conterá:
1. a identificação do liberado;
2. o texto impresso do da LEP sobre o LC;
3. as condições impostas.
Na falta de caderneta, será entregue um salvo-conduto, podendo substituir-se a ficha de
identificação ou o seu retrato pela descrição dos sinais que possam identificá-lo.
Na caderneta e no salvo-conduto deverá haver espaço para consignar-se o cumprimento das
condições.
Art. 139. A observação cautelar e a proteção realizadas por serviço social
penitenciário, Patronato ou Conselho da Comunidade terão a finalidade de:
I - fazer observar o cumprimento das condições especificadas na sentença
concessiva do benefício;
II - proteger o beneficiário, orientando-o na execução de suas obrigações e
auxiliando-o na obtenção de atividade laborativa.

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Parágrafo único. A entidade encarregada da observação cautelar e da
proteção do liberado apresentará relatório ao Conselho Penitenciário, para
efeito da representação prevista nos artigos 143 e 144 desta Lei.

Pode haver revogação do livramento condicional nas hipóteses:


Revogação do livramento

Art. 86 - Revoga-se o livramento, se o liberado vem a ser condenado a pena


privativa de liberdade, em sentença irrecorrível:

I - por crime cometido durante a vigência do benefício;


II - por crime anterior, observado o disposto no art. 84 deste Código
Revogação facultativa

Art. 87 - O juiz poderá, também, revogar o livramento, se o liberado deixar


de cumprir qualquer das obrigações constantes da sentença, ou for
irrecorrivelmente condenado, por crime ou contravenção, a pena que não
seja privativa de liberdade.
Mantido o livramento condicional, na hipótese da revogação facultativa, o Juiz deverá
advertir o liberado ou agravar as condições.

Art. 141. Se a revogação for motivada por infração penal anterior à


vigência do livramento, computar-se-á como tempo de cumprimento da
pena o período de prova, sendo permitida, para a concessão de novo
livramento, a soma do tempo das 2 (duas) penas.
No caso de revogação por outro motivo, não se computará na pena o tempo em que esteve
solto o liberado, nem se concederá, em relação à mesma pena, novo livramento.
A revogação será decretada por:
❖ requerimento do Ministério Público,
❖ representação do Conselho Penitenciário,
❖ de ofício pelo Juiz
Praticada outra infração penal, o Juiz poderá ordenar a prisão do beneficiário do LC. Para
isso serão ouvidos: Conselho Penitenciário e o Ministério Público. O LC ficará suspenso, cuja
revogação ficará dependendo da decisão final do processo penal da nova infração.
Julgamento de extinção da pena privativa de liberdade
➔ Se expirar o prazo do livramento sem revogação
➔ feito pelo Juiz da execução, de ofício, a requerimento do interessado, do Ministério
Público ou mediante representação do Conselho Penitenciário.

37
5.6 DA MONITORAÇÃO ELETRÔNICA

O juiz poderá definir a fiscalização por meio da monitoração eletrônica quando:


• Autorizar a saída temporária no regime semiaberto
• Determinar a prisão domiciliar

O condenado será instruído acerca dos seguintes deveres:


✓ receber visitas do servidor responsável pela monitoração eletrônica, responder aos
seus contatos e cumprir suas orientações
✓ abster-se de remover, de violar, de modificar, de danificar de qualquer forma o
dispositivo de monitoração eletrônica ou de permitir que outrem o faça
A violação comprovada dos deveres poderá acarretar:
❖ regressão do regime
❖ revogação da autorização de saída temporária
❖ revogação da prisão domiciliar
❖ advertência, por escrito, para todos os casos em que o juiz da execução decida não
aplicar alguma das medidas anteriores.
Para o caso de imposição de alguma sanção por violar os deveres, deve ser ouvido a
defesa e o MP.

A monitoração eletrônica poderá ser revogada quando:

➔ Quando desnecessária ou inadequada

➔ Se o acusado violar os deveres ou cometer falta grave

6. DAS PENAS RESTRITIVAS DE DIREITOS

Em qualquer fase da execução, poderá o Juiz, motivadamente, alterar a forma de


cumprimento das penas de prestação de serviços à comunidade e de limitação de fim de
semana.

38
DA PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS À COMUNIDADE

Art. 149. Caberá ao Juiz da execução:


I - designar a entidade ou programa comunitário ou estatal, devidamente
credenciado ou convencionado, junto ao qual o condenado deverá trabalhar
gratuitamente, de acordo com as suas aptidões;
II - determinar a intimação do condenado, cientificando-o da entidade, dias
e horário em que deverá cumprir a pena;

III - alterar a forma de execução, a fim de ajustá-la às modificações ocorridas


na jornada de trabalho.
O trabalho terá a duração de 8 horas semanais e será realizado aos sábados, domingos e
feriados, ou em dias úteis, de modo a não prejudicar a jornada normal de trabalho.
A execução terá início a partir da data do primeiro comparecimento. A entidade
beneficiada com a prestação de serviços encaminhará mensalmente, ao Juiz da execução,
relatório circunstanciado das atividades do condenado, bem como, a qualquer tempo,
comunicação sobre ausência ou falta disciplinar.

DA LIMITAÇÃO DE FIM DE SEMANA

Caberá ao Juiz da execução determinar a intimação do condenado, cientificando-o do local,


dias e horário em que deverá cumprir a pena. A execução terá início a partir da data do
primeiro comparecimento.
Poderão ser ministrados ao condenado, durante o tempo de permanência, cursos e
palestras, ou atribuídas atividades educativas.
Nos casos de violência doméstica contra a mulher: comparecimento obrigatório do
agressor a programas de recuperação e reeducação.
O estabelecimento designado encaminhará, mensalmente, ao Juiz da execução, relatório,
bem assim comunicará, a qualquer tempo, a ausência ou falta disciplinar do condenado.

DA INTERDIÇÃO TEMPORÁRIA DE DIREITOS

Caberá ao Juiz da execução comunicar à autoridade competente a pena aplicada,


determinada a intimação do condenado.

39
Na hipótese de pena de interdição de proibição do exercício de cargo, função ou atividade
pública, bem como de mandato eletivo, a autoridade deverá, em 24 horas, contadas do
recebimento do ofício, baixar ato, a partir do qual a execução terá seu início.
Nas hipóteses de proibição do exercício de profissão e suspensão de autorização ou de
habilitação para dirigir veículo, o Juízo da execução determinará a apreensão dos
documentos, que autorizam o exercício do direito interditado.
A autoridade deverá comunicar imediatamente ao Juiz da execução o descumprimento da
pena. A comunicação prevista neste artigo poderá ser feita por qualquer prejudicado.

DA SUSPENSÃO CONDICIONAL

O Juiz poderá suspender, pelo período de 2 a 4 anos, a execução da pena privativa de


liberdade, não superior a 2 anos.
Se intimado pessoalmente ou por edital com prazo de 20 dias, o réu não comparecer
injustificadamente à audiência admonitória, a suspensão ficará sem efeito e será
executada imediatamente a pena.
A revogação da suspensão condicional da pena e a prorrogação do período de prova poderá
ocorrer se:
➔ condenado, em sentença irrecorrível, por crime doloso
➔ não paga a pena de multa ou não efetua a reparação do dano
➔ No primeiro ano do prazo, deverá o condenado prestar serviços à comunidade ou
submeter-se à limitação de fim de semana
O registro e a averbação da suspensão condicional do processo serão sigilosos, salvo para
efeito de informações requisitadas por órgão judiciário ou pelo MP, para instruir processo
penal.

6.1 DA PENA DE MULTA

O condenado ao pagamento da pena de multa terá o prazo de 10 dias, para pagamento do


valor ou nomeação de bens à penhora. O condenado requerer ao Juiz o pagamento da
multa em prestações mensais, iguais e sucessivas.
Decorrido o prazo sem o pagamento da multa, ou o depósito, será feita a penhora de tantos
bens quantos bastem para garantir a execução.
Se a penhora recair em bem imóvel, os autos apartados serão remetidos ao Juízo Cível para
prosseguimento.

40
A execução da pena de multa será suspensa quando sobrevier ao condenado doença
mental
O Juiz poderá determinar que a cobrança da multa se efetue mediante desconto no
vencimento ou salário do condenado, observando-se o seguinte:
• limite máximo mensal será de 1/4 da remuneração e o mínimo de 1/10;
• desconto feito mediante ordem do Juiz a quem de direito;
• responsável pelo desconto será intimado a recolher mensalmente, até o dia fixado
pelo Juiz, a importância determinada.
Quando a pena de multa for aplicada cumulativamente com pena privativa da liberdade,
enquanto estiver recolhido preso, poderá a pena de multa ser cobrada mediante desconto
na remuneração do condenado.

7. DA EXECUÇÃO DAS MEDIDAS DE SEGURANÇA

Transitada em julgado a sentença que aplicar medida de segurança, será ordenada a


expedição de guia para a execução.
É exigida a guia expedida pela autoridade judiciária para:
• Internação em Hospital de Custódia e Tratamento Psiquiátrico
• Submetido a tratamento ambulatorial
Art. 173. A guia de internamento ou de tratamento ambulatorial, extraída
pelo escrivão, que a rubricará em todas as folhas e a subscreverá com o Juiz,
será remetida à autoridade administrativa incumbida da execução e
conterá:
I - a qualificação do agente e o número do registro geral do órgão oficial de
identificação;
II - o inteiro teor da denúncia e da sentença que tiver aplicado a medida de
segurança, bem como a certidão do trânsito em julgado;
III - a data em que terminará o prazo mínimo de internação, ou do
tratamento ambulatorial;
IV - outras peças do processo reputadas indispensáveis ao adequado
tratamento ou internamento.
§ 1° Ao Ministério Público será dada ciência da guia de recolhimento e de
sujeição a tratamento.
§ 2° A guia será retificada sempre que sobrevier modificações quanto ao
prazo de execução.

41
Art. 174. Aplicar-se-á, na execução da medida de segurança, naquilo que
couber, o disposto nos artigos 8° e 9° desta Lei.

7.1 DA CESSAÇÃO DA PERICULOSIDADE

Art. 175. A cessação da periculosidade será averiguada no fim do prazo


mínimo de duração da medida de segurança, pelo exame das condições
pessoais do agente, observando-se o seguinte:
I - a autoridade administrativa, até 1 (um) mês antes de expirar o prazo de
duração mínima da medida, remeterá ao Juiz minucioso relatório que o
habilite a resolver sobre a revogação ou permanência da medida;
II - o relatório será instruído com o laudo psiquiátrico;
III - juntado aos autos o relatório ou realizadas as diligências, serão ouvidos,
sucessivamente, o Ministério Público e o curador ou defensor, no prazo de
3 (três) dias para cada um;
IV - o Juiz nomeará curador ou defensor para o agente que não o tiver;
V - o Juiz, de ofício ou a requerimento de qualquer das partes, poderá
determinar novas diligências, ainda que expirado o prazo de duração
mínima da medida de segurança;
VI - ouvidas as partes ou realizadas as diligências a que se refere o inciso
anterior, o Juiz proferirá a sua decisão, no prazo de 5 (cinco) dias.
Em qualquer tempo poderá o Juiz da execução ordenar o exame para que se verifique a
cessação da periculosidade.

8. DOS INCIDENTES DE EXECUÇÃO

8.1 DAS CONVERSÕES

A pena privativa de liberdade, não superior a 2 anos, poderá ser convertida em restritiva
de direitos, desde que:
✓ o condenado esteja em regime aberto
✓ cumprido pelo menos 1/4 da pena
✓ a conversão recomendável

42
A pena restritiva de direitos será convertida em privativa de liberdade. A pena de
prestação de serviços à comunidade será convertida em privativa de liberdade quando:
• não for encontrado ou desatender a intimação por edital;
• não comparecer, injustificadamente, à entidade ou programa para o serviço
• recusar-se, injustificadamente, a prestar o serviço que lhe foi imposto
• praticar falta grave
• sofrer condenação por outro crime à pena privativa de liberdade, cuja execução não
tenha sido suspensa.
A pena de limitação de fim de semana será convertida será convertida em privativa de
liberdade quando:
• condenado não comparecer ao estabelecimento designado
• recusar-se a exercer a atividade determinada pelo Juiz
• não for encontrado ou desatender a intimação por edital;
• praticar falta grave
• sofrer condenação por outro crime à pena privativa de liberdade, cuja execução não
tenha sido suspensa.
A pena de interdição temporária de direitos será convertida em privativa de liberdade
quando:
• condenado exercer, injustificadamente, o direito interditado
• não for encontrado ou desatender a intimação por edital;
• não comparecer, injustificadamente, à entidade ou programa para o serviço
• recusar-se, injustificadamente, a prestar o serviço que lhe foi imposto
• praticar falta grave
• sofrer condenação por outro crime à pena privativa de liberdade, cuja execução não
tenha sido suspensa.
Poderá ocorrer a substituição da pena por medida de segurança quando, no curso da
execução da pena privativa de liberdade, sobrevier doença mental ou perturbação da saúde
mental.
O tratamento ambulatorial poderá ser convertido em internação se o agente revelar
incompatibilidade com a medida. Nesta hipótese, o prazo mínimo de internação será
de 1 ano.

8.2 DO EXCESSO OU DESVIO

Haverá excesso ou desvio de execução sempre que algum ato for praticado além dos limites
fixados na sentença, em normas legais ou regulamentares.

43
Art. 186. Podem suscitar o incidente de excesso ou desvio de execução:
I - o Ministério Público;
II - o Conselho Penitenciário;

III - o sentenciado;
IV - qualquer dos demais órgãos da execução penal.

8.3 DA ANISTIA E DO INDULTO

Concedida a anistia, o Juiz declarará extinta a punibilidade. O indulto individual poderá ser
provocado por petição, acompanhada dos documentos que a instruírem, será entregue ao
Conselho Penitenciário, para a elaboração de parecer e posterior encaminhamento ao
Ministério da Justiça e posterior despacho do Presidente da República.
Art. 192. Concedido o indulto e anexada aos autos cópia do decreto, o Juiz
declarará extinta a pena ou ajustará a execução aos termos do decreto, no
caso de comutação.
Art. 193. Se o sentenciado for beneficiado por indulto coletivo, o Juiz, de
ofício, a requerimento do interessado, do Ministério Público, ou por
iniciativa do Conselho Penitenciário ou da autoridade administrativa,
providenciará de acordo com o disposto no artigo anterior.

9. DO PROCEDIMENTO JUDICIAL

O procedimento será judicial, desenvolvendo-se perante o Juízo da execução.


Início do procedimento judicial poderá ser:
➔ De ofício
➔ A requerimento:
o Ministério Público
o do interessado
o de quem o represente
o de seu cônjuge
o parente ou descendente
➔ Mediante proposta:
o do Conselho Penitenciário
o da autoridade administrativa.

44
10. DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS

O emprego de algemas será disciplinado por decreto federal. O condenado por crime
político não está obrigado ao trabalho.
Na falta de estabelecimento adequado, o cumprimento da prisão civil e da prisão
administrativa se efetivará em seção especial da Cadeia Pública.
Cumprida ou extinta a pena: não constarão da folha corrida, atestados ou certidões
fornecidas por autoridade policial ou por auxiliares da Justiça, qualquer notícia ou referência
à condenação, salvo para instruir processo novo de infração penal.

45
QUESTÕES
Questão 1: CEBRASPE (CESPE) - TcFAEP Questão 6: CEBRASPE (CESPE) - AgFEP
(DEPEN)/DEPEN/Técnico em Enfermagem/2013 (DEPEN)/DEPEN/Área 7/2015
As pessoas recolhidas aos estabelecimentos penais Caso um preso pratique uma falta disciplinar, poderá
federais e os servidores públicos federais que a autoridade administrativa decretar o isolamento
trabalham nesses estabelecimentos sujeitam-se ao preventivo desse preso, bem como determinar sua
regime disciplinar da União. inclusão no regime disciplinar diferenciado, no
interesse da disciplina e da averiguação do fato.
Certo Errado
Certo Errado

Questão 2: CEBRASPE (CESPE) - DP DF/DP DF/2019


Questão 7: CEBRASPE (CESPE) - EspFAEP
A prática de falta grave não interrompe os prazos para
(DEPEN)/DEPEN/Terapia Ocupacional/2015
fins de comutação de pena nem para a concessão de
indulto, tampouco para obtenção de livramento Manoel, sentenciado a vinte e cinco anos de reclusão,
condicional. não reúne condições para custear a contratação de
Certo Errado advogado que acompanhe a execução de sua pena.
Nessa situação, a assistência jurídica deverá ser
garantida pelo Estado, de forma integral e gratuita,
Questão 3: CEBRASPE (CESPE) - DP DF/DP DF/2019 sob a responsabilidade da defensoria pública, dentro
e fora do estabelecimento penal.
O reconhecimento de falta grave decorrente da
prática de fato definido como crime doloso independe Certo Errado
do trânsito em julgado de sentença penal
condenatória.
Questão 8: CEBRASPE (CESPE) - EspFAEP
Certo Errado (DEPEN)/DEPEN/Terapia Ocupacional/2015
No próximo item apresenta uma situação hipotética,
Questão 4: CEBRASPE (CESPE) - DPF/PF/2018 seguida de uma assertiva a ser julgada à luz das
medidas de assistência previstas na Lei de Execução
Preso provisório não pode ser submetido ao regime Penal.
disciplinar diferenciado.
Certo Errado Pedro, analfabeto, sentenciado a oito anos de
reclusão, ingressou no sistema penitenciário,
consignando-se em seus registros a falta de instrução
Questão 5: CEBRASPE (CESPE) - DP PE/DPE PE/2015 fundamental. Nessa situação, é obrigatório que o
A posse exclusivamente de chip para aparelho celular estabelecimento prisional garanta que Pedro
não caracteriza falta disciplinar de natureza grave. frequente o ensino fundamental nos mesmos moldes
e requisitos do sistema escolar da unidade federativa
Certo Errado a que pertença esse estabelecimento.
Certo Errado

46
Questão 9: CEBRASPE (CESPE) - EspFAEP Questão 12: CEBRASPE (CESPE) - AgFEP
(DEPEN)/DEPEN/Terapia Ocupacional/2015 (DEPEN)/DEPEN/Área 5/2015
No que se refere às políticas de educação nos
No próximo item apresenta uma situação hipotética,
estabelecimentos penais, julgue o item.
seguida de uma assertiva a ser julgada à luz das
A legislação brasileira referente à educação no
medidas de assistência previstas na Lei de Execução
sistema prisional não prevê o emprego da modalidade
Penal.
de educação a distância.
José foi condenado a dezoito anos de reclusão e Certo Errado
recolhido a estabelecimento prisional. No curso da
execução da pena, ele contraiu doença grave, e foi
constatada a impossibilidade de o estabelecimento Questão 13: CEBRASPE (CESPE) - AgFEP
prisional prover-lhe a assistência médica necessária. (DEPEN)/DEPEN/Área 5/2015
Nessa situação, a assistência médica ao preso deverá Com relação ao trabalho e à assistência social
ser custeada pela família do sentenciado em outro realizados no âmbito do sistema prisional, julgue o
local, desde que haja a autorização expressa do juiz item subsequente.
competente. De acordo com a LEP, são considerados egressos tanto
o liberado definitivo, pelo prazo de um ano a contar
Certo Errado da data de saída do estabelecimento prisional, quanto
o liberado condicional, durante o período de prova.
Questão 10: CEBRASPE (CESPE) - EspFAEP Certo Errado
(DEPEN)/DEPEN/Terapia Ocupacional/2015
SITUAÇÃO HIPOTÉTICA: Um preso, durante o Questão 14: CEBRASPE (CESPE) - AgFEP
cumprimento de pena privativa de liberdade, exercia (DEPEN)/DEPEN/Área 5/2015
atividade laboral no interior do estabelecimento penal Com relação ao trabalho e à assistência social
e, também, tarefas de prestação de serviços à realizados no âmbito do sistema prisional, julgue o
comunidade, em cumprimento a pena restritiva de item subsequente.
direitos. ASSERTIVA: Nessa situação, a remuneração Entre as ações de assistência ao egresso do sistema
do preso será referente apenas ao trabalho interno, prisional incluem-se a orientação e o apoio para
não havendo direito a remuneração pela prestação do reintegrá-lo à vida em liberdade e a concessão,
serviço comunitário. quando necessária, de alojamento e de alimentação
Certo Errado em estabelecimento adequado, nos prazos
determinados em lei.
Certo Errado
Questão 11: CEBRASPE (CESPE) - AgFEP
(DEPEN)/DEPEN/Área 5/2015
Acerca das políticas de assistência à saúde de pessoas Questão 15: CEBRASPE (CESPE) - TcFAEP
privadas de liberdade no Brasil, julgue o item a seguir. (DEPEN)/DEPEN/Técnico em Enfermagem/2015
Conforme previsto na LEP, a assistência à saúde No âmbito da assistência educacional, é garantido o
devida à pessoa privada de liberdade no sistema acesso à instrução escolar e à formação profissional ao
prisional compreende atendimento médico, preso, a quem é facultado cursar o ensino
farmacêutico, odontológico e psicológico. fundamental ou realizar curso de aperfeiçoamento
Certo Errado profissionalizante.
Certo Errado

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Questão 19: CEBRASPE (CESPE) - TcFAEP
(DEPEN)/DEPEN/Técnico em Enfermagem/2015
Questão 16: CEBRASPE (CESPE) - TcFAEP
(DEPEN)/DEPEN/Técnico em Enfermagem/2015 Francisco e Júlio foram condenados pela prática de
crime. Durante o cumprimento de sua pena, Francisco
De acordo com a Lei de Execução Penal (LEP), julgue o
obteve livramento condicional e está atualmente em
item a seguir, relativo aos diversos tipos de assistência
período de prova. Júlio foi liberado definitivamente e
ao preso, ao internado e ao egresso.
saiu do estabelecimento prisional há dezoito meses.
A assistência médica pode ser prestada ao preso no
próprio estabelecimento prisional ou, quando esse
Acerca dessa situação hipotética, julgue o item
estabelecimento não contar com equipamento ou
subsequente com base no que dispõe a LEP.
outro recurso necessário, em outro local, mediante
autorização do juiz da execução penal para
Francisco é considerado egresso e, se houver
deslocamento do preso.
necessidade, poderá ser beneficiado com alojamento
Certo Errado e alimentação em estabelecimento adequado por até,
Questão 17: CEBRASPE (CESPE) - TcFAEP no máximo, quatro meses.
(DEPEN)/DEPEN/Técnico em Enfermagem/2015 Certo Errado
De acordo com a Lei de Execução Penal (LEP), julgue o Questão 20: CEBRASPE (CESPE) - TcFAEP
item a seguir, relativo aos diversos tipos de assistência (DEPEN)/DEPEN/Técnico em Enfermagem/2015
ao preso, ao internado e ao egresso.
À luz da LEP, julgue o item, referente ao trabalho do
Ao serviço de assistência social cabe promover a
preso.
recreação no estabelecimento prisional e providenciar
A legislação limita o trabalho feito pelo preso
a obtenção de documentos dos presos assim como os
provisório àquele que pode ser realizado no
benefícios da previdência social a que essas pessoas
estabelecimento prisional em que o indivíduo se
tiverem direito.
encontre e na medida de suas aptidões e capacidade.
Certo Errado
Certo Errado
Questão 18: CEBRASPE (CESPE) - TcFAEP
Questão 21: CEBRASPE (CESPE) - TcFAEP
(DEPEN)/DEPEN/Técnico em Enfermagem/2015
(DEPEN)/DEPEN/Técnico em Enfermagem/2015
Francisco e Júlio foram condenados pela prática de
À luz da LEP, julgue o item, referente ao trabalho do
crime. Durante o cumprimento de sua pena, Francisco
preso.
obteve livramento condicional e está atualmente em
SITUAÇÃO HIPOTÉTICA: Joaquim foi condenado por
período de prova. Júlio foi liberado definitivamente e
saiu do estabelecimento prisional há dezoito meses. crime grave à pena de reclusão, em regime fechado,
da qual já cumpriu um sexto. No município em que
está localizado o estabelecimento prisional que abriga
Acerca dessa situação hipotética, julgue o item
Joaquim, será iniciada obra pública de revitalização da
subsequente com base no que dispõe a LEP.
região central da cidade. ASSERTIVA: Nessa situação,
desde que preenchidos os requisitos legais e adotadas
Júlio é considerado egresso e pode contar com o
as cautelas contra a fuga e em favor da disciplina,
serviço de assistência social, que lhe deve prestar
Joaquim poderá ser autorizado pela direção do
ajuda na obtenção de trabalho.
estabelecimento prisional a trabalhar na obra.
Certo Errado
Certo Errado

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Questão 22: CEBRASPE (CESPE) - TcFAEP Questão 25: CEBRASPE (CESPE) - TcFAEP
(DEPEN)/DEPEN/Técnico em Enfermagem/2015 (DEPEN)/DEPEN/Técnico em Enfermagem/2013
À luz da LEP, julgue o item, referente ao trabalho do Com relação aos estabelecimentos penais federais,
preso. julgue o item seguinte.

As tarefas executadas pelo condenado como Os estabelecimentos penais federais destinam-se a


cumprimento de pena de prestação de serviço à promover a execução administrativa das medidas
comunidade não são remuneradas. restritivas de liberdade dos presos, provisórios ou
condenados, inclusive daqueles sujeitos a regime
Certo Errado
disciplinar diferenciado.
Certo Errado
Questão 23: CEBRASPE (CESPE) - TcFAEP
(DEPEN)/DEPEN/Técnico em Enfermagem/2015
Questão 26: CEBRASPE (CESPE) - AgFEP
À luz da LEP, julgue o item, referente ao trabalho do
preso. (DEPEN)/DEPEN/2013
A respeito de controle e responsabilização da
O preso provisório ou condenado a pena privativa de administração, julgue o item seguinte.
liberdade é obrigado a trabalhar e, pelo trabalho
realizado, deve ser remunerado com valor que não São considerados egressos os presos liberados
pode ser inferior a um salário mínimo. definitivamente, pelo prazo de um ano, contado a
partir da saída do estabelecimento penal.
Certo Errado
Certo Errado
Questão 27: CEBRASPE (CESPE) - Ag Pol (PC DF)/PC
Questão 24: CEBRASPE (CESPE) - AL (CAM DEP)/CAM
DF/2013
DEP/Área XVII/Consultor Legislativo/2014
O preso provisório, mesmo que apresente alto risco
No que diz respeito ao sistema penitenciário e à
legislação penal e processual penal aplicada à para a ordem e a segurança do estabelecimento penal
ou da sociedade, não poderá ser submetido ao regime
segurança pública, julgue o item seguinte.
disciplinar diferenciado, que é destinado apenas aos
presos condenados.
Considere que José tenha sido preso e condenado, por
sentença transitada em julgado, a cinco anos de prisão Certo Errado
em regime fechado e que, tendo ele cumprido um
sexto da pena e apresentado aptidão, disciplina e
responsabilidade, tenha solicitado autorização da Questão 28: CEBRASPE (CESPE) - Ag Pol (PC DF)/PC
direção do estabelecimento prisional para a prestação DF/2013
de trabalho externo, que lhe foi negada, sob o De acordo com a Lei de Execução Penal — Lei n.º
argumento de que é defeso aos presos nesse regime o 7.210/1984 —, julgue o item subsequente.
trabalho externo em obras públicas realizadas por
entidades privadas, ainda que tomadas as precauções Os condenados pela prática de qualquer crime
contra a fuga e em favor da disciplina. Nesse caso, a hediondo serão submetidos, obrigatoriamente, à
negativa da direção do estabelecimento prisional está identificação do perfil genético, mediante extração de
em consonância com a legislação vigente aplicada ao DNA, por técnica adequada e indolor.
caso.
Certo Errado
Certo Errado

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Questão 29: CEBRASPE (CESPE) - PJ (MPE RR)/MPE Questão 32: CEBRASPE (CESPE) - Con Leg (CL DF)/CL
RR/2008 DF/Constituição e Justiça/2006
Com relação à execução da pena, julgue o próximo Julgue o item seguinte quanto aos direitos
item. assegurados aos presos e considerando a Lei de
Execução Penal (LEP).
Para a admissão do trabalho externo ao réu A suspensão dos direitos políticos do preso, enquanto
condenado a pena em regime semi-aberto, será durarem os efeitos da condenação criminal, está
necessária a demonstração de aptidão, bem como o restrita apenas ao direito de votar, permanecendo o
cumprimento mínimo de um sexto da pena, estando a preso elegível, desde que cumpridas as obrigações
medida sujeita a autorização judicial, após a oitiva do inerentes ao pleno exercício do mandato eletivo.
Ministério Público. Certo Errado
Certo Errado Questão 33: CEBRASPE (CESPE) - Con Leg (CL DF)/CL
DF/Constituição e Justiça/2006
Questão 30: CEBRASPE (CESPE) - Con Leg (CL DF)/CL Julgue o item seguinte quanto aos direitos
DF/Constituição e Justiça/2006 assegurados aos presos e considerando a Lei de
Execução Penal (LEP).
Julgue o item seguinte quanto aos direitos
Diante das similitudes exigidas na LEP entre o trabalho
assegurados aos presos e considerando a Lei de
prisional e o livre, o trabalho do preso, qualquer que
Execução Penal (LEP).
seja o regime prisional, está sujeito às normas da
Consolidação das Leis do Trabalho, sendo garantidos
A administração penitenciária, com fundamentos em
ao preso os mesmos benefícios que se concedem ao
razões de segurança pública, ou disciplina, ou
trabalhador livre.
preservação de ordem jurídica, pode,
excepcionalmente, proceder à interceptação da Certo Errado
correspondência remetida pelos sentenciados, visto Questão 34: CEBRASPE (CESPE) - Con Leg (CL DF)/CL
que a cláusula tutelar da inviolabilidade do sigilo DF/Constituição e Justiça/2006
epistolar não pode constituir salvaguarda de práticas
ilícitas. No que se refere ao regime disciplinar penitenciário e
às normas a serem observadas no complexo
Certo Errado penitenciário do DF, julgue o item.
O poder disciplinar, na execução da pena privativa de
liberdade, será exercido pelo juiz da execução, na
Questão 31: CEBRASPE (CESPE) - Con Leg (CL DF)/CL
DF/Constituição e Justiça/2006 forma que a legislação regulamentar estabelecer.
Certo Errado
Julgue o item seguinte quanto aos direitos
assegurados aos presos e considerando a Lei de Questão 35: CEBRASPE (CESPE) - Con Leg (CL DF)/CL
Execução Penal (LEP). DF/Constituição e Justiça/2006
No âmbito da execução penal, no que se refere a faltas
O trabalho externo será admissível para os presos em disciplinares e respectivas punições, deve ser
regime fechado somente em serviço ou obras públicas observado o princípio da reserva, ou seja, a regra de
realizadas por órgãos da administração direta ou que somente pode ser considerada infração aquela
indireta, ou por entidades privadas, tomadas as que estiver anteriormente prevista na lei ou
cautelas de escolta contra a fuga, em favor da regulamento.
disciplina.
Certo Errado
Certo Errado

50
Questão 36: CEBRASPE (CESPE) - Con Leg (CL DF)/CL Questão 40: CEBRASPE (CESPE) - CL
DF/Constituição e Justiça/2006 (SEN)/SEN/Direito Penal, Processual Penal e
Penitenciário/2002
No que se refere ao regime disciplinar penitenciário e
às normas a serem observadas no complexo Conforme dispõe a Lei de Execuções Penais (Lei
penitenciário do DF, julgue o item. n.o 7.210, de 11/7/1984), é incumbência do serviço de
assistência social orientar e amparar, quando
O regime disciplinar diferenciado constitui um regime necessário, a família do preso, do internado e da
de disciplina carcerária especial, caracterizado por vítima.
maior grau de isolamento do preso e de restrições ao Certo Errado
contato com o mundo exterior, e foi concebido para
atender às necessidades de maior segurança nos Questão 41: CEBRASPE (CESPE) - CL
estabelecimentos penais e de defesa da ordem (SEN)/SEN/Direito Penal, Processual Penal e
pública. Penitenciário/2002
Certo Errado Conforme dispõe a Lei de Execuções Penais (Lei
n.o 7.210, de 11/7/1984), é incumbência do serviço de
Questão 37: CEBRASPE (CESPE) - Con Leg (CL DF)/CL assistência social organizar e ministrar assistência
DF/Constituição e Justiça/2006 religiosa, indicando a atividade mais adequada, de
No que se refere ao regime disciplinar penitenciário e acordo com a característica do preso, condições
às normas a serem observadas no complexo sociais, financeiras e da comunidade, para contribuir
penitenciário do DF, julgue o item. com a ressocialização do preso.
A LEP classifica as faltas disciplinares em leves, médias Certo Errado
e graves, mas somente descreve e enumera as
infrações médias e leves, deixando à lei estadual a Questão 42: CEBRASPE (CESPE) - CL
previsão das faltas graves. (SEN)/SEN/Direito Penal, Processual Penal e
Penitenciário/2002
Certo Errado
Conforme dispõe a Lei de Execuções Penais (Lei
n.o 7.210, de 11/7/1984), é incumbência do serviço de
Questão 38: CEBRASPE (CESPE) - AgFEP assistência social promover, no estabelecimento,
(DEPEN)/DEPEN/2005 pelos meios disponíveis, a recreação.
Julgue o item abaixo, relativo ao direito penal. Certo Errado
Na execução penal, a sanção disciplinar de
isolamento do condenado na própria cela independe
de decisão judicial. Questão 43: CEBRASPE (CESPE) - CL
(SEN)/SEN/Direito Penal, Processual Penal e
Certo Errado Penitenciário/2002
Questão 39: CEBRASPE (CESPE) - AgFEP Conforme dispõe a Lei de Execuções Penais (Lei
(DEPEN)/DEPEN/2005 n.o 7.210, de 11/7/1984), é incumbência do serviço de
Julgue o item abaixo, relativo ao direito penal. assistência social acompanhar o resultado das
O agente penitenciário pode atribuir recompensa ao permissões de saída e das saídas temporárias.
preso, nos termos da Lei de Execução Penal; porém, Certo Errado
para fazê-lo, deverá, necessariamente, contar com a
aquiescência de seu superior hierárquico.
Certo Errado

51
Questão 44: CEBRASPE (CESPE) - CL uma fundação de apoio ao preso, que mantém
(SEN)/SEN/Direito Penal, Processual Penal e convênio com a empresa.
Penitenciário/2002
O trabalho do preso será remunerado e o produto de
Conforme dispõe a Lei de Execuções Penais (Lei
tal remuneração deverá atender à assistência familiar,
n.o 7.210, de 11/7/1984), é incumbência do serviço de
às pequenas despesas pessoais, à indenização dos
assistência social providenciar a obtenção de
danos causados pelo crime e ao ressarcimento das
documentos, não cabendo providenciar os benefícios
despesas realizadas com a manutenção do
da previdência social e seguro por acidente de
condenado. O restante será depositado em caderneta
trabalho, devido à legislação especial a respeito do
de poupança, que será entregue ao condenado,
tema.
quando posto em liberdade.
Certo Errado
Certo Errado

Questão 45: CEBRASPE (CESPE) - CL


Questão 48: CEBRASPE (CESPE) - CL
(SEN)/SEN/Direito Penal, Processual Penal e
(SEN)/SEN/Direito Penal, Processual Penal e
Penitenciário/2002
Penitenciário/2002
O trabalho do preso será remunerado, devendo a
João foi condenado a seis anos de reclusão pela
empresa contratante repassar o valor do salário do
prática de crime. Após o cumprimento de um ano,
cargo respectivo ao estado ou à União, para cobrir os
iniciou trabalho externo na empresa de engenharia
gastos com os presidiários de um modo geral.
Engenho Ltda. O trabalho foi obtido por intermédio de
Certo Errado uma fundação de apoio ao preso, que mantém
convênio com a empresa.
O trabalho do preso será remunerado em dobro em
Questão 46: CEBRASPE (CESPE) - CL relação ao do ocupante do mesmo cargo, com vistas a
(SEN)/SEN/Direito Penal, Processual Penal e evitar a exacerbação da mais-valia e a combater o
Penitenciário/2002 desemprego.
João foi condenado a seis anos de reclusão pela Certo Errado
prática de crime. Após o cumprimento de um ano,
iniciou trabalho externo na empresa de engenharia Questão 49: CEBRASPE (CESPE) - CL
Engenho Ltda. O trabalho foi obtido por intermédio de (SEN)/SEN/Direito Penal, Processual Penal e
uma fundação de apoio ao preso, que mantém Penitenciário/2002
convênio com a empresa. João foi condenado a seis anos de reclusão pela
Em face dessa situação e com relação ao referido prática de crime. Após o cumprimento de um ano,
trabalho, julgue o item que se segue iniciou trabalho externo na empresa de engenharia
O preso terá direito ao décimo-terceiro salário. Engenho Ltda. O trabalho foi obtido por intermédio de
Certo Errado uma fundação de apoio ao preso, que mantém
convênio com a empresa.
Questão 47: CEBRASPE (CESPE) - CL Em face dessa situação e com relação ao referido
(SEN)/SEN/Direito Penal, Processual Penal e trabalho, julgue o item que se segue.
Penitenciário/2002 O trabalho do preso será remunerado, mediante
João foi condenado a seis anos de reclusão pela prévia tabela, não podendo ser inferior a três quartos
prática de crime. Após o cumprimento de um ano, do salário mínimo.
iniciou trabalho externo na empresa de engenharia Certo Errado
Engenho Ltda. O trabalho foi obtido por intermédio de

52
Questão 50: CEBRASPE (CESPE) - CL responsável pelos cuidados de seu filho, de onze anos
(SEN)/SEN/Direito Penal, Processual Penal e de idade, foi denunciado à polícia por comerciantes
Penitenciário/2002 que alegavam que o referido fiscal lhes solicitava
dinheiro para que não fossem por ele autuados por
É direito do preso receber visita do cônjuge, da
infração à legislação sanitária. Durante investigação
companheira, de parentes e amigos em dias
conduzida por autoridade policial em razão dessa
determinados.
denúncia, foi deferida judicialmente interceptação da
Certo Errado comunicação telefônica de José.
Questão 51: CEBRASPE (CESPE) - CL Nesse ato, evidenciou-se, em uma degravação, que
(SEN)/SEN/Direito Penal, Processual Penal e José havia solicitado certa quantia em dinheiro a um
Penitenciário/2002 comerciante, Pedro, para não interditar seu
estabelecimento comercial, e que José havia
É direito do preso exercer atividades rofissionais, combinado encontrar-se com Pedro para realizarem
intelectuais, artísticas e desportivas que praticava essa transação financeira. Na interceptação, foram
anteriormente, desde que compatíveis com a captadas, ainda, conversas em que José e outros
execução da pena. quatro fiscais não identificados discutiam a forma de
Certo Errado solicitar dinheiro a comerciantes, em troca de não
autuá-los, e a repartição do dinheiro que seria obtido
Questão 52: CEBRASPE (CESPE) - CL
com isso.
(SEN)/SEN/Direito Penal, Processual Penal e
No dia combinado, Pedro encontrou-se com José, e,
Penitenciário/2002
pouco antes de entregar-lhe o dinheiro que carregava
É direito do preso ser chamado pelo nome ou pelo consigo, policiais que haviam instalado escuta
número recebido, quando da entrada no ambiental na sala do fiscal mediante autorização
estabelecimento prisional. judicial prévia deram voz de prisão em flagrante a
Certo Errado José, conduzindo-o, em seguida, à presença da
autoridade policial.
Questão 53: CEBRASPE (CESPE) - CL Em revista pessoal, foi constatado que José portava
(SEN)/SEN/Direito Penal, Processual Penal e três cigarros de maconha. Questionado, o fiscal
Penitenciário/2002 afirmou ter comprado os cigarros de um estrangeiro
É direito do preso representar e peticionar, mas que trazia os entorpecentes de seu país para o Brasil e
somente por meio de advogado, para qualquer os revendia perto da residência de José. A autoridade
autoridade em defesa de direitos. policial deu andamento aos procedimentos, redigiu o
relatório final do inquérito policial e o encaminhou à
Certo Errado
autoridade competente.
uestão 54: CEBRASPE (CESPE) - CL (SEN)/SEN/Direito
Penal, Processual Penal e Penitenciário/2002 Considerando essa situação hipotética, julgue o item
É direito do preso recusar-se a acatar suspensão subsequente.
temporária de descanso ou recreação, por ato
motivado do diretor do estabelecimento prisional. O Ministério Público tem legitimidade ativa para, uma
vez transitada em julgado eventual condenação
Certo Errado criminal de José, executar possível pena de multa no
Questão 55: CEBRASPE (CESPE) - Proc Mun (Boa juízo da execução, mesmo que essa pena seja
Vista)/Pref Boa Vista/2019 considerada dívida de valor convertida em renda em
favor da fazenda pública.
José, de sessenta e nove anos de idade, fiscal de
vigilância sanitária municipal, viúvo e único Certo Errado

53
Questão 56: CEBRASPE (CESPE) - TcFAEP diretrizes dos programas e órgãos acima
(DEPEN)/DEPEN/Técnico em Enfermagem/2015 mencionados, julgue o item.
A Constituição Federal de 1988 (CF) simboliza, sob o
Os conselhos penitenciários são responsáveis pelo
ponto de vista jurídico-político, a consumação do
recolhimento, ao estabelecimento prisional, do réu
processo de reconstrução democrática do Brasil.
condenado, bem como pelas providências de ordem
Direitos humanos e direitos fundamentais nela foram
administrativa relacionadas a esse recolhimento.
inscritos com tal vigor que lhe renderam a
denominação de Constituição Cidadã. É nessa Certo Errado
perspectiva de fortalecimento do espírito de Questão 58: CEBRASPE (CESPE) - EspFAEP
cidadania que se devem situar programas, instituições (DEPEN)/DEPEN/Terapia Ocupacional/2015
e organismos como o terceiro Programa Nacional de
Direitos Humanos (PNDH–3), a PNPS, o SNPS, o Considerando aspectos diversos tratados na Lei de
Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária Execução Penal (LEP), a exemplo do Conselho Nacional
e o Conselho Penitenciário. de Política Criminal e Penitenciária (CNPCP), dos
conselhos penitenciários e dos conselhos da
De acordo com os dispositivos constitucionais que comunidade, entre outros, julgue o item seguinte.
abordam os direitos humanos e os direitos
fundamentais, e considerando os objetivos e as Ao CNPCP incumbe estabelecer os critérios para
diretrizes dos programas e órgãos acima elaboração da estatística criminal, ao passo que ao
mencionados, julgue o item. Congresso Nacional compete elaborar programa
nacional penitenciário de formação e
Estabelecer regras sobre arquitetura e construção de aperfeiçoamento do servidor.
estabelecimentos penais e casas de albergados deixou Certo Errado
de ser atribuição do Conselho Nacional de Política
Criminal e Penitenciária e passou à esfera dos estados Questão 59: CEBRASPE (CESPE) - EspFAEP
e municípios. (DEPEN)/DEPEN/Terapia Ocupacional/2015

Certo Errado Considerando aspectos diversos tratados na Lei de


Execução Penal (LEP), a exemplo do Conselho Nacional
Questão 57: CEBRASPE (CESPE) - TcFAEP de Política Criminal e Penitenciária (CNPCP), dos
(DEPEN)/DEPEN/Técnico em Enfermagem/2015 conselhos penitenciários e dos conselhos da
A Constituição Federal de 1988 (CF) simboliza, sob o comunidade, entre outros, julgue o item seguinte.
ponto de vista jurídico-político, a consumação do Ao conselho penitenciário compete emitir parecer a
processo de reconstrução democrática do Brasil. respeito de indulto e comutação de pena na hipótese
Direitos humanos e direitos fundamentais nela foram de pedido de indulto com base no estado de saúde do
inscritos com tal vigor que lhe renderam a preso.
denominação de Constituição Cidadã. É nessa Certo Errado
perspectiva de fortalecimento do espírito de
cidadania que se devem situar programas, instituições Questão 60: CEBRASPE (CESPE) - EspFAEP
e organismos como o terceiro Programa Nacional de (DEPEN)/DEPEN/Terapia Ocupacional/2015
Direitos Humanos (PNDH–3), a PNPS, o SNPS, o A avaliação periódica do sistema criminal deve ser
Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária feita pelas secretarias estaduais de segurança pública,
e o Conselho Penitenciário. mediante delegação de competência do Ministério da
De acordo com os dispositivos constitucionais que Justiça.
abordam os direitos humanos e os direitos
Certo Errado
fundamentais, e considerando os objetivos e as

54
Questão 61: CEBRASPE (CESPE) - EspFAEP Ao Conselho Penitenciário incumbe propor diretrizes
(DEPEN)/DEPEN/Terapia Ocupacional/2015 da política criminal relativas à prevenção de delito,
administração da justiça criminal e execução das
Considerando aspectos diversos tratados na Lei de
penas e das medidas de segurança, bem como
Execução Penal (LEP), a exemplo do Conselho Nacional
estabelecer os critérios para a elaboração da
de Política Criminal e Penitenciária (CNPCP), dos
estatística criminal.
conselhos penitenciários e dos conselhos da
comunidade, entre outros, julgue o item seguinte. Certo Errado
Questão 65: CEBRASPE (CESPE) - AJ (TJ SE)/TJ
Ainda que deva visitar, pelo menos mensalmente, os SE/Administrativa - Judiciária/Direito/2014
estabelecimentos penais existentes na comarca, o
conselho da comunidade está impedido de entrevistar Em relação à execução penal, julgue o item
presos. subsecutivo.
Certo Errado Compete ao Conselho Nacional de Política Criminal e
Questão 62: CEBRASPE (CESPE) - AL (CAM DEP)/CAM Penitenciária e à defensoria pública oferecer
DEP/Área XVII/Consultor Legislativo/2014 representação ao juiz da execução ou à autoridade
No que diz respeito ao sistema penitenciário e à administrativa para, em caso de violação das normas
referentes à execução penal, instaurar sindicância ou
legislação penal e processual penal aplicada à
segurança pública, julgue o item seguinte. procedimento administrativo.
Certo Errado
O Conselho Nacional de Política Criminal e Questão 66: CEBRASPE (CESPE) - DP BA/DPE BA/2010
Penitenciária deve ser integrado por quinze membros,
designados por ato do Ministério Público, escolhidos Acerca da execução penal, julgue o item a seguir.
entre professores e profissionais da área do direito
penal, processual penal e penitenciário e entre O atual sistema de execução penal legitima a DP, de
representantes da comunidade e dos ministérios da forma individual ou coletiva, a tutelar a regularidade
área social. da execução. Entre as prerrogativas, autoriza
expressamente a requisição de interdição de
Certo Errado estabelecimentos prisionais e assegura o direito de
Questão 63: CEBRASPE (CESPE) - AJ (TJ SE)/TJ recebimento mensal de cópia dos registros dos presos
SE/Administrativa - Judiciária/Direito/2014 que trabalharam, para fins de remição penal.
Em relação à execução penal, julgue o item Certo Errado
subsecutivo. Questão 67: CEBRASPE (CESPE) - Adv
O Conselho Nacional de Política Criminal e (AGU)/AGU/2002
Penitenciária tem competência para aplicar aos casos
já sentenciados lei posterior que de qualquer modo Um indivíduo foi condenado definitivamente à pena
favoreça o condenado. privativa de liberdade de quatro anos de reclusão, em
regime aberto. Antes do início da execução da
Certo Errado reprimenda, adveio nova condenação definitiva,
Questão 64: CEBRASPE (CESPE) - AJ (TJ SE)/TJ agora à pena privativa de liberdade de seis anos de
SE/Administrativa - Judiciária/Direito/2014 reclusão, em regime semi-aberto.
Em relação à execução penal, julgue o item
subsecutivo. Nessa situação, caberá ao juiz das execuções unificar
as penas e fixar o regime fechado.
Certo Errado

55
Questão 68: CEBRASPE (CESPE) - AgFEP Questão 72: CEBRASPE (CESPE) - Def PF/DPU/2015
(DEPEN)/DEPEN/Área 7/2015 Gerson, com vinte e um anos de idade, e Gilson, com
Julgue o item subsequente, com relação às dezesseis anos de idade, foram presos em flagrante
disposições da Lei de Execução Penal (LEP). pela prática de crime. Após regular tramitação de
processo nos juízos competentes, Gerson foi
Conforme disposição expressa da LEP, o preso condenado pela prática de extorsão mediante
condenado a cumprir pena privativa de liberdade em sequestro e Gilson, por cometimento de infração
regime semiaberto não poderá cumprir a reprimenda análoga a esse crime.
em casa de albergado.
Com relação a essa situação hipotética, julgue o
Certo Errado
próximo item.

Questão 69: CEBRASPE (CESPE) - AgFEP No cumprimento da pena em regime fechado, Gerson
(DEPEN)/DEPEN/2013 poderá, para fins de remição, cumular atividades
laborativas com atividades típicas do ensino
A respeito de controle e responsabilização da fundamental. Nessa hipótese, para cada três dias de
administração, julgue o item seguinte. trabalho e estudo concomitante, serão abatidos dois
dias de sua pena.
Presos condenados e presos provisórios devem ser
alojados em alas separadas e não podem manter Certo Errado
contato.
Certo Errado Questão 73: CEBRASPE (CESPE) - AgFEP
(DEPEN)/DEPEN/Área 7/2015

Questão 70: CEBRASPE (CESPE) - Julgue o item subsequente, com relação às


EPF/PF/"Regionalizado"/2004 disposições da Lei de Execução Penal (LEP).

Julgue o item a seguir, acerca dos direitos penal e O condenado que for acometido por doença mental
processual penal, bem como da execução penal. durante o cumprimento da pena deverá ser internado
em hospital de custódia e tratamento psiquiátrico.
As penitenciárias destinam-se a condenados a penas
de reclusão ou de detenção, em regime fechado ou Certo Errado
semi-aberto. Questão 74: CEBRASPE (CESPE) - AgFEP
Certo Errado (DEPEN)/DEPEN/Área 7/2015
Questão 71: CEBRASPE (CESPE) - AJ TRF1/TRF Julgue o item subsequente, com relação às
1/Judiciária/Oficial de Justiça Avaliador Federal/2017 disposições da Lei de Execução Penal (LEP).

Com relação a nulidades no processo penal, a recursos A determinação do regime de cumprimento de


em geral e a execução penal, julgue o item a seguir. condenado por mais de um crime em processos
distintos deve ser feita pelo resultado da soma ou
A prática de falta grave pelo apenado, no curso da unificação das penas, observadas, quando for o caso,
execução penal, acarreta a perda da totalidade dos a detração ou a remição.
dias remidos com trabalho, recomeçando-se a
contagem a partir da data da infração disciplinar. Certo Errado
Certo Errado Questão 75: CEBRASPE (CESPE) - AgFEP
(DEPEN)/DEPEN/Área 7/2015

56
Julgue o item subsequente, com relação às A remição, pelo trabalho, na proporção de um dia de
disposições da Lei de Execução Penal (LEP). pena a cada três dias trabalhados, diz respeito a todos
os regimes de execução da pena: o aberto, o fechado
Preso que praticar fato definido como crime, doloso e o semiaberto.
ou culposo, ou falta grave deverá ser transferido para Certo Errado
regime mais rigoroso.
Questão 79: CEBRASPE (CESPE) - EspFAEP
Certo Errado (DEPEN)/DEPEN/Terapia Ocupacional/2015
Questão 76: CEBRASPE (CESPE) - EspFAEP Nos termos da Lei de Execução Penal, julgue o item
(DEPEN)/DEPEN/Terapia Ocupacional/2015 que se segue, acerca do instituto da remição.
No próximo item apresenta uma situação hipotética, O tempo remido deverá ser computado como pena
seguida de uma assertiva a ser julgada à luz das cumprida, independentemente da natureza do crime
medidas de assistência previstas na Lei de Execução cometido, o que beneficia também os apenados pela
Penal. prática de crimes hediondos e crimes cometidos com
Um preso, em cumprimento de pena de reclusão em violência ou grave ameaça à pessoa.
regime fechado, recebeu a notícia do falecimento de Certo Errado
seu filho e requereu permissão para comparecer ao
enterro. Nessa situação, caso seja autorizada a saída Questão 80: CEBRASPE (CESPE) - EspFAEP
do preso, caberá ao assistente social em atividade no (DEPEN)/DEPEN/Terapia Ocupacional/2015
estabelecimento prisional acompanhar pessoalmente Nos termos da Lei de Execução Penal, julgue o item
o preso e apresentar, ao final, ao diretor do que se segue, acerca do instituto da remição.
estabelecimento, relatório em que circunstancie o
comportamento do preso no período em que este SITUAÇÃO HIPOTÉTICA: Um sentenciado, no decorrer
estiver fora. da execução de sua pena privativa de liberdade em
Certo Errado regime semiaberto, foi punido por falta grave
devidamente apurada em procedimento
Questão 77: CEBRASPE (CESPE) - EspFAEP próprio. ASSERTIVA: Nessa situação, o preso perderá
(DEPEN)/DEPEN/Terapia Ocupacional/2015 o direito ao tempo remido já computado, de modo
Nos termos da Lei de Execução Penal, julgue o item que o novo período de cômputo começará a partir da
que se segue, acerca do instituto da remição. data da infração disciplinar.
Certo Errado
Um preso em regime semiaberto que trabalhe,
durante o dia, em jornada de seis horas diárias e Questão 81: CEBRASPE (CESPE) - AgFEP
estude, em horário noturno, pelo período de quatro (DEPEN)/DEPEN/Área 5/2015
horas terá direito, a cada três dias de exercício No que se refere às políticas de educação nos
conjunto dessas atividades, ao abatimento de dois estabelecimentos penais, julgue o item.
dias de pena.
Certo Errado Entre outros dispositivos legais pertinentes, o direito
da pessoa privada de liberdade à educação é
Questão 78: CEBRASPE (CESPE) - EspFAEP assegurado pela LEP, que contém previsão específica
(DEPEN)/DEPEN/Terapia Ocupacional/2015 para aulas do ensino profissionalizante e para a
Nos termos da Lei de Execução Penal, julgue o item realização de estágios de nível superior.
que se segue, acerca do instituto da remição. Certo Errado

57
Questão 82: CEBRASPE (CESPE) - TcFAEP do sistema de educação enquanto estiver cumprindo
(DEPEN)/DEPEN/Técnico em Enfermagem/2015 pena, será beneficiada com a adição de um terço ao
tempo remido em função das horas de estudo.
Lúcia cumpre pena no regime aberto e Ana, no regime
fechado, após condenação por prática de crime. Certo Errado
Ambas trabalham e cursam o ensino médio. Questão 85: CEBRASPE (CESPE) - AJ (TJ SE)/TJ
SE/Administrativa - Judiciária/Direito/2014
Considerando essa situação hipotética e o que dispõe
a LEP acerca do instituto da remição, julgue o item A pedido da defensoria pública, o MP pode autorizar
seguinte. a saída temporária de um detento do estabelecimento
Na hipótese de Ana sofrer um acidente e ficar penal, uma vez que, no exercício da fiscalização
temporariamente impossibilitada de continuar suas penitenciária, o MP realiza o controle da regularidade
atividades, a contagem do tempo para fins de remição formal das guias de recolhimento e de internamento.
ficará suspensa até que ela possa retornar ao trabalho Certo Errado
e estudo, sem prejuízo dos dias já remidos.
Questão 86: CEBRASPE (CESPE) - DP DF/DP DF/2013
Certo Errado
A autorização para saída temporária, sem vigilância
Questão 83: CEBRASPE (CESPE) - TcFAEP direta, do estabelecimento prisional, para
(DEPEN)/DEPEN/Técnico em Enfermagem/2015 participação em atividades que concorram para o
Lúcia cumpre pena no regime aberto e Ana, no regime retorno ao convívio social, pode ser obtida por
fechado, após condenação por prática de crime. condenados que cumpram pena em regime fechado e
Ambas trabalham e cursam o ensino médio. semiaberto.
Certo Errado
Considerando essa situação hipotética e o que dispõe
a LEP acerca do instituto da remição, julgue o item Questão 87: CEBRASPE (CESPE) - DP DF/DP DF/2013
seguinte. Durante a execução da pena privativa de liberdade,
Lúcia poderá remir sua pena com suas atividades, mas, em caso de saída temporária, prisão domiciliar e
para isso, será necessário que opte pela remição com livramento condicional, o juiz poderá determinar a
base nos dias de trabalho ou nos dias de estudo, já que fiscalização por meio de monitoração eletrônica.
a LEP proíbe a cumulação das possibilidades de
Certo Errado
remição.
Certo Errado
Questão 88: CEBRASPE (CESPE) - AJ (TJ AC)/TJ
Questão 84: CEBRASPE (CESPE) - TcFAEP
AC/Judiciária/2012
(DEPEN)/DEPEN/Técnico em Enfermagem/2015
No que concerne aos juizados especiais criminais, à
Lúcia cumpre pena no regime aberto e Ana, no regime
ação de habeas corpus e ao que dispõe a Lei de
fechado, após condenação por prática de crime.
Execução Penal, julgue o item a seguir.
Ambas trabalham e cursam o ensino médio.
A Lei de Execução Penal assegura ao condenado que
Considerando essa situação hipotética e o que dispõe
cumpre a pena em regime fechado ou semiaberto o
a LEP acerca do instituto da remição, julgue o item
direito de remir, por trabalho ou por estudo, parte do
seguinte.
tempo de execução da pena, vedando-se a cumulação
de horas diárias de trabalho e de estudo para fins de
Ana tem direito à remição de um dia de sua pena para
remição.
cada doze horas de frequência escolar e, se concluir o
ensino médio com certificação por órgão competente Certo Errado

58
Questão 89: CEBRASPE (CESPE) - DP BA/DPE BA/2010 a palavra da vítima. Nessa situação, somente após
decisão condenatória definitiva pela prática de
Acerca da execução penal, julgue o item a seguir.
estupro, Geraldo perderia o benefício da saída
temporária, devido ao princípio da presunção de não-
O monitoramento eletrônico destina-se a
culpabilidade.
sentenciados que, em regime semiaberto, estejam em
gozo do benefício de saídas temporárias, ou que Certo Errado
estejam cumprindo prisão domiciliar, de acordo com Questão 93: CEBRASPE (CESPE) - DP CE/DPE CE/2008
as circunstâncias do caso submetido à apreciação do
juízo da execução. No item seguinte, é apresentada uma situação
hipotética, seguida de uma assertiva a ser julgada com
Certo Errado base na Lei de Execuções Penais.
Questão 90: CEBRASPE (CESPE) - DP BA/DPE BA/2010 Bernardo, condenado definitivamente pela prática de
crimes de furto simples em continuidade delitiva a
Acerca da execução penal, julgue o item a seguir.
uma pena de quatro anos e oito meses de reclusão em
regime semi-aberto, além da pena de multa, vinha
A prática de falta grave interrompe a contagem do
desenvolvendo trabalho interno na penitenciária, o
lapso temporal para a comutação da pena, por
imperativo expresso na lei de execução penal. que possibilitaria a remição de parte do tempo de
execução da pena. No entanto, sofreu acidente de
Certo Errado trabalho, ficando impossibilitado de prosseguir
Questão 91: CEBRASPE (CESPE) - AJ (TRE BA)/TRE exercendo a atividade laborativa. Nessa situação,
BA/Judiciária/2010 Bernardo continuará a se beneficiar com a remição.

Em relação ao direito penal e à remição da pena, Certo Errado


julgue o próximo item. Questão 94: CEBRASPE (CESPE) - Def PF/DPU/2007
A remição da pena por meio do estudo vem sendo
De acordo com o CP, julgue o próximo item.
aceita pelo Superior Tribunal de Justiça, por não
considerá-la violação ao princípio da legalidade. A
As hipóteses de saídas, reguladas pela Lei de Execução
competência para concedê-la será do juízo da
Penal, são hipóteses taxativas e serão autorizadas pelo
execução.
diretor do estabelecimento, somente aos presos
Certo Errado definitivos em regime fechado.
Questão 92: CEBRASPE (CESPE) - DP CE/DPE CE/2008 Certo Errado
No item seguinte, é apresentada uma situação Questão 95: CEBRASPE (CESPE) - Con Leg (CL DF)/CL
hipotética, seguida de uma assertiva a ser julgada com DF/Constituição e Justiça/2006
base na Lei de Execuções Penais.
Julgue o item seguinte quanto aos direitos
assegurados aos presos e considerando a Lei de
Geraldo foi condenado, definitivamente, pela prática
Execução Penal (LEP).
de crime de roubo, a cinco anos e quatro meses de
reclusão, em regime semi-aberto, e a 120 dias-multa.
A LEP dedica um capítulo inteiro à regulamentação do
Após o cumprimento de um sexto da pena, e devido
trabalho do preso e concede a comutação da pena na
ao comportamento adequado, Geraldo obteve
proporção de três para um, ou seja, para cada três dias
autorização judicial para freqüentar curso supletivo
trabalhados, a pena é reduzida em um dia.
profissionalizante. No entanto, alguns dias depois, o
promotor denunciou-o por crime de estupro contra Certo Errado
Laís, que teria sido praticado em uma de suas saídas.
Até esse momento, a única prova contra Geraldo era

59
Questão 96: CEBRASPE (CESPE) - AgFEP Jorge cumpria pena privativa de liberdade, em regime
(DEPEN)/DEPEN/2005 semi-aberto, gozando de trabalho externo e saídas
temporárias. No entanto, foi preso portando um
Nos termos da Lei de Execução Penal, a guia de
revólver calibre 38 e, logo em seguida, reconhecido
recolhimento para a execução deverá ser expedida
como autor de crime de roubo qualificado contra
pela autoridade judiciária em até 45 dias, contados do
Isaura, cometido minutos antes de sua prisão.
recolhimento do condenado para cumprimento de
pena privativa de liberdade.
Diante dessa situação hipotética, julgue o item abaixo.
Certo Errado
Questão 97: CEBRASPE (CESPE) - CL Somente haverá regressão de regime se houver
(SEN)/SEN/Direito Penal, Processual Penal e condenação e a somatória das penas ultrapassar o
Penitenciário/2002 limite estabelecido no art. 33, § 2.o, do Código Penal;
caso contrário, haveria modificação da coisa julgada
Jorge cumpria pena privativa de liberdade, em regime
da sentença condenatória, na qual foi estabelecido o
semi-aberto, gozando de trabalho externo e saídas
regime prisional.
temporárias. No entanto, foi preso portando um
revólver calibre 38 e, logo em seguida, reconhecido Certo Errado
como autor de crime de roubo qualificado contra Questão 100: CEBRASPE (CESPE) - CL
Isaura, cometido minutos antes de sua prisão. (SEN)/SEN/Direito Penal, Processual Penal e
Diante dessa situação hipotética, julgue o item abaixo. Penitenciário/2002
Ante o princípio da presunção de inocência, Jorge será
Jorge cumpria pena privativa de liberdade, em regime
mantido no mesmo regime, com todos os benefícios
semi-aberto, gozando de trabalho externo e saídas
que lhe foram concedidos, até o julgamento e trânsito
temporárias. No entanto, foi preso portando um
em julgado da sentença condenatória.
revólver calibre 38 e, logo em seguida, reconhecido
Certo Errado como autor de crime de roubo qualificado contra
Questão 98: CEBRASPE (CESPE) - CL Isaura, cometido minutos antes de sua prisão.
(SEN)/SEN/Direito Penal, Processual Penal e
Penitenciário/2002 Diante dessa situação hipotética, julgue o item abaixo.
Jorge cumpria pena privativa de liberdade, em regime
Em qualquer regime de cumprimento de pena, haverá
semi-aberto, gozando de trabalho externo e saídas
regressão de regime sempre que não houver
temporárias. No entanto, foi preso portando um
pagamento da multa cumulativamente imposta.
revólver calibre 38 e, logo em seguida, reconhecido
como autor de crime de roubo qualificado contra Certo Errado
Isaura, cometido minutos antes de sua prisão. Questão 101: CEBRASPE (CESPE) - CL
Diante dessa situação hipotética, julgue o item abaixo. (SEN)/SEN/Direito Penal, Processual Penal e
A prática de fato definido como crime doloso é
Penitenciário/2002
suficiente para ensejar a regressão de regime, antes
mesmo do trânsito em julgado da sentença Jorge cumpria pena privativa de liberdade, em regime
condenatória. semi-aberto, gozando de trabalho externo e saídas
temporárias. No entanto, foi preso portando um
Certo Errado
revólver calibre 38 e, logo em seguida, reconhecido
Questão 99: CEBRASPE (CESPE) - CL como autor de crime de roubo qualificado contra
(SEN)/SEN/Direito Penal, Processual Penal e Isaura, cometido minutos antes de sua prisão.
Penitenciário/2002

60
Diante dessa situação hipotética, julgue o item abaixo. Em face dessa situação hipotética, julgue o item que
se segue.
Na hipótese de prática de fato definido como crime O cumprimento de um sexto da pena por Róbson
doloso, o condenado deverá ser ouvido previamente. preenche o requisito temporal necessário para saídas
temporárias, as quais serão concedidas por prazo não-
Certo Errado
superior a sete dias, podendo ser renovadas por mais
Questão 102: CEBRASPE (CESPE) - CL quatro vezes durante o ano.
(SEN)/SEN/Direito Penal, Processual Penal e Certo Errado
Penitenciário/2002
Questão 105: CEBRASPE (CESPE) - CL
Róbson foi condenado a uma pena de oito anos de
(SEN)/SEN/Direito Penal, Processual Penal e
reclusão, em regime semi-aberto, pela prática de
crime. Tendo cumprido um ano, quatro meses e
Penitenciário/2002
quinze dias de sua reprimenda, requereu o benefício Róbson foi condenado a uma pena de oito anos de
de saídas temporárias. reclusão, em regime semi-aberto, pela prática de
Em face dessa situação hipotética, julgue o item que crime. Tendo cumprido um ano, quatro meses e
se segue. quinze dias de sua reprimenda, requereu o benefício
Róbson não poderá obter saídas temporárias para de saídas temporárias.
acompanhamento de filho menor em internação Em face dessa situação hipotética, julgue o item que
hospitalar, se a mãe do menor já o acompanha. se segue.
Róbson poderá freqüentar curso supletivo ou
Certo Errado
profissionalizante, bem como do segundo grau ou
Questão 103: CEBRASPE (CESPE) - CL superior, na comarca do juízo, desde que
(SEN)/SEN/Direito Penal, Processual Penal e acompanhado de escolta policial discreta.
Penitenciário/2002 Certo Errado
Róbson foi condenado a uma pena de oito anos de Questão 106: CEBRASPE (CESPE) - CL
reclusão, em regime semi-aberto, pela prática de
(SEN)/SEN/Direito Penal, Processual Penal e
crime. Tendo cumprido um ano, quatro meses e
quinze dias de sua reprimenda, requereu o benefício
Penitenciário/2002
de saídas temporárias. Róbson foi condenado a uma pena de oito anos de
Em face dessa situação hipotética, julgue o item que reclusão, em regime semi-aberto, pela prática de
se segue. crime. Tendo cumprido um ano, quatro meses e
O acusado poderá obter saídas temporárias, uma vez quinze dias de sua reprimenda, requereu o benefício
que preencheu o requisito objetivo temporal de um de saídas temporárias.
sexto do cumprimento da pena. Em face dessa situação hipotética, julgue o item que
se segue.
Certo Errado
Questão 104: CEBRASPE (CESPE) - CL O apenado não poderá obter saídas temporárias para
(SEN)/SEN/Direito Penal, Processual Penal e a hipótese do crime com violência contra a pessoa,
Penitenciário/2002 podendo obter livramento condicional após o
cumprimento de um terço ou a metade da pena
Róbson foi condenado a uma pena de oito anos de
imposta.
reclusão, em regime semi-aberto, pela prática de
crime. Tendo cumprido um ano, quatro meses e Certo Errado
quinze dias de sua reprimenda, requereu o benefício
de saídas temporárias.

61
Questão 107: CEBRASPE (CESPE) - CL O diretor do presídio encaminhará mensalmente ao
(SEN)/SEN/Direito Penal, Processual Penal e juízo da execução cópia do registro de todos os
Penitenciário/2002 condenados que estejam trabalhando e dos dias de
trabalho de cada um deles.
Considerando a remição da pena em sede de execução
penal, que significa que a cada três dias trabalhados Certo Errado
seja descontado um dia da pena, julgue o item Questão 111: CEBRASPE (CESPE) - EPF/PF/2002
subseqüente.
Se um preso trabalhar 120 dias durante a execução da
pena, terá direito a remir 60 dias dela, por decisão
O preso impossibilitado de trabalhar, em razão de
judicial, salvo se vier a ser condenado por falta grave.
acidente, continuará a beneficiar-se com a remição.
Certo Errado
Certo Errado
Questão 112: CEBRASPE (CESPE) - DPF/PF/2018
Questão 108: CEBRASPE (CESPE) - CL
(SEN)/SEN/Direito Penal, Processual Penal e Acerca de execução penal, de crimes de abuso de
Penitenciário/2002 autoridade, de crimes contra a criança e o adolescente
e de crimes contra o Sistema Financeiro Nacional,
Considerando a remição da pena em sede de execução
julgue o item que se segue.
penal, que significa que a cada três dias trabalhados
seja descontado um dia da pena, julgue o item
subseqüente. Caberá recurso de apelação contra decisão do juízo da
A remição será declarada pelo diretor do execução penal que indeferir pedido de livramento
estabelecimento prisional, com posterior supervisão condicional ao apenado.
por parte do juiz da execução, ouvido o Ministério
Certo Errado
Público.
Certo Errado
Questão 109: CEBRASPE (CESPE) - CL
(SEN)/SEN/Direito Penal, Processual Penal e
Penitenciário/2002
Considerando a remição da pena em sede de execução
penal, que significa que a cada três dias trabalhados
seja descontado um dia da pena, julgue o item
subseqüente.

O tempo remido será computado para a concessão de


todos os benefícios, exceto o de livramento
condicional e de indulto.
Certo Errado
Questão 110: CEBRASPE (CESPE) - CL
(SEN)/SEN/Direito Penal, Processual Penal e
Penitenciário/2002
Considerando a remição da pena em sede de execução
penal, que significa que a cada três dias trabalhados
seja descontado um dia da pena, julgue o item
subseqüente.

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GABARITO
1) Certo 2) Certo 3) Certo 4) Errado 5) Errado 6) Errado 7) Certo
8) Certo 9) Errado 10) Certo 11) Errado 12) Errado 13) Certo 14) Certo
15) Errado 16) Errado 17) Certo 18) Errado 19) Certo 20) Certo 21) Certo
22) Certo 23) Errado 24) Errado 25) Certo 26) Certo 27) Errado 28) Certo
29) Errado 30) Certo 31) Certo 32) Errado 33) Errado 34) Errado 35) Certo
36) Certo 37) Errado 38) Certo 39) Errado 40) Certo 41) Errado 42) Certo
43) Certo 44) Errado 45) Errado 46) Errado 47) Certo 48) Errado 49) Certo
50) Certo 51) Certo 52) Errado 53) Errado 54) Errado 55) Certo 56) Errado
57) Errado 58) Errado 59) Errado 60) Errado 61) Errado 62) Errado 63) Errado
64) Errado 65) Certo 66) Certo 67) Certo 68) Certo 69) Certo 70) Errado
71) Errado 72) Certo 73) Certo 74) Certo 75) Errado 76) Errado 77) Certo
78) Errado 79) Certo 80) Errado 81) Certo 82) Errado 83) Errado 84) Certo
85) Errado 86) Errado 87) Errado 88) Errado 89) Certo 90) Errado 91) Certo
92) Errado 93) Certo 94) Errado 95) Certo 96) Errado 97) Errado 98) Certo
99) Errado 100) Errado 101) Certo 102) Errado 103) Certo 104) Certo 105) Errado
106) Errado 107) Certo 108) Errado 109) Errado 110) Certo 111) Errado 112) Errado

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